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EDUCAÇÃO FÍSICA – TENDÊNCIAS PEDAGOGICAS Texto para Avaliação de Recuperação em MEEF – Professora Suzi Dia – 05/04 – Turma 4º AM ( avaliação) Dia – 07/04 – Turma 4º AT ( avaliação) EDUCAÇÃO FÍSICA HIGIENISTA A Ed. Física Higienista é produto do pensamento liberal, principalmente no âmbito da escola,como “redentora da humanidade”. É uma concepção particularmente forte nos anos finais do Império e no período Primeira República (1889-1930). Nesta época ainda chamada de Ginástica, tinha seu objetivo na ênfase em relação à saúde em primeiro plano. Para tal concepção, cabe à Ed. Física um papel fundamental na formação de homens e mulheres sadios, fortes, dispostos à ação, preocupada com o saneamento pública, na busca de uma sociedade livre das doenças infecciosas. EDUCAÇÃO FÍSICA MILITARISTA A influência militarista na Educação Física brasileira seja um componente forte e duradouro. Em 1921, através de decreto, impôs-se ao país como método oficial, o famoso “Regulamento n. 7”, ou” Método do Exército Francês”.Em 1931,colocou a Ed. Física como disciplina obrigatória nos cursos secundários, o “método Francês” foi estendido à rede escolar.Em 1933 foi fundada a Escola de Educação Física do Exército, que praticamente funcionou e coordenou o pensamento militarista durante as duas décadas seguintes. Sua concepção era o “aperfeiçoamento da raça”, funcionando como atividade de “aceleradora do processo de seleção natural”, e tinha como princípios o homem adestrado e obediente. A Ed. Física Militarista é a obtenção de uma juventude capaz de suportar o combate, a luta, a guerra, portanto ela deveria ser suficientemente rígida. EDUCAÇÃO FÍSICA PEDAGOGICISTA A Educação Física Pedagogicista é, pois, a concepção que vai reclamar da sociedade a necessidade de encarar a Ed. Física não somente como prática capaz de promover saúde ou disciplinar a juventude, mas ser uma prática eminentemente educativa. Os seus conteúdos não só instrui como também educa, por ser um instrumento capaz de levar a juventude a aceitar as regras de convívio social e suas peculiaridades culturais, físico-morfológicas e psicológicas. Esta concepção ganha força principalmente no período pós guerra (1945-1964). P liberalismo subjacente à Ed. Física Pedagogicista está impregnado das teorias psicopedagógicas de DEWEY e da sociologia de DURKHEIM. Todavia, essa nova concepção inaugura formas de pensamento que alteram a prática da Educação Física e a postura do professor. EDUCAÇÃO FÍSICA COMPETITIVISTA A partir dos anos 20 e 30, o” desporto de alto nível” ganhou espaço no interior das sociedade e, consequentemente, da Educação Física. Nos anos 60-70, o desporto de alto nível fica subjugada a Ed. F., tentando colocá-la como mero apêndice de um projeto que privilegia o Treinamento Desportivo. Como a Ed. Física Militarista, Ed. F. Competitivista também está a serviço de uma hierarquização e elitização social. Seu objetivo fundamental é a caracterização da competição e da superação individual como valores fundamentais e desejados para uma sociedade moderna, a Ed. Física volta-se para o culto do atleta-herói. No âmbito da Ed. Física Competitivista, a ginástica, o treinamento, os jogos recreativos etc. ficam submetidos ao desporto de elite e performance. EDUCAÇÃO FÍSICA POPULAR No final da Ditadura do Estado, veio à tona o Movimento Operário e Popular, formando assim ,os Comitês Populares Democráticos, preocupados co o sistema educacional e também com a questão do lazer e da Educação Física, reivindicando do Poder Público, mais escolas , quadras esportivas, jardim de infância e praças. Ao contrário das concepções anteriores, a Ed. Física Popular não revela uma produção teórica (livros, períodos, teses etc.), ela se sustenta quase que exclusivamente numa “teorização” transmitida oralmente entre gerações de trabalhadores deste país. Todavia, e possível resgatar uma concepção de Ed. Física que, veio historicamente se desenvolvendo com e contra as concepção ligadas à ideologia dominante. Ela não se preocupa com a saúde publica, pois esta questão esta ligada a organização econômica e política do país, tão pouco se preocupa e nem pretende disciplinar “homens” e muito menos está voltada para busca de medalhas. Ela é, antes de tudo, ludicidade e cooperação, e aí o desporte, a dança, a ginástica, assumem um papel de promotores da organização e mobilidade da classe trabalhadora. EDUCAÇÃO FÍSICA CRÍTICO SOCIAL A Educação Física até a década de 70 não encontra oposição a perspetiva conservadora que reveste suas práticas. A aptidão física, a esportivização e a idéia de neutralidade da prática pedagógica eram o ideal da época. A partir da década de 80, como vários autores assinalam ( Bracht,1992; Coletivo de Autores, 1992; Castellani Filho,1994; e outros.), a Ed. Física passa por movimentos renovadores e é nesse âmbito que se pode localizar a concepção conhecida por pedagogia crítico-social. Nessa perspectiva de Educação Física o objetivo não é o aprimoramento das capacidades física ou o rendimento esportivo, mas sim o de propiciar aos alunos a apropriação crítica da cultura corporal historicamente produzida pela humanidade. Dentro desta perspectiva, a Educação Física se reestrutura como prática re-flexiva, uma atividade capaz de olhar a si própria no decorrer do seu desenvolvimento, e que os conteúdos tradicionais da Educação Física possuem uma história. O professor deve organizar o processo educativo de tal modo a possibilitar ao aluno a apropriação da cultura historicamente elaborada pela humanidade, ou seja, a Educação Física deverá deixar de ser uma “prática cega”, para transformar-se num real complexo educacional capaz de efetivamente desenvolver as tão proclamadas potencialidades humanas.
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