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AULA 1 e 2 HISTÓRIA DA ENF. BRASIL E MUNDO

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HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO 
BRASIL E NO MUNDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Ms. Angela Maria Lima Santos 
Disc.: PRÁTICA DE ENFERMAGEM I – Aula 1 e 2 
1 
FLORENCE NIGHTINGALE 
 Nasceu em 12 de maio de 
1820 na cidade de Florença, 
na Itália, de família inglesa 
rica e aristocrática. 
 Faleceu em 13/08/1910 com 
90 anos. 
FLORENCE NIGHTINGALE 
QUALIDADES: 
 Inteligência incomum, 
 firmeza, 
determinação e 
perseverança. 
CULTURA 
Estudou matemática e 
filosofia. 
Poliglota, tinha domínio do: 
 inglês, francês, alemão, italiano, além 
do grego e do latim. 
Sua cultura era muito 
superior à das mulheres 
de sua época. 
 
FLORENCE NIGHTINGALE - VOCAÇÃO 
 
Aos 17 anos (1837) como um chamado de Deus, 
manifesta pela primeira vez sua vocação, para 
prestar cuidados aos enfermos. 
Em 1844 conhece o Dr. Samuel Gridley Howe 
que estimula sua vocação. 
1845 teve a oportunidade de cuidar de um 
familiar doente. 
Dois anos depois Florence foi a Roma 
passou dez dias no Convento da Trindade do 
Monte. 
FLORENCE NIGHTINGALE 
• Em 1849 esteve em Alexandria, no Egito, 
• conheceu mais uma vez o trabalho das filhas de 
 caridade de São Vicente de Paulo. 
• Conheceu o Pastor Theodor Fliedner 
(pastor alemão, da Igreja Protestante), 
nascido em Kaiserswerth, Alemanha. 
Tinha grande interesse pelo cuidado 
aos doentes. Fundou então, a escola 
de enfermagem, Diaconisas de 
Kaiserswerth. 
Pastor Theodor 
Fliedner 
Diaconisas 
FLORENCE NIGHTINGALE 
Com 31 anos de idade: 
– foi autorizada a ir para a instituição de 
Kaiserswerth, onde permaneceu por três meses. 
 
– Ela participou de todas as aulas teóricas e práticas, 
inclusive as de limpeza. 
FLORENCE NIGHTINGALE 
 
Não satisfeita, conseguiu autorização 
de seus pais, para ir para a França: 
– no Hotel-Dieu de Paris completou seus estudos 
com as Filhas de Caridade, 
– visitou hospitais e conheceu a prática da 
enfermagem nas comunidades religiosas, 
– para melhor observar este trabalho e absorver 
conhecimentos, ela vestia-se como Irmã de 
Caridade. 
Retornando para a Inglaterra, foi indicada para ser 
superintendente de uma instituição de mulheres doentes 
de alta sociedade, e para trabalhar no Hospital King’s 
College. 
Guerra da Criméia 
 
Guerra da Criméia (Península da Criméia ) 
– disputa com pretensões expancionistas da Rússia 
contra as forças aliadas da França, Inglaterra e 
Turquia. 
 
– O cuidado aos feridos da guerra: 
• Rússia e França – possuíam suas próprias 
religiosas para cuidarem de seus soldados, 
• Inglaterra – poucos homens, sem preparo para o 
cuidar. 
Guerra da Criméia 
A imprensa divulga esse fato e: 
 
– mobiliza a opinião popular exigindo solução imediata 
com relação ao cuidado dos feridos. 
 
– Florence toma conhecimento da situação, e vê sua 
oportunidade de colocar em prática todo o 
conhecimento adquirido. 
Guerra da Criméia 
Florence escreve ao Ministro da Guerra (Sidney 
Herbert), seu amigo pessoal, e oferece seus serviços. 
– A oferta foi prontamente aceita. 
– Florence recruta 38 mulheres para servir na 
guerra cuidando do feridos (religiosas anglicanas, 
leigas e católicas), 
Guerra da Criméia 
– Partem em 21/10/1854, para a base militar de 
Scutari (antiga Constantinopla e atual Istambul). 
– Florence começou organizando a cozinha e a 
lavanderia. 
– Ela achava que a ciência e a arte de alimentar bem 
um doente, era fundamental na enfermagem (que 
deveriam ocupar-se da seleção dos alimentos e do 
seu preparo – higiene). 
Guerra da Criméia 
Em dois meses, Florence organizou o Hospital, 
– reduziu a taxa de mortalidade de 40% para 2%. 
Florence conquistou o carinho e o respeito dos 
soldados, 
– pelas mudanças no atendimento aos feridos e 
– pelos cuidados e conforto que lhes proporcionava. 
– Mas foram suas rondas noturnas que chamaram a 
atenção – eram realizadas com uma pequena 
lâmpada para iluminar seus caminhos. 
Guerra da Criméia 
Meses após sua chegada, resolve ir conhecer o 
campo de batalha, contraindo o que se 
supunha ser febre tifóide, o que a deixou muito 
debilitada. 
Em 1856 - termina a guerra, 
– as enfermeiras retornam a sua terra natal. 
– Florence é a última enfermeira a deixar o local. 
Guerra da Criméia 
Retorna da guerra como: 
– figura popular, sinônimo de eficiência e heroísmo, 
considerada heroína nacional. 
Quebrou o preconceito da participação da 
mulher nas guerras: 
– transformou a visão da sociedade em relação à 
enfermagem e 
– a ocupação útil da mulher. 
Guerra da Criméia 
Por sugestão do Ministro da Guerra: 
– é criado o Fundo Nightingale, para treinamento de 
enfermeiras, melhorando também, o status social 
da profissão. 
– Através deste fundo, cria, em Londres, em 1860, a 
Escola Nightingale para Enfermeiras, junto ao 
Hospital de Saint Thomas. 
MODELO NIGHTINGALE 
Características da Escola 
Filosofia: 
– disciplina rigorosa e exigência de qualidade 
moral das candidatas. 
– Seleção rigorosa das candidatas - solteiras e 
maiores de 25 anos, 
– com boas características físicas, morais e 
intelectuais, 
MODELO NIGHTINGALE 
Características da Escola 
– regime de internato, 
• uniformes, e um regime disciplinar e 
treinamento baseados em um “Boletim Moral”, 
elaborado pela própria Florence Nightingale 
para manter o alto padrão moral e técnico das 
novas enfermeiras. 
– Além desta seleção rigorosa, período 
probatório de um mês. 
MODELO NIGHTINGALE 
Características da Escola 
 Em suas Escolas Florence baseava sua filosofia em quatro 
idéias chave: 
 O dinheiro público deveria manter o treinamento de 
enfermeiras ; 
 Deveria existir uma estreita associação entre hospitais e 
escolas de treinamento, sem estas dependerem 
financeira e administrativamente; 
 O ensino de enfermagem deveria ser feito por 
enfermeiras profissionais e não por qualquer pessoa não 
envolvida com a enfermagem. 
 Deveria ser oferecida às estudantes, durante todo o 
período de treinamento, residência com ambiente 
confortável e agradável próximo ao local. 
 
MODELO NIGHTINGALE 
IDEAL CRIADO POR FLORENCE 
PARA SER ENFERMEIRA 
 
Pontualidade, discrição, confiabilidade, 
aparência pessoal, administração da 
enfermaria e organização, registros 
contínuos das atividades, proibição de 
namoro. 
MODELO NIGHTINGALE 
As enfermeiras da Escola Nightingale preparavam-se 
para: 
 
– o serviço hospitalar, 
– visitas domiciliares a doentes pobres e 
– as enfermeiras “mais qualificadas” eram 
preparadas para as atividades de supervisão, 
administração e ensino. 
MODELO NIGHTINGALE 
Primeira parte - Curso básico – 01 ano 
 
– sentiu a necessidade de uma especificidade maior 
nas aulas, que passaram a ser ministradas por 
médicos faziam parte do currículo aulas de: 
• anatomia, química, abreviações latinas, 
culinária e enfermagem. 
MODELO NIGHTINGALE 
Segunda parte: Ministrado por Enfermeiras. 
Ladies Nurses – 02 anos 
– eram treinadas para o ensino e a supervisão do 
serviço, 
– dominavam o saber, e não o fazer. 
Nurses – 03 anos 
– de origem sócio-econômica 
inferior, executavam o 
trabalho manual. 
MODELO NIGHTINGALE 
A Enfermagem Moderna, nasce então, 
reproduzindo a divisão do trabalho entre as 
duas categorias: 
• Nurses e 
• Lady nurses. 
MODELO NIGHTINGALE 
Com a criação da Escola,Florence se dedica ainda mais, a escrever. 
– Participou de um relatório para a Comissão Real que 
investigava os acontecimentos ocorridos durante a Guerra 
da Criméia, 
– preparou um livro intitulado “Notas sobre questões que 
afetam a saúde, eficiência e administração hospitalar no 
Exército Britânico”, 
– Este livro foi fator determinante para a criação da Escola de 
Medicina do Exército Inglês. 
MODELO NIGHTINGALE 
Enfermeiras diplomadas pela Escola do Hospital St. 
Thomas levaram o modelo Nightingaleano para 
outros países, dentro e fora do continente europeu → 
com a ajuda do movimento Cruz Vermelha → 
difusão ocorreu em decorrência das guerras e 
conflitos. 
 
Difusão → apesar das grandes diferenças culturais 
como religião, raça, casta, idiomas e costumes 
tradicionais, a adaptação dos novos conhecimentos, 
técnicas de ensino e práticas de enfermagem foi 
acontecendo, com maior ou menor dificuldade. 
 
 
 
 
Enfermagem nos EUA 
 
1873 – 1° Escola de Enfermagem; 
Critérios de seleção : 
• 25 a 35 anos, 
• Solteiras, 
• Visão e audição perfeitas, 
• Pés saudáveis, 
• Bom caráter moral...; 
Morar nos quartos do hospital. 
 
 
26 
Enfermagem nos EUA 
 
Duração do curso = 2 anos, sendo 1° ano de aulas 
teóricas e o 2° ano de práticas no hospital, as 
aulas teóricas eram ministradas à noite; 
Estudantes ½ folga por semana; 
Estudantes não pagavam a escola e sim recebiam 
10 dólares do hospital por mês, para atender as 
suas necessidades pessoais e educacionais; 
27 
Enfermagem nos EUA 
 
Estudantes – vários meses em especialidades 
como pediatria, obstetrícia, clínica, cirurgia e 
dermatologia; 
Escala: Ala com 30 pacientes 
• 2 estudantes do 1° ano, 
• 1 estudante do 2° ano, 
• 1 enfermeira chefe (estudante do 2º ano). 
Passavam 6 meses prestando serviço noturno de 
14 horas. 
28 
Enfermagem nos EUA 
 
Estudante do 1° ano era responsável 
24hs/dia por seis ou mais pacientes, tinha 2 
hs de folga diárias e era acordada à noite 
para atender seu pacientes; 
 
Não tinham tempo livre aos domingos para 
os serviços religiosos; 
29 
Enfermagem nos EUA 
 
Deveres: limpeza das alas, cozinhar e 
servir as refeições aos pacientes, lavar 
roupas e bandagens sujas, passar a ferro as 
roupas hospitalares dos pacientes, dobrar 
as roupas e manter o armário de roupas 
asseado,providenciar ventilação e 
aquecimento(lenha) nos quartos, lavar 
pratos e administrar os tratamentos . 
30 
Enfermagem nos EUA 
 
1879 – Escola Boston formou a primeira 
enfermeira negra; 
1879 – Publicado o 1° livro texto sobre 
enfermagem; 
1880 - Escolas de Enfermagem para mulheres 
negras; 
1880 mudança de cenário e personagens: a 
enfermagem se revela uma carreira para pessoas 
inteligentes e devotada, e não apenas ocupação das 
ordens religiosas. 
1888 - Escola de Enfermagem para homens; 
 
 
 
31 
Enfermagem nos EUA 
 
1880 - Tratamentos: administrar medicamentos, 
mas não tinham conhecimento do nome; 
Vidro rotulado e classificado por números; 
Só o médico e o farmacêutico conheciam; 
Aplicação de sanguessugas(vivas e ativas) à pele, 
uso de revulsivantes(irritar a pele), 
cataplasma(mistura aquosa de várias substâncias, 
do carvão à farinha de aveia), eram espalhados 
sobre papel ou pedaço de tecido e aplicado na 
pele para provocar irritação ou lesão 
 
32 
Enfermagem nos EUA 
 
1890 – Estudante confeccionava o seu uniforme. 
• Saias longas(apenas alguns centímetros do chão), 
punhos e mangas longas e apertadas), 
Gorro: surgiu por motivos práticos, pois as 
mulheres tinham cabelos longos e pouco tempo 
para o cuidado; 
Maquilagem era proibida; 
Por sobre o uniforme era usado um avental com 
bolso(fósforo, lápis, tesouras e um termômetro) 
Sapatos pretos e meias. 
33 
Enfermagem nos EUA 
 
 
1903 – Registro das Enfermeiras – RN em alguns 
estados; 
1904 – Roupas especiais e capotes, luvas esterilizadas; 
Após a graduação as RN utilizavam cartões de visita 
para anunciar seus serviços em hospitais, consultórios 
médicos e farmácias; 
1904- RN particulares tinham 2 horas de folgas todas 
as tardes – trabalhavam 7 dias por semana. 
 
 
34 
Enfermagem nos EUA 
 
1909 - Primeira Faculdade de Enfermagem na 
Universidade de Minnesota com três anos de 
curso (sexo feminino); 
1913 – Lei Estadual na Califórnia – 8hs/diárias 
1916 – Bacharel em Ciências de Enfermagem – 
curso de 05 anos( 2 anos cultura geral e 3 de 
enfermagem). 
1919 – RN tinham 5 horas de folga/dia; 
 
 
 
35 
Enfermagem nos EUA 
 
1930 - Primeira Escola de Enfermagem para 
mulheres índias no Arizona; 
1930 – jornada de 8 horas diária, até esta data as 
estudantes assumiam os pacientes no hospital; 
Avaliação das estudantes : recato, probidade, 
pontualidade, higiene, aparência pessoal, 
administração de alas e habilidade técnica. 
Durante a experiência só deixavam seus quartos 
acompanhadas por outra estudante. 
36 
Enfermagem nos EUA 
 
1950 e 1960 – Período de mudança do Curso de 
Enfermagem para 4 anos; 
PNP – Enfermeira Pediátrica Prática; 
CNM – Enfermeira Obstétrica Certificada. 
1950 – Testes de âmbito nacional-licenciar RN; 
Principiantes (estudantes) 1 mês – habilidade para 
controlar o horário e o trabalho; 
 
 
 
37 
Enfermagem nos EUA 
 
1952 – Curso Técnico em Enfermagem – 2 anos 
(escolas comunitárias e escolas secundárias); 
Hospitais só estudantes de enfermagem(estudante 
sênior- “enfermeira chefe”); 
RN – Trabalhos particulares. 
 
 
38 
 
História da Enfermagem no Brasil 
Disc.: Prática de Enfermagem I - Aula 1 e 2 
Profa. Ms.Angela Lima Profa. Ms. Sandra Mara 
Década de 1920 
1900 → O Brasil se inclui entre os países onde o 
Estado controla a saúde pública. 
 
 
1910 → Inicio das atividades da Escola de Parteiras 
junto à Maternidade São Paulo. 
 
 
1914 → Inicia-se a Primeira Guerra Mundial . O 
Brasil não possuía pessoal qualificado para enviar junto 
aos voluntários da Cruz Vermelha Brasileira. 
Década de 1920 
 1916 → A Cruz Vermelha Brasileira inicia um 
curso de “socorristas” para atender as 
necessidades impostas pela guerra. 
 Seus diplomas eram registrados pelo Ministério 
da Guerra e considerados oficiais. 
 A demanda da formação de profissionais da 
Escola Profissional de Enfermeiras Alfredo Pinto 
não era suficiente. 
 
Década de 1920 
 
1920 → Reforma sanitária – liderada por 
Oswaldo Cruz e Carlos Chagas 
 
–Buscam reorganizar os Serviços de Saúde e diminuir as 
epidemias. 
–Criam junto á Cruz Vermelha, o curso de “Visitadoras 
Sanitárias ou de Higiene” (mantido pela Cruz Vermelha). 
Década de 20 
 
O intuito na formação destes profissionais, era o de 
atender às necessidades da comunidade, pois os 
problemas de Saúde Pública no Brasil estavam 
ganhando vulto e colocando em risco a saúde da 
população. 
 
Esta é a primeira categoria de pessoal de Enfermagem 
com algum preparo para atuar na área da saúde 
pública, formadas no Brasil. 
Década de 20 
 1921 → Mudança do nome da Escola Profissional de 
Enfermeiras Alfredo Pinto, para Escola Profissional de 
Enfermeiros (mista). Continua sediada ao lado do Hospital 
Nacional dos Alienados 
 Surgimento das “Monitoras da Higiene Mental”. 
  Formação de sua primeira turma de alunos. 
  Não há registro anterior de diplomados. Imagina-se que a 
extensão e a complexidade do currículo, faziam com que os 
alunos desistissem, antes do término docurso. 
 
Década de 1920 
1923 → Dia 19 de fevereiro, inicia-se no Rio de 
Janeiro, o curso da primeira escola de Enfermagem 
no Brasil, sob orientação de enfermeiras norte-
americanas, treinadas segundo o modelo 
nightingaleano, denominando-se, ESCOLA ANNA 
NERI, financiada pela Fundação Rockfeller. 
 
O curso tinha duração de 28 meses passando logo 
após a 32 meses. 
Era exigido a conclusão do curso normal ou 
equivalente para o ingresso da candidata. 
 
 
Década de 1920 
 
O curso era formado por 14 alunas 
Regime de internato 
As enfermeiras treinadas pela Escola, trabalhavam 
oito horas diárias no Hospital Geral de Assistência 
Quando concluíam o curso, trabalhavam basicamente 
nos serviços de saúde pública, ocupando cargos nas 
chefias dos serviços, no ensino e no preparo das 
visitadoras sanitárias e no atendimento de um 
pequeno segmento da sociedade provido de recursos 
(doentes abastados). 
 
Década de 1920 
 As primeiras enfermeiras diplomadas pela Escola Ana Neri, 
possuíam diploma do Curso Normal → consideradas de classe 
superior = trabalho considerado superior → exerciam 
basicamente a supervisão e o ensino, NÃO cuidavam dos 
pacientes → acreditava-se que a valorização da profissão 
ocorria a medida em que elas se separassem dos grupos que 
exerciam os cuidados diretos ao paciente. 
 
 Algumas destas alunas, receberam bolsas da Fundação 
Rockfeller, para estudarem nos Estados Unidos e se prepararem 
para posições de maior responsabilidade e liderança na 
profissão. 
Década de 1920 
 
 Durante todo este período a Enfermagem atua somente na 
área do ensino e da saúde pública. Nos hospitais, volta ao 
seu padrão anterior → religiosas e voluntárias = pessoal 
dominante no exercício da prática da enfermagem. 
 A mulher se tornava mais instruída e sua influência passava 
dos limites do lar → pouco a pouco ingressavam nas escolas 
superiores e no serviço público. 
 
 Isto favoreceu ainda mais, a autorização dos pais para 
freqüentarem as Escolas de Enfermagem. 
 
Década de 1930 
 1930 → Escola Ana Néri é ameaçada de continuar funcionando → 
obtêm apoio de deputadas do Movimento Feminista da época, e e ́ 
incorporada à Universidade do Brasil, depois Universidade Federal 
do Rio de Janeiro. 
 1931 → Decreto 20109 de 15/06 = regulamenta o ensino da 
Enfermagem no Brasil. 
 1931 → A Escola de Parteiras é chamada de Escola de Obstetrícia 
e Enfermagem Especializada e em 1944 é transferida para o HC da 
USP. 
 1932 → Decreto 2931 de 11/01 = regulamenta e fiscaliza o 
exercício da Medicina, da Odontologia, da Medicina Veterinária, da 
profissão de farmacêutico, Parteiras e da Enfermagem no Brasil, 
estabelecendo penas para infrações destas profissões. 
 
 
Década de 1930 
– 1932→Decreto 2225-Confere as irmãs de caridade com 
mais de seis anos de prática, direitos iguais aos dos 
enfermeiros de saúde pública que atuavam nos hospitais 
de congregações religiosas. 
 1933 → Criada a Escola de Enfermagem Carlos Chagas em 
Minas Gerais pioneira entre as escolas estaduais, foi a 
primeira a diplomar religiosas no Brasil. 
 1938 → Decreto 2.956/38 – O Presidente da República 
(GV) institue o dia 12 de Maio, como o “Dia do 
Enfermeiro – ... devendo nesta data, serem prestadas 
homenagens especiais à memória de Ana Néri, em todos os 
hospitais e escolas de Enfermagem do País” 
Década de 1930 
 
 
1939 → Fundada a Escola de Enfermagem Luisa de 
Marillac. Dirigida por Irmãs de Caridade. Representou 
uma grande avanço na Enfermagem Nacional, pois abriu 
suas portas, não só para jovens estudantes, como 
também a todas as religiosas de todas as Congregações. 
É a mais antiga escola de religiosas no Brasil. Hoje faz 
parte da Pontifícia Universidade Católica do Rio de 
Janeiro. 
 
Década de 1930 
1939 → Fundada pelas Franciscanas 
Missionárias de Maria, a Escola Paulista 
de Enfermagem-Unifesp 
 Sua principal contribuição para a 
Enfermagem foi a criação dos Cursos de 
Pós-Graduação em Enfermagem. 
 
Década de 1940 
 
Criação do Hospital das Clínicas em São Paulo – com 
o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e da 
pesquisa = surge um novo campo para a enfermagem. 
1942 → Em 31 de outubro, Fundada a Escola de 
Enfermagem da USP, parte integrante da 
Universidade de São Paulo. 
 
1949 → Lei 775, cria oficialmente os cursos de 
auxiliares de enfermagem e regulamenta as escolas de 
nível superior já existentes. As Instituições 
hospitalares públicas ou privadas, só poderiam 
contratar para a direção de seus serviços de 
enfermagem, enfermeiros diplomados. 
 
 
Década de 1940/50 
Esta lei determinava como pré-requisito, a conclusão 
do curso colegial e o período de 04 anos para 
Enfermeiro e o curso de 18 meses para auxiliares de 
enfermagem 
 
1950 → Os profissionais de nível superior passaram a 
ser absorvidos pelo setor público e o setor privado 
(para reduzir custos) passou a absorver auxiliares e 
operacionais (atendente) 
 
 
 
 
Década de 1950 
1951 → Ministério da Educação e Ministério da 
Saúde determinam que o título de Enfermeiro seja 
apenas dos profissionais diplomados (graduados). 
A expansão do pessoal da enfermagem continua 
desordenada, cabendo ao atendente (profissão não 
regulamentada) a maior parte das tarefas relacionadas 
diretamente ao doente. 
 
Grande proliferação dos cursos para auxiliares. 
 
 
 
 
 
 
Década de 1950 
 
1955 → Lei 2604 – Definiu as categorias que poderiam 
exercer a enfermagem no Brasil: 
enfermeiros práticos, 
práticos de enfermagem, 
enfermeiros assistentes, 
assistentes de enfermagem 
enfermeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
Década de 1960 
1960 → A profissão do Enfermeiro é incluída no 
Código Nacional de Profissões/ Ministério do 
Trabalho – como profissional liberal. 
 
Através do Decreto 48.202/60 – O Presidente da 
Republica (JK), institui a Semana da Enfermagem...a 
ser celebrada anualmente de 12 a 20 de maio, datas 
estas respectivamente, nascimento de Florence e 
morte de Ana Neri. 
 
 
 
Década de 1960 
 1962 → Lei das Diretrizes e Bases é sancionada → passa 
a ser exigido o curso secundário completo aos inscritos 
nos curso de habilitação em Enfermagem. A 
Enfermagem passa a ser curso de nível superior. 
 
 1966 → Regulamentação da profissão do Técnico de 
Enfermagem, como proposta do governo de priorizar o 
ensino profissionalizante de nível médio. 
 
 
 
Década de 1970 
 1969 → Reforma Universitária = exigia que os cursos de 
ensino superior deveriam ser administrados em 
Universidades e não em Instituições isoladas. 
 A Escola de Enfermeiros Alfredo Pinto é incorporada à 
Federação de Escolas Federais isoladas do Estado da 
Guanabara, depois Federação de Escolas Federais isoladas 
do Estado do Rio de Janeiro, hoje, UNIRIO. 
Década de 1970 
Assistência primária à saúde → surgimento 
da enfermagem comunitária e do atendente 
rural (categoria criada emergencialmente para 
cobertura primária da saúde em regiões 
rurais), não houve regulamentação da 
profissão. São hoje conhecidos como 
“agentes de saúde”. 
 
Década de 1970 
 Criação do Conselho Federal de Enfermagem (1973). 
 
 Lei 5692, regulou a LDB para o ensino de 1.o e 2.o graus, 
oficializa real e efetivamente a integração dos cursos de 
Técnico e Auxiliar de Enfermagem no sistema educacional 
do País ao nível de 2.o grau (profissionalizante). 
 
 Porém com a crise na saúde houve a necessidade, em 
caráter emergencial, de permitir a formaçãodo Auxiliar de 
Enfermagem em nível de ensino de 1.o grau. Esta situação 
persiste até hoje (mesmo após 20 anos) 
 
 
 
 
Década de 1980 
 1989 → Seminário da ABEn discute o currículo mínimo para a 
formação do Enfermeiro, e propõe a mudança do nome do 
curso de Enfermagem e Obstetrícia para Curso de Enfermagem 
(visto que o currículo visava a formação de enfermeiro e não de 
enfermeiro obstétrico). A proposta foi prontamente aceita e 
regulamentada. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 GEOVANINI, T.; MOREIRA, A.; SCHOELLER,S.D.; MACHADO, 
W.C.A. História da enfermagem: versões e interpretações. Rio de 
Janeiro: Revinter, 2002. 
 NAKAMAE, D.D. Novos caminhos da enfermagem: por 
mudanças no ensino e na prática da profissão. São Paulo: Cortez, 
1987. 
 NIGHTINGALE, F. Notas sobre a enfermagem. São Paulo: 
Cortez, 1988. 
 OGUISSO, T. e col. Trajetória histórica e legal da enfermagem. 
Barueri: Manole, 2005. 
 OGUISSO, T.; SCHMIDT, M.J. O Exercício da Enfermagem - Uma 
Abordagem Ético-Legal. São Paulo, LTr, 1999. 
 
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