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Trabalho de Direitos Humanos

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UNIFESO
Direitos Humanos 
Marcos Rocha
Turma 5° período A
07/03/2018
Luiza de Oliveira Mendes 
Quando se fala em Direitos Humanos é muito comum ter o pensamento de que o conceito é muito óbvio, porém, se pararmos para refletir, o que era inicialmente tão óbvio, torna-se, em segundos um conceito muito mais amplo do que havíamos pensado. 
Para começar a conceituar Direitos Humanos, vamos primeiramente isolar as duas palavras e ver o significado de cada uma delas, tal como definido no dicionário. 
“Humano – relativo ao homem ou próprio de sua natureza.”
“Direitos – aquilo que é direito ou permitido; liberdades que são garantidas.” 
De forma simplificada, segundo essa analise morfológica, podemos dizer que os Direitos Humanos são aquelas garantias que todas as pessoas têm, simplesmente pelo fato de serem seres humanos, o modo como cada um espera e merece individualmente ser tratado só que projetado numa realidade maior. Como exemplos, podemos citar aqueles direitos que são tão inerentes a nossa própria existência, que muitas vezes nem os associamos como direitos, são alguns deles: o direito de ir e vir, o direito a expressão, a liberdade, o direito de ser respeitado tal como você é, o direito a uma religião, o direito a igualdade, entre outros. Existem muitos direitos em todo o mundo, mas sempre que se pensar em direitos que são aplicáveis universalmente, estaremos diante dos “Direitos Humanos”, que tem em sua essência quatro palavras chave: universalidade, essencialidade, superioridade normativa e reciprocidade. 
De acordo com a ONU, temos 30 direitos humanos listados na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mas de onde eles surgiram? Eles sempre existiram? Bem, como é de se esperar, nem sempre os seres humanos tinham seus direitos resguardados por uma declaração universal. A verdade é que a história nos ensina que falar sobre direitos humanos nunca foi um entendimento pacífico, uma vez que sempre havia alguém que se achava no direito de tratar certos grupos de pessoas como se nem pessoas fossem. Parece familiar? Os portugueses e os escravos, Hitler e os judeus e até mesmo Bashar al-Assad e os sírios. Somente após a Segunda Guerra Mundial, quando o mundo realmente se viu em colapso, foi criada a ONU com a idéia principal de “reafirmar a fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e valor da pessoa humana” e, juntamente, a Declaração Universal de Direitos Humanos. 
Após essa conceituação, vamos ao que realmente interessa. Se os direitos humanos são para todos, de forma igualitária, por que todos os dias vemos milhares e milhares de crianças morrendo de fome? Mulheres sendo assassinadas simplesmente por serem... mulheres? Mesmo com a Declaração Universal de Direitos Humanos, todos os dias pessoas morrem por fazerem coisas que são mundialmente reconhecidas como direitos. O que acontece de fato é que essa declaração trouxe a tona uma série de garantias para todos os seres humanos, porém, elas não podem ser impostas por não ser um documento dotado de obrigatoriedade legal, é necessário que o país decida seguir tais regras e então aplicá-las. É aí então que se cria o choque entre Direitos Humanos x Direitos Fundamentais.
A intenção quando se fala de direitos fundamentais é manifestar juridicamente a dignidade humana juntamente com o conceito de ser humano, uma vez que um depende do outro para que a própria dignidade seja respeitada. Os direitos fundamentais são todos aqueles direitos humanos que estão positivados na Constituição de cada país, ou seja, num âmbito federal. Apesar disso, conseguimos claramente perceber que alguns países têm noções um pouco arcaicas quando se trata desses direitos, uma vez que a dignidade humana muitas vezes se perde no meio de outros preceitos, como é o caso da religião em alguns países onde ainda é comum ver o Estado sacrificando direitos fundamentais em detrimento dos fundamentos religiosos ou de outros quaisquer que eles julguem mais importantes.
Por fim, direitos humanos e direitos fundamentais são direitos inerentes ao ser humano, o que difere é a esfera em que estão aplicados. Uma vez aplicados na esfera federal, podem estar submetidos a outros preceitos que se sobreponham de acordo com as leis do país ao qual se aplicam, e quando colocados sob uma esfera mundial, estamos diante de uma proteção de ordem mundial, algo maior. Trinta direitos listados num documento universal que podem até não ser a solução para tantas desigualdades, mas com certeza é o mais próximo de um caminho que encontramos até hoje. 
Bibliografia
Curso de Direito Constitucional – Marcelo Novelino 11ª edição 
Curso de Direitos Humanos – André de Carvalho Ramos 4ª edição

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