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Introdução ao Desenho Técnico de Aeronaves SEST – Serviço Social do Transporte SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte ead.sestsenat.org.br CDU 629.73 102 p. :il. – (EaD) Curso on-line – Introdução ao Desenho Técnico de Aeronaves – Brasília: SEST/SENAT, 2016. 1. Aeronave - desenho técnico. 2. Aeronave - engenharia. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. 3 Sumário Apresentação 8 Unidade 1 | Computação Gráfica 10 Glossário 12 Atividades 13 Referências 14 Unidade 2 | Desenho Técnico de Aeronaves 15 1 Breve Histórico 16 2 Normatização em Desenho Técnico (Normas da ABNT) 17 3 Cuidados no Uso do Desenho Técnico 18 Glossário 20 Atividades 21 Referências 22 Unidade 3 | Leitura e Interpretação de Desenho Técnico 23 1 Etapas de Execução do Desenho Técnico 24 2 Desenhos Técnicos Projetivos e Não Projetivos 25 Glossário 26 Atividades 27 Referências 28 Unidade 4 | Tipos de Desenhos - - ABNT NBR 10647 29 1 Desenhos de trabalho 30 1.1 Desenho de Detalhes 31 1.2 Desenho de Conjuntos 31 1.3 Desenho de Montagem 32 2 Desenhos de Ilustração 32 3 Desenhos Relacionais 33 4 4 Gráficos 34 Glossário 35 Atividades 36 Referências 37 Unidade 5 | Ilustração de Desenhos Seccionais - ABNT NBR 12298 E 10067 38 1 Definições 39 2 Tipos de Cortes (Secção) 39 2.1 Secção Total 40 2.2 Secção Composta 40 2.3 Meia Secção 41 2.4 Secção Parcial 41 2.5 Secção Rebatida 42 2.6 Secção Removida 42 Glossário 43 Atividades 44 Referências 45 Unidade 6 | Blocos de Títulos - ABNT NBR 10582 47 1 Números de Desenhos ou de Plantas 47 2 Referências e Traços Numéricos 48 3 Sistema de Numeração Universal 49 Atividades 50 Referências 51 Unidade 7 | Informações adicionadas aos desenhos - ABNT NBR 8196, 6158 e 6409 52 1 Lista de Material 53 2 Bloco de Revisão 54 3 Notas 54 5 4 Zoneamento 54 5 Números de Estação e Localização de Identificação em Aeronaves 55 6 Tolerâncias 56 7 Marcas de Acabamento 56 8 Escala 56 Glossário 59 Atividades 60 Referências 61 Unidade 8 | Métodos de Ilustração 62 1 Geometria Descritiva 63 2 Desenhos de Projeção Ortográfica 63 3 Visão Detalhada 65 4 Desenhos Pictoriais 66 5 Visão Explodida dos Desenhos 66 6 Diagramas 66 6.1 Diagramas de Instalação 67 6.2 Diagramas Esquemáticos 67 6.3 Diagramas de Blocos 68 6.4 Diagramas de Fiação 69 Glossário 70 Atividades 71 Referências 72 Unidade 9 | Linhas e Seus Significados - ABNT NBR 8403 73 1 Largura das Linhas 74 2 Linhas de Centro 75 3 Linhas de Dimensão 75 6 4 Linhas de Extensão 76 5 Linhas de Hachura (Corte Longo) 76 6 Linhas de Ruptura (Corte Longo) 76 7 Linhas Fantasmas 76 8 Linhas Líderes 77 9 Linhas Ocultas 77 10 Esboço ou Linhas Visíveis 77 11 Linhas Ponteadas 77 12 Linhas Plano de Corte e Plano de Vista 77 Glossário 78 Atividades 79 Referências 80 Unidade 10 | Símbolos de Desenho - ABNT NBR 5444 e 5984 81 1 Símbolos de Material 82 2 Símbolos de Forma 83 3 Símbolos Elétricos 83 Glossário 86 Atividades 87 Referências 88 Unidade 11 | Esboços de Desenhos 89 1 Técnicas de Esboço 90 2 Formas Básicas 91 3 Esboço para Reparo 91 Glossário 92 Atividades 93 Referências 94 7 Unidade 12 | Microfilmes e Microfichas 95 Glossário 99 Atividades 100 Referências 101 Gabarito 102 8 Apresentação Prezado(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) ao curso Introdução ao Desenho Técnico de Aeronaves! Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e ajudar na compreensão do conteúdo. O curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 12 unidades, conforme a tabela a seguir. Unidades Carga Horária Unidade 1 | Computação Gráfica 30 min. Unidade 2 | Desenho Técnico de Aeronaves 1 h Unidade 3 | Leitura e Interpretação de Desenho Técnico 30 min. Unidade 4 | Tipos de Desenhos - ABNT NBR 10647 1 h Unidade 5 | Ilustração de Desenhos Seccionais - ABNT NBR 12298 e 10067 1 h Unidade 6 | Blocos de Títulos - ABNT NBR 10582 30 min. Unidade 7 | Informações adicionadas aos desenhos – ABNT NBR 8196, 6158 e 6409 1 h Unidade 8 | Métodos de Ilustração - ABNT NBR 10647 2 h Unidade 9 | Linhas e Seus Significados - ABNT NBR 8403 1 h Unidade 10 | Símbolos Grpaficos de Desenho - ABNT NBR 544 e 5984 30 min. Unidade 11 | Esboços de Desenhos 30 min. Unidade 12 | Microfilmes e Microfichas 30 min. 9 Fique atento! Para concluir o curso, você precisa: a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas “Aulas Interativas”; b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; c) responder à “Avaliação de Reação”; e d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado. Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat. org.br. Bons estudos! 10 UNIDADE 1 | COMPUTAÇÃO GRÁFICA 11 Unidade 1 | Computação Gráfica A ISO define a computação gráfica como o conjunto de métodos e técnicas utilizado para converter dados para um dispositivo gráfico, via computador. A partir desta definição, é possível considerar que duas áreas possuem estreita relação com a computação gráfica: o processamento de imagens e a análise de imagens. A primeira abrange técnicas de transformação de imagens, visando melhorar características, como por exemplo, cor, contraste e foco. A segunda busca isolar e identificar os componentes de uma imagem a partir de sua representação visual. O desenvolvimento da computação gráfica ocorreu a partir dos anos 1970, em função da queda dos preços dos computadores pessoais e da disponibilização de aplicativos prontos e integrados (editores de texto, planilhas, processadores de imagens, editores gráficos, etc.). A tecnologia computadorizada CAD, do inglês Computer Aided Design, que significa Desenho Assistido por Computador, é um dos exemplos mais representativos do avanço tecnológico no campo da computação gráfica, com foco no desenho de um produto. LEÃO (2015, p. 1) explica: O CAD pode facilitar o processo de manufatura, transferindo diagramas detalhados dos materiais utilizados nos produtos, processos, tolerâncias e dimensionamentos. Isso pode ser usado tanto para produção do 2D e 3D, possibilitando a rotação em qualquer ângulo para todas as vistas, quanto para a vista de dentro para fora. Com o CAD, a criação e a alteração de desenhos ficaram muito facilitadas. Além disso, o CAD tem a capacidade de fazer simulações por meio de fórmulas matemáticas e algoritmos complexos. De forma integrada ao CAD, podem ser utilizadas outras tecnologias, como por exemplo: • Computer Aided Manufacturing (CAM), Fabricação Assistida por Computador, programas utilizados para fabricação das peças desenhadas em CAD; • Computer Aided Engineering (CAE), Engenharia Auxiliada por Computador, sistema para cálculos de engenharia em projetos elaborados via CAD; • Computer Aided Design and Drafting (CADD), Projeto de Desenho Assistido por Computador, sistemas CAD com recursos de desenho adicionais que permitem a inserção de anotações e outras notas em um projeto. 12 É importante destacar que o CAM fornece instruções detalhadas para concluir a fabricação do produto, trazendo agilidade ao processo. Além disso, com a tecnologia CAD/CAM (integração das técnicas CAD e CAM num sistema), é possívelprojetar um componente qualquer na tela do computador e transmitir suas informações a uma máquina controlada numericamente (CNC). Os sistemas assistidos por computador, utilizados para projetos e desenhos técnicos, trouxeram uma série de benefícios aos profissionais e às empresas: redução do tempo de trabalho e dos custos, agilidade no retrabalho, aumento de produtividade e da qualidade dos projetos, melhoria nas comunicações. Resumindo Esta unidade apresentou o conceito de computação gráfica, conforme a ISO, e mostrou como sua evolução foi importante para ampliar a qualidade dos projetos e desenhos técnicos de peças e produtos. Atualmente, o uso de modernos sistemas assistidos por computador, como o CAD, facilita, sobremaneira, a criação e a alteração de desenhos técnicos e de projetos. De forma integrada ao CAD, outras tecnologias, como CAM, CAE e CADD, trazem uma série de benefícios aos profissionais e às empresas que atuam na área. Glossário 2D – Bidimensional: objeto que possui dois ângulos (vertical e horizontal), impossibilitando a visão de profundidade. 3D – Tridimensional: objeto que possui três ângulos (vertical, horizontal e diagonal), proporcionando a visão de profundidade. Aplicativo: programa de computador concebido para processar dados eletronicamente, facilitando e reduzindo o tempo de execução de uma tarefa pelo usuário. 13 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. A ISO define a computação gráfica como o conjunto de métodos e técnicas utilizado para converter dados para um dispositivo gráfico, via computador. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Os sistemas assistidos por computador, utilizados para projetos e desenhos técnicos, trouxeram uma série de benefícios aos profissionais e às empresas. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 14 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 15 UNIDADE 2 | DESENHO TÉCNICO DE AERONAVES 16 Unidade 2 | Desenho Técnico de Aeronaves O desenho técnico de aeronaves é um ramo especializado do desenho de expressões gráficas, cuja finalidade é representar a forma, a dimensão e a posição de peças de acordo com as diferentes necessidades. 1 Breve Histórico Desde os anos 1800, o desenho técnico é, geralmente, feito por meio do traçado do desenho sobre uma folha de papel tratada quimicamente. Após o desenho, a folha é exposta a uma forte luz durante um período de tempo. Quando o papel é revelado, é possível perceber que onde houve incidência dessa luz, o traçado transparente fica azul. Já as linhas que não a receberam ficam brancas sobre um fundo azul. Esse tipo de suporte utilizado no desenho técnico é denominado blueprint. No início, o método químico utilizado era o cianotipo e, como suporte para impressão, o linho. Hoje, no entanto, o material mais apropriado para a revelação dos blueprints é o poliéster e o método químico é o diazotipo. Outros tipos de papel sensibilizado foram desenvolvidos com esta finalidade, para que desenhos, criados com o uso de computadores, possam ser vistos exatamente como aparecem no monitor. Desenhos maiores podem ser impressos com o uso de um plotter ou de uma impressora de grande formato. Uma print é a impressão do desenho de trabalho. É possível imprimir uma peça ou um grupo de peças, um projeto de sistema ou um grupo de sistemas. Figura 1: Blueprint moderno do antigo modelo de avião dos irmãos Wright 17 2 Normatização em Desenho Técnico (Normas da ABNT) Para que uma ideia apresentasse uma linguagem gráfica, realmente funcional, foi necessário padronizar procedimentos de representação gráfica. Tais procedimentos foram gradualmente concebidos e determinados por normas técnicas, hoje reconhecidas internacionalmente. Assim, a linguagem técnica, própria e autêntica, obedece a regras e normas estabelecidas, a fim de transmitir as ideias do desenhista com exatidão. Por isso, é imprescindível que, tanto os desenhistas quanto os profissionais que analisam o desenho, conheçam as normas do desenho técnico. Afinal, os desenhos e as gravuras são o elo entre os engenheiros que projetam uma aeronave e os que trabalham em sua construção, sua manutenção e seus reparos. No Brasil, as normas técnicas que regulam os procedimentos, a denominação, a classificação e as formas gráficas do desenho técnico são editadas pela ABNT. O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) as registra como normas brasileiras (NBR), que devem estar em consonância às normas internacionais aprovadas pela ISO. Isso permite que os desenhos técnicos da aviação elaborados no Brasil, tenham igual interpretação em outros países que seguem a padronização internacional. Figura 2: Impressora de grande formato 18 Cada norma da ABNT trata especificamente de um assunto, como por exemplo: • NBR 10647 – desenho técnico – norma geral; • NBR 8402 – execução de caracteres; • NBR 10068 – folha de desenho lay-out e dimensões; • NBR10067 – princípios gerais de representação em desenho técnico; • NBR 12298 – representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico; • NBR 10126 – cotagem em desenho técnico; • NBR 6158 – sistema de tolerâncias e ajustes; • NBR 8993 – representação convencional de partes roscadas em desenho técnico. Muitas normas da ABNT estão vinculadas à execução de alguma especificidade ou tipo de desenho técnico. Algumas normas regulam a elaboração de desenhos, com a finalidade de considerar determinada modalidade de engenharia. 3 Cuidados no Uso do Desenho Técnico Os desenhos técnicos são caros, valiosos e têm necessidade de um manuseio especial. Ainda que, na atualidade, se faça o uso da computação gráfica, os desenhos impressos mantêm sua importância por diversos motivos como a portabilidade, a prova documental e a possibilidade de visualização em grupo. Para que tenham longa durabilidade, os desenhos devem ser abertos cuidadosamente, a fim de que não amassem ou rasguem. Uma vez abertos, suas linhas de dobragem devem ser apenas suavizadas, nunca dobradas para trás. Os desenhos devem ser manuseados em um local limpo e adequado, pois se forem espalhados pelo chão podem ser danificados. 19 Além disso, o manuseio de um desenho requer a lavagem das mãos para evitar manchas de óleo, graxa ou outro material que possa sujar a impressão. Anotações e marcas não devem ser feitas, pois podem confundir aqueles que utilizarão o desenho em outras ocasiões. Somente pessoas autorizadas têm permissão para fazer anotações ou mudanças nas impressões. O responsável pela alteração deve assinar e datar a impressãodo desenho. Ao término do uso, as impressões do desenho devem ser dobradas, exatamente nas linhas de dobragem para que não alterem de tamanho, e arquivadas sem alterações em seu local de origem. As impressões têm custo elevado e grande importância para o trabalho dos técnicos em manutenção. Portanto, todos os cuidados de manuseio devem ser considerados. Resumindo Esta unidade esclareceu que o desenho técnico remonta a séculos e, embora tenha passado por transformações, promovidas pelo avanço da tecnologia, mantém o seu principal propósito: transmitir as ideias exatas do projetista. Assim, tanto para desenhar quanto para compreender desenhos técnicos, é necessário conhecer as normas técnicas, que seguem padrões internacionais. Também foram descritos os principais cuidados para o manuseio dos desenhos técnicos, demonstrando a importância de conservá-los e de mantê-los em perfeito estado para consultas posteriores. 20 Glossário Blueprint: termo em inglês que se refere à cópia heliográfica; planta, projeto, plano. Caracteres: nome dado a cada um dos símbolos usados para produzir um programa de computador, bem como textos e imagens apresentados na tela, quando executado um programa em modo texto. Cianotipo: processo de impressão fotográfica, descoberto em 1842, pelo cientista inglês e astrônomo Sir John Herschel, que produz uma imagem em ciano. Por ser simples e de baixo custo, o processo foi utilizado até o século XX por engenheiros, para produzir cópias de projetos, conhecidas como blueprints. O processo utilizava dois produtos químicos: citrato de amônio e ferro e ferricianeto de potássio. Cotagem: avaliação ou fixação de preço ou valor. Diazotipo: fotografia ou fotocópia, feitas sobre uma superfície, por meio de revestimento com uma solução que contém um diazocomposto, que se decompõe ao ser exposto à luz. As partes não expostas à luz são convertidas em uma imagem colorida, formada por um diazocorante por revelação, especialmente com uma solução alcalina ou com amônia gasosa. Hachura: cada um dos traços equidistantes, paralelos, que em um desenho ou em uma gravura, representam o sombreado e as meias-tintas; relevo em cartas topográficas. Lay-out: também grafado leiaute em português. Esboço ou espelho especificando fonte e corpo dos caracteres utilizados, diagramação, cores e formato de qualquer obra a ser produzida. Plotter: impressora destinada a imprimir desenhos em grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como, por exemplo, mapas cartográficos, projetos de engenharia e grafismo. Atualmente, permite a impressão de imagens em grande formato com qualidade fotográfica, chegando a 3560 dpi de resolução. Roscadas: providas de roscas; em que se fizeram roscas. 21 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Os desenhos e as gravuras são o elo entre os engenheiros que projetam uma aeronave e os que trabalham em sua construção, sua manutenção e seus reparos. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Na atualidade, graças ao uso da computação gráfica, os desenhos impressos perderam sua importância. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 22 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 23 UNIDADE 3 | LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DESENHO TÉCNICO 24 Unidade 3 | Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Para realizar o trabalho com qualidade e produtividade, o técnico de manutenção de aeronaves deve estar apto a ler e interpretar um desenho técnico. Deve ser capaz de fazer um esboço cotado. Logo, deve ter noções sobre desenho projetivo, representações convencionais e dimensionamento. 1 Etapas de Execução do Desenho Técnico O desenho é uma forma de representar ideias. Palavras e gestos não são suficientes para expressar um pensamento referente a determinado objeto e o desenho é a melhor maneira para representá-lo. Desde os tempos mais remotos, as pessoas utilizavam o desenho para registrar tudo aquilo que viam ao seu redor. Com o passar dos anos, os desenhos foram aperfeiçoados subdividindo-se em dois grupos principais: o desenho artístico e o desenho técnico. O desenho artístico transmite ideias e pensamentos de acordo com a sensibilidade do artista. Ele tem liberdade para criar e seu desenho pode suscitar diferentes interpretações. O desenho técnico, ao contrário, exige precisão, exatidão e padronização. As características de uma peça, por exemplo, devem ser interpretadas da mesma maneira por todos aqueles que utilizam o desenho. Por isso, a importância de o desenhista obedecer aos padrões determinados nas normas técnicas. Nos desenhos técnicos, as representações são feitas por traços, símbolos, números e indicações escritas, em conformidade às normas. O engenheiro ou projetista é o profissional que projeta uma peça. O primeiro passo é pensar sobre todos os aspectos que envolvem. Na sequência, fazer o esboço da peça, desenhando-a a mão livre. Esta etapa será a base para o passo seguinte, o desenho preliminar, onde o projeto é revisado e, se for o caso, alterado. Após a correção de todos os detalhes e aprovação do projeto, a solução final é executada pelo desenhista 25 técnico. O desenho técnico (ou para execução) contém todos os elementos necessários para a perfeita compreensão do desenhista. Elaborado na prancheta ou no computador, o desenho deve obedecer às normas técnicas. Além das normas técnicas, para ler e interpretar um desenho técnico, os profissionais devem, ainda, conhecer os princípios de representação da geometria descritiva, também denominada geometria mongeana - ramo da geometria que visa a representar objetos de três dimensões em um plano bidimensional e a determinar, a partir das projeções, as distâncias, os ângulos, as áreas e os volumes em suas verdadeiras grandezas. 2 Desenhos Técnicos Projetivos e Não Projetivos O desenho técnico se divide em dois grupos: desenho projetivo e desenho não projetivo. O desenho projetivo é proveniente da projeção do objeto em um ou mais planos, correspondendo às vistas ortográficas e às perspectivas. O desenho não projetivo é originado dos cálculos geométricos, como gráficos, diagramas, fluxogramas, etc. A representação exata de uma peça pode ser bastante confusa. A simplificação dos traços, utilizada com bom senso, pode elucidar o desenho da peça e torná-lo mais ilustrativo. A aplicação deste processo chama-se representação convencional. A característica geométrica de uma peça deve ser definida por dimensionamento, apresentando valores de comprimento, tamanho, ângulos e demais detalhes que compõem sua forma espacial. O desenho técnico está baseado nos princípios de projeção ortográfica,estabelecidos pelo matemático francês Gaspar Monge, considerado o pai da geometria descritiva. Antes dele, os métodos de representação gráfica não conseguiam transmitir a ideia completa das formas dos objetos. Monge criou um Figura 3: Representação de um objeto de acordo com os princípios da geometria descritiva 26 método que permitiu representar, com total precisão, as três dimensões dos objetos. E o mais importante é que a representação foi feita numa superfície plana, com apenas duas dimensões: a folha de papel. De acordo com a geometria descritiva, a representação da Figura 3, feita numa superfície plana, é chamada de método mongeano. Resumindo Esta unidade expôs o desenho como forma de representação das ideias, presente na atividade humana desde os tempos mais remotos. A diferença entre desenho artístico e desenho técnico foi esclarecida, reforçando que o segundo deve obedecer às normas de padronização. As etapas de elaboração do desenho técnico foram apresentadas, assim como os conceitos de desenho técnico projetivo e não projetivo. Ressaltou- se que, para ler e interpretar um desenho técnico, o profissional precisa conhecer as normas técnica e ter noções de geometria descritiva. Glossário Esboço cotado: esboço feito à mão livre no qual, além da representação da forma, estão contidas todas as dimensões do objeto. 27 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O desenho projetivo é originado dos cálculos geométricos, como gráficos, diagramas, fluxogramas. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. O desenho técnico exige precisão, exatidão e padronização. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 28 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 29 UNIDADE 4 | TIPOS DE DESENHOS – ABNT NBR 10647 30 Unidade 4 | Tipos de Desenhos - ABNT NBR 10647 Conforme mencionado anteriormente, os desenhos técnicos são divididos em dois grandes grupos: desenho projetivo e desenho não projetivo. Em cada grupo, há diferentes tipos de desenho. Aqueles que se destacam na área de manutenção de aeronaves são: os desenhos de trabalho, os desenhos de ilustração, os desenhos relacionais e os gráficos. 1 Desenhos de trabalho O desenho de trabalho deve conter todas as informações necessárias sobre dimensões, especificações, montagens, materiais, acabamentos ou qualquer outra essencial para a fiel confecção de um simples objeto ou, até mesmo, de uma aeronave. As plantas, por exemplo, são documentos fundamentais à confecção total ou parcial de uma aeronave e integram a atuação dos seus projetistas (engenheiros, técnicos e/ou desenhistas) aos seus usuários (mecânicos e pilotos), demonstrando os vários passos para a sua construção. Os desenhos de trabalho se dividem em três subgrupos: desenho de detalhes, desenho de conjuntos e desenho de montagem. Figura 4: Detalhes do transmissor localizador de emergência, em inglês, emergency locator transmitter (ELT) 31 1.1 Desenho de Detalhes O desenho de detalhes consiste na representação gráfica de cada peça ou elemento do conjunto de modo isolado, fornecendo a descrição exata da forma, das dimensões e das características específicas de cada um dos componentes de conjuntos. A representação de detalhes dificilmente é vista num desenho completo da peça. É necessário ter uma riqueza de detalhes na mesma planta de peças pequenas que, geralmente, são desenhadas em uma escala maior do que a do conjunto que a originou. 1.2 Desenho de Conjuntos A representação gráfica da máquina, do equipamento ou da estrutura (montada ou não), descrevendo a posição relativa de cada um dos componentes no conjunto, é chamada de desenho de conjuntos. Neste subtipo de desenho não há preocupação com as informações de funcionamento, tampouco com a forma de conexões ou as interações entre os componentes (muito embora seja um desenho complexo, pois contém o detalhamento de várias partes do referido conjunto). Figura 5: Desenho de conjunto 32 1.3 Desenho de Montagem Este subtipo inclui todas as informações necessárias para a montagem das peças em sua posição final na aeronave, mostrando a medida necessária para a localização de peças específicas, com relação às demais peças e dimensões de referências. Geralmente, segue uma forma crescente e metódica de apresentação, caracterizada por um número ou letras consecutivas. 2 Desenhos de Ilustração Os desenhos de ilustração são indicados para ilustrar uma determinada peça ou conjunto relacionados ao acabamento (feito por máquinas como retífica, fresa, etc.). É importante salientar que os limites e tolerâncias devem ser respeitados durante o acabamento. Figura 6: Desenho de montagem 33 Neste tipo de desenho técnico não é necessário levar em conta as dimensões ou as informações acerca do elemento ou conjunto. Ele simplesmente ilustra o objeto ou conjunto em questão, de forma mais aprimorada e bem acabada, dando a ideia de como será sua aparência ao término do trabalho. 3 Desenhos Relacionais Os desenhos relacionais não consideram dimensões, comprimento, largura ou altura das peças, mas expressam a função ou relação entre os diversos componentes de um conjunto. Figura 7 - Desenho de ilustração de um inversor estático Figura 8: Desenho relacional de uma aeronave turboélice 34 4 Gráficos Os gráficos são representações utilizadas para relacionar duas ou mais variações, informadas de uma forma direta e, na maioria das vezes, acompanhadas por legenda. Há os seguintes tipos de gráficos: barra, pizza e dispersão. Figura 9: Gráfico de manutenção do trem principal 737-600/700/800 35 Resumindo Nesta unidade foram apresentados os desenhos de manutenção de aeronaves que dão informações essenciais à manufatura e à montagem de peças, em particular. Os desenhos de trabalho informam diversas características das peças, como o tamanho, o formato, as especificações e os detalhes da peça. Características relacionadas aos desenhos de ilustração, aos desenhos relacionais e aos gráficos também foram explicitadas. Glossário Dispersão: separação (de pessoas ou coisas) por diferentes lugares ou direções. Os diagramas de dispersão ou gráficos de dispersão são representações de duas ou mais variáveis que são organizadas em um gráfico, uma em função da outra. Esboço cotado: esboço feito à mão livre no qual, além da representação da forma, estão contidas todas as dimensões do objeto. Fresa: peça de engrenagem usada para desbastar ou cortar metais. Consiste em um cortador de diversos gumes girando em movimento contínuo. Metódica: que possuimétodo. 36 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Os tipos de desenhos que se destacam na área de manutenção de aeronaves são: os desenhos de trabalho, os desenhos de ilustração, os desenhos relacionais e os gráficos. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Os desenhos de montagem são indicados para ilustrar uma determinada peça ou conjunto relacionados ao acabamento. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 37 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 38 UNIDADE 5 | ILUSTRAÇÃO DE DESENHOS SECCIONAIS - ABNT NBR 12298 E 10067 39 Unidade 5 | Ilustração de Desenhos Seccionais - ABNT NBR 12298 E 10067 Seccionar é dividir, cortar, repartir, separar em partes uma peça ou um grupo dela. O corte é o recurso gráfico usado por diversas áreas de ensino para uma melhor compreensão do interior de objetos, na sua composição ou forma, sendo feito de uma maneira imaginária. 1 Definições Para o melhor entendimento sobre os tipos de cortes em desenhos, é importante que algumas definições sejam explicitadas. Eixo longitudinal é a linha de referência que vai do nariz à cauda do avião, ou vice-versa; é a reta paralela ao seu comprimento. Eixo transversal é a linha de referência paralela à largura ou à espessura. Plano transversal é aquele que define um corte no sentido da largura ou da espessura. O plano longitudinal vertical define um corte vertical no sentido do comprimento e, o longitudinal horizontal, um corte horizontal no sentido do comprimento. Cortes são executados por planos, pois as peças são definidas como sólidos geométricos. Em representações ortográficas são definidas por linhas de corte. As vistas de cortes ou vistas auxiliares são as visualizações produzidas a partir de cortes. A Figura 10 mostra a linha de corte, que é o traço, seguido de ponto e linha estreita, com linha larga nas extremidades e nas mudanças de direção. A indicação Vista de Corte é a seta indicando o sentido de visualização da peça. 40 2 Tipos de Cortes (Secção) São diversos os tipos de cortes, porém os mais usuais são: secção total, secção total variada, secção composta, meia secção, secção parcial, secção rebatida e secção removida. 2.1 Secção Total Dá-se o nome de secção total ao corte que atinge toda a extensão da peça, atravessando o plano de corte de toda a peça. 2.2 Secção Composta A secção composta é a aplicação de uma mesma secção total, mas realizada por diversos planos diferentes. Figura 11: Secção composta Figura 10: Secção total 41 2.3 Meia Secção O plano de corte é feito somente quando o objeto é seccionado ao meio e a metade da peça fica como vista exterior. As meias secções são usadas em objetos simétricos, mostrando as partes interna e externa. 2.4 Secção Parcial Em algumas peças, os elementos internos a serem analisados estão concentrados em partes determinadas, sendo necessário realizar a secção parcial com o auxílio de linhas de ruptura. Figura 12: Meia secção Figura 13: Secção parcial 42 2.5 Secção Rebatida Uma secção rebatida é desenhada diretamente na vista exterior, mostrando o formato do perfil transversal de uma peça, tal qual uma fatia de laranja. 2.6 Secção Removida A secção removida mostra particularidades da peça, sendo desenhada como as secções rebatidas, menos as que estão colocadas de um lado com destaque de detalhes pertinentes e são, frequentemente, desenhadas numa escala maior, que é especificada no desenho. Figura 14: Secção rebatida Figura 15: Secção removida 43 Resumindo Esta unidade apresentou definições que permitiram a identificação dos diferentes tipos de cortes nos desenhos técnicos. Modelos mais simples foram utilizados para demonstrar os planos referentes aos cortes de uma peça, com a finalidade de possibilitar melhor esclarecimento. As vistas seccionais permitem ao leitor o detalhamento das partes ocas de uma peça. Dessa forma é possível identificar o tipo de material com o qual é feito a peça. Facilita-se, ainda, a cotagem, ou seja, a especificação das dimensões e tolerâncias da peça, por meio das vistas seccionais. Glossário Plano de corte: marco zero do desenho. É a superfície imaginária a partir da qual se construirá o desenho. Ruptura: interrupção de continuidade; divisão, corte. Simétrico: que tem relação de paridade com respeito à altura, à largura e ao comprimento das partes necessárias para compor um todo. 44 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Uma secção rebatida é desenhada diretamente na vista exterior, mostrando o formato do perfil transversal de uma peça, tal qual uma fatia de laranja. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Eixo longitudinal é a linha de referência que vai do nariz à cauda do avião, ou vice-versa; é a reta paralela ao seu comprimento. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 45 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 46 UNIDADE 6 | BLOCOS DE TÍTULOS - ABNT NBR 10582 47 Unidade 6 | Blocos de Títulos - ABNT NBR 10582 Um bloco de título é um quadro que contém todas as informações a respeito do desenho, dos primeiros rascunhos aos desenhos finais. Em cada folha que passa por um profissional há, pelo menos, um bloco de título. As informações contidas nestes blocos são geralmente diferentes para cada desenho, mas têm especificações definidas pela ABNT. A Norma ABNT NBR 10582 determina as condições de localização e disposição dos espaços para o desenho, o texto, os blocos e respectivos conteúdos, cujas especificaçõestécnicas estão detalhadas na Norma ABNT NBR 10068. 1 Números de Desenhos ou de Plantas As plantas são sempre identificadas por um número que, normalmente aparece no canto inferior direito do bloco de título, mas também pode aparecer em outros lugares, como no canto superior direito ou no verso da planta. Quando a planta está dobrada ou enrolada, o número aparece em ambas as extremidades. A numeração existe para que a planta possa ser localizada com agilidade. Uma planta composta, que possui mais de uma folha, recebe a mesma numeração em todas as folhas. Esta informação é incluída no bloco de números, que indica o número da página e o número total de páginas. Figura 16: Exemplos A e B referentes a blocos de título 48 2 Referências e Traços Numéricos O campo Título pode conter números de referência, indicando outras plantas complementares. As extensões são usadas quando mais de um detalhe é mostrado no desenho de uma peça. Assim, as peças recebem o mesmo número do desenho, acrescentado por um número individual, como por exemplo, 60600-1 e 60600-2. Estes números de extensão podem aparecer também no rosto da folha de desenho, próximo às peças que o identificam. Extensões são, igualmente, utilizadas para diferenciar peças direitas e esquerdas. Isso ocorre porque, nas aeronaves, muitas peças do lado esquerdo podem ser semelhantes às do lado direito, porém em posições invertidas. As peças do lado esquerdo são sempre mostradas no desenho, enquanto que as peças direitas são identificadas no campo Título. Acima deste campo, há uma anotação, como por exemplo: 40103-31 BRAKE LINE ASSY – LH, mostrada no desenho; 40103-32 BRAKE LINE ASSY – RH, oposta à mostrada na Figura 17. As letras LH e RH referem-se aos termos em inglês left hand e right hand, que significam mão esquerda e mão direita. Estas partes têm o mesmo número, mas a peça citada é classificada pelo número de referência. Algumas plantas têm números ímpares para peças esquerdas e números pares para peças direitas. Figura 17: Conjunto do trem de pouso de aeronave de acrobacias 49 3 Sistema de Numeração Universal O sistema de numeração universal proporciona um meio de identificar tamanhos padrão de desenho. No sistema de numeração universal, cada número de desenho consiste de seis ou sete dígitos. O número que descreve o tamanho do desenho padrão pode ser prefixado ao número. Outros sistemas de numeração fornecem um campo separado que precede o número de desenho para o identificador de tamanho do mesmo. Em outra modificação deste sistema, o número de peça part number, (PN) do conjunto representado é atribuído como o número do desenho. Resumindo Esta unidade trouxe diversas informações relacionadas à função dos blocos de título e do sistema de numeração universal, ao significado das abreviaturas RH e LH, indicadas nos desenhos, e às posições referenciadas nas peças de uma aeronave, que informam o lado correto para que sejam feitas a modificação ou a instalação da peça no local indicado. Tratou-se, ainda, da maneira como são feitas as numerações dos desenhos, em vista do sistema de numeração universal, que confere uma padronização a essas numerações, facilitando, assim, a identificação dos desenhos por parte dos profissionais que os manuseiam. 50 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Um bloco de título é um quadro que contém todas as informações a respeito do desenho, dos primeiros rascunhos aos desenhos finais. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. O sistema de numeração universal proporciona um meio de identificar tamanhos padrão de desenho. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 51 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 52 UNIDADE 7 | INFORMAÇÕES ADICIONADAS AOS DESENHOS – ABNT NBR 8196, 6158 E 6409 53 Unidade 7 | Informações adicionadas aos desenhos – ABNT NBR 8196, 6158 e 6409 Além dos blocos de títulos, apresentados no capítulo anterior, existem outras informações sobre as peças de uma aeronave que devem ser exibidas em um desenho técnico. Isso porque, é a partir destas informações que o mecânico de aeronaves pode identificar as peças e manuseá-las corretamente. Nas NBR 8196, 6158, 8196 e 6409 são encontradas referências normativas relacionadas às informações constantes em desenhos técnicos. 1 Lista de Material No desenho é comum encontrar uma lista de peças e de materiais necessários à fabricação ou à montagem de um componente ou de um sistema. Esta lista, normalmente, é disposta em colunas, nas quais estão listados os nomes das peças e dos materiais que devem ser usados na construção, a quantidade de material necessária e a origem da peça ou do material. Caso não haja lista de material, todas as informações devem ser observadas diretamente no desenho. Tabela 1: Exemplo de lista de material LISTA DE MATERIAL Item Nº da peça Quantidade necessária Recurso Conector UG-2I D/U 2 Estoque 54 2 Bloco de Revisão O bloco de revisão é utilizado para registrar correções, alterações e/ou acréscimos realizados no desenho, após sua primeira aprovação. O uso do bloco é indispensável, sobretudo quando ocorrem mudanças nas dimensões, nos modelos ou nos materiais. Colunas contíguas registram estas mudanças. Um bloco de título ou até mesmo a anotação em um canto do desenho, também podem desempenhar esta função. O importante é que todas as plantas, relacionadas a um mesmo desenho, recebam as anotações de cada mudança aprovada. 3 Notas As notas devem ser usadas apenas quando seu conteúdo não pode ser transmitido da maneira convencional ou para evitar que o desenho contenha excesso de informações. Elas podem ser adicionadas aos desenhos por diversas razões, como por exemplo, para fazer referência aos métodos de construção ou para sugerir um uso alternativo do objeto desenhado. As notas são dispostas ao lado do item ao qual se referem. Se forem muito extensas, podem ser posicionadas em outro local, desde que identificadas por uma letra ou um número. Caso refiram-se a uma peça específica, uma seta deve ser traçada da nota à peça, relacionando-as. Se fizer referência a mais de uma peça, a nota deve explicitar, com clareza, quais são estas peças. Quando há muitas notas, deve-se mantê-las juntas e numeradas na sequência. 4 Zoneamento Em desenho, o zoneamento baseia-se nas letras e nos números impressos nas bordas de um mapa e serve para auxiliar o profissional a localizar um determinado ponto. O mesmo método é utilizado para localizar partes, seções e vistas em desenhos grandes, conforme mostra a Figura 18, e especialmente em desenhos de conjuntos. 55 5 Números de Estaçãoe Localização de Identificação em Aeronaves Um sistema de numeração é usado em grandes conjuntos da aeronave, com o intuito de localizar estações como, as cavernas da fuselagem, por exemplo. Na Figura 19, a estação da fuselagem 727J (Fuselage Frame – STA 727J) indica que a caverna está a 727 polegadas do ponto de referência da aeronave (a letra J é apenas uma subdivisão da estação 727 e não deve ser considerada para os efeitos deste exemplo). Figura 18: Zoneamento 56 6 Tolerâncias Uma dimensão, apresentada em uma planta, pode mostrar uma variação permitida. Neste caso, o sinal positivo (+) indica a máxima e o sinal negativo (-) indica a mínima variação permitida. A soma destes sinais é a tolerância. A tolerância pode ser apontada em frações ou em decimais. Quando há necessidade de indicar dimensões muito precisas, são usados os decimais. Caso contrário, tolerâncias em fração são suficientes. Tolerâncias padrão de - 010 ou -1/32 podem ser apontadas no bloco de título de muitos desenhos para que sejam aplicadas. 7 Marcas de Acabamento As marcas de acabamento servem para indicar os locais, na superfície da peça, que devem ter acabamento específico. As superfícies acabadas por máquina têm uma aparência melhor e permitem um encaixe mais satisfatório com outras peças. Durante a realização do acabamento, os limites e as tolerâncias requeridos devem ser observados. É importante ressaltar que acabamento por máquina se refere às marcas de acabamento e não à pintura, esmalte, cromagem e coberturas semelhantes. 8 Escala As peças, normalmente, não são desenhadas em tamanho real. Alguns objetos, como um parafuso ou uma chave, por serem pequenos, tornam possível a representação em tamanho idêntico ao real, mas há uma infinidade de outros que devem ser reduzidos para caberem no papel. Por outro lado, em alguns casos, as peças são tão pequenas que precisam ser ampliadas no desenho. Assim, os objetos representados graficamente são reduzidos ou ampliados, mediante o uso de escalas. 57 Em desenho técnico, a escala faz a relação do tamanho da figura da peça com seu tamanho real. A escala permite que peças, de qualquer tamanho real, caibam no papel sem perder as informações de tamanho. A Figura 19 possui três quadrados. Partindo- se do princípio que a Figura 19.A representa o tamanho real da peça, pode-se dizer que sua escala é de 1:1 (lê-se um por um). Sendo assim, a Figura 19.B é uma redução na proporção 1:2 e a Figura 19.C é uma ampliação na proporção 2:1. No entanto, as formas e as dimensões de ângulos são mantidas, independentemente da manutenção, ampliação ou redução do tamanho do objeto desenhado. Na Figura 19.A, o quadrado possui quatro lados iguais e quatro ângulos retos (como todo o quadrado). Porém, independentemente da ampliação, redução ou manutenção de suas proporções, os ângulos permanecem em 90º. Figura 19.A - Representação do tamanho real da peça, proporção 1:1 Figura 19.B: Representação da redução do tamanho real da peça na proporção 1:2 Figura 19.C: Representação da ampliação do tamanho real da peça na proporção 2:1 58 O desenho técnico, elaborado a partir de um esboço prévio, serve de base para a execução da peça. Desenhos técnicos exigem rigor e uso de instrumentos: compasso, régua, esquadro ou computador. Para a representação do tamanho exato do objeto, a escala deve ser, obrigatoriamente, indicada no desenho. Quando os desenhos são feitos por computador, é possível usar o zoom para melhor visualização da peça. Entretanto, quando a cópia 1:1 (em tamanho real) de uma imagem é feita, o tamanho pode diferir levemente do original, em função das configurações de leitura e de impressão do próprio computador/impressora. Para obter a informação exata, é necessário conferir as dimensões mostradas no desenho com instrumentos de precisão. Resumindo Esta unidade apresentou as informações que devem estar contidas nos desenhos técnicos, a fim de auxiliar o profissional na identificação e no manuseio da peça de uma aeronave. A apropriação de termos técnicos e de suas aplicações práticas é fundamental para que os serviços sejam executados de maneira precisa e correta. Toda informação relativa às peças da aeronave contém dados corretos para a finalização da tarefa a ser cumprida. A adoção de escalas, para representar grandes peças ou pequenos detalhes, foi evidenciada, pois sua compreensão é básica para a leitura e a interpretação de um desenho técnico. 59 Glossário Contíguas: que estão em contato; adjacentes, juntas, próximas. Cromagem: recobrimento de algum objeto com uma película resistente de cromo metálico, por eletrólise: a cromagem dos metais. Esboço: qualquer trabalho ou obra em estado inicial, apenas delineada ou esboçada. Fuselagem: corpo principal da aeronave, onde se fixam as asas. STA: do inglês, station, que significa estação. 60 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O bloco de revisão é utilizado para registrar correções, alterações e/ou acréscimos realizados no desenho, após sua primeira aprovação. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. A tolerância pode ser apontada em frações ou em decimais. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 61 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 62 UNIDADE 8 | MÉTODOS DE ILUSTRAÇÃO - ABNT NBR 10647 63 Unidade 8 | Métodos de Ilustração - ABNT NBR 10647 Para o desenho técnico, a geometria descritiva é o fundamento que permite a construção de vistas de cortes, auxiliares, secções, rebatimentos, distâncias, ângulos e superfícies, entre outros. Há inúmeras maneiras para ilustrar objetos graficamente. Porém, a adoção de métodos de ilustração é imprescindível. 1 Geometria Descritiva Gaspar Monge revolucionou a representação gráfica ao criar um método que permite representar com precisão, em uma simples folha de papel, os objetos tridimensionais. O método mongeano, como passou a ser conhecido, é usado na geometria descritiva, cujos princípios constituem a base do desenho técnico. 2 Desenhos de Projeção Ortográfica O desenho reflete um objeto que se observa e é colocado em prática a partir de um ponto de vista. As vistas ortográficas foram desenvolvidas pelo método mongeano, em virtude da necessidade de retratar as informações opostas. Figura 20: Desenvolvimento do método mongeano 64 O diedro é a região limitada por dois semiplanos, na qual estes são perpendiculares entre si. O plano vertical de projeção (PV), também chamado de vista frontal ou vista posterior, mostra a incidência dos raios projetantes horizontais. O plano horizontal de projeção, chamado também de vista superior ouvista inferior, mostra a incidência dos raios projetantes. Plano de projeção é o plano ortogonal à trajetória na qual se projeta algo e, ponto de referência é o ponto que vai determinar a perspectiva do desenho. Figura 21.A: Símbolo do Diedro (vista de lado) Figura 21.B: Símbolo do Diedro (vista de frente) Figura 22.A: Objeto colocado em uma caixa transparente Figura 22.C - Projeção ortográfica em seis vistas de um objeto (frente, cima, parte de baixo, traseira, lado direito e lado esquerdo) Figura 22.B: Caixa transparente sendo aberta mostrando cada linha do objeto desenhada em cada face 65 Só é possível determinar as formas e o tamanho exatos de um objeto ao se apresentar mais de uma vista. É exatamente assim que funciona a projeção ortográfica. Em projeções ortográficas existem seis vistas possíveis de um determinado objeto, uma vez que todo objeto tem seis lados (frente, cima, parte de baixo, traseira, lado direito e lado esquerdo). 3 Visão Detalhada A vista de detalhe mostra, como o próprio nome sugere, apenas um pedaço do objeto, em escala maior do que a da vista principal. A parte mostrada do detalhe é normalmente destacada com uma linha escura na vista principal. As Figuras 23 A e 23 B exemplificam o uso de vistas de detalhes. Como é possível observar, a vista principal mostra o controle completo. O detalhe é o desenho aumentado apenas da parte do controle. Figura 23: Desenho de uma face de um objeto de espessura de largura uniforme Figura 24: Visão detalhada de uma peça 66 4 Desenhos Pictoriais Um desenho pictorial é similar a uma fotografia. Ele mostra um objeto como aparece a olho nu, mas não é satisfatório para mostrar formas complexas. Os desenhos pictoriais são úteis para mostrar a aparência geral de um objeto e são usados, extensivamente, com desenhos de projeção ortogonal. Objetos pictoriais são usados nos números de peças, na manutenção e nas revisões gerais. Três tipos de desenhos pictoriais são usados com frequência pelos engenheiros de aeronaves e técnicos: (1) de perspectiva, que mostram um objeto tal qual aparece para um observador, como visto em uma fotografia; (2) isométricos, que usam uma combinação das vistas de uma projeção e inclinam o objeto para frente, possibilitando que porções de todas as três vistas sejam olhadas em uma vista, e (3) oblíquos, que são similares a uma vista isométrica, exceto por uma diferença: nos desenhos oblíquos, dois dos três eixos dos desenhos estão sempre a ângulos exatos um do outro. 5 Visão Explodida dos Desenhos Uma visão explodida do desenho é um desenho pictorial de duas ou mais peças que se encaixam em conjunto. A visão mostra as peças individuais e sua posição relativa à outra peça completa, antes que se unam. 6 Diagramas O diagrama pode ser definido como a representação gráfica de um conjunto ou sistema, indicando as várias peças e expressando os métodos ou os princípios de operação. Há muitos tipos de diagrama. Porém, a mecânica de aeronaves destaca quatro tipos: de instalação, esquemáticos, de blocos e de fiação. Figura 25: Desenho pictorial 67 6.1 Diagramas de Instalação Um diagrama da instalação identifica cada um dos componentes nos sistemas e mostra sua localização na aeronave. Este tipo de diagrama é utilizado extensivamente na manutenção de aeronaves e em manuais de reparo. 6.2 Diagramas Esquemáticos Diagramas esquemáticos não indicam a localização de componentes individuais na aeronave, mas localizam os componentes que se relacionam dentro do sistema. Figura 26: Diagrama de instalação da área de interface do sistema de comunicação 68 6.3 Diagramas de Blocos Os diagramas de blocos são usados para mostrar uma relação simplificada de um sistema mais complexo de componentes. Figura 27: Diagrama esquemático do sistema pneumático da aeronave modelo 737 NG Figura 28: Diagrama do bloco do sistema de alerta de tráfego e anticolisão ou traffic alert and collision avoidance system (TCAS) 69 6.4 Diagramas de Fiação Os diagramas de fiação mostram a fiação e o circuito elétrico codificado para a identificação de todos os aparelhos elétricos e dispositivos utilizados em uma aeronave. Estes diagramas, mesmo que para circuitos relativamente simples, podem ser bem complicados, necessitando leitura cautelosa. Resumindo Esta unidade apresentou os desenhos, as projeções ortográficas e os diagramas usados para representar um componente ou uma peça. A leitura e a interpretação corretas de desenhos técnicos são essenciais ao mecânico de aeronaves, garantindo o uso de uma linguagem comum entre os profissionais da área, pois o desenho é uma representação visual universal. Os tipos de diagrama foram demonstrados, a fim de que os profissionais sejam capazes de observar o desenho de um objeto e saber a partir de qual projeção devem analisá-lo. Este conhecimento é importante para que as orientações, pertinentes ao serviço de manutenção, sejam seguidas. Figura 29: Diagrama de fiação: exemplo de como a tomada de microfone é ligado em um avião 70 Glossário Diedro: junção de dois semiplanos perpendiculares entre si, tratando-se de uma entidade tridimensional. Uma analogia simples ao diedro é visualizar um livro aberto, com as páginas em um ângulo de 90º. Isométricos: cujas dimensões são iguais. Oblíquos: que não podem ser definidos como perpendiculares nem como paralelos; inclinados. Pictorial: relativo à pintura ou à imagem; que pode ser representado em termos visuais. Projeção ortogonal: em geometria, uma projeção ortogonal é uma representação em um hiperplano de k dimensões de um objeto, que tem n dimensões, considerando k < n. 71 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. O diagrama é um desenho pictorial de duas ou mais peças que se encaixam em conjunto. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Objetos pictoriais são usados nos números de peças, na manutenção e nas revisões gerais. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 72 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 73 Unidade 9 | Linhas e Seus Significados - ABNT NBR 8403 74 Unidade 9 | Linhas e Seus Significados - ABNT NBR 8403 No desenho técnico são aplicados vários tipos de linhas para indicar o estado de uma aresta ou o contorno de uma determinada vista. A ABNT NBR 8403 fixa os tipos e o escalonamento das linhas para aplicação em desenhos técnicos. Este conhecimento é importante para a compreensão das representações técnicas com diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala. 1 Largura das Linhas A maior parte dos desenhos usam três larguras, ou intensidades,de linhas: fina, média ou grossa. Estas linhas podem apresentar pequena variação em desenhos distintos, mas sempre há uma notável diferença entre a espessura de uma linha fina e de uma grossa. As linhas marcam as fronteiras, os limites e a intersecção das superfícies. Logo, são usadas para mostrar dimensões e superfícies escondidas e para indicar os centros. Na Figura 30 é possível notar a representação dos diferentes tipos de linhas. Figura 30: Tipos de linhas 75 A Figura 31 demonstra como usá-las corretamente. 2 Linhas de Centro As linhas de centro são feitas por traços alternados, longos e curtos. Elas indicam o centro de um objeto ou a parte de um objeto. Onde as linhas de centro se cruzam, os traços curtos intersectam simetricamente. No caso de círculos muito pequenos, as linhas de centro podem parecer contínuas. 3 Linhas de Dimensão Uma linha de dimensão é leve e sólida, interrompida no ponto mediano para a inserção de indicações de medição. Cada ponta desta linha possui cabeças de setas, apontando ao contrário, para mostrar a origem e o término de uma medição. São geralmente paralelas à linha para a qual a dimensão é dada. Normalmente posicionam-se fora da linha externa do objeto e entre as vistas, quando mais de uma vista é mostrada. Figura 31: Uso correto das linhas no desenho 76 4 Linhas de Extensão As extensões são utilizadas para estender a linha, mostrando a lateral ou a ponta de uma figura, com o propósito de se colocar uma dimensão aquele lado ou ponta. São bem estreitas e têm uma quebra, que se estende do objeto e se prolonga a uma distância curta, após a seta da linha de dimensionamento. 5 Linhas de Hachura (Corte Longo) Linhas de hachura indicam as superfícies expostas de um objeto em vista seccional. Geralmente são geralmente finas e cheias, mas podem variar com o tipo de material mostrado na secção. 6 Linhas de Ruptura (Corte Longo) As linhas de ruptura indicam que uma porção do objeto não foi mostrada no desenho. Cortes curtos são feitos em linhas sólidas, a mão livre. Para cortes maiores, linhas sólidas com ziguezagues são usadas. Tubulações e outras peças, com uma porção da sua largura cortada, têm as pontas da ruptura desenhadas. 7 Linhas Fantasmas As linhas fantasmas, compostas por um traço longo e dois curtos, dispostos igualmente, indicam a posição alternada de partes do objeto ou a posição relativa de uma peça inexistente. 77 8 Linhas Líderes Linhas líderes são linhas sólidas, com uma cabeça de seta, e indicam uma peça ou uma porção nas quais se aplicam uma nota, um número ou outra referência. 9 Linhas Ocultas Linhas ocultas indicam pontas invisíveis ou contornos. As linhas ocultas consistem de traços curtos, dispostos igualmente e, com frequência são chamadas de ‘tracinhos’. 10 Esboço ou Linhas Visíveis As linhas externas, ou linhas visíveis, são usadas para representar todas as linhas visíveis no objeto do desenho. 11 Linhas Ponteadas Linhas ponteadas indicam o ponteamento ou as linhas de costura. Consistem em uma série de traços espaçados igualmente. 12 Linhas Plano de Corte e Plano de Vista As linhas de plano de corte indicam a localização de secção do objeto, enquanto as linhas de plano de vista indicam qual plano de uma superfície está sendo visto. Na Figura 31, uma linha plana A-A indica o plano seccionado. 78 Resumindo Nesta unidade foram evidenciados os tipos de linhas padronizados pela ABNT NBR 8403 para desenhos técnicos. Se um mesmo tipo de linha fosse usado para mostrar todas as variações, um desenho seria uma coleção de traços sem sentido. Mais uma vez, ressalta-se a importância do conhecimento acerca das informações contidas nos desenhos técnicos para o desempenho eficiente das atividades de manutenção de aeronaves. Glossário Aresta: na geometria, dá-se o nome de aresta ao segmento que representa a intersecção de duas faces de um poliedro. Este segmento comum é a “esquina” ou a “quina” da figura geométrica. A aresta também possui o nome de “reta”. Escalonamento: distribuição por grupos, categorias ou escalões. Hachura: cada um dos traços equidistantes, paralelos, que em um desenho ou em uma gravura, representam o sombreado e as meias-tintas; relevo em cartas topográficas. Intersectar: série de linhas que formam entre elas ângulos alternativamente salientes e reentrantes. Ponteamento: marcação com pontos. Secção: desenho da figura que resulta do corte de qualquer coisa por um plano, geralmente vertical. Ziguezague: série de linhas que formam, entre elas, ângulos alternativamente salientes e reentrantes. 79 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Linhas de centro indicam as superfícies expostas de um objeto em vista seccional. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. As linhas líderes são feitas por traços alternados, longos e curtos. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 80 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 81 UNIDADE 10 | SÍMBOLOS DE DESENHO - ABNT NBR 5444 E 5984 82 Unidade 10 | Símbolos de Desenho - ABNT NBR 5444 e 5984 Os desenhos de um componente são compostos majoritariamente de símbolos e de convenções que representam sua forma e seu material. O conhecimento destes símbolos é fundamental, uma vez que apresentam as características de um componente, por meio de uma quantidade mínima de traços. 1 Símbolos de Material Símbolos de linhas de secção mostram qual tipo de material deve ser usado na construção da peça. O material pode não estar indicado simbolicamente se sua especificação exata for mostrada em algum outro local do desenho. Neste caso, o símbolo mais fácil de desenhar (que é o ferro) é usado no seccionamento. A especificação do material deve ser listada na lista de materiais ou indicada em uma nota. A Figura 32 ilustra alguns símbolos empregados na representação dos padrões de materiais. Figura 32: Símbolos que indicam o tipo de material da peça 83 2 Símbolos de Forma Os símbolos podem ser usados de forma muito vantajosa quando é necessário mostrar a forma de um objeto. Os símbolos, com formas mais comuns, usados nos desenhos da aviação podem ser observados na Figura 33. Os símbolos de forma são, normalmente, mostrados em um desenho como uma secção revolvida ou removida. 3 Símbolos Elétricos Os símbolos elétricos representam os vários dispositivos elétricos. Assim, não há necessidade de desenhar tais dispositivos. As Figuras 34 e 35 ilustram os diversos tipos de símbolos elétricos utilizados nos desenhos técnicos da aviação. Figura 33: Símbolos de forma 84 Figura 34: Símbolos elétricos 85Figura 35: Outros símbolos elétricos 86 Resumindo Esta unidade trouxe informações sobre diversos símbolos utilizados na representação de materiais e de formas. Em destaque para os símbolos que representam os dispositivos elétricos, uma vez que são muito utilizados em desenhos técnicos de aviação. O conhecimento dos símbolos gráficos habilita o profissional da aviação a realizar a correta leitura de um diagrama elétrico, por exemplo. Por isso é tão importante identificar e reconhecer os diferentes significados contidos nos símbolos. Glossário Revolvida: examinada ou esquadrinhada; mexida. 87 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Símbolos de linhas de secção mostram qual tipo de material deve ser usado na construção da peça. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. Os símbolos podem ser usados de forma muito vantajosa quando é necessário mostrar a forma de um objeto. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 88 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos. asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/ rbha/rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http:// www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a- diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 89 UNIDADE 11 | ESBOÇOS DE DESENHOS 90 Unidade 11 | Esboços de Desenhos De acordo com a NBR 10647, esboço é uma representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obras (ABNT NBR 10647, 1989, p.2). Portanto, o esboço é um desenho simples, elaborado sem muitos detalhes. Entretanto, pode ter diferentes formatos: uma apresentação pictorial simples ou uma projeção ortográfica multivista. Os técnicos de aeronaves não precisam ser altamente habilidosos para desenhar. Porém, algumas situações podem exigir a preparação de um desenho, seja para apresentar uma ideia ou para ilustrar modificações e reparos. Nestes casos, o esboço é um ótimo recurso. 1 Técnicas de Esboço O primeiro passo para a elaboração de um esboço é determinar quais vistas são necessárias para retratar o objeto. Assim, é possível montá-las em blocos, utilizando linhas leves de construção. Em seguida, alguns detalhes devem ser complementados: o escurecimento da linha delimitadora (ou externa) do objeto, as dimensões, as linhas de dimensão. O desenho está completo após a adição de notas, do título, da data e, se necessário, do nome do desenhista do esboço. Figura 36: Os passos para a realização do esboço de um objeto 91 2 Formas Básicas Dependendo da complexidade do esboço, formas básicas, como círculos e retângulos, podem ser desenhadas a mão livre ou com o uso de moldes. Se o esboço for mais complicado ou se o técnico precisar fazer esboços frequentes, o uso de uma variedade de moldes e de outras ferramentas de desenho é altamente recomendado. 3 Esboço para Reparo Geralmente, um esboço é desenhado para demonstrar necessidades de reparo ou para o uso da manufatura de peças de substituição. Este esboço deve prover informações aos técnicos que fazem o reparo ou a manufatura da peça. Portanto, o grau que determina a completude do esboço, depende do uso pretendido. É importante mencionar que um esboço, usado apenas para representar um objeto pictoriamente, não precisa ser dimensionado. Resumindo Esta unidade apresentou o conceito de esboço, segundo normas da ABNT. Embora seja um desenho simples, produzido no estágio inicial de um projeto, o esboço deve exibir todas as informações necessárias para fundamentar o reparo e a manufatura de peças. As etapas para elaboração de um esboço foram assim explicitadas: fazer blocos, adicionar detalhes, sombrear as vistas e colocar as dimensões. Moldes com formas geométricas básicas e outras ferramentas de desenho são recomendáveis, conforme a demanda e a complexidade dos esboços. 92 Glossário Complexidade: condição de algo que contém muitos elementos ou aspectos diversos, com diferentes formas de inter-relação, às vezes de difícil apreensão ou compreensão; que é complicado. Delimitador: o que delimita, demarca, baliza. Multivista: vista de um objeto a partir de vários ângulos. 93 a 1) Julgue verdadeiro ou falso. Geralmente, um esboço é desenhado para demonstrar necessidades de reparo ou para o uso da manufatura de peças de substituição. Verdadeiro ( ) Falso ( ) 2) Julgue verdadeiro ou falso. O esboço é um desenho simples, elaborado sem muitos detalhes. Verdadeiro ( ) Falso ( ) Atividades 94 Referências ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. RBHA141: apêndice C. Disponível em:<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha141.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. ____. MCA 58-13: manual do curso mecânico de manutenção aeronáutica, célula: apêndice C. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/habilitacao/manualCursos.asp>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. RBHA65: apêndice A. Disponível em: <http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/ rbha065.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2015. _____. Publicações: desenho técnico de aeronaves. (cap.2). Disponível em: <http:// www.mercadodaaviacao.com.br/classificados/cursos-apostilas/visualizar/02-desenho- tecnico-de-aeronaves/>. Acesso em: 22 abr. 2015. FAA – FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. Publications, forms & recordes. Disponível em: <https://www.faa.gov/regulations_policies/handbooks_manuals/ aircraft/amt_handbook/media/FAA-8083-30_Ch02.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2015. LEÃO, L. CAD, CAE e CAM: qual a diferença? 10 fev. 2015. Disponível em: <http://www. cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna/cad-cae-e-cam-qual-a-diferenca>. Acesso em: 15 jun. 2015. 95 UNIDADE 12 | MICROFILMES E MICROFICHAS 96 Unidade 12 | Microfilmes e Microfichas O microfilme é uma mídia de armazenamento e preservação de informações. Contém imagens reais dos dados originais de livros, periódicos, documentos e desenhos. A microficha é uma tecnologia utilizada para arquivamento de documentos, jornais e outras informações de impressão em filme. Esta tecnologia é importante, uma vez que preserva os documentos originais por longo tempo, reduz o uso de documentos em papel e não requer grandes espaços físicos. Atualmente, a maioria das mídias em microfilmes possui um sistema digital de indexação, exposto na borda da imagem, para suportar os sistemas automatizados de pesquisa. A forma padrão do microfilme é um rolo de filme fotográfico de 16 milímetros ou de 35 milímetros, com graus de redução entre quatro e 36 vezes, sendo preto e branco ou colorido. O microfilme é mais compacto que o papel e tem custo menor quando comparado ao papel impresso. Seu armazenamento é estável e, sob climatização em padrões técnicos predeterminados, tem vida útil estimada
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