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Drogas – Previna a sua Família SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 613.83 63 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Drogas - Previna sua família – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Toxicomania - prevenção. 2. Entorpecente - prevenção. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 6 Unidade 1 | Drogas: Conceito, Classificação e Seus Efeitos no Corpo Humano 8 1 Conceito: O Que é Droga? 9 2 Classificação das Drogas 10 3 Origem e Classificação Quanto à Legalidade das Drogas 12 4 Como as Drogas Circulam pelo Corpo 12 5 Padrões de Uso 13 5.1 Uso Experimental 13 5.2 Uso de Risco 13 5.3 Uso Problemático 14 Glossário 14 Atividades 15 Referências 16 Unidade 2 | Drogas Mais Comuns 17 1 As Drogas Mais Comuns 18 1.1 O Álcool 18 1.2 Cocaína, Crack e Merla 21 1.3 Anfetaminas 22 1.4 Nicotina 23 1.5 Maconha 25 1.6 Êxtase 25 1.7 LSD (Dietilamida do Ácido Lisérgico) 26 Glossário 27 Atividades 28 Referências 29 4 Unidade 3 | Como Afastar as Drogas da Família 30 1 Como Afastar as Drogas da Família 31 2 Infância 32 3 Adolescência e Vida Adulta 33 4 Diálogo Como Estratégia de Prevenção na Família 34 5 Atividades Esportivas e de Lazer 34 Glossário 34 Atividades 35 Referências 36 Unidade 4 | Problemas Sociais Causados pelo Consumo das Drogas 37 1 Problemas Sociais Causados pelo Consumo das Drogas 38 2 Beber e Dirigir 40 3 Transtornos de Personalidade 41 Glossário 42 Atividades 43 Referências 44 Unidade 5 | Onde Procurar Ajuda em Caso de Usuário na Família 45 1 Procurando Ajuda 46 2 Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) 47 3 Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAi) 48 4 Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) III 48 5 Comunidades Terapêuticas (CT) 49 6 Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) 50 7 Programa de Volta para Casa 51 Glossário 51 Atividades 52 5 Referências 53 Unidade 6 | Prevenção 54 1 Prevenção 55 1.1 Efeitos em Longo Prazo 55 1.2 Estratégias 57 Glossário 59 Atividades 60 Referências 61 Gabarito 62 6 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Drogas – Previna Sua Família! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 6 unidades, conforme a tabela a seguir. Unidades Carga Horária Unidade 1 | Drogas: Conceito, Classificação e seus Efeitos no Corpo Humano 1h 30 Unidade 2 | Drogas Mais Comuns 2h Unidade 3 | Como Afastar as Drogas da Família 1h 30 Unidade 4 | Problemas Sociais Causados pelo Consumo das Drogas 2h Unidade 5 | Onde Procurar Ajuda em Caso de Usuário na Família 1h 30 Unidade 6 | Conheça os Vários Tipos de Prevenção 1h 30 7 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! 8 UNIDADE 1 | DROGAS: CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E SEUS EFEITOS NO CORPO HUMANO 9 1 Conceito: O Que é Droga? Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), as drogas são substâncias que podem ser naturais (consumidas da mesma forma que são retiradas da natureza) ou sintéticas (produzidas em laboratórios) que, ao serem consumidas, provocam alterações no funcionamento normal do corpo (NOGUEIRA, 2015). É importante deixar claro que, apesar do uso comum da palavra droga como algo ruim e ilegal, drogas também podem significar as substâncias usadas para tratar doenças conhecidas, como por exemplo, remédios ou medicamentos e é importante identificar as drogas ilícitas e lícitas. Enquanto, estas trazem benefícios para o organismo como a cura das mais diferentes enfermidades, as drogas ilegais/ilícitas podem modificar o funcionamento do corpo, do humor, do comportamento e da percepção do ambiente, prejudicando, cada vez mais, o usuário nas suas atividades diárias, como: ir à escola, ao trabalho, às suas atividades sociais. Por isso, a importância da classificação que será tratada mais à frente. A observação dos pais é importante, pois em caso de suspeitas de problemas com drogas a intervenção e o diálogo fazem-se necessários o quanto antes, isso porque o efeito que a droga causa se torna cada vez mais passageiro e a pessoa vai necessitando de uma dose mais alta, porque o cérebro vai criando mais resistência ao efeito do entorpecente. Ou seja, é comum que, com o tempo, para conseguir o mesmo “barato” que a droga deu na primeira vez em que foi usada, a dose precisará ser maior. Nesse ponto é comum ouvir que os usuários somem de casa e a ocorrência de pequenos furtos dentro do lar para que a pessoa possa manter o vício. É importante também alertar para os perigos das drogas legais, pois muitos jovens vêm procurando utilizar 10 medicamentos para prevenção e tratamento de doenças mentais, uma vez que esses remédios aumentam a sensação de segurança, a performance intelectual, esportiva e sexual. Por isso, fique alerta também sobre o uso de drogas lícitas, que devem ser ingeridas somente com receita, no horário e na dose orientada pelo médico, fora isso o medicamento poderá ter efeito reverso, isto é, prejudicar o corpo de quem ingerir e viciar. Além disso, a família deve ficar atenta aos sinais que, geralmente, aparecem nos usuários de drogas, como: olhos vermelhos, euforia sem motivos aparentes, risos exagerados. É importante a percepção dos pais e responsáveis nesse momento, porque cada droga tem um efeito diverso, às vezes, não apresentam nenhum sintoma externo. E, claro, nem toda vez que uma pessoa estiver com os olhos vermelhos e mais fechada (introvertida) não, necessariamente, consumiu alguma substância entorpecente. Avalie se não é causa de problemas na escola ou faculdade (nota baixa, bullying etc.), no trabalho, finanças, casamento etc. 2 Classificação das Drogas Para que haja uma compreensão maior do problema que envolve as drogas é importante conhecer as suas diversas classificações, utilizando para isso os efeitos que a substância causa no cérebro. Dessa forma, podemos entender que existem as drogas estimulantes, depressoras e perturbadoras, conforme a seguir: • Estimulantes – aceleram a atividade do sistema nervoso central (cérebro e medula), gerando insônia, inquietação e perda de apetite. Exemplo: cocaína, crack, anfetamina, nicotina etc.; • Depressoras – reduzem a atividade cerebral (SNC), tornando a pessoa mais lenta. Exemplo: álcool, ansiolíticos (diazepam, alprazolam etc.), solventes (esmalte, thinner etc.), inalantes (gasolina, cola etc.), opiáceos (heroína e morfina que provocam efeitos analgésicos) ou opioides (produzidos em laboratório (metadona, morfina e oxicodona); • Perturbadoras – causam alteração no funcionamento do cérebro alucinações, delírios e dificuldade de discernir tempo (a pessoa sob o efeito dessa droga pode sentir que o tempo passou rápido ou devagar demais) e espaço (não conseguem discernir distâncias). São também conhecidascomo psicodélicas ou alucinógenas. 11 Exemplos: maconha, êxtase (MDMA – metilenodioximetanfetamina), LSD (Lysergsäurediethylamid), Ayahuasca (bebida composta de várias plantas, normalmente usada em rituais) e anticolinérgicos (podem derivar de plantas como: zabumba, trombeta, saia-branca, e cartucho; e também pode ser produzida em laboratório como a triexafenidila). c Ainda sobre as drogas depressoras, um dos efeitos mais comuns é a sonolência, algumas das substâncias classificadas como depressoras são chamadas de “sedativos” ou “hipnóticos”. Dentre elas, encontram-se os opiáceos e os benzodiazepínicos, que são utilizados para tratamentos médicos que necessitam da indução ao sono e/ou anestesia. É importante destacar, principalmente para os pais e responsáveis de jovens, que uma das drogas mais consumidas por pessoas nessa idade é a maconha, com efeitos imediatos e que podem passar despercebidos pelos familiares. Os sinais mais perceptíveis surgem com o passar do tempo, a pessoa começa a ficar desleixada com a própria aparência, com os compromissos, além de falar e raciocinar de forma bem mais lenta e de ficar com os olhos vermelhos. Por exemplo, um jovem que sempre cuidava de sua aparência, cabelos, roupas e com o tempo passa a andar todo amassado, cabelo por cortar e às vezes até com mau cheiro, indicando falha na higiene íntima e pessoal. Por vezes, para esconder a vermelhidão nos olhos as pessoas usam colírios, mas a constante observação dos pais sobre a rotina de seus filhos pode ajudar bastante na identificação do uso de drogas, lembrando que cada uma tem a capacidade de produzir determinado efeito seja aceleração, lentidão ou delírios como já vimos. Fique atento! Para alterações de humor mais repetitivas e/ou repentinas, mudanças de apetite, isolamento, possíveis euforias etc. 12 3 Origem e Classificação Quanto à Legalidade das Drogas Quando se fala em legalidade, as drogas podem ser classificadas em lícitas, quando o uso é permitido por lei, e ilícitas ou ilegais, quando o uso é proibido. Tabela 1: Classificação de Drogas do Ponto de Vista Legal Fonte: Classificação de Drogas segundo a Senad, 2014. É claro que as drogas lícitas (remédios, medicamentos etc.) podem ter efeito colateral (causar algum outro problema como dor de cabeça, náuseas etc.), mas são usadas para o tratamento médico e cura de doenças. Diferente das drogas ilícitas que além do indivíduo correr perigo de ter problemas com a Lei e a Justiça, pode sofrer danos graves e às vezes irreparáveis, a sua finalidade não é terapêutica já que o corpo não está necessitando da determinada substância. Usar drogas ilícitas é correr um risco desnecessário para ter um sentimento de prazer ou alegria que durará pouco, com consequências graves para a saúde e para todas as áreas da vida do ser humano! 4 Como as Drogas Circulam pelo Corpo Gesina (1998) explica que as drogas utilizam a corrente sanguínea e a pulsação do coração para se espalhar por todo o corpo do usuário e causar seus efeitos, independentemente do modo de consumo, seja por ingestão oral (bebida), aspiração/inalação (cheirar) ou injeção (injetar com agulhas). O corpo tem a capacidade de eliminar essas substâncias pelo fígado e/ou filtragem pelos rins e pulmões, por isso é possível comprovar o uso por meio de testes como exalação de ar (bafômetro) e teste de urina. Drogas Lícitas Drogas Ilícitas São as comercializadas de forma legal, podem ou não estar submetida a alguma forma de restrição. Como por exemplo, álcool (venda proibida a menores de 18 anos) e alguns medicamentos que só podem ser adquiridos por meio de prescrição médica especial. Proibidas por lei. 13 5 Padrões de Uso Os padrões de uso podem ser identificados na rotina da pessoa, por exemplo, há usuários que utilizam drogas de forma “social”, uma vez ou outra, em determinados eventos e aquele que já está com vício mais agravado, que usa as substâncias constantemente. Dentre o “uso social” e a “dependência total” existem vários tipos de consumo de drogas, a partir desse entendimento, de que há vários padrões para o uso de drogas, é que se pode verificar o consumo prejudicial. Por isso, para identificar esses padrões, pode-se realizar diálogos com o usuário e testes chamados de instrumentos de triagem, que podem apontar a quantidade e a frequência da utilização de entorpecentes. Dessa forma, para entendermos melhor sobre padrão de uso de drogas seguem os mais comuns logo a seguir: 5.1 Uso Experimental O uso experimental é aquele em que a pessoa “prova”, experimenta a droga, mas não continua a usar, por vários motivos: 1. Não se interessa pela droga; 2. Por questão de consciência, ou seja, é errado e faz mal à saúde; e 3. Medo de ficar dependente. 5.2 Uso de Risco O padrão de uso de risco, geralmente, ocorre após o uso experimental e é quando o usuário começa a sofrer problemas (os sociais são mais comuns) causados pelos efeitos das drogas, como acidentes, brigas, transtornos diversos. Nesse padrão o usuário pode começar a sofrer a chamada amnésia, que são esquecimentos ou dificuldade para lembrar-se de alguma informação e todo o tipo de problema que isso pode causar. 14 5.3 Uso Problemático Esse padrão é grave, já é aquele usuário que está abusando de álcool e/ou drogas e, por isso, sofre com vários problemas como doenças frequentes, conflitos na família, problemas no trabalho e sofrendo constantemente risco de morte, seja pela própria droga (overdose, doenças causadas pelo uso etc.) ou pela perda dos sentidos, podendo sofrer acidentes e outras fatalidades. Nesse padrão de uso de drogas, a pessoa já é considerada usuária de drogas, sem dúvidas. Glossário Benzodiazepínicos: grupo de fármacos ansiolíticos utilizados como sedativos, hipnóticos e relaxantes musculares. Delírio: perturbação mental caracterizada por sensações visuais, auditivas ou táteis devido a causas que parecem reais, mas são inexistentes. Hipnóticos: aquilo que é relativo à hipnose. Também pode se relacionar aos medicamentos que provocam muito sono naquele que o ingeriu. Opiáceos: substâncias derivadas do ópio. Sedativos: substância que acalma. SNC: sistema nervoso central. 15 a 1) As Drogas depressoras são aquelas que tornam mais lenta a forma de funcionar o Sistema Nervoso Central (SNC). Quais drogas a seguir pertencem a esse grupo? a. ( ) Cocaína. b. ( ) Ansiolíticos. c. ( ) Anfetaminas. d. ( ) Crack. 2) As Drogas Perturbadoras são aquelas que produzem alterações no funcionamento dos cérebro. Quais das sequências a seguir pertencem a este grupo? a. ( ) Cocaína - Crack - LSD. b. ( ) Maconha - Êxtase - LSD. c. ( ) Anfetaminas - Anticolinérgicos - Ansiolíticos. d. ( ) Ayahuasca - LSD - Solventes. Atividades 16 Referências ANDRADE, T. M. Reflexões sobre políticas de drogas no Brasil. Ciênc. Saúde Coletiva, v. 16, n. 12, p. 4665-4674, dez. 2011. BRASIL. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). Supera: Sistema para detecção do uso abusivo e dependência de substâncias psicoativas: encaminhamento, intervenção breve, reinserção social e acompanhamento. Brasília: SENAD, 2006. Disponível em: <http://www.supera.org.br/senad/inde>. Acesso em: 8 jul. 2016. DICIONÁRIO INFORMAL. Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/>. Acesso em: 8 jul. 2016. DICIONÁRIO MICHAELIS. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/>. Acesso em: 8 jul. 2016. LONGENECKER, Gesina L. Como agem as drogas. São Paulo: Quark do Brasil, 1998. NOGUEIRA A. Drogas. Disponível em: <http://www.arturnogueira.sp.gov.br/wp- content/uploads/2015/01/DROGAS.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2016. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação detranstornos mentais e de comportamento da CID 10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Anticolinérgicos. Departamento de Psicologia. Disponível em: <http://www2.unifesp.br/dpsicobio/drogas/antico.htm> Acesso em: 14 out. 2016. 17 UNIDADE 2 | DROGAS MAIS COMUNS 18 1 As Drogas Mais Comuns 1.1 O Álcool h Apesar de o álcool ser socialmente aceito, é uma droga lícita e bastante acessível, sendo consumida, muitas vezes, no próprio ambiente familiar, incentivando o seu consumo. Os pais e responsáveis devem ficar atentos, por que o uso abusivo de álcool também pode causar uma série de problemas. Quase metade da população brasileira consome o álcool de forma indiscriminada, e boa parte sofre com o alcoolismo, que tem o poder de trazer prejuízos terríveis à vida do dependente quanto qualquer droga ilícita, exceto, é claro, o problema com a lei por ser uma droga permitida, lícita. (GALDURÓZ, 2011). 19 No artigo Global Status Report on Alcohol (Relatório sobre o Status Global do Álcool) de 2004, a OMS buscou verificar a questão do consumo de álcool no mundo, e concluiu que os riscos de acidentes de trânsito, de violência, entre outros danos, aumentam muito com a ingestão de mais de duas doses por dia e cinco dias por semana. Às vezes, vê-se a cultura de beber depois do trabalho, o famoso happy hour (hora feliz), a dose de cachaça antes de chegar em casa ou a cervejinha que não pode faltar no fim de semana. Esses costumes podem levar a pessoa a um quadro de alcoolismo, essa rotina é ainda mais prejudicial quando se trata de família, uma vez que há o costume de ingestão de bebida alcoólica nesses padrões não só um familiar está caminhando para um possível alcoolismo, mas outros familiares também, além de influenciar os jovens e as crianças no sentido de que o álcool é bom, divertido ou “coisa de adulto”, que quando se tornar adulto nada mais comum que o consumo de bebida alcoólica como os seus pais, tios, avós etc. Mesmo em pequenas quantidades o álcool representa risco, por exemplo, ao dirigir veículos, pois mesmo bebendo pouco o álcool pode distorcer a visão da pessoa. A OMS aconselha reduzir o consumo de álcool para abaixo das doses indicadas anteriormente (duas doses por dia e cinco doses semanais) e orienta que o álcool não deve ser consumido, em nenhuma hipótese, antes de dirigir ou operar máquinas pesadas, na gravidez ou amamentação, no caso do uso de remédios que não permitam a ingestão de álcool ou nos casos em que a pessoa não consegue mais controlar a quantidade de álcool que consome ou mesmo não consegue parar. A família deve ficar atenta a esses casos, principalmente os de consumo de álcool na gravidez ou no período de amamentação, ou nos casos que o ente querido já não consiga se controlar diante da bebida ou que sempre esteja à procura de álcool. 20 c É importante falar sobre a dúvida de muitas pessoas acerca do consumo rápido ou lento de bebidas alcoólicas. A cartilha de 2014 do Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre as Drogas) esclarece que o organismo somente consegue eliminar uma dose padrão por hora (10 g a 12 g de etanol/álcool puro), o equivalente a uma lata de cerveja, um Chopp de 330 ml, uma taça de vinho de 100 ml ou 30 ml de qualquer destilado (cachaça, whisky, rum, conhaque, gin etc.). Dessa forma, quando uma pessoa bebe várias doses durante uma hora, vai acumular bastante álcool no sangue, podendo gerar um estado de embriaguez muito rápido e grave. Brincadeiras envolvendo álcool como a famosa “vira-vira” aumentam perigosamente o nível de álcool no sangue. Essa e outras como apostas para quem beber mais, disputas envolvendo a bebida podem gerar um padrão de risco de morte principalmente entre os jovens, esta faixa etária de 14 a 24 anos está mais exposta a esses tipos de brincadeiras e seus convites. Tais práticas são perigosas para a saúde de quem participa, e muitas vezes, levam ao desenvolvimento de alcoolismo, e da dependência de álcool. Dessa forma, é necessário que os pais conversem com os seus filhos sobre o assunto, esclarecendo os perigos das brincadeiras, observando as amizades, – procurando saber como serão as festas que os filhos frequentaram e instruindo sobre os perigos em curto (acidentes) e em longo prazo (doenças, dependência, problemas na escola ou no trabalho etc.). Em 2008, com a Lei nº 11.705/2008, a “Lei Seca”, alterou o Código de Trânsito Brasileiro, agravando a punição para aqueles que insistem em dirigir alcoolizados. Agora ao ser pego dirigindo embriagado, mesmo após o consumo de pouca bebida, o motorista vai ter o veículo retido, será multado, a sua habilitação recolhida e ficará suspenso (proibido) de dirigir por 12 meses. Além disso, o motorista também pode ser preso por seis meses até três anos, no caso do bafômetro apontar mais de 0,6 g/L no sangue (equivalente a 112,5 ml de cerveja). Em 2012, uma nova alteração na legislação subiu o valor da multa por dirigir embriagado de R$ 957, 70 para R$ 1.915,40 e caso o 21 motorista recuse a assoprar no bafômetro a polícia pode utilizar imagens e coletar o testemunho de pessoas no local que possam atestar os sinais de embriaguez. Por isso, muito cuidado ao beber e de forma alguma dirija após o consumo de bebida alcoólica. Hoje em dia, depois de vários estudos, já se sabe os vários problemas para a saúde e para a vida de quem abusa das bebidas alcoólicas. Costumes que antigamente eram aceitos no seio familiar como fumar, ou mesmo o consumo indiscriminado de álcool, não podem mais ser incentivados ou tolerados. O processo de educação para evitar com que as crianças e jovens passem a adotar um comportamento de risco na ingestão de bebidas na fase adulta, começa no seio familiar. Há uma unanimidade entre as pessoas que sofrem com o alcoolismo resumida em uma frase: “Se eu soubesse o resultado do consumo de álcool, jamais teria colocado a primeira gota na boca”. Por isso, a família deve, como sempre, manter um relacionamento de amizade com seus filhos para que possam esclarecer e conscientizar que uma vida cheia de problemas, não vale poucos minutos de “diversão”. Além disso, é papel da família manter jovens e crianças em um ambiente saudável longe do álcool ou das drogas ilícitas. O objetivo de manter jovens e crianças distantes de tais substâncias deve ser resultado de um esforço continuo e da união da família, da escola e da sociedade como um todo. É importante, principalmente, que os pais instruam seus filhos como agir no caso dessas substâncias serem oferecidas, ensinar as crianças que não se devem aceitar nada de pessoas estranhas. De todo o modo, a educação para uma vida saudável começa dentro de casa, se o pai ou o tio oferece uma bebida ao jovem no churrasco da família, por que não aceitar uma bebida, ou mesmo algo a mais, em uma festinha? 1.2 Cocaína, Crack e Merla A cocaína é uma droga ilícita que causa euforia, produzida a partir das folhas da coca (Erythroxylon coca). Por mais de um século, até o início de século XX, foi vendida normalmente, sem nenhum problema, como uma substância para aumentar a disposição e como anestésico local. Até hoje no Peru, de onde se originam, as folhas da coca são mascadas ou utilizadas para fazer chá para a adaptação à altura, 22 diminuição da fome, cansaço e para aumentar a energia para realizar as tarefas do dia a dia (SENAD, 2014). A substância passou a ser considerada como ilegal devido aos problemas que causou aos seus usuários, levando a morte com muita frequência (SENAD, 2011). Extraem-se das folhas da coca as substâncias ilícitas chamadas de merla e crack, contendo o mesmo princípioativo da cocaína. A merla (pasta), a pedra de crack e o pitilho (tabaco misturado com crack) são fumados com cachimbo; quanto maior o uso, mais intenso os seus efeitos e duração. Dentre essas o crack é considerado devastador, a fumaça é absorvida pelo pulmão e o sangue leva rapidamente a droga ao cérebro, com efeito em até três minutos, porém podem surgir com apenas oito a dez segundos e desapareceram com trinta a quarenta e cinco minutos, mas podem acabar com apenas dez minutos. Por conta disso, rapidamente os usuários de crack procuram a nova dose. e Quando a cocaína é aspirada (cheirada) passa pelas vias respiratórias chegando à corrente sanguínea, causando a destruição do septo nasal (parede dentro do nariz, que divide as narinas por onde passa o oxigênio) e a contração dos vasos sanguíneos, dificultando a circulação do sangue no corpo. 1.3 Anfetaminas As anfetaminas não são encontradas na natureza, são produzidas em laboratório. Foram produzidas pela primeira vez no início do século XX e usadas para diminuir o cansaço e o sono e, após, foram utilizadas para diminuir o apetite e hoje é usada para gerar quadros de euforia. Na Segunda Guerra Mundial foi muito usada pelos soldados e na década de 1960 o seu uso aumentou (SENAD, 2014). São, geralmente, encontradas na forma de comprimidos e consumidas via oral, como os seus maiores efeitos são a redução de apetite e a diminuição do sono, é normalmente procurada por: 1. Mulheres que desejam emagrecer; e 2. Motoristas, executivos, estudantes e pessoas que queiram ficar mais tempo acordadas. 23 É comum o uso das anfetaminas por motoristas que precisam ficar acordados por muito tempo e dirigir longas distâncias, sem que obedeçam às regras de dirigir por certo tempo e fazer paradas, para “ganhar tempo”. São conhecidas como “rebite” ou “arrebite” e são vendidas em farmácias, postos de gasolina e outros locais nas beiras das estradas. Quando são ingeridas demoram a fazer efeito, porém podem durar até oito a dez horas e quando consumidas na forma injetável ou quando tragadas (fumar) tem início com três a cinco minutos. 1.4 Nicotina O tabagismo (dependência de tabaco) é a principal causa de mortes que poderiam ser evitadas, afirma a OMS (SENAD, 2014). A nicotina é comumente encontrada nos cigarros, podendo ser ainda encontrada no fumo, consumido por cachimbo e charutos; é um estimulante que pode levar o cérebro a produzir sensações de prazer, por meio da liberação de dopamina, substância que provoca a sensação de bem-estar. e Apesar de causar bem menos euforia do que qualquer outra droga a nicotina, apesar de não ser ilícita, pode ocasionar dependência intensa e sérios problemas de saúde. Por isso, quando o fumante tenta parar vários efeitos ruins são percebidos, esse conjunto de reações bastante ruins é chamado de síndrome da abstinência da nicotina, e podem causar: • Irritabilidade; • Hostilidade; • Ansiedade; 24 • Humor depressivo; • Aumento do apetite; • Diminuição da frequência cardíaca; e • Vontade intensa de fumar. Além disso, como a nicotina leva ao uso frequente do tabaco várias doenças podem ser causadas pelo abuso do tabaco, como: 1. Bronquite e enfisema (doença que destrói partes do pulmão); 2. Hipertensão e infarto e vários outros problemas ligados ao coração; 3. Gastrite, úlceras no estômago, infecções nas vias respiratórias, diversas alergias, infertilidade, além de impotência e alterações do feto em mulheres que fumam durante a gravidez; e 4. Câncer. É importante registrar que no cigarro também é encontrada uma substância chamada alcatrão, substância essa capaz de provocar diversas alterações no organismo e podem gerar câncer. Quando o cigarro é usado, provoca a diminuição do transporte de oxigênio pelo corpo, e isso é bastante perigoso. Essa redução do oxigênio em várias partes do organismo pode causar doenças cardíacas e arteriosclerose (doenças nas artérias – vasos sanguíneos que levam o sangue com oxigênio para todo o corpo). Por isso, não é pelo fato do uso do cigarro ou tabaco ser permitido por lei que deve ser visto como normal dentro da família. Essas substâncias causam dependência grave, doenças que podem matar e a queda na qualidade de vida do fumante, pois não poderá ficar por muito tempo em determinados lugares devido ao fumo; não poderá sair do trabalho para fumar; além dos dentes e pele ficarem amarelados, entre outros problemas na aparência. 25 1.5 Maconha A maconha é uma planta que começou a ser consumida como uma erva medicinal, para tratamento de doenças; ainda hoje é consumida para esse fim, como, por exemplo, por quem sofre de doenças oculares e outras. Porém, tem sido bastante usada para a obtenção da sensação de prazer, as flores e as folhas do vegetal é capaz de produzir mais de sessenta substâncias chamadas de canabinoides. Entre elas o tetrahidrocanabinol (THC), é a substância que mais afeta o cérebro, uma das variações da maconha com uma maior quantidade de THC é o skunk e o haxixe, extraído da resina da planta. Somente um “baseado”, como é conhecido o cigarro de maconha, pode conter 0,5g a 1 g da erva e 4,5% de THC. Tem efeito rápido e pode chegar ao clímax dentro de trinta minutos, desaparecendo os efeitos depois de quarenta e cinco a sessenta minutos após o uso. É bastante comum, principalmente em meio aos jovens, por isso os pais devem estar sempre observando as rotinas de seus filhos e procurar saber os motivos sobre alguma alteração repentina. Muitos casos de consumo de maconha foram descobertos com a atenção dos pais e com a observação de um dos mais comuns sintomas da droga, os olhos vermelhos. 1.6 Êxtase O metilenodioximetanfetamina (MDMA) é uma droga ilícita com efeitos perturbadores e estimulantes, é bastante encontrada em pílulas que são chamadas de êxtase. São produzidos em laboratórios clandestinos e geralmente são misturadas outras substâncias, impurezas ou, até mesmo, outras drogas. No caso de ser ingerido em jejum, os efeitos demoram somente quinze minutos, durando duas a três horas. O auge dos efeitos ocorre com uma hora da ingestão, que é quando o usuário fica bastante “elétrico” e para aumentar o tempo dos efeitos é muito comum que seja consumido um comprimido inteiro ou dois, contendo de 60 mg a 120 mg. 26 Essa droga é bastante comum em festas, principalmente em festivais e nas conhecidas haves (festa de música eletrônica), para que os participantes possam aguentar se “divertir” por maior tempo possível. Nas haves o êxtase é conhecido também como droga do amor. c Por isso, é importante que os pais saibam onde, na verdade, estão seus filhos, hoje em dia com a oferta de tantos perigos e a inexperiência das pessoas mais jovens, devem fazer com que pais e responsáveis se mantenham sempre vigilantes e sempre tenham um diálogo mais aberto e respeitoso com os filhos. Lembrando que, ao se tratar de adolescentes e jovens, principalmente, a vigilância não deve ser descuidada. 1.7 LSD (Dietilamida do Ácido Lisérgico) O LSD é uma espécie de ácido que causa alucinações e delírios nos seus usuários, com efeitos que duram de seis a oito horas e chegam ao máximo com trinta minutos após o uso. É consumido por meio de gotas pingadas na boca ou com selos embebidos no ácido e colocados na língua. Os efeitos das alucinações dependerão muito de um usuário para outro, em uns pode causar a “boa viagem”, com alucinações coloridas e aparecimento de objetos engraçados; mas também há as “más viagens”, com alucinações tristes e/ ou que causam medo/terror. Essa substância altera a forma como o cérebro enxerga a realidade, causando as alucinações, visões, fazendo o usuário sentir e até ouvir coisas que não existem. Assim, nocaso de os filhos agirem de forma estranha, os pais devem observar se não há o consumo de alguma substância ilícita, inclusive o LSD. 27 Glossário Alcatrão: substância escura, de aspecto líquido e cheiro forte, obtida da destilação de certas madeiras resinosas e da hulha, usada no revestimento de pavimentos e asfalto. Bronquite: inflamação da membrana mucosa dos brônquios. Crack: droga de alta concentração e toxicidade, mistura de cocaína, bicarbonato de sódio, entre outros. Dopamina: mediador químico sintetizado por certas células nervosas, presente no sistema nervoso central e periférico, essencial para a atividade normal do cérebro (a sua ausência explica em parte os sintomas da doença de Parkinson). Enfisema: dilatação anormal dos alvéolos pulmonares com perda da sua elasticidade. Haxixe: variedade de cânhamo. Forma de uso: fumo ou mascam as folhas secas. Merla: variação da pasta de coca, da qual se originam também a cocaína e o crack. Nicotina: alcaloide tóxico extraído do tabaco, sem cor e de cheiro intenso, que escurece ao entrar em contato com o ar. Síndrome de abstinência: conjunto de sintomas psíquicos e físicos que surgem de forma desagradável ou mesmo dolorosa quando se reduz muito ou se suprime uma droga ou uma substância que se usa com regularidade. As principais síndromes de abstinência surgem nos toxicodependentes e nos alcoólicos. No tabagismo, a abstenção do tabaco, voluntária ou não, pode também originar perturbações que devem ser consideradas como síndrome de abstinência. Skunk: tipo mais forte de maconha na qual são utilizados dois tipos da droga. Tabaco: planta a qual é extraída a nicotina. 28 a 1) Os principais usuários de anfetaminas são: a. ( ) Mulheres que querem emagrecer e motoristas que precisam ficar acordados por muito tempo. b. ( ) Moradores de rua, pois é uma droga de fácil acesso. c. ( ) Crianças e adolescentes, já que não deixam cheiros. d. ( ) Pessoas com problemas de insônia. 2) Quando o indivíduo tenta parar de fumar, surgem vários efeitos, conhecidos como Síndrome de Abstinência da Nicotina. Marque a alternativa correta com base na unidade 2 do curso sobre Drogas. a. ( ) Irritabilidade, hostilidade, ansiedade , humor depressivo. b. ( ) Diminuição da frequência cardíaca, aumento do apetite. c. ( ) Vontade intensa de fumar. d. ( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas. Atividades 29 Referências BRASIL. Lei nº 11.705, de 19 de junho de 2008. Brasília, Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11705.htm>. Acesso em: 8 jul. 2016. CEBRID – CENTRO BRASILEIRO DE INFORMAÇÕES SOBRE DROGAS PSICOTRÓPICAS. Disponível em: <http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/folhetos/folhetos.htm>. INFOPÉDIA. Disponível em: <http://www.infopedia.pt/dicionarios>. Acesso em: 8 jul. 2016. NAPPO, S. A.; NOTO, A. R. Anfetaminas e análogos. In: SEIBEL, S. D.; TOSCANO J. R. A. (Ed.). Dependência de drogas. São Paulo: Atheneu, 2001. PORTAL BRASIL. Cigarro mata mais de 5 milhões de pessoas, segundo OMS. 2014. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2014/08/cigarro-mata-mais-de-5- milhoes-de-pessoas-segundo-oms>. Acesso em: 9 ago. 2016. SENAD – SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS. Drogas: cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes. Conteúdo e texto original: Beatriz H. Carlini. 2. ed. reimpr. Brasília: Ministério da Justiça, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2011. ______. Efeitos de substâncias psicoativas: módulo 2. 7. ed. Brasília, 2014. 144 p. Disponível em: <http://www.supera.senad.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/ SUP7_Mod2.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2016. WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Disponível em: <http://www.who.int/ substance_abuse/publications/global_status_report_2004_overview.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2016. 30 UNIDADE 3 | COMO AFASTAR AS DROGAS DA FAMÍLIA 31 1 Como Afastar as Drogas da Família A família é, sem dúvidas, a principal referência do ser humano para a vida; é uma pequena sociedade, dentro de uma sociedade maior. É por meio dela que acontece o contato do indivíduo com a comunidade, e por meio dela que a pessoa pode compreender o mundo e se encontrar dentro dele, é o principal meio de formação da pessoa, mas jamais o único. Buchele, Marques e Carvalho (2004) explicam que a família e a cultura são fatores importantes que influenciaram a pessoa a consumir ou não bebidas alcoólicas, sem esquecer que a própria personalidade do ser humano pode fazer com que possua mais tendência para se tornar um dependente. Porém, é claro que com o acompanhamento, o diálogo, o carinho e a vigilância dos pais pode-se evitar o consumo. 32 2 Infância Na sociedade que vivemos é muito comum ver crianças sendo expostas pelos próprios familiares, sem nenhum constrangimento, ao consumo de bebida alcoólica e/ou drogas ilícitas, dentro de casa mesmo. Agindo dessa forma, esses familiares estão ensinando os mais novos que o consumo dessas substâncias é normal e não há problemas com isso. Ainda que seja lícito e muito comum, evite esse tipo de situação na sua família, esses costumes não podem ser vistos por crianças e jovens como um exemplo. É muito grave também o uso de drogas, álcool e cigarros durante a gravidez, pois causa vários problemas ao feto. O consumo destas substâncias na gestação pode causar no bebê a Síndrome Fetal de Álcool (RILEY; MATTSON, 1998). Essa síndrome provoca o atraso no desenvolvimento cognitivo (mente) e físico da criança, e está ligado aos casos de rebeldia e agressividade mais tarde. Transtornos mentais que se desenvolvem nesse período podem dificultar a vida da criança, na medida em que complica o desenvolvimento dos vínculos saudáveis com a escola, nas brincadeiras cooperativas com os colegas e na aprendizagem. h É importante alertar os pais sobre os filhos que vivem em famílias, separadas, pois há um número muito grande desses filhos que acabam se envolvendo com as más influências (criminosos e usuários de droga). Por isso, é indispensável a presença, a participação, o apoio e o amor dos pais, mesmos que vivam separados, para o desenvolvimento saudável e para formação da criança e do adolescente, levando-o a se sentir amado e seguro, fazendo com que se mantenha longe de perigo, como as drogas. 33 3 Adolescência e Vida Adulta Há muitas intervenções e políticas nas escolas que atendem os adolescentes, que ensinam e conscientizam para os perigos das drogas, como as atividades extracurriculares, a discussão sobre as vulnerabilidades (fraquezas) de cada um, várias práticas e políticas escolares que tratam sobre o abuso de entorpecentes e trabalho com mentores (conselheiros). Dentre essas políticas se encontra o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas), um curso ministrado a crianças e jovens, pela Polícia Militar de cada Estado e, atualmente, também pelos pais. Nele são tratadas várias questões sobre as drogas, conscientizando sobre o uso e consequências. Carvalho e Carlini-Cotrim (1992), explicam que não basta a simples ocupação do tempo dos jovens para que eles sejam afastados das drogas e mantenham-se seguros. As políticas sociais para o combate às drogas devem possuir ações de prevenção e educativas, além de atividade extraclasse. Para a orientação de como fazer essas ações a UNODC (escritório nas Nações Unidas – ONU) elaborou e disponibilizou trabalhos que auxiliarão bastante para a realização desses programas, como por exemplo, o documento das “Normas Internacionais de Prevenção do Uso de Drogas”. Há também outros trabalhos, neste mesmo site, que orientam a realização de programações de prevenção ao uso de drogas e váriasmetodologias que podem ser usadas para alcançar e conscientizar crianças e jovens sobre os perigos das drogas e como se proteger. g Essas publicações da ONU estão disponíveis no site, e podem ser acessadas pelo endereço a seguir. http://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/drogas/programas-de- prevencao.html 34 4 Diálogo Como Estratégia de Prevenção na Família Muitos pais criam e preservam um clima emocional favorável ao diálogo e à confiança mútua para educar os filhos. Os pais precisam entender cada fase em que o filho se encontra e manter um relacionamento de reciprocidade, procurando se manter como uma influência positiva no aconselhamento dos filhos a respeito das suas atitudes e comportamentos, inclusive quando se trata do desempenho escolar. Essa atitude ajudará bastante ao aconselhamento e conscientização sobre os perigos das drogas. O efeito deste diálogo é aumentado com a aproximação dos pais e da escola, que pode ajudar com exemplos de casos reais em cursos e palestras. 5 Atividades Esportivas e de Lazer É muito comum em vários países e comunidades, a organização de atividades desportivas e de lazer (atividades saudáveis) com a finalidade de afastar crianças e jovens dos perigos das drogas. Tal estratégia tem dado muito certo, com resultados positivos na prevenção contra as drogas. Glossário Cognitivo: relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. ONU – Organização das Nações Unidas: é uma organização internacional que tem como objetivos facilitar a cooperação em termos de direito e segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e da paz mundial. UNODC: escritório da ONU voltado a assuntos relativos a crimes e drogas. 35 a 1) As politicas sociais devem estar associadas a: a. ( ) alimentação saudável. b. ( ) drogas e conscientização das consequências do uso. c. ( ) como realizar corretamente as atividades solicitadas pelos professores. d. ( ) como ser um filho melhor. 2) Quando há um contato mais efetivo das famílias com a escola: a. ( ) diminui-se o risco de envolvimento dos filhos com as drogas. b. ( ) aumenta-se o risco de envolvimento dos filhos com as drogas. c. ( ) diminui-se o contato dos filhos com as famílias. d. ( ) melhora a relação social dos filho. Atividades 36 Referências BUCHELE, F.; MARQUES, A. C. P. R, Importância da identificação da cultura e de hábitos relacionados ao álcool e outras drogas. In: BRASIL. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Atualização de conhecimento sobre redução da demanda drogas. Brasília. MJ. 2004. v. 1. p. 223-233. CARVALHO, Vera A.; CARLINI-COTRIM, Beatriz. Atividades extra-curriculares e prevenção ao abuso de drogas: uma questão polêmica. Revista Saúde Pública, São Paulo, 1992. MATTSON, S. N.; RILEY, E. P. A review of the neurobehavioral déficits in children with fetal alchohol syndrome or prenatal exposure to ahcohol. Alcohol Clin Exp Res., 1998. DE MICHELI, D.; FORMIGONI, M. L. O.S. As razões para o primeiro uso de drogas e as circunstâncias familiares preveem os padrões de uso futuro? J Bras Depend Quím., 2001. SUDBRACK, M. F. O. Da falta do pai à busca da lei: o significado da passagem ao ato delinquente no contexto familiar e institucional. Psicol Teoria Pesquisa, v. 8, Supl, p. 447-457, 1992. PROERD – PROGRAMA EDUCACIONAL DE RESISTÊNCIA ÀS DROGAS. Disponível em: <http://www.proerdbrasil.com.br/oproerd/oprograma.htm>. Acesso em: 8 jul. 2016. SENAD – SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS. Disponível em: <http://www.supera.senad.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/SUP9_Mod7.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2016. 37 UNIDADE 4 | PROBLEMAS SOCIAIS CAUSADOS PELO CONSUMO DAS DROGAS 38 1 Problemas Sociais Causados pelo Consumo das Drogas É na família que se inicia a formação da personalidade de cada ser humano. Dessa forma, cabe aos pais ensinarem aos filhos a melhor forma de “encarar” as decepções, respeitar limites e entender que é para o seu próprio bem e o porquê. Um bom exemplo é conscientizar o filho sobre os perigos das drogas em curto prazo (em festas, com pessoas sob o efeito de drogas, poderá haver brincadeiras e pressão para fazer algo que ele não queira como humilhação, estupro, morte etc.) e em longo prazo (doenças e até morte). e É importante destacar que o jovem que participa da vida comunitária, que ofereça atividades que desenvolvam suas habilidades pessoais, formará uma personalidade mais crítica e segura, que o ajudará a se manter longe das drogas. 39 Os fatores familiares, pessoais, escolares e sociais podem aumentar ou diminuir a possibilidade de envolvimento com drogas, como esclarece a Ong (Organização Não Governamental) “Vida sem Drogas”, que orienta ainda sobre os fatores de risco que facilitam o uso de drogas como: sentimento de insegurança, insatisfação com a própria vida, autoridade abusiva dos pais, falta de reflexão nas decisões familiares, exclusão social, dificuldades na escola, envolvimento com crimes, amigos usuários e outros. O principal problema social causado pelas drogas é o surgimento do narcotráfico (tráfico de drogas), com ele aumenta a violência e a criminalidade. Não só a droga tem a capacidade de destruir famílias, mas o narcotráfico colabora para isso, por exemplo, muitas crianças, de 8 a 12 anos, são “recrutadas” para trabalharem desde cedo no mundo do crime e manter o comércio ilegal de drogas. No início alertam os traficantes quando a polícia se aproxima e transportam pequenas quantidades de droga entre o traficante e o usuário. Esse problema de recrutadores de crianças para o tráfico não ocorre somente nas comunidades mais carentes, em escolas e comunidades com boas condições financeiras também ocorre o recrutamento. Por isso, a importância da comunicação, da confiança, do carinho e do conhecimento dos pais sobre a vida e a rotina dos filhos. Atenção ao filho se ele aparecer com joias, aparelhos eletrônicos, e outras coisas que não têm condições de comprar ou não daria para comprar com o dinheiro da sua mesada ou salário; isto é sinal de que o jovem está recebendo dinheiro de outro lugar. Fique atento também se coisas começam a “sumir” de dentro de casa, pode ser um sinal de que estejam sendo trocados ou vendidos para manter o vício por drogas. É importante que os pais e responsáveis tenham consciência dos fatores de risco que podem colocar os seus filhos em perigo e mais vulneráveis ao uso de drogas. A conversa e a observação da rotina e/ou do comportamento do filho são os melhores caminhos para a prevenção ao uso das drogas. A participação da família na vida dos filhos tem se mostrado indispensável para a boa formação e para mantê-los longe dos entorpecentes, quando isso não for possível uma séria política social e a participação da sociedade em ações e programas para o combate às drogas oportunizarão a muitas crianças e jovens um bom futuro longe das drogas. 40 2 Beber e Dirigir O último estudo feito pela Senad, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 2010, sobre o consumo de bebidas alcóolicas e outras drogas nas rodovias brasileiras, apontaram o uso de álcool e outras drogas em todas as capitais do Brasil, em todos os tipos de veículos. E ainda concluíram que os motoristas que apresentaram o maior número de casos de consumo de álcool e/ou outras drogas possuíam algum transtorno psiquiátrico como depressão, transtorno de estresse pós- traumático, hipomania/mania, transtorno de personalidade antissocial, alcoolismo, dependência de drogas. Diferente dos demais motoristas que não apresentavam nenhum transtorno psiquiátrico, nesses, oconsumo de álcool e outras drogas foi menor. Os acidentes de trânsito estão muito ligados ao consumo de bebida alcoólica. Em São Paulo, nos anos de 2006 a 2008, foi feito um estudo o qual apontou que mais da metade das vítimas de acidentes estavam embriagadas. Já em 2012, foi observado que é mais comum o comportamento de beber e dirigir em homens do que em mulheres. Entretanto, em estudos feitos pelo II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), ocorreu uma redução desse comportamento de 2006 até 2012, acredita-se que a redução foi o resultado do agravamento das penas para quem dirige após ingerir bebida alcoólica. Os pais e responsáveis, principalmente de jovens que já dirigem ou que saem de carro com os amigos, devem ficar alertas acerca do consumo de álcool. Os números de acidentes diminuíram, entretanto, a orientação e conscientização devem ser constantes. Se na hora de voltar para casa o jovem perceber que o amigo que vai dirigir está embriagado, deve pegar um táxi ou uma carona com outra pessoa de sua confiança para chegar em casa com segurança. Infelizmente, ainda é comum ocorrer casos de acidentes com jovens e vítimas fatais, no qual o motorista que também era jovem estava embriagado. Fica o alerta aos pais, a ONU declarou em 2014 que os jovens entre 15 e 29 anos são as principais vítimas de acidentes de trânsito do mundo. 41 3 Transtornos de Personalidade É muito comum em pessoas que usam drogas ilícitas ou abusam do uso de drogas prescritas por médico, algum distúrbio mental; o mais comum é conhecido por transtorno de personalidade antissocial. As pessoas que sofrem com esse transtorno apresentam os seguintes sintomas: 1. São indiferentes com as consequências de seus atos; 2. Agem sem pensar, muitas vezes de forma violenta; e 3. Sentem pouco remorso ou culpa pelo que fazem, mesmo quando prejudicam a si próprio ou a outras pessoas. c Apesar de ser comum o envolvimento de pessoas com algum tipo de transtorno mental com as drogas, jamais se pode afirmar que, necessariamente, essas pessoas experimentaram ou se tornarão dependentes químicos. 42 Glossário Estresse pós-traumático: distúrbio da ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais em decorrência de o portador ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas. Hipomania: alteração de humor semelhante à mania, porém com menor intensidade. A pessoa se sente muito bem, com bastante energia. Normalmente a necessidade de sono diminui e a libido aumenta. Lenad: Levantamento Nacional de Álcool e Drogas. Transtorno de personalidade antissocial: transtorno de personalidade caracterizado pelo comportamento impulsivo do indivíduo afetado, desprezo por normas sociais e indiferença ou desrespeito pelos direitos e pelos sentimentos dos outros. Frequentemente o indivíduo demonstra também baixa consciência ou sentido de moral associado a um histórico de problemas legais e comportamentos agressivos ou impulsivos. 43 a 1) Um dos principais problemas causados pela droga é: a. ( ) Pobreza extrema. b. ( ) Prostituição. c. ( ) Analfabetismo. d. ( ) Narcotráfico. 2) Qual afirmação está INCORRETA sobre a personalidade de uma pessoa que usa drogas? a. ( ) Os transtornos de personalidade, em geral, ocorrem junto com transtornos de abuso e dependência de álcool e outras drogas, e às vezes também com o tráfico. b. ( ) Pode-se afirmar que uma pessoa com problemas com álcool e/ou outras drogas também tenha transtorno de personalidade antissocial. c. ( ) Alguns problemas mentais, que são chamados de “transtornos de personalidade”, não chegam a impedir que as pessoas saibam distinguir qual a diferença entre o que é realidade e o que é fantasia, mas podem atrapalhar muito sua vida familiar e social. d. ( ) São comuns em pessoas que têm problemas com consumo abusivo de substâncias. Atividades 44 Referências BAUS, J.; KUPEK, E.; PIRES, M. Prevalência e fatores de risco relacionados ao uso de drogas entre escolares. Rev. Saúde Pública, v. 36, n. 1, p. 40-46, 2002. GALDURÓZ J. C. F.; CAETANO R. Epidemiologia do uso do álcool no Brasil. Rev. Bras Psiquiatr, v. 26, Supl I, p. 3-6, 2004. HUMENIUK, R.; POZNYAK, V. Assist: Teste de triagem para álcool, tabaco e substâncias – guia para uso na atenção primária à saúde. Versão preliminar 1.1. Tradução: Ronzani TM, Formigoni MLOS, Lacerda RB (superv.). Revisão: Guirro UBP. Organização Mundial de Saúde, OMS, 2004. ONG Vidas Sem Drogas. Prevenção ao uso de Drogas. Disponível em: <http://www. vidasemdrogas.org/prevencao.html>. Acesso em: 4 set. 2016. SCHMITZ, Aurinez Rospide. Caracterísiticas sociodemográficas e da habilitação de motoristas infratores por alcoolemia. 2013. 92 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/76161/000891765. pdf?sequence=1>. Acesso em: 8 jul. 2016. SENAD – SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICA SOBRE DROGAS. Fé na Prevenção. 2013. Disponível em: <http://www.fenaprevencao.senad.gov.br/course/view. php?id=7>. Acesso em: 4 set. 2016. ______. Supera SENAD. 2016. Disponível em: <http://www.supera.senad.gov.br/wp- content/uploads/2016/06/SUP9_Mod7.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2016. VARELLA, Drauzio. Transtorno do estresse pós-traumático. 2011. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/letras/e/transtorno-do-estresse-pos-traumatico/>. Acesso em: 8 jul. 2016. 45 UNIDADE 5 | ONDE PROCURAR AJUDA EM CASO DE USUÁRIO NA FAMÍLIA 46 1 Procurando Ajuda É importante que as famílias fiquem atentas a questões emocionais dos seus filhos, pois muitas pessoas acabam usando drogas como válvula de escape para os problemas que não conseguem solucionar. É por isso que no tratamento para as pessoas já dependentes, é muito comum a procura de fontes de prazer alternativas, para substituir a sensação de bem-estar causada pelas drogas. Às vezes em meio à terapia o usuário na tentativa de se livrar das drogas tenta compensar a sensação de prazer que a droga lhe dava com bebida alcoólica (uma droga lícita) ou com medicamentos (automedicação), por isso faz-se necessário o apoio de um especialista. 47 h A melhor forma de tratamento para acabar com o uso de drogas é a assistência integrada, que vai ajudar o dependente a se livrar do uso de substâncias psicoativas e também com os transtornos e as doenças causadas pelo uso dos entorpecentes. A intervenção integrada funciona com a união de médicos, com mais de uma especialidade; com psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais da saúde; que atuarão de forma integrada, trocando informações sobre o estado e evolução do paciente no tratamento, para que as suas chances de sucesso sejam aumentadas. No caso de pessoas que também possuam algum transtorno psiquiátrico, é importante que seja encaminhado primeiramente a um atendimento psiquiátrico, para que os diagnósticos sejam feitos de forma segura e então possa incluir a pessoa no tratamento para se livrar do vício em álcool e/ou drogas. O Governo Federal disponibiliza programas de combate às drogas seguem exemplos: 2 Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) A UAA (Unidade de Acolhimento Adulto) é um serviço de acolhimento momentâneo para as pessoas que estão sofrendo com os problemas causados pelo uso de álcool, crack e outras drogas. Pertencente a Rede de Atenção Psicossocial do Governo Federal, a UAA fornece moradia para até quinze adultos por até seis meses, e o apoio profissional e especializado dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que faz as indicações para as vagas da UAA (BRASIL,2016). Aqui as pessoas adultas que sofrem com efeitos do uso dos entorpecentes podem encontrar abrigo, ajuda e apoio para se livrar das drogas. 48 3 Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAi) A UAi (Unidades de Acolhimento Infanto-Juvenil) são unidades que, da mesma forma que as UAA, oferecem acolhimento temporário às pessoas que sofrem com os efeitos do uso de drogas como álcool, crack e outras drogas, mas, nesse caso, os acolhidos são crianças e adolescentes de 10 a 18 anos. Também faz parte da Rede de Atenção Psicossocial o UAi, ao contrário dos UAA, oferece apoio e proteção contínua para até 10 crianças e adolescentes por unidade, sempre buscando cumprir e respeitar a legislação que cuida das pessoas dessa faixa etária, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Dessa forma, a UAi garante os direitos à moradia, à educação e à convivência familiar e social para os usuários por até seis meses. Nesse tempo é desenvolvido com a criança, o jovem e suas famílias um trabalho para ajudá-los a construir novos projetos para um novo futuro. A seleção para a UAi também é feita por meio dos CAPS (BRASIL, 2016). Essas unidades, quando possível, faz o tratamento das crianças e dos jovens junto com a família. Os laços familiares procuram ser reestabelecidos, para que com a aproximação familiar a pessoa tenha mais chances de se livrar e se manter longe das drogas. 4 Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) III O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III é um serviço disponibilizado pelo Estado que procura ajudar crianças, jovens e adultos que sofrem com necessidades causadas pelo uso do álcool, crack e outras drogas, oferecendo atenção e cuidados integrais e continuados (BRASIL, 2012). Esse serviço é dedicado ao tratamento de adultos, mas, desde que atendam às exigências do ECA, também podem atender jovens e crianças. O atendimento à população é feito em horário integral e o seu trabalho busca oferecer um acompanhamento clínico, a reinserção social do usuário com oportunidade de trabalho, lazer, exercício dos seus direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e do convívio com a comunidade. Para que recebam esses serviços precisam é preciso passar pelo CAPS, que fará a indicação para o atendimento correto e continuará o acompanhamento apoiando os usuários e suas famílias para que as pessoas possam se livrar das drogas. Esses 49 projetos, muitas vezes, podem ir além das suas estruturas físicas, na busca pela rede de suporte social para garantir um maior sucesso do seu trabalho junto às pessoas com dependência. Dessa forma, busca conhecer a pessoa, cultura, família e seu dia a dia, para que escolha um modo para desenvolver o seu trabalho que realmente possa atingir e ajudar a pessoa. Além disso, o CAPS também dispõe da ajuda de uma equipe multiprofissional com médicos (várias especialidades), psicólogos etc. Uma pessoa pode ver-se livre das drogas com o esforço próprio e o apoio dos serviços públicos e sociais, porém, é importante que a sua família seja localizada e esteja presente no tratamento para a independência do paciente, a participação e o apoio familiar somam aos esforços do Estado, dos serviços públicos e da sociedade em geral. 5 Comunidades Terapêuticas (CT) As comunidades terapêuticas são instituições privadas sem fins lucrativos que recebem ajuda financeira do governo e oferecem acolhimento gratuito às pessoas com transtorno causados pelo uso de drogas. Essas comunidades são abertas e a entrada é voluntária, disponibiliza ajuda para aqueles que precisam de um ambiente residencial para que possam se afastar e se recuperar do uso de drogas. Esse amparo pode durar até 12 meses, mas para permanecer nesse acolhimento as pessoas devem manter o seu tratamento especializado pela Rede de Atenção Psicossocial e nos serviços de saúde que sejam necessários. Para o atendimento e acompanhamento as comunidades possuem técnicos formados e habilitados, com substitutos com as mesmas qualificações. Nos processos de admissão as CTs devem garantir que: 1. A pessoa atendida e sua família devem ser respeitadas, independente da etnia, credo religioso, orientação sexual, ideologia, antecedentes criminais, nacionalidade ou condições financeiras; 50 2. O usuário e o seu responsável sejam bem orientados sobre as normas e rotinas da CT, inclusive horários e regras para receber visitas e para se comunicar com familiares e amigos; 3. A permanência seja voluntária; 4. Não haverá qualquer tipo de obrigação de permanência no CT pelo uso da força, ou pelo isolamento ou qualquer tipo de aprisionamento; 5. Há várias formas de interrupção da permanência no CT a qualquer momento; 6. Respeito à privacidade com seus objetos pessoais e suas roupas. 6 Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) Os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) oferecem ajuda especializada, contínua com o acolhimento de pessoas, e suas famílias, ameaçadas ou que tiveram algum direito violado ou desrespeitado como: violência (física, psicológica e sexual), tráfico de pessoas, que esteja cumprindo medidas socioeducativas em aberto, em situação de risco pessoal e social causados pelo uso de drogas etc. (BRASIL, 2015). Esse serviço busca acolher pessoas que sofrem ou sofreram com esses problemas, buscando o fortalecimento familiar e dos vínculos com a comunidade, com prioridade na recuperação dos laços familiares. Os atendimentos são oferecidos de forma articulada, com o apoio da rede de serviços de assistência social, órgãos de defesa dos direitos e de outros que desenvolvem políticas públicas para o auxílio de pessoas com necessidades causadas pelo uso de drogas. Disponibilizando serviços locais e regionais, para que possa atender o maior número de municípios e garantir o maior alcance de pessoas que precisam deste trabalho (BRASIL, 2015). Até os menores municípios do país disponibilizam um CREAS, no caso de violência ou quaisquer outras ameaças causadas pelo contato com as drogas o usuário e/ou a sua família encontrarão ajuda no CREAS mais próximo da sua casa. 51 7 Programa de Volta para Casa O Programa Volta para Casa é um programa criado pelo Governo Federal que busca auxiliar a reinserção social de pessoas que passaram muito tempo em internações psiquiátricas. Criado em 2003, pela Lei nº 10.798/1992, o programa procura indenizar as pessoas que, por falta de uma terapia mais adequada, sofreram algum tratamento desprezível, sem que seus direitos básicos tenham sido respeitados. O trabalho é realizado por uma organização ampla e diversificada para oferecer ao beneficiado uma assistência e cuidados para facilitar a sua reinserção social, assegurando o seu bem-estar e o incentivando ao exercício de seus direitos como pessoa e cidadão (civis, políticos etc.) (BRASIL, 2003). O programa também atende o que determina a Lei nº 10.216/2011, quando define o atendimento e auxílio para o processo de desinstitucionalização de pacientes que passaram muito tempo internados em hospitais psiquiátricos em todo o país. Políticas públicas planejadas e de reabilitação psicológica e de assistência social são desenvolvidas para ajudar essas pessoas em grave situação de dependência institucional, no resgate de sua independência, oportunizando o auxílio para que a ela possa ter uma vida saudável no seio social. Esse programa é um grande auxílio aos ex-pacientes e às famílias na ajuda da reinserção de seus entes queridos em suas comunidades, promovendo um retorno ao trabalho, à escola e a todas as atividades comuns do cidadão na sociedade. Glossário Desinstitucionalização: nome dado ao processo que indica a redução de leitos em hospitais psiquiátricos devidoà assistência eficaz do governo. 52 a 1) O melhor tratamento para pessoas que abusam ou que sejam dependentes em qualquer tipo de droga é: a. ( ) Assistência integrada. b. ( ) Assistência farmacêutica. c. ( ) Assistência psicológica. d. ( ) Assistência Hospitalar. 2) Sobre as garantias da Comunidade Terapêutica, escolha a alternativa incorreta. a. ( ) Não é possível interromper o tratamento. b. ( ) É vedado qualquer forma de contenção física, isolamento ou restrição à liberdade. c. ( ) É garantido o respeito à pessoa e à família, independentemente da etnia, credo religioso, ideologia, nacionalidade, orientação sexual, antecedentes criminais ou situação financeira. d. ( ) Garante-se a orientação clara ao usuário e seu responsável sobre as normas e rotinas da instituição, incluindo critérios relativos a visitas e comunicação com familiares e amigos. Atividades 53 Referências BRASIL. Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.708.htm>. Acesso em: 8 jul. 2016. BRASIL. Observatório Crack: Unidade de Acolhimento Adulto. Disponível em: <http:// www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/unidade-acolhimento-adulto.html>. Acesso em: 8 jul. 2016 ______. Observatório Crack: Unidade de Acolhimento Infantil. Disponível em: < http:// www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/unidade-acolhimento-infantil.html Acesso em: 8 jul. 2016 ______. Observatório Crack: Centro de Referência Especializado em Assistência Social. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/centro- referencia-especializado-assistencia-social.html>. Acesso em: 8 jul. 2016. CINNANTI, C. J. J. Prevenção do uso de drogas por adolescentes no contexto sociofamiliar de baixa renda: contribuições teórico metodológicas na perspectiva da complexidade. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Brasília, Brasília, 1997. DABAS E. A intervenção em rede: novas perspectivas. Rio de Janeiro: Instituto de Terapia Familiar do Rio de Janeiro, 1995. LEON, G. A. A comunidade terapêutica: teoria, modelo e método. São Paulo: Edições Loyola; 2003. MAIA PRIME. Comorbidades. Disponível em: <http://www.maiaprime.com.br/ comorbidades/>. Acesso em: 8 jul. 2016. 54 UNIDADE 6 | PREVENÇÃO 55 1 Prevenção Os métodos e estratégias de prevenção buscam diminuir a procura por substâncias/ drogas, pode-se conseguir isso por meio da conscientização sobre os efeitos das drogas. Como bastante discutido neste curso, o trabalho deve começar dentro da família, que deve ser, principalmente para o jovem, o seu “porto seguro”. Por isso, o diálogo, a compreensão, a confiança e a união fazem toda a diferença quando o assunto é drogas e não há ninguém melhor do que a própria família para instruir e proteger seus entes queridos. Com isso, para somar forças em busca do objetivo de evitar o uso das drogas, é que as ações buscam informar as famílias e os jovens sobre as questões específicas que envolvam o uso de tais substâncias. 1.1 Efeitos em Longo Prazo c Em longo prazo as drogas podem causar várias doenças no usuário, desde cirrose, causada pelo uso excessivo de bebida alcoólica, até cânceres, provocados também por drogas mais pesadas. No caso do álcool, por exemplo, devido ser composto de moléculas muito pequenas, logo atingem e se espalham por todo corpo, causando todo tipo de enfermidades. Pelos efeitos prejudiciais que as drogas causam, é que as ações devem se concentrar, em geral, em aumentar os fatores de proteção e minimizar os fatores que representam riscos. Dentre esses fatores de risco ou comportamentos de risco para o uso de drogas, pode-se citar: 1. Delinquência (cometer delitos e infrações); 2. Evasão escolar (abandonar os estudos); 3. Violência juvenil (os pais devem desencorajar a violência entre os jovens); 56 4. Gravidez na adolescência (evitar expor jovens em situações que possam possibilitar a gravidez precoce e/ou indesejada); e 5. Comportamento sexual de risco (orientar para evitar a prática do sexo sem proteção – camisinha). Os familiares também devem compreender que a presença de algum fator de risco não necessariamente causará o uso de drogas, da mesma forma ocorrerá o inverso, se há ausência de fatores de risco, ainda assim, os pais e responsáveis devem ficar atentos aos sinais que podem sugerir a utilização de entorpecentes. Por exemplo, considera-se que uma pessoa com baixa autoestima pode estar mais vulnerável ao uso de drogas, porém ter uma autoestima alta não significa que a pessoa está livre de ter contato e/ ou vir a se tornar dependente de drogas. Os pais e responsáveis devem ficar atentos independente da presença ou ausência de fatores de risco. Sobre isso Andrade e Bassit (1995) reafirmam que o problema com drogas pode envolver uma série de fatores biológicos (genéticos etc.), psicológicos e sociais, chamados de fatores biopsicossociais e que, por isso, o campo de atuação das ações preventivas é bem grande. Dessa forma, envolve fatores que vão desde a formação da personalidade da pessoa, a questões familiares, sociais, políticas e econômicas. Por tudo isso, o planejamento e a avaliação de resultados das ações de intervenção contra as drogas são importantes. O planejamento, para conseguir alcançar o maior número de pessoas, pois se tem a ideia de fatores de risco, mas o uso de drogas pode ocorrer na ausência desses fatores, e a avaliação dos resultados, para entender melhor como ocorre esses casos dentro de determinado grupo ou comunidade. As ações de prevenção às drogas podem ser realizadas por diferentes modelos, podendo-se adotar mais de um conforme a necessidade. Por exemplo, uma escola que considerou vários aspectos da comunidade que atende para então realizar uma ação preventiva, tais como: 1. A necessidade do respeito à cultura da comunidade e do local onde ela está inserida; 2. O planejamento de ações; 3. O aproveitamento dos recursos já existentes; 4. A inclusão de novas atividades no currículo escolar; 5. O envolvimento gradual com a comunidade escolar; 57 6. A continuidade das ações planejadas; e 7. A consideração do fato de que só a informação não basta. Sempre considerando que os fatores de risco e de proteção são instrumentos que servem para guiar pais, responsáveis e, no caso das escolas, os professores na hora de identificar um jovem com problemas com drogas. Mas esses não são os únicos, podendo existir a possibilidade do uso de drogas mesmo na ausência de fatores de risco. Ao se tratar dos jovens, principalmente, pode-se considerar que estão mais vulneráveis aos estímulos da mídia e de amigos, pela falta de experiência e por estarem em busca de se firmar e ter uma identidade eles podem estar mais propícios ao uso de drogas. Entretanto, não há uma idade para uso de drogas, por isso devemos cuidar e sempre conversar com os nossos familiares na busca de entendê-los e ajudá-los caso seja necessário; em caso de dúvidas ou dificuldades os jovens devem procurar os pais, responsáveis ou a escola para que possam ajudá-los. 1.2 Estratégias As estratégias para o combate às drogas no seio familiar são diversas, exemplificamos aqui as principais que podem ser usadas para manter os filhos e entes queridos longe do vício: 1. Modelo do amedrontamento – essa estratégia utiliza informações que destacam as consequências mais terríveis do uso de drogas de forma a impactar quem ouve, e causar o medo de usar drogas devido ao resultado de seu uso. Essa estratégia de combate às drogas pode não surtir muito efeito pelo fato de o jovem ou o usuário não ver a droga como algo ruim, mas sim prazeroso. 2. Conscientização por meio do conhecimento científico– essa estratégia usa informações científicas sobre os prejuízos que as drogas causam ao organismo, para desencorajar o seu uso. Dessa forma, principalmente o jovem, pela sua 58 pouca experiência de vida, pode decidir de forma racional e autônoma por não aceitar o uso de drogas. Porém, nesse ponto, é preciso que a família tome certo cuidado, pois informações demais sobre os entorpecentes podem aumentar a curiosidade e acabar, de certa forma, encorajando-os a consumir drogas. 3. Treinamento para resistir – essa estratégia tem a finalidade de desenvolver técnicas, por meio de treinamentos e atividades que ajudarão os jovens a recusar drogas, no caso de serem oferecidas a eles. 4. Treinamento de Habilidades Pessoais e Sociais – essa estratégia fortalece, principalmente o jovem, já que procura achar a sua “turma” e encontrar uma identidade, por auxiliá-lo de forma geral a aprender habilidades e competências para que saiba lidar com a sua timidez ou quaisquer outras questões suas que dificultam a interação social, para, então, criar amizades saudáveis. 5. Pressão de Grupo Positiva – essa estratégia utiliza os próprios jovens para trabalhar de forma positiva nas ações de prevenção e combate às drogas. Nessa, busca-se a identificação de líderes natos entre os jovens para treiná-los e para que possam atingir ainda mais jovens com as orientações contra o uso de drogas em uma linguagem e comunicação de jovem para jovem. 6. Educação afetiva – essa técnica defende que a construção de uma estrutura emocional e psicológica fortalecida dos jovens faz com que cresçam com mais saúde, tornando-os mais resistentes a ideia do uso de drogas. Essa estratégia defende a valorização dos jovens, incentivando-os a ter autoestima mais alta, para que saibam lidar com as suas ansiedades, dificuldades e para que saibam se relacionar em grupo sem que usem drogas por pressão dos outros, que é a habilidade de decidir e se relacionar ou não com determinado grupo de amigos. 7. Oferecimento de alternativas – essa estratégia busca mostrar alternativas interessantes e saudáveis para que aconteça o desvio do pensamento em usar drogas. Por exemplo, o lazer, um curso profissionalizante, atividades culturais, entre outras; são capazes de desviar a atenção dos jovens do uso de drogas e, até mesmo, de quaisquer outras ações erradas. 8. Modificação das condições de ensino – a mudança da abordagem sobre as drogas nas escolas com um bom ambiente escolar, com o comprometimento das escolas com a saúde dos alunos, o envolvimento de pais e professores nas ações de prevenção e no acompanhamento dos alunos, no debate sobre drogas na sala de aula e palestras são técnicas que podem prevenir o uso de drogas. 59 9. Educação para a saúde – a educação para a saúde está mais ligada a oferecer uma orientação para que o jovem saiba como ter uma vida mais saudável, inclusive, no que diz respeito às drogas. Essas orientações vão desde uma boa alimentação, práticas regulares de exercício físico, o incentivo à proteção na vida sexual, e também à orientação sobre o prejuízo que as drogas causam no organismo. h Para o combate às drogas são necessárias ações das escolas; a proteção, educação e orientação dos pais acerca do assunto e que a sociedade ao todo se organize no sentido de promover a informação e desencorajamento do uso de drogas. Dessa forma, pode-se conseguir uma sociedade mais saudável e com a diminuição considerável do número de usuários de drogas, favorecendo aos jovens um ambiente de crescimento e desenvolvimento mais saudável e oportunizando mais segurança para as famílias. Glossário Cirrose: doença crônica do fígado. Fatores biopsicossociais: quando se considera fatores sociais, biológicos e psicológicos. 60 a 1) Marque a alternativa correta. Para um determinado grupo, como realizar um trabalho sério e preventivo? a. ( ) Não identificar fatores de risco. b. ( ) Tratar o grupo como específico minimizando os fatores de risco e fortalecendo os fatores de proteção. c. ( ) Tratar o grupo de maneira ampla. d. ( ) Identificar apenas os fatores de proteção. 2) Marque a alternativa correta. Como se pode basear uma forma de definição para a prevenção no uso drogas? a. ( ) Pelo aumento da procura do consumo dessas substâncias. b. ( ) Misturando as substâncias ao invés de utilizar só uma. c. ( ) Reduzindo a procura do consumo dessas substâncias. d. ( ) Apenas repassando informação já é o suficiente para mudar o consumo de drogas das pessoas. Atividades 61 Referências BRASIL. Secretaria Nacional Antidrogas. A prevenção do uso de drogas e a terapia comunitária. Brasília: Senad, 2006. NEUMANN G. B. R. Intervenção breve. In: FORMIGONI, M. L. O. S. (Coord.). A intervenção breve na dependência de drogas: a experiência brasileira. São Paulo: Contexto, 1992. PIAI, Áurea de Gouveia et al. Drogas: o ambiente escolar e seu papel preventivo. 2015. Disponível em: <http://www.uel.br/eventos/semanaeducacao/pages/arquivos/anais/ artigo/saberes e praticas/drogas o ambiente escolar e seu papel preventivo.pdf>. Acesso em: 8 jul. 2016. SENAD – SECRETARIA NACIONAL ANTIDROGAS. Curso de formação em prevenção do uso indevido de drogas para educadores de escolas públicas. Volume I: O adolescente e as drogas no contexto da escola. Brasília: Secretaria Nacional Antidrogas e Ministério da Educação, 2004. 84p. 62 Gabarito Questão 1 Questão 2 Unidade 1 B B Unidade 2 A D Unidade 3 C A Unidade 4 D B Unidade 5 A A Unidade 6 B C Apresentação Unidade 1 | Drogas: Conceito, Classificação e Seus Efeitos no Corpo Humano 1 Conceito: O Que é Droga? 2 Classificação das Drogas 3 Origem e Classificação Quanto à Legalidade das Drogas 4 Como as Drogas Circulam pelo Corpo 5 Padrões de Uso 5.1 Uso Experimental 5.2 Uso de Risco 5.3 Uso Problemático Glossário Atividades Referências Unidade 2 | Drogas Mais Comuns 1 As Drogas Mais Comuns 1.1 O Álcool 1.2 Cocaína, Crack e Merla 1.3 Anfetaminas 1.4 Nicotina 1.5 Maconha 1.6 Êxtase 1.7 LSD (Dietilamida do Ácido Lisérgico) Glossário Atividades Referências Unidade 3 | Como Afastar as Drogas da Família 1 Como Afastar as Drogas da Família 2 Infância 3 Adolescência e Vida Adulta 4 Diálogo Como Estratégia de Prevenção na Família 5 Atividades Esportivas e de Lazer Glossário Atividades Referências Unidade 4 | Problemas Sociais Causados pelo Consumo das Drogas 1 Problemas Sociais Causados pelo Consumo das Drogas 2 Beber e Dirigir 3 Transtornos de Personalidade Glossário Atividades Referências Unidade 5 | Onde Procurar Ajuda em Caso de Usuário na Família 1 Procurando Ajuda 2 Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) 3 Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAi) 4 Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) III 5 Comunidades Terapêuticas (CT) 6 Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) 7 Programa de Volta para Casa Glossário Atividades Referências Unidade 6 | Prevenção 1 Prevenção 1.1 Efeitos em Longo Prazo 1.2 Estratégias Glossário Atividades Referências Gabarito
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