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HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL E NO MUNDO Profa. Ms. Angela Maria Lima Santos Disc.: PRÁTICA DE ENFERMAGEM I – Aula 1 e 2 1 FLORENCE NIGHTINGALE Nasceu em 12 de maio de 1820 na cidade de Florença, na Itália, de família inglesa rica e aristocrática. Faleceu em 13/08/1910 com 90 anos. FLORENCE NIGHTINGALE QUALIDADES: Inteligência incomum, firmeza, determinação e perseverança. CULTURA Estudou matemática e filosofia. Poliglota, tinha domínio do: inglês, francês, alemão, italiano, além do grego e do latim. Sua cultura era muito superior à das mulheres de sua época. FLORENCE NIGHTINGALE - VOCAÇÃO Aos 17 anos (1837) como um chamado de Deus, manifesta pela primeira vez sua vocação, para prestar cuidados aos enfermos. Em 1844 conhece o Dr. Samuel Gridley Howe que estimula sua vocação. 1845 teve a oportunidade de cuidar de um familiar doente. Dois anos depois Florence foi a Roma passou dez dias no Convento da Trindade do Monte. FLORENCE NIGHTINGALE • Em 1849 esteve em Alexandria, no Egito, • conheceu mais uma vez o trabalho das filhas de caridade de São Vicente de Paulo. • Conheceu o Pastor Theodor Fliedner (pastor alemão, da Igreja Protestante), nascido em Kaiserswerth, Alemanha. Tinha grande interesse pelo cuidado aos doentes. Fundou então, a escola de enfermagem, Diaconisas de Kaiserswerth. Pastor Theodor Fliedner Diaconisas FLORENCE NIGHTINGALE Com 31 anos de idade: – foi autorizada a ir para a instituição de Kaiserswerth, onde permaneceu por três meses. – Ela participou de todas as aulas teóricas e práticas, inclusive as de limpeza. FLORENCE NIGHTINGALE Não satisfeita, conseguiu autorização de seus pais, para ir para a França: – no Hotel-Dieu de Paris completou seus estudos com as Filhas de Caridade, – visitou hospitais e conheceu a prática da enfermagem nas comunidades religiosas, – para melhor observar este trabalho e absorver conhecimentos, ela vestia-se como Irmã de Caridade. Retornando para a Inglaterra, foi indicada para ser superintendente de uma instituição de mulheres doentes de alta sociedade, e para trabalhar no Hospital King’s College. Guerra da Criméia Guerra da Criméia (Península da Criméia ) – disputa com pretensões expancionistas da Rússia contra as forças aliadas da França, Inglaterra e Turquia. – O cuidado aos feridos da guerra: • Rússia e França – possuíam suas próprias religiosas para cuidarem de seus soldados, • Inglaterra – poucos homens, sem preparo para o cuidar. Guerra da Criméia A imprensa divulga esse fato e: – mobiliza a opinião popular exigindo solução imediata com relação ao cuidado dos feridos. – Florence toma conhecimento da situação, e vê sua oportunidade de colocar em prática todo o conhecimento adquirido. Guerra da Criméia Florence escreve ao Ministro da Guerra (Sidney Herbert), seu amigo pessoal, e oferece seus serviços. – A oferta foi prontamente aceita. – Florence recruta 38 mulheres para servir na guerra cuidando do feridos (religiosas anglicanas, leigas e católicas), Guerra da Criméia – Partem em 21/10/1854, para a base militar de Scutari (antiga Constantinopla e atual Istambul). – Florence começou organizando a cozinha e a lavanderia. – Ela achava que a ciência e a arte de alimentar bem um doente, era fundamental na enfermagem (que deveriam ocupar-se da seleção dos alimentos e do seu preparo – higiene). Guerra da Criméia Em dois meses, Florence organizou o Hospital, – reduziu a taxa de mortalidade de 40% para 2%. Florence conquistou o carinho e o respeito dos soldados, – pelas mudanças no atendimento aos feridos e – pelos cuidados e conforto que lhes proporcionava. – Mas foram suas rondas noturnas que chamaram a atenção – eram realizadas com uma pequena lâmpada para iluminar seus caminhos. Guerra da Criméia Meses após sua chegada, resolve ir conhecer o campo de batalha, contraindo o que se supunha ser febre tifóide, o que a deixou muito debilitada. Em 1856 - termina a guerra, – as enfermeiras retornam a sua terra natal. – Florence é a última enfermeira a deixar o local. Guerra da Criméia Retorna da guerra como: – figura popular, sinônimo de eficiência e heroísmo, considerada heroína nacional. Quebrou o preconceito da participação da mulher nas guerras: – transformou a visão da sociedade em relação à enfermagem e – a ocupação útil da mulher. Guerra da Criméia Por sugestão do Ministro da Guerra: – é criado o Fundo Nightingale, para treinamento de enfermeiras, melhorando também, o status social da profissão. – Através deste fundo, cria, em Londres, em 1860, a Escola Nightingale para Enfermeiras, junto ao Hospital de Saint Thomas. MODELO NIGHTINGALE Características da Escola Filosofia: – disciplina rigorosa e exigência de qualidade moral das candidatas. – Seleção rigorosa das candidatas - solteiras e maiores de 25 anos, – com boas características físicas, morais e intelectuais, MODELO NIGHTINGALE Características da Escola – regime de internato, • uniformes, e um regime disciplinar e treinamento baseados em um “Boletim Moral”, elaborado pela própria Florence Nightingale para manter o alto padrão moral e técnico das novas enfermeiras. – Além desta seleção rigorosa, período probatório de um mês. MODELO NIGHTINGALE Características da Escola Em suas Escolas Florence baseava sua filosofia em quatro idéias chave: O dinheiro público deveria manter o treinamento de enfermeiras ; Deveria existir uma estreita associação entre hospitais e escolas de treinamento, sem estas dependerem financeira e administrativamente; O ensino de enfermagem deveria ser feito por enfermeiras profissionais e não por qualquer pessoa não envolvida com a enfermagem. Deveria ser oferecida às estudantes, durante todo o período de treinamento, residência com ambiente confortável e agradável próximo ao local. MODELO NIGHTINGALE IDEAL CRIADO POR FLORENCE PARA SER ENFERMEIRA Pontualidade, discrição, confiabilidade, aparência pessoal, administração da enfermaria e organização, registros contínuos das atividades, proibição de namoro. MODELO NIGHTINGALE As enfermeiras da Escola Nightingale preparavam-se para: – o serviço hospitalar, – visitas domiciliares a doentes pobres e – as enfermeiras “mais qualificadas” eram preparadas para as atividades de supervisão, administração e ensino. MODELO NIGHTINGALE Primeira parte - Curso básico – 01 ano – sentiu a necessidade de uma especificidade maior nas aulas, que passaram a ser ministradas por médicos faziam parte do currículo aulas de: • anatomia, química, abreviações latinas, culinária e enfermagem. MODELO NIGHTINGALE Segunda parte: Ministrado por Enfermeiras. Ladies Nurses – 02 anos – eram treinadas para o ensino e a supervisão do serviço, – dominavam o saber, e não o fazer. Nurses – 03 anos – de origem sócio-econômica inferior, executavam o trabalho manual. MODELO NIGHTINGALE A Enfermagem Moderna, nasce então, reproduzindo a divisão do trabalho entre as duas categorias: • Nurses e • Lady nurses. MODELO NIGHTINGALE Com a criação da Escola,Florence se dedica ainda mais, a escrever. – Participou de um relatório para a Comissão Real que investigava os acontecimentos ocorridos durante a Guerra da Criméia, – preparou um livro intitulado “Notas sobre questões que afetam a saúde, eficiência e administração hospitalar no Exército Britânico”, – Este livro foi fator determinante para a criação da Escola de Medicina do Exército Inglês. MODELO NIGHTINGALE Enfermeiras diplomadas pela Escola do Hospital St. Thomas levaram o modelo Nightingaleano para outros países, dentro e fora do continente europeu → com a ajuda do movimento Cruz Vermelha → difusão ocorreu em decorrência das guerras e conflitos. Difusão → apesar das grandes diferenças culturais como religião, raça, casta, idiomas e costumes tradicionais, a adaptação dos novos conhecimentos, técnicas de ensino e práticas de enfermagem foi acontecendo, com maior ou menor dificuldade. Enfermagem nos EUA 1873 – 1° Escola de Enfermagem; Critérios de seleção : • 25 a 35 anos, • Solteiras, • Visão e audição perfeitas, • Pés saudáveis, • Bom caráter moral...; Morar nos quartos do hospital. 26 Enfermagem nos EUA Duração do curso = 2 anos, sendo 1° ano de aulas teóricas e o 2° ano de práticas no hospital, as aulas teóricas eram ministradas à noite; Estudantes ½ folga por semana; Estudantes não pagavam a escola e sim recebiam 10 dólares do hospital por mês, para atender as suas necessidades pessoais e educacionais; 27 Enfermagem nos EUA Estudantes – vários meses em especialidades como pediatria, obstetrícia, clínica, cirurgia e dermatologia; Escala: Ala com 30 pacientes • 2 estudantes do 1° ano, • 1 estudante do 2° ano, • 1 enfermeira chefe (estudante do 2º ano). Passavam 6 meses prestando serviço noturno de 14 horas. 28 Enfermagem nos EUA Estudante do 1° ano era responsável 24hs/dia por seis ou mais pacientes, tinha 2 hs de folga diárias e era acordada à noite para atender seu pacientes; Não tinham tempo livre aos domingos para os serviços religiosos; 29 Enfermagem nos EUA Deveres: limpeza das alas, cozinhar e servir as refeições aos pacientes, lavar roupas e bandagens sujas, passar a ferro as roupas hospitalares dos pacientes, dobrar as roupas e manter o armário de roupas asseado,providenciar ventilação e aquecimento(lenha) nos quartos, lavar pratos e administrar os tratamentos . 30 Enfermagem nos EUA 1879 – Escola Boston formou a primeira enfermeira negra; 1879 – Publicado o 1° livro texto sobre enfermagem; 1880 - Escolas de Enfermagem para mulheres negras; 1880 mudança de cenário e personagens: a enfermagem se revela uma carreira para pessoas inteligentes e devotada, e não apenas ocupação das ordens religiosas. 1888 - Escola de Enfermagem para homens; 31 Enfermagem nos EUA 1880 - Tratamentos: administrar medicamentos, mas não tinham conhecimento do nome; Vidro rotulado e classificado por números; Só o médico e o farmacêutico conheciam; Aplicação de sanguessugas(vivas e ativas) à pele, uso de revulsivantes(irritar a pele), cataplasma(mistura aquosa de várias substâncias, do carvão à farinha de aveia), eram espalhados sobre papel ou pedaço de tecido e aplicado na pele para provocar irritação ou lesão 32 Enfermagem nos EUA 1890 – Estudante confeccionava o seu uniforme. • Saias longas(apenas alguns centímetros do chão), punhos e mangas longas e apertadas), Gorro: surgiu por motivos práticos, pois as mulheres tinham cabelos longos e pouco tempo para o cuidado; Maquilagem era proibida; Por sobre o uniforme era usado um avental com bolso(fósforo, lápis, tesouras e um termômetro) Sapatos pretos e meias. 33 Enfermagem nos EUA 1903 – Registro das Enfermeiras – RN em alguns estados; 1904 – Roupas especiais e capotes, luvas esterilizadas; Após a graduação as RN utilizavam cartões de visita para anunciar seus serviços em hospitais, consultórios médicos e farmácias; 1904- RN particulares tinham 2 horas de folgas todas as tardes – trabalhavam 7 dias por semana. 34 Enfermagem nos EUA 1909 - Primeira Faculdade de Enfermagem na Universidade de Minnesota com três anos de curso (sexo feminino); 1913 – Lei Estadual na Califórnia – 8hs/diárias 1916 – Bacharel em Ciências de Enfermagem – curso de 05 anos( 2 anos cultura geral e 3 de enfermagem). 1919 – RN tinham 5 horas de folga/dia; 35 Enfermagem nos EUA 1930 - Primeira Escola de Enfermagem para mulheres índias no Arizona; 1930 – jornada de 8 horas diária, até esta data as estudantes assumiam os pacientes no hospital; Avaliação das estudantes : recato, probidade, pontualidade, higiene, aparência pessoal, administração de alas e habilidade técnica. Durante a experiência só deixavam seus quartos acompanhadas por outra estudante. 36 Enfermagem nos EUA 1950 e 1960 – Período de mudança do Curso de Enfermagem para 4 anos; PNP – Enfermeira Pediátrica Prática; CNM – Enfermeira Obstétrica Certificada. 1950 – Testes de âmbito nacional-licenciar RN; Principiantes (estudantes) 1 mês – habilidade para controlar o horário e o trabalho; 37 Enfermagem nos EUA 1952 – Curso Técnico em Enfermagem – 2 anos (escolas comunitárias e escolas secundárias); Hospitais só estudantes de enfermagem(estudante sênior- “enfermeira chefe”); RN – Trabalhos particulares. 38 História da Enfermagem no Brasil Disc.: Prática de Enfermagem I - Aula 1 e 2 Profa. Ms.Angela Lima Profa. Ms. Sandra Mara Década de 1920 1900 → O Brasil se inclui entre os países onde o Estado controla a saúde pública. 1910 → Inicio das atividades da Escola de Parteiras junto à Maternidade São Paulo. 1914 → Inicia-se a Primeira Guerra Mundial . O Brasil não possuía pessoal qualificado para enviar junto aos voluntários da Cruz Vermelha Brasileira. Década de 1920 1916 → A Cruz Vermelha Brasileira inicia um curso de “socorristas” para atender as necessidades impostas pela guerra. Seus diplomas eram registrados pelo Ministério da Guerra e considerados oficiais. A demanda da formação de profissionais da Escola Profissional de Enfermeiras Alfredo Pinto não era suficiente. Década de 1920 1920 → Reforma sanitária – liderada por Oswaldo Cruz e Carlos Chagas –Buscam reorganizar os Serviços de Saúde e diminuir as epidemias. –Criam junto á Cruz Vermelha, o curso de “Visitadoras Sanitárias ou de Higiene” (mantido pela Cruz Vermelha). Década de 20 O intuito na formação destes profissionais, era o de atender às necessidades da comunidade, pois os problemas de Saúde Pública no Brasil estavam ganhando vulto e colocando em risco a saúde da população. Esta é a primeira categoria de pessoal de Enfermagem com algum preparo para atuar na área da saúde pública, formadas no Brasil. Década de 20 1921 → Mudança do nome da Escola Profissional de Enfermeiras Alfredo Pinto, para Escola Profissional de Enfermeiros (mista). Continua sediada ao lado do Hospital Nacional dos Alienados Surgimento das “Monitoras da Higiene Mental”. Formação de sua primeira turma de alunos. Não há registro anterior de diplomados. Imagina-se que a extensão e a complexidade do currículo, faziam com que os alunos desistissem, antes do término docurso. Década de 1920 1923 → Dia 19 de fevereiro, inicia-se no Rio de Janeiro, o curso da primeira escola de Enfermagem no Brasil, sob orientação de enfermeiras norte- americanas, treinadas segundo o modelo nightingaleano, denominando-se, ESCOLA ANNA NERI, financiada pela Fundação Rockfeller. O curso tinha duração de 28 meses passando logo após a 32 meses. Era exigido a conclusão do curso normal ou equivalente para o ingresso da candidata. Década de 1920 O curso era formado por 14 alunas Regime de internato As enfermeiras treinadas pela Escola, trabalhavam oito horas diárias no Hospital Geral de Assistência Quando concluíam o curso, trabalhavam basicamente nos serviços de saúde pública, ocupando cargos nas chefias dos serviços, no ensino e no preparo das visitadoras sanitárias e no atendimento de um pequeno segmento da sociedade provido de recursos (doentes abastados). Década de 1920 As primeiras enfermeiras diplomadas pela Escola Ana Neri, possuíam diploma do Curso Normal → consideradas de classe superior = trabalho considerado superior → exerciam basicamente a supervisão e o ensino, NÃO cuidavam dos pacientes → acreditava-se que a valorização da profissão ocorria a medida em que elas se separassem dos grupos que exerciam os cuidados diretos ao paciente. Algumas destas alunas, receberam bolsas da Fundação Rockfeller, para estudarem nos Estados Unidos e se prepararem para posições de maior responsabilidade e liderança na profissão. Década de 1920 Durante todo este período a Enfermagem atua somente na área do ensino e da saúde pública. Nos hospitais, volta ao seu padrão anterior → religiosas e voluntárias = pessoal dominante no exercício da prática da enfermagem. A mulher se tornava mais instruída e sua influência passava dos limites do lar → pouco a pouco ingressavam nas escolas superiores e no serviço público. Isto favoreceu ainda mais, a autorização dos pais para freqüentarem as Escolas de Enfermagem. Década de 1930 1930 → Escola Ana Néri é ameaçada de continuar funcionando → obtêm apoio de deputadas do Movimento Feminista da época, e e ́ incorporada à Universidade do Brasil, depois Universidade Federal do Rio de Janeiro. 1931 → Decreto 20109 de 15/06 = regulamenta o ensino da Enfermagem no Brasil. 1931 → A Escola de Parteiras é chamada de Escola de Obstetrícia e Enfermagem Especializada e em 1944 é transferida para o HC da USP. 1932 → Decreto 2931 de 11/01 = regulamenta e fiscaliza o exercício da Medicina, da Odontologia, da Medicina Veterinária, da profissão de farmacêutico, Parteiras e da Enfermagem no Brasil, estabelecendo penas para infrações destas profissões. Década de 1930 – 1932→Decreto 2225-Confere as irmãs de caridade com mais de seis anos de prática, direitos iguais aos dos enfermeiros de saúde pública que atuavam nos hospitais de congregações religiosas. 1933 → Criada a Escola de Enfermagem Carlos Chagas em Minas Gerais pioneira entre as escolas estaduais, foi a primeira a diplomar religiosas no Brasil. 1938 → Decreto 2.956/38 – O Presidente da República (GV) institue o dia 12 de Maio, como o “Dia do Enfermeiro – ... devendo nesta data, serem prestadas homenagens especiais à memória de Ana Néri, em todos os hospitais e escolas de Enfermagem do País” Década de 1930 1939 → Fundada a Escola de Enfermagem Luisa de Marillac. Dirigida por Irmãs de Caridade. Representou uma grande avanço na Enfermagem Nacional, pois abriu suas portas, não só para jovens estudantes, como também a todas as religiosas de todas as Congregações. É a mais antiga escola de religiosas no Brasil. Hoje faz parte da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Década de 1930 1939 → Fundada pelas Franciscanas Missionárias de Maria, a Escola Paulista de Enfermagem-Unifesp Sua principal contribuição para a Enfermagem foi a criação dos Cursos de Pós-Graduação em Enfermagem. Década de 1940 Criação do Hospital das Clínicas em São Paulo – com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e da pesquisa = surge um novo campo para a enfermagem. 1942 → Em 31 de outubro, Fundada a Escola de Enfermagem da USP, parte integrante da Universidade de São Paulo. 1949 → Lei 775, cria oficialmente os cursos de auxiliares de enfermagem e regulamenta as escolas de nível superior já existentes. As Instituições hospitalares públicas ou privadas, só poderiam contratar para a direção de seus serviços de enfermagem, enfermeiros diplomados. Década de 1940/50 Esta lei determinava como pré-requisito, a conclusão do curso colegial e o período de 04 anos para Enfermeiro e o curso de 18 meses para auxiliares de enfermagem 1950 → Os profissionais de nível superior passaram a ser absorvidos pelo setor público e o setor privado (para reduzir custos) passou a absorver auxiliares e operacionais (atendente) Década de 1950 1951 → Ministério da Educação e Ministério da Saúde determinam que o título de Enfermeiro seja apenas dos profissionais diplomados (graduados). A expansão do pessoal da enfermagem continua desordenada, cabendo ao atendente (profissão não regulamentada) a maior parte das tarefas relacionadas diretamente ao doente. Grande proliferação dos cursos para auxiliares. Década de 1950 1955 → Lei 2604 – Definiu as categorias que poderiam exercer a enfermagem no Brasil: enfermeiros práticos, práticos de enfermagem, enfermeiros assistentes, assistentes de enfermagem enfermeiro Década de 1960 1960 → A profissão do Enfermeiro é incluída no Código Nacional de Profissões/ Ministério do Trabalho – como profissional liberal. Através do Decreto 48.202/60 – O Presidente da Republica (JK), institui a Semana da Enfermagem...a ser celebrada anualmente de 12 a 20 de maio, datas estas respectivamente, nascimento de Florence e morte de Ana Neri. Década de 1960 1962 → Lei das Diretrizes e Bases é sancionada → passa a ser exigido o curso secundário completo aos inscritos nos curso de habilitação em Enfermagem. A Enfermagem passa a ser curso de nível superior. 1966 → Regulamentação da profissão do Técnico de Enfermagem, como proposta do governo de priorizar o ensino profissionalizante de nível médio. Década de 1970 1969 → Reforma Universitária = exigia que os cursos de ensino superior deveriam ser administrados em Universidades e não em Instituições isoladas. A Escola de Enfermeiros Alfredo Pinto é incorporada à Federação de Escolas Federais isoladas do Estado da Guanabara, depois Federação de Escolas Federais isoladas do Estado do Rio de Janeiro, hoje, UNIRIO. Década de 1970 Assistência primária à saúde → surgimento da enfermagem comunitária e do atendente rural (categoria criada emergencialmente para cobertura primária da saúde em regiões rurais), não houve regulamentação da profissão. São hoje conhecidos como “agentes de saúde”. Década de 1970 Criação do Conselho Federal de Enfermagem (1973). Lei 5692, regulou a LDB para o ensino de 1.o e 2.o graus, oficializa real e efetivamente a integração dos cursos de Técnico e Auxiliar de Enfermagem no sistema educacional do País ao nível de 2.o grau (profissionalizante). Porém com a crise na saúde houve a necessidade, em caráter emergencial, de permitir a formaçãodo Auxiliar de Enfermagem em nível de ensino de 1.o grau. Esta situação persiste até hoje (mesmo após 20 anos) Década de 1980 1989 → Seminário da ABEn discute o currículo mínimo para a formação do Enfermeiro, e propõe a mudança do nome do curso de Enfermagem e Obstetrícia para Curso de Enfermagem (visto que o currículo visava a formação de enfermeiro e não de enfermeiro obstétrico). A proposta foi prontamente aceita e regulamentada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GEOVANINI, T.; MOREIRA, A.; SCHOELLER,S.D.; MACHADO, W.C.A. História da enfermagem: versões e interpretações. Rio de Janeiro: Revinter, 2002. NAKAMAE, D.D. Novos caminhos da enfermagem: por mudanças no ensino e na prática da profissão. São Paulo: Cortez, 1987. NIGHTINGALE, F. Notas sobre a enfermagem. São Paulo: Cortez, 1988. OGUISSO, T. e col. Trajetória histórica e legal da enfermagem. Barueri: Manole, 2005. OGUISSO, T.; SCHMIDT, M.J. O Exercício da Enfermagem - Uma Abordagem Ético-Legal. São Paulo, LTr, 1999. 63
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