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26/03/2018 As Vítimas-Algozes: Quadros da Escravidão | Resumos de livros | Literatura | Educação
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As Vítimas-Algozes: Quadros da Escravidão
As Vítimas-Algozes:
Quadros da Escravidão
autor: Joaquim Manuel de Macedo
movimento: Romantismo - Primeira Geração
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RESUMO CONTEXTO ANÁLISE
ENEM BIOLOGIA FÍSICA GEOGRAFIA HISTÓRIA LITERATURA MATEMÁTICA PORTUGUÊS QUÍMICA PROVAS TELECURSO
26/03/2018 As Vítimas-Algozes: Quadros da Escravidão | Resumos de livros | Literatura | Educação
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Macedo divide o romance em três episódios independentes, que juntos pretendem
provar a tese de que os maiores prejudicados pela escravidão são os donos de
escravos. No primeiro episódio, Simeão, escravo criado pela família de Domingos
Caetano como “filho” durante a infância, vai crescendo e tomando consciência de sua
condição. Ansioso por liberdade e fortuna, alia-se a um criminoso da vizinhança e
promove a chacina da família que o abrigara, com o intuito de roubar os bens. Termina
enforcado. 
No segundo episódio, o escravo Pai-Raiol é um feiticeiro de má fama. É comprado por
Paulo Borges em um lote de vinte escravos, do qual também faz parte Esméria, sua
ex-amante. Juntos, tramam a derrocada da família dos senhores. Esméria seduz o
dono da fazenda, cuja esposa morre de desgosto. Assumindo a casa, Esméria
também envenena os filhos de Paulo Borges. Desmascarados, Pai-Raiol morre em luta
com outro escravo e Esméria é presa. Paulo Borges termina só e cheio de remorso. 
Na última história, a mucama Lucinda protagoniza uma trama que leva à perda da
inocência da jovem Cândida, filha de Florêncio da Silva. Cândida tem Lucinda como
mucama desde os onze anos. Tal influência mostra-se nefasta, pois Cândida se torna
namoradeira e entrega-se ao francês Souvanel, desmascarado posteriormente como o
ladrão foragido Dermany. Após algumas peripécias, Dermany é preso, Cândida casa-
se com o bondoso Frederico, resgatando assim sua honra. Já Lucinda é entregue à
custódia do Estado. O episódio e o livro terminam com o clamor do herói Frederico
pelo fim da escravidão. 
Sobre o autor 
Médico por formação, Joaquim Manuel de Macedo atuou profissionalmente como
professor e literato, tornando-se um dos nomes mais representativos do romantismo
brasileiro. Seus maiores sucessos foram A Moreninha e A Luneta Mágica. Também foi
preceptor dos netos do Imperador. 
Importância do livro 
O livro é um raro exemplo de romance abolicionista no qual os escravos são os vilões.
Caracteriza-se como Romance de Tese, uma vez que o autor tenta provar, por meio de
três situações criadas, que a condição de escravo fazia do negro um indivíduo cruel e
desumano, perigoso para o convívio social e para o bem-estar de seus senhores. A
ideia moral do livro é que a perversidade causada pela condição de escravo volta-se
contra os senhores, por mais bondosos que eles sejam. Teve repercussão negativa em
sua época. 
Período histórico 
O livro data de 1869, período em que a escravidão era muito questionada pelos
intelectuais. A libertação total dos escravos só veio em 1888, com a promulgação da
Lei Áurea. 
Escrito dezenove anos antes da abolição da escravatura, Vítimas-Algozes defende
uma ideia, no mínimo polêmica, desde sua época e ainda hoje: a de que os
verdadeiros prejudicados pela escravidão são aqueles que escravizam e não os
escravizados. 
ver página do autor 
RESUMO
CONTEXTO
ANÁLISE
Joaquim Manuel
de Macedo
AUTOR
24 de Junho de 1820
11 de Abril de 1882 (61 anos)
26/03/2018 As Vítimas-Algozes: Quadros da Escravidão | Resumos de livros | Literatura | Educação
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Macedo constrói o romance de modo singular, em três episódios estanques, embora
fique claro que sua principal preocupação está no terceiro episódio, que trata da
corrupção moral da inocente jovem branca pela luxúria da mucama negra. Isso
acontece porque tal episódio é decisivo para corroborar a tese do autor: a de que é
preciso libertar os escravos não por motivos humanitários, mas porque os cativos,
vivendo no mesmo espaço físico de seus senhores, inseridos em seus hábitos do dia a
dia, trazem a corrupção física e moral para as famílias brancas. 
A escrita de Macedo é persuasiva e tenta incutir no leitor o terror pelo escravo, cuja
presença, cedo ou tarde, traria para seus donos alguma consequência funesta. No
texto do escritor, a escravidão transformava crioulos e africanos em verdadeiras feras,
sem moral e sem honra, que teriam como único objetivo vingar-se dos que os
escravizavam. 
Embora tente justificar que é a condição escrava que causa a má índole do negro, o
tom determinista e mesmo racista é inevitável no romance. Serve como exemplo o
episódio de Pai-Raiol, no qual as tradições africanas (e indígenas) são execradas,
mostradas como modelo de incivilidade e barbárie. 
A aceitação dos valores europeus – possível somente aos libertos – seria a única
forma de livrar os negros de sua condição inferior. Também é evidente a idealização,
tipicamente romântica, de todas as personagens representantes da classe dos
senhores. Dotadas de sentimentos nobres, são vítimas dos piores crimes perpetrados
pelos escravos, por confiarem na índole dos escravos, que só revelam perversidade. 
Embora polêmico, o romance é uma leitura indispensável à compreensão do
imaginário da sociedade brasileira da segunda metade do século XIX em relação à
questão racial/abolicionista. O autor era, além de médico e professor, um membro
eminente da ala conservadora do Partido Liberal, tendo sido eleito deputado em várias
legislaturas. 
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