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Profa. MsC. Valéria Aguiar Desconfortos e Complicações Pós-Operatórios DOR O trauma tecidual desencadeia respostas: Corticais Reflexos segmentares Reflexos Supra-segmentares Cardiovascular Pulmonar Gastrintestinal Renal Neuroendócrina / metabólica Alterações Aumenta a atividade simpática, o volume sistólico, o trabalho cardíaco, a frequência e consumo de O² pelo miocárdio. Diminui a expansão pulmonar, acumula secreção, diminui a tosse e respiração profunda, hipoxemia, hipercapnia, infecções. Náusea, vômito e risco de íleo adnâmico. Diminui as defesas imunológicas. Hipomotilidade da bexiga e uretra com dificuldade miccional Resposta Cortical Trauma Residual, Imobilização e Trauma cirúrgico Fraqueza muscular Tromboembolismo Flebites Convalescença Prolongada Reflexo Supra-Segmentar Aumento da PA, aumento do metabolismo e aumento do consumo - Hipoventilação - Atelectasia tardia - Hipoxemia - Infecção - Febre - Pneumonias ESPASMO Trauma cirúrgico Trauma residual Imobilização voluntária DOR Reflexo Segmentar Cutâneo-somático Somático-somático Viscerossomático Espasmo bronquiolar Dim. Mobilidade Intestinal Retenção Urinária Distensão abdominal Náuseas Vômitos Constipação intestinal Avaliação da dor pós-operatória - A incidência, o tipo, a intensidade e a duração da dor experimentada pelo paciente são influenciados por vários fatores. FATORES Relacionado ao Paciente Relacionado à Cirurgia Relacionado à Anestesia Físico, Psicológico, Emocional Social e Cultural Experiência álgica prévia Ansiedade e medo pré e pós-op. Econômicos e Familiares Medo da morte Separação familiar Informação recebida da equipe Prep. Pré-Anestésico (Informação recebida); Tipo de Anestesia Delicadeza e Manobra atraumática Duração da anestesia Suporte Pós-Operatório Sítio Cirúrgico – aumento dor (cir. abdominal e ortopédica) Incisão – obs. tensão na ferida (tosse, espasmo) Trauma tecidual e celular Avaliação Qualitativa da Dor Pós-Operatória Local da Cirurgia! Local distante da cirurgia! “Não sei onde” “Tudo” Dor incisional ou visceral; Espasmo muscular ou Reflexo; Mau posicionamento. Relacionado à anestesia; Causa preexistente; Complicação da cirurgia; Exacerbação de dor crônica; Estresse situacional; Problemas emocionais. Pergunta: Onde Dói? Resultado: administrar analgésico Fechar diagnóstico; Iniciar trata/o específico. Esclarecer dúvidas; oferecer ansiolítico. Pergunta: Como é a Dor? Aguda, cortante, pulsátil, em cólica, espasmo, pontada Dormente, formigamento, em peso Aperto, zumbido estranho Provável causa orgânica relacionada a cirurgia. Resultado: Geralmente responde trata/o c/ analgésico Provável causa orgânica relacionada à compressão, à lesão nervosa ou a isquemia. Monitorar e estabelecer diagnóstico. Considerar causas não-orgânicas (ansiedade, medo). Reavaliar, terapia de apoio, ansiolítico. Avaliação da Intensidade da Dor Técnica Como a dor é Medida Comentários Escala global de cinco 0 = Nada;1 = Muito pouco 2 = Alguma dor;3 = Bastante 4 = A pior possível Adequada para paciente bem consciente Escala quantitativa (avaliação numérica) Escala análogo-visual 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Nenhuma Apior possível (Indique na linha o tamanho da dor) II 010 Nenhuma A pior (Indique na linha o tamanho da dor) Manter a dor em escala abaixo de 4. Dor acima de 8 significa urgência médica Adequada para crianças Parâmetro fisiológico e comportamental Agitação, vocalização, sudorese, lacrimejamento,midríase, taquicardia, hipertensão e alteração no controle da respiração, podem ser sinais de dor. Utilizar em pacientes inconscientes, confusos ou condiçõescríticas. Avaliação de funções pelo observador O paciente executa funções importantes (inspira profundamente, tosse, expectora, deambula, movimenta uma articulação)? Realizar em todos os pacientes. Fornece dados subjetivos da intensidade da dor e do grau de limitação. Tratamento da dor e Intervenção Anestésico Local Analgésico Não Opioide AINES Analgésico Opioide Infiltração local da incisão com anestésicos de ação prolongada. Ex. Lidocaína, bupivacaína Efeitos aditivos ao analgésico opióide. Acumulam-se nos tecidos inflamados, na parede do estômago, no fígado, no sangue e nos rins. Possuem efeito antipirético e antitrombótico. Ex. Meloxicam. Idosos e mulheres estão mais sujeitos aos efeitos colaterais. Efeitos colaterais: irritação gástrica, insuficiência renal aguda, distúrbios do SNC. Dor fraca (pode ou não associar ao uso dos opióides). Tem efeito teto. Ex. Dipirona. Analgésicos para dores médias e fortes. Ex. Morfina, dolantina, petidina, meperidina Efeitos colaterais: náusea, vômito, sedação, prurido, euforia, retenção urinária, constipação, confusão, vertigem e depressão respiratória. Identificar o local, o tipo da dor, a intensidade e as alterações fisiológicas e comportamentais Posicionamento adequado; Manter pacte confortável Tranquilizar o paciente; verificar SSVV; Oferecer medicamento analgésico. Obs. efeito colateral neurológico: análise da Escala de Ramsey Ansioso, agitado, inquieto; Cooperativo, orientado e tranquilo; Sonolento (responde a comando verbal); Dorme (reage a estímulo glabelar ou sonoro leve; Cuidados de Enfermagem Observar efeitos colaterais; Escala de sedação de Ramsay: 1) Ansioso, agitado, inquieto ou ambos 2) Cooperativo, orientado e tranquilo 3) Sonolento. Responde a comandos verbais 4) Dorme. Discreta reação a estímulo glabelar leve ou estímulo sonoro alto 5) Dorme. Lenta reação a estímulo glabelar leve ou a estímulo sonoro forte. Reage a dor 6) Sono profundo. Sem resposta à dor ou a estímulos VÔMITOS Causas: efeito anestésico e dos analgésicos, deglutição de sangue, muco e saliva ou não observância do jejum no pré-operatório. A incidência é em cerca de 20 a 30% dos pacientes pós-operatórios. Complicações: Deiscência de suturas Aspiração pulmonar Desidratação Alterações hidreletrolíticas Rotura esofágica Aumento da pressão intracraniana Vômitos – Fatores de Risco FATORES DE RISCO RELACIONADOS AO PACIENTE Sexo feminino – maior em mulheres após a puberdade (ação hormonal). Não-fumantes – apresentam maior índice de NVPO. Idade – maior em adultos jovens e menor na velhice. Pior estado físico segundo critério da ASA. História de enxaqueca. Ansiedade pré-operatória. Obesidade. FATORES DE RISCO RELACIONADOS A CIRURGIA Duração da cirurgia – risco maior em cirurgias prolongadas. Anestesia – risco maior para pacientes submetidos à anestesia geral ou inalatória sob uso de halotano, isoflurano, desflurano, sevoflurano ou enflurano. Medicamentos analgésicos – os Opióides ativam o centro do vômito situado no tronco cerebral. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Manter a cabeça lateralizada ou lateralizar o paciente; Higiene oral do paciente após o episódio do vômito; Administrar Antiemético prescrito; Anotar no prontuário; Paciente em uso de SNG, limpar a mesma evitando obstrução; Em caso de hiperemese, providenciar reposição de líquidos EV, iniciar BH e manter dieta zero; O retorno da alimentação deverá ser gradativa. Distensão Abdominal Acúmulo de líquidos e gases no estômago e intestinos. Ar deglutido na cirurgia, secreções digestivas (saliva, suco gástrico, bile e suco pancreático). Recuperação da motilidade intestinal: Intestino delgado – 24 horas. Estômago – 48 horas. Cólon – 3 a 5 dias. Complicação: Íleo adinâmico. Causas: Imobilidade do paciente no pós-operatório; Alimentação imprópria no pós-operatório; Traumatismo cirúrgico intestinal no transoperatório; Manifestações Clínicas Abdômen aumentado e sensação de plenitude gástrica; Náuseas e vômitos; Dor abdominal tipo cólica e dispnéia; Medidas Profiláticas Deambulação precoce; Mobilização no leito dos pacientes impossibilitados de deambular; CUIDADOS DE ENFERMAGEM Estimular a deambulação; Mobilizar o paciente no leito; Evitar alimentos que fermentemno intestino; Sonda retal por 20 min, elimina flatos do cólon inferior (s/n); Administrar segundo prescrição, clisteres ou laxantes para estimular a peristalse; Havendo íleo adinâmico introduzir SNG. POLIDIPSIA POLIDIPSIA (sede excessiva): Atribuído ao uso de analgésicos, medicamentos e perda de líquidos durante a cirurgia. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Umedecer lábios e boca do paciente quando estiver em dieta zero; Administrar líquidos VO em pequena quantidade quando o paciente estiver consciente, sem náusea ou vômito e não houver contra-indicação. RETENÇÃO URINÁRIA Incapacidade de urinar apesar do desejo miccional causando distensão vesical. CAUSAS Bloqueio psicológico; Anestesia profunda e de longa duração; Cistite aguda pelo uso de sonda; Hipertrofia prostática; Estenose uretral; Cálculo uretral, vesical ou coágulo; Paralisia dos nervos da bexiga por lesão da medula. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Observar volume urinário e frequência miccional; Valorizar queixas do pacte quanto à dor suprapúbica; Verificar com palpação suprapúbica área de distensão; Manter o paciente em ambiente privativo cercando o leito com biombo; Posicionar o paciente confortavelmente; Fazer o paciente pensar em água; Estimular o som de água abrindo a torneira; Fazer banho com água morna na região suprapúbica; Não havendo resultado satisfatório providenciar sondagem vesical de alívio; ESTADO DE CHOQUE Hemorragia profusa Traumatismo grave Queimadura extensa Infarto do miocárdio Sepse bacteriana Fisiologia Choque Hipovolêmico Choque Cardiogênico Choque Distributivo Choque Obstrutivo Hipoperfusão disseminada dos tecidos Secundária Redução do débito cardíaco Redução do volume de sg Redistribuição inadequada do fluxo de sg Diminui Depuração de metabólito Aporte de O² e nutrientes Hipóxia celular com metabolismo anaeróbico e consequente acidose lática provocada pelo aumento do ácido lático Causas do Estado de Choque Insuficiência circulatória, onde o sistema circulatório não exerce suas funções de fornecimento de nutrientes, retirar substâncias nocivas e manter o equilíbrio dos gases sanguíneos. Colapso Circulatório CAUSAS Choque Hipovolêmico Causa Redução do volume de líquido circulante, provocada pela perda sanguínea, hídrica e diminuição de eletrólitos (diarréia, hiperemese, hemorragias, queimaduras). Comum no POI, pela perda excessiva de sg ou reposição inadequada de líquido no trans-operatório. Choque Cardiogênico Causa Resultado da ineficiência da bomba cardíaca Comum em paciente com doença restritiva. Choque Distributivo Choque Obstrutivo Causa Causa Diminuição do tônus vascular com ação do SNA (simpático). Ocorre vasodilatação e má distribuição do volume de sangue com retorno venoso diminuído. Causa diminuição da sístole, débito cardíaco e ineficiência da perfusão tecidual. Trombos, TVP, infarto Neurogênico Séptico Anafilático Causa hipoperfusão com necrose tecidual Choque Distributivo Ch. Neurogênico Disfunção do SNA levando à vasoplegia e consequentemente choque. Lesão da medula espinhal; Anestesia espinhal; Lesão do sistema nervoso; Efeito depressor de medicamentos; Drogas; Hipoglicemia. Ch. anafilático Exposição do organismo a determinado antígeno. Provoca edema com obstrução de VAS. Alimentos, insetos, imunoterapia, vacinas, drogas (penicilina), anestésicos POR QUE? Libera Histamina e provoca dilatação venosa e arterial. Aumenta a permeabilidade vascular e provoca decréscimo da PA. CAUSAS Choque Distributivo Ch. Séptico Infecções bacterianas, virais, fúngicas, outras. Dividida 4 Fases 1ª fase – Endotoxina (toxinas dos microorg.liberadas) causa lesão endotelial; A endotoxina estimula a liberação de histamina, bradicinina; Aumenta a permeabilidade vascular e causa agregação plaquetária; Causas 2ª fase – Altera o fornecimento de O² aos tecidos; Há hipóxia tecidual e substituição da respiração aeróbica intracelular pela glicólise anaeróbica (produção excessiva de ác. láctico resultando em acidose metabólica láctica; Redução do pH tecidual e diminuição da resposta vasomotora. 4ª fase - Falência de múltiplos órgãos; Lesão tecidual e celular intensa e disseminada; Os órgãos vitais são afetados e entram em insuficiência não permitindo a sobrevida. 3ª fase – Alteração de Coagulação; A endotoxina ativa a coagulação através do fator XII e indiretamente o fator VII; Ocorre ativação e consumo das plaquetas; A acidose potencializa a agregação plaquetária. Na evolução do processo a coagulação é inibida. Manifestações clínicas do Estado de Choque Alteração da consciência – obnubilado, comatoso e Morte Pulso taquicárdico inicialmente e após taquisfígmico Hipotensão e hipotermia Palidez cutânea e cianose das extremidades Respiração superficial - Cheyne-stokes e kusmaul Pele fria, úmida e pegajosa Comunicar à equipe médica a presença de sinais de choque Instalar controle de Balanço Hídrico Monitorizar SSVV, ECG, saturação de O2, volumes infundidos e instalar PVC Avaliar focos hemorrágicos, ferida operatória, drenos e cateteres Comunicar CC para retorno e revisão cirúrgica Decúbito dorsal, MMII elevados e acesso venoso central PROCEDIMENTOS Balanço Hídrico Paciente P.D.V. 57 anos, submeteu-se a prostatectomia total. Encontra-se internado na UTI para observação. Prescrito 1500 ml de SF 0,09% e 1000 ml de SG 5% em 24 horas. Está em uso de SVD 3 vias com irrigação de 2400 ml de SF 0,09%/24 horas e drenagem de 2900 ml. O dreno vesicouretral apresentou drenagem de 250 ml/24 horas. No final do plantão havia 450 ml de SF e 250 de SG para ser administrado e o pacte recebeu 600 ml de líquidos VO entre sucos, água e chá. O paciente apresentou no plantão T = 40ºC e após o uso de medicamento antitérmico foi observado sudorese intensa. O paciente está em uso de oxigenoterapia com R = 40 irpm. Ao exame físico foi detectado sinal de cacifo = ++++ (MMII e MMSS). Determine o BH/24 horas e as PI do paciente. Justifique o resultado do BH em relação ao caso clínico do paciente. Paciente com ICC D., com prescrição de 1000 ml de SG 5% em 24 horas. Ao iniciar o plantão havia um transporte de 150ml de SG 5% para ser infundido. Ingesta oral de 200 ml/24 horas e medicação VO de 100 ml/24 horas. Paciente com anasarca. No final do plantão havia 220 ml de SG 5% para ser infundido. Diurese /24 horas = 460 ml. Determine o BH, as PI e a situação desse balanço em relação à clínica do paciente. ATELECTASIA Colabamento das paredes pulmonares Microatelectasias difusas Microatelectasias segmentares Microatelectasias lobares I N C I D Ê N C I A Fumantes DPOC / doença pulm. crônica Fadiga pós-operat. Anestesia geral Cirurgia prolongada Causa de febre nas primeiras 48 h pós cirurgia sob anestesia geral Obstrução brônquiolar Ventilação assistida Mau estado geral / idade Não reflexo da tosse Efeito drogas e relax. musc. Anestesia geral desidrata o ar da VAS, diminui a atividade ciliar e causa obstrução brônquica S I N T O M A S Febre sem sinais pulmonares evidentes Dispnéia de intensidade variável Taquicardia Cianose – dificuldade de hematose na área colapsada Dor torácica de localização imprecisa T R A T A M E N T O Suspender fumo 60 dias antes cgia Evitar ventilação no trans-op. Trata/o fisiot. e medic. p/ portadores DPOC Estimular tosse e ex. respiratório Deambulação precoce, hidratação No POI diminuir dor e evitar droga depressora Tromboflebite Veias superficiais Veias profundas Reação inflamatória local Fenômeno obstrutivo Subst. Irritante EV; diluição ineficaz med. parenteral Presença de varizes nos MMII Sinais flogísticos localizado Febre Câimbras ou peso nos MMII, variando de localização Dor, edema, entumescimento local S I N A I S Imobilidade no leito Mal estar geral Febre, mal estar geral S I N A I S Causas Embolia Pulmonar Trombose ileofemural grave - apresenta cianose do membro e evolui para gangrena. Cirurgia longas, compressão da panturrilhaPacte com alteração de coagulograma Idade e obesidade Medidas Preventivas Pcte obeso, com varizes e cirurgia longa – MMII enfaixados e aquecidos Não comprimir panturrilha na cirurgia Deambulação precoce e movimentação MMII Meia elástica ou cinta pneumática na cirurgia p/ casos de riscos Testes de palpação positivos Complicação Tromboflebite Superficial Antiinflamatório / Analgésico / anticoagulante SN MMII elevados, calor local, deambulação, meia elástica Cuidados de Enfermagem Membro elevado sem compressão de panturrilha Repouso parcial no leito Medir MMII – 15cm acima joelho e 20 cm abaixo Tromboflebite Profunda Tratamento Cuidados Enfermagem Repouso total no leito MMII elevados sem comprimir panturrilha Cuidados com anticoagulantes. Exame de TAP diário Profilaxia Evitar estase venosa no pré-operatório e deambulação no pós-operatório. Atenção: cirurgia ginecológica, urológica e paciente com varizes Subheparinização em cirurgia grande porte e paciente obeso Compressão pneumática no ato cirúrgico Testes para confirmação da TVP Sinal de Homans: dorsiflexão do pé sobre a perna e o doente vai referir dor na massa muscular da panturrilha. Sinal da Bandeira: Na comparação de um MI com outro na palpação, há menor mobilidade da panturrilha que fica empastada. Sinal de Bancroft, quando palpada a musculatura da panturrilha contra a estrutura óssea o doente refere dor. Infecção da Ferida Operatória Fatores Sistêmicos Fatores Locais Obesidade Desnutrição Doenças Medicamentos Tempo cgico Técnica Cgica Tempo Internação Grau de lesão Corpo estranho Assepsia Manifestações – surgem à partir do 3ª PO Febre intermitente Taquicardia Formação de abcesso Edema e sinais flogísticos Dor na ferida Tratamento Drenagem de secreção e lavagem da cavidade com SF em jato Antibiótico sistêmico e local Manter curativo até revitalização do local COLEÇÃO DE LÍQUIDOS NA FERIDA OPERATÓRIA Áreas de grande descolamento cirúrgico poderá formar acúmulo de líquidos como: Seromas subcutâneos Acúmulo de linfas (esvaziamento ganglionar) Gordura liquefeita em pacientes obesos Líquidos de edema. Fazer punção local ou abertura de alguns pontos e colocação de dreno na área para evitar novo acúmulo. DEISCÊNCIA DA FERIDA OPERATÓRIA Separação das bordas da ferida operatória. Fatores determinantes sistêmicos Fatores Determinantes Locais Hemorragia Infecção Alergia ao fio de sutura Falhas técnicas Técnica cirúrgica - incisão vertical predispõem mais à deiscência que as transversais Aumento da pressão intra-abdominal (ascite, tosse, vômitos) no POI Idade, Desnutrição Neoplasias, uremia Hipoproteinemia Insuficiência hepática Diabetes Corticoterapia DEISCÊNCIA DA FERIDA OPERATÓRIA Havendo deiscência de sutura com evisceração, o enfermeiro deve: Cobrir as vísceras com gaze ou compressas estéreis, umedecidas em soro fisiológico, enfaixando o abdômen suavemente. Manter o paciente em decúbito lateral direito, umidificar as vísceras, providenciar acesso venoso imediato e fazer curativo compressivo. Tentar o retorno das vísceras para a cavidade aproximando as bordas da incisão com auxílio de esparadrapo. Colocar o paciente em posição de Trendelenburg e cobrir as vísceras com material úmido e estéril. EVISCERAÇÃO É a separação das bordas da ferida abdominal com a saída das vísceras, constituindo-se de uma emergência cirúrgica. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Acalmar o paciente; Manter o paciente em decúbito dorsal com joelhos fletidos; Cobrir as vísceras com gazes ou compressas esterilizadas, umedecidas em soro fisiológico e enfaixar o abdome suavemente, sem comprimir vísceras; Usar tela de Marlex ou de politetrafluoroetileno para proteger a cavidade peritoneal. Posteriormente fechar a parede; Não alimentar o paciente e encaminhá-lo ao centro cirúrgico; OBS.: NÃO RECOLOCAR AS VÍSCERAS PARA DENTRO DA CAVIDADE. SISTEMA DE DRENAGEM CIRÚRGICA É a drenagem de secreção sanguinolenta, líquidos orgânicos, pus e material necrótico que esteja presente na cavidade ou local cirúrgico e que causariam o crescimento dos microrganismos, com risco de infecção da ferida e deslocamento dos tecidos. Classificação: DRENO DE SISTEMA ABERTO (DRENO DE PENROSE) – Sistema aberto de drenagem, introduzido na região subcutânea da ferida (superficial) para escoamento de secreções que possam vir a infectá-la ou para eliminar secreções purulentas. É um tubo de látex mole e delicado, de vários diâmetros. Ex: Penrouse, Kher (cirurgias biliares). DRENO FECHADO DE PRESSÃO NEGATIVA OU DRENO DE SUCÇÃO – Sistema fechado de drenagem (profundo), atingindo cavidade. Colocado próximo à ferida cirúrgica para retirada de secreção ou sangue da cavidade. Conectado a uma bolsa coletora sanfonada elástica, por meio de um tubo. Procedimento totalmente asséptico SISTEMA FECHADO DE DRENAGEM CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM O SISTEMA DE DRENAGEM Remover o dreno aberto (penrouse) até 48 h. Em feridas com dreno de penrouse, avaliar a quantidade de secreção existente e trocá-lo com mais frequência. Remover o dreno de sucção com 72 horas. Esvaziar dreno de sucção de 12/12 h ou em período menor, de acordo com a secreção drenada. Para o esvaziamento do dreno usar paramentação (avental, máscara e luva cirúrgica) e técnica asséptica. Manter o dreno com pressão negativa aberta o mínimo possível e ao abrir o sistema, pinçar o mesmo, evitando a entrada de ar, a perda de pressão negativa e o retorno de secreção para o interior da cavidade. Medir todo o volume drenado, observar o aspecto e anotar no prontuário. O curativo da ferida cirúrgica com dreno deverá ser feita em 2 etapas: 1º o curativo da ferida cirúrgica e 2º ao redor do dreno. O curativo na inserção do dreno deverá ser feito em dias alternados, salvo se apresentar sinais flogísticos.
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