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28/02/2014 1 PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO / PLANO ALIMENTAR CARDÁPIO / PLANO ALIMENTAR É a lista de alimentos e preparações que serão servidas nas refeições ao longo do dia. ���� Planejamento – considerar: . Hábitos alimentares . Qualidade dos produtos utilizados . Valor nutritivo e energético . Disponibilidade financeira . Rotina diária . Atividade física . Restrição religiosa ou filosófica . Doença 28/02/2014 2 DISTRIBUIÇÃO DO VET NAS REFEIÇÕES DIÁRIAS O VET é distribuído nas refeições a fim de cobrir as necessidades energéticas do dia. Deve-se realizar, no mínimo, 4 refeições diárias: desjejum, almoço, lanche e jantar. ERRO: pobreza ou ausência do desjejum e grande volume no almoço, o que pode prejudicar a produção escolar ou no trabalho. Elaboração do Plano Alimentar ���� DESJEJUM . Fruta . Leite ou derivados . Pão ou outros cereais ���� COLAÇÃO, LANCHE E CEIA: . Leite ou derivados, fruta ou suco de fruta, cereais ou, ainda, o conjunto deles. 28/02/2014 3 ���� ALMOÇO / JANTAR . Entrada: salada ou sopa ���� Equilibrar o sabor e a textura com os demais componentes do cardápio. As sopas são mais aceitas no inverno e as saladas, no verão. Prato Principal: Carne, peixe, aves ou ovos ���� O prato principal constitui a base do planejamento do cardápio, sendo responsável pelo aporte de proteína e tem grande influência no controle dos custos da refeição. . Guarnição: Vegetal ou massa � A preparação selecionada deve se harmonizar com o prato principal, respeitando o sabor e a consistência. . Prato Base: Arroz e Feijão � A combinação – arroz e feijão – é um hábito brasileiro, que precisa ser reforçado em função de seu importante valor nutricional. � O prato base permite que o nutricionista faça o ajuste do valor energéticos do cardápio. O feijão pode e deve ser substituído por outras leguminosas. . Sobremesa: Doce ou fruta �Em função do perfil do estado nutricional da população brasileira, com tendência ao excesso de peso, deve-se preferir as frutas in natura. . Complemento: . Suco, refrigerante, temperos, molho de salada, etc. 28/02/2014 4 Distribuição do VET pelas refeições, segundo Sá (1990), Galisa, Esperança (2008): Refeição % VET Desjejum 20 Almoço 30 a 40 Lanche 10 Jantar 30 a 40 Distribuição sugerida por Assis (1997): Refeição % VET Desjejum 20 a 25 Colação ou lanche 5 Almoço 35 a 40 Lanche 10 a 15 Jantar 15 a 25 Ceia 5 Exemplo de distribuição do VET em um plano alimentar de 2.600 caloria Refeição Parcela (%) Calorias (kcal) Desjejum 20 520 Almoço 40 1040 Lanche 10 260 Jantar 30 780 Total 100 2.600 28/02/2014 5 ���� Recomendações nutricionais a) Determinar o Valor Energéticos Total (VET) b) Determinar % de macronutrientes c) Distribuição do VET e dos nutrientes energéticos pelas refeições d) minerais, vitaminas e fibras Recomendações nutricionais Proteínas em g / kg / dia FAO/OMS (1985) NRC/RDA (1989) SBAN (1990) DRI – RDA (2002) Proteínas 0,75 0,8 a 1,0 1,0 (Idosos 0,75) 0,8 Situações em que há catabolismo, sugere-se valores superiores a 1,0g/kg/dia, porém não exceder 2,5g/kg/dia. Idade (anos) Gênero Masculino Feminino 10 a 12 1,00 1,00 12 a 14 1,00 0,95 14 a 16 0,95 0,90 16 a 18 0,90 0,80 OMS (1985) 28/02/2014 6 Recomendações de proteínas em função da porcentagem do VET Nutriente SBAN* (1990) WHO** (2003) DRI-AMDR*** (2002) Proteína 10 a 12% 10 a 15% 10 a 35% Recomendações de carboidratos em função da porcentagem do VET SBAN* (1990) WHO** (2003) DRI-AMDR*** (2002) SBC **** (2005) Carboidratos 60 a 70% 55 a 75% 45 a 65 % 50 a 60% Carboidratos simples limitar < 10% < 25% * SBAN – Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição ** WHO(OMS) – Organização Mundial da Saúde *** AMDR – acceptable macronutrients distribution range = taxa de distribuição de macronutrientes aceitável **** SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia Recomendações de lipídeos em função da porcentagem do VET SBAN* (1990) WHO** (2003) DRI-AMDR*** (2002) SBC **** (2005) Lipídeo total 20 a 25% 15 a 30% 20 a 35% 25 a 35% Ác. Graxo saturado ≤ 8% < 10% < 10% < 7% (se LDL �) Monoinsaturado > 8% ≤ 20% Polinsaturado 3% 6 a 10% ≤ 10% W-6 linoléico 5 a 8% 5 a 10% W-3 linolênico 1 a 2% Trans < 1% Colesterol < 100 mg /1000 Kcal < 300 mg/dia < 300 mg/dia < 200mg/dia (se LDL �) 28/02/2014 7 Recomendações de lipídeos e carboidratos em g / kg / dia Nutriente Recomendações Lipídeos 1 a 2 g / kg / dia (sugere-se máximo 1 g/kg) Carboidratos 4 a 7 g / kg / dia Fonte: adaptado de Waitzberg, Pinto Junior e Cecconello (2000) e Martins e Cardoso (2000) Ingestão diária aceitável de macronutrientes para adolescentes Idade (anos) Proteína Lipídeos Carboidratos 4 a 18 10 a 30% 25 a 35% 45 a 65% Fonte: IOM (2002) Recomendação de ingestão de fibras em gramas / dia Fonte Recomendação SBAN, 1990 20 g / dia ou 8 a 10 g / 1000 kcal SBC, 2005 20 a 30 g / dia Idade (anos) Gênero AI (g) 9 a 13 Masculino 31 Feminino 26 14 a 50 Masculino 38 Feminino 25 51 anos ou mais Masculino 38 Feminino 21 IOM (2002) Recomendação de consumo de ≥ 400 g de vegetais e frutas por dia (OMS, 2003; BRASIL, 2005). 28/02/2014 8 Recomendação de Sódio Recomendações de sódio, segundo OMS E DRI. OMS (2003) DRI (2004) < 2000 mg / dia AI* UL 1200 a 1500 mg / dia 2300 mg / dia Recomendação de cloreto de sódio (sal), segundo SBAN, OMS e SBC. SBAN (1990) WHO (2003) SBC (2005) < 6 g / dia < 5 g / dia < 6 g / dia � Deve-se considerar na avaliação da adequação de consumo de sódio – o sódio intrínseco (alimentos) e o sódio extrínseco (presente no sal de cozinha). � Para converter cloreto de sódio em sódio, considere 1 g de sal de cozinha (NaCL) corresponde a 400 mg de sódio (Na). Necessidade Hídrica Idade (anos) Necessidade de água (ml / kcal prescrita) 10 a 18 50 a 60 18 a 55 35 55 a 75 30 Acima de 75 25 Adaptado de Waitzerg (2000), e Mahan e Escot-Stump (2002) 28/02/2014 9 MICRONUTRIENTES Publicação na íntegra: www.nap.edu.br � Considerar o conjunto de valores de referência de ingestão de nutrientes que deve ser utilizado para planejar e avaliar dietas de indivíduos saudáveis, Institute of Medicine (IOM) dos Estados Unidos e do Health Canada. . EAR – Estimated Average Requeriment ou necessidade média estimada; . RDA – Recommended Dietary Allowance ou ingestão dietética recomendada que significa a ingestão suficiente para atender à necessidade, portanto definida a partir da EAR (RDA = EAR + 2 desvios padrão) . AI – Adequate Intake ou ingestão adequada que foi estabelecida diante da impossibilidade de definição da necessidade (EAR) e, portanto , da recomendação (RDA); . UL – Tolerable Upper Intake Level ou nível máximo tolerável. ���� Pela complexidade da metodologia, o próprio IOM norte- americano sugere a seguinte análise na prática clínica: 28/02/2014 10 � Os valores estabelecidos pela RDA ou pela AI devem ser utilizados como meta de ingestão, ou seja, o mínimo recomendado para adequação dietética, já a UL deve ser usada como valor de referência para evitarmos os efeitos deletérios dos micronutrientes, principalmente durante a prescrição de suplementos; • Se a ingestão habitual for < EAR certamente deve ser melhorada; � Se a ingestão habitual estiver entre EAR e RDA, há um risco de inadequação e, muito provavelmente, a ingestão do nutriente deve ser melhorada; • Se a ingestão habitual for > RDA é pouco provável que esteja inadequada, ou seja, há grande probabilidade de adequação; � Se a ingestão habitual for < AI existe baixa possibilidadede consumo inadequado, mas pode haver inadequação e por isso deve ser melhorada; � Se a ingestão habitual for > AI é pouco provável que esteja inadequada, ou seja, há grande probabilidade de adequação; � Se a ingestão habitual e frequente (dietética ou via suplementos) exceder a UL devemos reajustá-la, pois passa a ser objeto de preocupação em relação aosricos associados ao consumo excessivo. 28/02/2014 11 Resumo para análise de adequação dos micronutrientes, segundo as DRIs. Situação Avaliação < EAR Possivelmente inadequado < RDA Possivelmente inadequado ≥ RDA Possivelmente adequado ≥ AI Possivelmente adequado < AI Possivelmente adequado ≥ UL Possivelmente nociva < UL Possivelmente segura Análise qualitativa da proteína: NDPCal e relação caloria por grama de nitrogênio . A análise qualitativa da proteína do cardápio pode ser mensurada por meio do cálculo de NDPCal% - Net Dietary Protein Calorie Percent , ou seja, porcentagem de calorias fornecidas pela proteína líquida em relação ao valor calórico total (FREIBERG; NUZZO.; FERREIRA, 2008). . Inicialmente, calcula-se o NPCal (Net Dietary Protein Calorie – quantidade de calorias fornecidas pela proteína líquida do cardápio) pelo cálculo do NPU )Net Protein Utilization – utilização protéica líquida). 28/02/2014 12 Para se obter o NPU, deve-se multiplicar o valor protéico (proteína bruta – PB) de cada substância alimentar que compõe o cardápio pela taxa de utilização protéica, que são as seguintes: Taxa de utilização protéica ou PD% (Protein Digestibility Percentage): . Proteína de cereais e outros vegetais = 50% ou 0,5 . Proteínas de leguminosas secas= 60% ou 0,6 . Proteínas de origem animal = 70% ou 0,7 � Cálculo para obtenção da protéina líquida (ou NPU) NPU = Proteína bruta x Taxa de utilização protéica (ou PD%) Uma vez calculada a NPU de dada substância alimentar, efetua-se a sua soma, que será multiplicada por 4 a fim de ser apurado o NPCal. � Cálculo para a obtenção do NPCal NPDCal = Total de proteína líquida (NPU) g x 4 kcal 28/02/2014 13 A finalização do cálculo será por meio da relação do NPCal com o Valor Calórico Total. � Cálculo para obtenção do NDPCal % NDPCal% = NPCal x 100 / VET Ou VET ------------ 100% NPCal --------- x Segundo a OMS (WHO,2003) o NDPCal% mínimo de uma dieta deve ser igual a 6%, se a porcentagem for superior a 10%, é considerado desperdício de proteína de alto valor biológico.
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