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Resumo Microcosmos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS 
CURSO: LICENCIATURA EM BIOLOGIA
BÁRBARA SIMÕES BARRETO DE ARAUJO
RESUMO MICROCOSMOS
CRUZ DAS ALMAS
2013
BÁRBARA SIMÕES BARRETO DE ARAUJO
RESUMO MICROCOSMOS
Resumo apresentado como requisito para avaliação da disciplina Evolução do Curso de Licenciatura em Biologia/UFRB, sob orientação do professor Phillippe Marbach. 
CRUZ DAS ALMAS
2013
Capítulo 1
Microcosmos traz uma visão diferente sobre a evolução das espécies. Ele nos mostra que todos os seres que existem no universo vêm de um mesmo ancestral em comum. Assim não há soberania das espécies na escala evolutiva, nem uma espécie mais evoluída que a outra. Nós coevoluimos. Coevoluimos numa terra que há 4.600 milhões de anos começava a apresentar condições favoráveis para o surgimento da vida. A Terra estava próxima ao Sol servindo como fonte de energia e a água era líquida diferente dos outros planetas. O Hidrogênio, elemento mais abundante no corpo humano, esfriou em nuvens enormes durante bilhões de anos e passaram de densidade cósmica para densidade submicrocósmica. Só então foi combinado com outros elementos devido o agito da atmosfera primitiva pela rajada explosiva de radiação. Com isso, formaram-se o metano (CH4), água (H2O), amônia (H3N) e gás sulfídrico (H2S). Todos esses gases estão praticamente em todos os componentes do corpo humano quando se rearranjam em compostos de cadeia longa. 
A Terra recém-formada era uma bola de lava fluida e extremamente quente nos primeiros anos do Haldeano (há 4.500 – 3.900 milhões de anos). A atmosfera era densa, com compostos muito tóxicos como cianeto e aldeído fórmico. Não tinha como ter organismos capazes de respirar oxigênio, nem mesmo havia oxigênio respirável. Ao final do Haldeano, a Terra já tinha esfriado o suficiente para que se formasse uma crosta fina instável assentada sobre o manto ainda fluido. O cenário era de uma crosta gelatinosa, vulcões em erupção, esfriamento da Terra, queda de meteoritos tão grandes que abriam crateras no solo, formando inúmeras nuvens de poeira, tempestades acompanhadas por trovões e descargas elétricas.
Então, teve o início o Arqueano (3.900 milhões de anos atrás) e com ele inúmeras rochas que teriam se transformado nas massas continentais americana, africana e eurasiana pairavam ao redor do globo primevo dos continentes. A Terra ainda instável era bombardeada por meteoritos que traziam consigo uma quantidade de carbono e água suficiente para aumentar a reserva da Terra que viriam a ser matéria-prima para a vida. Ainda nesse tempo uma nova atmosfera foi se formando na Terra. Essa atmosfera era formada por dióxido de carbono, vapor d’água, nitrogênio, neônio e argônio, sendo que grande parte da amônia e do metano já tinham se dispersado no espaço. O cenário era de céu cortado por raios, e irradiação de calor na atmosfera da Terra continuava. A Terra estava cada vez mais densa.
Capítulo 2
Ainda no Arqueano, as primeiras formas de vida começaram a se formar. Acredita-se que essas primeiras formas tenham se iniciado nos limites das placas continentais primitivas, considerando que a maior parte do carbono que existe em nosso corpo já passou por regiões de contanto entre as placas continentais. Grande evidência disso é que o carbono quando excitado pelo calor, pode se combinar com enxofre, hidrogênio, oxigênio e fósforo dando origem a uma diversidade de substâncias. Substâncias essas que compõem 99% do peso seco de toda forma de vida, inclusive as bactérias. 
Desde que Stanley L. Miller, simulando a Terra primitiva, conseguiu provar que era possível produzir aminoácidos e outras substâncias orgânicas através de uma mistura de amônia, vapor d’água, hidrogênio e metano, várias moléculas essenciais à vida vêm sido produzidas em laboratório, destacando-se todas as cinco bases nucleotídicas que formam o DNA. Com isso fica claro que o Arqueano tinha elementos básicos para dar origem às primeiras formas de vida, sendo que, nessa época, a Terra já ganhava características peculiares como umidade e temperaturas brandas. Os oceanos e lagos formados há pouco, ainda rasos, acoutavam todos esses ingredientes a base de calor e frio, escuridão, chuva e, ainda, radiação ultravioleta. 
Como na atmosfera ainda não tinha oxigênio, os açúcares simples, aminoácidos e nucleotídeos poderiam ficar em solução juntos sem correrem o risco de serem destruídos. Ainda nesse período, moléculas com capacidade de agilizar processos químicos foram produzidas agindo de forma a padronizar os eventos químicos. Esse processo foi preservado e ainda hoje temos grupos moleculares capazes de realizar autocatálise de forma ordenada. Esses compostos formam se agrupando de forma a produzir estruturas semelhantes a formas de vida. Uma vez agrupadas e concentradas, as substâncias de cadeia longa produziram compostos capazes de circundar uma pequena gota de água e permitir a entrada e saída de outras substâncias químicas desse invólucro. Veio a se formar a membrana semipermeável que atuava de forma a regular quais substâncias químicas entravam e saiam. A formação desta primeira membrana, muito mais simples do que a que temos atualmente, possibilitou, graças às suas propriedades químicas, a entrada de “nutrientes”, impedia a perda de água e possibilitou o surgimento da célula bacteriana. 
Para qualquer entidade se manter viva ela precisa ser capaz de se conversar diante do stress exterior. Ela pode mudar suas partes, trocar seus componentes químicos, mas a essência permanecerá a mesma. Essa propriedade é característica das células. As primeiras formas parecidas com as células foram nomeadas por Ilya Prigogine de “estruturas dissipativas. Dessas estruturas se originaram a cadeia de nucleotídeos, ribose e fosfato (RNA) que era capaz de se replicar e catalisar as reações químicas.
O RNA primordial foi assegurado nas águas mornas com alta quantidade de compostos orgânicos envolto por cadeias lipídicas usando energia para se conservar diante do caos exterior, conferindo-lhe identidade e memória. 
Capítulo 3
O capítulo 3 nos traz a visão de como as primeiras entidades eram regidas. 
Uma vez que as primeiras formas estavam envoltas por uma membrana elas precisavam de um material genético. Sugere-se que esse material genético tenha sido o RNA que é constituído por quatro bases nucleotídicas, adenina, guanina, citosina e uracila e um açúcar (ribose). Ele pode tanto se replicar de forma fiel quanto promover a união de proteínas ou produzi-las conferindo aos organismos formas variadas. Além dessas características, o RNA é uma molécula de fita simples, bastante versátil e que é muito mais propenso a acidentes que o DNA. O DNA teria de desenvolvido mais tarde, assumindo a função do RNA desses corpos primeiros. 
O DNA, assim como o RNA, é constituído de quatro bases nucleotídicas, adenina, guanina, citosina e timina, cada uma contendo um grupo fosfato e um açúcar (desoxirribose). Essas bases, do DNA e do RNA, se pareiam para produzirem mais nucleotídeos e mais proteínas, conferindo às células resistência e reprodução. 
À medida que e a quantidade de proteínas é aumentada pela produção, os organismos ganham formas diferentes como o modo de se locomover e de metabolizar. Além dessa variedade que as proteínas conferem, elas são capazes de acelerar reações químicas, o que é muito importante para os organismos vivos, pois sem isso as reações biológicas fundamentais para a vida seriam muito lentas. A cada trinca de nucleotídeos, códon, é especificado um aminoácido. Os aminoácidos são unidades elementares para a formação de uma proteína. Podem acontecer mutações nessas trincas por algum fator ambiental conferindo às entidades novas capacidades que podem ser boas, ganho de diversidade, ou não podendo ser transmitidas ou causar a morte. 
Diante da variedade, a vida primordialteria sido preservada pelas condições que favoreciam a interação de vários fatores genéticos, como fatores que determinam a produção de alimentos ou movimento. No caso dos micróbios, esses fatores se referem aos metabólitos. Isso por causa das condições da Terra, eles precisam produzir os metabólitos na presença do dióxido de carbono. Logo, os micróbios que conseguiam isso, morriam com muito menos frequência que os que não conseguiam. 
Então, em algum momento por volta de 3.500 milhões de anos a vida teria evoluído para a forma que concebemos hoje: uma célula protegida por uma membrana, formada por centenas de proteínas, com RNA e regida pelo DNA. Com toda essa estrutura química, estavam garantidas a reprodução e a expansão desses corpos dando início a Idade da Bactéria.
Essas bactérias teriam se expandido a priori na água modificando o líquido e produzindo gás. Logo depois teriam se expandido para a superfície dos sedimentos onde vivem até hoje. A biosfera é coberta por uma vasta quantidade de micróbios. Ainda hoje ela preserva os gases como o hidrogênio e metano mostrando que, de certa forma, a vida tem memória. Os indivíduos de hoje têm um elo com o passado a exemplo das bactérias anaeróbicas de hoje que revelam o mundo sem oxigênio do qual se originaram.
Capítulo 4
Esse capítulo nos mostra a expansão das bactérias pela terra e o metabolismo delas. 
Está claro que para que a vida fosse preservada, ela precisaria enfrentar as mudanças, inclusive até para se proteger das forças de energia que faziam ligações químicas que eram necessárias para formar seus compostos, pois também eram capazes de quebra-las. Assim sendo, as bactérias precisavam desenvolver mecanismos de defesa para um ambiente que estava em constante modificação principalmente no tocante a meteoritos, gases vulcânicos e outras formas que poderiam comprometer a integridade das primeiras formas. 
Durante os primeiros milhões de vida na Terra, os microorganismos se alimentavam de nutrientes fornecidos pela própria Terra, cresciam e se dividiam. Após incansáveis divisões, boa parte da vida era extinta por falta de alimento ou mudanças do ambiente como variação na temperatura e qualidade e quantidade de luz solar. Com isso, a replicação do DNA tornou-se essencial à vida por permitir sua continuidade, mesmo não sendo suficiente para os processos evolutivos, diferente das mutações que poderiam proporcionar isso à vida. E considerando o tamanho e a enorme quantidade, os micróbios conseguem responder rápido às mudanças do ambiente. 
Com toda essa mudança ambiental, foi proporcionada às bactérias uma diversidade de populações que desenvolveram novas vias metabólicas para extração de alimentos e energia das matérias-primas. E uma das primeiras inovações permitiu que as células convertessem açúcares em energia (ATP). Estes corpos sobreviviam de degradação de açucares, conhecido como fermentação que até hoje se manteve inalterável, tendo como produtos dióxido de carbono e etanol ou ácido lático ou ácido acético. Com o passar do tempo, surgiram outros micróbios que se alimentavam desses produtos para obter mais energia e carbono.
Uma nova via metabólica se originou tendo como fonte de energia a luz solar. Essa via é denominada fotossíntese, ela obtêm alimento através de luz e ar tornando alguns tipos de bactérias independentes dos compostos recém-formados. 
Para essas bactérias que agora poderiam realizar fotossíntese, era preciso desenvolver mecanismos de motilidade para aumentar ao máximo a exposição. Foi dada origem, então, a locomoção que era regida por um flagelo feito de proteínas. Com esse novo comportamento locomotor, as bactérias poderiam voltar à velha forma de obtenção de alimento nadando para os locais onde o tinha. Essa locomoção também possibilitava aos microorganismos a exposição a genes e organismos externos podendo dar origem a simbiose. 
E para aqueles que ainda se utilizavam da luz solar, era necessário desenvolver estratégias para o reparo do DNA que tinha suas ligações quebradas em virtude dos raios ultravioletas. Estratégia construída, agora enzimas específicas poderiam remover as porções danificadas do DNA e copiar um novo. Então se deu o desenvolvimento de sistemas de reparo do DNA. Ainda sob o aspecto da intensa luz, o microcosmo inventou o sexo para a adaptação a essa intensidade. Esse sexo seria uma união de genes de fontes diferentes. Esse tipo de sexo precedeu o sexo animal em cerca de 2.000 milhões de anos permitindo que todos os micróbios permanecessem na escala evolutiva.
Capítulo 5
Este capítulo mostra como surgiu o sexo no nosso planeta e como se dava nas bactérias até elas evoluírem para os ancestrais das plantas e dos animais.
Um primeiro conceito é esclarecido, sexo é a recombinação de genes provenientes de mais de uma fonte e não é requisito para a reprodução para, pelo menos, quatro entre os cinco reinos dos seres vivos. As bactérias se reproduzem de três maneiras distintas, dentre elas a reprodução assexuada, emissão de brotos ou ainda pela liberação de esporos em meios secos ou em outras condições diferentes. Essa independência do sexo em relação a reprodução garante certas vantagens das bactérias em relação aos animais e plantas. Uma mutação que altere o número de genes para mais, por exemplo, não comprometeria a vida da bactéria diferente se o mesmo acontecesse com os outros seres vivos, além de conferir imortalidade genética a ela. De toda sorte, as bactérias não precisam desses processos de reprodução para trocar material genético, elas podem fazer isso a qualquer momento. 
Em comparação com os seres humanos, uma bactéria tem sua célula muito simples, com pouquíssimas instruções para a replicação e conservação. Toda adaptação adicional que possibilita às bactérias a sobrevivência em condições adversas é dada por partículas genéticas chamadas réplicons (migram de célula em célula através do sexo bacteriano). Esses réplicons podem acabar se inserindo na fita principal do DNA bacteriano e se dirigir para a síntese de proteínas com várias finalidades. Caso sua função torne-se dispensável de acordo com o ambiente, ela é eliminada.
Com toda a simplicidade bacteriana, elas são incapazes de agir sozinhas no ambiente. Até os produtos residuais provenientes do ciclo de vida de um grupo de bactérias servem de alimento para outro grupo conseguindo, com isso, alterar radicalmente o meio em que vivem. Com todo esse trabalho em equipe é fácil entender que com o tempo os grupos bacterianos tornariam-se estáveis com um metabolismo complexo.
As bactérias desempenham uma gama de funções. São elas que purificam a água, por exemplo, elas mantêm os ciclos dos elementos orgânicos e inorgânicos, fertilizam o solo dentre várias outras funções. Além de todas essas funções, esses organismos são responsáveis por várias doenças como a febre aftosa. Dado o conhecimento de doenças como esta ocasionada por bactérias, a população começou a ter contato com o velho mundo dos micróbios dando a missão aos estudiosos da medicina de destruírem esses microoganismos. Só há pouco tempo foi entendido que as bactérias fazem parte de nós, parte do nosso corpo e são essenciais à nova vida. 
Capítulo 6
Devido à crise de hidrogênio, as bactérias com seu poder de adaptação a diferentes ambientes precisavam utilizar outros compostos para a manutenção da vida. Como produto da fotossíntese, as bactérias liberavam muito oxigênio e como a fonte de carbono e hidrogênio tinha praticamente se esgotado elas precisavam se valer do oxigênio desenvolvendo mecanismos para desintoxicar esse elemento. O oxigênio se acumulou na atmosfera de forma grosseira fazendo com que as bactérias desenvolvessem novos mecanismos de proteção. Foi então que elas inventaram vários dispositivos intracelulares e bloqueadores de radicais livres promovidos pela duplicação e transferência genética. Com esse holocausto do oxigênio, apenas os micróbios que conseguiram desenvolver esses mecanismos permaneceram na escala evolutiva,diversos tipos de micróbios foram extintos imediatamente. Esses organismos que apresentavam esses mecanismos começaram a proliferar substituindo rapidamente as que não apresentavam que iam se refugiar em camadas anaeróbicas de lama e de solo.
Surgiram então as ancestrais das cianobactérias que já eram fotossintetizantes e que utilizavam energia luminosa absorvida em comprimento de ondas mais curta que podia decompor a molécula de água em hidrogênio e oxigênio. Essa nova via possibilitou o ganho de maior quantidade de ATP e deu acesso a uma fonte de hidrogênio praticamente inesgotável. É por esse motivo que até nos dias de hoje as bactérias crescem espetacularmente em locais como piscinas, bebedouros ou em qualquer outro lugar que contenha água e luz. As cianobactérias, diferentes de suas ancestrais, consumiam água e liberavam gases de oxigênio que, por sua vez, eram tóxicos a elas por reagirem com a matéria orgânica. Alternando entre fotossíntese que produzia e outra que não produzia oxigênio, as cianobactérias tiveram um ganho singular que culminou no meio ambiente moderno. 
A prova mais concreta da existência de várias colônias de bactérias são os estromatólitos – rochas fósseis de ambiente aquático – onde as bactérias, especialmente as cianobactérias fotossintetizantes, teriam vivido e morrido formando um tapete microbiano. Na atualidade esses estromatólitos são encontrados no golfo Pérsico, na Austrália ocidental e nas ilhas Bahamas que revelam o crescimento bacteriano que crescem como os tecidos de animais. 
Voltando à questão do oxigênio, as cianobactérias inventaram uma nova via metabólica que necessitava do próprio elemento tóxico. Foi então que surgiu a respiração aeróbia. Essa via também produz grande quantidade de energia (até 18 vezes mais que a fermentação), visto que provém de decomposição de moléculas orgânicas e produz dióxido de carbono e água. 
As cianobactérias podiam realizar fotossíntese e respiração ao mesmo tempo, pois essas duas vias eram regidas por estruturas diferentes. A fotossíntese gerava o oxigênio necessário para sua respiração e com isso elas produziam tudo o que necessitavam para viver como ácidos nucléicos, proteínas, vitaminas e meios para a produção. 
Mesmo que ainda seja um mistério, o fato é que a biosfera manteve um ambiente estável para que as cianobactérias nem se asfixiassem com escassez de oxigênio nem se intoxicassem com o excesso dele por algumas centenas de milhões de anos. Algumas bactérias produzem e outras consomem o oxigênio produzido e com isso foi gerado equilíbrio desse elemento em todo o planeta. Estavam, então, estabelecidas as características da superfície e da atmosfera da Terra e os micróbios pairavam pelo ar, solo e água.
Capítulo 7
Como o nível do oxigênio atmosférico foi se elevando, dava-se origem a um novo tipo de célula, eucarionte, que teria se originado dos procariontes por processos tão repentinos que ainda não foram explicados com detalhes. Esta célula continha núcleo e organelas que utilizavam o oxigênio produzido chamadas de mitocôndrias. Essas novas células tinham um núcleo isolado do restante da célula envolto por uma membrana e organelas que se auto reproduziam e utilizavam oxigênio, também é provável que tinham cromossomos. Considerando que não há registros de transição de uma célula anucleada para uma nucleada, as pesquisas sugerem que as células nucleadas teriam se originado por processo de simbiose (importante mecanismo para dar origem a novas espécies), procariontes penetrando procariontes utilizando resíduos como alimento coevoluindo e dando origem a essas células nucleadas. Outras células eucariontes unicelulares como as algas tinham em seu citoplasma organelas chamadas plastídios, que continham clorofila, capazes de realizar fotossíntese. Sugere-se que as mitocôndrias e os plastídios representem bactérias que ficaram presas no interior de outras bactérias.
Pesquisas feitas pela comunidade científica convence que o forma do aparecimento nos registros fósseis, a descontinuidade entre as células nucleadas e anucleadas e a complexidade das organelas com capacidade de se reproduzirem foram originadas por processos de mutação ou de transferência genética bacteriana caracterizando um processo de simbiose. Esses organismos cresceram tanto de forma independente que se tornaram estáveis. Essa teoria da simbiose foi testada pelo biólogo celular Hans Ris em 1962 ao analisar que o DNA dos cloroplastos era semelhante ao DNA das cianobactérias.
Capítulo 10
O sexo nada mais é que a união de material genético proveniente de mais de uma fonte. Dois fatos que antes não tinham ligação nenhuma, mas depois acabaram se interligando foi a redução do número de cromossomos no núcleo das células-filhas e a fusão nuclear e celular (mistura de DNA de fontes diferentes) caracterizando o sexo. Com isso deu-se o início da reprodução sexuada biparental. Hoje nós precisamos da reprodução pelo sexo meiótico porque nossos ancestrais unicelulares sobreviveram desta maneira. A meiose é um processo que garante que uma cópia de todo gene seja transmitida para a descendência
Para esse tipo de sexo ocorrer é necessário que o número de cromossomos se divida ao meio exatamente gerando espermatozoides ou óvulos. E depois, essas células com metade do material genético se fundem no momento da fecundação gerando uma nova célula com o número completo de cromossomos. Sugere-se que esse novo método tenha sido um mecanismo de defesa alcançado para enfrentar a fome. Diante da escassez de alimento, as células teriam recorrido ao canibalismo e para se desfazer da diploidia transmitiam metade do seu material genético às células-filhas. Então, a depender do estado do ambiente e de como esse ambiente dispunha de alimento, as células poderiam permanecer haploides ou diploides. 
Sexo e reprodução não são a mesma coisa, são processos diferentes que no curso evolutivo surgiu uma forte ligação nos animais, como nos mamíferos há apenas 225 milhões de anos. Há pelo menos dois tipos de teorias para explicar a necessidade do sexo. Uma é que o sexo é necessário para a variabilidade genética permitindo que os descendentes se adaptem melhor às condições ambientais, mas sem provas de ser verdade. Outra teoria é que o sexo é importante para o rejuvenescimento. Já essa teoria foi testada e comprovada pela observação do Paramecium aurelia que, ao final do seu ciclo autogâmico, ficava com um macronúcleo e um micronúcleo sem ter tido sexo biparental e estava geneticamente rejuvenescido e pronto para se reproduzir novamente. Com isso fica claro que a importância não está em receber genes de dois progenitores e sim na meiose propriamente dita.
Capítulo 11
O aparecimento de corpos pluricelulares, como no caso das amebas, é caracterizado pela tendência que as células-filhas têm de se manter unidas. Essa pluricelularidade deve ter surgido várias vezes na história da vida dando origem a organismos cada vez mais complexos. O início da linha evolutiva que corroborou para a origem dos animais se deu quando um protista flagelado se juntou pela primeira vez a outra célula para que pudessem desempenhar outras funções. Diferente do reino Animalia, os outros reinos mesmo sendo pluricelulares, têm pouca comunicação entre suas células. 
As algas primitivas não eram mais que uma colônia de células cheias de cloroplastos formando uma massa filamentosa. Elas habitavam em locais úmidos e banhados de sol. Quando alguns desses locais secaram, algumas algas permaneceram úmidas por dentro e secas por fora sendo favorecidas pelo curso evolutivo. Garantindo a sobrevivência, essas algas se multiplicaram e se transformaram nas plantas primitivas. A terra era um ambiente muito ruim para essas plantas, elas precisavam garantir a integridade de suas células gelatinosas. Como forma de proteção, essas plantas produziam uma substância chamada lignina que junto à celulose, conferia resistência e flexibilidade. Issopossibilitou o desenvolvimento do sistema vascular que é responsável pelo transporte de água por toda a planta e também de alimento. 
Para alguns biólogos, as plantas foram originadas através da simbiose entre fungos e algas. Essa hipótese é facilmente testada, (segundo os biólogos canadenses K. Pirozynski e D. Malloch), ao observarem que 95% das plantas que temos hoje apenas sobrevivem se tiverem simbiontes fúngicos em suas raízes. Nesse tempo, as plantas primeiras precisavam vencer um novo fator ambiental, a falta de água. Para isso elas produziram sementes fazendo com que as plantas aguardassem a ocasião correta para se desenvolverem. Com a prosperidade desse mecanismo de defesa, temos a origem das primeiras florestas.
Agora o cenário é de florestas com árvores semelhantes a samambaias que produzem sementes, animais como os insetos, lulas em forma de torpedo e os dinossauros entre outros. Tudo isso a cerca de 345 a 225 milhões de anos atrás. Embora tivessem surgido antes das plantas, os primeiros animais demorara 35 milhões de anos para chegarem ao continente e a forma com que passaram da água para a terra foi um pouco diferente devido, talvez, a existência apenas de estruturas como as mitocôndrias. Esses animais primitivos deram origem as formas globulares vermiformes que aumentava cada vez mais seu número de células. Daí então foram desenvolvidas várias estratégias de sobrevivência até possuírem habilidade para captação de alimento além de terem que desenvolver peles, cutículas e outras formas de se proteger contra os raios solares que incidiam diretamente sobre a Terra.Há cerca de 580 milhões de anos teve origem o período Cambriano, nossa era representando a chegada da idade moderna. Nesse período ocorreu o desenvolvimento de esqueletos, conchas, e outas partes rígidas para garantir a sobrevivência dos animais perante os predadores. Essas partes eram constituídas de fosfato de cálcio e de um material orgânico chamado quitina. O cálcio foi um fator crucial para a transferência desses animais para a terra por ser matéria-prima para a fabricação de estruturas biológicas como o cérebro. Ele é fundamental até os dias de hoje, pois desempenham papel fundamental no metabolismo das células nucleadas, são indispensáveis para o movimento ameboide, além de serem indispensáveis para a secreção e adesão celular e formação de microtúbulos.

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