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Resumo: Doenças Inflamatórias Intestinais

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Halbert Villalba
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS
	Várias são as alterações intestinais inflamatórias causadas por vírus, bactérias ou parasitas maiores. No entanto há duas lesões inflamatórias intestinais de causa desconhecida, sendo denominadas de doenças inflamatórias intestinais (DII). Estas duas alterações inflamatórias serão discutidas, visto sua importância e freqüência de ocorrência.
Doença de Crohn
 
	Definição: Distúrbio inflamatório, recidivante, crônico, de origem desconhecida, pode afetar qualquer porção do trato gastrointestinal do esôfago até o ânus, mas na maioria das vezes envolve o intestino delgado e o cólon.
	Afeta:
Intestino delgado sozinho – 30%;
Intestino delgado + cólon – 50%;
Apenas o cólon – 20% (Colite de Crohn);
Principal diagnóstico diferencial é com a Colite Ulcerativa.
Distribuição mundial, sendo mais prevalente nos EUA (3 a 10 / 100.000 hab.), Grã-Bretanha e Escandinávia do que na Europa Central e é rara na Ásia e África. 
Ocorre principalmente na 2a. e 3a. década de vida; pode ocorrer em qualquer idade;
Ligeira predominância para o gênero Feminino;
Afetando boca, laringe, esôfago, estômago, pele e outros pontos.
A Doença de Crohn resulta de uma reação anormal (imune?) geneticamente condicionada a um antígeno microbiano ou auto-antígeno. Porém considera-se também:
Causas infecciosas – micobactérias, vírus RNA ñ caracterizados, E.coli;
Reatividade anormal – ativação do sistema imune, levando a produção e liberação de várias interleucinas, com ativação de células NK e células T.
Fatores da dieta – Dietas refinadas;
Influências Psicossomáticas – levando principalmente a gerar recidivas, sendo difícil à correlação de causa e efeito.
MORFOLOGIA
Alterações macroscópicas:
Lesões inflamatórias em salto;
Hiperemia, edema e consistência mole da parede;
Ulcerações superficiais pequenas iniciais que se coalescem e formam grandes lesões ulceradas serpinginosas separadas por espessamento nodulares de mucosa, aspecto de “pavimento”.
Luz intestinal estreita nas áreas afetadas;
Fibrose mesentérica;
Micro abscessos;
Espessamento mural.
Aspectos Microscópicos:
Reação inflamatória transmural crônica (linfócitos, plasmócitos e hsitiócitos com neutrófilos nas regiões ulceradas);
Fibrose em todas as camadas (submucosa e serosa);
Granulomas em 40 a 60% dos casos, ñ caseosos;
Alterações displásicas nas células epiteliais da mucosas (focais ou difusas) - aumento no índice de câncer de cólon;
Evolução Clínica:
Episódios recorrentes de diarréia;
Dor abdominal tipo cólica;
Febre (dias ou semanas de duração);
Melena em 50% dos casos;
Emagrecimento acentuado em alguns casos;
Remissão espontânea ou com tratamento, com posteriores recidivas;
10 a 20% recidivas muito esparsas (10 anos);
Poucos casos com uma única manifestação;
Conseqüências:
Estreitamento intestinal (intervenção cirúrgica);
Perfuração de fissura profunda – peritonite ou fístula;
Sangramento maciço;
Dilatação tóxica do cólon;
Amiloidose sistêmica;
Carcinoma de Cólon ou intestino delgado.
Colite Ulcerativa
	Definição: Doença diarréica recorrente, crônica, comum, de causa desconhecida, caracterizada por ulcerações intensas que se iniciam no reto, mas podem estender-se para a região proximal, algumas vezes chegando a envolver todo o cólon.
	Há também uma predisposição familiar, como visto na doença de Crohn;
	Restrita ao Cólon (com início no reto e propaga-se em sentido proximal);
	As lesões em salto não são observadas na Colite Ulcerativa;
	Processo inflamatório Inespecífico;
	Processos ulcerativos apenas em mucosa, não sendo transmural;
	Pacientes com maior risco de desenvolver câncer de colorretal;
	Pouco mais comum do que a Doença de Crohn (5 a 15 / 100.000 hab.); pouco freqüente na Ásia, África e América do Sul.
	Pico máximo de incidência na 2a. a 3a. década de vida;
	Sem predominância por sexo;
	
Etiologia
Possível invasor microbiano;
Reatividade anormal (imune?) a um antígeno exógeno (dietético?, microbiano?) ou reação auto-imune?
Predisposição genética a determinados estímulos;
Uma base psicossomática.
Apoiada de forma mais ampla existe a opinião de que, em pessoas com predisposição genética, alguma forma de reação auto-imune é à base da Colite Ulcerativa, talvez iniciada por um dos vários antígenos colônicos microbianos ou dietéticos inócuos.
Morfologia:
Macroscopia:
Envolvimento apenas do Reto (80% dos casos), em 10% todo o cólon é afetado;
Mucosa Hiperemiada, edemaciada e friável;
Úlceras apoiadas em focos de supuração, rasas, com base ampla, irregulares, com vários cm de diâmetro, separadas por estreitos filamentos de mucosa residual;
Enduração fibrosa mínima;
Raramente pode levar a perfuração e formar abscessos ou fístulas;
Aspectos Microscópicos:
Inflamação ulcerativa crônica e inespecífica (linfócitos, macrófagos e plasmócitos);
Presença de infiltrado neutrofílico nas lesões ulceradas;
Com a remissão da lesão, os processos ulcerativos são preenchidos por tecido de granulação, com posterior regeneração da mucosa intestinal;
Complicações:
Mais grave – desenvolvimento de câncer de cólon (duração e evolução da doença);
Metaplasia seguida de displasia epitelial com o passar do tempo, terminando em neoplasia (após 30 anos – 15 a 25% dos casos).
Evolução Clínica:
Surgimento insidioso = doença de Crohn;
Cólicas e Desconforto evoluindo para diarréia sanguinolenta com muco e partículas de fezes;
Dor abdominal ativada pela defecação;
Febre e emagrecimento em alguns casos;
Melena mais freqüente do que na Doença de Crohn com perdas de sangue considerável podendo levar a morte;
Curso clínico variável, na maioria dos casos com períodos de remissão e exacerbação das lesões (estado emocional ou físico);
Fase aguda – distensão do cólon (dilatação tóxica ou megacólon tóxico);
Perfuração e peritonite com hemorragia;
Estenoses inflamatórias do colorreto (diferencial com carcinoma);
Diagnóstico:
Endoscopia;
Prognóstico:
Varia com a atividade clínica da doença;
Prognóstico para a recuperação da primeira crise é excelente;
5% dos pacientes com início intenso e não remissivo – morte por peritonite, septicemia, hemorragia ou distúrbios hidroeletrolíticos;
Desenvolvimento de câncer de cólon;
Deve-se realizar nestes pacientes colonoscopias repetidas e múltiplas biópsias com o objetivo de detectar alterações pré-malignas.
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