Buscar

120638919 Patologia e Saneamento das construcoes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 99 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1 Instrutor Tony Mine 
2 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
3 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
4 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Fissuras e 
Patologia nas 
Edificações... 
Como identificar? 
Como solucionar? 
o Trincas e fissuras em edifícios; 
o Trincas de origem térmica; 
o Trincas e fissuras por ação de sobrecargas e deformações 
 excessivas da estrutura; 
o Patologias decorrentes da umidade; 
o Patologias em madeira; 
o Patologias em estruturas de concreto armado; 
o Patologias oriundas do recalque de fundações; 
o Principais patologias dos sistemas de pintura; 
5 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
TRINCAS E FISSURAS 
6 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
O problema das trincas é um dentre os muitos problemas que afetam 
os edifícios, cujo aparecimento tem três aspectos fundamentais, que 
são: aviso de um eventual estado perigoso da estrutura, comprome-
timento do desempenho da obra em serviço e o constrangimento 
psicológico que causa aos seus usuários. 
 
É sabido que as obras de restauração ou reforço são muito dispen-
diosas, porém nem sempre solucionam o problema definitivamente. 
Muitas vezes, incompatibilidades entre os projetos de arquitetura, 
estrutura e fundações conduzem a tensões que superam a resistência 
dos materiais, em seções particularmente desfavoráveis, originando 
fissuras. 
TRINCAS E FISSURAS 
7 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Ainda é muito comum no Brasil, a falta de diálogo entre os projetistas 
acima citados e os fabricantes de materiais. Aliadas a essa incompa-
tibilidade estão: a interferência dos projetos de instalações, as falhas 
de planejamento, a carência de especificações técnicas, ausência de 
mão de obra bem treinada, deficiência na fiscalização e políticas de 
prazos e preços, que levam a uma série de improvisações e malaba-
rismos adotados na execução de um edifício de boa qualidade. 
Com isso, é certo que nele ocorram fissuras, destacamentos e 
infiltrações que comprometem o bom desempenho do mesmo. 
TRINCAS E FISSURAS 
8 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
DEFINIÇÃO 
 
A fissuração é um problema patológico que interessa a vários ramos 
da engenharia, entre outros motivos, por estar diretamente relacio-
nada à resistência dos materiais. 
Na engenharia de construção civil, a incidência daquela patologia é 
verificada tanto nos componentes mais simples, como por exemplo 
nos blocos de uma alvenaria, como até em elementos complexos, tais 
como os responsáveis pela segurança estrutural de uma edificação. 
A fissura também é conhecida por outras denominações, como por 
exemplo: trinca e rachadura, contudo as trincas, que diferenciam-se 
das fissuras pela sua maior abertura, ocorrem por desequilíbrios de 
grande amplitude, como devido a recalques diferenciais exagerados 
das fundações. 
TRINCAS E FISSURAS 
9 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Retração 
 
A retração provoca a diminuição do volume do concreto. É conse-
quência da "retirada" de água da massa de concreto em processo de 
cura, seja pela hidratação do cimento (a reação química utiliza água), 
ou pela secagem superficial dos elementos (evaporação da água 
próxima à superfície da peça). Assim, quanto mais cimento houver no 
concreto, maior a retração (o processo químico consumirá mais água); 
quanto maior a relação água/cimento, também maior será a retração 
(sobra mais água não utilizada no processo químico, água essa que 
pode evaporar); um processo de cura ineficiente (ambiente muito seco 
e/ou muito quente) e peças muito finas, também contribuem para 
agravar o problema. 
TRINCAS E FISSURAS 
10 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Retração 
TRINCAS E FISSURAS 
11 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Variação de Temperatura 
 
Os elementos de uma construção estão sujeitos a variações dimen-
sionais devido à variação de temperatura sazonais e diárias a que 
estão expostos. Quando a temperatura aumenta, ocorre uma tendência 
de expansão. O contrário ocorre quando a temperatura diminui. As 
fissuras causadas por variação de temperatura podem surgir devido 
ao encurtamento de elementos (diminuição de temperatura) restrin-
gidos por vínculos. Esse efeito pode ser amenizado com juntas de 
dilatação bem projetadas. 
TRINCAS E FISSURAS 
12 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Variação de Temperatura 
 
Outra maneira pela qual podem surgir fissuras causadas pela variação 
de temperatura ocorre quando as construções, ou partes dela, 
possuem materiais com coeficientes de dilatação térmica muito 
diferente (como, por exemplo, pórticos de concreto armado fechados 
com alvenaria de blocos cerâmicos). Ou, ainda, partes da estrutura 
constituídas do mesmo material, mas sujeitas a temperaturas 
diferentes: é o caso das lajes de cobertura, onde a face superior pode 
ficar exposta a uma temperatura maior que a face inferior. A configu-
ração das fissuras causadas por variação térmica é muito parecida 
com as causadas por retração: de abertura constante, perpendiculares 
ao eixo do elemento e tendendo a seccionar o elemento. 
TRINCAS E FISSURAS 
13 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Variação de Temperatura 
 
As principais movimentações diferenciais ocorrem em função da: 
junção de materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica, 
sujeitos às mesmas variações de temperatura; exposição de elementos 
a diferentes solicitações térmicas naturais e gradiente de temperatura 
ao longo de uma mesma parte da edificação. As fissuras de origem 
térmica, apesar de não comprometerem a segurança, assumem grande 
importância na construção de edifícios e sua justificativa é devido as 
deformações que as causam são inevitáveis; as fissuras são de difícil 
reparo, pelo seu caráter cíclico e variável e, normalmente compro-
metem alguma exigência essencial (por exemplo, uma exigência 
psicológica - o temor pela segurança ou de habitabilidade - sanidade)”. 
TRINCAS E FISSURAS 
14 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Variação de Temperatura 
TRINCAS E FISSURAS 
15 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Tração 
 
As fissuras causadas por esforços de tração são, em geral, ortogonais à 
direção do esforço e atravessam toda a secção. O material concreto é 
muito susceptível a esse tipo de fissura, pois a resistência à tração 
deste material é muito pequena. Para impedir esse tipo de fissuração, 
as peças de concreto devem ser adequadamente armadas, já que o aço 
resiste bem à tração, substituindo o concreto aonde este esforço venha 
a ocorrer. 
TRINCAS E FISSURAS 
16 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Compressão 
 
As fissuras causadas por esforços de compressão são, em geral, para-
lelas a direção do esforço. Quando o concreto é muito heterogêneo, as 
fissuras podem cortar-se segundo ângulos agudos. As fissuras devidas 
ao esforço de compressão se fazem visíveis com esforços inferiores ao 
de ruptura, e aumentam de forma contínua. Nas peças muito esbeltas 
e comprimidas, podem aparecer fissuras na parte central da peça. 
São fissuras finas e estão juntas. 
TRINCAS E FISSURAS 
17 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Flexão 
 
As fissuras causadaspor flexão são as mais frequentes em concreto 
armado. Este tipo de fissura tem abertura variável. 
TRINCAS E FISSURAS 
18 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Fissuras Causadas por Torção 
 
As fissuras causadas por esforço de torção são, em geral, inclinadas 
(aproximadamente 45°), cobrindo o contorno da peça de forma mais 
ou menos espiral. Este tipo de fissura pode ser combatido com o 
adequado dimensionamento da armadura para resistir ao momento 
de torção. 
TRINCAS E FISSURAS 
19 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação 
 
A classificação das fissuras objetiva auxiliar o processo de formação do 
diagnóstico, a partir do qual pode-se indicar a recuperação mais 
adequada a partir da sua origem. 
 
Associar a manifestação da fissura com a provável causa é uma forma 
de classificação de fundamental importância, visto que antes de ser 
tomada qualquer medida de recuperação é necessário intervir nas 
causas. 
TRINCAS E FISSURAS 
20 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação 
 
Do ponto de vista prático, a classificação da fissura mais adequada 
seria aquela que relacionasse a tipologia da fissura com a recuperação 
mais apropriada. 
No entanto, as informações fornecidas por apenas uma classificação 
não são suficientes para entender o fenômeno patológico em questão e 
subsidiar um diagnóstico completo. O conjunto dos dados colhidos de 
cada classificação é que vai auxiliar a caracterizar o problema e, 
consequentemente, ajudar a estabelecer uma terapia apropriada para 
a recuperação. 
TRINCAS E FISSURAS 
21 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a amplitude da abertura” 
 
A classificação das fissuras segundo a largura da abertura pode indicar 
a gravidade do problema, auxiliar na identificação da causa e até 
mesmo limitar a utilização dos sistemas de recuperação. 
O BRE (BUILDING..., 1981) estabeleceu um critério em função da 
largura da fissura, no qual classifica o dano em níveis e categorias, 
segundo os quais pode-se conhecer a gravidade do problema, 
conforme ilustra a tabela 2.16. 
Essa classificação foi inicialmente proposta para a avaliar o dano 
causado pela subsidência do solo nas edificações britânicas. 
TRINCAS E FISSURAS 
22 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a amplitude da abertura” 
TRINCAS E FISSURAS 
23 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a amplitude da abertura” 
 
Segundo o BRE (BUILDING..., 1981), “para a maioria dos casos, as 
categorias 0, 1 e 2 representam os danos estéticos; as categorias 3 e 4 
representam os danos de utilização e a categoria 5 representa os 
danos de estabilidade”, e ainda explica que “as três primeiras 
categorias compreendem danos que prejudicam apenas a aparência, 
as categorias 3 e 4 interferem nas funções da parede, enquanto na 
categoria 5 estão os casos em que há riscos de que a estrutura entre 
em colapso”. 
Essa classificação demonstra a preocupação do BRE em estabelecer 
uma relação entre a fissura e os danos decorrentes da sua 
manifestação. 
TRINCAS E FISSURAS 
24 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a amplitude da abertura” 
 
Entretanto, associa as categorias dos danos à limites para a largura 
das fissuras bastante discutíveis, como por exemplo ao considerar os 
danos da categoria 2 apenas como estéticos. 
O BRE (BUILDING..., 1981) adverte ainda que a abertura da fissura não 
deve ser utilizada como o único parâmetro na determinação da sua 
causa. No entanto, considera que essa informação pode ser utilizada 
para limitar o leque de possíveis causas. 
TRINCAS E FISSURAS 
25 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a amplitude da abertura” 
 
SABBATINI (1984), ao diferenciar a fissura da trinca, associa a 
ocorrência das trincas aos desequilíbrios de maior amplitude, como 
por exemplo devido a recalques diferenciais das fundações. Esse autor 
considera como sendo fissura a abertura com largura de até 1 mm. 
Os profissionais do meio técnico utilizam os termos fissura e trinca 
indiscriminadamente, não fazendo qualquer distinção entre eles, o que 
pode gerar dúvida na descrição deste problema patológico. 
TRINCAS E FISSURAS 
26 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a movimentação” 
 
A movimentação da abertura da fissura ao longo do tempo é uma 
informação útil que também ajuda na determinação da causa. Além 
disso, a amplitude dos movimentos impõe um limite à utilização dos 
sistemas de recuperação, em função da capacidade de deformação. 
As fissuras podem ser classificadas, de acordo com a movimentação, 
em ativas ou inativas. MASSON (1994) considera ativas aquelas 
fissuras que se movimentam, abrindo e fechando, e inativas aquelas 
fissuras que não apresentam movimentação. 
TRINCAS E FISSURAS 
27 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a movimentação” 
 
MASSON associa ao primeiro caso as fissuras provocadas por 
variações térmicas e higroscópicas e ao segundo caso as fissuras 
provocadas por uma carga muito importante aplicada sobre uma 
alvenaria, mas que não se repetirá mais. 
De acordo com BAUER (1986) e COSTA (1993), as fissuras ativas são 
também denominadas de vivas ou dinâmicas; da mesma forma, as 
fissuras inativas recebem outras denominações, como por exemplo 
mortas ou estáticas. 
TRINCAS E FISSURAS 
28 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a movimentação” 
 
As fissuras ativas podem ser ainda: cíclicas, quando os movimentos de 
abrir e fechar se repetem; sazonais, quando os movimentos ocorrem 
em determinados períodos de tempo e progressivas, quando os 
movimentos se estendem indefinidamente. 
TRINCAS E FISSURAS 
29 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a direção” 
 
A direção preferencial das fissuras é resultante do sentido das forças 
que atuam sobre a parede. Desse modo, a direção das fissuras também 
auxilia no processo de formação do diagnóstico. 
Segundo ELDRIDGE (1982), as fissuras podem se apresentar sob as 
seguintes configurações: vertical; horizontal; denteada e diagonal ou 
em degraus. 
TRINCAS E FISSURAS 
30 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a direção” 
TRINCAS E FISSURAS 
31 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a direção” 
TRINCAS E FISSURAS 
32 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a direção” 
 
ELDRIDGE (1982) relaciona outras informações úteis à caracterização 
das fissuras que também auxiliam na compreensão dos fenômenos 
que as originaram, quais sejam: 
• Extensão da fissura: a localização dospontos inicial e final da 
fissura pode indicar a atuação de forças externas sobre a parede ou a 
influência dos elementos aos quais a parede está vinculada; 
• Profundidade da fissura: a fissura pode estar confinada apenas no 
revestimento, mas também atingir uma ou ambas as faces da parede, 
sendo denominadas de não-passantes ou passantes, respectivamente; 
TRINCAS E FISSURAS 
33 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
TIPOLOGIA 
 
Classificação das fissuras da alvenaria de vedação “de acordo com 
a direção” 
 
• Planicidade: se as duas partes divididas pela fissura estão em 
planos diferentes pode indicar a ação de forças fora do plano que 
contém a parede; 
• Limpeza: a proliferação de microorganismos nas fissuras pode 
indicar se a fissura é um fenômeno recente ou não. 
TRINCAS E FISSURAS 
34 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
• Técnica construtiva para recuperação de fissuras é o conjunto de 
operações empregadas na recuperação do revestimento aplicado 
sobre a alvenaria; 
 
• Método construtivo para recuperação de fissuras é o conjunto de 
técnicas de recuperação interdependentes e adequadamente 
organizadas, empregado na recuperação do revestimento aplicado 
sobre a alvenaria. 
TRINCAS E FISSURAS 
35 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Os sistemas de recuperação são constituídos de diversas partes, as 
quais se complementam e ao mesmo tempo interagem entre si. A 
divisão em partes objetiva atender a todos os requisitos exigidos de 
um sistema, entre os quais: resistências mecânicas, capacidade de 
deformação, estanqueidade, textura superficial compatível com o 
revestimento anterior e durabilidade. 
TRINCAS E FISSURAS 
36 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
TRINCAS E FISSURAS 
37 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Base 
 
É a parte da construção sobre a qual são aplicadas as camadas 
integrantes do sistema de recuperação. Também é conhecida como 
suporte ou substrato. 
Deve ser isenta de buracos ou protuberâncias e tem a função de 
permitir uma perfeita aderência com a camada seguinte. Podem 
cumprir a função de base a alvenaria de vedação, o concreto ou o 
próprio revestimento existente. A figura 3.2 ilustra os casos em que a 
base é a alvenaria de vedação e o revestimento. A base pode ser 
também o concreto, quando por exemplo a recuperação é realizada no 
encontro da alvenaria com a estrutura. 
TRINCAS E FISSURAS 
38 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
TRINCAS E FISSURAS 
39 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Base 
 
Os principais critérios que vão decidir sobre qual base deve-se utilizar, 
considerando-se entre a alvenaria de vedação e o revestimento 
existente, são a espessura necessária para a execução das camadas do 
sistema de recuperação, as condições do revestimento e a técnica de 
execução. 
TRINCAS E FISSURAS 
40 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Camada de regularização 
 
A camada de regularização, também conhecida como camada de 
enchimento, forma a superfície sobre a qual será assentada a camada 
de regularização possui as funções de regularizar a base e preparar 
uma superfície - em termos de planicidade, porosidade e rugosidade – 
que permitam uma adequada aderência com a camada seguinte. 
Usualmente, a camada de regularização pode ser constituída por gesso 
ou argamassa. O gesso, quando utilizado como camada de 
regularização, é recomendado para ambientes internos. Já para a 
argamassa não há restrição de utilização, sendo empregada tanto em 
ambientes internos como externos. 
TRINCAS E FISSURAS 
41 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Camada de regularização 
 
Alguns sistemas de recuperação são constituídos apenas por um sulco 
retangular ou em forma de “V”, preenchidos com um selante flexível, 
no que seria a camada de regularização ou a base. Eles objetivam, além 
da vedação, deixar que a fissura movimente-se livremente. A largura 
do sulco pode variar de 10 mm até 20 mm. Para a profundidade 
adota-se o valor de 10 mm. 
É recomendado o uso do sulco retangular em fissuras com 
movimentações mais intensas, dessolidarizando o selante da base por 
meio de uma fita crepe, conforme ilustra a figura 3.3 (b). 
TRINCAS E FISSURAS 
42 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
TRINCAS E FISSURAS 
43 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Dessolidarização 
 
A dessolidarização é utilizada entre a recuperação e a camada de 
regularização, sobre ambos os lados da fissura, com a função de 
distribuir as tensões que se concentram naquela região. 
A dessolidarização com uma bandagem objetiva “a absorção da 
movimentação da fissura por uma faixa de revestimento relativamente 
larga, não aderente à base” e considera que “desta forma, quanto 
melhor a dessolidarização promovida pela bandagem e quanto maior 
for sua largura, menores serão as tensões introduzidas no 
revestimento pela variação na abertura da fissura e, portanto, menor a 
probabilidade da fissura voltar a pronunciar-se no revestimento”. 
Podem ser utilizadas para a dessolidarização as bandagens do tipo: 
saco de estopa; esparadrapo; fita adesiva ou plástico. Sua largura pode 
variar entre 2 e 10 cm. 
TRINCAS E FISSURAS 
44 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Camada de recuperação 
 
É constituída, em geral, por uma pasta ou argamassa em cujo interior 
pode estar inserido o reforço, em uma ou várias camadas. Em alguns 
casos, o reforço não é utilizado e a recuperação é formada apenas por 
um material flexível. 
Essa camada tem como principal função acomodar as deformações 
intrínsecas do próprio sistema de recuperação e, principalmente, da 
sua base. Os tipos de reforço mais comumente utilizados nas camadas 
de recuperação são: 
TRINCAS E FISSURAS 
45 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Camada de recuperação (fotos) 
 
• Telas de aço: expandida, soldada, tecida de malha quadrada ou 
retangular, tecida de malha hexagonal; 
• Telas de poliéster: impregnadas ou não com PVC; com ou sem 
bandagem central; 
• Tela de fibra de vidro; 
• Tela de polipropileno; 
• Véus de poliéster; 
• Véus de fibra de vidro; 
TRINCAS E FISSURAS 
46 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Camada de proteção 
 
Especial atenção deve ser dada na especificação das camadas 
posteriores à recuperação, principalmente em termos de deformações, 
de modo que o conjunto responda uniformemente às solicitações de 
uso. A camada de proteção é a camada sobrejacente à recuperação, 
com a função de protegê-la da ação dos agentes atmosféricos e das 
ações mecânicas que atuam sobre a alvenaria de vedação. 
Recomenda-se que as camadas de proteção das recuperações devem 
ser tais que permitam a livre passagem do vapor de água. 
TRINCAS E FISSURAS 
47 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Camada de proteção 
 
Outra preocupação que se deve ter quando da especificação da 
proteção da recuperação é quanto à movimentação diferencial entre as 
duas. É fundamental que aquela camada apresente capacidade de 
deformação compatível com a recuperação. 
Em alguns casos, a camada de proteção confunde-se com a própria 
camada de acabamento, assunto do próximo item, e assim, devedesempenhar as funções destinadas às duas. 
TRINCAS E FISSURAS 
48 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO 
 
Camada de acabamento 
 
A camada de acabamento tem a função de conferir a textura 
superficial final ao sistema de recuperação e, em consequência, 
compatibilizar o aspecto com o revestimento anterior. 
As diferenças de aspecto entre as regiões onde foi aplicado o sistema 
de recuperação e o revestimento anterior são, em geral, extintas com 
um sistema de pintura adequado. São normalmente utilizadas como 
acabamento a massa acrílica ou PVA e ainda uma pintura elástica 
compatível com o material utilizado na camada anterior. Alguns 
sistemas preveem como acabamento o próprio revestimento anterior 
sobre a recuperação. 
TRINCAS E FISSURAS 
49 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Os problemas de umidade quando surgem nas edificações, sempre 
trazem um grande desconforto e degradam a construção rapidamente, 
sendo as soluções caras. Conforme citado anteriormente, como fatores 
que geraram aumento do número e intensidade de patologias, o 
aparecimento freqüente de problemas ocasionados por umidade é 
decorrente de características construtivas adotadas pela arquitetura 
moderna assim como os novos materiais e sistemas construtivos 
empregados nas últimas décadas. Com o uso do concreto armado, as 
paredes passam a ter como função principal a de vedação, deixam de 
serem portantes, resultando assim em paredes mais esbeltas. Há 
também a utilização de pré-fabricados e de novos materiais que 
trouxeram consigo as juntas. Esse conjunto de materiais de diferentes 
tipos nas fachadas e coberturas apresenta o problema de desgaste 
diferencial, pois cada um tem uma durabilidade específica e deste 
modo o envelope externo fica vulnerável. 
TRINCAS E FISSURAS 
50 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Os problemas de umidade quando surgem nas edificações, sempre 
trazem um grande desconforto e degradam a construção rapidamente, 
sendo as soluções caras. Conforme citado anteriormente, como fatores 
que geraram aumento do número e intensidade de patologias, o 
aparecimento frequente de problemas ocasionados por umidade é 
decorrente de características construtivas adotadas pela arquitetura 
moderna assim como os novos materiais e sistemas construtivos 
empregados nas últimas décadas. Com o uso do concreto armado, as 
paredes passam a ter como função principal a de vedação, deixam de 
serem portantes, resultando assim em paredes mais esbeltas. Há 
também a utilização de pré-fabricados e de novos materiais que 
trouxeram consigo as juntas. Esse conjunto de materiais de diferentes 
tipos nas fachadas e coberturas apresenta o problema de desgaste 
diferencial, pois cada um tem uma durabilidade específica e deste 
modo o envelope externo fica vulnerável. 
TRINCAS E FISSURAS 
51 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
A chuva é o agente mais comum para gerar umidade, tendo como 
fatores importantes a direção e a velocidade do vento, a intensidade da 
precipitação, a umidade do ar e fatores da própria construção 
(impermeabilização, porosidade de elementos de revestimentos, 
sistemas precários de escoamento de água, dentre outros). Este tipo 
de umidade pode ocorrer ou não com as chuvas. O simples fato de 
ocorrer precipitação, não implica em patologias de umidades com esta 
causa. 
Sobre a origem devido aos vazamentos de redes de água e esgoto, 
comenta que é de difícil identificação do local e de sua correção. Isso 
se deve ao fato destes vazamentos estarem na maioria das vezes 
encobertos pela construção, sendo bastante danosos para o bom 
desempenho esperado da edificação. 
Já a umidade de condensação possui uma forma bastante diferente das 
outras já mencionadas, pois a água já se encontra no ambiente e se 
deposita na superfície da estrutura e não mais está infiltrada. 
TRINCAS E FISSURAS 
52 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Na tabela abaixo se tem a relação das origens com os locais onde 
podem ser encontradas: 
TRINCAS E FISSURAS 
53 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Infiltração no telhado 
 
A umidade originada por infiltrações nos telhados das edificações tem 
como fonte geradora a água da chuva. Isto se deve ao fato das 
coberturas de telhas apresentarem muitos vazamentos no sistema de 
escoamento dessas águas pluviais (calhas e tubos de queda) ou no 
próprio telhado. Estes vazamentos, dentre os demais que serão citados 
nas próximas páginas, são os mais fáceis de localizar e de efetuar a 
correção. 
TRINCAS E FISSURAS 
54 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Vazamentos na rede pluvial 
 
São bastante comuns os vazamentos em calhas, condutores, algerozes 
e outros aparelhos que são utilizados com a finalidade de se coletar a 
água vinda de chuvas. Estes vazamentos são manifestados através 
de manchas nos forros ou paredões que lhe ficam abaixo, assim como 
por goteiras. 
Nesse tipo de vazamento, a localização, a identificação e o diagnóstico 
deste defeito é muito simples, podendo se feito através de uma 
inspeção visual logo após uma chuva. Mas, através de um teste pode-se 
constatar o problema sem a presença de chuva. Para isso basta dividir 
a calha em trechos com buchas de pano e papel formando barreiras, 
represando a água. Em seguida, se enche cada trecho de uma vez, 
observando possíveis vazamentos e a causa dos mesmos. 
TRINCAS E FISSURAS 
55 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Vazamentos na rede pluvial 
 
Caso fique verificado que o motivo são soldas incompletas ou 
danificadas, a solução será uma nova solda no local. Para garantir uma 
maior segurança, é aconselhável acrescentar uma cinta envolvendo a 
parte que estava com vazamento. A ferrugem de pregos pode causar 
furos nas calhas. Nesta situação, uma nova solda pode não trazer 
resultado. Aconselha-se a efetuar a troca de toda a peça. 
A tabela a seguir relaciona os possíveis locais com a fase onde podem 
ter sido gerados os erros, com suas causas e manifestações. 
TRINCAS E FISSURAS 
56 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Vazamentos na rede pluvial 
TRINCAS E FISSURAS 
57 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Vazamentos na rede pluvial 
TRINCAS E FISSURAS 
58 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Vazamentos e goteiras nos telhados 
 
A área coberta pelas telhas deveria ser estanque, porém os telhados 
apresentam diversos vazamentos sendo contrário a esta propriedade. 
Há vazamentos que ocorrem em determinados tipos de telhas e 
outros que são comuns a todos os tipos. Um defeito comum que 
acontece é o caimento inadequado: as telhas possuem ângulos limites, 
fora dos quais os vazamentos são improváveis. Diversos fatores 
influenciam estes ângulos, tais como: sistema de fixação das peças, 
sistema de encaixes longitudinais e laterais, impermeabilidade das 
telhas, etc. 
TRINCAS E FISSURAS 
59 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
UMIDADE 
 
Vazamentos e goteiras nos telhados 
 
A figura a seguir ilustra dois casos: caimento exagerado e caimento 
pequeno. No primeiro, a telha pode chegar a se soltar dos encaixes e 
cair com a ação dos ventos. Já no segundo caso, o vento chega a forçar 
a entrada de água para dentro do telhado, conforme pode ser visto 
pela indicação da seta na imagem (figura 2.7). O caimento deve ser o 
primeiro fator a ser observado quando ocorrer com freqüência muitas 
goteiras. 
TRINCAS E FISSURAS 
60 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
 
O tempo por si só (idade), não produz depreciação das características 
da madeira. Embora seja comumencontrar peças de madeira em 
serviço com maior ou menor grau de deterioração, são igualmente 
conhecidos numerosos exemplos de estruturas ou artefatos de 
madeira em bom estado, apesar de contarem várias centenas ou 
mesmo milhares de anos, em consequência de uma exposição a 
condições ambientais particulares que não favoreceram a sua 
deterioração. 
TRINCAS E FISSURAS 
61 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Com efeito, a degradação de elementos de madeira surge como 
resultado da ação de agentes físicos, químicos, mecânicos ou 
biológicos aos quais este material é sujeito ao longo da sua vida. 
 
Estas alterações, que consistem numa decomposição química dos 
compostos da madeira por ação da radiação ultra-violeta, 
eventualmente alternada por deslavagem da camada degradada por 
efeito da chuva, correspondem no entanto a uma deterioração 
meramente superficial, sem outras consequências além das estéticas. 
TRINCAS E FISSURAS 
62 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Risco de ataque e susceptibilidade 
 
A eventual susceptibilidade de uma madeira ao ataque por agentes 
biológicos é uma característica intrínseca da espécie de madeira em 
causa (durabilidade natural). Por outro lado, ainda que uma espécie 
seja susceptível de ataque por determinado agente, esse ataque só se 
verifica se existirem condições favoráveis ao seu desenvolvimento, 
como sejam temperatura ambiente, ar e humidade em quantidades 
adequadas a cada um deles. Por essa razão, foram definidas as 
seguintes Classes de risco biológico, em função das condições de 
aplicação da madeira: 
TRINCAS E FISSURAS 
63 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Risco de ataque e susceptibilidade 
 
1 – sem contacto com o solo, sob coberto e seco (com teor em água 
h≤20%); 
 
2 – sem contacto com o solo, sob coberto mas com risco de 
humidificação (ocasionalmente h>20%); 
 
3 – sem contacto com o solo, não coberto (frequentemente h>20%); 
 
4 – em contacto com o solo ou a água doce (permanentemente 
h>20%); 
 
5 – na água salgada (permanentemente h>20%). 
TRINCAS E FISSURAS 
64 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Carunchos 
 
Os carunchos são insectos de ciclo larvar, que atacam a madeira 
geralmente seca, embora possam ter razoável tolerância em relação a 
valores elevados de humidade. A eclosão dos ovos postos pela fêmea 
adulta em fendas ou nos poros da madeira dá origem a larvas que 
penetram na madeira abrindo galerias. Quando o período larvar se 
aproxima do termo, a larva imobiliza-se próximo da superfície da 
madeira, transforma-se em pupa e finalmente em insecto adulto, que 
sai para o exterior dando origem ao orifício de saída com dimensões e 
forma (circular ou elíptica) características. 
TRINCAS E FISSURAS 
65 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Carunchos 
 
TRINCAS E FISSURAS 
66 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Carunchos 
 
A identificação de um ataque por carunchos é feita normalmente pela 
existência de orifícios de saída dos insetos adultos e pela presença de 
“serrim” sobre a superfície da madeira atacada ou por baixo dos 
elementos infestados; no caso do caruncho grande é ainda corrente o 
empolamento da superfície das peças pelo efeito da pressão do serrim 
compactado no interior das galerias ou ainda pelo ruído (roer) 
característico da atividade da larva no interior da madeira. 
Na medida em que a perda de resistência de um elemento atacado por 
carunchos é função da perda de secção correspondente à abertura de 
galerias, geralmente localizadas na camada exterior de borne, 
mantendo-se o restante material inalterado, a gravidade do ataque 
depende em primeiro lugar do tipo de caruncho em causa, já que a 
quantidade de alimento ingerido (dimensão das galerias) varia 
consoante o insecto específico. 
TRINCAS E FISSURAS 
67 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Carunchos 
 
Face à dificuldade inerente à realização de tratamentos curativos à 
madeira aplicada em edifícios (que consistem geralmente no 
tratamento superficial dos elementos, eventualmente 
complementados com a injeção de produto preservador no seu 
interior, esta de resultados mais falíveis), uma vez mais o tipo de 
caruncho presente é determinante para a eficácia da intervenção. Com 
efeito, no caso de carunchos pequenos, com ciclos de vida 
relativamente curtos, é de esperar que a deterioração cesse após a 
emergência de todos os insetos, que não poderão reinfestar a madeira 
devido ao tratamento preservador aplicado. 
TRINCAS E FISSURAS 
68 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Fungos de podridão 
 
Os fungos de podridão desenvolvem-se em madeira com teor em água 
superior a 20%, estando o limite máximo tolerado de teor em água 
relacionado com as necessidades de oxigênio livre de cada um dos 
fungos em causa (sempre madeira não saturada). 
Estes fungos alimentam-se diretamente da parede celular da madeira, 
destruindo-a, sendo a podridão facilmente identificada pela perda de 
peso e de resistência da madeira, acompanhada por alterações típicas 
de coloração e de aspecto. 
Uma vez que o desenvolvimento de fungos está fortemente 
dependente da humidade, normalmente o apodrecimento da madeira 
ocorre somente em zonas críticas da construção, nomeadamente nas 
entregas de vigamentos nas paredes exteriores, junto de canalizações 
ou sob pontos singulares das coberturas. 
TRINCAS E FISSURAS 
69 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Fungos de podridão 
TRINCAS E FISSURAS 
70 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
Fungos de podridão 
 
Deve no entanto ter-se em conta que a secagem de grandes secções de 
madeira, tal como das alvenarias envolventes, poderá ser lenta, 
permitindo a progressão do apodrecimento durante mais algum 
tempo após a resolução das deficiências da construção que estiveram 
na sua origem. Além disso, há situações particulares em que não é 
possível garantir com segurança a eliminação completa e definitiva 
das fontes de humidificação. Nestes casos é essencial adotar medidas 
corretivas específicas, que passam pela limpeza e pelo tratamento 
preservador curativo e preventivo da madeira. 
TRINCAS E FISSURAS 
71 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
INSPEÇÕES PERIÓDICAS 
 
É fundamental prever a realização de campanhas de inspeção 
periódicas para avaliar o estado de conservação da madeira aplicada, 
com função estrutural ou não estrutural, e levar a cabo prontamente 
as ações de manutenção necessárias. 
Devem ser procurados indícios de má conservação dos elementos de 
madeira, frequentemente traduzidos por deformações acentuadas ou 
sintomas diversos associados a umidificação frequente ou continuada 
dos materiais da construção. 
O aspecto exterior do edifício é muitas vezes eloquente, permitindo 
um primeiro levantamento das anomalias evidentes e das zonas 
potencialmente problemáticas: 
TRINCAS E FISSURAS 
72 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA MADEIRA 
 
INSPEÇÕES PERIÓDICAS 
 
1. Deformações (telhado,...) 
2. Madeira exposta em mau estado 
3. Telhas partidas / em falta 
4. Algerozes e caleiras danificados / entupidos 
5. Telhado pouco saliente 
6. Remates ineficazes 
7. Crescimento de vegetação 
8. Manchas de humidade 
9. Fendas em paredes 
10. Rebocos desagregados ou fissurados 
11. Caixilharia deteriorada 
12. Falta de faixa impermeabilizante 
13. Canteiros adjacentes 
14. Aberturas de ventilação obstruídas 
TRINCAS E FISSURAS 
73 PATOLOGIAE SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA ESTRUTURAS DE CONCRETO 
 
CORROSÃO NA ARMADURA 
 
O aço, ao oxidar-se, produz resíduos de volume muito maior que o do 
aço original (aproximadamente 10 vezes mais). Como o aço está 
imerso na massa de concreto, este aumenta de volume, causando 
tensões de tração no mesmo. Com isso, o aço fica mais exposto aos 
gases e umidade do ambiente e oxida-se mais rapidamente, 
acelerando o processo de degeneração da construção. As fissuras 
causadas pela corrosão da armadura tendem a aparecer ao longo das 
barras em processo de oxidação. Camaduro e Zatt (2000) explicam 
que com a oxidação do aço, um volume grande do aço original se 
produz, como este está imerso no concreto, ocorrem tensões de tração, 
gerando fissurações. O cobrimento adequado e um concreto compacto 
amenizam a situação. 
TRINCAS E FISSURAS 
74 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA ESTRUTURAS DE CONCRETO 
 
CORROSÃO NA ARMADURA 
TRINCAS E FISSURAS 
75 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA ESTRUTURAS DE CONCRETO 
 
RECALQUE DAS FUNDAÇÕES 
 
De forma geral, os recalques nos pilares geram fissuras de abertura 
variável nas vigas ligadas a eles, sendo estas aberturas maiores na 
parte superior das vigas. As fissuras decorrentes dos recalques 
dependem da magnitude destes. As fissuras por recalque serão ainda 
mais significativas quando as armaduras forem deficientes ou mesmo 
quando estas estiverem mal posicionadas no elemento. “Os solos são 
constituídos basicamente por partículas solidas, entremeadas por 
água, ar e não raras vezes material orgânico. Sob efeito de cargas 
externas todos os solos, em maior ou menor proporção, se deformam. 
No caso em que estas deformações sejam diferenciadas ao longo do 
plano das fundações de uma obra, tensões de grande intensidade 
serão introduzidas na estrutura da mesma, podendo gerar o 
aparecimento de trincas”. 
TRINCAS E FISSURAS 
76 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA ESTRUTURAS DE CONCRETO 
 
RECALQUE DAS FUNDAÇÕES 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
77 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
78 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Adesão de duas superfícies 
 
Adesão de duas superfícies quando pressionadas umas sobre as 
outras. Exemplo: a porta gruda no batente. 
Possíveis Causas 
• Não aguardar portas e janelas secarem totalmente antes de fechá-las. 
• Uso de tintas alto ou semibrilho de baixa qualidade. 
Soluções 
• Usar tintas alto ou semibrilho acrílicas de alta qualidade. As tintas de 
qualidade inferior possuem pouca resistência ao problema, 
principalmente sob condições de calor e vapor. As tintas acrílicas são 
mais resistentes à esse problema que as tintas vinílica, base óleo ou 
alquídica. Esta última, desenvolve sua resistência à adesão com o 
passar do tempo. 
• Siga sempre o tempo de secagem recomendado pelo fabricante. 
• A aplicação de talco pode atenuar o problema. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
79 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Adesão de duas superfícies 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
80 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Baixa resistência a alcalinidade 
 
Perda de cor e deterioração do filme se aplicado sobre alvenaria 
recém-construída. 
Possíveis Causas 
• Tinta base óleo ou vinil acrílico aplicada sobre alvenaria recém 
construída, que não tenha sido curada por um ano. Construções novas, 
geralmente contém cal que é muito alcalino. 
• A alcalinidade da construção permanece tão alta a ponto de afetar a 
integridade do filme formado sobre a superfície. 
Soluções 
• O ideal é deixar a superfície sem pintura por até um ano, para que o 
concreto seque bem. Se não for possível, espere pelo menos 30 dias. 
Antes iniciar a pintura, aplique sobre o substrato um selador 
resistente à alcalinidade. 
• Prefira tintas 100% acrílicas, porque são mais resistentes a esse 
problema. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
81 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Baixa resistência a alcalinidade 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
82 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Baixa resistência às manchas 
 
A tinta não apresenta resistência contra ao acúmulo de sujeiras e 
manchas. 
Possíveis Causas 
• Uso de tinta de baixa qualidade que seja muito porosa. 
• Aplicação de tinta em uma superfície que não tenha sido selada. 
Soluções 
• Tintas base água de alta qualidade contêm mais emulsão, 
ingrediente que ajuda a evitar com que as manchas penetrem na 
superfície pintada. Com isso, a sujeira pode ser removida com 
facilidade. 
• Superfícies novas, que tenham sido seladas, proporcionam formação 
do filme em uma espessura correta, oferecendo fácil remoção de 
manchas. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
83 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Baixa resistência às manchas 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
84 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Bolhas 
 
Esse problema, geralmente é resultante de perda localizada de adesão 
e levantamento do filme da superfície. 
Possíveis Causas 
• Aplicação de tinta base óleo ou alquídica sobre uma superfície úmida 
ou molhada. 
• Umidade infiltrando através de paredes externas (menos provável 
com tintas base água). 
• Superfície pintada exposta à umidade, logo após a secagem, 
principalmente se houve inadequada preparação da superfície. 
Soluções 
• Se nem todas as bolhas baixaram remova-as, raspando e lixando as 
regiões comprometidas e repinte com tinta acrílica, indicada para 
interiores. 
• Se todas as bolhas baixaram elimine a fonte de umidade, raspe e lixe 
o local e aplique um selador antes de aplicar a tinta. 
• Considere a possibilidade de instalar, um exaustor no ambiente. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
85 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Bolhas 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
86 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Bolor 
 
Esse problema é caracterizado pela existência de manchas ou pontos 
pretos, acinzentados ou amarronzados sobre a superfície. 
 
Possíveis Causas 
 
• Aparece, geralmente, em áreas úmidas ou que recebem pouca ou 
nenhuma luz do sol, como banheiros, cozinhas ou lavanderias. 
• Uso de uma tinta alquídica ou base óleo, ou de uma tinta base água 
de baixa qualidade. 
• Inadequada selagem de uma superfície de madeira, antes da 
aplicação da tinta. 
• Pintura sobre substrato ou camada de tinta na qual o bolor não 
tenha sido removido. 
 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
87 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Bolor 
 
Soluções 
 
• Certifique-se de que o problema seja mesmo bolor, fazendo o 
seguinte teste: Pingue algumas gotas de alvejante doméstico sobre as 
manchas, se elas clarearem certamente tratasse de bolor. Em seguida, 
remova todo o bolor do local com a seguinte solução: 1 parte de 
alvejante para 3 de água, protegendo mãos e olhos. 
• Pinte a superfície com uma tinta base água de alta qualidade e 
quando houver necessidade de limpeza, faça-a com alvejante 
/detergente. 
• A instalação de um exaustor em locais de intensa umidade é uma boa 
opção. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
88 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Bolor 
 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
89 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Crateras/espumação 
 
Crateras surgem do rompimento de bolhas causadas pela espumação. 
 
Possíveis Causas 
 
• Agitação da lata de tinta parcialmente cheia. 
• Uso de uma tinta de baixa qualidade, ou, muito velha. 
• Aplicação muito rápida da tinta, especialmente com rolo. 
• Uso de rolo com comprimento de pêlo não adequado. 
• Passar muitas vezes o rolo ou o pincel sobre o mesmo lugar. 
• Aplicação de tinta alto ou semi brilho sobre uma superfície porosa. 
 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
90 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Crateras/espumação 
 
 
Soluções 
 
• Todas as tintasespumam durante a aplicação, entretanto, tintas de 
alta qualidade são formuladas para que as bolhas se rompam 
enquanto a tinta ainda esteja úmida, proporcionando perfeito fluxo e 
aparência. 
• Evite passar o rolo ou o pincel várias vezes sobre um mesmo local. 
• Evite usar uma tinta que tenha sido fabricada há mais de um ano. 
• Ao pintar uma superfície com tintas alto ou semi brilho, use sempre 
um rolo de pêlo curto. 
• Antes de pintar uma superfície porosa, aplique um selador. 
• Prepare adequadamente a superfície antes de aplicar a tinta. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
91 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Crateras/espumação 
 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
92 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Descamação 
 
Ruptura na pintura causada pelo desgaste natural do tempo, levando 
ao total comprometimento da superfície. No estado inicial o problema 
se apresenta como uma fina fissura e em seguida, num estágio mais 
avançado, começam a ocorrer as descamações da tinta. 
 
Possíveis Causas 
• Uso de tinta de baixa qualidade, que oferece pouca adesão e 
flexibilidade. 
• Diluição exagerada da tinta. 
• Inadequada preparação da superfície, ou aplicação de tinta sobre 
madeira bruta sem selador. 
• Excessiva fragilização de tinta alquídica envelhecida. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
93 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Descamação 
 
Solução 
 
• Remova todos os fragmentos de tinta com uma raspadeira ou escova 
de aço e lixe a superfície. Se as rupturas ocorrerem também nas 
camadas mais profundas, o uso de uma massa corrida pode ser 
necessário. Em superfícies de madeira bruta use selador antes da 
repintura. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
94 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Descamação 
 
 
Solução 
 
• Remova todos os fragmentos de tinta com uma raspadeira ou escova 
de aço e lixe a superfície. Se as rupturas ocorrerem também nas 
camadas mais profundas, o uso de uma massa corrida pode ser 
necessário. Em superfícies de madeira bruta use selador antes da 
repintura. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
95 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Eflorescência/manchas 
 
Aspereza e depósito de sais brancos que provocam manchas na 
superfície. 
 
Possíveis Causas 
 
• Falta de uma adequada preparação da superfície, como total 
remoção de sinais de eflorescência anteriores. 
• Excesso de umidade passando para a superfície. 
• Eflorescências também pode ser decorrente do vapor, principal-
mente em cozinhas, banheiros e áreas de serviço. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
96 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Eflorescência/manchas 
 
 
Soluções 
 
• Se a causa do problema for umidade, elimine- a totalmente. Vede 
quaisquer fissuras na superfície com um selante acrílico base d´água 
ou um acrílico siliconizado. 
• Seja a causa umidade ou vapor, remova as manchas com uma escova 
de aço ou com auxílio de uma lavadora de alta pressão e enxágüe bem. 
Aplique um selador para alvenaria base d´água ou solvente de alta 
qualidade e, só então aplique a tinta. 
• Uma boa opção para evitar que o problema ocorra em áreas 
suscetíveis a vapor é a instalação de ventiladores ou exaustores. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
97 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Eflorescência/manchas 
 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
98 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Enrugamento 
 
 
Formação de rugas e ondulações sobre a superfície ocorrem quando a 
tinta ainda está úmida. 
 
Possíveis Causas 
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa (mais provável com 
uso de tintas alquídicas ou base óleo). 
• Pintura realizada sob condições extremas de calor ou frio. Isso faz 
com que a camada mais externa do filme seque mais rápido, enquanto 
que a camada de baixo ainda permaneça úmida. 
• Expor uma superfície, que não esteja totalmente seca, à muita 
umidade. 
• Aplicação de uma camada de tinta, sem que, o selador esteja 
totalmente seco. 
• Pintura sobre superfície suja ou engordurada. 
PATOLOGIAS NA PINTURA 
99 PATOLOGIA E SANEAMENTO DAS CONSTRUÇÕES 
Enrugamento 
 
 
Soluções 
• Raspe ou lixe a superfície para remover a camada enrugada. Antes de 
aplicar um selador, 
certifique-se de que a superfície esteja totalmente seca. Repinte o 
local, evitando fazê-lo sob condições extremas de temperatura e 
umidade. 
• Utilize uma tinta para Interior de alta qualidade.

Outros materiais