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Noções direito consumidor (1)

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Noções de 
Direito do 
Consumidor
SEST - Serviço Social do Transporte
SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
Qualquer parte dessa obra poderá ser reproduzida,
desde que citada a fonte.
Fale Conosco
0800 728 2891
ead.sestsenat.org.br
3
Sumário
Apresentação 5
Unidade 1 | Direitos do Consumidor 6
1. Direitos do Consumidor 7
Glossário 9
Atividades 10
Referências 11
Unidade 2 | Consumidor X Fornecedor 12
1. Consumidor X Fornecedor 13
1.1. Relação de Consumo 13
1.2. O Consumidor 13
1.3. O Fornecedor 14
1.4. Produto 15
1.5. Serviço 15
Glossário 19
Atividades 20
Referências 21
Unidade 3 | Principais Direitos e Deveres do Consumidor 22
1. Principais Direitos e Deveres do Consumidor 23
1.1. Um Pouco Mais Sobre Direitos 28
1.2. E Por Falar em Deveres 30
1.3. O Lado de Cá do Balcão Também Sofre 31
1.3.1. Agir de Boa-Fé 31
1.3.2. Cumprir o Contrato 32
1.3.3. Utilizar o Produto de Forma Adequada 32
1.3.4. Planejar-se Financeiramente 32
4
1.3.5. Atentar Para os Prazos 33
Glossário 34
Atividades 35
Referências 36
Unidade 4 | Código de Defesa do Consumidor: O Que é 37
1. Código de Defesa do Consumidor: O Que é 38
1.1. Uma Visão Geral do Código de Defesa do Consumidor 39
1.2. Os Princípios do Código 40
1.3. O Futuro do Código 43
Glossário 45
Atividades 46
Referências 47
Unidade 5 | Abusos Contra o Consumidor 48
1. Abusos Contra o Consumidor 49
1.1. O Que Diz o Código 49
Glossário 52
Atividades 53
Referências 54
Unidade 6 | Principais Órgãos de Defesa do Consumidor 55
1. Principais Órgãos de Defesa do Consumidor 56
1.1. O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) 56
1.2. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) 57
Glossário 61
Atividades 62
Referências 63
5
Apresentação
Prezado aluno,
Seja bem-vindo ao Curso Noções de Direito do Consumidor! 
Neste curso você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos 
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
O curso possui carga horária total de 20h e foi organizado em 6 unidades, conforme a 
tabela a seguir:
Unidade Carga horária
1 - Direitos do Consumidor 2 horas
2 - Consumidor versus Fornecedor 4 horas
3 - Principais Direitos e Deveres do Consumidor 4horas
4 - Código de Defesa do Consumidor: O Que É 4 horas
5 - Abusos Contra o Consumidor 4 horas
6 - Principais Órgãos de Defesa do Consumidor 2 horas
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar pelos conteúdos e realizar as atividades previstas nas “Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”;
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas entre em contato com a suporteead@sestsenat.org.br (0800 7282891).
Bons estudos!
6
UNIDADE 1 | DIREITOS DO 
CONSUMIDOR
7
1 Direitos do Consumidor
A história dos direitos do consumidor 
no Brasil já tem uma longa trajetória. 
Se voltarmos no tempo, tudo começa 
pelo ano de 1933, quando o Decreto 
n.º 22.626/33 estabeleceu limites para 
a cobrança de juros como uma forma 
de conter a usura, que é justamente 
a cobrança excessiva de juros em 
contratos. Alguns anos depois, em 1951, 
entrou em vigor a Lei de Economia 
Popular (Lei n.º 1.521/51). E, de pequeno 
em pequeno avanço, chegamos aos anos 
60 e 70, quando o Brasil, a exemplo do 
que acontecia em países mais avançados, 
começou a articular algumas iniciativas para assegurar que os produtos circulassem 
livremente e garantissem o abastecimento da população. A Lei Delegada n.º 4, de 
1962, tinha exatamente essa finalidade. 
Era um início tímido, mas foi a partir daí que começaram a surgir instituições voltadas 
para amparar especificamente a figura do consumidor. Alguns estados brasileiros 
saíram na frente e criaram os primeiros organismos em nível estadual, o que estimulou 
iniciativas federais. Veja que estamos falando de associações civis e entidades 
governamentais pioneiras como: 
• Conselho de Defesa do Consumidor (CODECON) em 1974; 
• Associação de Defesa e Orientação do Consumidor (ADOC) em Curitiba em 1976;
• Associação de Proteção ao Consumidor (APC) em Porto Alegre em 1976;
• Sistema Estadual de Proteção ao Consumidor, por meio do Decreto n.º 7.890/1976 
do Governo do Estado de São Paulo.
Com o tempo, outras iniciativas surgiram. E, no final das contas, onde chegamos? Bem, 
depois de um turbulento período de crise econômica e política, o Brasil finalmente 
atravessou os anos pesados da ditadura militar e alcançou a democracia!
 
8
 h
O atestado brasileiro de maturidade política foi a Constituição 
da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988. A 
Constituição é o preceito máximo que regula o funcionamento 
do país por meio de regras, normas e leis. E veja só o que ela 
estabelece em seu art. 5.º, inciso XXXII: “O Estado promoverá, 
na forma da lei, a defesa do consumidor”. 
Essa determinação expressa na Constituição Federal não foi apenas um registro de 
intenções futuras. Pelo contrário, o compromisso era tão firme e urgente que, antes 
da Constituição de 1988, o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) 
registrou, em seu art. 48, o mandamento: 
“O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da 
promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do 
consumidor”
O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) funcionou como norma 
constitucional de caráter temporário, a fim de garantir a transição harmônica entre a 
Constituição Federal de 1967 e a Constituição Federal de 1988.
 h
Chegamos, então, ao mais importante documento a ser 
estudado em nosso curso: O Código de Defesa do Consumidor 
(CDC). Mas vamos deixar para falar sobre ele um pouco mais 
à frente, pois antes estudaremos alguns conceitos essenciais 
que veremos na próxima unidade!
9
Agora é com Você!
É interessante conhecer nossa história não é mesmo? O vídeo As sete 
constituições do Brasil apresenta, de forma breve e ilustrada, o que 
mais marcou cada uma das constituições brasileiras e o que acontecia no 
país quando foram promulgadas. É possível saber as conquistas que se 
transformaram em lei, bem como os momentos de retrocesso. 
O vídeo pode ser acessado pelo link:
https://www.youtube.com/watch?v=qxlI21q5mZw.
Você acaba de concluir o conteúdo desta unidade. Agora, você pode 
prosseguir para testar o que já aprendeu até este momento e, na 
sequência, avançar em seus estudos até finalizar os tópicos deste curso. 
Mãos à obra!
Glossário
Democracia: forma de governo em que o povo exerce a soberania, direta ou 
indiretamente.
Ditadura militar: forma de governo cujos poderes políticos são controlados por 
militares.
Preceito: o que se recomenda praticar; regra, norma, lei.
Promulgar: ação de publicar ou mandar publicar uma lei ou decreto com todos os 
requisitos necessários para que possa valer na prática. É dar conhecimento público, 
reconhecer sua autenticidade. 
Usura: cobrança de juros superiores ao estabelecido por lei ou pelo uso.
10
 d
1 - Em relação à história do direito do consumidor no Brasil, 
nas décadas de 1960 e 1970, não havia iniciativas por parte 
da União para proteger o consumidor. Esse item é: 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
2 - Antes da Constituição de 1988, o Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias (ADCT) registrou, em seu art. 
48, o mandamento:o Congresso Nacional, dentro de cento 
e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará 
código de defesa do consumidor”
( ) Verdadeiro ( ) Falso
3 - Julgue a afirmação a seguir: a Constituição Federal de 
1988 estabeleceu em seu art. 5.º, inciso XXXII: “O Estado 
promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”. 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
11
Referências
BRASIL. Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADTC) - art. 48, de 05 de 
outubro de 1988. Define que o Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da 
promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#adct>. 
Acesso em: 30 de maio de 2016.
________. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado 
Federal, 1988.
________. Decreto nº 22.626, de 7 de abril de 1933. Dispõe sobre os juros nos contratos 
e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/d22626.htm>. Acesso em 30 de maio de 2016.
________. Lei Delegada nº 4 de 26 de setembro de 1962. Dispõe sobre a intervenção 
no domínio econômico para assegurar a livre distribuição de produtos necessários ao 
consumo do povo. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/LEIS/LDL/
Ldl04.htm>. Acesso em: 30 de maio de 2016.
________. Lei nº 1.521, de 26 de dezembro de 1951. Altera dispositivos da legislação 
vigente sobre crimes contra a economia popular. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L1521.htm>. Acesso em: 30 de maio de 2016. 
_______. Lei n.º 8.078 de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do 
consumidor e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em: 3 de maio de 2016.
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC.). Cartilha do Consumidor. 
Maceió: DPDC, 2016.
Governo do Estado de São Paulo. Decreto nº 7.890 de 6 de maio de 1976. Cria o Sistema 
Estadual de Proteção ao Consumidor. Disponível em: <http://governo-sp.jusbrasil.com.
br/legislacao/214384/decreto-7890-76>. Acesso em 30 de maio de 2016.
 
12
UNIDADE 2 | CONSUMIDOR X 
FORNECEDOR
13
1 Consumidor X Fornecedor
O título deste tópico não pretende dar a 
ideia de enfrentamento ou de oposição 
de interesses. Pelo menos, essa não 
deveria ser a tendência natural de uma 
relação baseada na transparência e na 
clareza das leis. Mas, se você pensar 
bem, a criação do Código de Defesa do 
Consumidor (CDC) não é justamente 
uma forma de aparar arestas que muitas 
vezes surgem numa relação comercial? 
A legislação de defesa do consumidor 
surgiu porque essa relação, às vezes, não 
é tão tranquila assim.
1.1 Relação de Consumo
Para começar, precisamos entender o que é, de fato, uma relação de consumo. Ela é 
um tipo de contrato (mais ou menos formal, mas sempre amparado na lei) baseado em 
alguns elementos que estão sempre presentes: o consumidor, o fornecedor, o produto 
ou serviço e o valor a ser pago. Há, também, um elemento fundamental para que, à luz 
do CDC, exista realmente uma relação de consumo: o destinatário final. É ele quem irá, 
como o próprio nome diz, ser o beneficiário do produto ou serviço.
1.2 O Consumidor
Para o Código de Defesa do Consumidor, o consumidor pode ser uma pessoa física ou 
jurídica. Mas, para isso, ela precisará pagar pelo produto ou serviço e ser efetivamente 
o destinatário final. Trocando em miúdos: consumidor é quem compra um produto ou 
serviço, paga por ele e faz uso do que adquiriu. Se a pessoa (ou empresa) comprou o 
produto para revender, por exemplo, não será considerado consumidor.
14
Existe um tipo especial de consumidor: o consumidor equiparado. É o caso, por exemplo, 
de pessoas que foram prejudicadas pelo mal funcionamento de um determinado 
produto, mesmo que não o tenham adquirido, ou sofreram as consequências de alguma 
prática comercial abusiva.
 e
Ou seja, indiretamente, esses consumidores equiparados 
sofreram prejuízos provocados pelo produto ou serviço 
oferecido fora dos padrões.
1.3 O Fornecedor
O conceito de fornecedor parece simples, mas contempla algumas situações que 
normalmente não levamos em conta. Vejamos de que maneira o CDC define o 
fornecedor:
Art. 3.° - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como os entes despersonalizados que desenvolvem atividades de 
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, 
distribuição ou comercialização de produtos ou serviços. § 1.° Produto é qualquer bem, 
móvel ou imóvel, material ou imaterial. § 2.° Serviço é qualquer atividade fornecida no 
mercado de consumo mediante remuneração (...). (BRASIL, 1990, p.1).
 h
Conforme você pode constatar, o CDC dá uma definição bem 
ampla e precisa do que é fornecedor. Observe que o Código 
dá uma atenção especial ao que o fornecedor executa. E ainda 
dedica um espaço para a definição de produto e de serviço, 
ressaltando que este último é feito mediante remuneração.
15
Aqui caberia uma pergunta interessante: e se a pessoa ou empresa que se desfez do 
bem não tinha o intuito de revendê-lo, mas apenas de se desfazer desse bem sem 
fazer disso uma atividade comercial? Considere, por exemplo, que uma pessoa se 
desfez de um aparelho de refrigeração que era de seu uso, mas perdeu a utilidade 
para ela. Nesse caso, a pessoa pode ser considerada como um fornecedor? A resposta 
é não. A não ser que isso seja atividade de comercialização regular (compra e venda 
de eletrodomésticos novos ou usados), essa pessoa ou empresa não é considerada 
fornecedor. Para complementar as definições de produto e serviço já apresentadas, 
vamos ver o que estabelece o CDC nos próximos tópicos.
1.4 Produto 
Produto é qualquer bem colocado no mercado de consumo, podendo ser material ou 
imaterial, móvel ou imóvel, ou seja, casa, vestuário, software, alimento, entre outros. 
(CDC, art. 3.º, § 1.º).
1.5 Serviço
Serviço é qualquer atividade colocada no mercado 
de consumo, mediante remuneração, mesmo que 
seja de natureza bancária, de crédito ou securitária, 
com exceção das relações de caráter trabalhista. 
(CDC, art. 3.º, § 2.º).
1.6 O CDC e as Relações Entre Consumidor e Fornecedor
Você já aprendeu que o CDC foi elaborado para garantir a defesa dos direitos do 
consumidor, conforme determinou a Constituição de 1988. Por isso, a partir do 
momento em que entrou em vigor, o Código adquiriu enorme importância na regulação 
das relações entre consumidor e fornecedor, assegurando o cumprimento de direitos 
que se tornaram fundamentais daquele momento em diante.
16
O CDC estabeleceu algumas definições importantes, que preveem como se dá a 
responsabilidade civil nas relações de consumo. E quando estudamos o Código um 
pouco mais a fundo, vemos que essas definições podem fazer grande diferença na hora 
de identificar as principais características de uma relação consumidor x fornecedor. 
Você sabia, por exemplo, que a responsabilidade civil numa relação de consumo pode 
ser identificada pelo fato do produto ou serviço ou pelo vício do produto ou serviço?
A melhor maneira de entender o que cada uma dessas expressões significa é 
começar pelo começo, ou seja, conhecendo o que o CDC estabelece sobre essa tal 
“responsabilidade civil”:
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos 
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, 
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento 
de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadassobre sua 
utilização e riscos. (BRASIL, 1990, p.1).
 e
Essas responsabilidades definidas no CDC são a base para 
entendermos os conceitos de fato e de vício do produto ou 
serviço.
Quando as coisas não saem conforme o previsto...
• O problema pode ter origem em um vício do produto ou serviço. Nesse caso, o 
problema encontrado está limitado ao produto ou serviço. Um bem que você 
comprou e que deixou de funcionar pouco depois, por exemplo.
Exemplo:
Você adquiriu um bronzeador solar que prometia proteção e bronzeado impecável. 
Após usar o produto, descobriu que ele não fazia efeito nenhum.
17
• Mas pode acontecer de o problema ter origem em um fato do produto ou serviço. 
Nesse caso, o consumidor não sofre apenas a frustração do mau funcionamento. 
De alguma forma ele é prejudicado por essa falha. Ou seja, o problema vai além 
do funcionamento do produto e provoca algum dano físico, moral ou material a 
quem o utilizou.
Exemplo:
Você resolve mudar a marca do protetor solar. Na primeira aplicação do novo produto, 
descobre que ele, longe de proteger, causa irritação na pele e acentua os efeitos dos 
raios solares. Por conta disso você acaba sofrendo uma pesada insolação.
Se você puxar um pouquinho pela memória, vai se lembrar de várias situações em que 
o problema no produto ou serviço contratado por você pode ter sido tanto de vício 
como de fato. Uma empresa contratada para fazer dedetização pode, por vício, não 
conseguir eliminar todas as pragas do ambiente; mas também pode, por fato, exagerar 
na aplicação dos venenos e causar problemas de saúde para os habitantes da casa.
 h
O mais importante é saber que, seja por vício, seja por fato, o 
fornecedor é civilmente responsável pelo produto ou serviço 
que oferece. E um eventual ressarcimento dependerá do grau 
de prejuízo que ele causar ao consumidor!
Você deve estar se perguntando: ok, alguém é responsável perante a lei para garantir 
os direitos do consumidor. Mas quem é essa pessoa, no final das contas, considerando 
que um bem ou serviço, às vezes, envolve uma extensa lista de pessoas envolvidas em 
todas as etapas de produção até que ele possa chegar ao consumidor? 
Pois saiba que o CDC também pensou nisso! Lá no seu Art. 12, o código deixa bem 
claro quem é responsável pela integridade do que é oferecido ao mercado: pode ser 
o fabricante, responsável por industrializar os produtos que oferece; o produtor, que 
disponibiliza produtos não industrializados; o construtor, que constrói e oferece uma 
residência para venda; ou um importador, que traz do estrangeiro produtos para o 
mercado nacional.
18
 h
Todas essas pessoas, dependendo da relação de consumo 
firmada, são responsáveis perante o consumidor. Essa 
responsabilidade pode assumir formas diversas, mas estará 
sempre presente, e é uma responsabilidade objetiva e 
solidária. É objetiva porque só é necessário que se demonstre 
o problema e as ligações com os danos que ele causou. E é 
solidária porque todos os envolvidos na entrega do produto ou 
serviço podem ser chamados a assumir a responsabilidade por 
danos causados aos consumidores desse produto ou serviço.
Agora é com Você!
Que tal conhecer mais sobre o Código de Defesa do Consumidor e o 
que ele garante ao consumidor brasileiro? No vídeo Código de Defesa 
do Consumidor, você tem acesso aos principais tópicos do código, como 
publicidade enganosa e práticas abusivas contra o consumidor. Este é 
um vídeo da TV Justiça, que pode ser acessado pelo link: https://www.
youtube.com/watch?v=ylpUD2PeYa8.
Ótimo, você acaba de finalizar sua unidade e está apto a testar seus 
conhecimentos nas questões referentes a ela. Prossiga em seus estudos 
para concluir o restante de seu curso.
19
Glossário
Construtor: quem constrói e oferece uma residência para venda.
Consumidor: pessoa física ou jurídica que paga pelo produto ou serviço sendo, 
efetivamente, o destinatário final.
Direitos fundamentais: são os direitos básicos individuais, sociais, políticos e jurídicos 
que são previstos na Constituição Federal de uma nação. Os direitos fundamentais são 
baseados nos direitos humanos.
Fabricante: o responsável por industrializar os produtos que oferece.
Fornecedor: toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, 
bem como os entes despersonalizados que desenvolvem atividades de produção, 
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição 
ou comercialização de produtos ou serviços.
Importador: quem traz do estrangeiro produtos para o mercado nacional. 
Produto: qualquer bem colocado no mercado de consumo, podendo ser material ou 
imaterial, móvel ou imóvel, ou seja, casa, vestuário, software, alimento, entre outros.
Produtor: quem disponibiliza produtos não industrializados.
Relação de consumo: um tipo de contrato (mais ou menos formal, mas sempre 
amparado na lei) baseado em alguns elementos que estão sempre presentes: o 
consumidor, o fornecedor, o produto ou serviço e o valor a ser pago.
Responsabilidade civil: dever que uma pessoa tem de reparar os danos provocados a 
outra numa determinada situação. O Direito procura determinar se a pessoa é mesmo 
responsável e, se for, como está obrigada a reparar a pessoa que sofreu os danos. 
Serviço: qualquer atividade colocada no mercado de consumo, mediante remuneração, 
mesmo que seja de natureza bancária, de crédito ou securitária, com exceção das 
relações de caráter trabalhistas. Ou seja, estão incluídas aquelas atividades oferecidas 
por bancos, financeiras e empresas seguradoras dentro dos seus pacotes de serviços.
Software: sequência de instruções escritas para serem interpretadas por um 
computador com o objetivo de executar tarefas específicas. Também pode ser definido 
como os programas que comandam o funcionamento do computador.
20
 d
1 - Julgue o item a seguir: um tipo de contrato (mais ou 
menos formal, mas sempre amparado na lei) baseado em 
alguns elementos que estão sempre presentes: o 
consumidor, o fornecedor, o produto ou serviço, o valor a 
ser pago. Caracteriza uma relação de responsabilidade civil.
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
2 - Assinale V ou F nas alternativas abaixo:
( ) Consumidor: pessoa física ou jurídica que paga pelo 
produto ou serviço sendo, efetivamente, o destinatário final.
( ) Fabricante: o responsável por industrializar os produtos 
que oferece.
( ) Importador: quem traz do estrangeiro produtos para o 
mercado nacional. 
( ) Produtor: qualquer bem colocado no mercado de 
consumo, podendo ser material ou imaterial, móvel ou imóvel, 
ou seja, casa, vestuário, software, alimento, entre outros.
3 - O consumidor equiparado é um tipo de consumidor que 
se iguala ao fornecedor?
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
Atividades
21
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 
1988.
______. Lei n.º 8.078 de 11 de setembro 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor 
e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L8078.htm>. Acesso em: 3 de maio de 2016.
PROCON ALAGOAS. Cartilha do Consumidor. [s.d.]. Disponível em: < http://www.
procon.al.gov.br/legislacao/cartilhadoconsumidor.pdf>. Acesso em: 6 de maio de 2016.
 
22
UNIDADE 3 | PRINCIPAIS 
DIREITOS E DEVERES DO 
CONSUMIDOR
23
1 Principais Direitos e Deveres do Consumidor
O Código de Defesa do Consumidor reserva o Capítulo III para tratar dos direitos 
básicos do consumidor. Esses direitos são tão importantes que, nesta unidade, vamos 
comentar rapidamente cada um deles, tomando o cuidado de reproduzir o que está no 
CDC na íntegra.
 
O que está no código:
Art. 6.º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde esegurança contra os riscos provocados por práticas 
no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos.
Trocando em miúdos: 
Nenhum fornecedor pode vender um produto ou 
oferecer um serviço sem avisar o consumidor de 
qualquer risco que ele porventura venha a correr, seja 
à sua saúde ou à sua segurança. Isso vale para rótulos 
e bulas de remédios, embalagens, cuidados básicos de 
higiene e de conservação, etc.
 e
O fornecedor tem responsabilidade sobre a qualidade do 
produto que coloca em suas prateleiras. Caso descubra que o 
produto apresenta defeitos ou oferece qualquer tipo de risco, 
ele é obrigado a comunicar isso aos seus clientes, usando 
as formas de divulgação que o caso exige: rádio, televisão, 
jornais, etc.
O que diz o código:
Art. 6.º - São direitos básicos do consumidor: 
24
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, 
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações.
Trocando em miúdos:
Todo consumidor tem o direito de ser informado sobre a melhor e mais adequada 
maneira de consumir os produtos e serviços que adquirir. E deve ter, também, toda a 
liberdade para escolher o produto ou serviço que mais lhe agradar.
O que diz o código:
Art. 6.º São direitos básicos do consumidor:
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e 
preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
Trocando em miúdos: 
Os produtos devem trazer todas as informações de que o consumidor precisar. Isso 
inclui dados sobre preço, natureza e composição, origem, riscos, modo de utilização, 
enfim, toda e qualquer informação que possa ser determinante na hora da escolha por 
parte do consumidor.
 
O que diz o código:
Art. 6.º São direitos básicos do consumidor:
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais 
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou 
impostas no fornecimento de produtos e serviços.
Trocando em miúdos:
O CDC é muito rigoroso com relação à publicidade enganosa e abusiva. O que foi 
prometido tem que ser cumprido. Se isso não acontecer, é direito do consumidor 
reaver o dinheiro que ele pagou e cancelar o contrato. 
25
 e
 
O Código de Defesa do Consumidor considera crime (art. 67, 
CDC) a publicidade enganosa e a abusiva!
Mas, afinal, existe diferença entre publicidade enganosa e publicidade abusiva? Sem 
dúvida! Veja as diferenças no quadro.
Publicidade enganosa é aquela que sonega informações sobre o produto ou as 
condições de venda, as bases comerciais, os termos do contrato, etc. Existe até a 
publicidade que mente sobre o produto, passando informações falsas.
Publicidade abusiva é aquela que atenta contra os valores da nossa sociedade. 
Ela pode ser ofensiva, preconceituosa ou usar de má fé para explorar o medo e a 
superstição. Pode atentar contra o meio ambiente ou incitar a violência ou se aproveitar 
da ingenuidade do consumidor (como no caso de crianças).
 
O que diz o código:
Art. 6.º São direitos básicos do consumidor:
V - a modificação das cláusulas contratuais que 
estabeleçam prestações desproporcionais ou 
sua revisão em razão de fatos supervenientes 
que as tornem excessivamente onerosas.
Trocando em miúdos:
Cláusulas contratuais que forem prejudiciais ao consumidor podem ser anuladas ou 
alteradas por um juiz. O consumidor está protegido pelo CDC em todas as situações 
contratuais em que cláusulas sejam abusivas, excessivamente onerosas ou, de qualquer 
outra forma, danosas aos seus interesses.
26
 a
Mas como reconhecer as cláusulas abusivas? 
Existem algumas dicas que podem ajudar você a detectar 
“armadilhas” nos contratos que vier a assinar. Veja abaixo o 
que aconselha o site do Programa de Proteção e Defesa do 
Consumidor (Procon) da Prefeitura de Montes Claros – MG.
“O Código de Defesa do Consumidor garante o equilíbrio 
de direitos e obrigações na assinatura de qualquer tipo de 
contrato. Assim, não são permitidas cláusulas que:
a) diminuam a responsabilidade do fornecedor no caso de 
dano ao consumidor;
b) proíbam o consumidor de devolver o produto ou reaver 
a quantia já paga quando o produto ou serviço apresentar 
defeito;
c) estabeleçam obrigações para outras pessoas além do 
fornecedor e do consumidor;
d) coloquem o consumidor em desvantagem exagerada;
e) estabeleçam obrigatoriedade somente para o consumidor 
apresentar provas no processo judicial;
f) proíbam o consumidor de recorrer diretamente a um órgão 
de proteção ao consumidor ou à Justiça, sem antes recorrer ao 
próprio fornecedor ou a quem ele determinar;
g) possibilitem ao fornecedor modificar qualquer parte do 
contrato, sem autorização do consumidor;
h) estabeleçam perda das prestações já pagas por descumprimento 
de obrigações do consumidor.” 
Fonte: http://tinyurl.com/gtdx962.
27
O que diz o código:
Art. 6.º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos.
Trocando em miúdos:
Neste ponto o código trata da indenização a que o consumidor tem direito quando for 
prejudicado em uma relação de consumo, inclusive por danos morais. 
 h
 
Para efeito de reparação de danos, o Código de Defesa do 
Consumidor considera, inclusive, danos morais!
O que diz o código:
Art. 6.º São direitos básicos do consumidor:
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com 
vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais 
e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a 
proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados. 
Trocando em miúdos:
Sempre que se sentir prejudicado em seus direitos, o consumidor poderá ter acesso à 
Justiça para buscar reparação. 
O que diz o código:
Art. 6.º São direitos básicos do consumidor:
28
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da 
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a 
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiências.
Trocando em miúdos: 
A defesa dos direitos do consumidor ficou muito facilitada com a entrada do CDC em 
vigor. Em algumas situações, é possível, até, inverter-se o ônus de provar os fatos.
O que diz o código:
Art. 6.º São direitos básicos do consumidor:
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
Trocando em miúdos:
O Código de Defesa do Consumidor também garante ao consumidor a prestação de 
serviços públicos de qualidade. Isso vale inclusive para a obrigatoriedade de bom 
atendimento por parte do órgãos públicos e concessionárias de serviços. 
1.1 Um Pouco Mais Sobre Direitos
O Código de Defesa do Consumidor determina que: 
“Art. 18. Os fornecedores são responsáveis pelos vícios de 
qualidade ou quantidade do produto” 
O que isso quer dizer, na realidade? Afinal, o que são os 
vícios de um produto? Vícios de um produto são problemas 
que o tornam inadequado, impróprio para atender o que 
a relação de consumo estabeleceu. Esses vícios podem 
ser de qualidade e de quantidade. Os problemas serão 
considerados vícios de qualidade quando o produto for 
29
inadequado para o consumo ou apresentar defeito de funcionamento. O vício de 
quantidade, por sua vez, ocorre quando o produto não é entregue na quantidade 
prometida. 
Aqui cabe uma pergunta interessante: se o produto apresenta um defeito de fabricação 
e é, digamos, importado, o fornecedor que o comercializou pode ser considerado 
responsável perante o consumidor? Sem dúvida! Veja o que diz o código:O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser 
identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, 
construtor ou importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer 
o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na 
causação do evento danoso.
 a
No caso de vício na prestação de um serviço, o CDC garante ao 
consumidor, em seu art. 20, que o serviço seja feito novamente 
sem custo adicional, que o preço seja reduzido ou que o 
dinheiro pago seja devolvido. Com correção! 
Segundo o art. 19, se o produto foi entregue em quantidade insuficiente, o consumidor 
pode exigir que o fornecedor o troque, faça abatimento no preço ou complete a 
quantidade de acordo com o que está expresso na embalagem. Ou, também, pode 
exigir seu dinheiro de volta.
E quanto aos prazos para reclamação?
O art. 26 do CDC trata especificamente dos prazos que o consumidor tem para reclamar 
de vícios nos produtos. Se forem vícios fáceis de serem percebidos:
30
• 30 (trinta) dias para produtos ou serviços não duráveis. Por exemplo: alimentos, 
serviço de lavagem de roupa em uma lavanderia. 
• 90 (noventa) dias para produtos ou serviços duráveis. Por exemplo: 
eletrodomésticos, reforma de casa, pintura de carro. 
 a
Mas pode acontecer de o produto apresentar um vício difícil 
de ser notado. É o que se denomina “vício oculto”. Nesses 
casos, o prazo começa a contar a partir da data em que o vício 
apareceu.
Agora, uma questão importante. O consumidor tem direito de se arrepender da compra 
de produto ou da contratação de serviço? Não é tão simples, mas esse direito está 
assegurado no art. 49 do CDC. Pode acontecer, sim, de você resolver não ficar com o 
produto que adquiriu ou não desejar mais fazer o serviço que contratou. Mas isso vale 
para contratos feitos fora do estabelecimento comercial. Por exemplo, em compras 
por telemarketing, internet, etc. Nesses casos, você tem sete dias para se arrepender 
do negócio.
1.2 E Por Falar em Deveres
O Código de Defesa do Consumidor foi 
elaborado para proteger o cidadão nas 
relações de consumo. Talvez, por essa 
razão, sempre pensemos no papel do 
consumidor pelo ângulo dos direitos, e 
não dos deveres. Mas a verdade é que 
o cidadão, na qualidade de consumidor, 
também tem algumas responsabilidades 
a assumir. Boa parte delas tem a ver com 
31
uma postura cidadã e consciente em relação ao seu papel na sociedade em que vive. 
Outras responsabilidades estão relacionadas ao cumprimento de suas obrigações 
contratuais.
Conforme foi dito, o CDC foi criado para defender o consumidor. Mas ele é, acima de 
tudo, um documento que dita as bases de uma relação de consumo ética e transparente 
de ambas as partes. O que isso significa? Que o código segue o princípio da boa-fé, que 
deve existir da parte tanto do fornecedor quanto do cliente/consumidor. O artigo a 
seguir, extraído do site Jusbrasil, traz uma excelente abordagem sobre o assunto.
1.3 O Lado de Cá do Balcão Também Sofre
Princípios como a boa-fé devem pautar o comportamento do consumidor, que não 
pode abusar de seus direitos. Em caso de difamação, empresa tem direito de exigir 
indenização.
Veja quais são os principais deveres do consumidor, uma vez cumpridos os seus direitos:
1.3.1 Agir de Boa-Fé
O princípio que prevê a honestidade e a transparência nas relações de consumo vem do 
artigo 170 da Constituição Federal. Entre suas consequências, estão as obrigações do 
consumidor de não omitir fatos na contratação de um produto ou serviço e de não se 
aproveitar do fornecedor para o enriquecimento ilícito, como a exigência injustificada 
de danos morais.
32
1.3.2 Cumprir o Contrato
Uma vez que o contrato, redigido de forma didática e informativa, tenha sido repassado 
ao consumidor, cabe a ele cumpri-lo integralmente. É importante exigir a leitura do 
documento e redimir quaisquer dúvidas sobre o produto ou o serviço.
1.3.3 Utilizar o Produto de Forma Adequada
Defeitos provocados pelo consumidor e pelo uso inadequado do produto não são de 
responsabilidade do fornecedor. Ler o manual de instruções, embora não esteja na lei, 
é uma obrigação de qualquer consumidor que queira garantir os seus direitos.
1.3.4 Planejar-se Financeiramente
A inadimplência do consumidor não é necessariamente de responsabilidade do 
fornecedor. Caso o cliente tenha dificuldades em quitar a prestação do serviço ou 
do produto, ele estará descumprindo o contrato, ficando sujeito às consequências 
legais. Ter conhecimento e controle do orçamento familiar antes de ir às compras é 
fundamental.
33
1.3.5 Atentar Para os Prazos
Os artigos 26 e 27 do Código de Defesa do Consumidor dão de 30 a 90 dias para que o 
cliente reclame dos defeitos aparentes de um produto, e cinco anos para que ele entre 
na Justiça com uma ação por danos morais ou materiais contra o fornecedor. A empresa 
deve ser sempre a primeira instância a que o cliente deve recorrer. Transcorridos esses 
prazos, o consumidor perde os direitos garantidos por lei.
Fontes: Código de Defesa do Consumidor e Jusbrasil - http://mp-pr.jusbrasil.com.br/noticias/402571/consumidor-
deveres-o-lado-de-la-do-balcao-tambem-sofre-a-parte-que-lhe-cabe-deveres-conhecer-a-lei-e-o-contrato-e-essencial-
para-a-boa-relacao-de-consumo
Agora é com Você!
Que tal conhecer um pouco mais sobre os deveres do consumidor no 
Brasil? No vídeo Artigo 5.º – Deveres do Consumidor http: http://tinyurl.
com/h73unfc, você tem acesso a um material explicativo com comentários 
sobre todos os deveres que o consumidor assume nas relações comerciais 
de acordo com nossa legislação. Aproveite a oportunidade para checar 
seus conhecimentos sobre o tema. Afinal, você quer ser um consumidor 
instruído, certo?
Muito bem, você concluiu o conteúdo desta unidade. Agora, você está 
apto a testar seus conhecimentos na bateria de questões sobre esta 
unidade de seu curso. Ao finalizar esta etapa, prossiga em seus estudos.
34
Glossário
Concessionárias de serviços: empresas que recebem a concessão, o consentimento 
para prestar determinado serviço. 
Direito de regresso: direito de ser ressarcido de um prejuízo causado por terceiro (s) 
por meio de ação indenizatória. 
Inadimplência: descumprimento de um contrato ou de qualquer uma de suas condições. 
Ônus da prova: ferramenta e termo utilizado no Direito para definir que a pessoa 
responsável por uma determinada afirmação é aquela que deve também oferecer as 
provas necessárias para sustentá-la.
Produtos perecíveis: produtos que duram pouco ou que se deterioram rapidamente 
se não estiverem em ambientes e condições adequadas.
Vício de um produto: problemas que tornam um produto inadequado, impróprio para 
atender o que a relação de consumo estabeleceu.
Vício de qualidade: quando o produto for inadequado para o consumo ou por 
apresentar defeito de funcionamento.
Vício de quantidade: quando o produto não é entregue na quantidade prometida.
 
35
 d
1 - Julgue o item a seguir: Art. 6.º são direitos básicos do 
consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra 
os riscos provocados por práticas no fornecimento de 
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos.
( ) Verdadeira ( ) Falso
2 - Marque a alternativa incorreta. São direitos básicos do 
consumidor
( ) A informação adequada e clara sobre os diferentes 
produtos e serviços.
( ) A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, 
métodos comerciais coercitivos ou desleais
( ) Adequada e eficaz prestaçãodos serviços públicos em 
geral, desde que o consumidor tenha sido gentil e cortes com 
o fornecedor. 
( ) A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais 
e morais, individuais, coletivos e difusos.
3 - A Publicidade enganosa é aquela que sonega 
informações sobre o produto ou as condições de venda, as 
bases comerciais, os termos do contrato, etc.; enquanto que 
Publicidade abusiva é aquela que atenta contra os valores 
da nossa sociedade. Ela pode ser ofensiva, preconceituosa 
ou usar de má fé para explorar o medo e a superstição. Essa 
item é:
( ) Verdadeira ( ) Falso
Atividades
36
Referências
BRASIL. Lei n.º 8.078 de 11 de setembro 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor 
e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L8078.htm>. Acesso em: 3 de maio de 2016.
JUSBRASIL. Consumidor/deveres. [s.d.]. Disponível em: <http://mp-pr.jusbrasil.
com.br/noticias/402571/consumidor-deveres-o-lado-de-la-do-balcao-tambem-sofre-
a-parte-que-lhe-cabe-deveres-conhecer-a-lei-e-o-contrato-e-essencial-para-a-boa-
relacao-de-consumo>. Acesso em: 6 de maio de 2016.
MARQUES, C. L.; BENJAMIN, A. H. V.; MIRAGEM, B. Comentários ao código de defesa 
do consumidor. S.l. Editora Revista dos Tribunais, 2006.
PROCON MINAS GERAIS. Guia Prático do Consumidor. [s.d.]. Disponível em: <http://
www.montesclaros.mg.gov.br/procon/páginas/guia.htm>. Acesso em: 6 de maio de 
2016.
PROCON PARANÁ. Código de Defesa do Consumidor. [s.d.]. Disponível 
em: <http://www.senaipr.org.br/para-empresas/uploadAddress/Lein8078-
1990de11desetembrode1990[57515].pdf>. Acesso em: 6 de maio de 2016.
37
UNIDADE 4 | CÓDIGO DE DEFESA 
DO CONSUMIDOR: O QUE É
38
1 Código de Defesa do Consumidor: O Que é 
Nas unidades anteriores você estudou que, antes do 
Código de Defesa do Consumidor (CDC), não havia 
nenhuma legislação orientada para proteger os direitos 
do cidadão consumidor. Havia, é claro, uma legislação 
que assegurava parcialmente alguns direitos, como a 
Lei Delegada n.º 4, de 1962, que disciplinava o direito 
ao abastecimento, como vimos na parte inicial do 
curso. Mas, até 1990, o País ainda não possuía uma lei 
voltada para as relações de consumo. 
 e
O CDC surgiu seguindo de perto as Disposições Constitucionais 
Transitórias da Constituição Federal de 1988, e entrou em 
vigor em março de 1991, por meio da Lei n.º 8.078/1990.
A grande razão para a criação do CDC foi a situação vulnerável do consumidor 
que adquiria um produto ou contratava um serviço. Sem um amparo legal que 
assegurasse seus direitos básicos como cliente, qualquer problema acabava sujeito aos 
entendimentos informais e, quando muito, à boa vontade do fornecedor em trocar o 
produto ou refazer o serviço.
 h
Parece inacreditável pensar assim nos dias de hoje, não é? Isso 
dá uma ideia da revolução representada pelo Código de Defesa 
do Consumidor. Depois que ele entrou em vigor, as relações de 
consumo no Brasil nunca mais foram as mesmas!
As esferas que o CDC regulamenta:
• Civil, quando define responsabilidades e formas de reparação de danos;
39
• Administrativa, quando aponta os mecanismos de atuação do poder público nas 
relações de consumo;
• Penal, quando tipifica os crimes e estabelece as punições nas relações de 
consumo. 
Ou seja: o CDC é uma lei abrangente, que contempla todas 
as esferas jurídicas e todas as etapas de atendimento às 
necessidades e disputas do consumidor.
1.1 Uma Visão Geral do Código de Defesa do Consumidor
O Código está dividido em seis títulos. Cada título contém seus capítulos e seções: 
Título I – Dos Direitos do Consumidor
• Capítulo I – Disposições Gerais
• Capítulo II – Da Política Nacional de Relações de Consumo
• Capítulo III – Dos Direitos Básicos do Consumidor
• Capítulo IV – Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação 
dos Danos
• Capítulo V – Das Práticas Comerciais
• Capítulo VI – Da Proteção Contratual
• Capítulo VII – Das Sanções Administrativas
Título II - Das Infrações Penais
Título III - Da Defesa do Consumidor em Juízo
• Capítulo I – Disposições Gerais
40
• Capítulo II – Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses Individuais 
Homogêneos
• Capítulo III – Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e 
Serviços
• Capítulo IV – Da Coisa Julgada 
Título IV - Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
Título V - Da Convenção Coletiva de Consumo
Título VI - Disposições Finais
1.2 Os Princípios do Código
Uma leitura do Capítulo II do CDC deixa bem evidente 
o quanto o código é protetivo em relação ao papel do 
consumidor nas relações de consumo. Vejamos: 
Da Política Nacional de Relações de Consumo
Art. 4.º A Política Nacional de Proteção e Defesa do 
Consumidor tem por objetivo o atendimento das 
necessidades dos consumidores, o respeito à sua 
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus 
interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência 
e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
I. Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
II. Ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
 a. por meio de iniciativa direta;
 b. por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
 c. pela presença do Estado no mercado de consumo;
41
 d. pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, 
segurança, durabilidade e desempenho.
 h
 
Você observou como os dois princípios iniciais estão voltados 
para a proteção do consumidor nas relações de consumo?
III. Harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo 
e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos 
quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre 
com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
IV. Educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus 
direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo.
 h
Mais do que controle e regulamentação, temos um Código 
voltado para a educação de todos os envolvidos nas relações 
de consumo!
V. Incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de 
qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos 
alternativos de solução de conflitos de consumo;
VI. Coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado 
de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos 
e criações industriais de marcas e nomes comerciais e signos distintivos que 
possam causar prejuízos aos consumidores;
VII. Racionalização e melhoria dos serviços públicos;
42
VIII. Estudo constante das modificações do mercado de consumo.
Você acabou de conhecer, por assim dizendo, o “coração” do Código de Defesa do 
Consumidor. Uma legislação moderna e que alterou profundamente a forma como 
a sociedade brasileira se comporta nos dias de hoje. Mas, para que pudesse ser 
efetivamente colocado em prática, o código necessitava de uma política. E isso foi 
delimitado logo no artigo seguinte:
Art. 5.° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder 
público com os seguintes instrumentos, entre outros:
 
I. manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita, para o consumidor 
carente;
II. instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do 
Ministério Público;
III. criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores 
vítimas de infraçõespenais de consumo;
IV. criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a 
solução de litígios de consumo;
V. concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa 
do Consumidor.
 h
 
É essa estrutura, posta em funcionamento, que garante a 
aplicação do CDC no Brasil.
43
1.3 O Futuro do Código
O Código de Defesa do Consumidor veio para ficar. Ele 
foi incorporado à vida do brasileiro e tornou-se, até, um 
apelo de marketing dos bons fornecedores. Muitas lojas 
orgulham-se do baixo índice de reclamações de seus 
clientes e usam isso como estratégia de captação de 
novos fregueses. Afinal, quem não quer comprar em um 
estabelecimento do qual os clientes falam bem?
Essa mudança de postura, tanto de fornecedores 
quanto de consumidores, é resultado daquela proposta 
de um código regulador, mas também formador de 
consciências, educador por princípio. 
Justamente por se consolidar como instrumento de defesa dos interesses da 
população, o CDC tem continuado a cumprir seu papel educativo. Prova disso é o 
aumento na demanda por mais instâncias de resolução de litígios, como os Juizados 
Especiais e os Procons. Isso sem falar nas ações permanentes de investigação de crimes 
contra o consumidor.
 h
Mas o Código é muito mais do que seus princípios gerais. 
Muita gente ainda desconhece as regras importantes que ele 
estabelece, por exemplo, para a apresentação dos produtos 
(prazo de validade, preço, quantidade, nome do fabricante), 
bem como a garantia oferecida.
Você sabia, por exemplo, que o CDC determina...
• que os produtos importados devem informar, na embalagem, as explicações 
básicas em português? E que o consumidor pode exigir manuais também em 
português? Está lá, no art. 66!
44
• que o fornecedor deve garantir a reposição de peças de um produto nacional 
ou importado, mesmo durante algum tempo depois de o produto parar de ser 
fabricado? Veja no art. 32!
• que, no caso de produtos anunciados, o fornecedor deve cumprir exatamente o 
que prometeu no anúncio? Está no art.35...
 a
A importância do Código de Defesa do Consumidor só tende 
a crescer, da mesma forma que toda a estrutura criada para 
colocá-lo em prática. Isso só depende do nível de informação 
de cada consumidor. Essa é a grande finalidade educativa do 
CDC!
Agora é com Você!
Você pode rever questões centrais do Código de Defesa do Consumidor 
assistindo ao vídeo Direitos do Consumidor. 
Nesse vídeo da TV Justiça, disponível no link http://tinyurl.com/hq9tkw6, 
é possível dar um giro por vários itens do CDC e testar seus conhecimentos 
até aqui. Vamos lá?
Você acaba de concluir o conteúdo desta unidade. Agora, você pode 
prosseguir para testar o que já aprendeu até este momento e, na 
sequência, avançar em seus estudos até finalizar os tópicos deste curso. 
Mãos à obra!
45
Glossário
Consolidar: Fazer com que fique mais sólido ou forte; tornar resistente, firme ou 
estável.
Instâncias: em Direito é a posição (local) do Judiciário onde o processo está sendo 
julgado. Foro, juízo, jurisdição.
Marketing: conjunto de técnicas e ações destinados ao desenvolvimento das vendas 
de produtos ou serviços baseados no preço, distribuição, comunicação e produto. 
Busca dirigir o produto ou serviço para o seu melhor mercado. 
Vulnerável: é algo ou alguém que pode ser ferido, ofendido ou tocado. Lado fraco de 
uma questão ou do ponto de vista de alguém que pode ser contestado ou atacado.
 
46
 d
1 - Julgue o item a seguir: o CDC surgiu seguindo de perto 
as Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição 
Federal de 1988, e entrou em vigor em março de 1991, por 
meio da Lei n.º 8.078/1990.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
2 - Marque a alternativa correta:
( ) A grande razão para a criação do CDC foi a situação 
vulnerável do consumidor que adquiria um produto ou 
contratava um serviço.
( ) O fornecedor sempre teve boa vontade em trocar o 
produto e refazer o serviço, o CDC colocou no papel esses 
acordos informais que já existiam.
( ) O consumidor historicamente era beneficiado na relação 
de consumo. O CDC prejudicou o fornecedor. 
( ) A conscientização dos direitos constantes no CDC 
podem gerar abusos por parte do consumidor.
3 - Julgue o item a seguir: O Código de Defesa do 
Consumidor tem um futuro duvidoso, pois os brasileiros 
ainda não incorporam o Código em seu cotidiano. Dessa 
forma, O CDC se tornou apenas um apelo de marketing dos 
bons fornecedores.
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
Atividades
47
Referências
BRASIL. Lei n.º 8.078 de 11 de setembro 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor 
e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L8078.htm>. Acesso em: 3 de maio de 2016.
_______. Lei n.º 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Define crimes contra a ordem 
tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras providências. 
Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8137.htm>. Acesso em: 2 de abril 
de 2016. 
48
UNIDADE 5 | ABUSOS CONTRA O 
CONSUMIDOR
49
1 Abusos Contra o Consumidor
Em uma relação de consumo, qual é a parte 
mais frágil? Segundo o entendimento comum 
e a interpretação do CDC, o consumidor é a 
parte mais vulnerável na relação, e por isso 
deve ser protegido. Isso acontece porque o 
poder econômico está do lado do fornecedor. 
Ou seja, estamos falando de uma relação 
naturalmente desequilibrada, que pende 
sempre para o lado mais forte. Mas esse 
desequilíbrio pode se acentuar ainda mais 
quando o fornecedor ou prestador de serviço 
usa esse poder econômico para obter mais 
clientes e mais lucros, ignorando direitos e 
garantias individuais e coletivas. Nesses casos, ele está cometendo práticas abusivas.
As práticas abusivas são tão prejudiciais que mereceram um artigo especial no Código 
de Defesa do Consumidor: o art. 39. Vejamos alguns pontos que ele contempla.
1.1 O Que Diz o Código
Art. 39.
É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: 
(Redação dada pela Lei n.º 8.884, de 11.6.1994)
I. condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro 
produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
Comentário: esta é a famosa “venda casada”, que obriga o consumidor a levar um 
produto para adquirir outro. 
II. recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas 
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
50
 Comentário: o fornecedor não pode esconder estoques para não vender o 
produto.
III. enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou 
fornecer qualquer serviço; 
Comentário: você se lembra de quando, há alguns anos, instituições financeiras 
enviaram milhares de cartões de crédito não solicitados a possíveis clientes? Logo a 
seguir, enviaram as faturas das anuidades! Isso causou uma verdadeira comoção no 
meio jurídico. E a péssima estratégia de marketing foi por água abaixo, é claro!
IV. prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua 
idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos 
ou serviços;
V. exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
Comentário: por “vantagem excessiva”, na maioria das vezes, entendemos cobranças 
exageradas. O melhor remédio para isso sempre foi a comparação de preços. Pesquise!
VI. executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa 
do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
Comentário: para evitar dores de cabeça, o melhor é um orçamento detalhado, 
estabelecendo as condições de execução doserviço, os materiais a serem utilizados, 
preços e prazos. Um orçamento é um compromisso assumido e à espera de autorização.
VII. repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor 
no exercício de seus direitos;
Comentário: informações sobre o consumidor são sagradas. Principalmente se elas 
podem prejudicá-lo injustamente, como no caso do consumidor que faz valer seus 
direitos. 
VIII. colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo 
com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas 
específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra 
entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial (Conmetro);
51
Comentário: esta é uma norma muito conhecida, embora, não raramente, seja ignorada 
por fabricantes menos criteriosos. Qualquer produto brasileiro deve se submeter às 
normas de fabricação antes de ser colocado no mercado.
IX. recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se 
disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de 
intermediação regulados em leis especiais; 
X. elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços;
Comentário: nenhum fornecedor é livre para aumentar os preços da forma que quiser e 
quando achar conveniente. Preços elevados sem justificativa razoável para aproveitar-
se de um momento de mercado caracterizam prática abusiva!
XI. dispositivo incluído pela MPV n.º 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em 
inciso XIII, quando da conversão na Lei n.º 9.870, de 23.11.1999;
XII. deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a 
fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério; 
Comentário: serviços têm que ter prazo obrigatório para conclusão. Vendas têm prazo 
para entregas. É lei. E os prazos devem ser fixados de comum acordo.
XIII. aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente 
estabelecido. 
Comentário: este é um caso clássico de cobrança abusiva. O consumidor deve ter 
sempre em mente que cláusulas de reajuste em contratos seguem índices nacionais e, 
principalmente, a regra do mercado. 
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao 
consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, 
inexistindo obrigação de pagamento.
 a
Comentário: o parágrafo único quer dizer que, se você receber 
em casa um produto que não pediu, pode considerá-lo como 
brinde ou amostra grátis. Sem nenhum compromisso de 
pagamento!
52
Agora é com Você!
Existem várias ferramentas e órgãos para o consumidor contar quando se 
sentir lesado. Você quer conhecer um exemplo que tem tido sucesso em 
Santa Catarina? 
O vídeo Como é feito um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) 
em defesa do consumidor mostra como o Ministério Público de Santa 
Catarina vem alterando situações onde consumidores foram prejudicados 
e revertendo em prol dos consumidores e da coletividade. E tudo isso fica 
disponível no site Consumidor Vencedor, que pode ser consultado por 
qualquer pessoa a fim de acompanhar os acordos que foram firmados 
com as empresas infratoras. 
Acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=zEb6H8DM7r8 para 
conhecer essa experiência. 
Muito bem, você concluiu o conteúdo desta unidade. Agora, você está 
apto a testar seus conhecimentos na bateria de questões sobre esta 
unidade. Ao finalizar esta etapa, prossiga em seus estudos.
Glossário
Impingir: forçar alguém a algo; empurrar algo a alguém.
53
 d
1 - As práticas abusivas são tão prejudiciais que mereceram 
um artigo especial no Código de Defesa do Consumidor: o 
art. 39. Essa afirmativa:
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
2 - A famosa “venda casada”, que obriga o consumidor a 
levar um produto para adquirir outro é uma prática que, 
mesmo sendo considerada abusiva, O Código de Defesa 
do Consumidor não legisla diretamente sobre ela. Dessa 
forma, o fornecedor pode praticar a venda casada no Brasil. 
Essa afirmativa é:
( ) Verdadeiro ( ) Falso
3 - instituições financeiras podem e devem enviar cartões 
de crédito não solicitados porque se entende que essa 
prática, confere alto grau de conhecimento do fornecedor, 
em relação às necessidades financeiras do cliente. Essa 
afirmação é:
( ) Verdadeiro ( ) Falso 
Atividades
54
Referências
GRINOVER, A. P. et al. Código brasileiro de defesa do consumidor: comentado pelos 
autores do anteprojeto. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
PROCON ALAGOAS. Cartilha do Consumidor. [s.d.]. Disponível em: <http://www.
procon.al.gov.br/legislacao/cartilhadoconsumidor.pdf>. Acesso em: 6 de maio de 2016.
PROCON PARANÁ. Código de Defesa do Consumidor. [s.d.]. Disponível 
em: <http://www.senaipr.org.br/para-empresas/uploadAddress/Lein8078-
1990de11desetembrode1990[57515].pdf>. Acesso em: 6 de maio de 2016.
 
55
UNIDADE 6 | PRINCIPAIS 
ÓRGÃOS DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR
56
1 Principais Órgãos de Defesa do Consumidor
Organizar a defesa do consumidor é tarefa complexa, que demanda uma estrutura 
gigantesca. Mais do que isso, essa estrutura tem que estar pronta para ser 
permanentemente ampliada e modernizada, considerando-se a evolução tecnológica 
dos produtos e serviços e, é claro, o crescimento do mercado consumidor. Em outras 
palavras, quando falamos em órgãos de defesa do consumidor, estamos nos referindo 
a uma estrutura que vai muito além dos Procons e Defensorias Públicas, as primeiras 
instâncias que nos vêm à mente. 
 e
Conforme você já estudou, o Código de Defesa do Consumidor 
necessitava de uma estrutura executiva que pudesse garantir 
a aplicação de seus princípios. Isso aconteceu com a criação do 
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC).
1.1 O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC)
O SNDC é composto por diversos 
órgãos e entidades, todos voltados 
para a proteção ao consumidor. A 
Política Nacional de Proteção e Defesa 
do Consumidor está sob coordenação 
da Secretaria Nacional do Consumidor 
(Senacon). Ao todo, são várias entidades 
e instâncias, em níveis municipal, 
estadual e federal, dentro das quais 
cada instituição cumpre uma função 
específica. 
57
Um dos principais objetivos do SNDC é estar o mais próximo possível do consumidor. 
De que forma esse objetivo é alcançado? Ampliando e integrando a rede de entidades 
de proteção do consumidor e agindo na prevenção e repressão das condutas lesivas – 
uma forma de evitar ações de reparação posteriores.
Órgãos que atuam na defesa do consumidor no Brasil
• Procons estaduais e municipais; 
• Vigilância sanitária e agropecuária; 
• Órgãos reguladores: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia 
(Inmetro) e Institutos de Pesos e Medidas (IPEMs); 
• Juizados Especiais, além da Justiça comum; 
• Promotorias de Justiça e órgãos do Ministério Público; 
• Delegacias de Polícia especializadas; 
• Entidades civis de defesa do consumidor, como o Instituto Brasileiro de Defesa 
do Consumidor – IDEC e o Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do 
Consumidor – FNECDC.
1.2 A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon)
Vejamos o que o Portal Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, diz sobre a 
atuação da Senacon:
58
 a
A Secretaria Nacional do Consumidor – Senacon, criada pelo 
Decreto 7.738, de 28 de maio de 2012, compõe a estrutura do 
Ministério da Justiça e tem suas atribuições estabelecidas no 
art. 106 do Código de Defesa do Consumidor e no art. 3.º do 
Decreto n.º 2.181/97. A atuação da Senacon concentra-se no 
planejamento, elaboração, coordenação e execução da Política 
Nacional das Relações de Consumo, com seguintes objetivos:
I.garantir a proteção e exercício dos direitos dos 
consumidores;
II. promover a harmonização nas relações de consumo; e
III. incentivar a integração e a atuação conjunta dos membros 
do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor – SNDC.
Dentre as ações estruturantes da Secretaria, destacam-se o 
Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor 
– Sindec, as atividades da Escola Nacional de Defesa do 
Consumidor, as ações voltadas à proteção da Saúde e 
Segurança do Consumidor, a repressão às práticas infrativas e 
o aperfeiçoamento das políticas regulatórias.
Com o objetivo de ampliar a efetividade da Política Nacional 
de Proteção e Defesa do Consumidor, a atenção da Senacon 
está voltada à análise de questões que tenham repercussão 
nacional e interesse geral. A Secretaria também representa 
os interesses dos consumidores brasileiros e do SNDC junto a 
organizações internacionais, como Mercosul, Organização dos 
Estados Americanos (OEA), entre outras.
Fonte: http://tinyurl.com/hopjv2l.
59
Antes de recorrer aos órgãos de defesa do consumidor, saiba que...
• empresas sérias sempre disponibilizam o SAC – Serviço de Atendimento ao 
Consumidor aos seus clientes. Muitos problemas podem ser resolvidos com uma 
ligação para o SAC, cujos telefones estão sempre disponíveis nas embalagens, 
manuais e notas fiscais dos produtos e serviços contratados;
• a melhor maneira de se prevenir contra aborrecimentos é guardando os registros 
de todas as transações. Isso vale para os protocolos de atendimento, aqueles 
números longos e monótonos fornecidos pelos call centers, que, muitas vezes, 
nos recusamos a anotar. Além dos protocolos, notas fiscais, certificados de 
garantia e qualquer comprovante de pagamento podem ser valiosos no caso de 
uma pendência.
 e
Não é por acaso que os Procons são o primeiro órgão de defesa 
em que pensamos quando o assunto é defesa do consumidor. 
Eles realmente são a linha de frente do Sistema Nacional 
de Defesa do Consumidor e estão disponíveis para dúvidas, 
reclamações e ações. Mas, não esqueça: será solicitado a você 
apresentar os documentos de que dispõe, como boleto, cupom 
e nota fiscal, e-mail, correspondências escritas, contratos, etc. 
Guarde-os!
Para relembrar!
• O Código de Defesa do Consumidor (CDC) entrou em vigor em 1991 com o objetivo 
de assegurar direitos e garantias do consumidor nas relações de consumo.
• De forma ampla e abrangente, o CDC define papéis, direitos e obrigações nas 
relações de consumo: consumidor, fornecedor, produto e serviço, buscando 
definir como se dá a responsabilidade civil nas relações de consumo.
• Ao centrar sua abordagem nos direitos do consumidor, o CDC procura dar mais 
equilíbrio a uma relação que, pela natureza econômica, sempre foi desequilibrada 
em favor do fornecedor.
60
• Os direitos contemplados pelo código vão desde a proteção à vida, saúde e 
segurança, passando pela penalização da publicidade enganosa e os rigores 
contratuais, até seu objetivo maior, que é a educação de consumidores e 
fornecedores para uma relação de consumo transparente e justa.
• Os deveres e obrigações do fornecedor também são contemplados no código, 
especialmente no que se refere à prevenção de abusos contra o consumidor.
• O consumidor também tem deveres e obrigações. Cumprir o contrato é uma 
delas, bem como planejar-se financeiramente para honrar os compromissos 
contratuais.
• A implantação do CDC demandou a criação de uma estrutura de atendimento 
ao consumidor que se estende por todas as esferas do poder público, em níveis 
municipal, estadual e federal.
• A estrutura de proteção ao consumidor está sob o comando do Sistema 
Nacional de Defesa do Consumidor. A Política Nacional de Proteção e Defesa 
do Consumidor está sob a coordenação da Secretaria Nacional do Consumidor 
(Senacon).
• Os Procons são a linha de frente do atendimento ao consumidor brasileiro.
61
Agora é com Você!
Você sabia que a Secretaria Nacional do Consumidor, ligada ao Ministério da 
Justiça (SENACON), mantém um serviço para a solução alternativa de conflitos 
entre consumidores e empresas? Esse serviço está no site consumidor.gov.
br e combina dados dos Procons estaduais e da SENACON. O site permite que 
qualquer consumidor cheque informações sobre empresas das quais deseja 
reclamar. Você pode registrar uma reclamação sobre uma empresa e, em até 
dez dias, deverá receber uma resposta. Terá, então, 20 dias para classificar sua 
reclamação como resolvida ou não resolvida e as informações estarão disponíveis 
para todos os outros usuários.
E agora, que tal checar o site consumidor.gov.br e procurar por uma empresa 
da qual você costume comprar com frequência? Ao fazer essa procura, você 
encontrará dados sobre o índice de solução da empresa, o total de reclamações 
já recebidas de outros consumidores, o nível de satisfação com o atendimento 
prestado, o prazo médio de respostas e o número de reclamações que a empresa 
já respondeu. De agora em diante, esse pode ser seu novo aliado para escolher 
de quem comprar. Aproveite para explorar o site!
Parabéns! Você concluiu todo o conteúdo deste curso. Você está pronto 
para finalizar seus estudos testando todo o seu conhecimento na bateria 
final de questões. Siga em frente!
Glossário
Complexa: complicado, confuso, difícil.
Implantação: colocar, por.
62
 d
1 - O Código de Defesa do Consumidor necessitava de uma 
estrutura executiva que pudesse garantir a aplicação de 
seus princípios. Isso aconteceu com a criação do Sistema 
Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC). Esse item é:
( ) Verdadeiro ( ) Falso
2 - As empresas sérias omitem o SAC – Serviço de 
Atendimento ao Consumidor aos seus clientes: 
( ) Verdadeiro ( ) Falso
3 - Os Procons são o primeiro órgão de defesa em que 
pensamos quando o assunto é defesa do consumidor. Eles 
realmente são a linha de frente do Sistema Nacional de 
Defesa do Consumidor e estão disponíveis para dúvidas, 
reclamações e ações. Esse item é:
( ) Verdadeiro ( ) Falso
Atividades
63
Referências
BRASIL. Decreto n.º 2.181, de 20 de março de 1997. Dispõe sobre a organização do 
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), estabelece as normas gerais de 
aplicação das sanções administrativas previstas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 
1990, revoga o Decreto Nº 861, de 9 julho de 1993, e dá outras providências. Disponível 
em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2181.htm>. Acesso em: 2 de abril de 
2016. 
_______. Decreto n.º 7.738 de 28 de maio de 2012. Aprova a Estrutura Regimental 
e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Conselho Administrativo 
de Defesa Econômica (CADE), entre outros. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ 
ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7738.htm>. Acesso em: 2 de abril de 2016. 
JUSBRASIL. Consumidor/deveres. [s.d.]. Disponível em: <http://mp-pr.jusbrasil.
com.br/noticias/402571/consumidor-deveres-o-lado-de-la-do-balcao-tambem-sofre-
a-parte-que-lhe-cabe-deveres-conhecer-a-lei-e-o-contrato-e-essencial-para-a-boa-
relacao-de-consumo>. Acesso em: 6 de maio de 2016.
MARQUES, C. L.; BENJAMIN, A. H. V.; MIRAGEM, B. Comentários ao código de defesa 
do consumidor. S.l. Editora Revista dos Tribunais, 2006.
PORTAL DO CONSUMIDOR. Consumidor.gov.br. [s.d.]. Disponível 
em: <https://www.consumidor.gov.br/pages/indicador/empresa/
abrir?idPriEmpresa=akW30nTQboezr_0b3aL_xBVF_IF-qb9I>. Acesso em: 6 de maio de 
2016.
PROCON MINAS GERAIS. Guia Prático do Consumidor. [s.d.]. Disponível em: <http://
www.montesclaros.mg.gov.br/procon/páginas/guia.htm>. Acesso em: 6 de maio de 
2016.
64
Gabarito
Unidade 1
1. Resposta: Falso
2. Resposta: Verdadeiro
3. Resposta: Verdadeiro
Unidade 2
1. Resposta: Falso2. Resposta: ( V ) ( V ) ( V ) ( F )
3. Resposta: Falso
Unidade 3
1. Resposta: Verdadeira
2. Resposta: Adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral, desde que o 
consumidor tenha sido gentil e cortes com o fornecedor.
3. Resposta: Verdadeira
Unidade 4
1. Resposta: Verdadeiro
2. Resposta: A grande razão para a criação do CDC foi a situação vulnerável do 
consumidor que adquiria um produto ou contratava um serviço.
3. Resposta: Falso
Unidade 5
1. Resposta: Verdadeiro
2. Resposta: Falso
3. Resposta: Falso
65
Unidade 6
1. Resposta: Verdadeiro
2. Resposta: Falso
3. Resposta: Verdadeiro

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