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Anotações de sala de aula Bioestatística 1º bimestre Livros recomendados para o estudo: BIBLIOGRAFIA BÁSICA: VIEIRA, S. Introdução à Bioestatística. 4ª ed. São Paulo: Editora Campus, 2008. TRIOLA, M.F. Introdução à Estatística. 10ª ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CALLEGARI – JACQUES, S.M. Bioestatística: Princípios e Aplicações. Porto Alegre: Artmed, 2003. PAGANO, M & GAUVREAU, K. Princípios de Bioestatística. São Paulo: Cengage Learning, 2008. SITES www.datasus.gov.br 2 REVISÃO DE MATEMÁTICA ELEMENTAR Número naturais (números de contagem – ‘conseguimos contar nos dedos’) N = {0, 1, 2, 3... 10, 11...} Obs: o ‘0’ também é um número natural Utiliza operações de adição, subtração, divisão, multiplicação Ex: números primos (2 divisores) (o 1 e ele mesmo) números compostos (+ de 2 divisores) Pares (múltiplos de 2) = 2n multiplicação: produto; divisão Ímpares (não múltiplos de 2) pares +1 = 2n+1 adição: soma; subtração Números decimais Expressam valores que possuem parte inteira e parte fracionária 3,45 3 parte inteira 45 parte fracionária 45/100 = 0,45 Frações decimais 1/10 = 0,1 = 1 décimo denominador 10 1/100 = 0,01 = 1 centésimo denominador 100 1/1000 = 0,001 = 1 milésimo denominador 1000 Como se lê? 0,5 5 décimos 34,91 34 inteiros e 91 centésimos 4,342 4 inteiros e 342 milésimos Fração (é uma divisão) Numerador 1/6 denominador = 1 : 6 = 0,17 ou 17% 2/6 = 2/2(corta/corta) X 1/3 = 1/3 = 0,33 ou 33% 3 São representações numéricas que indicam partes iguais de um inteiro, de quantidades, medidas, figuras, grupos Razão A representação da razão é uma fração (é uma fração) É a divisão entre dois valores (um número dividido por outro) Razão entre a e b a/b = a : b Ex: quantidade de homens/mulheres *a está para b, é o mesmo que a/b A utilização da razão é sempre em comparação a outra razão Ex: a proporção de homens e mulheres atendidos hoje: 5 homens para 10 mulheres = 5/10 = 5/5 (corta/corta) X 1/2 = 1 homem para cada duas mulheres = ou 0,5 homens para cada mulher Escala: razão entre a medida na planta e a medida real Proporção É uma igualdade entre duas razões (equivalentes) Se eu tiver duas razões e igualar eu tenho uma proporção: a/b = c/d A igualdade entre duas razões é uma proporção a está para b assim como (da mesma forma que) c está para d a : b :: c : d a e d extremos, b e c meios Propriedade: o produto dos meios (b x c) é igual ao produto dos extremos (a x d) Ex: a quantidade de clientes de manhã está para a quantidade de clientes a tarde, assim como 2 está para 3. A quantidade da tarde excede o da manhã em 100. Quantos foram a tarde? Manha: x Tarde: y 3 : 100 :: 2 : X 2 x 100 = 3X 4 200 = 3X X = 60 REGRA DE TRÊS SIMPLES Processo prático usado para resolver problemas que envolvam quatro valores, dos quais conhecemos apenas três. Passos: 1. Montar o problema, agrupando grandezas (entidade suscetível de medida) de mesma “espécie” em colunas correspondentes; 2. Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais; 3. Montar a equação: Exemplo: Calculo da dose diária de determinado medicamento (informações da bula: administrar 1,5 ml do medicamento A para cada 10 Kg do paciente) Problema 1: dose para uma criança com 23 Kg? 1,5 𝑚𝑙 − 10 𝐾𝑔 𝑥 − 23 𝐾𝑔 ∴ 10𝑥 = 1,5 × 25 ∴ 10𝑥 = 34,5 ∴ 𝑥 = 3,45 𝑚𝑙 Problema 2: dose para um paciente com 58 Kg? 1,5 𝑚𝑙 − 10 𝐾𝑔 𝑦 − 58 𝐾𝑔 ∴ 10𝑦 = 1,5 × 58 ∴ 10𝑦 = 87 ∴ 𝑦 = 8,7 𝑚𝑙 5 Exercício proposto A bula de determinado medicamento indica a seguinte dosagem: administrar 15 ml de medicamento para cada 30 Kg do paciente. Calcule a dosagem de medicamento para: a) Um paciente com 87 Kg; b) Um paciente com 27 Kg; c) Um paciente com 53 Kg e 700 g; d) Um paciente com 4500 g; Tópicos de Matemática Elementar – Video aulas youtube Números naturais http://www.youtube.com/watch?v=UotN-hQiBJ8 Adição e subtração http://www.youtube.com/watch?v=Orf4RkKDI28 Frações http://www.youtube.com/watch?v=vAaeYk-ZRXw Matemática - Razão e proporção - prof. Flávio Alcântara http://www.youtube.com/watch?v=dkKA2qSCvUE http://www.youtube.com/watch?v=Q0nFctT5OoI Entenda os números decimais de forma definitiva http://www.youtube.com/watch?v=kGrNBO4TVWA Razão, Proporção, Regra de Três e Porcentagem http://www.youtube.com/watch?v=tED3MGhSSno 6 INTRODUÇÃO À BIOESTATÍSTICA Estatística. Palavra tem origem no latim, status (estado). Abrigou informações sobre o Estado (outras versões). A ciência que se preocupa com a coleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados experimentais. • Estatística é a ciência de coletar, classificar, apresentar e interpretar dados (Robert Johnson, 1992). • Segundo Triola (2005), Estatística é uma coleção de métodos para planejar experimentos, obter dados, organizá-los, resumi-los, analisá-los, interpretá-los e deles extrair conclusões. As vezes é mal aplicada ou superenfatizada. Por isso acaba não sendo sempre bem vista. Devido a não compreensão dos do significado correto dos termos. Assim como a matemática, possui termos com significado próprio. Por que a estatística é necessária? – Descrever precisamente as pesquisas científicas; – Tomar decisões; – Tirar conclusões gerais e significativas que vão além dos dados originais. OS DADOS (Variáveis) •O propósito na maioria dos estudos é coletar Dados para obter informação sobre uma área específica de pesquisa. •Os Dados compreendem observações sobre uma ou mais variáveis (Variável = qualquer quantidade que varia). •Os Dados são usualmente obtidos de uma amostra (Estimador) que representa uma população(Parâmetro). 7 TIPOS DE ESTATÍSTICA De acordo com conceitos anteriores podemos dividir a Estatística em duas partes: Pode ser usada simplesmente para descrever os dados Estatística Descritiva: mostrando subtipos, distribuição, frequência, média e etc. • Estatística Descritiva que se preocupa com a descrição e organização de dados. Este conceito relaciona a Estatística com tabelas e gráficos. Conceitos importantes: população e amostra. Por que dão origem a diversas relações estatísticas, como média aritmética, desvio padrão, etc... possibilitando descrevê-los em vários aspectos O objetivo da E. Descritiva é descrever os dados obtidos num estudo, evidenciando seus atributos, tais como média, mediana, moda, desvio padrão etc. Ou para comparar grupos e fazer generalizações a partir dos resultados obtidos: Estatística Analítica. • Estatística Indutiva ou Inferencial ou Inferência Estatística que se preocupa com a análise e a interpretação dos dados. POPULAÇÃO E AMOSTRA População (Parâmetro) Conjunto de informações (elementos) que tenham entre si uma característica em comum, que delimite, inequivocamente, quais elementos pertence a ela. Exemplos de população: • Conjunto de estaturas de todos habitantes, ou todas as idades, ou outras características desta população. Constituem uma “população de estaturas, de idades ou outras características”. • Conjunto de todos os ratos Wistar machos de um determinado biotério; • Conjunto de todas as tartarugas marinhas capturadas na costa brasileira com o objetivo de estimar a taxa de crescimentodas tartarugas juvenis; 8 • Conjunto de todos os alunos, de determinada academia, num estudo para conferir a utilização de suplementos alimentares; • Conjunto de todos os indivíduos com sinais e sintomas da doença A em tratamento no Hospital X; *Atenção: na Estatística população não é necessariamente um conjunto de pessoas. O termo população em Estatística é muito mais abrangente. Tipos de população • População Finita: é aquela em que os seus elementos podem ou poderiam ser listados. Ex.: casos citados anteriormente, exceto item das tartarugas. • População Infinita: seus elementos não podem ser listados. As populações muito grandes são tratadas pela Estatística como populações infinitas. Ex.: (1) Conjunto de todas as cobaias do Estado de São Paulo. (2) Conjunto de todos os alunos, de todas as academias do Brasil, num estudo para conferir a utilização de suplementos alimentares; Amostras (Estimador) São subconjuntos representativos de uma dada população. A amostra dever ser representativa da população da qual foi extraída. Tem que ser parecida com ela (qualitativamente, quantitativamente). Este subconjunto deve ser necessariamente finito, pois todos os seus elementos serão examinados para efeito da realização do estudo desejado. Por que usar amostras? (vantagens) 1. Impossibilidade física; 2. Impossibilidade financeira; 3. Permite um estudo mais cuidadoso e detalhado. A amostra deve obedecer princípios básicos: 1. deve ser suficientemente grande; 2. seus constituintes devem ter sido selecionados ao acaso (qualquer elemento pode ser selecionado). 9 Seleção ao acaso (randômica) significa que cada um dos seus componentes da população estudada tem a mesma chance de ser incluídos na amostra. Além disso, que foi selecionado independentemente (a inclusão de um membro não altera a chance de inclusão dos demais). Se a seleção ao acaso não ocorrer, diz-se que a amostra é viciada ou não randomizada (biased). Como selecionar uma amostra randomizada (aleatória)? Usar números aleatórios encontrados em livros (tabela de números aleatórios) e softwares de estatística, ou planilhas eletrônicas no Excel (onde se pode determinar o intervalo desejado). A amostra constitui uma representação da população (em dimensões menores), sem perda das características essenciais. O tamanho é expresso pela letra n (minúscula). Quando os dados são obtidos e descritos de forma concisa, completa e acurada, podem ser utilizados para generalizações sobre as populações que deram origem a esses dados. Deve-se sempre levar em consideração que algumas diferenças podem ser mascaradas pela variabilidade biológica. Saber considerar se os dados são próximos dos reais, ou que não incorreram por erros amostrais. • Dados imprecisos, amostras viciadas, populações mal definidas e critérios subjetivos levam a resultados igualmente imprecisos, que a estatística não pode e não deve tentar salvar. • Quanto maior a amostra, mais precisas e mais confiáveis deverão ser as induções realizadas sobre a população. • Levando este raciocínio acima ao extremo concluiríamos que os resultados mais perfeitos seriam obtidos pelo exame completo de toda população. Mas nem sempre isso é viável de acontecer! Ex.: censo ou recenseamento. 10 PLANEJANDO PESQUISAS CIENTÍFICAS Passos: 1. Identificar com precisão o problema (o que você quer solucionar após sua pesquisa? o que você quer responder com sua pesquisa?) 2. Estabelecer um plano coerente de coleta de dados. Qual será sua população e qual será sua amostra (o que devo fazer para ter uma amostra que represente bem minha população?) a. realizará estudos observacionais (dados contidos em prontuários? questionário?) ou mensurativos (contato direto com o paciente ou objeto de estudo?): b. experimentos manipulativos (laboratoriais): 3. coleta dos dados. Cautela com amostragens tendenciosas! Cuidado com a tomada de medidas. Sempre o mesmo método, e se possível o mesmo agente atuando, pois o esforço de coleta é diferente entre agentes. 4. analisar os dados e tirar conclusões (identificar e corrigir possíveis fontes de erros). Aumentando a eficiência dos experimentos - aleatoriedade - repetição - controle experimental MÉTODOS DE AMOSTRAGEM Por que se usam amostras? - Custo e demora dos censos. (Censo é o levantamento de dados de toda a população) - Quando as populações são muito grandes - Quando há impossibilidade física de examinar toda a população - Devido ao comprovado valor científico das informações coletadas por meio de amostras Ex. Qual a média de peso ao nascer de nascidos vivos no Brasil em determinado ano? Quantos peixes existem no mar? Uma fábrica querendo testar todos os fósforos produzidos 11 Como se obtêm uma amostra? Necessário definir critérios para selecionar as unidades que comporão uma amostra Tipos de amostra: - amostra aleatória, casual, ou probabilística - amostra semiprobabilística - amostra não probabilística ou de conveniência Amostra aleatória probabilística Constituída por n unidades retiradas ao acaso da população Amostra obtida por sorteio (todos os indivíduos da população tem a mesma chance de pertencer a amostra) Uso de computador. Papeizinhos com nomes, números, bolas em uma urna Pode ser: - Simples Obtida por sorteio de uma população constituída por unidades homogêneas Ex. 2% de 500 pacientes. 10 indivíduos - Estratificada Quando a população é constituída por unidades heterogêneas. Subgrupos chamas estratos. Sorteios feitos de cada estrato. 12 Ex. Ex. 2% de 500 pacientes. 10 indivíduos. Sexo masculino e feminino. 5 indivíduos sorteados de cada estrato. Amostra semiprobabilística Constituída por n unidades retiradas da população por procedimento parcialmente aleatório: - Amostra sistemática Constituída por n unidades retiradas da população segundo um sistema preestabelecido. Se vc quiser uma amostra de 1/8 da população. Vc sorteia um número que caia entre 1 e 8. Se for sorteado o número 3, essa unidade será selecionada para a amostra. A partir daí tome sistematicamente a terceira unidade de cada oito. - Amostra por conglomerados Composta por n unidades de todos os conglomerados escolhidos. Um conglomerado é um conjunto de unidades agrupadas, qualquer que seja a razão. Ex. estados, regiões, nível socioeconômico, militares - Amostra por cotas Constituída por n unidades retiradas da população segundo quotas estabelecidas de acordo com a distribuição desses elementos na população. A ideia é semelhante a do conglomerado, com a diferença: vc seleciona a amostra por julgamento e depois confirma as características das unidades amostradas. 13 - Não é aleatória Utilizada para levantamento de opinião de mercado com faixa etária, renda salarial. O pesquisador faz a abordagem pela aparência, e depois confirma com perguntas. Amostra não probabilísticas ou de conveniência É constituída por n unidades reunidas em uma amostra simplesmente porque o pesquisador tem fácil acesso a essas unidades. Ex. o professor que toma amostra dos alunos de sua classe como sendo uma amostra de toda a escola, está utilizando amostra de conveniência. Avaliação das técnicas de amostragem Amostras aleatórias exigem que o pesquisador tenha a listagem de todas as unidades da população, porque é dessa listagem que serão sorteadas as unidades que comporão as amostras. Por não conseguirmos a listagem de todos os elementos da população, as vezes a amostra nãopode ser aleatória. A amostra sistemática não exige que a população seja conhecida, mas exige que seja organizada em filas, em arquivos, ruas ou domicílios. A amostra de conglomerados exige livre acesso aos conglomerados, o que nem sempre é possível. Nem sempre um pesquisador consegue acesso aos prontuários dos pacientes de todos os hospitais (necessita permissão da diretoria). Amostra por quotas exige algum conhecimento da população, mas as unidades não precisam estar numeradas ou identificadas. Se você quiser uma amostra de homens e mulheres de uma empresa, basta saber a proporção de homens e mulheres e amostrar a mesma proporção. As amostra probabilística são preferíveis do ponto de vista do estatístico, mas nem sempre são possíveis na prática. Na área da saúde o pesquisador trabalha necessariamente com unidades as quais tem acesso: ratos de laboratório, universitários, pacientes de um ambulatório. As amostras de conveniência não invalidam a pesquisa, mas precisam ser muito bem descritas por que 14 representa apenas uma população de indivíduos semelhantes àqueles incluídos na amostra. Não representa o total da população. Por exemplo uma pesquisa sobre morte por desidratação. Uma enfermeira colheria dados apenas de pacientes em estado grave de desidratação, por isso a mortalidade entre os internados seja maior do que a dos pacientes não internados. Então não seria correto generalizar os achados para todos os possíveis pacientes com desidratação. “Não importa quão bem planejemos e executemos o processo de coleta de amostras, há sempre a possibilidade de ocorrer um erro nos resultados.” • Erro Amostral: é a diferença entre um resultado amostral e o verdadeiro resultado populacional; resultam de flutuações amostrais aleatórias. • Erro NÃO Amostral: quando os dados amostrais são coletados, registrados e analisados incorretamente. 15 16 TIPOS DE DADOS (ou) Variáveis estatísticas Variável é a característica de interesse que deverá ser estudada = Dados. É importante saber que tipos de dados geramos, pois muitas estatísticas são aplicáveis a um tipo, mas não são adequadas a outros. Podem ser agrupados em 3 tipos principais (nominais/qualitativos/categóricos; quantitativos discretos/ordinais; quantitativos contínuos/intervalares). Classificação quanto à Natureza das variáveis • Variável qualitativa ou categórica ou nominal: quando resultar de uma classificação por tipos ou atributos ou nomes (dados não numéricos). Ex.: cor da pele, cor do cabelo, morte ou sobrevivência no parto, sexo, estado civil, profissão, etc. “São aqueles dados distribuídos em categorias nominais, sem qualquer ordem. Não são permitidos cálculos como média e desvio padrão e outros. Estes dados não são mensurados, são simplesmente contados. Corta-se o número de observações com ou sem o atributo de interesse. São descritos geralmente por porcentagens e proporções, diagramas de pizza e tabelas de contingência.” Variável quantitativa: quando seus valores forem expressos em números (dados numéricos). Pode ser dividida em dois tipos: Quantitativa discreta (ou ordinal): pode assumir apenas valores pertencentes a um conjunto enumerável (números inteiros). Ex.: número de pacientes em determinada clínica (0, 1, 2, 3,...); número de alunos de determinada academia; número de leitos; número de espécies; de indivíduos; etc. “Se distribuem por categoria que têm uma ordem. Nesse tipo de dado não há valores intermediários entre as categorias e uma diferença numérica não tem sempre o mesmo significado. Não se utiliza média e desvio padrão. Pode ser utilizada a mediana, porcentagens...” Quantitativa contínua (ou intervalar): teoricamente, pode assumir qualquer número dentro de um intervalo de valores. Ex.: idade; peso; altura; volume de liquido ingerido; velocidade; perímetro da cintura; etc. “São aqueles que os números são significantes e a diferença entre eles sempre tem a mesma 17 implicação, podendo sempre existir valores intermediários. A diferença entre as estaturas 112 cm e 105 cm tem o mesmo significado entre a diferença entre 78 cm e 71 cm, isto é: 7 cm em ambos os caso” Outros tipos de dados: •Notas: variam dentro de um intervalo pré-definido pelo pesquisador. Ex.: de 0 a 10 ou 0 a 100, etc. •Porcentagens: relacionam duas quantidades (ou valores). Ex.: porcentagem (%) de água em órgãos de cobaias. Porcentagem de leitos ocupados. Porcentagem de acertos em uma prova de múltipla escolha. •Taxas ou coeficientes: é a razão entre o número de indivíduos que apresentam, ou apresentaram determinada característica, no decurso de certo período e o total de indivíduos da população. Ex.: taxa de mortalidade infantil. Exercícios Identifique como discreto ou contínuo: 1. Cada cigarro contém 16,13 mg de alcatrão. 2. O Altímetro de um avião indica uma altitude de 21359 pés. 3. Uma pesquisa feita com 1015 pessoas indica que 400 delas são dependentes químicos. 4. O radar indica que o automóvel estava a 123 Km/h. 5. De 1000 consumidores pesquisados, 930 reconheceram a marca do produto X. 6. O tempo total gasto em um experimento é de 2,54 horas. 18 7. Ao completar o programa de treinamento, o atleta pesava 3,7432 Kg a menos que no inicio. Resolva: 8. Um professor de educação física levantou dados dos alunos de uma escola pública: sexo, idade, peso, estatura, doenças, tratamento médico (em tratamento ou não) e esporte que pratica. Identifique os tipos de dados. 9. De um exemplo em que o pesquisador calcula percentuais ou valores relativos. 10. Procure saber de outras taxas que interessam ao pesquisador da área da Saúde. Classifique as variáveis em qualitativas ou quantitativas (contínuas ou discretas): a. População: alunos de uma cidade. Variável: cor dos olhos. b. População: estação meteorológica de uma cidade. Variável: precipitação pluviométrica (em mm), durante um ano. c. População: Bolsa de Valores de São Paulo. Variável: número de ações negociadas. d. População: funcionários de uma empresa. Variável: salários. e. População: pregos produzidos por uma máquina. Variável: comprimento (em cm). f. População: casais residentes em uma cidade. Variável: sexo dos filhos. g. População: propriedades agrícolas do Brasil. Variável: produção de algodão (em Toneladas). h. População: segmentos de reta. Variável: comprimento (em cm). i. População: bibliotecas da cidade de Araraquara. Variável: número de volumes. j. População: aparelhos produzidos em uma linha de montagem. Variável: número de defeitos por unidade. k. População: Hospitais de uma cidade. Variável: número de casos de dengue.
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