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Qualidade da Água: Autodepuração e Consumo de Oxigênio

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Modelo Simplificado de Qualidade 
da água: Autodepuração
Matéria orgânica – Corpo aquático
Consumo de oxigênio dissolvido
Autodepuração: é o fenômeno no qual o meioAutodepuração: é o fenômeno no qual o meio
aquático restabelece seu equilíbrio por meio de
mecanismos essencialmente naturais, após as
alterações induzidas pelos despejos de afluentes.
Compostos orgânicos são transformados em
compostos inertes e não prejudiciais do ponto de
vista ecológico
Consumo de Oxigênio Dissolvido
1) Oxidação da matéria orgânica
Esgotos – matéria orgânica em suspensão (forma lodo
de fundo) e dissolvida (permanece na fase líquida)
Matéria orgânica+O2+bactérias CO2+H2O+bactérias+energia
As bactérias consomem o OD para converter a MO em
compostos simples e inertes, como água e gás
carbônico. Elas tendem a crescer e reproduzir
gerando mais bactérias enquanto houver
disponibilidade de alimento MO e oxigênio no meio
Consumo de Oxigênio Dissolvido
2) Demanda bentônica: é a demanda de oxigênio
gerada pelo lodo de fundo
Lodo de fundo – precisa ser estabilizado
Parte da estabilização em
condições anaeróbias =
difícil penetração de OD
Pode ocorrer revolvimento de lodo e aumento da
demanda de OD
É difícil de quantificar
Amônia + O2 nitrito + H+ + H2O + energia
Consumo de Oxigênio Dissolvido
3) Nitrificação: Oxidação das formas de N consome
OD
Este consumo de OD é chamado de demanda
nitrogenada ou de segundo estágio, por ser mais
lenta que a desoxigenação carbonácea. Isto pode
ser explicada uma vez que as bactérias
nitrificantes possuem crescimento mais lento.
Nitrito + O2 nitrato + energia
Produção de Oxigênio Dissolvido
1) Reaeração atmosférica: pode ser considerado o
principal fator para reintrodução de OD
Transferência de gases é um fenômeno físico no qual
as moléculas de gases são intercambiadas entre o
líquido e o gás na fase líquida, caso esta fase nãolíquido e o gás na fase líquida, caso esta fase não
esteja saturada.
Se as concentrações de OD estão abaixo da saturação
diz-se que há um Déficit de oxigênio = portanto há
uma busca por uma nova situação de equilíbrio
a)Difusão molecular: água parada
b) Difusão turbulenta: água movimentada
Produção de Oxigênio Dissolvido
2) Fotossíntese: é o principal processo empregado
pelos seres autotróficos para a síntese de matéria
orgânica na presença de luz
CO + H O + energia luminosa MO + OCO2 + H2O + energia luminosa MO + O2
A respiração apresenta uma reação exatamente 
oposta a esta
Modelos simplificados
Os dois principais fenômenos incorporados são:
a) Consumo de OD: oxidação da MO (respiração)
b) Produção de OD: reaeração atmosférica
Representação Hidráulica
a) Fluxo em pistão: rio no qual o corpo d´água é
predominantemente linear, a qualidade da água é apredominantemente linear, a qualidade da água é a
mesma em todos os pontos funciona como um pistão
b) Mistura completa
c) Fluxo disperso
Geralmente recurso hídrico apresentam uma
dispersão intermediária entre dispersão total
(mistura completa) e dispersão nula (fluxo em
pistão)
Representação Hidráulica
Os corpos d´água podem ser caracterizados por um
coeficiente de dispersão.
- Coeficientes elevados aproximam o curso de água
ao regime de mistura completa
- Coeficientes elevados aproximam o curso de água
ao regime de mistura completaao regime de mistura completa
- Podemos considerar o curso de água como sendo
fluxo em pistão, ou seja, suficiente para a maior
parte das situações.
Zonas de autodepuração
- A autodepuração é um processo que se
desenvolve ao longo do tempo.
Considerando a dimensão do curso d´água
receptor como predominantemente
longitudinal, pode ser identificado as
seguintes zonas:seguintes zonas:
i) Zona de degradação
ii) Zona de decomposição ativa
iii) Zona de recuperação
iv) Zona de águas limpas
i) Zona de degradação: inicia-se logo após o
lançamento das águas residuais no recurso
hídrico. Contém portanto elevadas
concentrações de matéria orgânica.
- Aspectos estéticos = a água apresenta-se turva
com sólidos presentes nos esgotos. A
sedimentação resulta em bancos de lodo.sedimentação resulta em bancos de lodo.
- Matéria orgânica e OD = o início da
decomposição pode ser lento e portanto há OD
suficiente para sobrevivência dos peixes. Após a
adaptação dos microorganismos a taxa de
consumo de matéria orgânica atinge o seu
máximo, implicando também na taxa máxima de
consumo de OD.
i) Zona de degradação:
Inicia-se a proliferação bacteriana com uma
predominância maciça das formas aeróbias, ou
seja, que dependem do OD disponível no meu
para os seus processos metabólicos. Uma vez que
possuem alimento em abundância na forma depossuem alimento em abundância na forma de
matéria orgânica introduzida pelos despejos e
com suficiente OD para sua respiração, têm
amplas condições para o desenvolvimento e
reprodução. A concentração de matéria orgânica
é máxima no ponto de lançamento e, devido à
decomposição pelos MO tende a decrescer.
i) Zona de degradação:
Há um aumento nas concentrações de CO2, que
pode ser convertido a ácido carbônico na água
tornando a água mais ácida, diminui o pH.
No lodo de fundo tende a permanecer as condiçõesNo lodo de fundo tende a permanecer as condições
anaeróbias (ausência de OD), ocorre produção de
H2S, potencial gerador de odores desagradáveis.
Os compostos nitrogenados complexos
apresentam-se ainda em altos teores, embora já
ocorra a conversão de grande parte dos mesmos
a amônia.
i) Zona de degradação:
Comunidade aquática: há uma sensível diminuição
do número de espécies de seres vivos, embora o
número de indivíduos é bastante elevado
caracterizando um ecossistema perturbado.
ii) Zona de decomposição ativa:
Microorganismos desempenham sua função máxima
decompondo a matéria orgânica. A qualidade da
água apresenta o seu estado mais deteriorado.
Observa-se acentuada coloração na água e os
depósitos de lodo escuro no fundo.
ii) Zona de decomposição ativa:
- O OD atinge sua menor concentração, podendo
em função da quantidade de esgoto adicionado
ser totalmente consumido pelos
microorganismos. Predominância de organismos
anaeróbios.anaeróbios.
- Reduz-se o número de bactérias decompositoras,
redução na disponibilidade de alimento devido a
MO já estar em parte estabilizada. Outros
fatores como luz, floculação, adsorção e
precipitação também auxiliam na redução.
- Se houver reações anaeróbias os sub-produtos
serão: CO2, H2O, CH4, H2S, mercaptanas...
ii) Zona de decomposição ativa:
- O N apresenta-se ainda na forma orgânica,
embora a maior parte já se encontre na forma
de amônia. No final da zona com a presença de
OD pode iniciar-se a oxidação de amônia a
nitrito.nitrito.
- O número de bactérias começa a diminuir
rapidamente.
iii) Zona de recuperação
- Após a fase de intenso consumo de matéria
orgânica e de degradação do ambiente aquático,
inicia-se a etapa de recuperação.
- A água está mais clara e a sua aparência geral
apresenta-se grandemente melhorada. Osapresenta-se grandemente melhorada. Os
depósitos de lodo sedimentado no fundo
apresentam uma textura mais granulada e não
tão fina, não havendo mais desprendimento de
gases ou de mau cheiro.
iii) Zona de recuperação
- A matéria orgânica intensamente consumida nas
zonas anteriores já se encontra grandemente
estabilizada (transformada em compostos
inertes). Isto implica que o consumo de OD pela
respiração bacteriana seja reduzido. Ocorre umrespiração bacteriana seja reduzido. Ocorre um
aumento na concentração de OD pela reaeração
atmosférica. Ocorre mudanças na fauna e flora
devido a não predominância das condições
anaeróbias.
- A amônia é convertida a nitritos e nitratos. Os
compostos de fósforo são transformados em
fosfatos, ocorrefertilização do meio – algas.
iii) Zona de recuperação
- Devido a presença de nutrientes e à maior
transparência da água há condições para o
desenvolvimento das algas. Ocorre produção de
OD pela fotossíntese, bem como maior
diversificação da cadeia alimentar em razão dodiversificação da cadeia alimentar em razão do
desenvolvimento de microorganismos
heterotróficos que delas se alimentam.
- O número de bactérias apresenta-se reduzido,
porém as algas estão em plena reprodução. A
cadeia alimentar torna-se mais diversificando
gerando alimento para os peixes.
iv) Zona de águas limpas
- As águas apresentam-se novamente limpas,
voltando a ser atingidas as condições
normais anteriores à poluição, pelo menos
no que diz respeito ao OD, à matéria
orgânica e aos teores de bactérias,orgânica e aos teores de bactérias,
provavelmente de organismos patogênicos.
- A aparência da água é similar ao anterior a
poluição.
- Ocorre predominância das formas
oxidadas e estáveis. A concentração de
OD é próxima a saturação.
iv) Zona de águas limpas
- As águas são agora mais ricas em
nutrientes devido a mineralização na zona
anterior. Ocorre produção de algas e
restabelecimento da cadeia alimentar
normal. A diversidade de espécies énormal. A diversidade de espécies é
grande. A comunidade atinge novamente o
clímax.
Valores típicos de K1
Constante de desoxigenação
Origem K1 (dia-1)
Água residuária concentrada 0,35-0,45
Água residuária de baixa conc 0,30-0,40
Efluente primário 0,30-0,40Efluente primário 0,30-0,40
Efluente secundário 0,12-0,24
Rios com águas limpas 0,09-0,21
Água para abastecimento público < 0,12
Dezenas de amostras obtidas de um curso de água
da região metropolitana de Belo Horizonte
conduziram a um valor médio de K1 = 0,28 dia-1
Concentração de OD
CS
Déficit de OD
Tempo (dias)
Valores típicos de K2
Constante de reaeração
Origem K2 (dia-1)
Profundo Raso
Pequenas lagoas 0,12 0,23 
Grandes lagos/rios vagarosos 0,23 0,37
Grandes rios c/baixa velocidade 0,37 0,46 Grandes rios c/baixa velocidade 0,37 0,46 
Grandes rios c/ velocidade normal 0,46 0,69
Rios rápidos 0,69 1,15 
Corredeiras e quedas d´água 1,15 > 1,61
Recursos hídricos mais rasos e mais velozes tendem a possuir
um maior coeficiente de reaeração devido a maior
turbulência.
A curva de depleção do oxigênio 
dissolvido: modelo de Streeter-
Phelps
A variação do déficit de oxigênio em função do
tempo pode ser dada por:
Taxa de variação = (consumo de OD – Produção de OD)
do déficit de OD
dD = k1 . L – k2.D
dt
Onde C0 = L0
Esta equação descreve a variação do déficit em 
função do tempofunção do tempo
Portanto a concentração de OD pode ser
calculada por:
Valores Críticos ao longo da curva de OD
Instante crítico da ocorrência
Déficit crítico da ocorrência
( ) }





−
−



−
=
1
12
1
2
12 .
1log1
kL
kkD
k
k
kk
t
a
a
c
Déficit crítico da ocorrência
ctk
ac Lk
kD .
2
1 110. −=
Onde: C0= concentração inicial de OD, logo após a mistura
(mg/L)
D0= déficit inicial de OD, logo após a mistura
CS= concentração de saturação de OD (mg/L)
Cc= Concentração crítica de OD (mg/L)
Equações representativas
a) Concentração e déficit de oxigênio no rio após a
mistura com o despejo
QeQrODeQeODrQrCo ++= /..
Onde: C0=concentração inicial de OD, logo após a
mistura (mg/L)
00 CCSD −=
mistura (mg/L)
D0= déficit inicial de oxigênio, logo após a mistura (mg/L)
Cs= Concentração de saturação de oxigênio (mg/L)
Qr=vazão do rio a montante do lançamento dos despejos
(m3/s)
Qe = vazão de esgotos (m3/s)
ODr = concentração de OD no rio, a montante dos
lançamentos em mg/L
ODe = concentração de OD no esgoto (mg/L)
Onde: C = concentração do constituinte na mistura (mg/L)Onde: C0= concentração do constituinte na mistura (mg/L)
C1= concentração do constituinte no componente 1 
(ex:rio), imediatamente a montante do ponto de mistura 
(mg/L);
C2= concentração do constituinte no componente 2
(ex:esgoto, efluente industrial ou rio afluente),
imediatamente a montante do ponto de mistura (mg/L);
Q1 = vazão do componente 1 (m3/s)
Q2 = vazão do componente 2 (m3/s)
Equações representativas
b) Cálculo da DBO5 e da demanda última no rio após a
mistura com o despejo
Onde: DBO5 = concentração da DBO5, logo após a
QeQrDBOeQeDBOrQrDBO ++= /)..(5
QeQrKTDBOeQeDBOrQrKTDBOLo ++== /)...(.5
Onde: DBO5 = concentração da DBO5, logo após a
mistura (mg/L)
L0= demanda última de oxigênio, logo após a mistura
(mg/L)
DBOr =concentração de DBO5 do rio (mg/L)
DBOe= concentração de DBO5 do esgoto (mg/L)
KT = constante para transformação de DBO5 em
DBOúltima (DBOu) )151/(15/ keDBODBOuKT −−==
Equações representativas
c) Cálculo do perfil de OD em função do tempo
Se OD = 0,0 mg/L; condição de anaerobiose e o modelo
de Streeter-Phelps não mais se aplica.
].2.).2.1).(12/.1[( tkeDotketkekkLokCSCt −+−−−−−=
d) Cálculo do tempo crítico (onde ocorre a concentraçãod) Cálculo do tempo crítico (onde ocorre a concentração
mínima de OD)
)]}1.0/)12.(01.[1/2ln[).12/1{[( kLKkDkkkktc −−−=
Algumas situações podem ocorrer:
1) L0/D0 > K2/K1
O tempo crítico (tc) é positivo. A partir do ponto de
lançamento haverá uma queda no OD, originando um
déficit crítico superior ao inicial. tc>0
1) L0/D0 > K2/K1
2) L0/D0 = K2/K1
O tempo crítico (tc) é igual a zero, ou seja, ocorre noO tempo crítico (tc) é igual a zero, ou seja, ocorre no
exato local do lançamento. O déficit inicial é igual ao
déficit crítico. O curso d´água apresenta uma boa
capacidade regeneradora face aos despejos afluentes,
não vindo a sofrer queda na concentração de OD. tc=0
3) L0/D0 < K2/K1
O tempo crítico (tc) é negativo. Tal indica que desde o
lançamento a concentração de OD tende a se elevar. O
déficit inicial é o maior déficit observado. O curso
d´água apresenta uma capacidade de autodepuração
superior à capacidade de degeneração dos esgotos. Em
termos práticos, o tempo crítico pode ser considerado
igual a zero, com os menores valores de OD ocorrendo no
4) K2/K1 = 1
A aplicação da fórmula do tempo crítico fornece uma
indeterminação matemática. A condição limite em k2/k1
tende a 1 conduz a um tempo crítico igual a 1/k1.
igual a zero, com os menores valores de OD ocorrendo no
ponto da mistura.
Equações representativas
e) Cálculo do déficit crítico e da concentração crítica de
oxigênio
)].1(.0).2/1[( tckeLkkDc −=
DcCsCc −=
Equações representativas
f) Cálculo da eficiência requerida para o tratamento
O modelo de Streeter-Phelphs permite calcular
ainda a carga média de DBO nos esgotos, para que a
concentração crítica de OD seja exatamente igual à
mínima permissível.mínima permissível.
A situação mais econômica é aquela em que a
concentração mínima de OD é apenas marginalmente
superior ao valor mínimo permissível pela legislação.
Modelo Streeter-Phelps
DADOS DE ENTRADA DO MODELO
1) Vazão do rio, a montante do lançamento (Qr)
2) vazão de esgotos (Qe)
3) oxigênio dissolvido no rio, a montante do lançamento
(ODr)
4) oxigênio dissolvido no esgoto (Ode)4) oxigênio dissolvido no esgoto (Ode)
5) DBO no rio,a montante do lançamento (DBOr)
6) DBO5 do esgoto (DBOe)
7) coeficiente de desoxigenação (k1)
8) coeficiente de reaeração (k2)
9) velocidade de percurso do rio (v)
10) tempo de percurso (t)
11) concentração de saturação de OD (Cs)
12) oxigênio dissolvido mínimo permissível (ODmin)
Modelo Streeter-Phelps
1) Vazão do rio, a montante do lançamento (Qr)
Deve-se obter o valor o mais preciso possível, podendo
ser empregada:
a)Vazão observada em um determinado período
b) Vazão média (média anual, média do período chuvoso,
média do período seco)
c) Vazão mínima
Vazão mínima com um tempo de recorrência de 10 anos 
e período de 7 dias consecutivos Q7,10
X
Conceito de descarga específica
Modelo Streeter-Phelps
DADOS DE ENTRADA DO MODELO
2) Vazão de esgotos (Qe)
- A vazão de esgotos considerada em estudos de
autodepuração é usualmente a vazão média, sem
coeficientes para a hora e o dia de maior consumo.
- Para este cálculo deve ser considerado:
a)Dados da população
b) contribuição per capita
c) infiltração
d) contribuição específica, no caso de despejos
industriais
Modelo Streeter-Phelps
DADOS DE ENTRADA DO MODELO
3) ODr
- A concentração de OD a montante do lançamento dos
despejos é um produto das atividades da bacia
hidrográfica a montante
- Se não for possível coletar as amostras de água neste
ponto e quantificar o OD, será necessário estimar aponto e quantificar o OD, será necessário estimar a
concentração de OD em função do grau de poluição
aproximado do curso d´água.
a) Para pouca poluição pode considerar de 70-90% do
valor de saturação, caso contrário
b) Faz-se necessário a quantificação de OD
T/ 
oC
Altitude/ m
0 500 1000 1500
10 11,3 10,7 10,1 9,5
11 11,1 10,5 9,9 9,3
12 10,8 10,2 9,7 9,1
13 10,6 10,0 9,5 8,9
14 10,4 9,8 9,3 8,7
Concentração de saturação de OD (mg/L)
14 10,4 9,8 9,3 8,7
15 10,2 9,7 9,1 8,6
16 10,0 9,5 8,9 8,4
17 9,7 9,2 8,7 8,2
18 9,5 9,0 8,5 8,0
19 9,4 8,9 8,4 7,9
20 9,2 8,7 8,2 7,7
Concentração de saturação de OD (mg/L)
T/ oC Altitude/ m
0 500 1000 1500
20 9,2 8,7 8,2 7,7
21 9,0 8,5 8,0 7,6
22 8,8 8,3 7,9 7,4
23 8,7 8,2 7,8 7,3
24 8,5 8,1 7,6 7,224 8,5 8,1 7,6 7,2
25 8,4 8,0 7,5 7,1
26 8,2 7,8 7,3 6,9
27 8,1 7,7 7,2 6,8
28 7,9 7,5 7,1 6,6
29 7,8 7,4 7,0 6,6
30 7,6 7,2 6,8 6,4
Modelo Streeter-Phelps
DADOS DE ENTRADA DO MODELO
4) ODe
- As concentrações de OD nos esgotos são geralmente
nulos ou próximos a zero.
a) Para esgoto bruto, OD=0
b) Para esgoto tratado tem-se:
i) Tratamento primário, OD = 0
ii) Tratamento aneróbio, OD = 0
iii) Lodos ativados e filtros biológicos, OD = 2 mg/L ou
mais
iv) Lagoas facultativas, OD pode ser próximo ao valor
de saturação, ou mesmo ainda mais elevados face à
produção de oxigênio puro pelas algas
Modelo Streeter-Phelps
DADOS DE ENTRADA DO MODELO
5) DBO5,20 (DBO remanescente a montante do rio)
Será função dos despejos lançados no rio em questão:
Se não houver valores específicos quantificados pode-se
empregar a proposta de Klein (1962):
a) Rio bastante limpo = 1 mg/La)Rio bastante limpo = 1 mg/L
b) Rio limpo = 2 mg/L
c) Rio razoavelmente limpo = 3 mg/L
d) Rio duvidoso = 5 mg/L
e) Rio ruim = > 10 mg/L
Modelo Streeter-Phelps
DADOS DE ENTRADA DO MODELO
6) DBO5,20 do esgoto (DBOe)
Geralmente possui um valor médio de 300-350 mg/L
para esgotos domésticos e brutos. Este valor pode ser
estimado através da divisão entre o valor per capita
de DBO (da ordem de 45 a 60gDBO5/hab.d,
usualmente adotado como 54 g de DBO/hab.d) pela
de DBO (da ordem de 45 a 60gDBO5/hab.d,
usualmente adotado como 54 g de DBO/hab.d) pela
produção per capita de esgoto (em torno de 120 a 220
L/hab.d)
Se houver despejos industriais os mesmos deverão ser
contabilizados
Modelo Streeter-Phelps
DADOS DE ENTRADA DO MODELO
g, h) K1 e K2 são tabelados
i)Velocidade do curso d´água
Pode ser estimada por:
a)Medição direta no curso d´água
b)Obtenção de dados em estações fluviométricas
c)Utilização de fórmulas hidráulicas para canaisc)Utilização de fórmulas hidráulicas para canais
d) correlação com a vazão
j)Tempo de percurso (t): Neste modelo o tempo que uma
partícula gasta para percorrer determinado trecho é
unicamente função da velocidade e da distância a ser
vencida. Isto se deve ao fato do modelo prever a
utilização de regime hidráulico de fluxo em pistão,
desconsiderando os efeitos da dispersão.
Valores típicos de K1
Origem K1 (dia-1)
Água residuária concentrada 0,35-0,45
Água residuária de baixa conc 0,30-0,40
Efluente primário 0,30-0,40Efluente primário 0,30-0,40
Efluente secundário 0,12-0,24
Rios com águas limpas 0,09-0,21
Água para abastecimento público < 0,12
Dezenas de amostras obtidas de um curso de água
da região metropolitana de Belo Horizonte
conduziram a um valor médio de K1 = 0,28 dia-1
Influência da temperatura
T
A elevação da temperatura aumenta o k1, mas não altera o valor 
da DBOultima, que passa a ser mais rapidamente satisfeita
Valor de K2
Modelo Streeter-Phelps
DADOS DE ENTRADA DO MODELO
j) Tempo de percurso (t)
86400./ vdt =
j) onde: t = tempo de percurso (d)
d = distância percorrida (m)d = distância percorrida (m)
v = velocidade do curso d´água (m/s)
86400 = número de segundos por dia (s/d)
l) Concentração de saturação de OD em água (Cs)
Pode ser calculada em função da concentração teórica.
Pode ainda considerar o efeito da T, altitude e salinidade
os quais afetam a concentração de OD no corpo aquático.
Modelo Streeter-Phelps
DADOS DE ENTRADA DO MODELO
m) OD mínimo permissível (ODmin)
Estes valores são estipulados pela legislação. Os valores
em função da classe em que o recurso hídrico está
classificado pode ser encontrado na Resolução CONAMA
357.
Exercícios
1) Trace a curva que descreve o perfil de OD até
a confluência com o rio principal em um recurso
hídrico que recebe despejos não tratados de uma
cidade e uma indústria. A montante do ponto de
lançamento, a bacia hidrográfica não apresenta
nenhuma contribuição pontual representativa,nenhuma contribuição pontual representativa,
sendo ocupada principalmente por matas. A
jusante do ponto de lançamento o curso d´água
percorre uma distância de 50 km até atingir o rio
principal. Neste percurso, não há outros
lançamentos significativos. Os dados principais
são os seguintes:
1) a) Características dos esgotos:
- vazão média de esgotos (cidade + indústria)
= 0,114 m3/s
- concentração de DBO = 341 mg/L
b) Características da bacia hidrográfica:
- área de drenagem a montante do ponto de
lançamento = 355 km2
- Descarga específica do curso d´água
lançamento = 355 km
- Descarga específica do curso d´água
(vazão mínima por unidade de área da bacia): 2
L/s.km2.
c) Características do curso d´água:
- classe 2 e altitude de 1000 m
- temperatura da água = 25 oC, profundidade
média = 1,0 m
- velocidade média 0,35 m/s
2) Uma cidade com 80000 habitantes se situa às
margens de um rio, classe 2, a 500 m de altitude e
que possui uma vazão de 1,02 m3/s e tem água com um
DBO de 9,1 mg/L e uma concentração de oxigênio
dissolvido de 4,9 mg/L a 20 oC. Diariamente são nele
lançados todo o efluente produzido na cidade por
habitante.dia, no qual assume-se uma concentração
média de 0,054 kgDBO/hab.d ou melhor 120 a 220média de 0,054 kgDBO/hab.d ou melhor 120 a 220
L/hab.d. Considerando que o rio percorre uma
distância de 80 km antes de desaguar em um rio
maior e que durante o percurso não recebe efluentes
de nenhuma outra fonte considerável, demonstre qual
seria o perfilde OD para este rio caso este efluente
tivesse de ser lançado no mesmo. Considere a
velocidade do rio como 0,5 m/s e área de drenagem
do ponto de lançamento igual a 200 km2.
3) Um efluente doméstico contendo 150 mg/L de
DBO a uma vazão de 5,6x108 L/d é lançado a um rio
que possui uma área de 15 m2, velocidade de
escoamento 1,20 m/s e DBO de 50 mg/L. Calcule a
vazão e a concentração resultante após o lançamento
do efluente ao rio.
4) Determine a DBOúltima para águas residuárias
cuja DBO de 5 dias, a 16 oC é 221 mg/L. A constante
de desoxigenação é de 0,22 d-1 para T=20 oC
(θ=1,047).

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