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portugues3ano 2003

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PROVA: A MATÉRIA: 01i 
 
 
ATENÇÃO! ESTA PROVA CONTÉM 30 QUESTÕES. 
 
Leia os TEXTOS I e II para responder às questões referentes a eles. 
 
 
TEXTO I 
 
A DOCE VIDA DOS FILHOS-CANGURUS 
 
1 Nos anos mais efervescentes das décadas de 60 e 70, a palavra de 
ordem da juventude era pôr o pé na estrada. Isso significava romper com 
os valores estabelecidos da sociedade, entre eles a família, e ir em busca 
de seus sonhos, mesmo quando estes não eram muito claros. 
2 Visto hoje, parece compreensível. Além de um mundo que pedia 
reformas, havia um imenso abismo entre esses jovens e a geração de 
seus pais. 
3 Sair de casa acabou virando sinônimo de liberdade. Mesmo que 
para isso tivessem que trocar o conforto familiar por uma república de 
estudantes ou compartilhar um apartamento com vários amigos. Os mais 
psicodélicos integravam-se em comunidades hippies ou adaptavam-se ao 
espaço de uma barraca de acampamento. Pelo sonho de ser livre, tudo 
era válido, para usar uma expressão da época. De Bob Dylan aos Beatles, 
passando pelo anárquico grupo brasileiro Os Mutantes, dezenas de 
canções desse período exaltavam e estimulavam o êxodo juvenil. 
4 No final dos anos 70, essa prática já estava naturalmente 
incorporada à idéia da independência e realização pessoal. 
5 O tempo passou e os filhos daquelas gerações rebeldes comportam-
se hoje de forma diametralmente oposta. Ao contrário de seus pais, os 
jovem atuais não têm mais tanta pressa em sair de casa. A maioria, aliás, 
nem pensa no assunto. São os representantes da chamada geração-
canguru, que resistem a abandonar a comodidade da casa paterna do 
mesmo modo que o filhote marsupial agarra-se à bolsa protetora da mãe. 
Alguns, mais folgados, não arredam da barra da saia nem mesmo depois 
que casam e têm filhos. Com isso, um novo fenômeno surgiu: o 
prolongamento da adolescência. Cada vez mais aumenta o número de 
jovens entre 20 e 30 anos acomodados à situação de eternos 
adolescentes. 
6 Muitos deles, contando sempre com a retaguarda dos pais, acabam 
não assumindo as responsabilidades inevitáveis da vida adulta. “Os pais 
de hoje são os jovens de ontem, que lutaram por ideais de liberdade 
política e igualdade social, derrubaram tabus sexuais, participaram do 
movimento estudantil, ou, ao menos, foram profundamente influenciados 
por tudo isso”, lembra a educadora carioca Tânia Zagury, professora 
adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de vários 
livros de orientação educacional, entre eles, Encurtando a Adolescência. 
“Os jovens de agora herdaram tudo isso de bandeja. Não há mais um 
confronto de gerações tão acirrado. Os pais procuram dar a eles a 
liberdade que não tiveram em seu tempo. Os filhos fazem o que bem 
entendem, não dão satisfação de horários, têm o seu próprio carro e 
muitos levam seus namorados para transarem em casa. Além disso, têm 
comida na hora, roupa lavada e passada. Que razão teriam para abrir mão 
de tudo isso?” 
 
(Cláudio Fragata Lopes, revista Galileu, junho de 1999.) 
 
 
 TEXTO II 
 
 PAIS E FILHOS 
 
1 “Eu moro com minha mãe, 
 mas meu pai vem me visitar 
 Já morei em tanta casa que nem me lembro mais 
 Eu moro com meus pais. 
5 É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã 
 Porque se você parar pra pensar, na verdade não há. 
 Você me diz que seus pais não entendem 
 Mas você não entende seus pais. 
 Você culpa seus pais por tudo 
10 E isso é absurdo 
 São crianças como você.” 
 
(Renato Russo, líder da banda Legião Urbana - 1989.) 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO III 
 
ORIENTE 
 
1 “Se oriente, rapaz, pela 
 constelação 
 do Cruzeiro do Sul 
 Se oriente, rapaz, 
5 Pela constatação de que a aranha 
 vive do que tece. 
 Vê se não se esquece. 
 Pela simples razão de que tudo 
 merece 
10 consideração. 
 Considere, rapaz, 
 a possibilidade de ir pro Japão 
 num cargueiro do Lloyd 
 lavando o porão 
15 pela curiosidade de ver 
 onde o sol se esconde.” 
 
(Gilberto Gil, 1971) 
 
01 - Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmativas abaixo sobre as 
causas do êxodo juvenil, apontadas no TEXTO I. A seguir, marque a 
alternativa correspondente. 
 
( ) Oposição às instituições, inclusive à família. 
( ) Desejo de perpetuar a adolescência. 
( ) Busca dos sonhos, mesmo os indecifráveis. 
( ) Gosto pelo anarquismo e pela arte. 
 
a) F – V – F – V 
b) V – F – V – F 
c) V – F – F – V 
d) F – V – V – F 
 
 
02 - A atitude de apego ao lar, manifestada pelos jovens da atualidade, traz 
como conseqüência social 
 
a) a falta de ideais e de vitalidade. 
b) o prolongamento da adolescência. 
c) a harmonia entre os pais e filhos. 
d) uma geração menos culta e capaz. 
 
 
03 - A respeito do TEXTO I, só NÃO é correto afirmar que 
 
a) propõe um retorno ao espírito independente e revolucionário vigente 
nas décadas de 60 e 70. 
b) analisa o comportamento dos adolescentes atuais a partir da 
comparação com o das gerações passadas, como a de seus pais. 
c) constata o abrandamento do conflito de gerações como conseqüência 
de uma mentalidade mais condescendente dos pais modernos. 
d) a ponta o comodismo e uma certa irresponsabilidade da juventude 
atual como postura que os transforma em eternos adolescentes. 
 
 
04 - Marque a alternativa cujo assunto NÃO é abordado no TEXTO II. 
 
a) Comodismo, dependência. 
b) Conflito de gerações. 
c) Desestruturação familiar. 
d) Indiferença dos pais. 
 
 
05 - O 5o e o 6o versos do TEXTO III falam de 
 
a) independência. 
b) liberdade. 
c) sonho. 
d) inquietação. 
 
 
06 - O TEXTO III constitui-se numa 
 
a) exortação à independência e à aventura. 
b) advertência sobre os perigos de viver só. 
c) convocação ao sonho, ao delírio, à revolta. 
d) proposta de consideração aos valores familiares. 
 
 
07 - Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com o estudo comparado 
dos três textos. 
 
a) O TEXTO III confirma os três primeiros parágrafos do TEXTO I. 
b) O TEXTO II fala de uma postura diametralmente oposta à 
aconselhada no TEXTO III. 
c) Os três últimos parágrafos do TEXTO I abordam uma atitude 
constatada no TEXTO II. 
d) Os três textos têm o mesmo núcleo temático. 
 
COMANDO DA AERONÁUTICA 
DEPARTAMENTO DE ENSINO 
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR 
 
CONCURSO DE ADMISSÃO AO 3 o ANO DO CPCAR 2003 
 
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA 
13 de agosto de 2002 
 3o ANO DO CPCAR 2003 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - A 
 
2
08 - Reescrevendo esta frase do TEXTO I (5o parágrafo): 
“Alguns, mais folgados, não arredam da barra da saia nem mesmo depois 
que casam e têm filhos.”, sem alterar-lhe o sentido, estará correto assim: 
 
a) Alguns, mais rebeldes, não abandonam a barra da saia nem mesmo 
quando casam e têm filhos. 
b) Alguns, mais boas-vidas, ainda que depois venham a casar e ter filhos, 
não se afastam da barra da saia. 
c) Alguns, mais destemidos, mesmo casando e tendo filhos, não 
desprezam a barra da saia. 
d) Alguns, mais displicentes, mesmo que casem e, depois, tenham filhos, 
não largam a barra da saia. 
 
 
09 - Leia este excerto de João Cabral de Melo Neto e, a seguir, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
 
“Tua sedução é menos 
de mulher do que de casa: 
pois vem de como é por dentro 
ou por detrás da fachada.” 
 
a) Encontram-se no poema 4 (quatro) dígrafos e 2 (dois) encontros 
consonantais. 
b) O 1º verso apresenta apenas 1(um) hiato. 
c) O 3º verso apresenta apenas 1(um) ditongo. 
d) O último verso apresenta 19 (dezenove) fonemas. 
 
 
10 - Leia atentamente este poema de Jorge de Lima, Mulher Proletária: 
 
Mulher proletária – únicafábrica 
que o operário tem, (fábrica de filhos) 
 tu 
na tua superprodução de máquina humana 
forneces anjos para o Senhor Jesus, 
forneces braços para o senhor burguês. 
 Mulher Proletária, 
o operário, teu proprietário 
há de ver, há de ver: 
a tua produção, 
a tua superprodução, 
ao contrário das máquinas burguesas 
salvar teu proprietário. 
 
Analise estas afirmativas sobre ele: 
 
I - O poema apresenta apenas 5 (cinco) vocábulos oxítonos acentuados 
graficamente. 
II - Encontram-se, também, 2 (dois) monossílabos tônicos com acento 
gráfico. 
III - Proletário, operário, proprietário e contrário são acentuados 
graficamente por serem paroxítonos terminados em ditongo 
crescente. 
 
Estão corretas apenas 
 
a) I e III. 
b) II. 
c) II e III. 
d) III. 
 
 
11 - Leia atentamente a estrofe abaixo, de Manuel Bandeira, para assinalar a 
alternativa correta. 
 
“No meio da noite despertei 
Não ouvi mais vozes nem risos 
Apenas balões 
Passavam errantes 
5 Silenciosamente 
Apenas de vez em quando 
O ruído de um bonde 
Cortava o silêncio 
Com um túnel. 
10 Onde estavam os que há pouco 
Dançavam 
Cantavam 
E riam 
Aos pés das fogueiras acesas?” 
 
a) Observa-se no 5º verso um vocábulo formado por derivação sufixal. 
b) O 2º verso apresenta apenas um vocábulo com desinência de número. 
c) Passavam (no 4º verso) é formado por uma desinência modo-temporal 
que designa o pretérito perfeito do indicativo. 
d) O vocábulo túnel (9º verso) apresenta o e como vogal temática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 - As afirmações a seguir se apóiam nos versos abaixo: 
 
“Mais um ano que vai... que nos reserva 
de bom ou de feliz o ano que vem? 
Navegam, pelos tempos, de conserva 
ódio e amor... gozo e dor... maldade e bem... 
(Honório Armond) 
 
I - “Nos” é pronome e objeto direto do verbo reservar. 
II - “Que vem” tem valor adjetivo. 
III - “Pelos tempos” tem valor de advérbio de tempo. 
IV - Há na estrofe relação de oposição entre idéias. 
 
Está (ão) correta (s) apenas 
 
a) I. 
b) II e III. 
c) II, III e IV. 
d) I, III e IV. 
 
13 - Observe a análise morfossintática dos versos abaixo: 
 
“Havia uma escola, que era azul e tinha 
Um mestre mau, de assustador pigarro.” 
(Bastos Tigre) 
 
I - Que é um pronome relativo e equivale ao sujeito cujo núcleo é 
escola. 
II - Escola é sujeito de havia, verbo intransitivo. 
III - Tinha é verbo transitivo direto cujo complemento tem como núcleo 
mestre. 
IV - Havia e tinha são verbos impessoais. 
 
Estão INCORRETAS somente as alternativas 
 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) II e IV. 
 
14 - Assinale a alternativa em que o verbo abundante NÃO está empregado 
corretamente. 
 
a) Benzer – benzido e bento; morrer – morrido e morto. 
b) Exprimir – exprimido e expresso; tingir – tingido e tinto. 
c) Prender – prendido e preso; inserir – inserido e inserto. 
d) Romper – rompido e roto; frigir – fritado e frito. 
 
15 - Analisando este fragmento extraído do TEXTO II: “É preciso amar as 
pessoas como se não houvesse amanhã”, só NÃO se pode afirmar que 
 
a) Mário de Andrade intitula uma de suas obras como Amar: verbo 
intransitivo; entretanto, percebe-se que nesse excerto esse verbo é 
transitivo direto. 
b) o termo amanhã funciona como adjunto adverbial de tempo do verbo 
houvesse. 
c) a locução conjuntiva subordinada como se introduz uma oração que 
funciona como adjunto adverbial de comparação. 
d) a oração reduzida amar as pessoas exerce papel de sujeito da oração 
anterior; sendo assim, tem função própria de substantivo. 
 
16 - Leia atentamente esta passagem do conto Solfieri, extraído da obra Noite 
na taverna, do poeta ultra-romântico Álvares de Azevedo: 
 
“(...) Tomei-a no colo. Preguei-lhe mil beijos nos lábios. Era bela assim: 
rasguei-lhe o sudário, despi-lhe o véu e a capela como o noivo despe à 
noiva. Era mesmo uma estátua: tão branca era ela. A luz dos tocheiros 
dava-lhe aquela palidez de âmbar que lustra os mármores antigos. O gozo 
foi fervoroso  cevei em perdição aquela vigília.” 
 
Analisando seus enunciados, é INCORRETO afirmar que o(s)/a 
 
a) vocábulos bela, estátua, branca e fervoroso são núcleos de 
predicativos do sujeito; pertencem, pois, a predicados nominais. 
b) pronome lhe apresenta-se no texto exercendo duas funções sintáticas: 
objeto indireto e adjunto adnominal. 
c) pronome relativo que tem como antecedente o substantivo âmbar; por 
conseguinte, funciona como sujeito do verbo lustrar. 
d) oração como o noivo despe à noiva tem função adverbial 
comparativa. 
 
Leia o seguinte excerto para responder às questões 17 e 18. 
 
“A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e 
árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que 
pacientemente juntava.” 
 
(LISPECTOR, Clarice. In: O primeiro beijo e outros contos. 
 3ª ed., Ática, 1991.) 
 
17 - Alterando-se o horário “meio-dia” para 12h 30min, precedido do verbo 
ser, a forma correta equivalente, segundo a norma culta, será: 
 
a) são doze horas e meio. 
b) são meio-dia e meia. 
c) é meio-dia e meia. 
d) é meio-dia e meio. 
 3o ANO DO CPCAR 2003 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - A 
 
3
18 - Na oração "que pacientemente juntava", o pronome relativo que funciona 
sintaticamente como 
 
a) objeto direto. 
b) sujeito agente. 
c) sujeito paciente. 
d) adjunto adverbial. 
 
 
19 - Observe com atenção as seguintes tiras, extraídas de publicações do jornal 
O Globo durante o mês de setembro de 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre elas, só NÃO se pode afirmar que 
 
a) em ambas as tiras, há períodos compostos por orações coordenadas: 
na primeira, a coordenação é assindética; na segunda, a coordenação é 
sindética aditiva. 
b) o objeto direto do verbo ter, na TIRA I, é composto e possui seis 
núcleos. 
c) na TIRA II, os vocábulos pai e filha são separados por vírgulas porque 
são vocativos. 
d) na expressão com os ladrões, terroristas, tarados, espertinhos, 
balas perdidas, aviões desviados, viadutos inseguros, senadores 
corruptos, a presença das vírgulas é obrigatória, já que separam os 
núcleos de um complemento nominal. 
 
 
20 - Leia este trecho da obra Vidas secas, de Graciliano Ramos: 
 
“Baleia, imóvel, paciente, olhava os carvões e esperava que a família se 
recolhesse. Enfastiava-a o barulho que Fabiano fazia. No campo, seguindo 
uma rês, se esgoelava demais. Natural. Mas ali, à beira do fogo, para que 
tanto grito? Fabiano estava se cansando à toa. Baleia se enjoava, cochilava 
e não podia dormir. Sinhá Vitória devia retirar os carvões e a cinza, varrer o 
chão, deitar-se na cama de varas com Fabiano. Os meninos se arrumariam 
na esteira, por baixo do caritó, na sala. Era bom que a deixassem em paz.” 
 
É verdadeiro afirmar que 
 
a) todos os pronomes oblíquos destacados nesse fragmento estão 
colocados de acordo com os preceitos da língua culta. 
b) em Baleia se enjoava, o pronome se pode apresentar-se também 
enclítico. 
c) o verbo arrumariam também aceita a ênclise do pronome átono. 
d) por se tratar de uma locução cujo verbo principal está no gerúndio, a 
expressão estava cansando não aceita a colocação do pronome antes 
do auxiliar. 
 
 
21 - Assinale a alternativa em que há predominância da linguagem 
CONOTATIVA. 
 
a) “(...) a possibilidade de ir pro Japão / Num cargueiro do Lloyd.” 
b) “Você culpa seus pais por tudo.” 
c) “Eu moro com minha mãe, / mas meu pai vem me visitar...” 
d) “Que razão teriam para abrir mão de tudo isso?” 
 
 
22 - Assinale a alternativa em que a figura de linguagem estácorretamente 
classificada. 
 
a) “Para eles, a democracia é satânica. Por isso tem que ser combatida e 
destruída.” (polissíndeto) 
b) “Sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.” 
(apóstrofe) 
c) “Meus olhos estão tristes porque você decidiu partir.” (metonímia) 
d) “Não foi um ataque de Davi contra Golias.” (hipérbole) 
 
 
23 - Leia atentamente o poema abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta. 
 
Soneto 
 
Pálida, à luz da lâmpada sombria, 
Sobre o leito de flores reclinada, 
Como a lua por noite embalsamada, 
Entre as nuvens do amor ela dormia! 
 
Era a virgem do mar, na escuma fria 
Pela maré das águas embalada! 
Era um anjo entre nuvens d'alvorada 
Que em sonhos se banhava e se esquecia! 
 
Era mais bela! o seio palpitando... 
Negros olhos as pálpebras abrindo... 
Formas nuas no leito resvalando... 
 
Não te rias de mim, meu anjo lindo! 
Por ti – as noites eu velei chorando, 
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo! 
 (Álvares de Azevedo) 
 
a) No 2o verso, ocorreu uma sinalefa. 
b) Há no poema a predominância de rimas raras. 
c) As duas últimas estrofes são compostas por rimas emparelhadas. 
d) Predominam nas estrofes versos de onze sílabas. 
 
 
24 - Relacione a 1a coluna à 2a, assinalando em seguida a alternativa correta. 
 
1a coluna 
 
1 - Gênero lírico. 
2 - Gênero narrativo. 
3 - Gênero dramático. 
 
2a coluna 
 
( ) “Quero vivê-lo em cada vão momento, / E em seu louvor hei de 
espalhar meu canto.” 
( ) “Ninguém — ‘Que andas tu aí buscando?’ 
Todo Mundo — ‘Mil cousas ando a buscar’.” 
( ) “Casas entre bananeiras / mulheres entre laranjeiras / pomar amor 
cantar.” 
( ) “Na serra do Ibiapaba, numa de suas encostas mais altas, encontrei 
um jegue. Estava voltado para o lado leste...” 
 
a) 3 – 2 – 1 – 1 
b) 1 – 3 – 1 – 2 
c) 2 – 1 – 1 – 3 
d) 3 – 2 – 3 – 1 
 
 
25 - Sobre a estrofe abaixo, são feitas algumas afirmações. Analise-as. 
 
 “Uma noite, eu me lembro... Ela dormia 
Numa rede encostada molemente... 
Quase aberto o roupão... solto o cabelo 
E o pé descalço do tapete rente.” 
 
I - A estrofe mostra o medo de amar típico dos poetas românticos da 
primeira geração. 
II - Evidencia-se na estrofe a sensualidade característica do poeta Castro 
Alves. 
III - A estrofe aponta para a segunda geração romântica, na qual o 
sentimento é levado ao extremo. 
 
Está(ão) INCORRETA(S) apenas a(s) alternativa(s) 
 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) II. 
d) I e III. 
 
 
26 - Leia com atenção o poema abaixo. 
 
“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras 
De luares, de neves, de neblinas!... 
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... 
Incensos dos turíbulos das aras... 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
Infinitos espíritos dispersos, 
Inefáveis, edênicos, aéreos, 
Fecundai o Mistério destes versos 
Com a chama ideal de todos os mistérios.” 
 
 (Cruz e Sousa. Antífona.) 
 
Insatisfeitos com a onda cientificista da segunda metade do século XIV, os 
simbolistas reagem propondo novos valores e posturas. Assinale a opção 
que NÃO representa o contraste “proposta simbolista X postura em voga”. 
 
a) Intuição X lógica. 
b) Racionalismo X exaltação sentimental. 
c) Misticismo X materialismo. 
d) Subjetivismo X objetividade. 
I 
II 
 3o ANO DO CPCAR 2003 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - A 
 
4
27 - Assinale a alternativa que NÃO é coerente com este soneto parnasiano. 
 
 A cavalgada 
 
A lua banha a solitária estrada... 
Silêncio!... Mais além, confuso e brando, 
O som longínquo vem-se aproximando 
Do galopar de estranha cavalgada. 
 
São fidalgos que voltam da caçada; 
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando. 
E as trompas a soar vão agitando 
O remanso da noite embalsamada... 
 
E o bosque estala, move-se, estremece... 
Da cavalgada o estrépito que aumenta 
Perde-se após no centro da montanha... 
 
E o silêncio outra vez soturno desce... 
E límpida, sem mácula, alvacenta 
A lua a estrada solitária banha... 
 (Raimundo Correia) 
 
a) Compreensão das questões sociais através da ironia fina e elegante à 
fidalguia. 
b) Controle das emoções, o eu-lírico mostra-se distanciado, sem arroubos 
sentimentais. 
c) Gosto pela descrição, que vem em auxílio ao princípio da “arte pela 
arte”. 
d) Apuro formal, demonstrado através do vocabulário seleto, das rimas, da 
métrica. 
 
 
28 - Releia o TEXTO III. Nele, Gilberto Gil aproxima-se do Romantismo 
especialmente por algumas das características dessa escola literária. 
Assinale a alternativa correspondente. 
 
a) Sentimentalismo exaltado, mergulho no mundo subjetivo. 
b) Temática centrada no amor e na morte, dor de viver. 
c) Evasão da realidade, gosto pelo pitoresco. 
d) Identificação com as origens da nacionalidade, idealização. 
 
 
29 - Relacione a 1a coluna à 2a; depois, assinale a alternativa correta. 
 
1a coluna 
 
1 - Bucolismo. 
2 - Fugere urbem. 
3 - Retorno ao Classicismo. 
 
2a coluna 
 
( ) “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro 
Que viva de guardar alheio gado, 
De tosco trato, de expressões grosseiro, 
Dos frios gelos, e dos sóis queimado. 
Tenho próprio casal e nele assisto; 
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; 
Das brancas ovelhinhas tiro o leite, 
E mais as finas lãs, de que me visto.” 
 
( ) “Lede, que é tempo, os clássicos honrados; 
Herdai seus bens, herdai essas conquistas 
Que em reino dos romanos e dos gregos 
Com indefeso estudo conseguiram.” 
 
( ) “Quem deixa o trato pastoril, amado, 
Pela ingrata, civil correspondência, 
Ou desconhece o rosto da violência, 
Ou do retiro a paz não tem provado.” 
 
a) 1 – 3 – 2 
b) 1 – 1 – 3 
c) 2 – 3 – 2 
d) 2 – 3 – 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 - Nestes versos de Renato Russo: 
 
“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, / Porque se 
você parar pra pensar na verdade não há.” 
 
é possível delinear a /o 
 
a) correção formal, típica do Parnasianismo. 
b) leveza e a musicalidade marcantes do Simbolismo. 
c) postura despojada e analítica do Naturalismo. 
d) carpe diem, explorado pelo Barroco e retomado pelos árcades.

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