Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CARDIOPATIA ISQUÊMICA Adilson Rego da Silva Junior ISQUEMIA MIOCÁRDICA Desequilíbrio entre o suprimento sanguíneo (perfusão) e a demanda de oxigênio do miocárdio Geralmente causada por redução do fluxo sanguíneo coronariano Outras causas: demanda de O2 aumentada, redução da capacidade de transporte de O2, envenenamento por CO SÍNDROMES Todas causadas por manifestações tardias da aterosclerose coronariana Síndrome coronariana aguda: angina instável, IAM e morte súbita SÍNDROMES Angina estável: dor torácica após esforço físico Angina instável: progressiva, podendo ocorrer mesmo em repouso; fissura ou ruptura da placa, agregação plaquetária e formação de trombo Angina de Prinzmetal: ocorre por vasoespasmo SÍNDROMES Infarto (IAM): isquemia com duração e gravidade para causar morte do miocárdio; trombose aguda por ruptura da placa Insuficiência cardíaca: progressiva, descompensação após IAM Morte súbita cardíaca: arritmia letal FATORES DE RISCO Aterosclerose Tabagismo Hipertensão Diabetes Hipercolesterolemia PATOGENIA Aterosclerose preexistente (fixa) Nova trombose e/ou vasoespasmo Obstrução de 70 a 75% causa angina, com demanda aumentada Obstrução de 90%: isquemia mesmo em repouso Obstrução lenta: forma perfusão colateral PLACA DE ATEROMA Ruptura, fissura ou ulceração da placa por estresse mecânico Hemorragia para o interior do centro da placa, aumentando a obstrução Estatinas: reduz lipídios Inflamação Trombo Vasoconstricção IAM Necrose do músculo cardíaco resultante de isquemia A maioria é causada por trombose arterial coronariana aguda OCLUSÃO CORONARIANA Rompimento da placa de ateroma Agregação plaquetária Vasoespasmo pela agregação plaquetária Ativação da coagulação Aumento do trombo em minutos Os trombos podem regredir espontaneamente por lise ou por relaxamento do espasmo RESPOSTA À ISQUEMIA Baixa concentração de O2 Produção de ácido láctico Perda da contratilidade em poucos minutos Alterações reversíveis Morte celular somente após 20 a 40 minutos Necrose de coagulação Acomete mais a região subendocárdica *Arritmias (instabilidade elétrica) LESÃO DO IAM Depende... Da localização, gravidade e grau da oclusão Do tempo da oclusão Da necessidade metabólica do músculo lesado Do tamanho da circulação colateral MORFOLOGIA NO IAM MACROSCOPIA: Quase todos os IAMs acometem o ventrículo esquerdo ou o septo ventricular Os achados dependem do tempo de início do IAM: menos de 12h – sem alterações expressivas; zona pálida não corada 12 a 24h – área descorada, vermelho-azulada 10 a 12 dias – tecido de granulação hiperemiado semanas – cicatriz fibrosa MORFOLOGIA NO IAM MICROSCOPIA: 4 a 12h – necrose de coagulação A necrose provoca uma inflamação aguda Tecido de granulação após 2 a 3 semanas Cicatriz colágena das bordas para o centro QUADRO CLÍNICO Dor torácica em aperto Irradiação para o pescoço, mandíbula, membro superior esquerdo ou epigástrio Pode durar várias horas Não melhora com repouso Náuseas e sudorese EXAMES ECG Laboratório: troponina T e I * CK-MB * CK mioglobina * Alta especificidade e sensibilidade; aumentam entre 2 a 4h após o infarto TRATAMENTO Reperfusão: Trombólise (estreptoquinase) Angioplastia com balão Bypass COMPLICAÇÕES Disfunção contrátil Arritmias Ruptura do miocárdio Pericardite Expansão do infarto Aneurisma ventricular Progressão da insuficiência cardíaca *Todas dependem do tamanho do infarto, localização e espessura da parede miocárdica lesada INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Cardiomiopatia isquêmica crônica Em decorrência de uma isquemia miocárdica Descompensação cardíaca pós-infarto Exaustão funcional após a hipertrofia do miocárdio viável Morfologia: coração com aumento de tamanho e peso, devido à hipertrofia e à dilatação ventricular MORTE SÚBITA CARDÍACA Morte inesperada, devida a causas cardíacas Geralmente causada por uma arritmia (fibrilação ventricular) Morfologia: aterosclerose grave com estenose maior que 75% em um ou mais do 3 vasos principais (DAE, CE, ACD) CARDIOPATIA HIPERTENSIVA INTRODUÇÃO Relacionada com a hipertensão e, com isso, com a hipertrofia miocárdica Fisiopatologia da hipertrofia ventricular: Sobrecarga por pressão – hipertrofia concêntrica, espessura aumentada da parede, redução do diâmetro da cavidade Sobrecarga de volume – dilatação ventricular * Aumento de massa muscular, com aumento de consumo de O2 CARDIOPATIA HIPERTENSIVA SISTÊMICA História de hipertensão + hipertrofia ventricular esquerda Morfologia: hipertrofia ventricular esquerda sem dilatação, com aumento da espessura da parede e diminuição do enchimento do ventrículo; aumento atrial esquerdo Tratamento: controle da PA CARDIOPATIA HIPERTENSIVA PULMONAR Cor pulmonale Hipertrofia ventricular direita com dilatação Devida à hipertensão pulmonar (doenças do parênquima e da vascularização) COR PULMONALE Agudo: acompanhado de embolia pulmonar maciça e obstrução de mais de 50% do leito vascular pulmonar Crônico: secundariamente à sobrecarga prolongada de pressão da vasculatura pulmonar (obstrução ou compressão) MORFOLOGIA Agudo: dilatação ventricular, sem hipertrofia Crônico: hipertrofia ventricular direita; placas de ateroma nas artérias pulmonares
Compartilhar