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* * FIO – Faculdades Integradas de Ourinhos ORNITOPATOLOGIA DOENÇAS BACTERIANAS Profa. Dra. Isabela Bazzo * * DOENÇAS BACTERIANAS 3. CORIZA INFECCIOSA DAS GALINHAS CORIZA AVIÁRIA, HEMOFILOSE AVIÁRIA, “INFECTIOUS CORYZA”, “FOWL CORYZA”, CORYZA INFECTIEUX e CORIZA INFECCIOSA DE LAS GALLINAS. DENOMINAÇÃO E SINONÍMIAS * * ETIOLOGIA Família: Pasteurelacea Espécie : Haemophilus paragallinarum - Bacilo imóvel, curto, Gram negativo - Não forma esporos e podem apresentar cápsulas - Rapidamente inativado fora do hospedeiro - Necessita de NADH para crescer in vitro * * * * INTRODUÇÃO - Doença respiratória aguda, sub aguda ou crônica - Causa severa enfermidade respiratória em aves - Causa menor desenvolvimento das aves e alta mortalidade - Isolamento em 1932 por De Bliek - Não tem importância em saúde pública * * IMPORTÂNCIA - Aumento de refugos - Queda da postura em poedeiras comerciais: 40% * * OCORRÊNCIA - Distribuição mundial - Atinge principalmente aves de fundo de quintal - Atinge aves de postura - Aves com mais de 13 semanas e galos, jovens são menos suscetíveis. * * ESTRUTURA ANTIGÊNICA * RECENTE CLASSIFICAÇÃO * * DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA CLASSIFICAÇÃO DE PAGE (BLACKALL et al., 1997). * * HOSPEDEIROS NATURAIS - Galinhas, faisões, galinha d’angola e codornas - Perus, pombos, corvos, pardais e patos - refratários * * TRANSMISSÃO - Horizontal - Animais portadores: contato - Aerossóis - moscas - água contaminada com secreções - Fômites - Não há descrição de transmissão vertical - Período de incubação (24-48 h) * * CADEIA EPIDEMIOLÓGICA AGENTE ETIOLÓGICO RESERVATÓRIO VIAS DE ELIMINAÇÃO VIAS DE TRANSMISSÃO HOSPEDEIRO SUSCEPTÍVEL PORTA DE ENTRADA H. paragallinarum Aves infectadas Aerossóis, moscas, Água contaminada e fômites. Secreções respiratórias Trato respiratório Galinhas, faisões e codornas * * PATOGÊNESE - H. paragallinarum: epitélio ciliar do TRS das aves - Cápsula protege a bactéria da ação de anticorpos e linfocina, sendo também anti-fagocítica (importante na colonização) - Toxinas liberadas: produção de lesão na mucosa, descamação e aparecimento de sinais clínicos. * * - Hiperplasia, desintegração e descamação dos epitélios nasais dos seios infra e peri orbitais e da traquéia os sinais obstrutivos das vias aéreas superiores. - Migração da inflamação para o TRI (pulmões e sacos aéreos) não é comum, exceto em casos de sinergismo com outros fatores infecciosos ou ambientais e doenças imunossupressoras. * * SINAIS CLÍNICOS - Morbidade: alta - Mortalidade: baixa - influenciada pelo manejo - Descarga serosa ou mucóide nasal, edema facial e conjuntivite; - Pode haver diarréia e diminuição no consumo de água e ração, em poedeiras queda da produção. * * CORIZA INFECCIOSA DESCOMPLICADA: (H. paragallinarum) - Infecção catarral aguda das mucosas e seios nasais - Descarga nasal mucosa - Inchaço dos seios infraorbitais (edema facial) - Estertores na traquéia e pulmão, dispnéia e aerossaculite - Morbidade alta/mortalidade baixa - Postura - Refugos * * CORIZA INFECCIOSA COMPLICADA: (H. paragallinarum + vírus da bronquite, laringotraqueíte, pneumovirose, micoplasma, E.coli e Pasteurella). - Sinais mais intensos e persistentes - Descarga nasal contínua por mais de um mês - Tampões caseosos nas vias nasais - Estertores - Aerossaculite - Alta taxa de mortalidade * * LESÕES MACROSCÓPICAS * * * * DIAGNÓSTICO - Histórico e sinais clínicos. PCR sensível e específica Isolamento do H. paragallinarum Material: aves vivas que apresentam sinais ou cabeças coletadas e refrigeradas. Envio do exudato deve-se cauterizar a pele abaixo do olho com uma espátula e se fazer uma incisão na cavidade dos sinus nasais (tesoura estéril), passando-se, em seguida, um swab na superfície dos sinus (semear em ágar sangue). * * Haemophilus * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Varíola (Bouba aviária) Síndrome da Cabeça Inchada Pasteurelose Aviária Crônica (Cólera) Avitaminose A * * TRATAMENTO - Sulfa + Trimetoprim (5 a 7 dias), oxitetraciclina e eritromicina na ração ou água de bebida; - O animal vai continuar portador da bactéria - Recorrência - Resistência e persistência de portadores - Adicionar cloro na água * * PREVENÇÃO E CONTROLE - Manejo - Medidas de biossegurança - Criação “all in all out” - Desinfecção de instalações e equipamentos - Cloro na água de bebida - Evitar agentes secundários (Mycoplasma, ...) * * - Vazio sanitário de 2 a 3 semanas - Vacinação Bacterinas –10 e 20 semanas de idade Vivas – melhor proteção FIM!!!