Buscar

Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas APROVADA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Legislação do 
Transporte 
Rodoviário de 
Cargas
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 656.125
78 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Legislação do Transporte Rodoviário 
de Cargas – Brasília: SEST/SENAT, 2016.
1. Transporte de carga - legislação. 2. Transporte 
rodoviário. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço 
Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 5
Unidade 1 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário de Cargas – Parte 1 7
1 Órgãos Reguladores e Fiscalizadores 8
2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas 9
3 Vale-Pedágio Obrigatório 10
3.1 Implantação do Vale-Pedágio Obrigatório 10
3.2 Principais Aspectos da Regulamentação 12
3.3 Benefícios do Uso do Vale-Pedágio 13
3.4 Fiscalização do Vale-Pedágio 15
Glossário 16
Atividades 17
Referências 18
Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário de Cargas – Parte 2 22
1 Pagamento Eletrônico de Frete 23
1.1 Implantação do Pagamento Eletrônico de Frete 23
1.2 Definições 25
1.3 Formas de Pagamento 27
1.4 Empresas Habilitadas para Receber o Pagamento 28
Atividades 29
Referências 30
Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário de Cargas – Parte 3 34
1 Noções de Transporte Rodoviário Internacional de Cargas 35
2 Regulamentação do TRIC 37
2.1 Habilitação 37
3 Legislação Básica e Simbologia dos Produtos Perigosos 39
Glossário 44
4
Atividades 45
Referências 46
Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade Penal do Motorista 50
1 Documentação Exigida 51
1.1 Motorista 51
1.2 Jornada de Trabalho do Motorista 51
1.3 No caso dos transportadores autônomos é preciso ter atenção redobrada! 52
1.4 Veículo 52
1.5 Mercadorias em Geral 53
1.6 Produtos Perigosos 54
2 Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor 55
3 Documentação Estadual e Tributos Relativos ao Transporte Rodoviário de Cargas 56
3.1 Código Fiscal de Operação Presente no CTRC 56
3.2 ISS ou ICMS? 57
3.3 Tributação pelo ICMS 58
4 Tributos Que Recaem Sobre o Transporte Rodoviário de Cargas 60
Glossário 61
Atividades 62
Referências 63
Unidade 5 | Legislação Referente a Dimensões, Peso e Altura dos Veículos 67
1 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Brasil 68
2 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Mercosul 70
Atividades 72
Referências 73
Gabarito 77
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas! 
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 5 unidades, conforme 
a tabela a seguir.
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário 
de Cargas – Parte 1
4h
Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário 
de Cargas – Parte 2
4h
Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário 
de Cargas – Parte 3
4h
Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade Penal do 
Motorista
4h
Unidade 5 | Legislação Referente a Dimensões, Peso e Altura 
dos Veículos
4h
6
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.
Bons estudos!
7
UNIDADE 1 | LEGISLAÇÃO 
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGAS – 
PARTE 1
8
Unidade 1 | Legislação Específica do Transporte 
Rodoviário de Cargas – Parte 1
Como sabemos, o transporte rodoviário de cargas é uma atividade que necessita de 
acompanhamento constante do governo. A seguir, vamos conhecer os principais órgãos 
que atuam no setor e a legislação que deve ser obedecida para realizar essa atividade.
1 Órgãos Reguladores e Fiscalizadores 
Fique atento! Cada órgão possui atribuições específicas com o objetivo de garantir o 
bom funcionamento do transporte.
Tabela 1: Atribuições dos órgãos
Órgão Atribuições
 
Agência Nacional de 
Transportes Terrestres – 
ANTT
Habilitar os 
transportadores por meio 
do Registro Nacional 
de Transportadores 
Rodoviário de Cargas 
(RNTRC). Monitorar o 
valor do frete cobrado. 
Formular normas, 
operação e fiscalização.
 
Polícia Rodoviária Federal 
(PRF)
Assegurar a livre 
circulação nas rodovias 
federais, realizando 
patrulhamento, cumprindo 
e fazendo cumprir a 
legislação especificada 
pelo Código de Trânsito 
Brasileiro e demais 
normas. Inspecionar e 
fiscalizar o trânsito, assim 
como aplicar multas 
impostas por infrações de 
trânsito.
9
 
2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas
As principais regras que compõem a legislação do transporte rodoviário de cargas 
no Brasil são determinadas pela Lei nº 11.442/2007 e pela Resolução nº 2.550/2008 
da ANTT. Não podemos nos esquecer, também, da Lei nº 13.103/2015, que regula e 
disciplina a atuação do motorista profissional.
 
Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento 
(Mapa) 
Estabelecer regras e 
inspecionar as condições 
de acondicionamento de 
produtos agropecuários 
durante o transporte. 
 
Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária 
(Anvisa)
Estabelecer regras e 
fiscalizar as condições 
de acondicionamento 
de produtos como 
alimentos, medicamentos 
e agrotóxicos, dentre 
outros. 
 Órgãos Fazendários
Fiscalizar a arrecadação 
dos impostos que recaem 
sobre a prestação dos 
serviços de transportes 
e sobre os produtos 
transportados. No 
contexto do transporte 
de cargas de importação 
e exportação, esse papel 
é exercido pela Secretaria 
da Receita Federal.
10
Tabela 2: Legislação do transporte rodoviário de cargas
3 Vale-Pedágio Obrigatório
O Vale-Pedágio obrigatório veio atender a uma antiga reivindicação dos caminhoneiros 
autônomos, que se sentiam penalizados com os custos de pedágio em suas viagens. 
Sua regulamentação estabelece as normas de fornecimento do Vale-Pedágio e institui: 
os procedimentos de habilitação das empresas fornecedoras em âmbito nacional; 
a aprovação de modelos e sistemas operacionais; as infrações e suas respectivas 
penalidades.
3.1 Implantação do Vale-Pedágio Obrigatório
Instituído pela Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001, o Vale-Pedágio obrigatório foi 
criado com o objetivo de atender a uma das principais reivindicações dos caminhoneiros 
autônomos — a desoneração do transportador quanto ao pagamento de pedágio.
Lei Descrição
Lei nº 
11.442/2007
Determina que o transporte rodoviário de cargas poderá 
ser exercido por pessoa física ou jurídica e a necessidade de 
inscrição prévia do interessado no RNTRC (Registro nacional 
do transportador Rodoviário de Cargas) da ANTT. A Lei 
também dispõe sobre as regras de operação, principalmente 
no que diz respeito à responsabilidade do transportador.
Resolução nº 
2.550/2008
Detalha os critérios para a inscrição no RNTRC, além de 
tratar de questões sobre a identificação dos veículos, o 
conhecimento de transportes, as infrações e as penalidades 
que podem recair sobre o transportador.Lei nº 
13.103/2015
Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista. Tem 
o objetivo principal de regular e disciplinar a jornada de 
trabalho e o tempo de direção do motorista profissional.
11
Com a criação desse dispositivo legal, os embarcadores ou equiparados passaram a ser 
os responsáveis pelo pagamento antecipado do pedágio e pelo fornecimento do 
respectivo comprovante de pagamento ao transportador. Até então, o custo do 
pedágio era frequentemente incluído no valor do frete contratado, obrigando o 
transportador a assumir essa despesa, nem sempre repassada pelo embarcador. 
Ou seja, muitas vezes o embarcador 
considerava que o frete já tinha incluso 
o valor do pedágio. Em outros casos, a 
empresa de transporte cobrava o custo 
do pedágio do dono da carga, mas não 
transferia o valor correspondente para 
o transportador autônomo. Além disso, 
mesmo quando recebia de volta o valor 
devido, o ressarcimento se fazia moroso. 
O transportador pagava o pedágio ao 
realizar a viagem e só era reembolsado 
algum tempo depois.
Tais distorções foram minimizadas quando o pagamento antecipado do pedágio 
tornou-se obrigatório, e passou a realizar-se por meio do fornecimento de um Vale-
Pedágio.
Até 2002, as atividades de regulamentação, coordenação, delegação, fiscalização e 
aplicação das penalidades pelo não fornecimento do Vale-Pedágio eram atividades 
desempenhadas pelo Ministério dos Transportes. No entanto, a Medida Provisória nº 
68/2002, convertida na Lei nº 10.561/2002, transferiu à ANTT essas competências. 
Atualmente, o Vale-Pedágio obrigatório é regulamentado pela Resolução nº 2.885, 
publicada no Diário Oficial da União em 23 de setembro de 2008. Essa resolução alterou 
as regulamentações anteriores com o objetivo de estabelecer uma definição mais 
precisa do papel de cada agente envolvido nas operações de transporte rodoviário de 
carga (transportador, embarcador, operadoras de pedágio e empresas habilitadas a 
fornecer o Vale-Pedágio obrigatório), quanto à responsabilidade e custos.
12
3.2 Principais Aspectos da Regulamentação
As definições de maior relevância presentes na Resolução nº 2.885 podem ser 
resumidas nos seguintes itens:
• Definição mais precisa das responsabilidades pela instalação e operação do 
sistema e modelos de Vale-Pedágio, e de seus custos;
• Possibilidade de utilização de quaisquer modelos e sistemas de Vale-Pedágio 
obrigatório de empresas habilitadas pela ANTT;
• Disciplinamento das operações financeiras entre embarcador (dono da carga), 
operador (de rodovias sob pedágio) e a empresa fornecedora do Vale-Pedágio 
(empresa habilitada pela ANTT); e
• Conforme art. 26 da Resolução nº 2.885, de 9 de setembro de 2008, o Regime 
Especial para o Vale-Pedágio obrigatório foi extinto, ficando vedadas novas 
concessões.
A Resolução ANTT nº 150, de 7 de janeiro de 2003, instituiu o Regime Especial. Com 
ele, a empresa de transporte que fazia, para um só embarcador, transporte de carga 
fechada ou de lotação, poderia solicitar Regime Especial, desobrigando o embarcador 
da antecipação do Vale-Pedágio. Caso autorizado pela ANTT, o Vale-Pedágio era 
desvinculado do valor do frete, ficando o embarcador obrigado a ressarcir seu valor 
posteriormente. 
E se a concessão para o Regime Especial ainda estiver válida?
A Resolução nº 2.885 determina que os beneficiários do Regime Especial, cujos 
certificados se encontrem dentro do prazo de validade, devem anotar no Conhecimento 
de Transporte o respectivo número. 
 h
Caso seja parado pela fiscalização, o transportador deverá 
apresentar o número do certificado do Regime Especial anotado 
no Conhecimento de Transporte. A fiscalização verificará sua 
validade. 
13
Aqueles que já o solicitaram e ainda não receberam o resultado da análise devem 
informar no Conhecimento de Transporte o número do protocolo da solicitação até a 
notificação de deferimento ou indeferimento do pedido. Esse número também será 
verificado pela fiscalização.
Veja a seguir alguns importantes aspectos regulamentados pela Lei nº 10.209, 
Resolução ANTT nº 106/2002 e Resolução ANTT nº 149/2003.
• Subcontratação
A empresa de transporte que subcontratar o serviço fica obrigada a repassar o Vale-
Pedágio que recebeu do embarcador nos casos de transporte de carga fechada 
ou lotação, e a adquirir e entregar ao transportador (empresa subcontratada ou 
autônomo) nos casos de transporte de carga fracionada.
• Carga fracionada
No transporte de carga fracionada não existe a obrigatoriedade da entrega do Vale-
Pedágio por parte do embarcador à empresa de transporte. O pedágio deve ser cobrado 
mediante rateio, destacado no conhecimento e pago com o frete. A empresa de carga 
fracionada que utiliza veículo próprio não está obrigada a utilizar o Vale-Pedágio.
• Internacional
O transporte internacional rodoviário de carga, assim considerado aquele em que o 
mesmo veículo inicia o transporte em um determinado país e encerra a viagem em país 
diverso, não está sujeito à aplicação da Lei do Vale-Pedágio.
3.3 Benefícios do Uso do Vale-Pedágio
Com as mudanças na regulamentação e a efetiva implantação do Vale-Pedágio 
obrigatório, todos são beneficiados: caminhoneiros, embarcadores e operadores de 
rodovias.
Você sabe por quê?
14
Primeiro, os transportadores rodoviários de carga, principalmente os autônomos, 
deixam, efetivamente, de assumir o custo do pedágio. Apesar de estarem amparados 
na legislação federal, é fato que alguns embarcadores acabavam embutindo o valor da 
tarifa na contratação do frete, obrigando o caminhoneiro a pagar o pedágio 
indevidamente. 
Como a negociação do Vale-Pedágio 
obrigatório não será mais feita em 
espécie, essa possibilidade torna-se 
inviável.
Os embarcadores ou equiparados 
passam a ter maior controle sobre 
os itinerários seguidos e garantem 
mais segurança no transporte de suas 
mercadorias. Fornecendo o Vale-Pedágio 
obrigatório ao transportador rodoviário, 
o embarcador ou equiparado determina o roteiro a ser seguido, pois o vale obedece ao 
preço do pedágio de cada praça. 
 e
Para fazer uso do Vale-Pedágio, o transportador deverá passar 
pelas rodovias previamente determinadas. Escolhendo o roteiro, 
o embarcador corre menor risco com relação ao roubo de cargas. 
Os Operadores de Rodovias pedagiadas também saíram ganhando!
Com o roteiro preestabelecido pelo embarcador, as operadoras de rodovias sob 
pedágio garantem a passagem do veículo pela praça de pedágio, diminuindo o uso 
das rotas de fuga para evitar o pagamento da tarifa. Isso representa uma redução 
significativa de evasão de receitas.
Devemos nos lembrar, ainda, que as rodovias pedagiadas muitas vezes oferecem 
condições mais adequadas de tráfego para os veículos. Isso significa que os 
transportadores vão utilizar vias melhores e seus caminhões sofrerão menores danos 
no médio e longo prazos.
15
3.4 Fiscalização do Vale-Pedágio 
A fiscalização do cumprimento da legislação do Vale-Pedágio é feita de duas formas: 
direta ou provocada. 
A direta é feita por iniciativa do fiscal junto ao embarcador, equiparado ou transportador 
nas rodovias. É também realizada por meio de fiscalização direta junto às operadoras de 
rodovias para a verificação da aceitação obrigatória do Vale-Pedágio e do cumprimento 
das demais obrigações previstas na legislação. Já a fiscalização provocada é feita a 
partir de denúncias sobre a existência de possíveis infratores.
 e
A fiscalização da ANTT é feita nas rodovias federais. As demais 
rodovias são fiscalizadas pelos órgãos competentes estaduais 
ou municipais, por meio das secretarias de governo ou agências 
reguladoras estaduais. 
As principais infrações relativas ao Vale-Pedágio são:
• Oembarcador não antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador;
• O embarcador não registrar as informações sobre a aquisição do Vale-Pedágio 
obrigatório no documento de embarque;
• As operadoras de rodovias sob pedágio não aceitarem o Vale-Pedágio obrigatório.
Verificada a infração, o órgão fiscalizador notifica o infrator sobre pagamento da multa 
ou apresentação de defesa. Ao embarcador ou equiparado será aplicada multa por cada 
veículo que participe da infração e para cada viagem na qual não fique comprovada a 
antecipação do Vale-Pedágio obrigatório. Já a operadora de rodovia sob pedágio que 
não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório será penalizada com o pagamento de multa 
referente a cada dia que deixar de aceitar os modelos habilitados pela ANTT.
16
Glossário
Delegação: transferência de poder, em que uma pessoa torna outra(s) seu(s) 
representante(s), com a faculdade ou o direito de agir em seu nome e benefício. 
17
 a
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: A Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possui como 
atribuição estabelecer regras e fiscalizar as condições de 
acondicionamento de produtos como alimentos, 
medicamentos e agrotóxicos, dentre outros. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: O Vale-Pedágio 
obrigatório veio atender a uma reivindicação atual dos 
caminhoneiros autônomos, que se sentem penalizados com 
os custos de pedágio em suas viagens. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
18
Referências 
AFFECTUM. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista. 
Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/index.php?option=com_
content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-armadilhas-e-
oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: 5 set. 2015.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução ANTT nº 106 
de 17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do Vale-
Pedágio obrigatório. Brasília, 2002.
______. Resolução n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações. Aprova 
as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos.
______. Resolução nº 1.474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os procedimentos 
relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, 
para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no 
transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de Licença 
Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 
2006.
______. Resolução n° 2.550, de 14 de fevereiro de 2008, e suas alterações. Dispõe 
sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros 
e mediante remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro 
Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. 
Brasília, 2008a.
______. Resolução nº 2.885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas para 
o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas 
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as 
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008b.
______. Resolução n° 3.056, de 12 de março de 2009, e suas alterações. Dispõe sobre 
o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e 
mediante remuneração, estabelece procedimentos para inscrição e manutenção no 
RNTRC e dá outras providências. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/>. Acesso 
em: jul. 2013.
19
______. Resolução n° 3.632, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o Anexo da Resolução 
nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções Complementares ao 
Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
______. Resolução nº 3.826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº 1.474, de 
31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de 
Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais 
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário 
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso 
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012.
______. TRIC — Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Disponível 
em: <http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 5 set. 2015.
______. Vale-Pedágio obrigatório. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/index.
php/content/view/4937/Vale_Pedagio_obrigatorio.htm>. Acesso em: 28 ago. 2015.
BRASIL. Decreto nº 61.867, de 11 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros 
obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, 
e dá outras providências. Brasília, 1967.
______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do 
motorista profissional; e dá outras providências.
______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências.
______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto 
dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, e dá outras providências. (Lei Kandir). Presidência da República, Brasília, 
1996.
______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: jan. 2015.
______. Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o Transporte Multimodal 
de Cargas e dá outras providências.
20
______. Decreto nº 3.411, de 12 de abril de 2000. Regulamenta a Lei nº 9.611, de 19 
de fevereiro de 1998, que dispões sobre o Transporte multimodal de Cargas, altera os 
Decretos nº 91.030, de 5 de março de 1985, e 1.910, de 21 de maio de 1996, e dá outras 
providências.
______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o Vale-Pedágio obrigatório 
sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da 
República, Brasília, 2001a.
______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos 
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas 
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de 
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 
e dá outras providências. Brasília, 2001b.
______. Lei n° 11.442, de 5 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. 
______. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do 
Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de 
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte 
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República 
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República 
Oriental do Uruguai, em 27 de maio de 2010. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.
CONTÁBEIS. Novas obrigações fiscais exigem mais atenção das empresas. Disponível 
em: <http://www.contabeis.com.br/noticias/21941/novas-obrigacoes-fiscais-exigem-
mais-atencao-das-empresas/>. Acesso em: 5 set. 2015.
CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 210, de 13 de 
novembro de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões paraveículos que 
transitem por vias terrestres e dá outras providências. Disponível em: <www.denatran.
gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em: dez. 2014.
DBTRANS. O que é o Vale-Pedágio obrigatório. Disponível em: <https://www.
rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat%C3%B3rio/
tabid/506/Default.aspx>. Acesso em: 28 ago. 2015.
DESTINONEGOCIO. Entenda o que você deve saber sobre a legislação fiscal antes de 
abrir um negócio. Disponível em: <http://destinonegocio.com.br/empreendedorismo/
entenda-o-que-voce-deve-saber-sobre-a-legislacao-fiscal-antes-de-abrir-um-
negocio/>. Acesso em: 5 set. 2015.
21
GUIADOTRC – GUIA DO TRANSPORTADOR. Transporte rodoviário de carga: modulo 
documentos fiscais. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/market/curso_
doc_fiscais.pdf>. Acesso em: 5 set. 2015.
______. Seguros no transporte rodoviário de cargas. Disponível em: <http://www.
guiadotrc.com.br/lei/seguro.asp>. Acesso em: 5 set. 2015.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Obrigações perante a legislação comercial, fisco 
federal e Ministério do Trabalho e Previdência Social no Brasil. Disponível em: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/obrigacoes.htm>. Acesso em: 5 
set. 2015.
PORTAL TRIBUTÁRIO. Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Disponível em: <http://
www.portaltributario.com.br/artigos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal.htm>. Acesso 
em: 5 set. 2015.
QUALITYCONTABIL. Transporte — saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Disponível em: 
<http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/transporte-saiba-quando-aplicar-o-
iss-ou-icms>. Acesso em: 5 set. 2015.
RFB – RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 
19 de dezembro de 2013. Dispõe sobre a Escrituração Contábil Fiscal (ECF). 
Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.
action?visao=anotado&idAto=48711>. Acesso em: 5 set. 2015.
______. Instrução Normativa RFB nº 1.510, de 5 de novembro de 2014. Altera a 
Instrução Normativa RFB nº 1.420, de 19 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a 
Escrituração Contábil Digital (ECD). Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.
gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=48711>. Acesso em: 5 set. 
2015.
______. Instrução Normativa RFB nº 1.524, de 8 de dezembro de 2014. Altera a 
Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 19 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a 
Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.
br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=48711>. Acesso em: 5 set. 2015.
TSS – TUDO SOBRE SEGUROS. Entenda o seguro de transportes. Disponível em: 
<http://www.tudosobreseguros.org.br/sws/portal/pagina.php?l=324>. Acesso em: 5 
set. 2015.
22
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO 
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGAS – 
PARTE 2
23
Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte 
Rodoviário de Cargas – Parte 2
Vamos continuar a conhecer a legislação específica existente no País sobre o transporte 
rodoviário de cargas.
1 Pagamento Eletrônico de Frete
1.1 Implantação do Pagamento Eletrônico de Frete
A legislação brasileira estabelece importantes aspectos relacionados ao pagamento 
do frete do transporte rodoviário de cargas. A seguir vamos conhecer os principais 
aspectos regulamentados.
 h
A Lei nº 13.103/2015 regulamenta o art. 5º-A da Lei nº 11.442, 
de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros mediante remuneração. 
A art. 5º-A da Lei nº 11.442/2007 determina que o pagamento do frete do transporte 
rodoviário de cargas ao Transportador Autônomo de Cargas (TAC) deverá ser efetuado 
por meio de crédito em conta mantida em instituição integrante do sistema financeiro 
nacional, inclusive poupança, ou por outro meio de pagamento regulamentado pela 
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O Artigo 5-A determina ainda que:
§ 1º A conta de depósitos ou o outro meio de pagamento deverá 
ser de titularidade do TAC e identificado no conhecimento de 
transporte.
§ 2º O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte 
rodoviário de cargas, assim como o cossignatário e o proprietário 
24
da carga, são solidariamente responsáveis pela obrigação prevista 
no caput deste artigo, resguardado o direito de regresso destes 
contra os primeiros.
§ 3º Para os fins deste artigo, equiparam-se ao TAC a Empresa 
de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC que possuir, em sua 
frota, até 3 (três) veículos registrados no Registro Nacional de 
Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC e as Cooperativas 
de Transporte de Cargas.
§ 4º As Cooperativas de Transporte de Cargas deverão efetuar o 
pagamento aos seus cooperados na forma do caput deste artigo.
§ 5º O registro das movimentações da conta de depósitos ou do 
meio de pagamento de que trata o caput deste artigo servirá 
como comprovante de rendimento do TAC. 
§ 6º É vedado o pagamento do frete por qualquer outro meio 
ou forma diverso do previsto no caput deste artigo ou em seu 
regulamento.
§ 7º As tarifas bancárias ou pelo uso de meio de pagamento 
eletrônico relativas ao pagamento do frete do transporte 
rodoviário de cargas ao Transportador Autônomo de Cargas – TAC 
correrão à conta do responsável pelo pagamento.
25
1.2 Definições
Considerando a necessidade de garantir a 
movimentação de bens em cumprimento 
a padrões de eficiência e modicidade 
nos fretes, e considerando os problemas 
causados ao mercado de transporte 
rodoviário de cargas pela adoção de 
sistemáticas ineficientes de pagamento 
do frete, a ANTT regulamentou o 
pagamento eletrônico do frete por meio 
da Resolução nº 3.658/11.
O Art. 2º da Resolução traz algumas importantes definições. Para fins desta Resolução, 
considera-se:
I – Operação de Transporte: viagem decorrente da prestação do 
serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros 
e mediante remuneração.
II – Código Identificador da Operação de Transporte: o código 
numérico obtido por meio do cadastramento da Operação de 
Transporte nos sistemas específicos;
III – Contrato de Transporte: as disposições firmadas, por escrito, 
entre o contratante e o contratado para estabelecer as condições 
para a prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas 
por conta de terceiros e mediante remuneração;
IV – Contratante: a pessoa jurídica responsável pelo pagamento 
do frete ao Transportador Autônomo de Cargas – TAC ou a seus 
equiparados, para prestação do serviço de transporte rodoviário 
de cargas, indicado no cadastramento da Operação de Transporte;
V – Contratado: o TAC ou seu equiparado, que efetuar o 
transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante 
remuneração, indicado no cadastramento da Operação de 
26
Transporte; 
VI – Subcontratante: o transportador que contratar outro 
transportador para realização do transporte de cargas para o 
qual fora anteriormente contratado, indicado no cadastramento 
da Operação de Transporte;
VII – Consignatário: aquele que receberá as mercadorias 
transportadas em consignação, indicado no cadastramento da 
Operação de Transporte ou nos respectivos documentos fiscais;
VIII – Proprietário da carga: o remetente ou o destinatário da carga 
transportada, conforme informações dos respectivos documentos 
fiscais; 
IX – Instituição de Pagamento Eletrônico de Frete: a pessoa 
jurídica previamente habilitada junto ao Banco Central do Brasil 
como Instituição de Pagamento e Emissor de Moeda Eletrônica, 
e posteriormente habilitada junto à Agência Nacional de 
Transportes Terrestres, por sua conta e risco;
X – Arranjo de Pagamento: conjunto de regras e procedimentos 
que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento 
ao público aceito por mais de um recebedor, mediante acesso 
direto pelos usuáriosfinais, pagadores e recebedores;
XI – Descrição dos Negócios: o(s) arranjo(s) de pagamento(s) do(s) 
qual(is) fará (ão) parte, sistemática de funcionamento, indicação 
dos serviços a serem prestados, público-alvo, área de atuação, 
local da sede e das eventuais dependências; 
XII – Instituidor de Arranjo de Pagamento: pessoa jurídica 
responsável pelo arranjo de pagamento e, quando for o caso, pelo 
uso da marca associada ao arranjo de pagamento; e 
XIII – Emissor de Moeda Eletrônica: Instituição de Pagamento 
que gerencia conta de pagamento de usuário final, do tipo 
pré-paga, disponibiliza transação de pagamento com base em 
27
moeda eletrônica aportada nesta conta, converte tais recursos 
em moeda física ou escritural, ou vice-versa, podendo habilitar a 
sua aceitação com a liquidação em conta de pagamento por ela 
gerenciada. 
1.3 Formas de Pagamento
O Art. 2º da Resolução nº 3.658/2011 define como será efetuado o pagamento 
eletrônico do frete. Segundo o artigo, o pagamento do frete do transporte rodoviário 
de cargas ao TAC ou ao seu equiparado será efetuado obrigatoriamente por:
• Crédito em conta bancária, seja corrente ou poupança; ou
• Outros meios de pagamento eletrônico habilitados pela ANTT.
Esse artigo determina ainda que o contratante e o subcontratante dos serviços de 
transporte rodoviário de cargas, assim como o consignatário e o proprietário da carga, 
serão solidariamente responsáveis pela obrigação prevista neste artigo, resguardado 
o direito de regresso destes contra os primeiros.
 h
As Cooperativas de Transporte de Cargas (CTC) deverão efetuar 
o pagamento do valor pecuniário devido aos seus cooperados 
por um dos meios de pagamento regulamentados pelo ANTT. 
Na utilização de conta de depósito para o pagamento do frete, o emissor do 
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC) ou de seu documento 
substituto deverá fazer constar no documento, além do Código Identificador da 
Operação de Transporte (CIOT), as informações referentes a nome e número da 
instituição bancária, número da agência e número da conta de depósito onde será 
creditado o pagamento do frete.
É importante ressaltar que no recebimento do pagamento do frete por meio de 
pagamento eletrônico de frete (PEF), o TAC ou equiparado não terá despesas com:
28
• A habilitação e o recebimento da primeira via do cartão e de um cartão adicional 
(que pode ser utilizado como cartão de débito);
• Consultas de saldo/extrato (desde que sem impressão); e
• Transferência de valores para uma conta de depósito em qualquer instituição 
bancária a cada quinze dias.
1.4 Empresas Habilitadas para Receber o Pagamento
A Agência Nacional de Transportes 
Terrestres (ANTT) publicou a 
Resolução nº 4.592/2015, que trata 
do novo procedimento de habilitação 
de empresas administradoras para 
pagamento eletrônico de frete (PEF).
A nova norma alterou o processo 
de habilitação das empresas para 
interessadas no PEF. De acordo com o 
art. 12 da Resolução nº 4.592/2015, a 
ANTT habilitará as instituições de pagamento eletrônico de frete – antes denominadas 
de administradoras de meios de pagamento eletrônico de frete – após a autorização 
do Banco Central do Brasil (Bacen). 
O Banco Central, para emitir o documento, faz uma série de exigências financeiras, 
tecnológicas e documentais. A empresa interessada deve apresentar o pedido de 
habilitação à ANTT, acompanhado de documentos como descrição do negócio, 
indicação dos serviços a serem prestados, público-alvo, área de atuação, local da sede, 
regularidade junto ao Bacen para funcionar como instituição de pagamento etc.
As empresas já habilitadas terão um prazo de 180 dias para adequar-se ao novo 
regramento.
29
 a
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: As Cooperativas 
de Transporte de Cargas (CTC) deverão efetuar o pagamento 
do valor pecuniário devido aos seus cooperados por um dos 
meios de pagamento regulamentados pelo ANTT. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: No recebimento 
do pagamento do frete por meio de pagamento eletrônico de 
frete (PEF), o TAC ou equiparado não terá despesas com a 
habilitação e o recebimento da primeira via do cartão e de um 
cartão adicional (que pode ser utilizado como cartão de 
débito). 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
30
Referências 
AFFECTUM. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista. 
Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/index.php?option=com_
content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-armadilhas-e-
oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: 5 set. 2015.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução ANTT nº 106 
de 17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do Vale-
Pedágio obrigatório. Brasília, 2002.
______. Resolução n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações. Aprova 
as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos.
______. Resolução nº 1.474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os procedimentos 
relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, 
para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no 
transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de Licença 
Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 
2006.
______. Resolução n° 2.550, de 14 de fevereiro de 2008, e suas alterações. Dispõe 
sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros 
e mediante remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro 
Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. 
Brasília, 2008a.
______. Resolução nº 2.885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas para 
o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas 
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as 
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008b.
______. Resolução n° 3.056, de 12 de março de 2009, e suas alterações. Dispõe sobre 
o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e 
mediante remuneração, estabelece procedimentos para inscrição e manutenção no 
RNTRC e dá outras providências. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/>. Acesso 
em: jul. 2013.
31
______. Resolução n° 3.632, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o Anexo da Resolução 
nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções Complementares ao 
Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
______. Resolução nº 3.826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº 1.474, de 
31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de 
Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais 
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário 
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso 
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012.
______. TRIC — Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Disponível 
em: <http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 5 set. 2015.
______. Vale-Pedágio obrigatório. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/index.
php/content/view/4937/Vale_Pedagio_obrigatorio.htm>. Acesso em: 28 ago. 2015.
BRASIL. Decreto nº 61.867, de 11 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros 
obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, 
e dá outras providências. Brasília, 1967.
______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõesobre o exercício da profissão 
de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do 
motorista profissional; e dá outras providências.
______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências.
______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto 
dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, e dá outras providências. (Lei Kandir). Presidência da República, Brasília, 
1996.
______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: jan. 2015.
______. Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o Transporte Multimodal 
de Cargas e dá outras providências.
32
______. Decreto nº 3.411, de 12 de abril de 2000. Regulamenta a Lei nº 9.611, de 19 
de fevereiro de 1998, que dispões sobre o Transporte multimodal de Cargas, altera os 
Decretos nº 91.030, de 5 de março de 1985, e 1.910, de 21 de maio de 1996, e dá outras 
providências.
______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o Vale-Pedágio obrigatório 
sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da 
República, Brasília, 2001a.
______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos 
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas 
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de 
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 
e dá outras providências. Brasília, 2001b.
______. Lei n° 11.442, de 5 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. 
______. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do 
Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de 
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte 
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República 
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República 
Oriental do Uruguai, em 27 de maio de 2010. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.
CONTÁBEIS. Novas obrigações fiscais exigem mais atenção das empresas. Disponível 
em: <http://www.contabeis.com.br/noticias/21941/novas-obrigacoes-fiscais-exigem-
mais-atencao-das-empresas/>. Acesso em: 5 set. 2015.
CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 210, de 13 de 
novembro de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que 
transitem por vias terrestres e dá outras providências. Disponível em: <www.denatran.
gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em: dez. 2014.
DBTRANS. O que é o Vale-Pedágio obrigatório. Disponível em: <https://www.
rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat%C3%B3rio/
tabid/506/Default.aspx>. Acesso em: 28 ago. 2015.
DESTINONEGOCIO. Entenda o que você deve saber sobre a legislação fiscal antes de 
abrir um negócio. Disponível em: <http://destinonegocio.com.br/empreendedorismo/
entenda-o-que-voce-deve-saber-sobre-a-legislacao-fiscal-antes-de-abrir-um-
negocio/>. Acesso em: 5 set. 2015.
33
GUIADOTRC – GUIA DO TRANSPORTADOR. Transporte rodoviário de carga: modulo 
documentos fiscais. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/market/curso_
doc_fiscais.pdf>. Acesso em: 5 set. 2015.
______. Seguros no transporte rodoviário de cargas. Disponível em: <http://www.
guiadotrc.com.br/lei/seguro.asp>. Acesso em: 5 set. 2015.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Obrigações perante a legislação comercial, fisco 
federal e Ministério do Trabalho e Previdência Social no Brasil. Disponível em: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/obrigacoes.htm>. Acesso em: 5 
set. 2015.
PORTAL TRIBUTÁRIO. Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Disponível em: <http://
www.portaltributario.com.br/artigos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal.htm>. Acesso 
em: 5 set. 2015.
QUALITYCONTABIL. Transporte — saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Disponível em: 
<http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/transporte-saiba-quando-aplicar-o-
iss-ou-icms>. Acesso em: 5 set. 2015.
RFB – RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 
19 de dezembro de 2013. Dispõe sobre a Escrituração Contábil Fiscal (ECF). 
Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.
action?visao=anotado&idAto=48711>. Acesso em: 5 set. 2015.
______. Instrução Normativa RFB nº 1.510, de 5 de novembro de 2014. Altera a 
Instrução Normativa RFB nº 1.420, de 19 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a 
Escrituração Contábil Digital (ECD). Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.
gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=48711>. Acesso em: 5 set. 
2015.
______. Instrução Normativa RFB nº 1.524, de 8 de dezembro de 2014. Altera a 
Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 19 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a 
Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.
br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=48711>. Acesso em: 5 set. 2015.
TSS – TUDO SOBRE SEGUROS. Entenda o seguro de transportes. Disponível em: 
<http://www.tudosobreseguros.org.br/sws/portal/pagina.php?l=324>. Acesso em: 5 
set. 2015.
34
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO 
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGAS – 
PARTE 3
35
Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte 
Rodoviário de Cargas – Parte 3
Atualmente o mercado internacional de transporte rodoviário de mercadorias é 
atendido por mais de 100.000 empresas nacionais e estrangeiras registradas no Brasil 
(ANTT, 2015). Pela dimensão e importância, é essencial aos transportadores conhecerem 
sua regulamentação. Nesse sentido, a ANTT vem simplificando os procedimentos 
para habilitação ao Transporte Rodoviário Internacional de Cargas (TRIC) e, inclusive, 
ampliando as possibilidades de entrada de novos agentes no mercado.
1 Noções de Transporte Rodoviário Internacional de Cargas
Devido à sua posição geográfica na 
América do Sul, o Brasil tem uma 
relação muito próxima com diversos 
países vizinhos, com os quais realiza 
grandes volumes de compra e venda 
de mercadorias. Para a movimentação 
destas, o transporte rodoviário é a 
modalidade mais utilizada, ampliando 
sobremaneira o intercâmbio de cargas.
Segundo a ANTT (2015), para a consecução dos intercâmbios, o Brasil mantém 
historicamente acordos de transporte internacional terrestre com quase todos os 
países da América do Sul. E, ainda conforme informações disponibilizadas pela Agência, 
está em negociações com Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa.
 h
Os acordos entre países buscam facilitar o incremento do 
comércio, turismo e cultura no transporte de bens e pessoas, 
permitindo que veículos e condutores de um país, contando com 
trâmites fronteiriços simplificados, circulem com segurança nos 
territórios dos demais países. 
36
Contemplando as modalidades de transporte rodoviário e ferroviário, o Acordo sobre 
Transporte Internacional Terrestre entre os Países do Cone Sul inclui Argentina, Bolívia, 
Brasil, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai, sendo que entre Brasil e Venezuela refere-se 
apenas ao transporte rodoviário. A negociação que está em andamento com a Guiana 
também alude apenas ao transporte rodoviário, o único disponível atualmente.
 h
O Mercado Comum do Sul (Mercosul), que é um Tratado de 
Integração, com maior amplitude entre Argentina, Brasil, 
Paraguai e Uruguai,absorveu o Acordo de Transportes do Cone 
Sul. 
Para o crescimento do TRIC são realizadas negociações conjuntas periódicas visando 
atender as crescentes necessidades dos países, a incorporação dos avanços tecnológicos 
e operacionais, maior grau de segurança e maior agilidade dos procedimentos 
aduaneiros e imigratórios. Segundo a ANTT (2015), no caso do Mercosul, os países-
membros já atingiram estágio mais avançado com a negociação e adoção de normas 
técnicas comunitárias.
Por meio das discussões e dos acordos firmados, os fluxos internacionais de bens e 
pessoas tornam-se cada vez mais dinâmicos, competitivos e seguros, beneficiando as 
empresas que importam e exportam mercadorias em diferentes países. 
É importante ressaltar que, além dos acordos básicos citados, têm sido estabelecidos 
acordos específicos no Mercosul, como o de Transporte de Produtos Perigosos e o 
Acordo sobre Trânsito.
 g Saiba mais sobre os atos legais e regulamentares, os procedimentos operacionais e as informações estatísticas sobre o Transporte Internacional Terrestre na página da ANTT, 
disponível no link a seguir. 
 
www.antt.gov.br 
37
2 Regulamentação do TRIC
Para regulamentar os procedimentos relativos ao TRIC, a ANTT publicou em 2006 
a Resolução nº 1.474, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de 
licenças e autorizações para a execução dos serviços de transporte internacional de 
cargas. Essa regulamentação foi posteriormente alterada em 2012 pela Resolução nº 
3.826 da própria Agência. 
As normas vigentes buscam garantir o cumprimento dos termos estabelecidos nos 
acordos internacionais entre o Brasil e os demais países da América do Sul. Para isso, os 
procedimentos contidos nessa resolução são para a expedição de Licença Originária, 
de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário 
de cargas, e de Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras.
Veja a seguir os principais aspectos relativos ao transporte rodoviário internacional de 
mercadorias presentes na regulamentação.
2.1 Habilitação
Os procedimentos para uma empresa de Transporte Rodoviário de Carga obter 
autorização para o transporte internacional estão regulamentados no Brasil por meio 
da Resolução ANTT nº 1.474, de 31 de maio de 2006. A habilitação para o transporte 
pode ser:
a) Licença Originária
Licença Originária é a autorização para realizar transporte 
rodoviário internacional de cargas. 
Para habilitar-se ao transporte rodoviário internacional de cargas, a empresa deverá 
atender aos seguintes requisitos:
I – Ser constituída nos termos da legislação brasileira;
38
II – Ser proprietária de uma frota que tenha capacidade de transporte dinâmica total 
mínima de 80 (oitenta) toneladas, a qual poderá ser composta por equipamentos 
do tipo trator com semirreboque, caminhões com reboque ou veículos do tipo 
caminhão simples; e
III – Possuir infraestrutura composta de escritório e adequados meios de 
comunicação.
IV – Atender às especificações exigidas pela Resolução Mercosul/GMC/RES. n° 
25/2011, quanto aos veículos da frota a ser habilitada.
b) Autorização de Viagem de Caráter Ocasional
Autorização de viagem de Caráter 
Ocasional é a licença concedida para a 
realização de viagem não caracterizada 
como prestação de serviço regular 
e permanente, ou aquela que vier a 
ser definida em acordos bilaterais ou 
multilaterais. 
A empresa que solicitar Autorização de 
Caráter Ocasional deverá apresentar as 
seguintes informações:
I – Nome ou razão social da empresa responsável pela viagem ocasional;
II – Origem e destino da viagem;
III – Pontos de fronteira a serem utilizados durante o percurso;
IV – Tipo de carga a ser transportada, tanto na ida quanto no regresso;
V – Relação dos veículos a serem utilizados e cópia autenticada dos respectivos 
Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e da Apólice de 
Seguros de Responsabilidade Civil por lesões ou danos a terceiros;
VI – Cópia autenticada do Certificado de Inspeção Técnica Veicular Periódica (CITV);
VII – Vigência pretendida para a autorização; e
39
VIII – Número de inscrição do transportador no RNTRC, nos termos da Resolução 
nº 437, de 2004.
c) Licença Complementar
Licença Complementar é o ato expedido no Brasil, pelo qual a 
ANTT, atendidos os acordos internacionais vigentes, autoriza 
empresas com sede em outro país à prestação e operação de 
serviço de transporte rodoviário internacional de cargas. 
A Licença Complementar autoriza, ainda, a entrada, saída e trânsito dos veículos da 
empresa licenciada em território brasileiro, através de pontos de fiscalização aduaneira.
O pedido de Licença Complementar será dirigido à ANTT, mediante requerimento de 
representante legal da empresa no Brasil, ao qual deverão ser anexados os seguintes 
documentos:
I – Licença Originária e seus anexos, concedida há, no máximo, 120 (cento e vinte) 
dias pelo organismo nacional competente, e legalizada na representação 
diplomática do Brasil no país de origem; e
II – Procuração por instrumento público, outorgada a representante legal, único, 
perante a ANTT, residente e domiciliado em território brasileiro e com poderes 
para representar a empresa e responder por ela em todos os atos administrativos 
e judiciais, facultado o substabelecimento com reserva de poderes.
3 Legislação Básica e Simbologia dos Produtos Perigosos
A Regulamentação do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos tem como objetivo 
proporcionar condições de segurança para todos os envolvidos no transporte, para 
tanto seguem padrões internacionais ditados pela Organização das Nações Unidas 
(ONU). 
40
Para fins de transporte, os Produtos Perigosos são as substâncias 
encontradas na natureza ou produzidas por qualquer processo 
que, por suas características físico-químicas, representem risco 
para a saúde de pessoas, para a segurança pública e para o meio 
ambiente. 
Em 1988, o governo federal aprovou o regulamento para o Transporte Rodoviário de 
Produtos Perigosos com a publicação do Decreto nº 96.044/1988, complementado 
por algumas portarias do Ministério dos Transportes. Alguns anos mais tarde, a ANTT 
atualizou estas normas por meio das Resoluções nº 420/2004 e nº 3.632/2011, dentre 
outras.
A legislação sobre o transporte de produtos perigosos é complexa, pois para cada tipo 
de produto há especificidades a serem consideradas. Veja a seguir uma lista com as 9 
classes de Produtos Perigosos. Lembre-se de que cada classe deve ser identificada por 
símbolos específicos. 
41
Tabela 3: Classes de produtos perigosos
Rótulos Classe
 
Obs: 
*.* Local para indicação 
da subclasse. 
* Local para indicação 
do grupo de 
compatibilidade.
Classe 1: Explosivos
Subclasses
Subclasse 1.1: 
Substâncias e artigos 
com risco de explosão 
em massa;
Subclasse 1.2: 
Substâncias e artigos 
com risco de projeção, 
mas sem risco de 
explosão em massa;
Subclasse 1.3: 
Substâncias e artigos 
com risco de fogo e 
com pequeno risco 
de explosão ou de 
projeção, ou ambos, 
mas sem risco de 
explosão em massa;
Subclasse 1.4: 
Substâncias e artigos 
que não apresentam 
risco significativo;
Subclasse 1.5: 
Substâncias muito 
insensíveis, com risco de 
explosão em massa;
Subclasse 1.6: Artigos 
extremamente 
insensíveis, sem risco de 
explosão em massa.
42
Classe 2: Gases
Subclasses
Subclasse 2.1: Gases 
inflamáveis;
Subclasse 2.2: Gases não 
inflamáveis, não tóxicos;
Subclasse 2.3: Gases 
tóxicos.
 Classe 3: Líquidos inflamáveis
 
Classe 4: Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas 
à combustão espontânea; substânciasque, em 
contato com água, emitem gases inflamáveis.
Subclasses
Subclasse 4.1: Sólidos 
inflamáveis, substâncias 
autorreagentes e 
explosivos sólidos 
insensibilizados;
Subclasse 4.2: 
Substâncias sujeitas à 
combustão espontânea;
Subclasse 4.3: 
Substâncias que, 
em contato com 
água, emitem gases 
inflamáveis.
43
Fonte: ANTT, 2004; 2011.
 
 
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos 
orgânicos
Subclasses
Subclasse 5.1: 
Substâncias oxidantes;
Subclasse 5.2: Peróxidos 
orgânicos.
 
Classe 6: Substâncias tóxicas e substâncias 
infectantes.
Subclasses
Subclasse 6.1: 
Substâncias tóxicas;
Subclasse 6.2: 
Substâncias infectantes.
 Classe 7: Material radioativo.
Classe 8: Substâncias corrosivas.
Classe 9: Substâncias e artigos perigosos diversos.
44
Volumes contendo substâncias que apresentem risco para o meio ambiente também 
devem ser marcados com simbologia específica (ANTT, 2011). Veja:
Tabela 4: Substâncias que apresentem risco para o meio ambiente
Fonte: ANTT, 2004; 2011.
Glossário
Corrosiva: destruidora, destrutiva; que agride como que corroendo, desgastando. 
Rótulos Classe
 
Símbolo para o transporte de substâncias 
perigosas para o meio ambiente
45
 a
1) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: A ANTT simplifica 
os procedimentos para habilitação ao Transporte Rodoviário 
Internacional de Cargas (TRIC) e amplia as possibilidades de 
entrada de novos agentes no mercado. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue a alternativa verdadeira ou falsa: O Mercado 
Comum do Sul (Mercosul), que é um Tratado de Integração, 
com maior amplitude entre Argentina, Brasil, Paraguai e 
Uruguai, não absorveu o Acordo de Transportes do Cone Sul. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
46
Referências 
AFFECTUM. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista. 
Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/index.php?option=com_
content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-armadilhas-e-
oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: 5 set. 2015.
ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução ANTT nº 106 
de 17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do Vale-
Pedágio obrigatório. Brasília, 2002.
______. Resolução n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações. Aprova 
as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos.
______. Resolução nº 1.474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os procedimentos 
relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, 
para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no 
transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de Licença 
Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 
2006.
______. Resolução n° 2.550, de 14 de fevereiro de 2008, e suas alterações. Dispõe 
sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros 
e mediante remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro 
Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. 
Brasília, 2008a.
______. Resolução nº 2.885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas para 
o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas 
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as 
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008b.
______. Resolução n° 3.056, de 12 de março de 2009, e suas alterações. Dispõe sobre 
o exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e 
mediante remuneração, estabelece procedimentos para inscrição e manutenção no 
RNTRC e dá outras providências. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/>. Acesso 
em: jul. 2013.
47
______. Resolução n° 3.632, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o Anexo da Resolução 
nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções Complementares ao 
Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
______. Resolução nº 3.826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº 1.474, de 
31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de 
Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais 
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário 
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso 
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012.
______. TRIC — Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Disponível 
em: <http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 5 set. 2015.
______. Vale-Pedágio obrigatório. Disponível em: <http://www.antt.gov.br/index.
php/content/view/4937/Vale_Pedagio_obrigatorio.htm>. Acesso em: 28 ago. 2015.
BRASIL. Decreto nº 61.867, de 11 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros 
obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, 
e dá outras providências. Brasília, 1967.
______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do 
motorista profissional; e dá outras providências.
______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências.
______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto 
dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, e dá outras providências. (Lei Kandir). Presidência da República, Brasília, 
1996.
______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: jan. 2015.
______. Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre o Transporte Multimodal 
de Cargas e dá outras providências.
48
______. Decreto nº 3.411, de 12 de abril de 2000. Regulamenta a Lei nº 9.611, de 19 
de fevereiro de 1998, que dispões sobre o Transporte multimodal de Cargas, altera os 
Decretos nº 91.030, de 5 de março de 1985, e 1.910, de 21 de maio de 1996, e dá outras 
providências.
______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o Vale-Pedágio obrigatório 
sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da 
República, Brasília, 2001a.
______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos 
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas 
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de 
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 
e dá outras providências. Brasília, 2001b.
______. Lei n° 11.442, de 5 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. 
______. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do 
Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de 
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte 
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República 
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República 
Oriental do Uruguai, em 27 de maio de 2010. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.
CONTÁBEIS. Novas obrigaçõesfiscais exigem mais atenção das empresas. Disponível 
em: <http://www.contabeis.com.br/noticias/21941/novas-obrigacoes-fiscais-exigem-
mais-atencao-das-empresas/>. Acesso em: 5 set. 2015.
CONTRAN – CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Resolução nº 210, de 13 de 
novembro de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que 
transitem por vias terrestres e dá outras providências. Disponível em: <www.denatran.
gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em: dez. 2014.
DBTRANS. O que é o Vale-Pedágio obrigatório. Disponível em: <https://www.
rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat%C3%B3rio/
tabid/506/Default.aspx>. Acesso em: 28 ago. 2015.
DESTINONEGOCIO. Entenda o que você deve saber sobre a legislação fiscal antes de 
abrir um negócio. Disponível em: <http://destinonegocio.com.br/empreendedorismo/
entenda-o-que-voce-deve-saber-sobre-a-legislacao-fiscal-antes-de-abrir-um-
negocio/>. Acesso em: 5 set. 2015.
49
GUIADOTRC – GUIA DO TRANSPORTADOR. Transporte rodoviário de carga: modulo 
documentos fiscais. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/market/curso_
doc_fiscais.pdf>. Acesso em: 5 set. 2015.
______. Seguros no transporte rodoviário de cargas. Disponível em: <http://www.
guiadotrc.com.br/lei/seguro.asp>. Acesso em: 5 set. 2015.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Obrigações perante a legislação comercial, fisco 
federal e Ministério do Trabalho e Previdência Social no Brasil. Disponível em: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/obrigacoes.htm>. Acesso em: 5 
set. 2015.
PORTAL TRIBUTÁRIO. Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Disponível em: <http://
www.portaltributario.com.br/artigos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal.htm>. Acesso 
em: 5 set. 2015.
QUALITYCONTABIL. Transporte — saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Disponível em: 
<http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/transporte-saiba-quando-aplicar-o-
iss-ou-icms>. Acesso em: 5 set. 2015.
RFB – RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 
19 de dezembro de 2013. Dispõe sobre a Escrituração Contábil Fiscal (ECF). 
Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.
action?visao=anotado&idAto=48711>. Acesso em: 5 set. 2015.
______. Instrução Normativa RFB nº 1.510, de 5 de novembro de 2014. Altera a 
Instrução Normativa RFB nº 1.420, de 19 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a 
Escrituração Contábil Digital (ECD). Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.
gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=48711>. Acesso em: 5 set. 
2015.
______. Instrução Normativa RFB nº 1.524, de 8 de dezembro de 2014. Altera a 
Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 19 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a 
Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.
br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=48711>. Acesso em: 5 set. 2015.
TSS – TUDO SOBRE SEGUROS. Entenda o seguro de transportes. Disponível em: 
<http://www.tudosobreseguros.org.br/sws/portal/pagina.php?l=324>. Acesso em: 5 
set. 2015.
50
UNIDADE 4 | DOCUMENTAÇÃO E 
RESPONSABILIDADE PENAL DO 
MOTORISTA
51
Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade 
Penal do Motorista
Vamos conhecer os documentos obrigatórios do motorista e do veículo, a documentação 
estadual para o transporte, a legislação específica para o exercício da profissão e a 
responsabilidade penal do motorista por crimes praticados contra a Administração em 
geral.
1 Documentação Exigida 
1.1 Motorista 
Você deve ter sempre em mãos sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que 
deverá ser das categorias “C” ou “E”, conforme determina o CTB. E deve apresentar o 
documento original quando solicitado pelos órgãos fiscalizadores, como por exemplo, 
a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
1.2 Jornada de Trabalho do Motorista
Para proteger a saúde dos trabalhadores, a Lei nº 13.103/2015 regula a jornada de 
trabalho dos motoristas profissionais e o tempo máximo que eles poderão ficar na 
direção do veículo de maneira ininterrupta (BRASIL, 2015). 
Essa lei ficou conhecida como “Lei do Caminhoneiro” e define a quantidade máxima 
de horas seguidas que o motorista pode dirigir, tornando obrigatórias as paradas de 
descanso, um intervalo para as refeições e o tempo de descanso entre um dia e outro 
de trabalho.
52
A jornada diária do motorista continua a ser de 
oito horas, com possibilidade de duas horas extras, 
totalizando o máximo de dez horas. A cada seis 
horas ao volante, o motorista deverá descansar 30 
minutos. Esse tempo poderá ser fracionado, assim 
como o de direção, desde que o tempo dirigindo 
seja limitado ao máximo de 5,5 horas contínuas.
Lembre-se de que o intuito da lei é evitar a pressão 
das empresas transportadoras sobre os motoristas 
profissionais para que eles trabalhem mais do que 
sua saúde física e mental permite. 
1.3 No caso dos transportadores autônomos é preciso ter 
atenção redobrada!
 c
Você é seu próprio patrão, então, é o único responsável por 
cuidar de sua saúde. Procure obedecer aos limites estabelecidos, 
pois eles foram criados para proteger a saúde e a vida dos 
trabalhadores. 
1.4 Veículo
Em relação ao veículo, é exigido o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo 
(CRLV), que comprova que você pagou todos os impostos, taxas e multas, devendo ser 
apresentado o documento original. Como você trabalha com o transporte remunerado 
de cargas, é necessário apresentar também o registro do veículo no RNTRC.
53
1.5 Mercadorias em Geral
É exigido que você apresente:
Tabela 5: Documentos
Documento Descrição
Nota Fiscal
Comprova a posse da mercadoria e tem como principal 
objetivo atender às exigências do Fisco quanto ao 
trânsito das mercadorias e das operações realizadas 
entre adquirentes e fornecedores.
Conhecimento de 
Transporte Rodoviário
Comprova a contratação do transportador pelo 
embarcador para a realização do serviço de transporte. 
Esse documento é emitido pelo transportador e indica 
que as mercadorias estão sob sua responsabilidade 
para a entrega, de acordo com o que está descrito no 
conhecimento.
Autorização de 
Carregamento e 
Transporte
Utilizada no transporte de carga a granel, de 
combustíveis líquidos ou gasosos e de produtos 
químicos ou petroquímicos, quando, no momento 
da contratação do serviço, não forem conhecidos os 
dados relativos a peso, distância e valor da prestação 
do serviço. A utilização da autorização de carregamento 
não dispensa a posterior emissão do Conhecimento de 
Transporte Rodoviário de Cargas.
Ordem de Coleta de 
Carga
Utilizada pelo estabelecimento transportador 
que executar serviço de coleta de cargas no 
endereço do remetente, e destina-se a acobertar 
a prestação de serviço, do endereço do remetente 
até o do transportador, para emissão obrigatória do 
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, no 
qual será anotado o número da respectiva ordem de 
coleta.
Manifesto de Carga
Obrigatória somente no transporte rodoviário de carga 
fracionada, sendo utilizado pelos transportadores 
de cargas que executarem serviço de transporte 
intermunicipal e interestadual.
54
1.6 Produtos Perigosos
Se você estiver transportando algum tipo de Produto Perigoso, qualquer que seja sua 
classe, serão exigidos também:
Tabela 6: Documentos adicionais
Documento 
adicional
Descrição
Certificado de 
capacitação do 
veículo e dos 
equipamentos
Compatíveis com a carga, original, expedido pelo 
Inmetro ou entidade por ele credenciada.
Documento 
fiscal do produto 
transportado
Contendo o número ONU (número especificado pela 
Organização das Nações Unidas), classe ou subclasse, 
nome apropriado para o embarque, e a quantidade total 
por produto.
Fichade emergência 
e envelope para 
transporte
Escrita nos idiomas dos países de origem, trânsito e 
destino da carga, contendo: 
(1) identificação do expedidor ou do fabricante do 
produto que forneceu as instruções; 
(2) identificação do produto ou grupo de produtos a que 
as instruções se aplicam; 
(3) natureza dos riscos apresentados pelos produtos; 
(4) medidas a serem adotadas em caso de emergência 
(medidas a adotar em caso de contato com o produto, 
incêndio, ruptura de embalagens ou tanques, realização 
de transbordo e telefones de emergência dos bombeiros, 
polícia e defesa civil).
CNH (Carteira 
Nacional de 
Habilitação)
Com observação de habilitação para produtos perigosos 
(curso MOPP – Movimentação e Operações de Produtos 
Perigosos).
Licença especial Quando exigível (Ibama, Inmetro, Fepam etc.).
55
2 Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor
A responsabilidade civil – prevista no Código Civil – determina que o culpado é 
obrigado a indenizar financeiramente sua vítima, por exemplo, por acidentes ou danos 
provocados durante o transporte, quaisquer que sejam os danos, materiais ou morais.
A responsabilidade criminal é aquela que zela pelo respeito – individual e/ou coletivo 
– dos valores fundamentais de sociedade, tais como a vida, a segurança, a integridade 
física, a saúde, entre outros. Para isso, o Direito Penal identifica as infrações penais e 
especifica as respectivas penalidades.
 h
Um crime pode ser praticado por omissão. Por exemplo, um 
acidente que ocorre devido a uma falha no veículo que poderia 
ter sido detectada durante os procedimentos de manutenção 
preventiva. 
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro – CTB (BRASIL, 1997), ao proprietário 
do veículo caberá sempre a responsabilidade por infrações referentes às condições do 
veículo. Já ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos 
praticados na direção do veículo.
Lembre-se de que o Art. 291 do CTB estabelece que aos crimes cometidos na direção 
de veículos automotores aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de 
Processo Penal.
Equipamentos de 
segurança
Kit de emergência e EPI (Equipamento de Proteção 
Individual).
Rótulo de risco
Painel em formato de losango, onde estão estipulados 
o símbolo gráfico e a cor, que correspondem à classe do 
produto perigoso transportado.
Painel de segurança
Painel retangular de cor laranja contendo o número ONU 
e o número de risco do produto perigoso transportado.
56
3 Documentação Estadual e Tributos Relativos ao Transporte 
Rodoviário de Cargas
Vamos agora conhecer algumas particularidades referentes à documentação para o 
transporte e à documentação fiscal que variam de um estado para outro.
3.1 Código Fiscal de Operação Presente no CTRC
Como sabemos, o Conhecimento de 
Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC) é 
obrigatório no transporte da mercadoria. 
Ele deve ser emitido antes do início da 
prestação do serviço pelo transportador.
No Conhecimento de Transporte existe 
um campo importante que deve ser 
preenchido chamado Código Fiscal da 
Operação. Em algumas guias de CTRC 
esse campo se chama CÓDIGO, enquanto 
em outras guias ele recebe a sigla CFOP. Tal código especifica o tipo de serviço que 
está sendo realizado e a natureza fiscal do serviço. 
Os códigos fiscais para serviços de transportes são: 
5.351 (5.61) Prestação de Serviços de Transportes da mesma 
natureza dentro do Estado.
6.351 (6.61) Prestação de Serviços de Transportes da mesma 
natureza para fora do Estado.
5.352 (5.62) Prestação de Serviços de Transportes a 
estabelecimento Industrial localizado no Estado. Incluindo 
estabelecimento industrial de cooperativas.
57
6.352 (6.62) Prestação de Serviços de Transportes a 
estabelecimento Industrial localizado fora do Estado. Incluindo 
estabelecimento industrial de cooperativas.
5.353 (5.62) Prestação de Serviços de Transportes a 
estabelecimento Comercial localizado no Estado. Incluindo 
estabelecimento comercial de cooperativas.
6.353 (6.63) Prestação de Serviços de transportes a 
estabelecimento Comercial localizado fora do Estado. Incluindo 
estabelecimento comercial de cooperativas.
5.357 (5.63) Prestação de Serviços de Transportes a não 
contribuinte no Estado.
6.357 (6.63) Prestação de Serviços de transportes a não 
contribuinte fora do Estado.
3.2 ISS ou ICMS?
A tributação pelo ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) ou ICMS (Imposto 
sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação) não é uma escolha 
do prestador ou do contratante do serviço, e sim uma determinação das legislações 
relacionadas aos tributos envolvidos. Por incidirem sobre o mesmo serviço, definir 
qual imposto deve ser cobrado — se ICMS ou ISS, causa dúvidas para os contribuintes 
e para os usuários do serviço de transporte. 
 h
Os serviços de transporte serão tributados ou pelo ISS ou pelo 
ICMS dependendo do trajeto no qual sejam prestados. A 
tributação por um deles elimina a outra alternativa. 
58
Para definir qual tributação é devida, se ISS ou ICMS, precisamos primeiro identificar o 
início e o término do serviço de transporte, para então concluir se o percurso é 
municipal, intermunicipal ou interestadual. 
O serviço de transporte tem início quando 
o prestador coleta efetivamente a carga 
a ser transportada, e termina quando o 
prestador do serviço entrega a carga no 
local determinado pelo contratante ou 
usuário do serviço.
Quando o transporte começa e termina 
dentro de um mesmo município, é 
preciso recolher o ISS. Quando o serviço 
de transporte sai do município, é preciso 
recolher o ICMS.
3.3 Tributação pelo ICMS
O ICMS foi definido pela chamada Lei Kandir, que corresponde à Lei Complementar nº 
87, de 13 de setembro de 1996. Ela dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito 
Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
O segundo artigo da lei estabelece claramente as situações nas quais deve ser recolhido 
o ICMS. Veja a seguir.
Art. 2º O imposto incide sobre:
I – operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o 
fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e 
estabelecimentos similares;
II – prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias 
ou valores;
59
III – prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer 
meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, 
a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de 
qualquer natureza;
IV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não 
compreendidos na competência tributária dos Municípios;
V – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços 
sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, 
quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à 
incidência do imposto estadual.§ 1º O imposto incide também:
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, 
por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte 
habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
II – sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha 
iniciado no exterior;
III – sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de 
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos 
dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações 
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver 
localizado

Outros materiais