Buscar

Administração de Garagens

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Administração 
de Garagens
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 625.712.63:658
72 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Administração de Garagens – Brasília: 
SEST/SENAT, 2016.
1. Garagem - administração. 2. Estacionamento - 
administração. I. Serviço Social do Transporte. II. 
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. 
Título.
3
Sumário
Apresentação 6
Unidade 1 | Introdução à Administração de Garagens de Ônibus 8
1 A Organização Administrativa das Empresas Operadoras de Ônibus 10
1.1 Departamento de Administração 11
1.2 Departamento de Finanças 11
1.3 Departamento de Operação 12
1.4 Departamento de Manutenção 13
2 A Infraestrutura Básica de uma Garagem de Ônibus 13
Glossário 17
Atividades 18
Referências 19
Unidade 2 | Serviços Executados nas Garagens de Ônibus 20
1 Departamento de Manutenção 22
1.1 Divisão Técnico-Administrativa 22
1.2 Divisão de Almoxarifado 23
1.3 Divisão de Ferramentaria 24
1.4 Divisão de Manutenção Mecânica 25
1.5 Divisão de Manutenção Elétrica 26
1.6 Divisão de Borracharia 26
1.7 Divisão de Funilaria e Pintura 27
1.8 Divisão de Lavagem e Lubrificação 27
1.9 Divisão de Abastecimento de Combustíveis 28
Glossário 29
Atividades 30
Referências 31
4
Unidade 3 | Gerenciando os Profissionais das Garagens de Ônibus 32
1 Quais as Funções do Gerente de Garagem de Ônibus? 34
2 Profissionais que Trabalham nas Garagens de Ônibus 37
2.1 Técnico-Administrativos 38
2.2 Profissionais de Manutenção em Geral 38
Glossário 40
Atividades 41
Referências 42
Unidade 4 | Tecnologias Aplicadas ao Gerenciamento de Garagens de Ônibus 43
1 Entendendo a Necessidade de Aplicação de Tecnologias de 
Gerenciamento nas Garagens de Ônibus 45
1.1 Cadastro da Frota e Motoristas 45
1.2 Controle da Entrada e Saída de Veículos 46
1.3 Controle de Manutenção 47
1.4 Controle de Combustível 47
1.5 Controle de Suprimentos 47
2 Estrutura Básica de um Sistema de Controle de Manutenção 48
2.1 Ordem de Serviço (OS) 48
2.2 Ficha de Serviços a Serem Executados 48
2.3 Ficha de Serviços de Terceiros 49
2.4 Material Empregado 49
2.5 Tempo Gasto com Mão de Obra 50
3 Controle dos Custos 50
3.1 Controle da Produção de Mão de Obra Direta 50
3.2 Avaliação de Desempenho da Mão de Obra 51
3.3 Cálculo do Índice de Produtividade (P) 51
5
3.4 Cálculo do Índice de Improdutividade (I) 52
3.5 Cálculo do Índice de Horas Perdidas (L) 52
3.6 Cálculo do Índice de Rendimento (R) 53
3.7 Cálculo do Índice de Imobilização (I) 53
Glossário 55
Atividades 56
Referências 57
Unidade 5 | A Filosofia 5S Aplicada à Administração das Garagens de Ônibus 58
1 Conheça a Origem da Filosofia 5S 60
2 Significado dos 5S 60
2.1 Seiri 62
2.2 Seiton 63
2.3 Seiso 65
2.4 Seiketsu 66
2.5 Shitsuke 67
Glossário 68
Atividades 69
Referências 70
Gabarito 71
6
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Desejamos boas-vindas ao Curso de Administração de Garagens! Vamos trabalhar 
juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências que você 
já possui! 
O curso de Administração de Garagens está dividido em unidades para facilitar o 
aprendizado. No início de cada unidade, você será informado sobre o conteúdo a ser 
abordado e os objetivos que se pretende alcançar. 
Contaremos com a carga horária de 30 horas-aula, divididas em 5 unidades de 6 horas-
aula, conforme especificado na tabela a seguir.
Unidade Carga Horária
Unidade 1 | Introdução à Administração de Garagens de 
Ônibus
6 h
Unidade 2 | Serviços Executados nas Garagens de Ônibus 6 h
Unidade 3 | Gerenciando os Profissionais das Garagens de 
Ônibus
6 h
Unidade 4 | Tecnologias Aplicadas ao Gerenciamento de 
Garagens de Ônibus
6 h
Unidade 5 | A Filosofia 5S Aplicada à Administração das 
Garagens de Ônibus
6 h
7
O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto e 
ajudá-lo na compreensão do conteúdo. Você encontrará, também, situações extraídas 
do cotidiano, conceitos, exercícios de consolidação do conteúdo, filmes e links da 
Internet para complementar os estudos.
Nesse sentido, esperamos que este curso seja muito proveitoso para você! Nosso 
intuito maior é o de apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a 
resolver os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.
Bons estudos!
8
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À 
ADMINISTRAÇÃO DE GARAGENS 
DE ÔNIBUS 
9
Unidade 1 | Introdução à Administração de 
Garagens de Ônibus 
 f Como as empresas operadoras do serviço de transporte coletivo de ônibus se organizam administrativamente? Quais são os departamentos básicos? Qual a infraestrutura necessária para 
uma garagem de ônibus?
É comum o usuário do transporte coletivo de ônibus, de qualquer cidade, não se dar conta 
de como funciona a estrutura das empresas que colocam um veículo em operação. No 
entanto, é fundamental que até o gerente da garagem de ônibus conheça a estrutura 
mínima que deve ser montada.
Para iniciar esta unidade, apresentaremos a organização administrativa das empresas 
operadoras de ônibus e a infraestrutura básica de uma garagem de ônibus.
10
1 A Organização Administrativa das Empresas Operadoras 
de Ônibus
Antes de adentrarmos no tema de administração de garagens de empresas operadoras 
de ônibus, é importante entender como ocorre a organização de tais empresas.
Para a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP, 2016) e Ferraz e Torres 
(2004), as empresas prestadoras de serviços de transporte coletivo urbano possuem, 
em geral, uma organização baseada em modelo piramidal, cuja estrutura apresenta 
uma hierarquia de autoridades bem definida.
Com isso, a distribuição das atividades de comando leva à criação de departamentos e 
seções ou divisões que visam racionalizar os trabalhos.
A Figura , a seguir, apresenta o organograma típico de uma empresa de transporte 
coletivo urbano.
Fonte: Ferraz e Torres, 2004.
11
Observando a Figura anterior, percebemos que há quatro departamentos básicos nas 
empresas: Administração, Finanças, Operação e Manutenção.
Existem, ainda, assessorias especializadas nas áreas Jurídica, de Engenharia, de 
Comunicação e de Relações Públicas.
 e
Atente-se para o fato de ser comum as empresas contratarem 
serviços especializados, tais como: auditoria, capacitação e 
treinamento de pessoal, projetos e estudos diversos. 
A Secretaria atende à Direção, controlando a agenda dos diretores, marcando reuniões 
e demais eventos, redigindo correspondências, entre outros serviços.
1.1 Departamento de Administração
Para Melter (2010) e Ferraz e Torres (2004), o Departamento de Administração é 
responsável pela divisão de pessoal e pela divisão de serviços gerais. A divisão de 
pessoal tem a atribuição de controlar as faltas dos funcionários, fazer o controle das 
horas trabalhadas, confeccionar a folha de pagamentos, acompanhar os processos 
de reclamações trabalhistas, efetivar os programas de capacitação de pessoal, entre 
outros.
A divisão de serviços gerais zela pelo controle do patrimônio, dos serviços de 
conservação e limpeza, da escala de porteiros, guardas e atendentes, do recebimento 
e envio de correspondências, entre outras atividades.
1.2 Departamento de Finanças
Consoante Melter (2010) e Ferraz e Torres (2004), o Departamento de Finanças 
engloba as seguintes divisões: tesouraria, contabilidade, compras, pagadoria e controle 
financeiro.
12
A divisão de tesouraria está encarregada de: controlar a arrecadação por meios físicos 
(papéis) e digitais (sistemas informáticos); conferir e registrar os boletins diários de 
movimentaçãode passageiros dos coletivos, dos guichês de venda de passagens e 
vale-transporte; conferir a marcação das catracas de controle do acesso em coletivos, 
estações e terminais; e realizar as operações bancárias cotidianas.
 a
Os sistemas de informática ou computacionais da empresa 
devem permitir a integração entre seus vários departamentos. 
Por exemplo, o Departamento de Operação e o de Manutenção 
estão inter-relacionados em seus processos e, por isso, devem 
trocar os dados e informações confiáveis. 
A divisão de contabilidade realiza: o registro de todas as despesas e receitas da 
empresa; o arquivamento de todos os documentos fiscais e contábeis; os balancetes 
econômico-financeiros; e o preenchimento de documentos para recolhimento de 
tributos.
A divisão de compras executa: o recebimento dos pedidos de aquisição de materiais; 
a contratação de serviços externos; a fiscalização do recebimento dos materiais 
adquiridos ou serviços contratados; e a emissão de ordens de pagamentos a serem 
enviadas à divisão de pagadoria.
A divisão de pagadoria exerce as seguintes funções: prepara e entrega os pagamentos 
a terceiros; salda os compromissos da empresa para com seus empregados, entre 
outras.
À divisão financeira compete: a verificação das receitas e despesas; a previsão do fluxo 
de investimentos; a realização das aplicações financeiras.
1.3 Departamento de Operação
Segundo Melter (2010) e Ferraz e Torres (2004), o Departamento de Operação é o 
incumbido de executar a produção do transporte de passageiros e, em regra, é formado 
pelas divisões técnico-administrativa e de tráfego.
13
Na divisão técnico-administrativa, são realizadas as seguintes atividades: definição da 
programação operacional das linhas; determinação do número e do tipo de veículo a 
ser utilizado; elaboração das tabelas de horários; elaboração das escalas de pessoal; 
controle das ocorrências de acidentes e incidentes; medição dos serviços realizados; 
controles estatísticos, entre outras.
Na divisão de tráfego, temos o trabalho dos operadores (motoristas e cobradores) e 
dos fiscais. 
Os motoristas e cobradores são os que realizam, propriamente, o serviço de transporte 
dos usuários. Os fiscais fazem a supervisão e o controle da operação, no que se refere ao 
cumprimento da programação operacional e às questões disciplinares dos operadores. 
1.4 Departamento de Manutenção
Na visão de Melter (2010) e Ferraz e Torres (2004), o Departamento de Manutenção 
é responsável por disponibilizar a frota de veículos à operação. As atividades de 
manutenção podem ser realizadas nas instalações da própria empresa e/ou nas de 
terceiros.
Os serviços realizados no Departamento de Manutenção – situado no complexo das 
garagens de ônibus – serão conhecidos com mais detalhes na unidade seguinte.
2 A Infraestrutura Básica de uma Garagem de Ônibus
De acordo com Ferraz e Torres (2004) e Molinero e Arellano (1998), a garagem de uma 
empresa de ônibus deve estar localizada o mais próximo possível da área de operação, 
a fim de reduzir a quilometragem ociosa da frota nos deslocamentos garagem-linhas, 
no início da jornada de trabalho pela manhã e ao final, à noite. Isso serve também para 
os casos de troca de veículos devido a defeitos, ida e volta dos veículos extras que 
operam somente em períodos de pico, entre outros.
14
 c
A garagem da empresa de ônibus urbano deve ter áreas cobertas, 
por exemplo, para as oficinas, o almoxarifado e o prédio 
administrativo, bem como uma área descoberta para o 
estacionamento dos ônibus – durante o dia, para os carros de 
reserva e, durante a noite, para toda a frota. 
A Proxima figura , é apresentado o exemplo de uma garagem com capacidade para 
100 ônibus. Na garagem devem ser previstas áreas para administração, oficinas, 
estacionamento, abastecimento, vistoria e outras atividades, sendo recomendável, 
como referência, uma área bruta total de cerca de 200 m2/ônibus (FERRAZ; TORRES, 
2004).
Como referência, o número aproximado de boxes necessários para cada atividade e o 
total das oficinas da garagem de ônibus consta da Tabela 1, seguinte.
Tabela 1: Exemplos de Referência do Número de Boxes em Função do Tamanho da Frota de 
Ônibus
Fonte: adaptado de Torbi, 2014, e Ferraz e Torres, 2004.
Boxes / 
Frota
50 100 150 200
Revisão 2 3 4 5
Lubrificação 1 1 2 2
Manutenção 
corretiva
2 4 7 9
Funilaria e 
pintura
2 3 4 5
Lavagem 
externa
1 1 1 1
Estimativa 
total
8 12 18 22
% Estimada 
em relação 
à frota
18 12 12 11
15
Exemplo de Layout de Garagem para até 100 Ônibus
Fonte: adaptado de Ferraz e Torres, 2004.
16
Lembre-se de que a manutenção noturna permite reduzir o número total de ônibus 
na frota, apresentando, entretanto, maior custo de mão de obra, mais cara no 
período noturno. Por isso, muitas empresas operadoras adotam, como rotina, fazer a 
manutenção pesada durante o dia e deixar os reparos menores para o período noturno.
No Brasil, segundo o IBGE (2016) e a Associação Nacional das Empresas de Transportes 
Urbanos (NTU, 2016), temos uma frota de mais de 387.000 ônibus urbanos, e a 
manutenção desses veículos, quanto mais bem realizada, maior é a sua contribuição 
para a mobilidade urbana (VASCONCELLOS, 2013).
 b Acesse os requisitos estabelecidos pela BHTRANS, em Belo Horizonte-MG, quanto aos aspectos da garagem de ônibus das operadoras de transporte coletivo (Requisitos Mínimos para a 
Prestação dos Serviços – item 1), disponíveis no link a seguir. 
 
http://w w w.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/
p o r t a l p u b l i co d l / Te m a s /O n i b u s / g e s t a o - t r a n s p o r t e -
onibus-2013/080318_Requisitos_mC3ADnimos_anexo_III.pdf
Resumindo 
 
O entendimento inicial da organização das operadoras de transporte 
coletivo permite ao gerente de garagem de ônibus compreender a sua 
empresa, do ponto de vista administrativo e hierárquico, de modo que 
possa saber quem demandar pela busca de recursos financeiros e 
humanos. 
 
Saber relacionar-se com os profissionais de outros departamentos da 
empresa é fundamental para o desempenho das atividades do gerente de 
garagem e evita perda de tempo e aborrecimentos desnecessários. 
 
Cada órgão regulador e fiscalizador municipal pode estabelecer os 
requisitos mínimos para a infraestrutura das garagens de ônibus de suas 
operadoras.
17
Glossário
Despesa: são os gastos, desembolsados ou devidos pela empresa, necessários ao 
desenvolvimento de suas operações. 
Receita: é o dinheiro que a empresa recebe ou tem direito a receber, proveniente das 
suas operações. 
Tributo: é uma obrigação de pagar, criada por lei, impondo aos indivíduos o dever de 
entregar parte de suas rendas e patrimônio para a manutenção e desenvolvimento do 
Estado. 
18
 a
1) Uma empresa operadora de serviços de transporte coletivo 
não pode apresentar em sua estrutura a Auditoria Interna. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) No Departamento de Finanças, a divisão de tesouraria está 
encarregada de: 
 
a. ( ) Controlar a arrecadação por meios físicos e digitais. 
 
b. ( ) Conferir e registrar os boletins diários de movimentação 
de passageiros. 
 
c. ( ) Realizar as operações bancárias cotidianas. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
 
3) A infraestrutura de uma garagem de ônibus pode ser 
estabelecida pelo empresário sem a necessidade de 
atendimento aos requisitos de qualquer órgão municipal. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
Atividades
19
Referências
ANDRADE, W. M. Filosofia 5S. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www.5s.com.
br>. Acesso em: 5 jul. 2016. 
ANTP. Associação Nacional de Transportes Públicos. Portal oficial. Portal da internet,2016. Disponível em: <www.antp.org.br>. Acesso em: 5 jul. 2016.
20
UNIDADE 2 | SERVIÇOS 
EXECUTADOS NAS GARAGENS 
DE ÔNIBUS
21
Unidade 2 | Serviços Executados nas Garagens de 
Ônibus
 f O que deve ser levado em conta para definir os serviços prestados nas garagens de ônibus? Como o Departamento de Manutenção de uma operadora de transporte coletivo pode se 
dividir? Quais são as suas funções?
Se quiser verificar a importância do Departamento de Manutenção de uma operadora 
de transporte coletivo, experimente fechá-lo. Os ônibus teriam de ir parando devido à 
necessidade de reparos, as receitas financeiras não mais existiriam e os usuários – clientes 
finais – não podendo comparecer a seus trabalhos e suas empresas, também perderiam 
receita gradativamente. Haveria um grande caos urbano.
Nesta unidade, falaremos do Departamento de Manutenção, especialmente de suas várias 
divisões e atividades.
22
1 Departamento de Manutenção
Para Melter (2010) e Molinero e Arrellano (1998), o Departamento de Manutenção – 
que, normalmente, funciona nas garagens de ônibus – contempla as seguintes divisões: 
técnico-administrativa, almoxarifado, ferramentaria, mecânica, elétrica, borracharia, 
funilaria e pintura, lavagem e lubrificação e abastecimento. 
Como é grande a variedade, para agir com segurança na definição dos serviços 
que podem ser oferecidos em uma garagem de ônibus, o gestor de garagem deve 
considerar:
• O perfil da frota da empresa;
• A estrutura física disponível;
• O grau de exigência em relação à qualidade dos serviços;
• As tecnologias e equipamentos necessários e disponíveis; e
• A disponibilidade e o perfil da mão de obra.
1.1 Divisão Técnico-Administrativa
Segundo Melter (2010), a divisão técnico-
administrativa é a responsável por:
• Elaboração de planos de 
manutenção preventiva;
• Controle da manutenção 
preventiva e corretiva;
• Controle da durabilidade dos 
componentes, tais como pneus, 
peças e acessórios;
• Consumo de insumos, tais como combustíveis e lubrificantes;
23
• Emissão de ordens de serviço (OSs);
• Acompanhamento da execução dos serviços;
• Fiscalização do trabalho dos funcionários;
• Realização da inspeção na entrada e saída dos veículos da garagem; e
• Controle de gastos com componentes e mão de obra.
 g
Para a realização dessas funções, bem como daquelas de outras 
divisões, o Departamento de Manutenção geralmente possui 
softwares de manutenção específicos, que auxiliam desde o 
acompanhamento das rotinas de manutenção até o desempenho 
da frota, propiciando o monitoramento do desempenho 
individual de cada ônibus por meio de indicadores de 
desempenho (consumo de combustível, lubrificantes, pastilhas 
de freio, gastos individuais com manutenção, entre outros). 
1.2 Divisão de Almoxarifado
Para Melter (2010), entre as funções da divisão de almoxarifado, podemos elencar:
• O controle do estoque de peças, acessórios e materiais diversos;
• O fornecimento de componentes aos funcionários;
• O fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) aos funcionários;
• A solicitação de compra de novos componentes, quando o estoque alcança o 
ponto crítico; e
• A realização de inventário anual de todos os componentes armazenados.
24
O gestor de garagens de ônibus deve estar atento à quantidade de componentes em 
estoque, uma vez que estes constituem parte do ativo imobilizado da empresa, ou 
seja, dinheiro estocado. Além disso, se o almoxarifado for muito grande, há despesas 
com os custos fixos (energia, água) e mão de obra.
Por isso, é fundamental a análise do que é realmente necessário manter em estoque, 
principalmente sobre aqueles itens críticos, isto é, aqueles cuja falta pode fazer um 
ônibus parar por tempo indeterminado, levando a uma queda nas receitas e multas por 
parte do órgão fiscalizador.
 c
Nesse sentido, grandes empresas de ônibus aliam-se a 
fornecedores de peças e acessórios, que passam a operar na 
área física do seu almoxarifado, fornecendo seus próprios 
insumos e mãos de obra durante todo o período de operação da 
empresa. 
1.3 Divisão de Ferramentaria
Para Melter (2010), as atividades principais da divisão de ferramentaria compreendem:
• O controle do uso de ferramentas e equipamentos no trabalho de manutenção;
• A inspeção das ferramentas entregues aos funcionários antes e após o seu uso; e
• A orientação quanto ao uso correto das ferramentas e funcionalidades dos 
equipamentos.
 e
Lembre-se de que equipamentos mais caros exigem uma 
atenção maior do responsável pela sua guarda e conservação. E 
até mesmo tais equipamentos necessitam de manutenção. Por 
isso, fique de olho nos manuais do proprietário de tais 
equipamentos, que estabelecem os procedimentos de 
manutenção periódica. 
25
Normalmente, a divisão de ferramentaria também controla a frota de apoio à empresa 
e à manutenção e resgate, tais como: carros para uso administrativo, camionetes e 
caminhões-guincho.
1.4 Divisão de Manutenção Mecânica
Segundo Melter (2010), a divisão de 
manutenção mecânica é responsável pela 
manutenção dos sistemas mecânicos dos 
veículos, destacando-se:
• Motor: cilindros, bloco dos 
cilindros, cabeçote, êmbolos, 
anéis de vedação, biela, árvore 
de manivelas, válvulas, bomba de 
combustível, bomba injetora e 
injetores, entre outros;
• Sistema de arrefecimento: radiador, fluido de arrefecimento, mangueiras, entre 
outros;
• Eixo e suspensão: estabilizadores, amortecedores, cubos de roda, borrachas e 
guarnições, entre outros;
• Transmissão e conjunto acelerador: terminais dos ponteiros, alavancas e batentes, 
bombas e reguladores, embreagem, entre outros; e
• Freios.
 a
As peças referentes aos sistemas de freios são as mais 
demandadas nas oficinais mecânicas de ônibus: pastilhas, 
tambores, guarnições, válvulas, entre outros. Por isso, negocie 
bem com o seu fornecedor! 
26
1.5 Divisão de Manutenção Elétrica
Para Melter (2010), a divisão de manutenção elétrica realiza os serviços nos 
componentes elétricos e eletrônicos da frota, englobando:
• Alternadores;
• Baterias;
• Painéis de instrumentos: tacógrafo, indicadores de combustível, de temperatura, 
de pressão do óleo do motor e luzes indicadoras;
• Faróis, lanternas e luzes de advertência;
• Sistemas de iluminação interna e acionadores de parada;
• Circuitos elétricos, cabeamentos e conexões; e
• Sistemas de controle e monitoramento da frota.
 a
Em garagens de ônibus, cujas edificações possuem ampla 
cobertura, já é comum a utilização de painéis solares, em que a 
energia solar captada, depois de convertida em energia elétrica, 
é empregada na alimentação de chuveiros dos funcionários e na 
iluminação interna das oficinas e pátios. 
Por isso, o gestor de garagens deve estar atento ao uso dessa possibilidade que, além 
de ajudar no aspecto ambiental, implica em economia significativa nos custos de 
energia elétrica.
1.6 Divisão de Borracharia
Na visão de Melter (2010), a divisão de borracharia tem como principal atividade cuidar 
dos pneus da frota, realizando:
27
• Calibração;
• Reparos;
• Rodízios; e
• Trocas.
O gerente de garagem pode fazer parceria com uma empresa fornecedora de pneus, 
de modo a operar dentro da própria garagem. Isso pode eliminar, completamente, a 
necessidade de estoque próprio de pneus.
1.7 Divisão de Funilaria e Pintura
Melter (2010) nos ensina que compete à divisão de funilaria e pintura:
• O desamassamento ou substituição das partes danificadas;
• Serviços de pintura em geral;
• A pintura na parte externa do ônibus de acordo com o padrão da empresa e do 
órgão regulador e fiscalizador; e
• O conserto de portas, janelas, bancos e revestimentos.
1.8 Divisãode Lavagem e Lubrificação
A divisão de lavagem e lubrificação é encarregada da limpeza externa e interna dos 
ônibus e lubrificação de componentes (MELTER, 2010).
Deve haver o controle de óleo: para o motor, hidráulico da direção, hidráulico de 
acionamento de freios, hidráulico de acionamento de embreagem, caixa de marcha e 
eixo traseiro (diferencial).
28
No processo de lavagem, podem ser utilizadas a lavagem manual e a lavagem por 
equipamentos, quando o veículo passa por um pórtico ou uma sala e os equipamentos 
realizam o serviço sem a interferência humana.
A higienização interna é importante para a saúde do motorista e dos passageiros. No 
transporte público, o risco de contaminação em massa é grande, pois um passageiro 
doente pode passar algum vírus, ou outra doença contagiosa, para diversos usuários. 
Por isso, as empresas são obrigadas a realizar a descontaminação, frequentemente. 
 c
No processo de lavagem, a dica é reaproveitar a água. Depois de 
tratada, essa mesma água pode ser reutilizada nas descargas 
dos banheiros e na lavagem de pátios e estacionamentos.
1.9 Divisão de Abastecimento de Combustíveis
Ainda na visão de Melter (2010), a divisão de abastecimento de combustíveis cuida de:
• Colocação de combustível nos veículos; e
• Preenchimento dos formulários de controle.
 b Assista, por meio do link disponível a seguir, à reportagem de uma operadora de ônibus de Rio das Ostras-RJ, que implantou o projeto de reaproveitamento de água de lavagem dos veículos. 
Chegam a ser economizados 650 mil litros de água por mês. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=HAVNhy8C3U0 
29
Resumindo 
 
Para definir com mais segurança os serviços a serem realizados na garagem 
de ônibus, é preciso considerar, entre outros: o perfil da frota da empresa, 
a estrutura física disponível e o grau de exigência em relação à qualidade 
dos serviços. 
 
Nada adianta a garagem de ônibus dispor de equipamentos e ferramentas 
de última geração se não capacita e treina seus profissionais. 
 
O gerente de garagem de ônibus deve possuir espírito inovador, 
contribuindo para reduzir custos da empresa e adotando atitudes 
ambientalmente sustentáveis. Exemplos: utilização de painéis solares e 
reúso da água de lavagem dos veículos.
Glossário
Periódico: que ocorre em intervalos regulares.
Pórtico: portal; espaço coberto que serve de entrada para um espaço aberto entre o 
limite de um terreno e a entrada de uma construção ali situada.
30
 a
1) Entre as funções da divisão de almoxarifado do 
Departamento de Manutenção, podemos elencar, exceto. 
 
a. ( ) Controle do estoque de peças, acessórios e materiais 
diversos. 
 
b. ( ) Fornecimento de componentes aos funcionários. 
 
c. ( ) Fornecimento de equipamentos de proteção individual 
(EPIs) aos funcionários. 
 
d. ( ) Realização de operações bancárias cotidianas. 
 
2) A higienização interna do veículo é importante para a 
saúde do motorista e dos passageiros. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
3) Na divisão de borracharia da garagem de ônibus, são 
executados os seguintes serviços em relação aos pneus: 
 
a. ( ) Calibração. 
 
b. ( ) Reparos. 
 
c. ( ) Rodízios. 
 
d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
31
Referências
CAMPOS, R. A Ferramenta 5S e suas Implicações na Gestão da Qualidade Total. 
Bauru: Unesp, 2005.
CARVALHO, P. C. O Programa 5S e a Qualidade Total. Campinas: Alínea, 2011.
FERRAZ, A. C. P.; TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. São Carlos: Rima, 2004.
32
UNIDADE 3 | GERENCIANDO OS 
PROFISSIONAIS DAS GARAGENS 
DE ÔNIBUS
33
Unidade 3 | Gerenciando os Profissionais das 
Garagens de Ônibus
 f Quais as funções do gerente de garagem de ônibus? Quais as dificuldades no gerenciamento? E as funções dos demais profissionais que trabalham nas oficinas? 
A garagem de ônibus não é constituída apenas pela infraestrutura, equipamentos e 
ferramentas. Um dos seus principais patrimônios são os profissionais que atuam na 
empresa, sem os quais não haveria prestação de serviços. E o gerente deve ser o maestro 
de toda a orquestra!
Nesta unidade, falaremos das funções desempenhadas pelo gerente da garagem de 
ônibus, identificando os principais desafios do gerenciamento e das demais atividades 
exercidas pelos profissionais, nas diversas áreas.
34
1 Quais as Funções do Gerente de Garagem de Ônibus?
Consoante Melter (2010) e Molinero e Arrellano (1998), a atividade de gerenciamento 
de uma garagem de ônibus envolve muita responsabilidade, uma vez que a manutenção 
dos veículos é uma atividade essencial no contexto de prestação de serviços de 
transporte público.
O gerente é responsável pela execução 
e controle das rotinas de trabalho nas 
várias divisões ou oficinas. Em uma 
empresa pequena, o acompanha todos 
os serviços. Já nas grandes empresas, o 
gerente pode contar com encarregados 
por cada grupo de atividade, tais 
como as divisões, já vistas dentro do 
Departamento de Manutenção.
Cada encarregado é responsável pelo serviço e desempenho de sua equipe. Nesses 
casos, as atribuições de acompanhamento e controle são divididas com os encarregados, 
mas a responsabilidade final pelos resultados continua sendo do gerente! 
 g
Além da responsabilidade mencionada, o gerente também pode 
assumir responsabilidades como preposto (representante legal) 
da empresa perante a justiça e em órgãos governamentais, bem 
como assumir responsabilidades sobre ações comerciais, de 
treinamento, recrutamento, seleção, entre outras. 
Na Tabela 2, a seguir, pode-se conhecer as principais atividades que o gerente de 
garagem de ônibus deve desempenhar.
35
Tabela 2: Exemplos de Atribuições do Gerente de Garagem de Ônibus
Atribuições Básicas do Gerente de Garagem de Ônibus
Atividade Descrição
Executar as políticas e programas de 
trabalho estabelecidos.
O gerente deve ser o porta-voz da 
filosofia de trabalho da empresa para 
os colaboradores e para os agentes 
externos (fornecedores, terceirizados). 
É de sua responsabilidade verificar se 
o padrão dos serviços executados está 
seguindo o que foi determinado por seu 
superior ou pelo proprietário e se estes 
estão de acordo com o regulamento do 
órgão regulador e fiscalizador.
Ajudar na seleção e no acompanhamento 
do desempenho de seus subordinados 
diretos. 
Acompanhar o trabalho dos subordinados 
levando em conta a necessidade de 
trabalhar em equipe, a impessoalidade, 
a necessidade de formar seu próprio 
substituto e o equilíbrio entre 
conhecimento técnico e facilidade de 
relacionamento com os outros colegas.
Coordenar a atuação dos subordinados 
diretos e o entrosamento entre eles.
O gerente deve orientar os colaboradores 
sobre as políticas e critérios de 
relacionamento, estimulando a troca de 
informações e experiências na empresa.
Analisar periodicamente o desempenho 
operacional e os custos da garagem da 
empresa.
O desempenho deve ser acompanhado 
e analisado para traçar as diretrizes da 
empresa e tomar medidas capazes de 
ajustar os serviços para serem cada vez 
mais eficientes.
Manter contatos institucionais.
Manter relacionamento com autoridades 
de fiscalização, fornecedores locais, 
entidades de classe e outras garagens. 
36
Fonte: adaptado de Melter, 2010, e Schlüter e Schlüter, 2005. 
Aplicar os controles de operação e 
manutenção traçados pela chefia.
Controlar os procedimentos da operação 
e de manutenção por meio de indicadores 
de desempenho, realizando correções 
necessárias para o bom andamento dos 
serviços.
Fornecer informações à chefia superior 
conforme solicitado.
Como a informaçãoé perecível, seu 
aproveitamento depende de fontes 
alimentadoras disciplinadas e metódicas. 
O gerente deve armazenar e fornecer 
informações sobre as atividades da 
empresa conforme programado e 
solicitado.
Manter a estrutura e os equipamentos 
de reparos sempre em condições de uso. 
Acompanhar e fazer cumprir todas as 
exigências dos órgãos ambientais.
É atribuição do gerente garantir 
as condições da infraestrutura e a 
existência de equipamentos em perfeito 
estado de uso, por meio de manutenção 
adequada, limpeza correta e frequente, 
organização dos espaços e qualidade no 
ambiente de trabalho. O gerente, ainda, 
deve se atentar para os procedimentos 
que envolvem as normas ambientais, 
evitando causar danos ao meio ambiente, 
além de outros prejuízos para a empresa.
Monitorar o período de trabalho do 
pessoal, o uso de EPIs, o correto manuseio 
de ferramentas e equipamentos.
O gerente deve controlar ou garantir 
o controle de todas as atividades 
relacionadas às rotinas de trabalho 
dos funcionários, evitando problemas 
trabalhistas, danos à saúde e outros 
problemas que podem comprometer o 
bom andamento dos serviços e o bem-
estar dos funcionários.
37
Outro cuidado que o gerente de garagem deve ter é a adequação do número de 
profissionais à estrutura disponível e aos serviços oferecidos. É importante não 
manter um excesso de profissionais trabalhando em suas oficinas. No entanto, não 
se pode perder os clientes internos ou atendê-los de modo inadequado por falta de 
profissionais! 
 a
A falta de profissionais pode resultar em manutenções 
imperfeitas, não cumprimento de prazos, custos desnecessários 
e insatisfação! Esses problemas podem gerar danos à imagem 
de sua empresa! 
2 Profissionais que Trabalham nas Garagens de Ônibus
Para Melter (201o) e Molinero e Arellano 
(1998), as atividades desempenhadas 
nas garagens de ônibus são vitais para 
os serviços de transporte. Porém, uma 
empresa é constituída, primeiramente, 
de pessoas, porque são elas que utilizam 
os recursos para realizar as tarefas. Não 
adianta a garagem de ônibus ser bem 
estruturada, com equipamentos novos, 
sem ter pessoal para trabalhar! 
Possuir profissionais qualificados é considerado um fator crítico para o sucesso das 
empresas que prestam o serviço de transporte coletivo. São os funcionários que 
moldam a imagem de sua empresa, pois executam os serviços cujos resultados são 
percebidos pelo cliente final — o usuário dos serviços de transporte! 
 
38
 c
Para garantir uma imagem de seriedade, segurança e 
confiabilidade aos clientes finais – usuários do transporte, sua 
empresa precisa ter funcionários preparados e treinados para 
oferecer aos clientes um ótimo serviço, e de tal modo que ele 
seja claramente percebido. É necessário buscar profissionais 
com conhecimento técnico e investir em qualificação e 
experiência para as funções! 
2.1 Técnico-Administrativos
Consoante Melter (2010), os profissionais que laboram na divisão técnico-administrativa 
são responsáveis desde a elaboração dos planos de manutenção preventiva, passando 
pela operação de softwares específicos de manutenção, até o controle de gastos com 
componentes e mão de obra.
Para a realização dessas funções, tais profissionais devem conhecer muito bem os 
veículos e os tipos de serviço oferecidos. Significa que, dentre outras coisas, eles 
devem saber quanto tempo leva para trocar o óleo ou um pneu, quantos profissionais 
vão estar envolvidos na operação e outras informações relevantes.
2.2 Profissionais de Manutenção em Geral
Nesta categoria, podemos elencar todos os profissionais que trabalham nas divisões de 
almoxarifado, ferramentaria, manutenção mecânica, manutenção elétrica, borracharia, 
funilaria e pintura, lavagem e lubrificação e abastecimento de combustíveis.
Esses profissionais realizam suas tarefas em lugares fechados ou abertos, com barulhos 
característicos de motores, alarmes, ferramentas e equipamentos. 
39
 a
Todos esses profissionais devem utilizar os Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs) para se protegerem dos diversos 
perigos a que estão expostos nas oficinas. Em geral, são 
utilizadas luvas, máscaras, protetores auriculares e óculos para 
proteger de faíscas, peças que caem dos veículos, barulho 
excessivo, entre outros. 
Os trabalhadores de manutenção geral devem realizar cursos profissionalizantes 
específicos de mecânica veicular, eletricidade veicular, suspensão, borracharia, para 
citar alguns. 
Dentre as atividades desenvolvidas e que exigem uma contínua e qualificada 
capacitação, podemos citar:
• A elaboração de plano de manutenção veicular;
• A realização de manutenção de motores, sistemas e partes do veículo;
• A substituição de peças dos diversos sistemas do veículo;
• A reparação de componentes e sistemas de veículos; e
• A execução de testes de desempenho de componentes e sistemas de veículos.
 b
No link disponível a seguir, assista à reportagem que mostra os 
diversos profissionais da garagem de ônibus trabalhando 
durante a madrugada. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=ObpAPEKHolM 
Além desses profissionais, dependendo do porte da garagem de ônibus, podem ser 
encontrados os copeiros, auxiliares de limpeza, vigias patrimoniais, estagiários, entre 
outros.
40
Resumindo 
 
O gerente da garagem de ônibus é o cartão de visitas da empresa. É ele o 
grande maestro que faz todas as equipes trabalharem em harmonia para 
atender às necessidades dos seus clientes internos e externos. 
 
Uma boa garagem de ônibus deve possuir profissionais qualificados e 
experientes, bem como aptos a atenderem o seu nicho de mercado. 
 
Em uma garagem de ônibus, o almoxarife, por exemplo, tem como principal 
função garantir que as peças estejam no momento adequado na mão do 
mecânico, sem gastar muito com o estoque.
Glossário
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): refere-se a todo dispositivo ou produto 
de uso individual utilizado pelo trabalhador com a finalidade de protegê-lo dos riscos 
capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. 
Laborar: ocupar-se em algum ofício, trabalho.
41
 a
1) O gerente da garagem de ônibus deve orientar os 
colaboradores sobre as políticas e critérios de relacionamento, 
estimulando a troca de informações e experiências na 
empresa. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) Entre as atribuições básicas do gerente da garagem de 
ônibus, citam-se, exceto: 
 
a. ( ) Executar as políticas e programas de trabalho 
estabelecidos. 
 
b. ( ) Ajudar na seleção e no acompanhamento do desempenho 
de seus subordinados diretos. 
 
c. ( ) Coordenar a atuação dos subordinados diretos e o 
entrosamento entre eles. 
 
d. ( ) Financiar os cursos de aperfeiçoamento dos mecânicos 
periodicamente. 
 
3) O gerente da garagem de ônibus também pode assumir 
responsabilidades como preposto (representante legal) da 
empresa perante a justiça. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
Atividades
42
Referências
FOUNDATION FOR LEAN. Process Implementation Through 5S: Laying the Foundation 
for Lean. New York: Productivity, 2016.
HIRANO, H. 5S na Prática. São Paulo: IMAM, 1994.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal oficial. Portal da internet, 
2016. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 5 jul. 2016.
43
UNIDADE 4 | TECNOLOGIAS 
APLICADAS AO 
GERENCIAMENTO DE 
GARAGENS DE ÔNIBUS
44
Unidade 4 | Tecnologias Aplicadas ao 
Gerenciamento de Garagens de Ônibus
 f Existem tecnologias para gerenciar uma garagem de ônibus? O que pode ser informatizado? As oficinas da garagem estão sendo produtivas? E o que dizer do rendimento da mão de obra 
de seus profissionais?Já se foi o tempo em que a Administração da Garagem de ônibus acontecia por meio de 
anotações manuais em pedaços de papel espalhados ao longo da empresa. Uma garagem 
de ônibus deve ser bem administrada como qualquer outra empresa, com eficiência e 
apresentação de resultados, caso contrário, haverá prejuízo na certa.
Nesta unidade, conheceremos as tecnologias de gerenciamento das garagens de ônibus, 
a estrutura básica de um sistema de controle de manutenção, e ainda, ajudaremos a 
controlar os custos de mão de obra.
45
1 Entendendo a Necessidade de Aplicação de Tecnologias 
de Gerenciamento nas Garagens de Ônibus
Para Melter (2010) e Schlüter & Schlüter (2005), o uso de recursos de informática é 
cada vez mais comum no gerenciamento de garagens de ônibus e outros serviços 
ligados ao setor de transportes. Programas de computador específicos para o setor – 
os chamados softwares – são oferecidos por inúmeros fornecedores, com ferramentas 
para vários fins. Sua grande vantagem é dar mais agilidade e precisão às decisões, 
reduzindo os custos da empresa. 
1.1 Cadastro da Frota e Motoristas
O cadastro da frota e dos motoristas 
permite ao gerente de garagem acessar 
todos os dados referentes aos veículos 
e seus motoristas. Com relação aos 
veículos, você pode ter informações tais 
como: marca/modelo, ano de fabricação, 
número do chassi, data de aquisição, 
manutenções requeridas pelo fabricante 
do veículo e as datas em que foram 
realizadas, histórico das manutenções 
realizadas nas oficinas da garagem de 
ônibus, quilometragem rodada, profissionais de manutenção que trabalharam no 
veículo, consumo de combustível e de lubrificantes, datas de ocorrências importantes 
(batidas), principais peças trocadas, gastos com manutenção e mão de obra.
Se bem organizadas e registradas, todas essas informações poderão auxiliá-lo a 
perceber o momento correto de substituir determinado veículo da frota, uma vez que 
seus custos de manutenção estarão altos demais em relação à sua arrecadação diária.
46
No que tange aos motoristas, o banco de dados pode incluir: nome completo, número 
da matrícula na empresa, idade, cursos realizados relacionados à condução do veículo, 
horas de trabalho no veículo, histórico de manutenção em relação ao motorista, 
eventos observados, gastos com peças e acessórios e mão de obra.
Da mesma forma, se bem organizados e registrados, esse conjunto de informações 
pode mostrar ao gerente de Garagem quando é necessário treinar o motorista para 
temas específicos, por exemplo, para uma condução mais econômica do veículo ou 
direção defensiva.
 c
O cadastro da frota e dos motoristas deve ser cuidado e 
guardado! A empresa é responsável pelo sigilo dos dados 
gerados, especialmente em relação aos motoristas, que devem 
ser usados pela empresa de forma adequada e com ética! 
1.2 Controle da Entrada e Saída de Veículos 
O controle da entrada e saída de veículos representa o cadastro dos veículos que 
entraram na garagem de ônibus para realização de algum serviço. Com isso, devem 
ser coletados todos os dados necessários desde os referentes ao veículo até os 
relacionados ao motorista. Quanto mais informações sobre o defeito apresentado, 
mais rápido será o diagnóstico e a realização da manutenção ou reparo necessário.
 a
Quando conclusos os serviços, o responsável pela entrega do 
veículo na saída deve conferir, com o motorista que o receber, 
todas as suas condições de funcionamento, e registrá-las no 
sistema. 
47
1.3 Controle de Manutenção 
O controle de manutenção engloba o cadastro de solicitação, o registro de ocorrências, 
a solicitação de aprovação de serviços pelo encarregado, o apontamento de materiais, 
o apontamento de mão de obra interna, o apontamento de serviços externos, o 
lançamento de nota fiscal dos serviços externos, dentre outros.
1.4 Controle de Combustível
O controle de combustível diz respeito ao controle das ordens de abastecimento 
internas (garagem) e externas (postos de combustíveis), aos requerimentos de 
aprovação, ao controle de estoque, ao controle das bombas e ao lançamento das notas 
fiscais dos abastecimentos.
1.5 Controle de Suprimentos
O controle de suprimentos abarca a requisição de consumo, a requisição de compra, as 
ordens de compra, o controle de aprovação, a baixa direta de estoque das ordens de 
serviços, o controle de saldos e custos e alimentação dos sistemas de contabilidade da 
empresa.
48
2 Estrutura Básica de um Sistema de Controle de Manutenção
Para Melter (2010), Filho (2010) e Dorigo e Nascif (2009), cada programa de computador 
utiliza uma estrutura para controle e gerenciamento de uma garagem de ônibus. A 
empresa pode desenvolver seu próprio sistema, de acordo com suas necessidades. No 
entanto, podem ser destacados alguns itens comuns a diversos programas. 
2.1 Ordem de Serviço (OS)
A Ordem de Serviço é essencial para o acompanhamento da 
manutenção, bem como é fonte de informações para o cálculo 
do custo operacional. 
Deve conter todos os dados do serviço solicitado, bem como sua duração e os 
profissionais envolvidos. 
2.2 Ficha de Serviços a Serem Executados
Preenchida no ato da inspeção do veículo, geralmente por encarregados das divisões 
do Departamento de Manutenção ou seus auxiliares diretos. Indica todos os defeitos 
e o tipo de manutenção necessária. Se a frota for grande, aconselha-se determinar o 
tempo-padrão para cada tarefa. Também é aconselhável anotar os defeitos verificados 
pelo condutor do veículo.
49
2.3 Ficha de Serviços de Terceiros
Necessária nos casos de serviços mais complexos, quando as oficinas da garagem de 
ônibus não executam diretamente a atividade, como retífica de motor, mudança de 
estofamentos, entre outros. Essa operação deve ser informada ao gerente de garagem, 
que pode autorizar que o serviço seja realizado por outra oficina.
2.4 Material Empregado
Formulário reservado para anotações das 
peças e materiais utilizados na operação 
de manutenção ou reparo. Seu conteúdo 
deve ser confirmado por meio da ficha de 
requisição de materiais fornecida pela divisão 
de almoxarifado de peças, ou pela nota fiscal, 
caso não haja em estoque o material utilizado.
 b Comprar peças de qualidade e com menor custo representa uma boa estratégia para as oficinas mecânicas. Leia, no link disponível a seguir, a entrevista sobre a entrada de uma nova empresa 
italiana de tubulações e mangueiras para o mercado original e 
de reposição. 
 
 http://omecanico.com.br/category/revista/258 
50
2.5 Tempo Gasto com Mão de Obra 
Intervalo de tempo gasto pelos profissionais na atividade de manutenção, registrando-
se os momentos de início e de término de cada operação. Esses valores devem ser 
comparados aos valores médios historiados, para análise de produtividade e eficiência.
3 Controle dos Custos
Segundo Melter (2010), Filho (2010) e 
Dorigo & Nascif (2009), esse controle 
consiste na apropriação dos custos 
gerados pelo Departamento de 
Manutenção. Trata-se de um quadro 
demonstrativo, contendo os vários itens 
do custo que, somados, fornecem o 
custo da manutenção. É realizado a partir 
do preenchimento da ficha técnica do 
serviço, ao final de cada manutenção.
3.1 Controle da Produção de Mão de Obra Direta
Deve ser efetuado por meio de um boletim de serviço, que funciona simultaneamente 
com a ordem de serviço. É necessário um documento individual por funcionário, no 
qual são registradas, em horas, todas suas tarefas diárias, tais como: 
• Tempo trabalhado: o tempo em que o funcionário executou qualquer tarefa, 
dentro de suas atribuições.
• Tempo ocioso: corresponde ao tempo em que o funcionário ficou à disposição, 
por falta de serviço.
51
• Tempo improdutivo:corresponde ao tempo em que o funcionário ficou desviado 
de suas atribuições, executando outras que não são comuns em seu trabalho 
cotidiano.
• Falta ao serviço: registra os períodos em que o funcionário não se encontrava na 
empresa, por motivos de doença, atraso, entre outros.
3.2 Avaliação de Desempenho da Mão de Obra
Os boletins de serviço devem ser enviados diariamente à divisão técnico-administrativa 
e registrados na ficha mensal de cada funcionário. 
 a
Com os dados coletados, pode-se avaliar o desempenho da mão 
de obra e a produção do grupo, para fins de dimensionamento, 
bem como para remanejar o pessoal, quando necessário. 
3.3 Cálculo do Índice de Produtividade (P) 
Calculado em função da relação entre o tempo trabalhado pelo funcionário e seu 
tempo disponível, sendo:
Em que:
SV: tempo de serviço no veículo
SB: tempo de serviço na bancada
SE: tempo referente a serviços especiais 
DP: tempo disponível
52
3.4 Cálculo do Índice de Improdutividade (I) 
É calculado em função das horas improdutivas do empregado:
Em que:
FS: tempo transcorrido na falta de serviço
SO: tempo transcorrido na realização de serviços gerais de oficina 
DP: tempo disponível
3.5 Cálculo do Índice de Horas Perdidas (L) 
É calculado da seguinte forma:
Em que:
FAD: tempo transcorrido no caso de falta, atraso ou dispensa 
DP: tempo disponível
53
3.6 Cálculo do Índice de Rendimento (R)
Cálculo do rendimento da mão de obra. Esse item somente poderá ser utilizado caso a 
empresa trabalhe com tempo-padrão para os serviços de manutenção:
Em que:
PV: tempo previsto ou tempo-padrão
3.7 Cálculo do Índice de Imobilização (I)
Para que a disponibilidade do veículo seja controlada, é necessário manter, sob registro, 
toda a entrada do veículo em manutenção. Assim sendo, toda vez em que ele estiver 
em manutenção, será considerado imobilizado. Esse controle serve para registrar a 
entrada e saída de cada veículo na garagem de ônibus e fornecer dados para relatórios 
demonstrativos das imobilizações ocorridas.
 h
Para a garagem de ônibus, fica a responsabilidade de manter a 
qualidade dos serviços e evitar, ao máximo, a imobilização de 
cada veículo. Com o controle, pode-se localizar os pontos de 
estrangulamento e racionalizar o fluxo de veículos nos setores 
de reparo, visando à minimização dos tempos gastos na 
manutenção veicular. 
O elemento básico para este planejamento é ter conhecimento da disponibilidade 
da frota. Portanto, isso passa a ser um dos objetivos do gerente de garagem e dos 
seus encarregados. Tais profissionais devem manter um determinado percentual de 
imobilização ao mês para que seus objetivos sejam alcançados. Para isso, podem valer-
se do cálculo do índice de imobilização apresentado a seguir. 
54
Com o cálculo desse Índice de Imobilização (I), a empresa pode analisar o desempenho 
real e compará-lo com o desempenho previsto, por meio de:
Conhecer os custos envolvidos com a realização de atividades na garagem de ônibus 
é indispensável para o controle dos serviços e apuração do resultado do trabalho 
realizado. Várias são as decisões a serem tomadas no dia a dia, sendo que essas decisões 
implicam em maior e menor custo das atividades e, consequentemente, influenciam no 
lucro da empresa. 
 b Assista ao vídeo de apresentação de software de gerenciamento de oficinas, disponível no link a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=UzuIjKMjORA&list=PLOnF
6sY0TzWg7goKDUh%20DJjB5Ih1PXKiaq&feature=iv&src_
vid=t5QaXgm4rZo&annotation_id=annotation_34%20
69495907
55
Resumindo 
 
As atividades da garagem de ônibus são complexas, pois envolvem vários 
profissionais distintos, máquinas e equipamentos, bem como materiais e 
ferramentas diversas. 
 
O gerente da garagem de ônibus é o profissional responsável por garantir 
que o estabelecimento irá funcionar de modo satisfatório, fazendo com 
que as atividades se tornem cada vez mais eficientes e eficazes. 
 
A atenção aos custos relacionados à execução dos serviços é fundamental 
para o sucesso da empresa. Cabe ao gerente da garagem ajudar na redução 
desses custos, sem prejudicar a qualidade dos serviços prestados. Por isso, 
o gerente deve se esforçar ao máximo para entender e colocar em 
funcionamento todas as tecnologias em que a empresa investiu, treinando 
os empregados para evitar falhas de procedimento.
Glossário
Dimensionamento: ação de indicar a extensão ou importância de algo.
Ética: conjunto de princípios, normas e regras que devem ser seguidos para que se 
estabeleça um comportamento moral exemplar. 
56
 a
1) A Ordem de Serviço é essencial para o acompanhamento 
da manutenção, porém, não constitui fonte de informações 
para o cálculo do custo operacional da garagem de ônibus. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) É preenchida no ato da inspeção do veículo. Indica todos os 
defeitos e o tipo de manutenção necessária. Estamos falando 
de: 
 
a. ( ) Ficha de Serviços de Terceiros. 
 
b. ( ) Ficha de Material a ser Empregado. 
 
c. ( ) Ficha de Cadastro de Clientes. 
 
d. ( ) Ficha de Serviços a serem Executados. 
 
3) O cadastro da frota e dos motoristas permite monitorar o 
desempenho da frota e dos profissionais que conduzem os 
veículos. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
57
Referências
FOUNDATION FOR LEAN. Process Implementation Through 5S: Laying the Foundation 
for Lean. New York: Productivity, 2016.
HIRANO, H. 5S na Prática. São Paulo: IMAM, 1994.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal oficial. Portal da internet, 
2016. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 5 jul. 2016. 
58
UNIDADE 5 | A FILOSOFIA 5S 
APLICADA À ADMINISTRAÇÃO 
DAS GARAGENS DE ÔNIBUS
59
Unidade 5 | A Filosofia 5S Aplicada à Administração 
das Garagens de Ônibus
 f Você sabe qual é a origem da Filosofia 5S? O que significa cada um dos seus termos? Como fazer para praticar cada um deles?
A Filosofia 5S representa o bom senso — que pode ser ensinado e praticado para o 
crescimento humano e profissional na área de manutenção das operadoras de transporte 
coletivo. Está diretamente associada à eficiência e eficácia na realização das tarefas 
diárias e na busca contínua por excelência nos serviços prestados.
Nesta unidade, vamos iniciar conhecendo a origem da Filosofia 5S. Na sequência, falaremos 
sobre o significado de cada um dos termos dos 5S e de como praticá-los.
60
1 Conheça a Origem da Filosofia 5S
De acordo com Andrade (2016) e o Instituto IMAM (1994), a Filosofia 5S surgiu nas 
empresas do Japão durante a reconstrução do país, após a Segunda Guerra Mundial, 
quando os japoneses receberam orientação de especialistas americanos sobre como 
fazer o controle de qualidade. 
Assim, os japoneses foram aperfeiçoando os processos industriais dos norte-americanos, 
resultando o denominado Total Quality Control (TQC — Controle da Qualidade Total). 
O TQC, que teve como uma de suas bases a aplicação da Filosofia 5S, é entendido como 
o controle dos processos para assegurar o resultado final, entregando os produtos e 
serviços conforme a expectativa do cliente. Repare que, no seu caso, o cliente interno 
é o Departamento de Operações e o cliente final da empresa de transporte é o usuário 
da prestação dos serviços de transporte coletivo.
2 Significado dos 5S
De acordo com Campos (2005), a função da Filosofia do 5S é sensibilizar as pessoas, 
simplificando o aprendizado e a prática dos conceitos e técnicas para a qualidade. 
Isso inclui providências tais como: cuidar dos ambientes de trabalho, equipamentos, 
materiais e colegas.
Os 5S tiveram origem em cinco palavras japonesas que começam com a letra “S”. 
Confira, na Tabela 3, a seguir, o significado de cada termo.61
Tabela 3: Significado dos 5S
Fonte: adaptado de Andrade, 2016.
Vamos mostrar o que significa cada uma dessas práticas e como podem ser aplicadas 
ao seu trabalho de gerente de garagem de ônibus. 
Termo 
Nipônico
Termo em 
Português
Significado
Seiri
Senso de 
utilização
Separar o que é útil do que não é. 
Melhorar o uso do que é útil.
Seiton
Senso de 
organização
Um lugar para cada coisa. Cada coisa 
no seu lugar.
Seiso
Senso de 
limpeza
Limpar e evitar sujar.
Seiketsu Senso de saúde Padronizar as práticas saudáveis.
Shitsuke
Senso de 
disciplina
Assumir a responsabilidade de seguir 
os padrões.
62
2.1 Seiri
Seiri refere-se ao senso de utilização. Consiste em deixar, no ambiente de trabalho, 
somente o que é extremamente necessário. 
Seiri significa usar recursos disponíveis, com bom senso e 
equilíbrio, identificando materiais, equipamentos, ferramentas, 
informações e dados necessários e desnecessários, descartando 
ou dando a devida destinação àquilo considerado desnecessário 
ao exercício das atividades. 
Mas, como você pode aplicar o seiri nas atividades de uma garagem de ônibus?
Para Campos et al. (2005) e Hirano (1994), você deve aplicar o seiri para eliminar não 
apenas os desperdícios de coisas materiais, como também as tarefas desnecessárias, 
analisando o trabalho e evitando, com isso, esforços desnecessários. Porém, o senso 
de utilização pressupõe que além de identificar excessos e/ou desperdícios, estejamos 
também preocupados em identificar “o porquê do excesso” de modo que medidas 
preventivas – e não reacionárias — sejam adotadas para que os acúmulos desses 
excessos não ocorram novamente.
 h
De modo prático, a Filosofia 5S deve começar a partir de seu lar, 
passando pela sua empresa, pela sua mesa de trabalho, até as 
instalações das oficinas, pátios e estacionamentos da garagem 
de ônibus. 
De acordo com Campos (2005), reflita sobre o seu hábito de guardar, que pode ser 
resultado do excesso de apego aos bens materiais, constituindo uma barreira. Por isso, 
para termos sucesso nesse senso, devemos transpor tais dificuldades, uma vez que o 
ponto-chave é saber identificar o que é necessário e descartar o que não mais for útil. 
Para implementar o senso de utilização, divida seus objetos em três categorias:
63
• Utilizáveis: aqueles em perfeitas condições de uso, em quantidade adequada e 
com frequência de utilização conveniente. Exemplos: pares de sapato na sua casa 
que você utiliza frequentemente, caneta dentro do porta-luvas do seu carro e 
bloco de anotação para você fazer registros no dia a dia.
• Não utilizáveis: aqueles que parecem desnecessários e, preferencialmente, 
que você não vem usando. Exemplos: roupas velhas e que não servem mais, 
ferramentas quebradas e que podem causar riscos no uso, pneus velhos.
• Utilização improvável: aqueles sem condições de uso, em quantidade inadequada 
caso você fosse usar, e cuja frequência de utilização é muito baixa. Exemplos: 
listas de telefone antigas, papéis sem serventia.
2.2 Seiton
Seiton refere-se ao senso de ordenação 
e pode ser definido como um otimizador 
da área de trabalho porque consiste em 
definir critérios e locais apropriados para 
estocagem, depósitos de ferramentas e 
materiais, armazenamento e fluxo de 
informações, ou seja, fazer com que 
as coisas necessárias sejam utilizadas 
com rapidez e segurança, a qualquer 
momento.
Para Moreira (2014) e Campos et al. (2005), com a implementação do senso de utilização, 
apenas o essencial para a execução das tarefas permanecerá no seu ambiente de 
trabalho. O próximo passo é desenvolver um arranjo físico sistemático para organizar 
de maneira mais funcional o local de trabalho, isto é, dispor os recursos eficiente e 
eficazmente, a fim de facilitar o fluxo de pessoas, materiais, informação e gerar um 
sistema de controle visual.
64
 e
O senso seiton simplesmente apregoa: se você desorganizou, 
procure organizar; se desarrumou, procure arrumar; e assim por 
diante. 
Para implementar o senso de ordenação, sistematização e classificação, confira alguns 
procedimentos a serem tomados:
• Reorganize as áreas mais necessitadas de sua casa e de seu trabalho. Exemplos: 
em sua casa, coloque brinquedos dos filhos nos lugares separados para esse 
fim. As ferramentas e peças sobressalentes da empresa devem ser colocadas e 
organizadas, respectivamente, na divisão de ferramentaria e almoxarifado. 
• Classifique os objetos (padronizando por nomes) e guarde-os segundo cada 
grupo. Exemplos: documentos referentes ao Imposto de Renda; documentos 
relacionados ao seu veículo. Na empresa, adote cadastros específicos, físicos e/
ou em meio digital, para a frota.
• Utilize cores fortes e etiquetas para identificação. Exemplos: na empresa, 
tenha pastas coloridas de uma determinada cor para guardar os documentos 
dos veículos e outras pastas de cores distintas para colocar os documentos 
relacionados à manutenção, aquisição de peças, reuniões diárias, entre outros.
• Utilize quadros de aviso como fonte de informação. Exemplos: você pode colocar, 
na sua casa, os horários das atividades de seus filhos. Na empresa, os quadros de 
aviso de escalas de profissionais, férias, rotinas de trabalho, metas diárias, entre 
outros.
 c
A organização do ambiente de sua casa e de seu trabalho 
propicia uma gestão mais eficiente, porque se tem melhor uso e 
controle dos insumos, força de trabalho e equipamentos 
empregados. 
65
2.3 Seiso
Para Carvalho (2011) e Campos et al. (2005), como o próprio nome diz, o seiso consiste 
em manter limpo o ambiente de trabalho (paredes, armários, gavetas, piso, boleia, 
carroceria, lataria). Poeira, lama e lixo nos ambientes de trabalho podem não só 
influenciar negativamente na saúde e integridade dos funcionários, como também 
causar danos, defeitos e falhas em equipamentos. 
 a
A não observância do seiso permite a ocorrência de defeitos nos 
equipamentos, indisponibilidade de ferramentas, perdas de 
peças e materiais. A essência da prática desse senso não reside 
na ação de limpar, e sim na ação de não sujar. 
Para implementar esse senso, tenha em 
mente as seguintes medidas a serem 
tomadas:
• Eduque para a prática do não sujar;
• Comprometa todos os colegas com 
a limpeza de cada um;
• Pesquise e extinga as causas da 
sujeira;
• Pratique a clareza na comunicação; e
• Tenha em mente que o não sujar vale mais do que o limpar.
 g
Com a aplicação do seiso, você também poderá extinguir a 
poluição sonora (vozes altas), visual (desordem) e ambiental 
(maledicências), trazendo benefícios para o seu ambiente de 
trabalho e para a sua casa. 
66
2.4 Seiketsu
Conforme a Foundation for Lean (2011) – instituição que se dedica ao estudo da prática 
dos 5S — e Campos et al. (2005), o seiketsu é o quarto senso, relacionado à higiene, 
saúde e integridade, e é alcançado com a prática dos sensos anteriores. Basicamente, 
consiste em garantir um ambiente não agressivo e livre de agentes poluentes, manter 
boas condições sanitárias nas áreas comuns (banheiros, cozinha, copa), zelar pela 
higiene pessoal, gerar e disponibilizar informações e comunicados de forma clara e, 
no sentido mais amplo do senso, ter ética no trabalho e manter relações interpessoais 
saudáveis, tanto dentro quanto fora da empresa. 
 e
O senso seiketsu é de vital importância para assegurar a 
manutenção dos 3S iniciais, visto que a melhoria da qualidade 
de vida no trabalho estimula a adesão e comprometimento de 
todos (com a nova filosofia de trabalho). 
Para implementação desse senso, verifique alguns procedimentos que devem ser 
adotados:
• Implemente os três primeiros sensos;
• Valorize a sua aparência pessoal e a da empresa;
• Evite todasas formas de poluição;
• Mantenha as condições para colocar em prática o controle visual; e
• Cuide de sua saúde, bem como compartilhe esse cuidado com os seus familiares 
e colegas, lembrando-se de manter uma alimentação saudável, fazer exercícios 
físicos regulares, bem como exames periódicos, e usar os equipamentos de 
proteção individual (EPI).
67
2.5 Shitsuke
Para Campos et al. (2005) e Hirano (1994), o shitsuke está associado à autodisciplina, 
à educação e ao compromisso. Procura corrigir o comportamento inadequado das 
pessoas e consiste em uma nova fase, em que todos devem moldar seus hábitos. Os 
funcionários que trabalham na garagem de ônibus devem seguir e comprometer-se 
com as normas, os padrões e os procedimentos formais e informais da empresa.
 c
Com a aplicação cotidiana do shitsuke (disciplina), podemos falar 
que a Filosofia 5S se consolidou. Isso significa que a mudança de 
valores está arraigada em toda a organização. 
Para a prática do shitsuke, confira algumas ações a serem implementadas: 
• Faça com que os erros sejam transparentes e os corrija;
• Deixe claros seus valores;
• Prima por uma comunicação clara e objetiva;
• Tome atitudes ao verificar não conformidades;
• Busque a pontualidade nos seus compromissos; e
• Saiba criticar de forma construtiva.
 e
O shitsuke é o senso cuja prática demonstra a disciplina do seu 
praticante no que se refere à aprendizagem e absorção de novos 
e bons hábitos, valores, comportamentos e crenças. 
 b Aprenda mais sobre a Filosofia 5S assistindo ao vídeo animado e explicativo, disponível no link a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=ZFW_dSO7pJ8
68
Resumindo 
 
O papel da Filosofia 5S é facilitar o aprendizado e a prática de conceitos e 
ferramentas para a qualidade. Isso inclui cuidar dos ambientes de trabalho, 
equipamentos, materiais, metodologias, medidas e, especialmente, 
pessoas. E, é claro, pode e deve ser aplicada, também, no ambiente 
familiar. 
 
A Filosofia 5S é bem prática. Veja que, já na prática do primeiro senso – o 
seiri – é importante você separar os objetos em utilizáveis, não utilizáveis e 
de utilização improvável. Com isso, você acaba eliminando a bagunça do 
seu ambiente de trabalho e da sua casa, bem como, por exemplo, facilitando 
as doações para instituições de caridade. 
 
Lembre-se de que, quando o quinto senso shitsuke (disciplina) se consolida, 
podemos dizer que a Filosofia 5S como um todo também se consolida. A 
consolidação desse senso significa que a mudança de valores está 
disseminada e enraizada em toda a organização.
Glossário
Extinguir: dissipar; dissolver; acabar.
Reacionário: contrário; que se opõe a algo.
69
 a
1) Seiri refere-se ao senso de saúde. Consiste em deixar, no 
ambiente de trabalho, somente o que não afeta a saúde. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
 
2) Os resultados da não observância desse senso são quebras 
inesperadas de equipamentos, ferramentas não disponíveis, 
deterioração de peças e materiais. A filosofia principal desse 
senso não consiste no ato de limpar, mas no ato de não sujar. 
Estamos falando de qual senso dos 5S? 
 
a. ( ) Seiri 
 
b. ( ) Seiso 
 
c. ( ) Seiton 
 
d. ( ) Seiketsu 
 
3) O senso seiketsu é de vital importância para assegurar a 
manutenção dos 3S iniciais, visto que a melhoria da qualidade 
de vida no trabalho estimula a adesão e o comprometimento 
de todos. 
 
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
Atividades
70
Referências
ANDRADE, W. M. Filosofia 5S. Portal da internet, 2016. Disponível em: <www.5s.com.
br>. Acesso em: 5 jul. 2016. 
ANTP. Associação Nacional de Transportes Públicos. Portal oficial. Portal da internet, 
2016. Disponível em: <www.antp.org.br>. Acesso em: 5 jul. 2016.
CAMPOS, R. A Ferramenta 5S e suas Implicações na Gestão da Qualidade Total. 
Bauru: Unesp, 2005.
CARVALHO, P. C. O Programa 5S e a Qualidade Total. Campinas: Alínea, 2011.
FERRAZ, A. C. P.; TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. São Carlos: Rima, 2004.
FOUNDATION FOR LEAN. Process Implementation Through 5S: Laying the Foundation 
for Lean. New York: Productivity, 2016.
HIRANO, H. 5S na Prática. São Paulo: IMAM, 1994.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal oficial. Portal da internet, 
2016. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 5 jul. 2016.
MELTER, K. S. Transporte Público Coletivo de Ônibus. São Paulo: EP, 2010.
MOLINERO, A. M.; ARELLANO, I. S. Transporte Público – Planeación, Diseño, Operación 
y Administración. México: ICA, 1998.
MOREIRA, M. S. Programa 5S. Nova Lima: Falconi, 2014.
NTU. Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos. Portal Oficial, 
2016. Disponível em: <www.ntu.org.br>. Acesso em: 5 jul. 2016.
SCHLÜTER, G. H.; SCHLÜTER, M. R. Gestão da Empresa de Transporte Rodoviário de 
Carga e Logística: a Gestão Focada no Resultado. Porto Alegre: Horst, 2005.
TORBI, M. Reflexões sobre o Transporte Coletivo de Passageiros. São Paulo: EMT, 
2014.
VASCONCELLOS, E. A. Mobilidade Urbana: O que Você Precisa Saber. São Paulo: Cia 
das Letras, 2013.
71
Gabarito
Questão 1 Questão 2 Questão 3
Unidade1 F D F
Unidade 2 D V D
Unidade 3 V D V
Unidade 4 F D V
Unidade 5 F B v

Outros materiais