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portugues3ano 2006

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Prévia do material em texto

COMANDO DA AERONÁUTICA 
DEPARTAMENTO DE ENSINO DA AERONÁUTICA 
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES-DO-AR 
 
CONCURSO DE ADMISSÃO AO 
3O ANO DO CPCAR 2006 
 
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE LÍNGUA INGLESA 
 
21 de AGOSTO de 2005. 
 
Transcreva este dado para o seu cartão de respostas: 
VERSÃO: A 
 
ATENÇÃO! ESTA PROVA CONTÉM 45 QUESTÕES: AS DE Nº 01 A 
25 REFEREM-SE À LÍNGUA PORTUGUESA; AS DE Nº 26 A 45 
REFEREM-SE À LÍNGUA INGLESA. 
 
 
Leia, com atenção, os textos que se seguem. 
 
Texto I 
 
Isso é que é racismo 
 
 Desde que o argentino foi preso num campo de futebol sob a 
acusação de racismo, ficou claro que entramos numa distraída temporada 
de combate à discriminação racial. É uma campanhazinha distraída 
porque, no entusiasmo da denúncia, no gozo do espetáculo, no embalo 
dessa nossa americanização do racismo, estamos enxergando racismo 
demais onde ele é escasso — e, o que é pior, enxergando quase racismo 
nenhum onde ele é farto. O prêmio de racista do mês, por exemplo, não 
deve ir para jogadores de futebol da Argentina. Deve ir para aqueles 
brasileiros que dizem pertencer às sociedades protetoras dos animais. 
 Eis o caso: os defensores dos animais tentaram derrubar um 
artigo de uma lei gaúcha que autoriza o sacrifício de animais nos cultos 
de religiões de origem africana — cujos adeptos, ninguém desconhece, 
são na maioria negros. Os defensores dos animais acham que imolar 
bichos numa cerimônia religiosa é crueldade e que a lei de proteção aos 
animais, portanto, não pode permitir tal selvageria. O racismo aqui é 
sutil, mas é imensamente nefasto: o que os pró-bichos estavam tentando, 
na prática, era impedir que os negros exercessem na plenitude a sua 
cultura — aliás, uma cultura bela, rica, colorida e intensa, à qual os 
brasileiros devem talvez mais do que costumam perceber. 
 Nas religiões de matriz africana, sacrifica-se um animal para 
oferecê-lo às divindades. Impedir que tal prática seja exercida, além de 
constituir um agudo desrespeito à cultura do outro, é mais ou menos 
como dizer que os deuses dos negros não merecem tantas regalias. É 
como dizer que são deuses de segunda classe. É como dizer que os 
nossos bichos, os bichinhos dos brancos, ora essa, não podem ser mortos 
só para que deuses de negros, ora essa, se sintam devidamente 
reverenciados. Até porque deus que preste, ora essa, não exige que seus 
fiéis saiam por aí matando bichos... 
 Como racismo no Brasil é sempre coisa do vizinho (argentino ou 
não), os defensores dos animais que lutam contra o rito das religiões 
africanas vão jurar de pés juntos que não são racistas, que jamais 
quiseram dizer que o deus dos negros não é tão bom quanto o deus dos 
brancos, que existem até negros entre eles e que queriam apenas evitar 
atrocidades contra os animais. Pode ser verdade, mas não basta. Se for 
isso mesmo, se o que os move é tão-somente a defesa dos animais, onde 
estão então os protestos diante dos abatedouros de bois, porcos e aves? 
Onde estão os protestos contra a condição do Brasil de maior exportador 
mundial de carne bovina e de frango? Dias atrás, o governo da Rússia 
anunciou que vai voltar a permitir a importação de carnes bovina, suína e 
de frango de regiões do Brasil onde havia suspeita de alguma doença. Foi 
uma excelente notícia para a economia brasileira — e não se ouviu o 
protesto dos defensores dos bois, porcos e galinhas. 
 Em tempo: por sorte, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul 
decidiu, embora por maioria apertada, apenas 14 votos contra 10, que a 
lei vale. Ou seja: o racismo saiu derrotado. Mas cuidado: ainda 'stamos 
em pleno mar. 
(André Petry. In: Veja, 27 de abril de 2005.) 
Texto II 
 
O NAVIO NEGREIRO (excerto) 
Castro Alves 
 
'Stamos em pleno mar... 
(...) 
Era um sonho dantesco... O tombadilho, 
Que das luzernas avermelha o brilho, 
 Em sangue a se banhar. 
Tinir de ferros... Estalar de açoite... 
Legiões de homens negros como a noite 
 Horrendos a dançar... 
 
Negras mulheres, suspendendo às tetas 
Magras crianças, cujas bocas pretas 
 Rega o sangue das mães. 
Outras, moças... Mas nuas, espantadas, 
No turbilhão de espectros arrastadas, 
 Em ânsia e mágoa vãs. 
 
E ri-se a orquestra, irônica, estridente... 
E da ronda fantástica a serpente 
 Faz doudas espirais... 
Se o velho arqueja... se no chão resvala... 
Ouvem-se gritos... O chicote estala 
 E voam mais e mais... 
 
(...) 
 
Senhor Deus dos desgraçados! 
Dizei-me vós, Senhor Deus! 
Se eu deliro... ou se é verdade 
Tanto horror perante os céus!... 
Ó mar! por que não apagas 
Co'a esponja de tuas vagas 
De teu manto este borrão? 
Astros! noites! tempestades! 
Rolai das imensidades! 
Varrei os mares, tufão!... 
 
(...) 
 
 
01 - A propósito do texto Isso é que é racismo, marque (V) verdadeiro 
ou (F) falso e, a seguir, assinale a opção correspondente. 
 
( ) De acordo com o primeiro parágrafo, tem havido forte 
campanha contra o racismo, que é atacado em todas as suas 
nuances. 
( ) André Petry mostra-se imparcial em seu texto, já que aborda 
um tema, além de polêmico, político e social. 
( ) Segundo o texto, o verdadeiro e perigoso preconceito não é 
aquele aparente, mas sim o que está velado por segundas 
intenções. 
( ) Ao questionar a ausência de protestos dos pró-bichos em 
relação ao abate de bois, porcos e aves para consumo, o 
autor reafirma sua dúvida quanto à verdadeira intenção desse 
grupo ao querer derrubar a lei gaúcha em questão. 
 
a) V, F, F, V c) V, F, V, F 
b) F, V, V, F d) F, F, V, V 
 
 
 CA-CPCAR 2006 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE LÍNGUA INGLESA – VERSÃO “A” – 3º ANO 2
02 - Leia este fragmento: 
 
“Como racismo no Brasil é sempre coisa do vizinho (argentino ou 
não), os defensores dos animais que lutam contra o rito das 
religiões africanas vão jurar de pés juntos que não são racistas.” 
 
Em relação ao período que o constitui, assinale a opção correta. 
 
a) É composto somente por orações que se subordinam a uma 
principal. 
b) A primeira oração apresenta uma circunstância de 
conformidade. 
c) A oração principal é os defensores dos animais que lutam 
contra o rito das religiões africanas vão jurar de pés juntos. 
d) Há no período apenas três orações, que exercem as respectivas 
funções: adjetiva, adverbial e substantiva. 
 
03 - As afirmativas abaixo se referem ao texto II. Assinale-as com 
(V) verdadeira ou (F) falsa e marque a alternativa correspondente. 
 
( ) Nos navios negreiros, apesar de todo o sofrimento, os 
africanos dançavam e entoavam seus cantos. 
( ) Crianças magras e famintas regavam o sangue das mães, 
mulheres negras e sofridas. 
( ) Na última estrofe, as expressões Senhor Deus e Ó mar 
exercem a mesma função sintática. 
( ) Na primeira estrofe, pode-se substituir sonho dantesco por 
sonho infernal sem que a mensagem principal dos versos 
seja alterada. 
 
a) V, F, F, V c) F, F, V, V 
b) F, V, F, F d) V, V, V, F 
 
04 - Assinale a alternativa em que os versos 5, 6 e 7 da última estrofe 
(texto II) foram reorganizados corretamente. 
 
a) Ó mar! por que não apagas este borrão de tuas vagas co’a 
esponja de teu manto? 
b) Ó mar! por que, co’a esponja de tuas vagas e de teu manto, não 
apagas este borrão? 
c) Ó mar! por que não apagas este borrão de teu manto co’a 
esponja de tuas vagas? 
d) Ó mar! por que não apagas este teu borrão co’a esponja das 
vagas de teu manto? 
 
05 - Assinale a afirmativa correta. 
 
a) O excerto, a seguir, do livro Ser negro no Brasil hoje, de Ana 
Lúcia E. F. Valente, aborda uma situação oposta ao texto II (O 
Navio Negreiro). 
 “Os escravos eram transportados em navios. Transportados 
não!! Eram empilhados nos porões dos navios, e a viagem 
durava dias ou até semanas. Afinal era a travessia do 
Atlântico...” 
b)O texto I (Isso é que é racismo) defende ponto de vista 
semelhante ao apresentado neste fragmento: 
 “O que dizia a religião católica: 
 Sejam bonzinhos, dóceis e passivos. Vocês estão sendo 
cristianizados e devem agradecer por isso. Sua religião é a do 
demônio. Devem esquecê-la. Se assim fizerem, de vocês será o 
Reino dos Céus. 
 Uma tradução para essas palavras poderia ser: sofram e 
apanhem quietos. Não esperem e não queiram qualquer 
retribuição. Morram felizes com todas as chicotadas que 
puderem receber. No céu é tudo melhor.” 
(Ana Lúcia E. F. Valente) 
c) Os termos segregação e apartheid podem ser aplicados ao 
poema de Castro Alves (texto II). 
d) Em “Negras mulheres, suspendendo às tetas magras crianças, 
cujas bocas pretas rega o sangue das mães (...)” (texto II), 
existe a seguinte estrutura sintática: sujeito, verbo transitivo e 
um complemento verbal oracional. 
As questões de número 06 a 09 referem-se à seção de cartas da 
revista Veja publicada posteriormente à do texto Isso é que é 
racismo. 
 
 
06 - Analise o texto e, a seguir, assinale a alternativa correta. 
 
Não tenho dúvida de que o senhor André Petry receberá uma chuva 
de e-mails iracundos e sarcásticos como a originada pela crônica da 
semana anterior (Isso é que é racismo). Ao que parece, quando se 
trata de assuntos que são abordados sob a clausura da fé, a opinião 
das pessoas é meramente o corolário de seu sectarismo  caso dos 
missivistas da semana e dos deputados que inocentaram o colega. 
Parabéns, André Petry, pela pontualidade das críticas e pela 
coragem de fazê-las. 
Ricardo Moraes Pinto 
Rio de Janeiro, RJ 
 
a) Ricardo Morais emprega em seu discurso vocábulos 
(iracundos, corolário, sectarismo, missivistas) que denotam 
sua formação intelectual, remetendo a uma prolixidade ímpar e 
incorreções gramaticais. 
b) Fica clara a intenção do missivista em destruir o autor do texto 
Isso é que é racismo. 
c) As vírgulas empregadas no texto separam circunstância e 
assinalam um chamamento. 
d) Em quando se trata de assuntos que são abordados sob a 
clausura da fé, observa-se a idéia de tempo, à qual se segue 
uma explicação iniciada por um conectivo relativo. 
 
 
07 - Leia os textos abaixo. 
 
I - O texto do senhor André Petry (Isso é que é racismo, 27 de 
abril) está repleto de ódio, amargura e revolta por tudo e por 
todos. Talvez ele não tenha noção do que seja matança de 
seres indefesos. Em rituais religiosos, animais são 
sacrificados para ser oferecidos aos deuses, assim como 
crianças já foram utilizadas para o mesmo fim. Os protetores 
dos animais apenas lutam para que a violência seja banida do 
planeta, tornando o mundo melhor, sem agressores, 
crueldades nem desigualdades direcionadas a todos os seres 
vivos. 
Izabel Cristina Nascimento 
Presidente da Sociedade 
União Internacional Protetora 
dos Animais (Suipa) 
Rio de Janeiro, RJ 
 
II - Por mais brilhantes que sejam os argumentos de André Petry, 
devemos lembrar que o Estado é laico, portanto nenhum 
princípio religioso, qualquer que seja a crença, deve 
prevalecer sobre a razão. 
Cláudio Henrique Nobre 
Belo Horizonte, MG 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
a) Cláudio Henrique Nobre (II) elogia o brilhantismo dos 
argumentos do articulista, concordando com seu embasamento. 
b) Os dois textos completam-se, opondo-se à tese proposta pelo 
articulista. 
c) O trecho do que seja matança de seres indefesos (I) completa 
o termo noção, exercendo função adjetiva. 
d) Trocando-se a conjunção portanto (II) por porquanto, 
conserva-se o sentido da frase. 
 
 
 
 
 
 CA-CPCAR 2006 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE LÍNGUA INGLESA – VERSÃO “A” – 3º ANO 3
08 - Concordo com André Petry. Por isso, acho que devemos preservar 
a cultura e a religião dos índios brasileiros, que tinham por hábito 
comer carne humana, acreditando que assim absorveriam a força e 
a coragem dos seus inimigos. Também defendo que os 
descendentes de incas, maias e astecas retomem suas tradições, que 
incluíam sacrifícios humanos para aplacar a ira dos deuses. Claro 
que, se alguém for contra isso, só pode ser por racismo. 
Cláudia P. A. de Souza 
São Paulo, SP 
 
Assinale a alternativa em que a substituição proposta, nos 
parênteses, às palavras e expressões destacadas CONTRARIA o 
sentido do texto acima. 
 
a) por hábito (o hábito de) 
b) assim (nessa ocasião) 
c) que (as quais) 
d) se alguém for (caso alguém vá) 
 
 
09 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando a leitura do texto acima, assinale a alternativa 
correta. 
 
a) Observa-se que a coluna de André Petry agradou totalmente a 
todos os leitores da revista. 
b) O vocábulo articulista remete semanticamente a trabalho 
escrito, artigo. 
c) O título Baleias não me emocionam pode ser reescrito 
corretamente empregando a ênclise. 
d) Os vocábulos André, só, férias são acentuados graficamente 
pela mesma razão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 - Assinale a alternativa FALSA referente ao seguinte texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Revista Superinteressante, abril – 2003, ed. 187) 
 
a) Infere-se do texto que a discriminação e o preconceito racial 
não se sustentam em estudos científicos. 
b) O primeiro período apresenta um complemento verbal 
oracional. 
c) O conector mas sinaliza uma contraposição quanto ao fato 
exposto anteriormente. 
d) No terceiro período, questiona-se a procedência, a origem do 
ódio racial. Se, em vez disso, fosse questionado o seu destino, 
seria empregado o verbo vir com uma nova regência, exigindo, 
então, a preposição a. 
 
 
As questões de número 11 a 13 referem-se ao texto abaixo. 
 
 
O RACISMO NAS MALHAS DA LEI 
 
 Muitos estados têm suas próprias leis, algumas eficientes, 
outras até mesmo ignoradas. 
 
• São Paulo, Lei nº 9.156, de 15 de maio de 1995, Artigo 1º: “Fica 
oficializado o ‘Hino da Negritude’, de autoria do professor 
Eduardo Ferreira de Oliveira”. Parágrafo único: “O hino deverá 
ser entoado em todas as solenidades que envolvam a raça negra”. 
• Bahia, Constituição Estadual, Artigo 289: “Sempre que for 
veiculada publicidade estadual com mais de duas pessoas, será 
assegurada a inclusão de uma da raça negra”. 
• Espírito Santo, Lei nº 5.115, de 13 de novembro de 1995, Art. 1º: 
“Fica proibido o uso da expressão ‘boa aparência’ ou outras 
similares na divulgação de anúncios visando a concurso e seleção 
de pessoal”. 
• Distrito Federal, Lei Orgânica, Artigo 235, Parágrafo 3º: “O 
currículo escolar e o universitário incluirão, no conjunto das 
disciplinas, conteúdo sobre as lutas das mulheres, dos negros e 
dos índios na História da humanidade e da sociedade brasileira”. 
• Pará, Lei nº 7.685, de 17 de janeiro de 1994, Artigo 2º: “(...) 
torna-se obrigatório o ensino sobre a condição social do negro 
hoje, sobre a produção cultural afro-brasileira, bem como dos 
movimentos organizados de resistência no decorrer da História 
brasileira”. 
 
 
 
 
 
 CA-CPCAR 2006 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE LÍNGUA INGLESA – VERSÃO “A” – 3º ANO 4
11 - Assinale a alternativa INCORRETA. 
 
a) A passagem “Fica oficializado o ‘Hino da Negritude’(...)” pode 
ser substituída corretamente por “Oficializa-se o ‘Hino da 
Negritude’(...)”. 
b) Grafa-se corretamente o numeral 9.156 da seguinte forma: nove 
mil e cento e cinqüenta e seis. 
c) O texto nos mostra que o respeito às raças não depende só da 
emissão de uma lei. 
d) Em “Muitos estados têm suas próprias leis (...)”, o verbo foi 
assinalado graficamente para concordar com a pluralização do 
sujeito.12 - Assinale a alternativa INCORRETA. 
 
a) A lei do Pará (nº 7.685) se contrapõe à lei do Distrito Federal 
(Lei Orgânica). 
b) A passagem “Sempre que for veiculada publicidade estadual 
(...)” (lei da Bahia) expressa uma circunstância de tempo em 
relação à idéia principal do período. 
c) O Artigo 1º da lei do Espírito Santo pode ser reescrito, 
corretamente, assim: “Proíbe-se o uso da expressão (...)”. 
d) Os vocábulos currículo, universitário e índios são acentuados 
por serem, respectivamente: proparoxítono, paroxítono e 
paroxítono. 
 
 
13 - Relacione corretamente as colunas e, a seguir, assinale a alternativa 
correspondente. 
 
1ª Coluna 2ª Coluna 
 
( ) A entoação de um hino 
contempla um aspecto 
secundário do problema. 
( ) Está assegurada, na Bahia, a 
inclusão de negros em 
publicidade estadual. 
( ) O povo deve conhecer a 
produção cultural 
afro-brasileira. 
1 - Proposto na lei. 
 
 
2 - Inferência sobre a lei. 
( ) O estudo sobre Zumbi dos 
Palmares é positivo para se 
reconhecer a sua importância 
em nossa história. 
 
a) 1 - 2 - 2 - 1 
b) 2 - 1 - 1 - 2 
c) 1 - 2 - 1 - 1 
d) 2 - 2 - 1 - 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 - Sistema de cotas para negros amplia debate sobre racismo 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
O sistema de cotas para negros nas universidades, adotado 
pela primeira vez na Universidade Estadual do Rio de Janeiro 
(UERJ), em 2001, ainda gera polêmica e divide opiniões. Há 
vários argumentos contra e a favor, todos bastante sensatos. Nem 
mesmo o governo brasileiro parece saber que posição tomar e 
demonstra ambigüidade sobre a questão. Tanta incerteza, no 
entanto, tem um ponto positivo: a reserva de vagas gera um 
debate importante sobre o racismo no Brasil, um país onde o 
preconceito existe, ainda que de forma velada. 
A primeira instituição federal de ensino superior a 
implementar o sistema de cotas foi a Universidade de Brasília 
(UnB), que aprovou em junho deste ano um plano de metas para 
integração racial e étnica. O projeto, que entrará em vigor em 
2004, prevê a reserva de vagas para negros e, num percentual 
menor, índios, durante dez anos. Um dos autores da proposta da 
UnB, o professor José Jorge de Carvalho, do Departamento de 
Antropologia, acredita que o sistema de cotas é a única forma de 
se resolver o problema da exclusão racial no curto prazo. O 
preconceito, segundo ele, está presente nas salas de aula. 
 
(www. comciencia.br) 
 
Em relação às estruturas e às idéias presentes no texto, assinale a 
opção correta. 
 
a) O sistema de cotas para negros nas universidades é a melhor 
forma de solucionar o problema da exclusão racial. 
b) Se a palavra velada (l. 9) for substituída por exacerbada, o 
sentido da frase será mantido. 
c) O governo brasileiro ainda não definiu a posição a ser tomada 
quanto ao sistema de cotas para negros nas universidades, mas 
na UnB (Universidade de Brasília) esse projeto entraria em 
vigor em 2004. 
d) A palavra gera (l. 7) pode ser substituída por geram, 
preservando o sentido e a correção originais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CA-CPCAR 2006 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE LÍNGUA INGLESA – VERSÃO “A” – 3º ANO 5
15 - Nos textos abaixo, os autores consagrados mostram em suas obras 
a presença do negro na sociedade. 
 
I - No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu 
a ninar nos longes da senzala e nunca se esqueceu 
chamava para o café. 
Café preto que nem a preta velha 
café gostoso 
café bom. 
(Carlos Drummond de Andrade - Infância) 
 
II - Irene preta 
Irene boa 
Irene sempre de bom humor. 
 
Imagino Irene entrando no céu: 
 Licença, meu branco! 
 E São Pedro bonachão: 
 Entra, Irene. Você não precisa pedir licença. 
(Manuel Bandeira - Irene no céu) 
 
III - A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá 
sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns 
aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o 
ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a 
máscara de folha-de-flandres. A máscara fazia perder o vício 
da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só 
três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada 
atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, 
perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos 
vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí 
ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade 
certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e 
humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez 
o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta 
das lojas. Mas não cuidemos de máscaras. 
(Machado de Assis - Pai contra mãe) 
 
Com relação aos textos, assinale a assertiva verdadeira. 
 
a) Drummond refere-se ao negro como uma figura extremamente 
importante na educação do branco: “aprendeu a ninar nos 
longes da senzala (...)”. 
b) Bandeira opõe-se às idéias de Drummond em Infância, 
apresentando um tom de carinho que não se encontra no 
primeiro. 
c) Machado de Assis limita-se, como todos os outros autores 
realistas, a descrever externamente as atitudes e ações de suas 
personagens. O excerto comprova tal afirmação. 
d) No texto III, é nítida a indignação do autor contra a escravidão 
no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 - Leia atentamente o texto seguinte. 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 Era uma vez um velho homem que vendia balões numa 
quermesse. Havia ali perto um menino negro que estava 
observando o vendedor e, é claro, apreciando os balões. 
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou o 
azul, depois um amarelo e, finalmente, um branco. Porém uma 
coisa aborrecia o menino: o homem não soltava o balão preto. 
Então, aproximou-se do vendedor e perguntou: 
  Moço, se o senhor soltasse o balão preto ele subiria 
tanto quanto os outros? 
 O vendedor sorriu e disse-lhe: 
  Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz 
subir. 
 
Assinale a opção correta. 
 
a) A palavra então (l. 7) pode ser substituída por assim sem que o 
texto sofra prejuízo em sua essência. 
b) O emprego das vírgulas que separam as expressões é claro e 
filho justifica-se pela mesma razão. 
c) A oração depois de ter soltado o balão vermelho apresenta 
relação de causa e efeito quanto ao restante do período. 
d) O texto desestimula a busca de valores internos e abstratos. 
 
 
17 - Leia o soneto abaixo e analise as afirmações que são feitas sobre 
ele. 
 
A Jesus Cristo Nosso Senhor 
 
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, 
Da vossa alta clemência me despido; 
Porque quanto mais tenho delinqüido, 
Vos tenho a perdoar mais empenhado. 
 
Se basta a vos irar tanto pecado, 
A abrandar-vos sobeja um só gemido; 
Que a mesma culpa, que vos há ofendido, 
Vos tem para o perdão lisonjeado. 
 
Se uma ovelha perdida e já cobrada 
Glória tal e prazer tão repentino 
Vos deu, como afirmais na sacra história, 
 
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, 
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino, 
Perder na vossa ovelha a vossa glória. 
(Gregório de Matos) 
 
I - A primeira estrofe enfoca o perdão, a falta (pecado) e a 
esperança experimentados pelo poeta. 
II - A segunda estrofe explora oposição através das palavras 
irar/abrandar. A misericórdia do Senhor é maior do que os 
pecados do poeta. 
III - O primeiro terceto faz uma alusão à ovelha perdida, que 
aparece em uma passagem bíblica. A ovelha,no entanto, é 
“cobrada” por causa do comportamento errado dela. 
IV - No segundo terceto, o poeta ainda se volta para Deus, 
lembrando o caso da ovelha desgarrada. O “Senhor” deve 
ser exigente com a ovelha, pois se não fizer isso pode, a 
ovelha, perder a glória. 
 
Estão INCORRETAS apenas 
 
a) I e II. c) I e IV. 
b) II e III. d) III e IV. 
 
 
 
 
 CA-CPCAR 2006 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE LÍNGUA INGLESA – VERSÃO “A” – 3º ANO 6
(Revista Marie Claire, maio de 2005.) 
O preconceito racial constitui o núcleo temático da produção 
artística de grandes nomes da literatura brasileira. Dentre eles, 
destacam-se Castro Alves e Cruz e Sousa. Considere estes 
fragmentos extraídos de textos desses autores para responder às 
questões18 e 19: 
 
I - “Ontem a Serra Leoa, 
A guerra, a caça ao leão, 
O sono dormido à toa 
Sob a tenda da amplidão... 
Hoje o porão negro, fundo, 
Infesto, apertado, imundo, 
Tendo a peste por jaguar... 
E o sono sempre cortado 
Pelo arranco de um finado, 
E o baque de um corpo ao mar...” 
(O Navio Negreiro – Castro Alves) 
 
II - “Artista! pode lá isso ser se tu és d’África, tórrida e bárbara, 
devorada insaciavelmente pelo deserto, tumultuando de matas 
bravias, arrastada sangrando no lodo das Civilizações 
despóticas, torvamente amamentada com o leite amargo e 
venenoso da Angústia!” 
(Emparedado – Cruz e Sousa) 
 
III - “Em fundo de tristeza e de agonia 
O teu perfil passa-me noite e dia. 
 
Aflito, aflito, amargamente aflito, 
Num gesto estranho que parece um grito. 
 
(...) 
 
Com os olhos vesgos, a flutuar d’esguelha, 
Segue-te atrás uma visão vermelha. 
 
Uma visão gerada do teu sangue 
Quando no Horror te debateste exangue. 
 
(...) 
 
Mas, de repente, eis que te reconheço, 
Sinto da tua vida amargo preço. 
 
Eis que te reconheço escravizada 
Divina Mãe, na Dor acorrentada.” 
(Pandemonium – Cruz e Sousa) 
 
18 - Com relação aos textos lidos, só NÃO se pode afirmar que 
 
a) eles representam dois diferentes momentos em nossa Literatura: 
respectivamente, Romantismo e Simbolismo. 
b) o continente africano é personificado no excerto II. 
c) o texto II nos permite a seguinte inferência: o que impede, 
tão-somente, o interlocutor de ser artista é o fato de a África ser 
um continente tórrido, desértico e bárbaro. 
d) em III, evidencia-se a preocupação formal que aproxima Cruz e 
Sousa dos parnasianos, como a linguagem requintada e a força 
das imagens. 
 
19 - Assinale a alternativa INCORRETA quanto aos excertos lidos. 
 
a) Dentre os recursos estilísticos utilizados pelo autor do texto I, 
figuram a elipse e o assíndeto. 
b) Ainda no fragmento I, percebe-se a presença da antítese, 
sinalizada pelos vocábulos ontem e hoje, responsáveis também 
pela progressão temporal nele estabelecida. 
c) No texto II, África é o alvo da ação expressa pelo vocábulo 
devorada. 
d) Em Quando no Horror te debateste exangue e Eis que te 
reconheço escravizada, os pronomes se apresentam proclíticos 
às formas verbais por motivos semelhantes. Em ambos os 
versos, a posição do te pode ser alterada por meio da ênclise. 
 
20 - Leia estes anúncios publicitários. 
 
 I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tomando como base o conteúdo apresentado, assinale a alternativa 
FALSA. 
 
a) No anúncio II, as passagens grifadas constituem uma 
informação prescindível, uma vez que apenas explicam seu 
respectivo termo antecedente. 
b) Faz-se menção a três dos romances urbanos do escritor 
brasileiro José de Alencar, os quais constituem a série “perfis 
femininos” . 
c) Senhora é considerado um dos romances precursores do 
Realismo, por retratar mais direta, crítica e objetivamente a 
realidade da época. 
d) O enunciado “Você vai se apaixonar por Essas mulheres” (I) é 
ambíguo, visto que nos permite mais de uma leitura: a paixão 
pela novela e a paixão pelas personagens centrais da trama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CA-CPCAR 2006 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE LÍNGUA INGLESA – VERSÃO “A” – 3º ANO 7
21 - Considerando os textos abaixo, assinale a alternativa correta 
quanto ao Arcadismo no Brasil. 
 
Texto I 
 
“Olha, Marília, as flautas dos pastores 
Que bem que soam, como estão cadentes! 
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes 
Os Zéfiros brincar por entre as flores?” 
 
Texto II 
 
“A estética neoclássica surpreendeu nosso país nos difíceis e 
repressivos tempos da Inconfidência Mineira. O eixo econômico da 
colônia havia sido deslocado da Bahia para Minas Gerais, em 
função da descoberta de minérios na região. As pressões 
econômicas de Portugal e a derrama de impostos fizeram surgir o 
primeiro movimento pela independência do Brasil.” 
 
Texto III 
 
“Amigo Doroteu, prezado Amigo, 
Abre os olhos, boceja, estende os braços, 
E limpa das pestanas carregadas 
O pegajoso humor, que o sono ajunta. 
Critilo, o teu Critilo é quem te chama; 
Ergue a cabeça da engomada fronha. 
Acorda, se ouvir queres cousas raras.” 
 
a) O Arcadismo foi marcado pela instabilidade do mundo 
pós-renascentista, em que o homem viu na natureza apenas uma 
dócil confidente. 
b) Percorrem pela estética neoclássica a pompa e a afetação do 
estilo culto, bem como os jogos de idéias típicos do 
conceptismo. 
c) A consciência política somou-se às características árcades e fez 
com que o Arcadismo brasileiro possuísse um aspecto singular. 
d) O Neoclassicismo foi uma das maiores revoluções atravessadas 
pela arte, inaugurando os versos decassílabos. 
 
 
22 - Assinale a alternativa que NÃO apresenta fragmento da segunda 
geração romântica. 
 
a) “Ergueu-se, vem da noite a vagabunda 
sem xale, sem camisa e sem mantilha, 
Vem nua e bela procurar amantes; 
É doida por amor da noite a filha.” 
b) “Minh'alma tenebrosa se entristece, 
É muda como a sala mortuária... 
Deito-me só e triste, sem ter forma 
Vejo na mesa a ceia solitária.” 
c) “Oh! Que saudades que tenho 
Da aurora da minha vida, 
Da minha infância querida 
Que os anos não trazem mais!” 
d) “Auriverde pendão de minha terra, 
Que a brisa do Brasil beija e balança, 
Estandarte que a luz do sol encerra, 
E as promessas divinas da esperança... 
Tu, que da liberdade após a guerra, 
Foste hasteado dos heróis na lança, 
Antes te houvessem roto na batalha, 
Que servires a um povo de mortalha!...” 
 
 
 
 
 
23 - Analise o fragmento abaixo e as afirmações que sobre ele são 
feitas. 
 
“(...) Parece-nos bem isto, peixes? Representa-se-me que com o 
movimento das cabeças estais dizendo que não e, com olhardes uns 
para os outros, vos estais admirando e pasmando de que entre os 
homens haja tal injustiça e maldade! Pois isto mesmo é o que 
fazeis. Os maiores comeis os pequenos: e os muito grandes não só 
os comem um por um, senão os cardumes inteiros, e isto 
continuadamente sem diferença de tempos, não só de dia, senão 
também de noite, às claras e às escuras, como também fazem os 
homens.” 
(Padre Antônio Vieira) 
 
I - Trata-se de uma passagem de um sermão. Nele os homens 
são comparados a peixes. Assim como um peixe devora 
outro, também o homem explora (come) outro homem. 
II - O fragmento chama a atenção, também, para o tempo: os 
“peixes” se devoram o tempo todo. Os homens também. 
III - Os ouvintes mostram-se admirados pelo que fala o pregador, 
pois, entre eles, não existe tal injustiça. O pregador, diante do 
espanto dos ouvintes, faz uma moderação tendenciosa no 
discurso: começa a falar de “peixes”, para não tocar 
diretamente no problema da exploração. 
IV - O termo senão introduz uma exceção: nem todosdos 
“cardumes” se comem. 
 
Está (ão) INCORRETA(S) apenas 
 
a) III e IV. c) II e IV. 
b) I e III. d) II. 
 
 
24 - Analise a estrofe abaixo: 
 
“Paisagem da minha terra, 
onde o rouxinol não canta 
 Mas que importa o rouxinol? 
Frio nevoeiro da serra 
Quando a manhã se levanta 
Toda banhada de sol.” 
(Manuel Bandeira) 
 
I - No fragmento, o poeta observa que o rouxinol não canta. O 
que importa é a manhã que “se levanta toda banhada de sol”. 
II - A estrofe apresenta seis versos (sextilha), todos com sete 
sílabas poéticas. 
III - A estrofe dialoga com o poema Canção do Exílio, de 
Gonçalves Dias, apresentando uma terra de palmeiras onde 
canta o sabiá, o qual traduz a saudade da mulher amada. 
 
Estão corretas 
 
a) I e III apenas. c) II e III somente. 
b) I e II apenas. d) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CA-CPCAR 2006 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE LÍNGUA INGLESA – VERSÃO “A” – 3º ANO 8
25 - Analise os fragmentos abaixo pertencentes a diferentes momentos 
da prosa brasileira. 
 
I - “Ela saltou no meio da roda, com os braços na cintura, 
rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a 
esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo 
carnal.” 
II - “Ninguém ali sabia ao certo se a Machona era viúva ou 
desquitada; os filhos não se pareciam uns com os outros. A 
Das Dores, sim, afirmavam que era casada (...).” 
III - “Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele 
lance consternou a todos. (...) olhou alguns instantes para o 
cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira 
lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas (...).” 
IV - “Do seu rosto irradiava singela expressão de encantadora 
ingenuidade, realçada pela meiguice do olhar sereno que, a 
custo, parecia coar por entre os cílios sedosos a franjar-lhe as 
pálpebras.” 
 
Assinale a afirmativa correta. 
 
a) I e IV pertencem ao Realismo. 
b) III e IV são naturalistas. 
c) II e III pertencem, respectivamente, ao Romantismo e ao 
Realismo. 
d) Apenas o III é um fragmento realista.

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