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Conhecimentos 
Básicos para Fiscal 
do Transporte 
Urbano
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 656.073
97 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Conhecimentos Básicos para Fiscal do 
Transporte Urbano – Brasília: SEST/SENAT, 2016.
1. Transporte de carga . 2. Logística. I. Serviço Social 
do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do 
Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 7
Unidade 1 | Acompanhamento, Monitoramento, Controle ou Fiscalização 9
1 Introdução 10
1.1 O Que É Monitoramento nos Transportes? 11
2 O Que É o Controle 12
3 O Que É Fiscalização 13
Atividades 15
Referências 16
Unidade 2 | O Transporte Coletivo Urbano e a Fiscalização 17
1 Introdução 18
1.1 Transporte nas Áreas Urbanas 19
2 A Importância do Transporte Urbano 19
3 Usuários do Transporte Urbano 21
4 Fiscais do Transporte Urbano 21
Atividades 23
Referências 24
Unidade 3 | Qualidade no Transporte Coletivo Urbano 25
1 Introdução 26
2 Definindo Qualidade 27
3 Atributos de Qualidade no Transporte Urbano 27
3.1 Confiabilidade 27
3.2 Tempo de Deslocamento 28
3.3 Acessibilidade 28
3.4 Conforto 28
4
3.5 Conveniência 29
3.6 Segurança 29
3.7 Custo 29
Atividades 31
Referências 32
Unidade 4 | A Importância da Atividade de Fiscalização 33
1 Introdução 34
2 A Fiscalização do Transporte Urbano 35
2.1 Objetivos e Metas da Fiscalização do Transporte 36
2.2 Consequências de uma Fiscalização Ineficaz ou Inexistente 37
Atividades 39
Referências 40
Unidade 5 | Motoristas, Cobradores e Bilheteiros 41
1 Introdução 42
2 O Motorista do Transporte Coletivo Urbano 43
2.1 Atividades Desenvolvidas pelo Motorista 43
2.2 Características Necessárias aos Motoristas de Transporte Urbano 44
3 O Cobrador do Transporte Coletivo Urbano 44
3.1 Atividades Desenvolvidas pelo Cobrador 45
3.2 Características Necessárias ao Cobrador do Transporte Coletivo 45
4 O Bilheteiro do Transporte Coletivo Urbano 46
4.1 Atividades Desenvolvidas pelo Bilheteiro 46
Atividades 48
Referências 49
Unidade 6 | Atendimento aos Usuários e Funcionários das Empresas 50
1 Introdução 52
5
2 A Comunicação e o Atendimento aos Usuários 52
3 Cuidados com os Objetos Encontrados 53
4 A Comunicação com os Motoristas e Cobradores 53
5 Repassando Informações à Empresa ou à Central 54
Atividades 56
Referências 57
Unidade 7 | O Controle dos Veículos e dos Condutores 58
1 Introdução 59
2 Controlar os Horários de Chegada e de Saída dos Veículos 60
3 Verificando as Condições do Veículo e dos Equipamentos 60
4 Preparar as Escalas dos Motoristas e de Veículos 61
Atividades 63
Referências 64
Unidade 8 | O Fluxo de Usuários e Providências nas Ocorrências 65
1 Introdução 66
2 Fiscalizando o Fluxo e o Comportamento dos Usuários 67
3 Como Agir nos Casos de Ocorrências 68
Atividades 70
Referências 71
Unidade 9 | O Preenchimento de Relatórios e a Administração de Valores 72
1 Introdução 73
2 Controle dos Bilhetes e das Catracas 74
3 Relatórios Que o Fiscal Deve Preencher 75
3.1 Registro de Plantão 75
3.2 Relatório de Fiscal de Ponto 76
3.3 Relatório de Bordo e ou Arrecadação 76
6
3.4 Relatórios de Ocorrências 77
3.5 Relatório de Emissão de Poluentes 77
Atividades 79
Referências 80
Unidade 10 | Equipamentos e Tecnologias Utilizadas para a Fiscalização 81
1 Introdução 82
2 Equipamentos Básicos 83
3 Equipamentos de Comunicação 83
4 Computadores e Equipamentos Eletrônicos 84
5 Equipamentos para Manipulação da Arrecadação 85
Atividades 86
Referências 87
Unidade 11 | Competências e Características Necessárias ao Fiscal 88
1 Introdução 89
2 Características Pessoais 90
2.1 Manter Boa Apresentação 90
2.2 Demonstrar Honestidade e Confiança 91
2.3 Agir Educadamente e Demonstrar Simpatia 91
2.4 Demonstrar Criatividade e Iniciativa 91
3 Habilidades Técnicas para o Desempenho da Função 92
3.1 Demonstrar Autocontrole, Paciência e Cautela 92
3.2 Demonstrar Atenção, Habilidade Visual, Auditiva e de Memorização 92
Atividades 94
Referências 95
Gabarito 96
7
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Conhecimentos Básicos para Fiscal do Transporte Urbano! 
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
Este curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 11 unidades, 
conforme a tabela a seguir.
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Acompanhamento e Monitoramento no 
Transporte
2h
Unidade 2 | O Transporte Coletivo Urbano e a Fiscalização 2h
Unidade 3 | Qualidade no Transporte Coletivo Urbano 2h
Unidade 4 | A Importância da Atividade de Fiscalização 3h
Unidade 5 | Motoristas, Cobradores e Bilheteiros 3h
Unidade 6 | Atendimento aos Usuários e Funcionários das 
Empresas
3h
Unidade 7 | O Controle dos Veículos e dos Condutores 3h
Unidade 8 | O Fluxo de Usuários e Providências nas 
Ocorrências
3h
Unidade 9 | O Preenchimento de Relatórios e a Administração 
de Valores
3h
Unidade 10 | Equipamentos e Tecnologias Utilizadas para a 
Fiscalização
3h
Unidade 11 | Competências e Características Necessárias ao 
Fiscal
3h
8
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.
Bons estudos!
Unidade 1 | Acompanhamento e Monitoramento no Transporte
9
UNIDADE 1 | 
ACOMPANHAMENTO E 
MONITORAMENTO NO 
TRANSPORTE
10
Unidade 1 | Acompanhamento e Monitoramento 
no Transporte
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao curso Conhecimentos Básicos para Fiscal do 
Transporte Urbano! Nesta unidade, iniciaremos os estudos apresentando alguns termos 
que iremos utilizar nas próximas unidades. Inicialmente, conheceremos as semelhanças 
e as diferenças entre o acompanhamento, o monitoramento, o controle e a fiscalização. 
Vamos procurar entender o significado desses termos. Ao compreender suas diferenças 
iremos conhecer a maneira correta de aplicar o termo “fiscalização”. 
Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os 
seguintes objetivos:
• Diferenciar acompanhamento, monitoramento, controle e fiscalização;
• Compreender o que é a fiscalização;
• Utilizar corretamente o termo fiscalização.
1 Introdução
O acompanhamento do transporte urbano, realizado por profissionais do setor, envolve 
atividades de monitoramento, controle e fiscalização. Portanto, estas atividades podem 
ser consideradas como atividades de acompanhamento dos serviços de transporte. Os 
fiscais de transporte urbano executam o acompanhamento, verificando o cumprimento 
do serviço de acordo com as informações dadas ao gestor e à população, ou seja, se 
as empresas de transporte urbano estão obedecendo rigorosamente suas obrigações 
contratuais ou parâmetros de serviço estabelecidos na licitação. 
11
1.1 O Que É Monitoramento nos Transportes? 
Encontra-se certa dificuldade para estabelecer uma definição para o termo 
monitoramento no setor de transportes, pois não existe consenso entre os autores que 
tratamdo assunto e no entendimento desse termo por parte de gestores, planejadores 
e operadores do transporte. 
O guia PMBOK define o monitoramento como a coleta de dados 
de desempenho em relação ao sistema de transporte que está 
sendo avaliado. De acordo com este guia, o objetivo dessa coleta 
é produzir medições do desempenho do transporte, sistematizar 
e divulgar informações sobre esse desempenho (PMI, 2004).
Ainda sobre esse termo, o Decreto nº. 5.233 (BRASIL, 2004) conceitua o termo 
monitoramento como um processo contínuo de acompanhamento, com o objetivo de 
orientar uma melhor alocação dos recursos financeiros, de iden¬tificar as falhas e de 
orientar a correção de problemas, contribuindo para a obtenção dos resultados 
desejados.
O monitoramento inclui, portanto, a 
coleta, a medição e a disseminação das 
informações sobre o desempenho e a 
avaliação do transporte, com o objetivo 
de direcionar eventuais melhorias. O 
monitoramento contínuo permite que a 
empresa e o órgão gestor tenham uma 
visão de como está o transporte ao longo 
do tempo, identificando as áreas que 
exigem uma atenção especial. 
12
2 O Que É o Controle 
O controle é uma função intrínseca ao processo administrativo, inclusive no setor de 
transporte, e envolve quatro fases distintas, que são: 
• Estabelecimento de padrões de medida e avaliação;
• Medidas dos desempenhos apresentados;
• Comparação do realizado com o esperado;
• Ação corretiva.
A realização dessas fases tem como objetivo assegurar que os resultados satisfaçam 
aos objetivos previamente estabelecidos. Perceba que o controle envolve uma ação 
corretiva, ou seja, uma ação de mudança para que o desempenho no futuro esteja mais 
próximo do desempenho esperado.
 e
Na área administrativa utiliza-se o termo “controle” referindo-
se à compreensão em relação ao que está ocorrendo com a 
empresa e com o mercado externo, com o objetivo de direcionar 
a empresa no campo de trabalho e de melhorar a capacidade de 
comunicação, de persuasão e de comando dos participantes, 
tanto dentro como fora da empresa.
De uma forma simplificada, podemos dizer que o controle envolve o planejamento, 
a organização e o direcionamento, que se complementam para assegurar que os 
resultados se ajustem, tanto quanto possível, aos objetivos estabelecidos. O controle é, 
portanto, uma técnica de verificação do desempe¬nho real em relação ao desempenho 
planejado. 
13
3 O Que É Fiscalização 
Nas atividades que envolvem a Administração Pública, o controle consiste no poder de 
fiscalização e correção, exercida pelos órgãos que possuem, por lei, essa atribuição. 
A finalidade da fiscalização dos serviços públicos, que é o caso do transporte urbano, 
é assegurar os princípios impostos à Administração Pública. Dentre estes princípios 
podemos citar, por exemplo, o direito de igualdade de acesso a todos os cidadãos.
A fiscalização de contrato é a atividade de inspeção sistemática, 
com a finalidade de examinar se o que estava previsto em 
contrato está sendo efetivamente realizado. Como um exemplo 
de fiscalização nos serviços públicos, no setor de energia 
elétrica, a fiscalização é definida como a supervisão, avaliação e 
controle das atividades desenvolvidas pelas concessionárias.
No contexto específico dos serviços de transportes público, a fiscalização verifica, 
principalmente, o cumprimento das obrigações da empresa prestadora do serviço com 
os usuários, ou seja, com os passageiros do transporte, e a obediência aos termos 
presentes nos contratos e no edital de licitação.
14
Resumindo 
 
Como vimos nesta unidade, os termos acompanhamento, monitoramento, 
controle e fiscalização muitas vezes são utilizados como sinônimos. No 
entanto existem algumas diferenças entre eles. 
 
O acompanhamento é qualquer tipo de verificação, podendo ser um 
monitoramento, um controle ou uma fiscalização. De acordo com as 
definições aqui estudadas, o monitoramento envolve a coleta de 
informações com o ob¬jetivo de medir o desempenho do sistema de 
transporte, de forma que essa análise possa ser utilizada, futuramente, 
para melhorias nesse sistema. 
 
Já o controle é uma atividade mais abrangente, que inclui o monitoramento 
(coleta de informações). No entanto, no controle estão incluídas também 
as medidas corretivas, ou seja, a ação para tentar melhorar o sistema de 
transporte. Essa ação é complementar à atividade de monitoramento. 
Por fim, a fiscalização é um tipo de controle, sendo um termo 
aplicado aos serviços públicos. A fiscalização também envolve 
medidas corretivas e de punição quando necessário, como por 
exemplo, a aplicação de multas.
15
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O acompanhamento do 
transporte urbano, realizado por profissionais do setor, 
envolve atividades de monitoramento, controle e fiscalização. 
Portanto, estas atividades podem ser consideradas como 
atividades de acompanhamento dos serviços de transporte. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Nas atividades que envolvem a 
Administração Pública, incluindo o transporte urbano, o 
controle consiste no poder de fiscalização e correção exercida 
pelos órgãos que possuem, por lei, essa atribuição. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
Atividades
16
Referências
BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão 
do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. 
Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/
decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017.
DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de 
vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990.
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos 
Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. 
Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_
Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. 
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, 
Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema 
de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988.
FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus 
usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. 
MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte 
e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 
2006.
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. 
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017.
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV 
Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências 
de Regulação. Manaus, 2005.
PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em 
gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004.
17
UNIDADE 2 | O TRANSPORTE 
COLETIVO URBANO E A 
FISCALIZAÇÃO
18
Unidade 2 | O Transporte Coletivo Urbano e a 
Fiscalização
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 2! Nesta unidade, aprenderemos um pouco 
sobre o transporte coletivo, objeto da fiscalização do transporte urbano, e quem são os 
seus passageiros. Ao longo dessa unidade vamos entender a importância deste transporte 
e enten¬der, também, quem são os profissionais da fiscalização.
Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os 
seguintes objetivos:
• Apresentar o transporte urbano e 
seus passageiros;
• Compreender a importância desse 
transporte;
• Conheceros usuários do transporte 
urbano;
• Identificar os profissionais que 
realizam a fiscalização. 
1 Introdução
Oferecer um transporte coletivo de qualidade aos seus habitantes é um desafio diário 
para as prefeituras da maior parte dos municípios brasileiros. O transporte possibilita 
que milhares de pessoas possam realizar diariamente suas atividades, deslocando-se 
por toda a cidade. É função do fiscal de transporte urbano verificar se os passageiros 
estão sendo bem atendidos. Mas o que é o transporte urbano? Quem são seus 
passageiros? Para responder a essas perguntas, vamos conhecer agora um pouco mais 
sobre o transporte urbano e seus usuários.
19
1.1 Transporte nas Áreas Urbanas 
O trabalho, o estudo, as consultas médicas, as atividades de lazer, entre outras, são 
atividades que levam uma pessoa a se locomover em uma cidade. Por necessidade ou 
por comodidade, o transporte coletivo urbano é uma das alternativas que o cidadão 
possui para poder realizar suas atividades pessoais e profissionais.
 e
Devemos sempre nos lembrar que o transporte coletivo faz 
mais do que apenas atender a uma necessidade. O transporte é 
um direito de todo cidadão e isso está presente na constituição.
2 A Importância do Transporte Urbano
Dentre diversos fatores, podemos destacar que o transporte urbano proporciona 
locomoção para aquelas pessoas que não possuem automóvel particular ou que não 
podem dirigir, momentaneamente ou definitivamente. 
 e
Atualmente, um dos fatores da importância do transporte 
coletivo urbano está na ajuda que ele proporciona para aliviar o 
trânsito, reduzindo congestionamentos e poluição, resultado da 
enorme quantidade de veículos nas vias. Um ônibus ocupa 
menos espaço para transportar a mesma quantidade de pessoas 
que um carro. 
20
Imagine que em um ônibus são transportados muitos passageiros enquanto que no 
carro cabem apenas quatro ou cinco pessoas ao mesmo tempo. Ainda assim, não é raro 
ver apenas uma pessoa dentro de cada carro. Desta forma, as ruas ficam cada vez mais 
congestionadas e o meio ambiente fica mais poluído. 
A primeira imagem mostra o espaço 
ocupado por um grupo de pessoas e a 
quantidade de bicicletas necessárias 
para seu transporte.
A segunda imagem mostra o mesmo 
grupo de pessoas com o número de 
automóveis necessários para transportá-
las. Já a terceira imagem mostra um 
ônibus de tamanho suficiente para 
carregar o mesmo grupo de pessoas, 
todas utilizando apenas um veículo.
Não são apenas os trabalhadores que precisam de transporte. Muitos idosos precisam 
ir ao hospital ou fazer uma consulta médica. Muitas crianças e adolescentes precisam 
ir diariamente à escola. Além disso, devemos sempre nos lembrar dos portadores de 
necessidades especiais, que não podem dirigir e que também dependem do transporte 
urbano.
 h
Para completar, quando uma pessoa escolhe utilizar o transporte 
coletivo urbano ele ajuda a diminuir a necessidade de 
investimentos na construção de ruas, viadutos, estacionamentos, 
etc. Dessa forma os recursos economizados com essas obras 
podem ser aplicados em outros projetos mais importantes e de 
maior impacto na vida de todos os cidadãos.
21
3 Usuários do Transporte Urbano
As pessoas que utilizam os serviços de transporte coletivo urbano podem ser 
classificadas em diversos grupos: de acordo com a renda, de acordo com a profissão, de 
acordo com o sexo, de acordo com os motivos pelos quais eles precisam do transporte, 
etc.
 e
Nos últimos anos, a quantidade de passageiros diminuiu 
bastante. Ao mesmo tempo, houve crescimento na quantidade 
de veículos particulares, pois hoje muitas pessoas conseguem 
financiar a compra do seu automóvel pagando parcelas pequenas 
durante muitos anos. 
Apesar da redução na quantidade 
de passageiros, o transporte 
coletivo ainda é muito importante e 
representa aproximadamente 52% 
dos deslocamentos diários nos centros 
urbanos, ou seja, mais da metade das 
pessoas que saem de casa para ir para 
algum lugar escolhem o transporte 
coletivo urbano. Estes passageiros 
utilizam, por exemplo, ônibus, trem, van, 
táxi, metrô, etc.
4 Fiscais do Transporte Urbano 
O fiscal do transporte urbano é também conhecido como: Fiscal de transportes 
coletivos, Agente de serviços de fiscalização de transportes coletivos, Fiscal de linha, 
Fiscal de ônibus, Fiscal de operação, Fiscal de tráfego, Fiscal de viagens, Fiscal nos 
transportes e Fiscal rodoviário.
22
Esses profissionais organizam e fiscalizam as operações dos ônibus e dos outros 
veículos de transporte coletivo, avaliando as condições de operação do serviço, o 
cumprimento dos horários, dentre outros. Os fiscais preenchem relatórios, verificam o 
cumprimento das escalas dos operadores, examinam o estado dos veículos e agem na 
solução de ocorrências.
Resumindo 
 
O transporte urbano coletivo é de fundamental importância, pois 
desem¬penha um papel social e econômico na vida de milhões de cidadãos 
que vivem nas cidades e precisam se deslocar diariamente. Os usuários 
podem ser de diversas idades e podem utilizar o transporte urbano para 
realizar diferentes atividades. Cabe ao fiscal do transporte urbano verificar 
se o transporte está desempenhando corretamente seu papel, permitindo 
que as pessoas possam trabalhar, estudar, se divertir, encontrar outras 
pessoas etc. 
23
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Dentre diversos fatores, 
podemos destacar que o transporte urbano proporciona 
locomoção para aquelas pessoas que já possuem automóvel 
particular e que podem dirigir, momentaneamente ou 
definitivamente. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Não são apenas os 
trabalhadores que precisam de transporte. Muitos idosos 
precisam ir ao hospital ou fazer uma consulta médica. Muitas 
crianças e adolescentes precisam ir diariamente à escola. 
Além disso, devemos sempre nos lembrar dos portadores de 
necessidades especiais, que não podem dirigir e que também 
dependem do transporte urbano. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
Atividades
24
Referências
BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão 
do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. 
Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/
decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017.
DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de 
vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990.
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos 
Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. 
Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_
Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. 
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, 
Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema 
de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988.
FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus 
usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. 
MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte 
e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 
2006.
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. 
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017.
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV 
Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências 
de Regulação. Manaus, 2005.
PMI – Project ManagementInstitute. Um guia do conjunto de conhecimentos em 
gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 
25
UNIDADE 3 | QUALIDADE 
NO TRANSPORTE COLETIVO 
URBANO
26
Unidade 3 | Qualidade no Transporte Coletivo 
Urbano
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à 
unidade 3! Nesta unidade conheceremos 
alguns conceitos envolvendo a qualidade 
no transporte urbano. Já sabemos da 
importância do transporte para o dia a dia 
das pessoas, melhorando sua qualidade 
de vida e garantindo a elas o direito de 
se deslocar. Vamos entender agora o 
que é a qualidade nesse transporte, que 
é o principal objetivo da atividade de 
fiscalização. 
Para concretizar os seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou 
os seguintes objetivos:
• Entender o que é a qualidade no transporte urbano;
• Conhecer os elementos utilizados para avaliar a qualidade nesse transporte. 
1 Introdução
A ideia de qualidade no transporte urbano está diretamente relacionada ao atendimento 
das expectativas de seus usuários, ou seja, o passageiro acha que o transporte está 
bom quando este atende às suas necessidades e expectativas. Desta forma, um bom 
atendimento pode ser caracterizado como um dos indicadores da qualidade dos 
serviços oferecidos e é o que pode ser mais facilmente percebido e considerado pelo 
passageiro.
É tarefa do fiscal do transporte urbano verificar se o transporte apresen¬ta a qualidade 
esperada e pactuada entre o órgão gestor e a empresa opera¬dora. A seguir vamos 
entender como avaliar a qualidade no transporte urbano e quais elementos devem ser 
considerados nessa avaliação.
27
2 Definindo Qualidade
Quando se fala em qualidade, geralmente imagina-se algo que é sempre feito 
corretamente, buscando a perfeição. Mas, não é somente isso que define a qualidade, 
existem outros aspectos envolvidos. 
A qualidade é o mínimo que um cliente espera de qualquer 
produto ou serviço. Pode-se considerar que a qualidade é uma 
das mais importantes ferramentas para conquistar ou manter os 
clientes.
3 Atributos de Qualidade no Transporte Urbano
Os principais atributos que o usuário 
considera na hora de escolher o 
transporte são: confiabilidade, tempo 
de viagem, acessibilidade, conforto, 
conveniência, segurança, custo (tarifa) e 
cortesia no atendimento. A seguir, esses 
atributos serão explicados de forma 
simples para que possamos entender 
como avaliar a qualidade do transporte.
3.1 Confiabilidade 
Representa a exatidão no cumprimento dos horários e dos itinerários pré-estabelecidos 
e informados aos usuários. A confiabilidade do serviço é percebida de duas formas pelo 
usuário: pela pontualidade e pela regularidade. Para o usuário alguns atrasos eventuais 
28
especialmente decorrentes de situações inesperadas são bastante compreensíveis. No 
entanto, quando estes atrasos passam a ser frequentes, o usuário perde a confiança 
no transporte. 
3.2 Tempo de Deslocamento
 e
Um dos atributos de mais fácil percepção é o tempo de 
deslocamento, ou seja, o tempo de viagem. O tempo de 
deslocamento é afetado pela velocidade, que por sua vez é 
afetada pelas condições do tráfego, pelas condições das vias, 
pela quantidade de paradas, de semáforos etc.
3.3 Acessibilidade
É caracterizada pela facilidade de ingressar no transporte público. Pode ser classificada 
em dois aspectos: acessibilidade espacial (quando existem terminais e paradas 
próximos aos locais em que o usuário precisa) e acessibilidade temporal (presença de 
transporte nos horários que o usuário precisa).
3.4 Conforto
Pode ser medido por aspectos como: temperatura, ventilação, ruído, velocidade, 
aceleração e desaceleração, altura dos degraus, largura das portas, disposição dos 
assentos, além das condições de ocupação no veículo (lotação). Numa viagem curta 
o passageiro quase não sente os efeitos do desconforto. No entanto, numa viagem 
muito longa, estes fatores podem incomodar bastante. 
29
3.5 Conveniência
A conveniência reflete algumas características do sistema, tais como a necessidade de 
transferência (passar de um veículo para outro), períodos de operação (manhã, tarde 
e noite), níveis de serviço nos horários de maior movimento (veículos cheios), formas 
de cobrança da passagem (em dinheiro, bilhete, cartão). Além disto, a conveniência 
também se refere às condições de infraestrutura e limpeza dos pontos de parada e 
dos terminais, à localização destas paradas, a presença de informação sobre linhas e 
horários, a disponibilidade de serviços agregados (lixeira, orelhão, caixa de correio).
3.6 Segurança
 c
A segurança se refere aos aspectos de proteção do usuário 
durante a viagem contra acidentes e também contra os crimes 
(agressões, furtos, ameaças e roubos) dentro dos veículos ou 
nas paradas, nas estações e nos terminais. 
3.7 Custo
O preço da tarifa é uma consequência 
da qualidade do serviço oferecido e da 
variação dos custos para poder oferecer 
o serviço. Quando pensa no valor pago 
pelo serviço o usuário reflete sobre a 
qualidade do serviço que ele recebe.
30
Resumindo 
 
Quanto mais satisfeito o cliente, maior a qualidade que o serviço tem para 
ele. Atualmente, sabe-se que a satisfação do cliente não é resultado apenas 
da presença de transporte e envolve, também, fatores como regularidade, 
pontualidade, preço da tarifa, atendimento de funcionários, cortesia de 
cobradores e motoristas, entre outros aspectos. Esses aspectos devem ser 
verificados e avaliados pela fiscalização. 
31
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O tempo de deslocamento é 
afetado apenas pela velocidade que o responsável pelo 
veículo mantem. Se ele for rápido o passageiro chegará mais 
rápido em seu destino. Não importando assim, as condições 
da via. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Os principais atributos que o 
usuário considera na hora de escolher o transporte são: 
confiabilidade, tempo de viagem, acessibilidade, conforto, 
conveniência, segurança, custo (tarifa) e cortesia no 
atendimento. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
Atividades
32
Referências
BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão 
do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. 
Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/
decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017.
DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de 
vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990.
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos 
Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. 
Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_
Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. 
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, 
Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema 
de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988.
FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus 
usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. 
MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte 
e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 
2006.
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. 
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017.
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV 
Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agênciasde Regulação. Manaus, 2005.
PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em 
gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 
33
UNIDADE 4 | A IMPORTÂNCIA DA 
ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO
34
Unidade 4 | A Importância da Atividade de 
Fiscalização
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 4! Agora que já conhecemos um pouco mais 
sobre o transporte urbano e sobre seus passageiros e já sabemos quem são os fiscais do 
transporte urbano, vamos procurar entender a importância da atividade de fiscalização. 
Nesta unidade serão apresentados os objetivos e as metas da fiscalização e as principais 
consequências resultantes de sua ausência ou ineficiência. 
Para concretizar os seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou 
os seguintes objetivos:
• Entender o que é a atividade de fiscalização do transporte urbano;
• Apresentar os objetivos e as metas da fiscalização;
• Conhecer algumas consequências de uma fiscalização ineficiente ou inexistente.
1 Introdução
A fiscalização é uma atividade bastante complexa e envolve elevados custos. Contudo, 
se as metas de desempenho em relação à operação e as penalidades para possíveis 
falhas na prestação dos serviços estiverem bem definidas, a fiscalização será bastante 
facilitada. A seguir vamos conhecer os principais objetivos e metas da atividade de 
fiscalização do transporte coletivo urbano e seus impactos.
35
2 A Fiscalização do Transporte Urbano
A fiscalização do transporte urbano é a atividade que garante 
que o transporte possa desempenhar seu papel social e 
econômico. A fiscalização é uma ação preventiva, que possui 
como principais funções: garantir a oferta do serviço de 
transporte de acordo com os padrões de serviço adequado, 
evitar a ocorrência de acidentes ou incidentes no transporte 
que possam colocar em risco a segurança de usuários do 
transporte e dos profissionais do setor e evitar, também, danos 
ao patrimônio público (veículos, vias, terminais, paradas).
A atividade de fiscalização consiste basicamente em averiguar: 
• A operação dos ônibus e outros veículos;
• O cumprimento dos horários das 
viagens;
• As condições de operação 
dos veículos e seu estado de 
conservação;
• A conformidade das escalas 
dos operadores (condutores e 
cobradores);
• O estado físico e psicológico dos condutores;
• O comportamento dos condutores na condução do veículo.
36
2.1 Objetivos e Metas da Fiscalização do Transporte
A fiscalização busca, primeiramente, fazer cumprir as condições de contrato para 
prestação de serviços de transporte, ou seja, verifica se o transporte opera satisfazendo 
as condições de regularidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e cortesia. 
 e
No campo social, o transporte coletivo urbano possibilita o 
acesso ao emprego, à saúde, à habitação, à educação, ao 
comércio, à cultura e ao lazer. Embora o número de passageiros 
no trans¬porte urbano esteja diminuindo, a maioria das pessoas 
ainda depende deste transporte para deslocar-se na cidade. 
É função do fiscal do transporte urbano avaliar se as empresas estão oferecendo o 
transporte de acordo com os parâmetros operacionais pré-estabelecidos e se estão 
atendendo indistintamente a todos os usuários que dele necessitam.
Um dos principais motivos de insatisfação dos passageiros são os atrasos dos veículos 
de transporte, que geram impactos no cumprimento de suas atividades diárias. Esses 
atrasos resultam de falhas na operação do transporte e é papel do fiscal verificar se as 
empresas estão cumprindo corretamente sua programação, garantindo que as pessoas 
possam desenvolver suas atividades. 
Além disso, os fiscais prestam auxílio a outros órgãos municipais, fornecendo dados em 
relação à documentação do veículo, pendências relativas às multas e outros impostos 
ou os registros de condutores e demais funcionários.
 e
Em relação à segurança, a presença dos profissionais de 
fiscalização auxilia as tarefas da polícia municipal em pontos 
críticos de grande movimentação, tais como os terminais de 
transporte. Verifica-se que a presença de fiscais de transporte 
muitas vezes inibe o comportamento indesejável de alguns 
motoristas na direção de seus veículos e de passageiros.
37
2.2 Consequências de uma Fiscalização Ineficaz ou 
Inexistente 
O principal aspecto que pode resultar da falta ou ineficiência da fiscalização é uma 
variação na qualidade do serviço de transporte oferecido à população. A ausência de 
fiscalização permite às empresas oferecer o serviço da forma mais interessante para 
elas, ou seja, nos períodos do dia em que a rentabilidade seja maior. 
 e
Nos períodos de menor movimento, caso não exista uma 
fiscalização permanente, as empresas podem deixar de oferecer 
transporte à população ou oferecê-lo com menor qualidade. 
Nos horários de grande movimento, se não houver fiscalização, 
as empresas podem operar com níveis de serviço inadequado, 
com veículos lotados ou concorrendo irregularmente em linhas 
de outros operadores.
A falta ou ineficiência da fiscalização 
do transporte urbano pode causar 
um desequilíbrio econômico entre os 
operadores que atuam regularmente 
e os que atuam de forma irregular. A 
presença de operadoras irregulares 
(clandestinos) causa prejuízos aos demais 
operadores do transporte, que possuem 
uma elevada carga tributária, atingindo 
até 40% do seu faturamento. 
O setor de transportes é usuário intensivo de mão de obra, arcando, portanto, 
com diversos encargos trabalhistas que incidem sobre as folhas de pagamento. 
Esses encargos podem chegar à ordem de 70% do total da folha. Já os transportes 
clandestinos não arcam com esses custos, oferecendo, portanto, uma concorrência 
desleal.
38
 e
A falta de fiscalização, da mesma forma, permite que os veículos 
do transporte público, mesmo os oficiais, desobedeçam aos 
itinerários pré-estabelecidos ou os trajetos a eles destinados, 
como por exemplo, as vias segregadas ou as faixas para uso 
exclusivo do transporte coletivo, caso existam. Além disso, a 
falta de fiscalização permite que os veículos particulares usem 
as vias de uso exclusivo do transporte coletivo, atrapalhando as 
condições de tráfego e causando diversos transtornos à 
sociedade. 
Por fim, a falta de fiscalização adequada pode incentivar o aumento de tarifas de 
transporte, ou ainda pela falta de transparência de todo o processo, a baixa qualidade 
do transporte, aumenta o descrédito de seus usuários em relação a esse serviço.
Resumindo 
 
A fiscalização é a atividade responsável por garantir que as empresas de 
transporte ofereçam um serviço de qualidade aos seus usuários. O fiscal 
deve acompanhar e avaliar se as empresas estão oferecendo regularidade 
(cumprindo todos os horários), segurança para os passageiros, atualidade 
(veículos adequados), generalidade (atendendo a todos indistintamente) e 
cortesia (respeitando os passageiros).
39
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O único objetivo da fiscalização 
do transporte urbano é assegurar que não ocorra nenhum 
tipo de prejuízo à empresa. Esse tipo de fiscalização não 
oferece nenhuma garantia para que o transportador urbano 
cumpra suas responsabilidades sociais e econômicas. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. A fiscalização busca, 
primeiramente, fazer cumprir as condições de contrato para 
prestação de serviços de transporte, ou seja, verifica se o 
transporte opera satisfazendo as condições de regularidade, 
eficiência, segurança, atualidade, generalidade e cortesia. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
40
Referências
BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão 
do Plano Plurianual2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. 
Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/
decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017.
DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de 
vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990.
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos 
Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. 
Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_
Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. 
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, 
Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema 
de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988.
FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus 
usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. 
MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte 
e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 
2006.
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. 
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017.
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV 
Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências 
de Regulação. Manaus, 2005.
PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em 
gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 
41
UNIDADE 5 | MOTORISTAS, 
COBRADORES E BILHETEIROS
42
Unidade 5 | Motoristas, Cobradores e Bilheteiros
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 5! Os fiscais atuam em empresas de 
transporte coletivo urbano. Sua atuação está relacionada às atividades realizadas por 
outros profissionais, tais como os motoristas, os cobradores e os bilheteiros. Os fiscais 
acompanham e orientam o trabalho desses profissionais e, para isso, é necessário conhecer 
essas atividades. Vamos agora estudar um pouco mais sobre os motoristas, os cobradores 
e os bilheteiros. 
Para concretizar os seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou 
os seguintes objetivos:
• Apresentar algumas atividades desenvolvidas por motoristas, cobradores e 
bilheteiros;
• Conhecer a rotina desses profissionais no sistema de transporte;
• Entender por que o fiscal deve acompanhar essas atividades.
1 Introdução
Para que o fiscal possa avaliar o desempenho de outros profissionais no cumprimento 
de suas atividades é necessário, primeiramente, conhecê-las. Esta unidade tem como 
principal objetivo mostrar a você quais são as principais atividades de motoristas, 
cobradores e bilheteiros, que devem ser conhecidas e acompanhadas pelos fiscais do 
transporte coletivo urbano de passageiros.
43
2 O Motorista do Transporte Coletivo Urbano
O motorista de ônibus é responsável pelo transporte de grande parte da população. 
Sendo assim, é importante que os fiscais e os motoristas percebam sua importância 
no transporte coletivo urbano e o papel que essa profissão representa em nossa 
sociedade. 
2.1 Atividades Desenvolvidas pelo Motorista
Em suas atividades diárias o motorista deve:
• Conduzir e vistoriar os veículos;
• Verificar o itinerário de viagens;
• Controlar o embarque e desembarque de passageiros;
• Orientar os passageiros em relação às tarifas, itinerários, pontos de embarque e 
desembarque e procedimentos no interior do veículo;
• Executar procedimentos para garantir segurança e o conforto dos passageiros;
• Habilitar-se e atualizar-se periodicamente para conduzir ônibus.
O fiscal deverá estar sempre atento 
ao comportamento dos motoristas 
de transporte coletivo, pois esse 
comportamento tem sido apontado 
pelos usuários como motivo de um 
grande número de acidentes.
No entanto, essa constatação não deve 
ser vista de forma isolada. As condições 
de congestionamentos, as pressões 
para cumprimento de horários, a pouca 
44
margem de controle e decisão, frente aos contratempos existentes nas viagens 
urbanas, podem afetar o motorista e, com isso, torná-los mais vulneráveis a erros e 
acidentes e aos problemas de saúde. 
2.2 Características Necessárias aos Motoristas de Transporte 
Urbano
Além dos exames definidos pelo Art. 147 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que 
são básicos para todo e qualquer candidato à habilitação (exames de aptidão física 
e mental, conhecimento da legislação de trânsito, noções de primeiros socorros e 
de direção veicular), o motorista que busca certificar-se para o Transporte Coletivo 
Urbano de Passageiros, segundo o Art. 145 do CTB, deve:
• Ser maior de 21 anos;
• Estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um ano 
na categoria C, para habilitar-se na categoria D;
• Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em 
infrações médias durante os últimos doze meses;
• Ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática 
veicular em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN.
3 O Cobrador do Transporte Coletivo Urbano
De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o cobrador é o profissional 
que executa a venda de bilhetes dentro do veículo. O cobrador está em contato direto 
com os passageiros e sua atividade deve ser acompanhada pelos fiscais como forma de 
garantir melhores condições de atendimento aos passageiros do sistema.
45
3.1 Atividades Desenvolvidas pelo Cobrador
Em suas atividades o cobrador deve:
• Preencher ou auxiliar os fiscais 
com os relatórios de bordo 
(arrecadação), de venda de bilhetes 
e de ocorrências;
• Examinar os veículos, verificando 
as placas itinerárias e letreiros, as 
condições internas, a limpeza e o 
fechamento das janelas;
• Atender aos usuários, auxiliando o 
embarque e desembarque de usuários deficientes; prestar primeiros socorros e 
recolher objetos deixados nos veículos;
• Acompanhar o fluxo de usuários, sempre atento aos acessos, ao uso de bilhetes 
e às áreas de embarque.
3.2 Características Necessárias ao Cobrador do Transporte 
Coletivo
O CTB não define características necessárias ao condutor. No entanto, de acordo com 
a CBO, o cobrador deve:
• Demonstrar atenção, autocontrole e honestidade;
• Demonstrar organização no manuseio de valores;
• Manter boa apresentação;
• Agir educadamente e demonstrar simpatia;
• Transmitir confiança.
46
4 O Bilheteiro do Transporte Coletivo Urbano
Nas estações e terminais de transporte e, em alguns casos, nas paradas de maior porte, 
encontra-se o bilheteiro. De acordo com a CBO, o bilheteiro é o profissional que executa 
a venda de bilhetes fora do veículo, em local destinado para esse fim. O bilheteiro, 
denominado pela CBO de Agente Operacional de Estação, está em contato direto 
com os passageiros e sua atividade também deve ser acompanhada pelos fiscais como 
forma de garantir melhores condições de atendimento aos passageiros do sistema.
4.1 Atividades Desenvolvidas pelo Bilheteiro
Em suas atividades o bilheteiro deve:
• Vender as passagens, sempre solicitando documento que comprove garantia de 
descontos nos bilhetes, caso seja a autorizado a vendê-los;
• Controlar numerários e valores relacionados à venda de bilhetes;
• Orientar os passageiros em relação às tarifas, itinerários e pontos de embarque 
e desembarque.
47
Resumindo 
 
As empresas, em sua grande maioria, impõem baixos salários e longa 
jornada de trabalho aos empregados, notadamente aos motoristas e 
cobradores, facilitada pelo fraco movimentosindical da categoria, de forma 
geral. 
 
A disputa pelo usuário também é acirrada, havendo necessidade de 
constante adequação da organização do trabalho, como ajustes na escala 
de horários de operação, além de orientação aos motoristas e cobradores 
para a agilidade no serviço na tentativa de angariar o máximo de passageiros, 
o que pode acarretar direção agressiva por parte dos motoristas, com 
desenvolvimento de altas velocidades, fechadas na aproximação dos 
pontos de parada. 
 
Cabe ao fiscal do transporte coletivo ficar atento ao trabalho desses 
profissionais, auxiliando-os a prestar melhores serviços e orientando suas 
atividades. Os ficais devem estar atentos ao desempenho nas atividades de 
motoristas, cobradores e bilheteiros, mas deverão, também, auxiliar na 
garantia de que esses profissionais tenham boas condições de trabalho.
48
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Uma das atividades diárias do 
motorista, ele deve preencher ou auxiliar os fiscais com os 
relatórios de bordo (arrecadação), de venda de bilhetes e de 
ocorrências. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O cobrador deve sempre 
habilitar-se e atualizar-se periodicamente para conduzir 
ônibus. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
Atividades
49
Referências
BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão 
do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. 
Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/
decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017.
DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de 
vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990.
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos 
Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. 
Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_
Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. 
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, 
Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema 
de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988.
FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus 
usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. 
MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte 
e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 
2006.
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. 
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017.
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV 
Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências 
de Regulação. Manaus, 2005.
PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em 
gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 
50
UNIDADE 6 | ATENDIMENTO AOS 
USUÁRIOS E FUNCIONÁRIOS 
DAS EMPRESAS
51
Unidade 6 | Atendimento aos Usuários e 
Funcionários das Empresas
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à 
unidade 6! Uma das principais funções dos 
fiscais do transporte urbano é manter-
se em contato com usuários, motoristas, 
cobradores e setores das empresas 
operadores e do órgão gestor. Os fiscais 
são o elemento de ligação entre esses 
diversos agentes do transporte. Vamos 
conhecer agora algumas atividades de 
comunicação que os fiscais executam no 
atendimento aos usuários e na orientação 
aos motoristas e cobradores, bem como à 
central da empresa. 
Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final da unidade você alcançou os 
seguintes objetivos:
• Conhecer atividades que envolvem o contato e a comunicação desenvolvidos pelo 
fiscal do transporte urbano;
• Apresentar as atividades de atendimento aos usuários;
• Conhecer as situações em que o fiscal repassa informações aos motoristas, 
cobradores, empresas operadoras e órgão gestor.
52
1 Introdução
 c
Uma das principais funções dos fiscais de transporte urbano é a 
atividade de atendimento aos usuários. O fiscal deve repassar 
aos passageiros as informações pertinentes ao transporte. 
Em diversas situações rotineiras ou imprevistas o fiscal deverá comunicar-se com 
motoristas e cobradores, além de entrar em contato com a central da empresa 
operadora e com setores do órgão gestor dentro e fora dos terminais. Vamos agora 
conhecer essas atividades. 
2 A Comunicação e o Atendimento aos Usuários
O fiscal do transporte urbano é responsável por prestar informações aos passageiros 
do sistema. Esse profissional possui as informações mais atualizadas e detalhadas 
em relação à operação do transporte urbano, incluindo os dados sobre os horários 
das viagens programadas, os itinerários de cada linha de transporte, o tipo de veículo 
utilizado em cada linha, o nome da empresa operadora e o local correto em que o 
veículo deve parar.
 e
Nos casos em que ocorram anormalidades no sistema, o fiscal 
do transporte urbano deve comunicar aos usuários possíveis 
alterações na programação operacional, alertando-os para as 
falhas nas viagens programadas, seus motivos e eventuais 
mudanças nos horários programados ou nos itinerários das 
linhas. Cabe ao fiscal orientar e esclarecer os usuários sobre 
essas alterações. 
53
3 Cuidados com os Objetos Encontrados
O fiscal é responsável por recolher objetos encontrados nas áreas de plataforma 
dos terminais urbanos e dentro dos veículos. Ao recolher esses objetos o fiscal 
deverá encaminhá-los imediatamente ao setor de achados e perdidos do terminal, 
esclarecendo aos funcionários do setor a data, hora e local exatos onde o objeto foi 
encontrado. 
 h
Caso o objeto tenha sido encontrado na área interna de um 
veículo do sistema, é extremamente importante que o fiscal 
anote o número da linha e número do veículo, bem como o 
horário da viagem na qual foi encontrado o objeto. Essas 
informações irão auxiliar o setor de achados e perdidos a realizar 
o arquivamento e a devolução do objeto com maior segurança e 
confiabilidade.
4 A Comunicação com os Motoristas e Cobradores
Muitas vezes os fiscais são comunicados sobre eventuais dificuldades que os motoristas 
enfrentaram durante uma viagem no veículo de transporte urbano. Ao receber estas 
informações, o fiscal deve comunicar e orientar os outros motoristas sobre as condições 
ou dificuldades nas vias.
Um exemplo dessas situações ocorre quando uma via é interrompida. Diversos podem 
ser os motivos da interrupção (uma passeata, uma enchente, obras na pista, um 
acidente grave). O fiscal, ao saber dessa interrupção na via, deve comunicar a todos os 
demais motoristas que operem linhas com itinerário coincidente que determinada via 
apresenta problemas de tráfego.
54
5 Repassando Informações à Empresa ou à Central
 e
Nos casos de ocorrências de acidentes com equipamentos ou 
com veículos, é função do fiscal do transporte urbano comunicar 
imediatamente o fato aos setores responsáveis. 
Caso a ocorrência seja nas áreas internas ao terminal e o fiscal acompanhe a situação, 
ele deverá entrar em contato pessoalmente com a central, agilizando o processo de 
atendimento à ocorrência. Caso o fiscal esteja trabalhando em locais fora dos terminais, 
ele deverá entrar em contato imediatamente com a central, utilizando-se dos rádios de 
comunicação, informando o tipo de ocorrência e o local preciso em que aconteceu o 
incidente. 
Em ambos os casos o fiscal deverá redigir e encaminhar ao setor responsável uma 
comunicação interna, relatando o ocorrido com todos osdetalhes, incluindo os dados 
sobre data, horário e equipamentos ou veículos envolvidos. 
 e
É importante que o fiscal inclua uma avaliação sobre as avarias e 
as condições em que se encontram o equipamento ou o veículo. 
As informações relatadas pelo fiscal serão utilizadas nos 
processos administrativos e devem, portanto, ser a mais 
detalhada possível.
55
Resumindo 
 
O fiscal do transporte urbano acompanha o dia a dia do transporte nos 
terminais e nos principais pontos de parada dos veículos. Muitas vezes 
esses profissionais são procurados pelos usuários do transporte que 
desejam tirar alguma dúvida, fazer perguntas, obter informações sobre 
horários e itinerários dos ônibus, etc. Mas não somente os passageiros que 
precisam dessas informações. Motoristas e cobradores também precisam 
ser informados sobre as condições das vias e dos terminais. Além disso, 
setores administrativos dos terminais e das empresas precisam ser 
informados sobre alterações e ocorrências indesejadas, podendo assim 
atuar para solucionar eventuais falhas.
56
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Nos casos em que ocorram 
anormalidades no sistema, o motorista do transporte urbano 
deve comunicar aos fiscais as possíveis alterações na 
programação operacional, alertando-os para as falhas nas 
viagens programadas, seus motivos e eventuais mudanças 
nos horários programados ou nos itinerários das linhas. Cabe 
ao cobrador orientar e esclarecer os usuários sobre essas 
alterações. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Nos casos de ocorrências de 
acidentes com equipamentos ou com veículos, é função do 
fiscal do transporte urbano comunicar imediatamente o fato 
aos setores responsáveis. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
57
Referências
BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão 
do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. 
Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/
decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017.
DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de 
vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990.
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos 
Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. 
Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_
Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. 
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, 
Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema 
de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988.
FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus 
usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. 
MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte 
e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 
2006.
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. 
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017.
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV 
Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências 
de Regulação. Manaus, 2005.
PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em 
gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 
58
UNIDADE 7 | O CONTROLE DOS 
VEÍCULOS E DOS CONDUTORES
59
Unidade 7 | O Controle dos Veículos e dos 
Condutores
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 7! Nesta unidade, conheceremos as atividades 
desenvolvidas pelos fiscais do transporte urbano relacionadas aos veículos, condutores e 
suas escalas de trabalho. Vamos entender como os fiscais organizam as viagens e definem 
os veículos e condutores que irão trabalhar em cada viagem do transporte.
Para concretizar os seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou 
os seguintes objetivos:
• Compreender a atividade de controle dos veículos;
• Conhecer a atividade de verificação das condições dos veículos;
• Entender como os fiscais determinam os horários e as escalas de trabalho.
1 Introdução
A organização da operação dos transportes se dá a partir da realização das atividades 
do fiscal, que tem a função de acompanhar e registrar o fluxo de veículos e as escalas 
de condutores. A seguir, serão apresentadas as principais atividades desenvolvidas por 
esse profissional, que contribuem para um adequado funcionamento da operação.
60
2 Controlar os Horários de Chegada e de Saída dos Veículos
Dentre as funções exercidas pelo fiscal, uma das mais 
importantes é o controle dos horários de saída e de 
chegada de veículos. O controle dos horários ajuda a 
acompanhar a frequência de partidas dos ônibus e, 
caso necessário, remanejar veículos e motoristas para 
outros horários. Além disso, os dados de frequência 
devem ser repassados ao órgão gestor, para 
acompanhamento da quantidade e dos horários das 
viagens que estão sendo realizadas pelas empresas.
Além de controlar os horários de chegada e saída 
dos veículos, o fiscal deve verificar se os motoristas 
e cobradores da viagem iniciada e terminada 
correspondem aos funcionários escalados para 
aquela viagem durante a programação.
3 Verificando as Condições do Veículo e dos Equipamentos 
Assim que o ônibus chega, o fiscal deve 
aferir os dados registrados pelo tacógrafo 
ou equipamento similar. Esse profissional 
retira o disco do tacógrafo do veículo 
e anota os dados contidos no disco 
(quilometragem, velocidade, horário, 
etc.). Além de aferir os valores registrados, 
o fiscal deve efetuar a troca do disco do 
equipamento, preparando-o para iniciar a 
próxima viagem.
61
O fiscal deve verificar, também, as informações contidas nas placas de itinerários que 
ficam localizadas nas laterais, na frente do veículo e na parte interna. Além das placas 
de itinerário o fiscal deve verificar as informações contidas nos letreiros, tais como 
nome e número da linha.
Cabe à fiscalização do transporte verificar a limpeza externa dos veículos, possíveis 
estragos e conferir alguns equipamentos. Caso o fiscal encontre avarias nos ônibus 
que chegam, ele deve perguntar ao motorista e em seguida preencher a ficha de danos 
encaminhando-a ao setor responsável da empresa. 
A verificação das condições internas do veículo é sempre realizada na chegada destes, 
no intervalo entre a viagem que acabou de ser cumprida e a viagem que irá ser iniciada. 
É função do fiscal examinar as condições de higiene e limpeza da área interna e do 
mobiliário. 
O fiscal deve verificar, também, se foram esquecidos objetos e se o mobiliário e os 
equipamentos estão em ordem e no lugar correto. O fiscal prepara o veículo para 
iniciar a próxima viagem.
4 Preparar as Escalas dos Motoristas e de Veículos
Lembre-se que o fiscal do transporte urbano é responsável por toda a administração da 
frota. Dessa forma, para elaborar os quadros horários das viagens você deverá verificar 
a disponibilidade de veículos e de condutores. A partir dessas informações, você já 
poderá realizar o planejamento de utilização da frota, compatibilizando a demanda 
pelo serviço com a frota disponível. 
Além de elaborar as escalas dos veículos, o fiscal deve definir para cada viagem o 
motorista e o auxiliar responsável (cobrador). Caso ocorram imprevistos, tais como 
acidentes ou quebra de veículos, será necessário redimensionar a utilização da frota e 
remanejar os veículos de forma a causar o menor impacto possível na operação. 
Analisandoa demanda, ou seja, as pessoas que precisam utilizar o serviço de transporte, 
o fiscal deve adequar os horários de saída dos veículos com o objetivo de oferecer 
aos usuários o transporte necessário nos horários de maior movimento, inclusive 
realizando adaptações nos dias atípicos (festas, feriados). 
62
Na administração da frota o fiscal programa as datas em que os veículos estarão 
disponíveis para manutenção e revisão. Além disso, durante a operação, o fiscal deverá 
acompanhar o rastreamento dos veículos e monitorar seu desempenho ao longo do 
percurso quando estas tecnologias estiverem disponíveis. 
Para definição das escalas dos condutores deverá ser respeitado os intervalos entre 
as jornadas de trabalho e a carga horária definida para cada condutor. Além disso, 
terão que ser analisadas as solicitações de condutores e auxiliares, remanejando ou 
substituindo estes profissionais caso seja necessário. Deverá lembra-se, também, de 
considerar os períodos de férias, folgas e de trocas de horários.
Resumindo 
 
Nesta unidade foi possível perceber a importância e as responsabilidades 
do fiscal do transporte urbano. Vimos que esse profissional é um elemento-
chave, pois sua atividade propicia o bom andamento das operações, sem 
atrasos e com possíveis correções frente a algum imprevisto. O fiscal é o 
profissional responsável pelo bom andamento da operação de transporte, 
verificando se tudo está de acordo com a programação e agindo nas 
situações inesperadas.
63
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Dentre as funções exercidas 
pelo fiscal, uma das mais importantes é o controle dos 
horários de saída e de chegada de veículos. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Na administração da frota o 
fiscal programa as datas em que os veículos estarão 
disponíveis para manutenção e revisão. Porém, durante a 
operação, o fiscal não deverá acompanhar o rastreamento 
dos veículos e monitorar seu desempenho ao longo do 
percurso quando estas tecnologias estiverem disponíveis. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
64
Referências
BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão 
do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. 
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decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017.
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vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990.
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos 
Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. 
Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_
Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. 
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, 
Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema 
de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988.
FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus 
usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. 
MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte 
e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 
2006.
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. 
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017.
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV 
Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências 
de Regulação. Manaus, 2005.
PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em 
gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 
65
UNIDADE 8 | O FLUXO DE 
USUÁRIOS E PROVIDÊNCIAS 
NAS OCORRÊNCIAS
66
Unidade 8 | O Fluxo de Usuários e Providências nas 
Ocorrências
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 8! Nesta unidade vamos conhecer a atividade 
realizada pelo fiscal de acompanhamento e controle do fluxo e do comportamento dos 
usuários do sistema de transporte. Vamos apreender, também, a agir nas situações de 
emergência, conhecendo a forma correta de agir.
Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final desta unidade você alcançou os 
seguintes objetivos:
• Conhecer a atividade de fiscalização dos usuários;
• Aprender a avaliar e controlar o comportamento dos passageiros;
• Apresentar ações importantes nas situações de ocorrências.
1 Introdução
Muitas vezes pensamos que o fiscal do transporte urbano atua somente fiscalizando 
as empresas operadoras e o serviço que estas empresas oferecem aos usuários do 
sistema de transportes. No entanto, os fiscais são responsáveis, também, por controlar 
os passageiros e fiscalizar seu comportamento.
Vamos aprender agora como o fiscal deve agir para impedir um mau comportamento 
dos usuários e como agir nas ocorrências de acidentes ou situações inesperadas? 
67
2 Fiscalizando o Fluxo e o Comportamento dos Usuários 
O fiscal do transporte urbano deve 
zelar pela qualidade do transporte 
e isso envolve, também, fiscalizar o 
comportamento dos seus passageiros. 
É tarefa do fiscal verificar o acesso dos 
passageiros aos terminais e veículos, 
evitando a ocorrência de fraudes ou 
situações irregulares. O fiscal deve 
verificar, por exemplo, a ocorrência de 
passageiros que entram no sistema 
sem pagar tarifa, pulando a catraca ou 
entrando pela porta de saída.
O fiscal deve verificar também as fraudes que ocorrem com o uso irregular de bilhetes 
especiais e de crachás de passe livre. Por exemplo, os passageiros idosos são isentos 
de pagamento da tarifa e podem acessar o transporte sem pagar nada por isso. No 
entanto, essas pessoas devem estar cadastradas no sistema e possuem, para isso, um 
crachá que permite esse livre acesso. O mesmo pode ocorrer com algumas categorias 
de funcionários públicos, tais como: carteiros, professores, policiais, dentre outros.
 e
É tarefa do fiscal verificar se a identificação desses passageiros 
está sendo exigida na entrada do veículo ou do terminal e se os 
portadores do documento são os seus proprietários. É proibido 
por lei utilizar documentos de outra pessoa para acessar o 
transporte gratuitamente.
O fiscal deve estar atento para a comercialização de bilhetes, passes e crachás falsos. 
A venda destes também é proibida por lei e somente poderá ser efetuada por pessoas 
previamente autorizadas. Caso o fiscal identifique um passageiro portando bilhetes, 
passes ou crachás falsificados, ele deverá recolher imediatamente estes objetos e 
conduzi-lo para fora do sistema ou convidá-lo a efetuar a compra de bilhetes originais.
68
Por fim, nas atividades de controle do comportamento dos passageiros, o fiscal deve 
verificar as áreas de embarque e fiscalizar o fluxo de usuários, evitando as situações 
de perigo ou que coloquem em risco tanto passagei¬ros como veículos. O fiscal deve 
estar atento aos comportamentos irregulares, suspeitos ou que ocasionem tumulto ou 
confusão nas plataformas. 
3 Como Agir nos Casos de Ocorrências 
 h
Nos casos em que ocorram situações inesperadas, tais como 
uma via interrompida, uma ponte que caiu, um acidente ao 
lon¬go do itinerário, o fiscal deverá estabelecer imediatamente 
um caminho alternativo, comunicando-o por rádio aos motoristas 
que estiverem no meio de sua viagem. Aos motoristas que ainda 
não iniciaram a viagem, o fiscal deverá comunicar a alteração do 
itinerário e explicar detalhadamente o caminho alternativo.
Caso o terminal ou parada possua 
letreiros com mensagens dinâmicas 
(letreiros eletrônicoscom avisos), o fiscal 
deverá solicitar ao setor responsável 
que inclua uma mensagem com esta 
alteração para que os usuários também 
sejam comunicados sobre as mudanças.
Nos casos de acidentes envolvendo 
veículos do sistema, o fiscal é responsável 
por emitir um boletim interno sobre o 
acidente e fornecer os dados completos para gerar um boletim de ocorrência junto à 
Policia Militar do município. 
69
 e
Os dados fornecidos pelo fiscal serão utilizados em processos 
administrativos e, eventualmente, em processos criminais. 
Portanto o fiscal poderá ser convocado a testemunhar sobre o 
acidente ou ser convidado a opinar em comissão de análise de 
acidentes e ou ocorrências. Para isso é recomendável que ele 
anote e registre todos os dados pertinentes, garantindo assim 
que estes dados possam ser usados no futuro.
Resumindo 
 
O fiscal do transporte urbano é o principal responsável pela manutenção 
das condições de segurança e de bom comportamento de motoristas, 
cobradores e de passageiros. O fiscal deve estar sempre atento às fraudes 
do sistema. Muitas pessoas acreditam que ao fraudar o sistema estão 
prejudicando a empresa de transporte ou a prefeitura. No entanto, ao 
contrário do que muitos pensam, os prejuízos com as fraudes do sistema 
são pagos pelos demais usuários, pois, de uma forma ou de outra, isso se 
reflete em um aumento de tarifas. Os prejuízos são distribuídos, portanto, 
entre os usuários que pagam para usar o sistema. 
 
Além de coibir as fraudes os fiscais são responsáveis por acompanhar as 
ocorrências que envolvam veículos ou motoristas do sistema. Os dados 
registrados pelo fiscal são utilizados posteriormente para o encaminhamento 
de processos, devendo ser o mais próximo possível da verdade. É importante 
agir corretamente e com precisão.
70
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Não é papel do fiscal verificar 
as fraudes que ocorrem com o uso irregular de bilhetes 
especiais e de crachás de passe livre. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O fiscal do transporte urbano 
é o principal responsável pela manutenção das condições de 
segurança e de bom comportamento de motoristas, 
cobradores e de passageiros. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
71
Referências
BRASIL. Decreto n. 5.233, de 6 de outubro de 2004. Estabelece normas para a gestão 
do Plano Plurianual 2004-2007 e de seus Programas e dá outras providências. 
Brasília, 2004. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/
decreto-5233-6-outubro-2004-534285-norma-pe.html>. Acesso em: maio 2017.
DENTON, D. K. Qualidade em serviços: o atendimento ao cliente como fator de 
vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1990.
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ministério dos 
Transportes. Manual de estudos de tráfego: versão preliminar. Brasília, 2006. 
Disponível em: <http://www1.dnit.gov.br/normas/download/Manual_de_Estudos_de_
Trafego.pdf>. Acesso em: maio 2017. 
EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Planejamento da operação, 
Diagnóstico do sistema existente. Módulo de treinamento, STPP, Gerência do Sistema 
de Transporte Público de Passageiros, Brasília, 1988.
FREDERICO, C. S.; NETTO, C. J.; PEREIRA, A. L. S. Transporte metropolitano e seus 
usuários. Estudos avançados, São Paulo, v. 11, n. 29, p. 413-428, jan./abr. 1997. 
MCIDADES – Ministério das Cidades. Ministério das Cidades, Secretaria de Transporte 
e da Mobilidade Urbana. Mobilidade e desenvolvimento urbano. Brasília: MCidades, 
2006.
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupações. 
Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: maio 2017.
PAROLIN, F. Princípios para a atuação do poder público em mobilidade urbana. In: IV 
Congresso Brasileiro de Regulação da ABAR – Associação Brasileira de Agências 
de Regulação. Manaus, 2005.
PMI – Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em 
gerenciamento de projetos: guia PMBOK. Pensilvânia: PMI, 2004. 
72
UNIDADE 9 | O PREENCHIMENTO 
DE RELATÓRIOS E A 
ADMINISTRAÇÃO DE VALORES
73
Unidade 9 | O Preenchimento de Relatórios e a 
Administração de Valores
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 9! O fiscal do transporte urbano é 
responsável pelo preenchimento de di¬versos relatórios relacionados à operação do 
transporte. Além disso, o fiscal deve controlar a arrecadação em cada viagem e anotar os 
dados das catracas. Nessa unidade vamos conhecer alguns dos documentos que devem 
ser pre¬enchidos pelo fiscal do transporte urbano, responsável por relatar todos os dados 
e ocorrências relacionadas à produção do transporte.
Para concretizar seus conhecimentos, verifique se ao final da unidade você alcançou os 
seguintes objetivos:
• Entender a atividade que envolve a administração de valores de cada viagem;
• Apresentar os principais relatórios que o fiscal deve preencher;
• Conhecer os principais dados solicitados em cada relatório.
1 Introdução
O fiscal do transporte urbano é responsável pelo preenchimento de diversos relatórios, 
tais como: relatórios com informações de situações ocorri¬das em seu plantão, relatório 
de fiscal de ponto, relatórios de bordo e de arrecadação, relatório de ocorrências e 
relatórios sobre emissão de poluentes, dentre outros. Vamos conhecer melhor estas 
atividades.
74
2 Controle dos Bilhetes e das Catracas 
Uma das principais funções do fiscal do transporte urbano é o controle da bilhetagem, 
ou seja, o controle de arrecadação de cada viagem realizada. No início de cada viagem 
o fiscal deverá conferir e anotar os dados da catraca (numeração da catraca) e conferir 
o valor disponível em dinheiro para troco da venda das passagens. 
Ao fim de cada viagem o fiscal confere 
e anota os dados da catraca, calculando 
o número referente à quantidade de 
passageiros pagantes transportados 
por aquela viagem. O fiscal confere e 
anota, também, o valor arrecadado em 
cada viagem, separando a arrecadação 
por tipo: dinheiro, vale transporte, passe 
estudantil, bilhete de integração com 
outros modos, etc.
 e
Além de conferir os números registrados pela catraca, o fiscal 
deve conferir se a catraca apresenta o lacre e se este se 
apre¬senta inviolado. O fiscal recolhe os valores arrecadados e 
admi¬nistra o estoque de bilhetes e de troco que devem seguir 
para a próxima viagem.
É importante mencionar que atualmente vários municípios já implanta¬ram o sistema 
de catracas eletrônicas. Um dos principais motivos dessa mu¬dança foi a melhoria na 
segurança de passageiros, cobradores e motoristas, pois existe menor movimentação 
de dinheiro em cada viagem, reduzindo assim as possibilidades de assalto. 
Outro fator que levou à adoção desta tecnologia foi a busca pela redução na evasão de 
receita, ou seja, os desvios do dinheiro arrecadado com a venda de passagens a bordo. 
75
 e
O caso típico que ilustra essa evasão de recursos, que é 
prejudicial ao sistema, ocorre quando o cobrador recebe o valor 
da passagem, não gira a catraca e o passageiro desembarca pela 
mesma porta em que entrou. O valor dessa passagem não é 
contabilizado pelo sistema e os outros passageiros acabam 
pagando por esse desvio.
3 Relatórios Que o Fiscal Deve Preencher 
O fiscal do transporte é responsável por preencher diversos documentos relacionados 
à operação do transporte. Os principais documentos são: o registro de plantão; o 
relatório de fiscal de ponto; o relatório de bordo e de arrecadação; o relatório de 
ocorrências e o relatório de emissão de poluentes.
3.1 Registro de Plantão
O registro de plantão é o documento que contém uma descrição de todas as ocorrências 
que foram percebidas em seu plantão. O fiscal

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