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Comércio Internacional e Navegação PNV-2300 – Introdução à Engenharia Naval Exemplo de como causar o espanto https://www.youtube.com/watch?v=qu-crRXU78A https://www.youtube.com/watch?v=WOmtFN1bfZ8 http://www.gapminder.org/videos/200-years-that- changed-the-world/ https://www.youtube.com/watch?v=qhIaEEW63Sc https://www.ted.com/talks/robert_waldinger_what_ma kes_a_good_life_lessons_from_the_longest_study_on _happiness#t-300289 2 ... Aula de 2017: Estruturei a aula em cima de dois slides: 24 925 e 26) e 39 (conectividade). Falei dos caçadores coletores com comunidades de 100 poessoas, da evolução no sentido da globalização; falei muito da necessidade de infra para o crescimento do transporte e o problema de custo de capital Falei da amplificação da corrupção na realização de obras inúteis; no problema de coordenação logística no slide do celular; no custo por km de rodo ferro Engenharia Naval e Oceânica Oceano • Recursos minerais, e orgânicos • Transporte de cargas e passageiros • O oceano como o próprio oceano, sem finalidade alguma. A beleza, o lazer e etc Ênfase maior do curso da USP Naval As atividades marítimas faturaram U$ 1,4 trilhão em 2004. O grupo que representou maior faturamento foi o de operações de navios e também é o que mais cresce.... 0 100 200 300 400 500 600 700 Operações Outras atividades marítimas Indústria da pesca Construção naval Recursos marinhos Bilhões USD 1999 2004 Cresc.99- 04(%p.a.) Share em 2004 Total 789.721 1.386.645 11,90% 100% Operações 195.988 646.228 26,9% 46,6% Construção naval 133.170 173.482 5,4% 12,5% Recursos marinhos 95.278 116.934 4,2% 8,4% Indústria da pesca 185.818 206.102 2,1% 14,9% Outras atividades 179.467 243.899 6,3% 17,6% Fonte: Stopford 2009 4 O transporte marítimo movimenta 90% de todo o volume de trocas internacionais Explique as diferenças entre a importância do volume e valor do comércio na distribuição por modal Fonte: Jean Paul Rodrigue 90% 73% 10% 14% 13% Volume Valor Aéreo Terrestre Marítimo No Mundo (2008, %) 5 Volume Valor 83% 11% 6% No Brasil (%) 97% ...e dentro deste grupo, a atividade marinha mercante foi (de longe) a mais significativa neste critério 426 174 31 15 0 100 200 300 400 500 600 700 Marinha mercante Marinha de guerra Portos Passageiros Bilhões USD 1999 2004 Cresc.99- 04(%p.a.) Share em 2004 Operações 195.988 618.228 26,9% 46,6% Marinha mercante 160.598 426.297 21,6% 30,7% Marinha de guerra 150 173.891 310,1% 12,5% Passageiros 8.255 14.925 12,6% 1,1% Portos 26.985 31.115 2,9% 2,2% Fonte: Stopford 2009 6 Shipping x Construção Naval 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Merchant shipping Naval shipping Ports Cruise industry Marine equipment Shipbuilding (merchant) Shipbuilding (naval) Vessel operations Shipbuilding Bilhões USD A marinha mercante, além de ter representado o maior faturamento em 2004, também é dos setores que apresentou maior CAGR 99-04 -30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% - 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 CAGR 99-04 (% a.a.) Faturamento em 2004 [USD M] CAGR 99-04 médio da indústria (exc. Marinha de guerra.) = 10,8% a.a. Marinha de guerra CAGR +310%!!! TI Marítimo Serviços marítimos Passageiros Recursos Marinha Mercante Telecom - submarina Indústria Pesca • Entre 1999 e 2004, as indústrias cresceram em média 10,8% a.a. (exceto marinha de guerra= 310%) • Setores que cresceram acima da média foram marinha mercante, TI marítimo, serviços marítimos, passageiros e recursos marinhos • Setores que perderam faturamento no período foram telecom submarina e indústria pesqueira Fonte: Stopford 2009 8 A importância da navegação na economia do meio marítimo 1. Vessel operations Merchant shipping Naval shipping Cruise industry Ports Total 2. Shipbuilding Shipbuilding (merchant) Shipbuilding (Naval) Marine equipment Total 3. Marine resources Offshore oil and gas Renewable energy Minerals and aggregates Total marine resources 4. Marine fisheries Marine fishing Marine aquaculture Seaweed Seafood processing Total marine fisheries 5. Other marine related activities Maritime tourism Reserach and development Marine services Marine IT Marine biotechnology Ocean survey Education and training Submarine telecoms Total other activities Total marine activities aThe information in this table is based on many estimates and should be regarded as no more than a rough indication of the relative size of the various segment of maritime business. The totals include some duplication, for example marine equipment is double-counted 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 100 200 300 400 500 600 700 Vessel operations Other marine related activities Marine fisheries Shipbuilding Marine resources Bilhões USD 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Merchant shipping Naval shipping Ports Cruise industry Marine equipment Shipbuilding (merchant) Shipbuilding (naval) Bilhões USD Vessel operations Shipbuilding • PIB Americano 14 Tri • Brasileiro 2 tri • Mundial 80 tri Navegação: necessidade ou oportunidade? Quando Vasco da Gama chegou à Índia em 1497 e descobriu que ele poderia comprar pimenta por 3 ducados1 em Calcutá2 e vendê-la por 80 ducados na Europa, ele estava fazendo exatamente o que os comerciantes fazem hoje – explorando “inter-regiões” através do transporte marítimo. Não tratava-se apenas de sucesso comercial. Ao levar iguarias à população européia em volumes muito maiores do que era possível por terras, a camelo, ele tornou as vidas dessas pessoas melhores e em um jargão econômico moderno “agregou valor”. Pelos 6 séculos seguintes, conforme a navegação tornou-se mais eficiente, as oportunidades de se agregar valor movimentando bens ao longo do planeta aumentaram e o comércio marítimo cresceu, destinando à navegação papel central na economia mundial globalizada. 1 – O ducado foi uma antiga moeda, de 3,5 g de ouro de 0,986 de pureza, cunhada em diversas épocas e em vários Estados europeus 2 – Cidade do estado de Kerala, na Índia Estrutura da apresentação Do mercantilismo à globalização Comércio exterior e Produto Interno Bruto Navio: solução de transporte e especialização Cargas do Transporte Marítimo Navio e Portos: dimensões e o futuro 11 Navegação: dos primórdios a globalização A primeira rede de comércio marítimo conhecida se desenvolveu há 5 mil anos entre a Mesopotâmia, Bahrein e os rios Indus, ao oeste da Índia. Os mesopotâmios trocavam seus óleos e tâmaras por cobre e possivelmente marfim dos Indus, e o comércio levou à formação da primeira “super cidade” da civilização: Babilônia. Na Babilônia, o Código de Hammurabi fixava fretes de embarcações, de acordo com sua capacidade de carga Tyre, no Líbano, foi a segunda “supercidade” do comércio marítimo. O solo pobre encorajou aventuras marítimas. Os Fenícios eram cross- traders (levavam mercadorias de terceiros) e construtores navais, utilizando tábuas de cedro como material principal. Comercializavam principalmente produtos agrícolas, manufaturados e metais. A partir de 1000a.C., a Península Ibérica se tornou uma fonte de metais paraa economia do leste do Mediterrâneo. Navegação: dos primórdios a globalização Em 375 a.C., o Mediterrâneo era comandado por 5 cidades principais: Cartago, Siracusa, Corinto, Atenas e Memphis. A Grécia liderou o comércio marítimo e trocava vinho, óleo e manufatura por metais etruscos e cartagineses e produtos tradicionais do Egito e do leste. Roma, em seu império, importava metais da Espanha e milhões de grãos anuais do norte da África, Sicília e Egito. No período bizantino, o comércio marítimo era centrado em Constantinopla, que importava milho do Mar Negro e da Sicília, assim como commodities como chumbo e madeira, com rotas para Roma e Veneza e Mar Negro. Cargas do leste chegavam ao mediterrâneo por 3 rotas. Mar Vermelho e Cairo;Golfo Pérsico, Bagdá e Aleppo; Mar Negro e Constantinopla. As cargas seguiam para Veneza e Génova, onde eram carregadas pelos Alpes e embarcadas no Reno para o norte da Europa. As cargas embarcadas no oeste eram seda, especiarias e tecidos de alta qualidade do norte da Itália. No sentido oposto, embarcava-se lã, metais e madeira. Vinco Genovês Scafo Grego Navegação: dos primórdios a globalização No começo do século XV, os navios portugueses ainda utilizavam plataformas de velas quadradas, enquanto os chineses utilizavam velas mais avançadas, mais largas embaixo, e que se curvam obliquamente sobre o mastro, propiciando melhor desempenho. Porém em 1433, as expedições pararam, navios foram destruídos, e leis proibindo a construção de novas embarcações oceânicas foram aprovadas, deixando o caminho livre para a evolução das embarcações e domínio marítimo europeu. A rota comercial entre Europa e Índia foi estabelecida por Vaco da Gama, em uma viagem que partiu em 1497 com 170 homens e retornou em 1499, com apenas 54. No ano seguinte, Álvares Cabral partiu uma frota com 13 navios e 1300 homens com intenção de comprar e estocar pimenta (que era vendida, na Europa, por 27 vezes o preço da Índia). Após um desentendimento entre Cabral e comerciantes muçulmanos de Calcutá, os lusitanos atearam fogo em parte da cidade, a bombardearam, e partiram para Cochin, onde firmaram acordo comercial. Embora o retorno a Portugal contasse apenas com metade das embarcações e dos homens, a viagem foi extremamente lucrativa, e, acima disso, as bases do império comercial português foram estabelecidas. Portugal mantinha acordos comerciais também com o leste africano, Malaca e Hormuz (Pérsia), realizando assim o comércio sob o Cabo da Boa Esperança. Navegação: dos primórdios a globalização. Contornando o planeta (hoje) Exportação (mt) Importação (mt) Comércio total Região Óleo Seco Total % Óleo Seco Total % mt % Através do Oceano Atlântico 2.856 1.263 3.389 48 1.447 2.340 3.787 53% 7.176 50 Através dos Oceanos Pacífico e Índico 1.314 2.406 3.720 52 979 2.356 3.335 47 7.055 50 Total 1.599 3.669 7.109 100 2.426 4.696 7.122 100 Canal do Panamá Canal de Suez Tais passagens são os gargalos da navegação, por limitarem o tamanho do navio que passa em sua rota Estreito de Malacca 0 2000 4000 6000 8000 10000 1820 1840 1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 Título do Gráfico Valores de Comercio Exterior (comex) deflacionados crescem mais do que os volumes de mercadorias, o que indica produtos de maior valor agregado com profundo impacto na navegação e portos Fonte: UNCTAD (2013), Stopford 2009 2,1% a.a. 5,1% a.a. 3,8% a.a. Mercantilismo Reconstrução de economias Industrialização Volumes embarcados no transporte marítimo [Milhões de Tons] Globalização Antiguidade Era Moderna Era Pós-Moderna Base Exploração, guerras (expansão) e comércio Produção em massa e consumo Liberalização do comércio Catalisador Era da exploração e colonialismo Revolução industrial Evolução: transporte e telecomunicações Sistemas Imperialismo/ Mercantilismo Imperialismo / Capitalismo Capitalismo / Corporativismo Forma Impérios Nações - Estado Blocos econômicos Valores de Comex deflacionados crescem mais do que os volumes de mercadorias, o que indica produtos de maior valor agregado com profundo impacto na navegação e portos 70 550 4.008 9.500 1850 1860 1870 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 Fonte: UNCTAD (2013), Stopford 2009 2,1% a.a. 1850-1950 5,1% a.a. 1950-1990 3,8% a.a. 1990-2013 Mercantilismo Reconstrução de economias Industrialização 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 1990 1995 2000 2005 2010 2015 Valor Volume Volume x valor Logica mercantil e lógica global – quebra de paradigma Mais recente diminuição do crescimento de volumes Volume de commodities Crescimento maior que o das economias Alertar diferença de períodos e fontes Agricultura 2,3x Combustíveis e minerais 2,0x (3%aa x 12%aa em valor) Manufaturados 3,5x 2013 = 312 2013 = 520 Valor 5,2x = 7,5% a.a. Volume 3,1x = 5,1% a.a. x100 Volumes de comércio marítimo Globalização PIB mundial [ Tri USD nominais] Bens Serviços Bens Financeiros % PIB Global Em 2012, os fluxos comerciais globais foram de US$ 26 tri, equivalentes a 36% do PIB mundial e com bens representando 68% do valor Fonte: Comtrade, IMF, WTO, McKinsey Participação das trocas internacionais no PIB mundial (1980 a 2012) 17,8 4,4 MDO intensiva Capital intensivo Commodities e recursos primários P&D intensivo 6% 7% 12% 8% 8,5 5,5 2,0 1,8 17,8 7%Total CAGR 1995-2012 O valor das bens comercializados internacionalmente cresceu 7% a.a., quase duas vezes mais rápido do que o crescimento da economia de 3,3% a.a. (1980-2012) 18 2015 FMI É importante notar que se do ponto de vista de oportunidade o que interessa são crescimentos, do ponto de vista de capacitação o que interessa são os volumes incrementais 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 18 50 18 60 18 70 18 80 18 90 19 00 19 10 19 20 19 30 19 40 19 50 19 60 19 70 19 80 19 90 20 00 20 10 1950-2013 cagr 4.3% .a.a Q u a s e t o d o c re s c im e n to d o t ra n s p o rt e m a rí ti m o o c o rr e u a p ó s 1 8 4 0 Era colonial Livre comércio B i T o n I m p rt . Fonte : "Will the next 50 years be as Chaotic in Shipping as the Last?“ Dr Martin Stopford, Hong Kong Shipowners 50th Anniversary Jan 2007 Primeiros navios a vapor em rotas de longo curso em 1860 Primeiros navios a vapor 1830 (emupuradores) 1850-1950 cagr 3.2%a.a 19 • O tema Portos ter tomado agenda na mídia e no planejamento das empresas decorre das limitações físicas associadas ao tamanho final dos volumes. Todos os países passam por essa etapa e Portos tomam agenda importante O crescimento de Comex em volume (t) apresenta um padrão curioso, porque a intensidade de materiais básicos varia no ciclo de desenvolvimento 1 - Sociedade tradicional 2 - Pronto pra decolar 3 - Decolagem 4 - Maturidade 5 - Consumo de massa Numa economia rica em recursos naturais, o aumento das importações de um produto primário seria deferido até que os recursos internos mínguem Crescimento de valor agregado Crescimento intensivoEconomia não desenvolvida O país importa tudo, exceto os produtos mais simples. O baixo fluxo de capital estrangeiro, proveniente de exportaçãode baixo valor, mantém o comércio em nível baixo Nessa fase, a demanda por produtos “crus” (minério de ferro, carvão, produtos florestais, etc.) aumenta conforme a infraestrutura industrial é construída. O capital ingressa pela exportação de produtos primários e semi-acabados Indústrias atingem a maturidade. Com a infraestrutura do país completa, a economia deixa de girar em torno de materiais “pesados” de atividade intensiva, e prima pelo produtos de alto valor agregado Volume das trocas Brasil Estágios 20 O padrão pode ser observado no ciclo de desenvolvimento das nações Fonte: Stopford (2009) Milhões de toneladas importadas desde a década de 1950 por regiõs econômicas selecionadas Desde 1950 o comércio marítimo foi impulsionado por uma série de ondas de desenvolvimento, começando na Europa em 1950 e movendo progressivamente para a China no começo do século 21 Os volumes no Brasil cresceram a taxas mais altas tanto em volume como em valor 70 550 4.008 9.500 1850 1860 1870 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 Fonte: UNCTAD (2013), Stopford 2009 2,1% a.a. 1850-1950 5,1% a.a. 1950-1990 3,8% a.a. 1990-2013 Mercantilismo Globalização Industrialização Volumes embarcados no transporte marítimo [Milhões de Tons] Volumes de comércio marítimo 382 414 443 436 485 506 529 571 621 649 693 755 768 733 815 869 888 913 - 200 400 600 800 1.000 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 [M t] Minério de ferro Soja, Milho e Açúcar Outros graneis sólidos Granel Líquido Carga Geral Solta Contêiner 3,6% a.a. 5,7% a.a. 2,8% a.a. 11,4% a.a. 5,3% a.a. CAGR96-13Evolução da movimentação portuária total no Brasil 1 (fonte: ANTAQ) 14,8% a.a. 3,3% a.a. Volumes no Brasil tem crescido bem mais do que a média mundial, ainda que com grande participação de cargas de baixo valor agregado O valor total cresceu 10% entre 96 e 13 A movimentação de cargas nacional imprimiu um ritmo médio de crescimento de 5,3% a.a. desde 1996, com destaque para graneis vegetais de exportação, que cresceram quase 15% a.a. (1) Considera o peso líquido da carga conteinerizada (sem a tara do contêiner) 382 414 443 436 485 506 529 571 621 649 693 755 768 733 815 869 888 913 - 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 [M t] Minério de ferro Soja, Milho e Açúcar Outros graneis sólidos Granel Líquido Carga Geral Solta Contêiner 3,6% a.a. 5,7% a.a. 2,8% a.a. 11,4% a.a. 5,3% a.a. CAGR96-13 Evolução da movimentação portuária total no Brasil1 (fonte: ANTAQ) 14,8% a.a. 3,3% a.a. Volumes no Brasil tem crescido bem mais do que a média mundial, ainda que com grande participação de cargas de baixo valor agregado O valor total do Comex de bens cresceu 10% entre 1996 e 2013 Hoje o que impulsiona as trocas mundiais é a lógica da globalização. A especialização é apenas uma das dimensões dessa transformação eclética Comércio Internacional Demografia Cadeia de produção Tecnologia Recursos naturais Custos de transportes Instituições • Crescimento, diversidade, estágio de desenvolvimento e de consumo • Ganhos de escala • Especialização e menor custo por habilidade • Controle de patentes e estágio de desenvolvimento tecnológico • Comunicação • Distribuição não uniforme • Diminuição comparativa ao valor da carga • Escala • Tecnologia • Políticas e acordos de blocos • Leis (ambientais por exemplo) • Impostos e incentivos • Colonialismo Fonte: Adaptado WTO 24 Outros Racionais econômicos do comércio internacional: mercantilismo e especialização Lógica mercantilista Países e regiões se relacionam pela busca de recursos escassos na importação e reserva de mercado na exportação P a ís 1 P a ís 4 P a ís 3 P a ís 2 P a ís 1 P a ís 4 P a ís 3 P a ís 2 Lógica da eficiência econômica Vantagens comparativas e economias de escala orientam atividades concentradas Aumento da elasticidade da demanda e transporte eficiente passa a ser chave P a ís 1 P a ís 4 P a ís 3 P a ís 2 P a ís 1 P a ís 4 P a ís 3 P a ís 2 L iv re c o m é rc io e c o m p e tiç ã o c re s c e n te Criação e captura de valor com cadeias de suprimentos globais: o caso do iPhone 4 (in USD) Korea Alemanha França Japão Outros USA China Preço na fábrica ($194.04) Partes ($24.63)Distribuição ($90.00) Varejo ($600) Partes ($80.05) Partes ($16.08) Partes ($3.25) Partes ($0.70) Partes ($62.79) VA ($6.54) Misc. ($45.95) Apple ($269.05) ($329.95) Fonte: adaptado from OECD. "Global Value Chains: Preliminary Evidence and Policy Issues," Organization for Economic Co-operation and Development, DSTI/IND(2011)3, Paris, 2011. – Jean Paulo Rodrigue 26 O boom do comércio internacional se inicia no século 19 com a revolução industrial. A tecnologia do vapor reduziu drasticamente os custos de transporte viabilizando abertura de novos mercados e acesso a produtos diversificados 5000 a.c. 1780 1833 1870 1913 1950 2000 Energia Muscular Vento Carvão Óleo (Nuclear) (LNG) Materiais Madeira, Pregos Cordas, Juta Folhas de cobre Ferro Aço Alumínio Fibra Construção Pregos Cordas Parafusos Rebite, Arame Cola Solda Motor Vapor Turbina Diesel Propulsão Remos Velas Hélice Navegação Estrelas Bússola Cronometro Sextante Radio Radar Satélite Transporte Estradas Canais Ferrovia Caminhão Avião Sistema Tramp Liner , Tramp Passageiros Bulk. Container Especializado 1830 Primeiros navios a vapor (empurradores) B i T o n 2013 9 Bi t 1850 0,08Bi t 1950 0,5 Bi t Grande depressão Guerras mundiais Evolução do volume transportado no tempo 1860 Primeiros navios a vapor em rotas de longo curso Inicio globalização Retorno à globalização 27 Estrutura da apresentação Do mercantilismo à globalização Comércio exterior e Produto Interno Bruto Navio: solução de transporte e especialização Cargas do Transporte Marítimo Navio e Portos: dimensões e o futuro 28 Maior abertura de economias se traduzem em maiores participações do comércio exterior no PIB 29 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1960 1970 1980 1990 2000 2010 MUNDO • Distâncias se encurtam • Velocidade de transporte • Velocidade de transação • Custo de transporte • Impedância cultural • Informação • Diferentes aberturas dos paises se traduzem em diferentes participações do comércio exterior no PIB • Crises orientam internalização e diminuem a relação Comex/PIB Relação COMEX de bens /PIB Fonte: Graphminder/WTO Mundo 2,9% a.a. 3,8% a.a.Crescimento do PIB 90-08 6,8%a.a.Crescimento do Comex 90-08 A Alemanha, consistentemente, tem relação maior que a média, o que poderia indicar correlação com o índice de desenvolvimento... 30 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1960 1970 1980 1990 2000 2010 MUNDO Alemanha • Maior abertura de economias se traduzem em maiores participações do comércio exterior no PIB • A Alemanha consistentemente tem relação maior que a média, o que poderia indicar correlação com o PIB • Como se verá é a nação de maior conectividade no Mundo, favorecida pela posição geográfica, de infraestrutura (porto e ferrovia) e de filosofia • Ainda que a relação varie MUITO entre os países em todos os casos se observa aumento do Comex/PIB ao longo do tempo Relação COMEX/PIB Mundo e Alemanha Fonte: Graphminder/WTO ...Entretanto, EUA apresentam consistentemente o efeito contrário 31 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1960 1970 1980 1990 2000 2010 MUNDO Alemanha Estados Unidos • Maior abertura de economias se traduzem em maiores participações do comércio exterior no PIB • A Alemanha consistentemente tem relação maior que a média, o que poderia indicar correlação com o PIB • Entretanto, EUA apresentam consistentemente o efeito contrário • Ainda que a relação varie MUITO entre os países em todos os casos se observa aumento do Comex/PIB ao longo do tempo Relação COMEX/PIB Mundo, Alemanha e USA Fonte: Graphminder/WTO No caso Chinês existe evolução de níveis inferiores ao Mundo para níveis bastante superiores e com maior volatilidade 32 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1960 1970 1980 1990 2000 2010 MUNDO Alemanha Estados Unidos China • Maior abertura de economias se traduzem em maiores participações do comércio exterior no PIB • A Alemanha consistentemente tem relação maior que a média, o que poderia indicar correlação com o PIB • Entretanto, EUA apresentam consistentemente o efeito contrário • No caso Chinês existe evolução de níveis inferiores ao Mundo para níveis bastante superiores e com maior volatilidade • Ainda que a relação varie MUITO entre os paises em todos os casos se observa aumento do Comex/PIB ao longo do tempo... Relação COMEX/PIB Mundo, Alemanha, USA e China Fonte: Graphminder/WTO Lembrando, a Asia respondeu finalmente por 35% de todo o comércio mundial (1980-2012) 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 Exports Imports Mas o Brasil parece estar um pouco na contramão...Será que há tendência de aproximar-se do Mundo, elevando muito a movimentação portuária? 34 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1960 1970 1980 1990 2000 2010 MUNDO Alemanha Brasil Estados Unidos China • Maior abertura de economias se traduzem em maiores participações do comércio exterior no PIB • A Alemanha consistentemente tem relação maior que a média, o que poderia indicar correlação com o PIB • Entretanto, EUA apresentam consistentemente o efeito contrário • No caso Chinês existe evolução de níveis inferiores ao Mundo para níveis bastante superiores e com maior volatilidade • Ainda que a relação varie MUITO entre os países em todos os casos se observa aumento do Comex/PIB ao longo do tempo... Relação COMEX/PIB Mundo, Alemanha, USA, China e Brasil Fonte: Graphminder/WTO Tampouco ter ou não faixa costeira parece influenciar a relação 35 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1960 1970 1980 1990 2000 2010 PAÍSES SEM COSTA MUNDO Suiça Paraguai Chad • Maior abertura de economias se traduzem em maiores participações do comércio exterior no PIB • A Alemanha consistentemente tem relação maior que a média, o que poderia indicar correlação com o PIB • Entretanto, EUA apresentam consistentemente o efeito contrário • No caso Chinês existe evolução de níveis inferiores ao Mundo para níveis bastante superiores e com maior volatilidade • Ainda que a relação varie MUITO entre os paises em todos os casos se observa aumento do Comex/PIB ao longo do tempo... Relação COMEX/PIB Países sem costa Fonte: Graphminder/WTO Assim como ser hub marítimo não parece definir a vocação nacional 36 0% 50% 100% 150% 200% 250% 300% 350% 400% 1960 1970 1980 1990 2000 2010 MUNDO Singapura Hong Kong Panama • Maior abertura de economias se traduzem em maiores participações do comércio exterior no PIB • A Alemanha consistentemente tem relação maior que a média, o que poderia indicar correlação com o PIB • Entretanto, EUA apresentam consistentemente o efeito contrário • No caso Chinês existe evolução de níveis inferiores ao Mundo para níveis bastante superiores e com maior volatilidade • Ainda que a relação varie MUITO entre os paises em todos os casos se observa aumento do Comex/PIB ao longo do tempo... Relação COMEX/PIB Escala diferente Países com Hubs Marítimos Fonte: Graphminder/WTO Relação COMEX/PIB para países em guerra 37 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 MUNDO Sudão 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 MUNDO El Salvador 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 MUNDO Cuba 1991 - Fim da URSS 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 MUNDO Rep. Congo Escala diferente República do Congo CubaEl Salvador 1979-92 - Guerra Civil Sudão 1955-72 - Guerra Civil 1983-05 - Guerra Civil 1998-03 - Guerra Civil Fonte: Graphminder/WTO De modo geral o volume de comércio esta associado a conectividade 38 40 Mensura conectividade a partir de bens, serviços, fluxos financeiros, pessoas e fluxos de dados e comunicação • http://www.mckinsey.com/business-functions/strategy-and-corporate- finance/our-insights/global-flows-in-a-digital-age • http://www.mckinsey.com/business-functions/operations/our-insights/the- flow-of-value-an-interview-with-michael-spence Descrição de cada um dos índices do MGI Connectedness 42 • Brasil cada vez mais conectado à rede global de dados e ao fluxo de comunicação mas em ritmo mais lento do que a média das economias emergentes • CAGR do tráfego de internet desde 2007: - Brasil: 49% a.a. - Países emergentes: 64% a.a. • Baixa posição do Brasil no ranking não esperada por historicamente ser um país de imigrantes • Pode ser explicada pela existência de barreiras: - Para obtenção do visto de trabalho; ou - Dificuldade com a língua • Alta participação do Brasil nos fluxos financeiros globais em função do FDI1 e de empréstimos e depósitos internacionais • Empréstimos e depósitos crescem a 24% a.a. desde 20022 e, em 2012, foram responsáveis por 40% dos fluxos financeiros totais do país • Países emergentes em geral buscam produção com maior valor agregado • Já o Brasil aumenta a dependência por commodities, que são predominantes nos fluxos • No Brasil, o fluxo de serviços é limitado - Dos BRIC, apresenta amenor intensidade de fluxo (~5% do PIB) • Das exportações de serviços, ~50% são profissionais e 30% relacionadas a viagens de turismo e transporte (1) Foreign direct investment ; (2) Empréstimos são os grandes responsáveis pelo crescimento 43 Global Trade, 2009 44 Os visionários e as maiores obras da humanidade: canais marítimos Canal de Suez • O canal do Panamá foi inaugurado em 15 de agosto de 1914 • Navega-se por 82km para atravessá- lo, e “escala-se” 26 metros • Os Panamax tem até tem 305m de comprimento, 33,5m de boca e 26m de calado • O canal de Suez aceita navios de 77,5m de boca, 19m de calado e 68 de altura • Sua construção começou em 1859 e foi inaugurado 10 anos depois Canal do Panamá 47 Além do aumento significativo de volumes transacionados houve mudanças no padrão de trocas entre os mercados nos últimos 25 anos, com maior participação dos países emergentes Europa América do Norte América do Sul e Central África Ásia 8,88,1 2,33,4 1,70,6 Comércio internacional1 % 1990 % 2011 1Principais Fluxos; 2Países desenvolvidos ; 3Emergentes Fonte: WTO 2,12,6 7,810 1,41,6 4,87,8 2,00,8 Aumentou Diminuiu 60% 31% 34% 45% 6% 24% 1990 ($3,3T) 2012 ($17,5T) 4x % de trocas do comércio entre os países desenvolvidos e emergentes 0,5x Emergentes para Emergentes Somente os principais fluxos (não somam 100%) 48 Desenvolvidos para Emergentes Desenvolvidos para Desenvolvidos 54% do comércio é inter- regional (2011) 49 Além do aumento significativo de volumes transacionados houve mudanças no padrão de trocas entre os mercados nos últimos 25 anos, com maior participação dos países emergentes Os valores transacionados em bens em 2012 mostram a China em posição muito próxima aos USA, ainda hoje o principal ator no comércio mundial, embora o PIB seja quase a metade 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 Exportação China USA Alemanha Japão Holanda Rússia Inglaterra França Im p o rt a ç ã o US$ Bi • Maior Bloco • US$ 3,8Tri • Déficit $ 230Bi, equivale a 4,9% PIB • 2º. Bloco • US$ 3,8Tri • Supervait $ 790Bi, equivale a 2,8% PIB • 3º. Bloco • US$ 2,7Tri • Superavit $ 240Bi, equivale a 7% PIB 50 O Brasil tem potencial para aumentar a relação COMEX/PIB 51 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 MUNDO Alemanha Brasil Estados Unidos China Potencial Brasil Relação COMEX/PIB Mundo, Alemanha, USA, China e Brasil • Inserção internacional • Diminuição de distâncias • Desenvolvimento industrial • Participação crescente nas commodities Perspectivas Brasil • Histórico de protecionismo • Participação no Mercosul limita acordos • Sistema tributário complexo Observação: O aumento potencial do COMEX do Brasil de 19% para 36% do PIB foi estimado considerando índices de intensidade de fluxo de outros países melhores classificados no ranking da MGI, que podem ser considerados benchmark para o Brasil: Reino Unido, França, Canadá, Rússia, Itália, Espanha e Austrália. Estrutura da apresentação Do mercantilismo à globalização Comércio exterior e Produto Interno Bruto Navio: solução de transporte e especialização Cargas do Transporte Marítimo Navio e Portos: dimensões e o futuro 52 Cerca de 80% do comércio mundial em volume é de granéis. Petróleo e seus derivados dominam o cenário mas estão estabilizados. O segmento de contêineres cresce velozmente 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Petróleo e derivados Cinco maiores granéis sólidos Outros Contêineres Milhões de toneladas transportadas (1980-2013) Petróleo e seus derivados representam aproximadamente 1/3 do total movimentado Contêiner é o segmento com maior crescimento percentual Fonte: UNCTAD (2013) (*) Minério de ferro, carvão, bauxita, fosfatos 30% 29% 17% 24% 1,3% CAGR (1980-2013) 53 As principais cargas movimentadas estabelecem a dinâmica da indústria de transporte marítimo e ditam o tamanho e as propriedades do navio para o seu transporte. Movimentação por tipo de carga em 2006: Tons bilhões 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 Participação da carga pelo modal marítimo • Energia foi responsável por 44% de tudo que é embarcado • Minério de ferro é responsável por mais de metade do comércio relacionado a indústria de metais, sem contar o aço Fonte: Stopford (2009)54 Peso Valor Principais transações do comércio exterior brasileiro em 2013 55 342,5 104,1 43,2 38,1 27,3 23,5 14,6 14,1 14,0 13,9 10,3 5,7 5,6 5,0 4,1 3,8 3,7 3,7 36,4 63,5 23,3 10,2 12,1 9,3 11,6 7,4 5,2 1,8 5,5 15,1 14,1 12,4 3,0 48,7 2,1 36,5 Minérios Combustíveis Grãos (oleaginosos) Cereais Açúcar Adubos Siderúrgicos Alimentos Químicos Granéis minerais Madeira e celulose Carnes Químicos orgânicos Plásticos Transações especiais Bens de capital Carvão Veículos em geral 0% 20% 40% 60% 80% 100% Peso Valor Marítimo Fluvial 82% 11% 6% Total das importações e exportações em 2013, Peso [Milhões t] e Valor [US$ Bi] Matriz de transporte do comércio exterior Fonte: Aliceweb -produtos agrupados pelo NCM SH2 96% Minério 3,200 Combustíveis 1,400 Grãos 1,500 Açúcar 1,100 Número estimado de navios Estrutura da apresentação Do mercantilismo à globalização Comércio exterior e Produto Interno Bruto Navio: solução de transporte e especialização Cargas do Transporte Marítimo Navio e Portos: dimensões e o futuro 56 Geometria dos obras vivas do casco: a parte do problema que sobra para os portos Dimensões Principais • Descrevem as dimensões da embarcação nas direções longitudinal, transversal e vertical e definem 80% do seu desempenho: L,B,H,D Coeficientes de Forma • Coeficientes admensionais que comparam embarcações de # tamanhos e fornecem informação de mais 15% do seu desempenho. Muito úteis na comparação das embarcações Plano de Linhas • Descrição geométrica detalhada do casco e de sua superfície e que completa a definição dos outros 5% do seu desempenho Principais dimensões dos navios que tem impacto sobre o projeto portuário Calado • Canal de acesso no porto de Itajaí • Operação de top-off (complementação da carga) na barra devido a restrição de calado no porto Dimensão mais barata e mais restritiva pela restrição de acesso ao porto Calado Profundidade Parte submersa do navio (linha d’água até a quilha) Altura da lâmina d’água até o fundo, e varia com marés Dragagem tem função de aumentar a profundidade • Calado é a dimensão mais barata para aumentar o porte do navio • Quanto maior calado, maior a resistência estrutural e melhor o comportamento em ondas • Quanto mais calado menor a geração de ondas pelo casco • Entretanto, calado é a dimensão mais cara e escassa nos portos, mesmo após o advento da dragagem moderna 58 Pé de piloto, profundidade e calado – exemplo no caso de Santos 59 0 (DHN) 1 4 ,9 m 220m Margem Direita Margem Esquerda Profundidade de Projeto:10,3 – 15m Profundidade de Projeto Berço 39: 8 – 13,7m 1 3 ,7 m Calado preamar Profundidade Preamar: + ~1m Baixamar 1 3 ,7 m 1 3 ,2 m 1 4 ,2 m Calado baixamar 50m 50m Pé de piloto (0,7m a 1,7m) Perfil do canal do Porto de Santos Principais dimensões dos navios que tem impacto sobre o projeto portuário Boca • Dimensões dos guindastes ship -to shore para alcançar todas pilhas de containers • Maior altura, maior resistência de cais • Boca desempenha papel importante na estabilidade e na capacidade de carregamento do navio • Quanto maior a boca em relação ao comprimento, maior a potência requerida • Travessia em eclusa no canal do Panamá, permite navios com boca de até 32m de largura 60 Pior dimensão do ponto de vista de desempenho na água grande resistência ao avanço, baixa manobrabilidade e limita o tamanho do hélice, mas fundamental para dar estabilidade transversal: B/H > 2,5 - limita o tráfego em canais, e restringe acesso à carga B/H >2,5 Exemplo: Calados médios por capacidade de navios full container 4 6 8 10 12 14 16 18 1 .0 0 0 2 .0 0 0 3 .0 0 0 4 .0 0 0 5 .0 0 0 6 .0 0 0 7 .0 0 0 8 .0 0 0 9 .0 0 0 1 0 .0 0 0 1 1 .0 0 0 1 2 .0 0 0 1 3 .0 0 0 1 4 .0 0 0 1 6 .0 0 0 1 8 .0 0 0 D ra ft i n M e te rs Ship Capacity in TEU Principais dimensões dos navios que tem impacto sobre o projeto portuário Comprimento • Bacia de evolução no Porto de Itajaí, raio de giro para manobras • Pier do Porto de São Sebastião com operação de navio ro-ro (comprimento do navio e rampa maior que o pier, necessário dolphins para amarração) Dimensão mais cara do navio e de pior operação, mas fundamental para o desempenho • Comprimento do navio é dimensão mais cara do ponto de vista de quantidade de aço por volume de deslocamento • Maior o comprimento, maiores as restrições de atracação e manobra com longos raios de giro • Disposição de guindastes para operação simultânea 62 • 6 < L/B < 10 Principais dimensões dos navios que tem impacto sobre o projeto portuário Pontes Equipamentos Calado aéreo Necessário para o ângulo de visada e limitando o tráfego sob pontes e sob equipamentos 63 5. Volume da carga, frequência e custo 1. Tipos de Navio 3. Tamanho do navio Menor implica em maior variedade de portos disponíveis e menor estocagem Maior implica em mais carga e menor custo Canais restringem a passagem entre oceanos Características dos Portos restringem o tipo de navio 2. Rotas Distâncias se correlacionam com o tempo em trânsito e o custo de transporte São quatro fatores fundamentais que influenciam diretamente a oferta do serviço de transporte marítimo Especialização para transporte da carga Porte associado ao lote de compra Mais devagar implica em menor oferta e custo mais baixo 4. Velocidade do navio Mais rápido implica em maior oferta e custo mais alto 64 Estrutura da apresentação Do mercantilismo à globalização Comércio exterior e Produto Interno Bruto Navio: solução de transporte e especialização Cargas do Transporte Marítimo Navio e Portos: dimensões e o futuro 65 5. Volume da carga, frequência e custo 1. Tipos de Navio 3. Tamanho do navio Menor implica em maior variedade de portos disponíveis e menor estocagem Maior implica em mais carga e menor custo Canais restringem a passagem entre oceanos Portos restringem o tipo de navio 2. Rotas Distâncias se correlacionam com o tempo em transito e o custo de transporte As 4 variáveis que devem ser consideradas para a concepção de um sistema logístico marítimo e que devemos avaliar em seguida: Mais devagar implica em menor oferta e custo mais baixo 4. Velocidade do navio Mais rápido implica em maior oferta e custo mais alto 66 1. Tipos de navios: Classes de graneleiros Fonte: HIS Fairplay, UNCTAD67 Dimensões típicas de um navio graneleiro panamax Comprimento: Boca: Calado: L/B: B/H: DWT: Capacidade: 225 m 32,26 m 14,20 m 7 2,3 75.200 t 89.729 m³ Mais detalhes de uma navio graneleiro classe PANAMAX (boca e calado limitados para cruzar o canal do Panamá) 1.Tipos de navios: Classe de tankers Aframax:Average Farigh rate assesment Fonte: HIS Fairplay, UNCTAD69 1. Tipos de navios: Classe de navios contêineres TEU = Twenty foot equivalent unit (20ftx 8ft x 8ft) T ip o s d e c o n ta in e rs Dry Van (20ft/40ft) High Cube (40ft) Tank (20ft/40ft) Reefer (20ft/40ft) Flat Rack (20ft/40ft) Não ExaustivoComprimento padrão :20 pés, 40 pés 70 Porta contêineres 71 Navios de carga geral Abyot Alblas Al Rahim • Objetivo: levar carga – podem ser projetados para uma carga específica ou para carga geral • Cb entre 0,55 e 0,7 • L/B entre 5,5 e7 • Na China, a navegação interior é feita com navios de carga geral de pequeno porte. Ele também podem atender a uma rota internacional. Brake Danica Hav Da Quiang Eugenie-M Crystal Harmony Birka Paradise1 Jewel of the Seas Crystal Symphony Grande Napoli Hual Dubai Hoegh Herlin • Objetivo: levar carga com muito volume (veículos) • Cb baixo (~0,65) • L/B baixo (entre 5 e 5,5) • Precisam de estabilidade para transportar carga volumétrica. Usualmente são de médio porte (entre 100 e 200m) e podem transportar pessoas Ferries Birka Princess Hansestar Falkenstein • Objetivo: levar carga leve (pessoas) com segurança • Cb baixo (entre 0,55 e 0,6) • L/B baixo (entre 5,5 e 6) • São de pequeno porte, para transporte de curta distância. O principal fator de projeto é a estabilidade da embarcação, e por isso B/H deve ser alto Ferries Regina Baltica Silja Europa MariellaRed Eagle 1. Tipo de navios: Navios especializados PCTC (Roll on – Roll off) Heavy-Lift/Projetos Open Hatch BoxShapped Químicos LNG Reefer • Veículos auto propulsados, cargas rebocáveis e cargas gerais/projetos leves • Cargas especiais com peso ou dimensões fora do padrão • Produtos florestais (celulose, papel, plywood ou cargas gerais com dimensões uniformes (lingotes, pallets, bobinas etc) • Lotes de produtos químicos (usualmente pequenos) com necessidades especiais de transporte e armazenamento • Gás liquefeito de petróleo, e unidades estática de armazenamento e refrigeração (FSRU) • Cargas frigorificadas a granel (pallets de fruta, carne, etc) 78 P o rt e tí p ic o Os navios de granéis se especializam em sólidos e líquidos e tem porte semelhante Cb CM Cp CAwl 0.78 0.99 0.78 0.84 •10.000 DWT < Carga < 365.000 DWT •9000 t < Deslocamento < 350.000t Navio graneleiro Navio petroleiro V a lo re s tí p ic o s d o s c o e fi c ie n te s Cb CM Cp CAwl 0.76 0.97 0.77 0.84 •10.000 DWT < Carga < 450.000 DWT •9000 t < Deslocamento < 560.000t
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