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Conhecimentos Básicos para Fiscal do Transporte Urbano SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 656.073 97 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Conhecimentos Básicos para Fiscal do Transporte Urbano – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Transporte de carga . 2. Logística. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 7 Unidade 1 | Acompanhamento, Monitoramento, Controle ou Fiscalização 9 1 Introdução 10 1.1 O Que É Monitoramento nos Transportes? 11 2 O Que É o Controle 12 3 O Que É Fiscalização 13 Atividades 15 Referências 16 Unidade 2 | O Transporte Coletivo Urbano e a Fiscalização 17 1 Introdução 18 1.1 Transporte nas Áreas Urbanas 19 2 A Importância do Transporte Urbano 19 3 Usuários do Transporte Urbano 21 4 Fiscais do Transporte Urbano 21 Atividades 23 Referências 24 Unidade 3 | Qualidade no Transporte Coletivo Urbano 25 1 Introdução 26 2 Definindo Qualidade 27 3 Atributos de Qualidade no Transporte Urbano 27 3.1 Confiabilidade 27 3.2 Tempo de Deslocamento 28 3.3 Acessibilidade 28 3.4 Conforto 28 4 3.5 Conveniência 29 3.6 Segurança 29 3.7 Custo 29 Atividades 31 Referências 32 Unidade 4 | A Importância da Atividade de Fiscalização 33 1 Introdução 34 2 A Fiscalização do Transporte Urbano 35 2.1 Objetivos e Metas da Fiscalização do Transporte 36 2.2 Consequências de uma Fiscalização Ineficaz ou Inexistente 37 Atividades 39 Referências 40 Unidade 5 | Motoristas, Cobradores e Bilheteiros 41 1 Introdução 42 2 O Motorista do Transporte Coletivo Urbano 43 2.1 Atividades Desenvolvidas pelo Motorista 43 2.2 Características Necessárias aos Motoristas de Transporte Urbano 44 3 O Cobrador do Transporte Coletivo Urbano 44 3.1 Atividades Desenvolvidas pelo Cobrador 45 3.2 Características Necessárias ao Cobrador do Transporte Coletivo 45 4 O Bilheteiro do Transporte Coletivo Urbano 46 4.1 Atividades Desenvolvidas pelo Bilheteiro 46 Atividades 48 Referências 49 Unidade 6 | Atendimento aos Usuários e Funcionários das Empresas 50 1 Introdução 52 5 2 A Comunicação e o Atendimento aos Usuários 52 3 Cuidados com os Objetos Encontrados 53 4 A Comunicação com os Motoristas e Cobradores 53 5 Repassando Informações à Empresa ou à Central 54 Atividades 56 Referências 57 Unidade 7 | O Controle dos Veículos e dos Condutores 58 1 Introdução 59 2 Controlar os Horários de Chegada e de Saída dos Veículos 60 3 Verificando as Condições do Veículo e dos Equipamentos 60 4 Preparar as Escalas dos Motoristas e de Veículos 61 Atividades 63 Referências 64 Unidade 8 | O Fluxo de Usuários e Providências nas Ocorrências 65 1 Introdução 66 2 Fiscalizando o Fluxo e o Comportamento dos Usuários 67 3 Como Agir nos Casos de Ocorrências 68 Atividades 70 Referências 71 Unidade 9 | O Preenchimento de Relatórios e a Administração de Valores 72 1 Introdução 73 2 Controle dos Bilhetes e das Catracas 74 3 Relatórios Que o Fiscal Deve Preencher 75 3.1 Registro de Plantão 75 3.2 Relatório de Fiscal de Ponto 76 3.3 Relatório de Bordo e ou Arrecadação 76 6 3.4 Relatórios de Ocorrências 77 3.5 Relatório de Emissão de Poluentes 77 Atividades 79 Referências 80 Unidade 10 | Equipamentos e Tecnologias Utilizadas para a Fiscalização 81 1 Introdução 82 2 Equipamentos Básicos 83 3 Equipamentos de Comunicação 83 4 Computadores e Equipamentos Eletrônicos 84 5 Equipamentos para Manipulação da Arrecadação 85 Atividades 86 Referências 87 Unidade 11 | Competências e Características Necessárias ao Fiscal 88 1 Introdução 89 2 Características Pessoais 90 2.1 Manter Boa Apresentação 90 2.2 Demonstrar Honestidade e Confiança 91 2.3 Agir Educadamente e Demonstrar Simpatia 91 2.4 Demonstrar Criatividade e Iniciativa 91 3 Habilidades Técnicas para o Desempenho da Função 92 3.1 Demonstrar Autocontrole, Paciência e Cautela 92 3.2 Demonstrar Atenção, Habilidade Visual, Auditiva e de Memorização 92 Atividades 94 Referências 95 Gabarito 96 7 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Conhecimentos Básicos para Fiscal do Transporte Urbano! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. Este curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 11 unidades, conforme a tabela a seguir. Unidades Carga Horária Unidade 1 | Acompanhamento e Monitoramento no Transporte 2h Unidade 2 | O Transporte Coletivo Urbano e a Fiscalização 2h Unidade 3 | Qualidade no Transporte Coletivo Urbano 2h Unidade 4 | A Importância da Atividade de Fiscalização 3h Unidade 5 | Motoristas, Cobradores e Bilheteiros 3h Unidade 6 | Atendimento aos Usuários e Funcionários das Empresas 3h Unidade 7 | O Controle dos Veículos e dos Condutores 3h Unidade 8 | O Fluxo de Usuários e Providências nas Ocorrências 3h Unidade 9 | O Preenchimento de Relatórios e a Administração de Valores 3h Unidade 10 | Equipamentos e Tecnologias Utilizadas para a Fiscalização 3h Unidade 11 | Competências e Características Necessárias ao Fiscal 3h 8 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br. Bons estudos! Unidade 1 | Acompanhamento e Monitoramento no Transporte 9 UNIDADE 1 | ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO NO TRANSPORTE 10 Unidade 1 | Acompanhamento e Monitoramento no Transporte Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao curso Conhecimentos Básicos para Fiscal do Transporte Urbano! Nesta unidade, iniciaremos os estudos apresentando alguns termos que iremos utilizar nas próximas unidades. Inicialmente, conheceremos as semelhanças e as diferenças entre o acompanhamento, o monitoramento, o controle e a fiscalização. Vamos procurar entender o significado desses termos. Ao compreender suas diferenças iremos conhecer a maneira correta de aplicar o termo “fiscalização”. Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os seguintes objetivos: • Diferenciar acompanhamento, monitoramento, controle e fiscalização; • Compreender o que é a fiscalização; • Utilizar corretamente o termo fiscalização. 1 Introdução O acompanhamento do transporte urbano, realizado por profissionais do setor, envolve atividades de monitoramento, controle e fiscalização. Portanto, estas atividades podem ser consideradas como atividades de acompanhamento dos serviços de transporte. Os fiscais de transporte urbano executam o acompanhamento, verificando o cumprimento do serviço de acordo com as informações dadas ao gestor e à população, ou seja, se as empresas de transporte urbano estão obedecendo rigorosamente suas obrigações contratuais ou parâmetros de serviço estabelecidos na licitação. 11 1.1 O Que É Monitoramento nos Transportes? Encontra-se certa dificuldade para estabelecer uma definição para o termo monitoramento no setor de transportes, pois não existe consenso entre os autores que tratamdo assunto e no entendimento desse termo por parte de gestores, planejadores e operadores do transporte. O guia PMBOK define o monitoramento como a coleta de dados de desempenho em relação ao sistema de transporte que está sendo avaliado. De acordo com este guia, o objetivo dessa coleta é produzir medições do desempenho do transporte, sistematizar e divulgar informações sobre esse desempenho (PMI, 2004). Ainda sobre esse termo, o Decreto nº. 5.233 (BRASIL, 2004) conceitua o termo monitoramento como um processo contínuo de acompanhamento, com o objetivo de orientar uma melhor alocação dos recursos financeiros, de iden¬tificar as falhas e de orientar a correção de problemas, contribuindo para a obtenção dos resultados desejados. O monitoramento inclui, portanto, a coleta, a medição e a disseminação das informações sobre o desempenho e a avaliação do transporte, com o objetivo de direcionar eventuais melhorias. O monitoramento contínuo permite que a empresa e o órgão gestor tenham uma visão de como está o transporte ao longo do tempo, identificando as áreas que exigem uma atenção especial. 12 2 O Que É o Controle O controle é uma função intrínseca ao processo administrativo, inclusive no setor de transporte, e envolve quatro fases distintas, que são: • Estabelecimento de padrões de medida e avaliação; • Medidas dos desempenhos apresentados; • Comparação do realizado com o esperado; • Ação corretiva. A realização dessas fases tem como objetivo assegurar que os resultados satisfaçam aos objetivos previamente estabelecidos. Perceba que o controle envolve uma ação corretiva, ou seja, uma ação de mudança para que o desempenho no futuro esteja mais próximo do desempenho esperado. e Na área administrativa utiliza-se o termo “controle” referindo- se à compreensão em relação ao que está ocorrendo com a empresa e com o mercado externo, com o objetivo de direcionar a empresa no campo de trabalho e de melhorar a capacidade de comunicação, de persuasão e de comando dos participantes, tanto dentro como fora da empresa. De uma forma simplificada, podemos dizer que o controle envolve o planejamento, a organização e o direcionamento, que se complementam para assegurar que os resultados se ajustem, tanto quanto possível, aos objetivos estabelecidos. O controle é, portanto, uma técnica de verificação do desempe¬nho real em relação ao desempenho planejado. 13 3 O Que É Fiscalização Nas atividades que envolvem a Administração Pública, o controle consiste no poder de fiscalização e correção, exercida pelos órgãos que possuem, por lei, essa atribuição. A finalidade da fiscalização dos serviços públicos, que é o caso do transporte urbano, é assegurar os princípios impostos à Administração Pública. Dentre estes princípios podemos citar, por exemplo, o direito de igualdade de acesso a todos os cidadãos. A fiscalização de contrato é a atividade de inspeção sistemática, com a finalidade de examinar se o que estava previsto em contrato está sendo efetivamente realizado. Como um exemplo de fiscalização nos serviços públicos, no setor de energia elétrica, a fiscalização é definida como a supervisão, avaliação e controle das atividades desenvolvidas pelas concessionárias. No contexto específico dos serviços de transportes público, a fiscalização verifica, principalmente, o cumprimento das obrigações da empresa prestadora do serviço com os usuários, ou seja, com os passageiros do transporte, e a obediência aos termos presentes nos contratos e no edital de licitação. 14 Resumindo Como vimos nesta unidade, os termos acompanhamento, monitoramento, controle e fiscalização muitas vezes são utilizados como sinônimos. No entanto existem algumas diferenças entre eles. O acompanhamento é qualquer tipo de verificação, podendo ser um monitoramento, um controle ou uma fiscalização. De acordo com as definições aqui estudadas, o monitoramento envolve a coleta de informações com o ob¬jetivo de medir o desempenho do sistema de transporte, de forma que essa análise possa ser utilizada, futuramente, para melhorias nesse sistema. Já o controle é uma atividade mais abrangente, que inclui o monitoramento (coleta de informações). No entanto, no controle estão incluídas também as medidas corretivas, ou seja, a ação para tentar melhorar o sistema de transporte. Essa ação é complementar à atividade de monitoramento. Por fim, a fiscalização é um tipo de controle, sendo um termo aplicado aos serviços públicos. A fiscalização também envolve medidas corretivas e de punição quando necessário, como por exemplo, a aplicação de multas. 15 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O acompanhamento do transporte urbano, realizado por profissionais do setor, envolve atividades de monitoramento, controle e fiscalização. Portanto, estas atividades podem ser consideradas como atividades de acompanhamento dos serviços de transporte. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Nas atividades que envolvem a Administração Pública, incluindo o transporte urbano, o controle consiste no poder de fiscalização e correção exercida pelos órgãos que possuem, por lei, essa atribuição. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 16 Referências BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/ decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017. DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_ Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988. FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 2006. MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017. PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. Manaus, 2005. PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 17 UNIDADE 2 | O TRANSPORTE COLETIVO URBANO E A FISCALIZAÇÃO 18 Unidade 2 | O Transporte Coletivo Urbano e a Fiscalização Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 2! Nesta unidade, aprenderemos um pouco sobre o transporte coletivo, objeto da fiscalização do transporte urbano, e quem são os seus passageiros. Ao longo dessa unidade vamos entender a importância deste transporte e enten¬der, também, quem são os profissionais da fiscalização. Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os seguintes objetivos: • Apresentar o transporte urbano e seus passageiros; • Compreender a importância desse transporte; • Conheceros usuários do transporte urbano; • Identificar os profissionais que realizam a fiscalização. 1 Introdução Oferecer um transporte coletivo de qualidade aos seus habitantes é um desafio diário para as prefeituras da maior parte dos municípios brasileiros. O transporte possibilita que milhares de pessoas possam realizar diariamente suas atividades, deslocando-se por toda a cidade. É função do fiscal de transporte urbano verificar se os passageiros estão sendo bem atendidos. Mas o que é o transporte urbano? Quem são seus passageiros? Para responder a essas perguntas, vamos conhecer agora um pouco mais sobre o transporte urbano e seus usuários. 19 1.1 Transporte nas Áreas Urbanas O trabalho, o estudo, as consultas médicas, as atividades de lazer, entre outras, são atividades que levam uma pessoa a se locomover em uma cidade. Por necessidade ou por comodidade, o transporte coletivo urbano é uma das alternativas que o cidadão possui para poder realizar suas atividades pessoais e profissionais. e Devemos sempre nos lembrar que o transporte coletivo faz mais do que apenas atender a uma necessidade. O transporte é um direito de todo cidadão e isso está presente na constituição. 2 A Importância do Transporte Urbano Dentre diversos fatores, podemos destacar que o transporte urbano proporciona locomoção para aquelas pessoas que não possuem automóvel particular ou que não podem dirigir, momentaneamente ou definitivamente. e Atualmente, um dos fatores da importância do transporte coletivo urbano está na ajuda que ele proporciona para aliviar o trânsito, reduzindo congestionamentos e poluição, resultado da enorme quantidade de veículos nas vias. Um ônibus ocupa menos espaço para transportar a mesma quantidade de pessoas que um carro. 20 Imagine que em um ônibus são transportados muitos passageiros enquanto que no carro cabem apenas quatro ou cinco pessoas ao mesmo tempo. Ainda assim, não é raro ver apenas uma pessoa dentro de cada carro. Desta forma, as ruas ficam cada vez mais congestionadas e o meio ambiente fica mais poluído. A primeira imagem mostra o espaço ocupado por um grupo de pessoas e a quantidade de bicicletas necessárias para seu transporte. A segunda imagem mostra o mesmo grupo de pessoas com o número de automóveis necessários para transportá- las. Já a terceira imagem mostra um ônibus de tamanho suficiente para carregar o mesmo grupo de pessoas, todas utilizando apenas um veículo. Não são apenas os trabalhadores que precisam de transporte. Muitos idosos precisam ir ao hospital ou fazer uma consulta médica. Muitas crianças e adolescentes precisam ir diariamente à escola. Além disso, devemos sempre nos lembrar dos portadores de necessidades especiais, que não podem dirigir e que também dependem do transporte urbano. h Para completar, quando uma pessoa escolhe utilizar o transporte coletivo urbano ele ajuda a diminuir a necessidade de investimentos na construção de ruas, viadutos, estacionamentos, etc. Dessa forma os recursos economizados com essas obras podem ser aplicados em outros projetos mais importantes e de maior impacto na vida de todos os cidadãos. 21 3 Usuários do Transporte Urbano As pessoas que utilizam os serviços de transporte coletivo urbano podem ser classificadas em diversos grupos: de acordo com a renda, de acordo com a profissão, de acordo com o sexo, de acordo com os motivos pelos quais eles precisam do transporte, etc. e Nos últimos anos, a quantidade de passageiros diminuiu bastante. Ao mesmo tempo, houve crescimento na quantidade de veículos particulares, pois hoje muitas pessoas conseguem financiar a compra do seu automóvel pagando parcelas pequenas durante muitos anos. Apesar da redução na quantidade de passageiros, o transporte coletivo ainda é muito importante e representa aproximadamente 52% dos deslocamentos diários nos centros urbanos, ou seja, mais da metade das pessoas que saem de casa para ir para algum lugar escolhem o transporte coletivo urbano. Estes passageiros utilizam, por exemplo, ônibus, trem, van, táxi, metrô, etc. 4 Fiscais do Transporte Urbano O fiscal do transporte urbano é também conhecido como: Fiscal de transportes coletivos, Agente de serviços de fiscalização de transportes coletivos, Fiscal de linha, Fiscal de ônibus, Fiscal de operação, Fiscal de tráfego, Fiscal de viagens, Fiscal nos transportes e Fiscal rodoviário. 22 Esses profissionais organizam e fiscalizam as operações dos ônibus e dos outros veículos de transporte coletivo, avaliando as condições de operação do serviço, o cumprimento dos horários, dentre outros. Os fiscais preenchem relatórios, verificam o cumprimento das escalas dos operadores, examinam o estado dos veículos e agem na solução de ocorrências. Resumindo O transporte urbano coletivo é de fundamental importância, pois desem¬penha um papel social e econômico na vida de milhões de cidadãos que vivem nas cidades e precisam se deslocar diariamente. Os usuários podem ser de diversas idades e podem utilizar o transporte urbano para realizar diferentes atividades. Cabe ao fiscal do transporte urbano verificar se o transporte está desempenhando corretamente seu papel, permitindo que as pessoas possam trabalhar, estudar, se divertir, encontrar outras pessoas etc. 23 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Dentre diversos fatores, podemos destacar que o transporte urbano proporciona locomoção para aquelas pessoas que já possuem automóvel particular e que podem dirigir, momentaneamente ou definitivamente. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Não são apenas os trabalhadores que precisam de transporte. Muitos idosos precisam ir ao hospital ou fazer uma consulta médica. Muitas crianças e adolescentes precisam ir diariamente à escola. Além disso, devemos sempre nos lembrar dos portadores de necessidades especiais, que não podem dirigir e que também dependem do transporte urbano. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 24 Referências BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/ decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017. DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_ Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988. FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 2006. MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017. PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. Manaus, 2005. PMI – Project ManagementInstitute. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 25 UNIDADE 3 | QUALIDADE NO TRANSPORTE COLETIVO URBANO 26 Unidade 3 | Qualidade no Transporte Coletivo Urbano Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 3! Nesta unidade conheceremos alguns conceitos envolvendo a qualidade no transporte urbano. Já sabemos da importância do transporte para o dia a dia das pessoas, melhorando sua qualidade de vida e garantindo a elas o direito de se deslocar. Vamos entender agora o que é a qualidade nesse transporte, que é o principal objetivo da atividade de fiscalização. Para concretizar os seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os seguintes objetivos: • Entender o que é a qualidade no transporte urbano; • Conhecer os elementos utilizados para avaliar a qualidade nesse transporte. 1 Introdução A ideia de qualidade no transporte urbano está diretamente relacionada ao atendimento das expectativas de seus usuários, ou seja, o passageiro acha que o transporte está bom quando este atende às suas necessidades e expectativas. Desta forma, um bom atendimento pode ser caracterizado como um dos indicadores da qualidade dos serviços oferecidos e é o que pode ser mais facilmente percebido e considerado pelo passageiro. É tarefa do fiscal do transporte urbano verificar se o transporte apresen¬ta a qualidade esperada e pactuada entre o órgão gestor e a empresa opera¬dora. A seguir vamos entender como avaliar a qualidade no transporte urbano e quais elementos devem ser considerados nessa avaliação. 27 2 Definindo Qualidade Quando se fala em qualidade, geralmente imagina-se algo que é sempre feito corretamente, buscando a perfeição. Mas, não é somente isso que define a qualidade, existem outros aspectos envolvidos. A qualidade é o mínimo que um cliente espera de qualquer produto ou serviço. Pode-se considerar que a qualidade é uma das mais importantes ferramentas para conquistar ou manter os clientes. 3 Atributos de Qualidade no Transporte Urbano Os principais atributos que o usuário considera na hora de escolher o transporte são: confiabilidade, tempo de viagem, acessibilidade, conforto, conveniência, segurança, custo (tarifa) e cortesia no atendimento. A seguir, esses atributos serão explicados de forma simples para que possamos entender como avaliar a qualidade do transporte. 3.1 Confiabilidade Representa a exatidão no cumprimento dos horários e dos itinerários pré-estabelecidos e informados aos usuários. A confiabilidade do serviço é percebida de duas formas pelo usuário: pela pontualidade e pela regularidade. Para o usuário alguns atrasos eventuais 28 especialmente decorrentes de situações inesperadas são bastante compreensíveis. No entanto, quando estes atrasos passam a ser frequentes, o usuário perde a confiança no transporte. 3.2 Tempo de Deslocamento e Um dos atributos de mais fácil percepção é o tempo de deslocamento, ou seja, o tempo de viagem. O tempo de deslocamento é afetado pela velocidade, que por sua vez é afetada pelas condições do tráfego, pelas condições das vias, pela quantidade de paradas, de semáforos etc. 3.3 Acessibilidade É caracterizada pela facilidade de ingressar no transporte público. Pode ser classificada em dois aspectos: acessibilidade espacial (quando existem terminais e paradas próximos aos locais em que o usuário precisa) e acessibilidade temporal (presença de transporte nos horários que o usuário precisa). 3.4 Conforto Pode ser medido por aspectos como: temperatura, ventilação, ruído, velocidade, aceleração e desaceleração, altura dos degraus, largura das portas, disposição dos assentos, além das condições de ocupação no veículo (lotação). Numa viagem curta o passageiro quase não sente os efeitos do desconforto. No entanto, numa viagem muito longa, estes fatores podem incomodar bastante. 29 3.5 Conveniência A conveniência reflete algumas características do sistema, tais como a necessidade de transferência (passar de um veículo para outro), períodos de operação (manhã, tarde e noite), níveis de serviço nos horários de maior movimento (veículos cheios), formas de cobrança da passagem (em dinheiro, bilhete, cartão). Além disto, a conveniência também se refere às condições de infraestrutura e limpeza dos pontos de parada e dos terminais, à localização destas paradas, a presença de informação sobre linhas e horários, a disponibilidade de serviços agregados (lixeira, orelhão, caixa de correio). 3.6 Segurança c A segurança se refere aos aspectos de proteção do usuário durante a viagem contra acidentes e também contra os crimes (agressões, furtos, ameaças e roubos) dentro dos veículos ou nas paradas, nas estações e nos terminais. 3.7 Custo O preço da tarifa é uma consequência da qualidade do serviço oferecido e da variação dos custos para poder oferecer o serviço. Quando pensa no valor pago pelo serviço o usuário reflete sobre a qualidade do serviço que ele recebe. 30 Resumindo Quanto mais satisfeito o cliente, maior a qualidade que o serviço tem para ele. Atualmente, sabe-se que a satisfação do cliente não é resultado apenas da presença de transporte e envolve, também, fatores como regularidade, pontualidade, preço da tarifa, atendimento de funcionários, cortesia de cobradores e motoristas, entre outros aspectos. Esses aspectos devem ser verificados e avaliados pela fiscalização. 31 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O tempo de deslocamento é afetado apenas pela velocidade que o responsável pelo veículo mantem. Se ele for rápido o passageiro chegará mais rápido em seu destino. Não importando assim, as condições da via. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Os principais atributos que o usuário considera na hora de escolher o transporte são: confiabilidade, tempo de viagem, acessibilidade, conforto, conveniência, segurança, custo (tarifa) e cortesia no atendimento. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 32 Referências BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/ decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017. DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_ Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988. FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 2006. MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017. PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agênciasde Regulação. Manaus, 2005. PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 33 UNIDADE 4 | A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO 34 Unidade 4 | A Importância da Atividade de Fiscalização Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 4! Agora que já conhecemos um pouco mais sobre o transporte urbano e sobre seus passageiros e já sabemos quem são os fiscais do transporte urbano, vamos procurar entender a importância da atividade de fiscalização. Nesta unidade serão apresentados os objetivos e as metas da fiscalização e as principais consequências resultantes de sua ausência ou ineficiência. Para concretizar os seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os seguintes objetivos: • Entender o que é a atividade de fiscalização do transporte urbano; • Apresentar os objetivos e as metas da fiscalização; • Conhecer algumas consequências de uma fiscalização ineficiente ou inexistente. 1 Introdução A fiscalização é uma atividade bastante complexa e envolve elevados custos. Contudo, se as metas de desempenho em relação à operação e as penalidades para possíveis falhas na prestação dos serviços estiverem bem definidas, a fiscalização será bastante facilitada. A seguir vamos conhecer os principais objetivos e metas da atividade de fiscalização do transporte coletivo urbano e seus impactos. 35 2 A Fiscalização do Transporte Urbano A fiscalização do transporte urbano é a atividade que garante que o transporte possa desempenhar seu papel social e econômico. A fiscalização é uma ação preventiva, que possui como principais funções: garantir a oferta do serviço de transporte de acordo com os padrões de serviço adequado, evitar a ocorrência de acidentes ou incidentes no transporte que possam colocar em risco a segurança de usuários do transporte e dos profissionais do setor e evitar, também, danos ao patrimônio público (veículos, vias, terminais, paradas). A atividade de fiscalização consiste basicamente em averiguar: • A operação dos ônibus e outros veículos; • O cumprimento dos horários das viagens; • As condições de operação dos veículos e seu estado de conservação; • A conformidade das escalas dos operadores (condutores e cobradores); • O estado físico e psicológico dos condutores; • O comportamento dos condutores na condução do veículo. 36 2.1 Objetivos e Metas da Fiscalização do Transporte A fiscalização busca, primeiramente, fazer cumprir as condições de contrato para prestação de serviços de transporte, ou seja, verifica se o transporte opera satisfazendo as condições de regularidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e cortesia. e No campo social, o transporte coletivo urbano possibilita o acesso ao emprego, à saúde, à habitação, à educação, ao comércio, à cultura e ao lazer. Embora o número de passageiros no trans¬porte urbano esteja diminuindo, a maioria das pessoas ainda depende deste transporte para deslocar-se na cidade. É função do fiscal do transporte urbano avaliar se as empresas estão oferecendo o transporte de acordo com os parâmetros operacionais pré-estabelecidos e se estão atendendo indistintamente a todos os usuários que dele necessitam. Um dos principais motivos de insatisfação dos passageiros são os atrasos dos veículos de transporte, que geram impactos no cumprimento de suas atividades diárias. Esses atrasos resultam de falhas na operação do transporte e é papel do fiscal verificar se as empresas estão cumprindo corretamente sua programação, garantindo que as pessoas possam desenvolver suas atividades. Além disso, os fiscais prestam auxílio a outros órgãos municipais, fornecendo dados em relação à documentação do veículo, pendências relativas às multas e outros impostos ou os registros de condutores e demais funcionários. e Em relação à segurança, a presença dos profissionais de fiscalização auxilia as tarefas da polícia municipal em pontos críticos de grande movimentação, tais como os terminais de transporte. Verifica-se que a presença de fiscais de transporte muitas vezes inibe o comportamento indesejável de alguns motoristas na direção de seus veículos e de passageiros. 37 2.2 Consequências de uma Fiscalização Ineficaz ou Inexistente O principal aspecto que pode resultar da falta ou ineficiência da fiscalização é uma variação na qualidade do serviço de transporte oferecido à população. A ausência de fiscalização permite às empresas oferecer o serviço da forma mais interessante para elas, ou seja, nos períodos do dia em que a rentabilidade seja maior. e Nos períodos de menor movimento, caso não exista uma fiscalização permanente, as empresas podem deixar de oferecer transporte à população ou oferecê-lo com menor qualidade. Nos horários de grande movimento, se não houver fiscalização, as empresas podem operar com níveis de serviço inadequado, com veículos lotados ou concorrendo irregularmente em linhas de outros operadores. A falta ou ineficiência da fiscalização do transporte urbano pode causar um desequilíbrio econômico entre os operadores que atuam regularmente e os que atuam de forma irregular. A presença de operadoras irregulares (clandestinos) causa prejuízos aos demais operadores do transporte, que possuem uma elevada carga tributária, atingindo até 40% do seu faturamento. O setor de transportes é usuário intensivo de mão de obra, arcando, portanto, com diversos encargos trabalhistas que incidem sobre as folhas de pagamento. Esses encargos podem chegar à ordem de 70% do total da folha. Já os transportes clandestinos não arcam com esses custos, oferecendo, portanto, uma concorrência desleal. 38 e A falta de fiscalização, da mesma forma, permite que os veículos do transporte público, mesmo os oficiais, desobedeçam aos itinerários pré-estabelecidos ou os trajetos a eles destinados, como por exemplo, as vias segregadas ou as faixas para uso exclusivo do transporte coletivo, caso existam. Além disso, a falta de fiscalização permite que os veículos particulares usem as vias de uso exclusivo do transporte coletivo, atrapalhando as condições de tráfego e causando diversos transtornos à sociedade. Por fim, a falta de fiscalização adequada pode incentivar o aumento de tarifas de transporte, ou ainda pela falta de transparência de todo o processo, a baixa qualidade do transporte, aumenta o descrédito de seus usuários em relação a esse serviço. Resumindo A fiscalização é a atividade responsável por garantir que as empresas de transporte ofereçam um serviço de qualidade aos seus usuários. O fiscal deve acompanhar e avaliar se as empresas estão oferecendo regularidade (cumprindo todos os horários), segurança para os passageiros, atualidade (veículos adequados), generalidade (atendendo a todos indistintamente) e cortesia (respeitando os passageiros). 39 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O único objetivo da fiscalização do transporte urbano é assegurar que não ocorra nenhum tipo de prejuízo à empresa. Esse tipo de fiscalização não oferece nenhuma garantia para que o transportador urbano cumpra suas responsabilidades sociais e econômicas. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. A fiscalização busca, primeiramente, fazer cumprir as condições de contrato para prestação de serviços de transporte, ou seja, verifica se o transporte opera satisfazendo as condições de regularidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e cortesia. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 40 Referências BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão do Plano Plurianual2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/ decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017. DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_ Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988. FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 2006. MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017. PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. Manaus, 2005. PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 41 UNIDADE 5 | MOTORISTAS, COBRADORES E BILHETEIROS 42 Unidade 5 | Motoristas, Cobradores e Bilheteiros Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 5! Os fiscais atuam em empresas de transporte coletivo urbano. Sua atuação está relacionada às atividades realizadas por outros profissionais, tais como os motoristas, os cobradores e os bilheteiros. Os fiscais acompanham e orientam o trabalho desses profissionais e, para isso, é necessário conhecer essas atividades. Vamos agora estudar um pouco mais sobre os motoristas, os cobradores e os bilheteiros. Para concretizar os seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os seguintes objetivos: • Apresentar algumas atividades desenvolvidas por motoristas, cobradores e bilheteiros; • Conhecer a rotina desses profissionais no sistema de transporte; • Entender por que o fiscal deve acompanhar essas atividades. 1 Introdução Para que o fiscal possa avaliar o desempenho de outros profissionais no cumprimento de suas atividades é necessário, primeiramente, conhecê-las. Esta unidade tem como principal objetivo mostrar a você quais são as principais atividades de motoristas, cobradores e bilheteiros, que devem ser conhecidas e acompanhadas pelos fiscais do transporte coletivo urbano de passageiros. 43 2 O Motorista do Transporte Coletivo Urbano O motorista de ônibus é responsável pelo transporte de grande parte da população. Sendo assim, é importante que os fiscais e os motoristas percebam sua importância no transporte coletivo urbano e o papel que essa profissão representa em nossa sociedade. 2.1 Atividades Desenvolvidas pelo Motorista Em suas atividades diárias o motorista deve: • Conduzir e vistoriar os veículos; • Verificar o itinerário de viagens; • Controlar o embarque e desembarque de passageiros; • Orientar os passageiros em relação às tarifas, itinerários, pontos de embarque e desembarque e procedimentos no interior do veículo; • Executar procedimentos para garantir segurança e o conforto dos passageiros; • Habilitar-se e atualizar-se periodicamente para conduzir ônibus. O fiscal deverá estar sempre atento ao comportamento dos motoristas de transporte coletivo, pois esse comportamento tem sido apontado pelos usuários como motivo de um grande número de acidentes. No entanto, essa constatação não deve ser vista de forma isolada. As condições de congestionamentos, as pressões para cumprimento de horários, a pouca 44 margem de controle e decisão, frente aos contratempos existentes nas viagens urbanas, podem afetar o motorista e, com isso, torná-los mais vulneráveis a erros e acidentes e aos problemas de saúde. 2.2 Características Necessárias aos Motoristas de Transporte Urbano Além dos exames definidos pelo Art. 147 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que são básicos para todo e qualquer candidato à habilitação (exames de aptidão física e mental, conhecimento da legislação de trânsito, noções de primeiros socorros e de direção veicular), o motorista que busca certificar-se para o Transporte Coletivo Urbano de Passageiros, segundo o Art. 145 do CTB, deve: • Ser maior de 21 anos; • Estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um ano na categoria C, para habilitar-se na categoria D; • Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses; • Ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN. 3 O Cobrador do Transporte Coletivo Urbano De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o cobrador é o profissional que executa a venda de bilhetes dentro do veículo. O cobrador está em contato direto com os passageiros e sua atividade deve ser acompanhada pelos fiscais como forma de garantir melhores condições de atendimento aos passageiros do sistema. 45 3.1 Atividades Desenvolvidas pelo Cobrador Em suas atividades o cobrador deve: • Preencher ou auxiliar os fiscais com os relatórios de bordo (arrecadação), de venda de bilhetes e de ocorrências; • Examinar os veículos, verificando as placas itinerárias e letreiros, as condições internas, a limpeza e o fechamento das janelas; • Atender aos usuários, auxiliando o embarque e desembarque de usuários deficientes; prestar primeiros socorros e recolher objetos deixados nos veículos; • Acompanhar o fluxo de usuários, sempre atento aos acessos, ao uso de bilhetes e às áreas de embarque. 3.2 Características Necessárias ao Cobrador do Transporte Coletivo O CTB não define características necessárias ao condutor. No entanto, de acordo com a CBO, o cobrador deve: • Demonstrar atenção, autocontrole e honestidade; • Demonstrar organização no manuseio de valores; • Manter boa apresentação; • Agir educadamente e demonstrar simpatia; • Transmitir confiança. 46 4 O Bilheteiro do Transporte Coletivo Urbano Nas estações e terminais de transporte e, em alguns casos, nas paradas de maior porte, encontra-se o bilheteiro. De acordo com a CBO, o bilheteiro é o profissional que executa a venda de bilhetes fora do veículo, em local destinado para esse fim. O bilheteiro, denominado pela CBO de Agente Operacional de Estação, está em contato direto com os passageiros e sua atividade também deve ser acompanhada pelos fiscais como forma de garantir melhores condições de atendimento aos passageiros do sistema. 4.1 Atividades Desenvolvidas pelo Bilheteiro Em suas atividades o bilheteiro deve: • Vender as passagens, sempre solicitando documento que comprove garantia de descontos nos bilhetes, caso seja a autorizado a vendê-los; • Controlar numerários e valores relacionados à venda de bilhetes; • Orientar os passageiros em relação às tarifas, itinerários e pontos de embarque e desembarque. 47 Resumindo As empresas, em sua grande maioria, impõem baixos salários e longa jornada de trabalho aos empregados, notadamente aos motoristas e cobradores, facilitada pelo fraco movimentosindical da categoria, de forma geral. A disputa pelo usuário também é acirrada, havendo necessidade de constante adequação da organização do trabalho, como ajustes na escala de horários de operação, além de orientação aos motoristas e cobradores para a agilidade no serviço na tentativa de angariar o máximo de passageiros, o que pode acarretar direção agressiva por parte dos motoristas, com desenvolvimento de altas velocidades, fechadas na aproximação dos pontos de parada. Cabe ao fiscal do transporte coletivo ficar atento ao trabalho desses profissionais, auxiliando-os a prestar melhores serviços e orientando suas atividades. Os ficais devem estar atentos ao desempenho nas atividades de motoristas, cobradores e bilheteiros, mas deverão, também, auxiliar na garantia de que esses profissionais tenham boas condições de trabalho. 48 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Uma das atividades diárias do motorista, ele deve preencher ou auxiliar os fiscais com os relatórios de bordo (arrecadação), de venda de bilhetes e de ocorrências. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. O cobrador deve sempre habilitar-se e atualizar-se periodicamente para conduzir ônibus. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 49 Referências BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/ decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017. DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_ Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988. FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 2006. MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017. PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. Manaus, 2005. PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 50 UNIDADE 6 | ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS E FUNCIONÁRIOS DAS EMPRESAS 51 Unidade 6 | Atendimento aos Usuários e Funcionários das Empresas Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 6! Uma das principais funções dos fiscais do transporte urbano é manter- se em contato com usuários, motoristas, cobradores e setores das empresas operadores e do órgão gestor. Os fiscais são o elemento de ligação entre esses diversos agentes do transporte. Vamos conhecer agora algumas atividades de comunicação que os fiscais executam no atendimento aos usuários e na orientação aos motoristas e cobradores, bem como à central da empresa. Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final da unidade você alcançou os seguintes objetivos: • Conhecer atividades que envolvem o contato e a comunicação desenvolvidos pelo fiscal do transporte urbano; • Apresentar as atividades de atendimento aos usuários; • Conhecer as situações em que o fiscal repassa informações aos motoristas, cobradores, empresas operadoras e órgão gestor. 52 1 Introdução c Uma das principais funções dos fiscais de transporte urbano é a atividade de atendimento aos usuários. O fiscal deve repassar aos passageiros as informações pertinentes ao transporte. Em diversas situações rotineiras ou imprevistas o fiscal deverá comunicar-se com motoristas e cobradores, além de entrar em contato com a central da empresa operadora e com setores do órgão gestor dentro e fora dos terminais. Vamos agora conhecer essas atividades. 2 A Comunicação e o Atendimento aos Usuários O fiscal do transporte urbano é responsável por prestar informações aos passageiros do sistema. Esse profissional possui as informações mais atualizadas e detalhadas em relação à operação do transporte urbano, incluindo os dados sobre os horários das viagens programadas, os itinerários de cada linha de transporte, o tipo de veículo utilizado em cada linha, o nome da empresa operadora e o local correto em que o veículo deve parar. e Nos casos em que ocorram anormalidades no sistema, o fiscal do transporte urbano deve comunicar aos usuários possíveis alterações na programação operacional, alertando-os para as falhas nas viagens programadas, seus motivos e eventuais mudanças nos horários programados ou nos itinerários das linhas. Cabe ao fiscal orientar e esclarecer os usuários sobre essas alterações. 53 3 Cuidados com os Objetos Encontrados O fiscal é responsável por recolher objetos encontrados nas áreas de plataforma dos terminais urbanos e dentro dos veículos. Ao recolher esses objetos o fiscal deverá encaminhá-los imediatamente ao setor de achados e perdidos do terminal, esclarecendo aos funcionários do setor a data, hora e local exatos onde o objeto foi encontrado. h Caso o objeto tenha sido encontrado na área interna de um veículo do sistema, é extremamente importante que o fiscal anote o número da linha e número do veículo, bem como o horário da viagem na qual foi encontrado o objeto. Essas informações irão auxiliar o setor de achados e perdidos a realizar o arquivamento e a devolução do objeto com maior segurança e confiabilidade. 4 A Comunicação com os Motoristas e Cobradores Muitas vezes os fiscais são comunicados sobre eventuais dificuldades que os motoristas enfrentaram durante uma viagem no veículo de transporte urbano. Ao receber estas informações, o fiscal deve comunicar e orientar os outros motoristas sobre as condições ou dificuldades nas vias. Um exemplo dessas situações ocorre quando uma via é interrompida. Diversos podem ser os motivos da interrupção (uma passeata, uma enchente, obras na pista, um acidente grave). O fiscal, ao saber dessa interrupção na via, deve comunicar a todos os demais motoristas que operem linhas com itinerário coincidente que determinada via apresenta problemas de tráfego. 54 5 Repassando Informações à Empresa ou à Central e Nos casos de ocorrências de acidentes com equipamentos ou com veículos, é função do fiscal do transporte urbano comunicar imediatamente o fato aos setores responsáveis. Caso a ocorrência seja nas áreas internas ao terminal e o fiscal acompanhe a situação, ele deverá entrar em contato pessoalmente com a central, agilizando o processo de atendimento à ocorrência. Caso o fiscal esteja trabalhando em locais fora dos terminais, ele deverá entrar em contato imediatamente com a central, utilizando-se dos rádios de comunicação, informando o tipo de ocorrência e o local preciso em que aconteceu o incidente. Em ambos os casos o fiscal deverá redigir e encaminhar ao setor responsável uma comunicação interna, relatando o ocorrido com todos osdetalhes, incluindo os dados sobre data, horário e equipamentos ou veículos envolvidos. e É importante que o fiscal inclua uma avaliação sobre as avarias e as condições em que se encontram o equipamento ou o veículo. As informações relatadas pelo fiscal serão utilizadas nos processos administrativos e devem, portanto, ser a mais detalhada possível. 55 Resumindo O fiscal do transporte urbano acompanha o dia a dia do transporte nos terminais e nos principais pontos de parada dos veículos. Muitas vezes esses profissionais são procurados pelos usuários do transporte que desejam tirar alguma dúvida, fazer perguntas, obter informações sobre horários e itinerários dos ônibus, etc. Mas não somente os passageiros que precisam dessas informações. Motoristas e cobradores também precisam ser informados sobre as condições das vias e dos terminais. Além disso, setores administrativos dos terminais e das empresas precisam ser informados sobre alterações e ocorrências indesejadas, podendo assim atuar para solucionar eventuais falhas. 56 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Nos casos em que ocorram anormalidades no sistema, o motorista do transporte urbano deve comunicar aos fiscais as possíveis alterações na programação operacional, alertando-os para as falhas nas viagens programadas, seus motivos e eventuais mudanças nos horários programados ou nos itinerários das linhas. Cabe ao cobrador orientar e esclarecer os usuários sobre essas alterações. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Nos casos de ocorrências de acidentes com equipamentos ou com veículos, é função do fiscal do transporte urbano comunicar imediatamente o fato aos setores responsáveis. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 57 Referências BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/ decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017. DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_ Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988. FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 2006. MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017. PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. Manaus, 2005. PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 58 UNIDADE 7 | O CONTROLE DOS VEÍCULOS E DOS CONDUTORES 59 Unidade 7 | O Controle dos Veículos e dos Condutores Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 7! Nesta unidade, conheceremos as atividades desenvolvidas pelos fiscais do transporte urbano relacionadas aos veículos, condutores e suas escalas de trabalho. Vamos entender como os fiscais organizam as viagens e definem os veículos e condutores que irão trabalhar em cada viagem do transporte. Para concretizar os seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os seguintes objetivos: • Compreender a atividade de controle dos veículos; • Conhecer a atividade de verificação das condições dos veículos; • Entender como os fiscais determinam os horários e as escalas de trabalho. 1 Introdução A organização da operação dos transportes se dá a partir da realização das atividades do fiscal, que tem a função de acompanhar e registrar o fluxo de veículos e as escalas de condutores. A seguir, serão apresentadas as principais atividades desenvolvidas por esse profissional, que contribuem para um adequado funcionamento da operação. 60 2 Controlar os Horários de Chegada e de Saída dos Veículos Dentre as funções exercidas pelo fiscal, uma das mais importantes é o controle dos horários de saída e de chegada de veículos. O controle dos horários ajuda a acompanhar a frequência de partidas dos ônibus e, caso necessário, remanejar veículos e motoristas para outros horários. Além disso, os dados de frequência devem ser repassados ao órgão gestor, para acompanhamento da quantidade e dos horários das viagens que estão sendo realizadas pelas empresas. Além de controlar os horários de chegada e saída dos veículos, o fiscal deve verificar se os motoristas e cobradores da viagem iniciada e terminada correspondem aos funcionários escalados para aquela viagem durante a programação. 3 Verificando as Condições do Veículo e dos Equipamentos Assim que o ônibus chega, o fiscal deve aferir os dados registrados pelo tacógrafo ou equipamento similar. Esse profissional retira o disco do tacógrafo do veículo e anota os dados contidos no disco (quilometragem, velocidade, horário, etc.). Além de aferir os valores registrados, o fiscal deve efetuar a troca do disco do equipamento, preparando-o para iniciar a próxima viagem. 61 O fiscal deve verificar, também, as informações contidas nas placas de itinerários que ficam localizadas nas laterais, na frente do veículo e na parte interna. Além das placas de itinerário o fiscal deve verificar as informações contidas nos letreiros, tais como nome e número da linha. Cabe à fiscalização do transporte verificar a limpeza externa dos veículos, possíveis estragos e conferir alguns equipamentos. Caso o fiscal encontre avarias nos ônibus que chegam, ele deve perguntar ao motorista e em seguida preencher a ficha de danos encaminhando-a ao setor responsável da empresa. A verificação das condições internas do veículo é sempre realizada na chegada destes, no intervalo entre a viagem que acabou de ser cumprida e a viagem que irá ser iniciada. É função do fiscal examinar as condições de higiene e limpeza da área interna e do mobiliário. O fiscal deve verificar, também, se foram esquecidos objetos e se o mobiliário e os equipamentos estão em ordem e no lugar correto. O fiscal prepara o veículo para iniciar a próxima viagem. 4 Preparar as Escalas dos Motoristas e de Veículos Lembre-se que o fiscal do transporte urbano é responsável por toda a administração da frota. Dessa forma, para elaborar os quadros horários das viagens você deverá verificar a disponibilidade de veículos e de condutores. A partir dessas informações, você já poderá realizar o planejamento de utilização da frota, compatibilizando a demanda pelo serviço com a frota disponível. Além de elaborar as escalas dos veículos, o fiscal deve definir para cada viagem o motorista e o auxiliar responsável (cobrador). Caso ocorram imprevistos, tais como acidentes ou quebra de veículos, será necessário redimensionar a utilização da frota e remanejar os veículos de forma a causar o menor impacto possível na operação. Analisandoa demanda, ou seja, as pessoas que precisam utilizar o serviço de transporte, o fiscal deve adequar os horários de saída dos veículos com o objetivo de oferecer aos usuários o transporte necessário nos horários de maior movimento, inclusive realizando adaptações nos dias atípicos (festas, feriados). 62 Na administração da frota o fiscal programa as datas em que os veículos estarão disponíveis para manutenção e revisão. Além disso, durante a operação, o fiscal deverá acompanhar o rastreamento dos veículos e monitorar seu desempenho ao longo do percurso quando estas tecnologias estiverem disponíveis. Para definição das escalas dos condutores deverá ser respeitado os intervalos entre as jornadas de trabalho e a carga horária definida para cada condutor. Além disso, terão que ser analisadas as solicitações de condutores e auxiliares, remanejando ou substituindo estes profissionais caso seja necessário. Deverá lembra-se, também, de considerar os períodos de férias, folgas e de trocas de horários. Resumindo Nesta unidade foi possível perceber a importância e as responsabilidades do fiscal do transporte urbano. Vimos que esse profissional é um elemento- chave, pois sua atividade propicia o bom andamento das operações, sem atrasos e com possíveis correções frente a algum imprevisto. O fiscal é o profissional responsável pelo bom andamento da operação de transporte, verificando se tudo está de acordo com a programação e agindo nas situações inesperadas. 63 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Dentre as funções exercidas pelo fiscal, uma das mais importantes é o controle dos horários de saída e de chegada de veículos. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Na administração da frota o fiscal programa as datas em que os veículos estarão disponíveis para manutenção e revisão. Porém, durante a operação, o fiscal não deverá acompanhar o rastreamento dos veículos e monitorar seu desempenho ao longo do percurso quando estas tecnologias estiverem disponíveis. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 64 Referências BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/ decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017. DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_ Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988. FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 2006. MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017. PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. Manaus, 2005. PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 65 UNIDADE 8 | O FLUXO DE USUÁRIOS E PROVIDÊNCIAS NAS OCORRÊNCIAS 66 Unidade 8 | O Fluxo de Usuários e Providências nas Ocorrências Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 8! Nesta unidade vamos conhecer a atividade realizada pelo fiscal de acompanhamento e controle do fluxo e do comportamento dos usuários do sistema de transporte. Vamos apreender, também, a agir nas situações de emergência, conhecendo a forma correta de agir. Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os seguintes objetivos: • Conhecer a atividade de fiscalização dos usuários; • Aprender a avaliar e controlar o comportamento dos passageiros; • Apresentar ações importantes nas situações de ocorrências. 1 Introdução Muitas vezes pensamos que o fiscal do transporte urbano atua somente fiscalizando as empresas operadoras e o serviço que estas empresas oferecem aos usuários do sistema de transportes. No entanto, os fiscais são responsáveis, também, por controlar os passageiros e fiscalizar seu comportamento. Vamos aprender agora como o fiscal deve agir para impedir um mau comportamento dos usuários e como agir nas ocorrências de acidentes ou situações inesperadas? 67 2 Fiscalizando o Fluxo e o Comportamento dos Usuários O fiscal do transporte urbano deve zelar pela qualidade do transporte e isso envolve, também, fiscalizar o comportamento dos seus passageiros. É tarefa do fiscal verificar o acesso dos passageiros aos terminais e veículos, evitando a ocorrência de fraudes ou situações irregulares. O fiscal deve verificar, por exemplo, a ocorrência de passageiros que entram no sistema sem pagar tarifa, pulando a catraca ou entrando pela porta de saída. O fiscal deve verificar também as fraudes que ocorrem com o uso irregular de bilhetes especiais e de crachás de passe livre. Por exemplo, os passageiros idosos são isentos de pagamento da tarifa e podem acessar o transporte sem pagar nada por isso. No entanto, essas pessoas devem estar cadastradas no sistema e possuem, para isso, um crachá que permite esse livre acesso. O mesmo pode ocorrer com algumas categorias de funcionários públicos, tais como: carteiros, professores, policiais, dentre outros. e É tarefa do fiscal verificar se a identificação desses passageiros está sendo exigida na entrada do veículo ou do terminal e se os portadores do documento são os seus proprietários. É proibido por lei utilizar documentos de outra pessoa para acessar o transporte gratuitamente. O fiscal deve estar atento para a comercialização de bilhetes, passes e crachás falsos. A venda destes também é proibida por lei e somente poderá ser efetuada por pessoas previamente autorizadas. Caso o fiscal identifique um passageiro portando bilhetes, passes ou crachás falsificados, ele deverá recolher imediatamente estes objetos e conduzi-lo para fora do sistema ou convidá-lo a efetuar a compra de bilhetes originais. 68 Por fim, nas atividades de controle do comportamento dos passageiros, o fiscal deve verificar as áreas de embarque e fiscalizar o fluxo de usuários, evitando as situações de perigo ou que coloquem em risco tanto passagei¬ros como veículos. O fiscal deve estar atento aos comportamentos irregulares, suspeitos ou que ocasionem tumulto ou confusão nas plataformas. 3 Como Agir nos Casos de Ocorrências h Nos casos em que ocorram situações inesperadas, tais como uma via interrompida, uma ponte que caiu, um acidente ao lon¬go do itinerário, o fiscal deverá estabelecer imediatamente um caminho alternativo, comunicando-o por rádio aos motoristas que estiverem no meio de sua viagem. Aos motoristas que ainda não iniciaram a viagem, o fiscal deverá comunicar a alteração do itinerário e explicar detalhadamente o caminho alternativo. Caso o terminal ou parada possua letreiros com mensagens dinâmicas (letreiros eletrônicoscom avisos), o fiscal deverá solicitar ao setor responsável que inclua uma mensagem com esta alteração para que os usuários também sejam comunicados sobre as mudanças. Nos casos de acidentes envolvendo veículos do sistema, o fiscal é responsável por emitir um boletim interno sobre o acidente e fornecer os dados completos para gerar um boletim de ocorrência junto à Policia Militar do município. 69 e Os dados fornecidos pelo fiscal serão utilizados em processos administrativos e, eventualmente, em processos criminais. Portanto o fiscal poderá ser convocado a testemunhar sobre o acidente ou ser convidado a opinar em comissão de análise de acidentes e ou ocorrências. Para isso é recomendável que ele anote e registre todos os dados pertinentes, garantindo assim que estes dados possam ser usados no futuro. Resumindo O fiscal do transporte urbano é o principal responsável pela manutenção das condições de segurança e de bom comportamento de motoristas, cobradores e de passageiros. O fiscal deve estar sempre atento às fraudes do sistema. Muitas pessoas acreditam que ao fraudar o sistema estão prejudicando a empresa de transporte ou a prefeitura. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, os prejuízos com as fraudes do sistema são pagos pelos demais usuários, pois, de uma forma ou de outra, isso se reflete em um aumento de tarifas. Os prejuízos são distribuídos, portanto, entre os usuários que pagam para usar o sistema. Além de coibir as fraudes os fiscais são responsáveis por acompanhar as ocorrências que envolvam veículos ou motoristas do sistema. Os dados registrados pelo fiscal são utilizados posteriormente para o encaminhamento de processos, devendo ser o mais próximo possível da verdade. É importante agir corretamente e com precisão. 70 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Não é papel do fiscal verificar as fraudes que ocorrem com o uso irregular de bilhetes especiais e de crachás de passe livre. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. O fiscal do transporte urbano é o principal responsável pela manutenção das condições de segurança e de bom comportamento de motoristas, cobradores e de passageiros. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 71 Referências BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/ decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017. DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_ Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988. FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 2006. MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017. PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências de Regulação. Manaus, 2005. PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 72 UNIDADE 9 | O PREENCHIMENTO DE RELATÓRIOS E A ADMINISTRAÇÃO DE VALORES 73 Unidade 9 | O Preenchimento de Relatórios e a Administração de Valores Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 9! O fiscal do transporte urbano é responsável pelo preenchimento de di¬versos relatórios relacionados à operação do transporte. Além disso, o fiscal deve controlar a arrecadação em cada viagem e anotar os dados das catracas. Nessa unidade vamos conhecer alguns dos documentos que devem ser pre¬enchidos pelo fiscal do transporte urbano, responsável por relatar todos os dados e ocorrências relacionadas à produção do transporte. Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final da unidade você alcançou os seguintes objetivos: • Entender a atividade que envolve a administração de valores de cada viagem; • Apresentar os principais relatórios que o fiscal deve preencher; • Conhecer os principais dados solicitados em cada relatório. 1 Introdução O fiscal do transporte urbano é responsável pelo preenchimento de diversos relatórios, tais como: relatórios com informações de situações ocorri¬das em seu plantão, relatório de fiscal de ponto, relatórios de bordo e de arrecadação, relatório de ocorrências e relatórios sobre emissão de poluentes, dentre outros. Vamos conhecer melhor estas atividades. 74 2 Controle dos Bilhetes e das Catracas Uma das principais funções do fiscal do transporte urbano é o controle da bilhetagem, ou seja, o controle de arrecadação de cada viagem realizada. No início de cada viagem o fiscal deverá conferir e anotar os dados da catraca (numeração da catraca) e conferir o valor disponível em dinheiro para troco da venda das passagens. Ao fim de cada viagem o fiscal confere e anota os dados da catraca, calculando o número referente à quantidade de passageiros pagantes transportados por aquela viagem. O fiscal confere e anota, também, o valor arrecadado em cada viagem, separando a arrecadação por tipo: dinheiro, vale transporte, passe estudantil, bilhete de integração com outros modos, etc. e Além de conferir os números registrados pela catraca, o fiscal deve conferir se a catraca apresenta o lacre e se este se apre¬senta inviolado. O fiscal recolhe os valores arrecadados e admi¬nistra o estoque de bilhetes e de troco que devem seguir para a próxima viagem. É importante mencionar que atualmente vários municípios já implanta¬ram o sistema de catracas eletrônicas. Um dos principais motivos dessa mu¬dança foi a melhoria na segurança de passageiros, cobradores e motoristas, pois existe menor movimentação de dinheiro em cada viagem, reduzindo assim as possibilidades de assalto. Outro fator que levou à adoção desta tecnologia foi a busca pela redução na evasão de receita, ou seja, os desvios do dinheiro arrecadado com a venda de passagens a bordo. 75 e O caso típico que ilustra essa evasão de recursos, que é prejudicial ao sistema, ocorre quando o cobrador recebe o valor da passagem, não gira a catraca e o passageiro desembarca pela mesma porta em que entrou. O valor dessa passagem não é contabilizado pelo sistema e os outros passageiros acabam pagando por esse desvio. 3 Relatórios Que o Fiscal Deve Preencher O fiscal do transporte é responsável por preencher diversos documentos relacionados à operação do transporte. Os principais documentos são: o registro de plantão; o relatório de fiscal de ponto; o relatório de bordo e de arrecadação; o relatório de ocorrências e o relatório de emissão de poluentes. 3.1 Registro de Plantão O registro de plantão é o documento que contém uma descrição de todas as ocorrências que foram percebidas em seu plantão. O fiscal
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