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DO PRECEDENTE

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DO PRECEDENTE:
Contudo algumas decisões não formam um precedente, como, por exemplo: 
a) as decisões que não podem transcender o caso concreto, dessa forma, ela nunca poderá ser utilizada como base para outro julgamento; 
b) as decisões que se valem de um precedente como razão de decidir, naturalmente não pode ser considerada um precedente; 
c) As decisões que se limitam a aplicar a letra da lei, posto que não há um enfrentamento;
 d) A sentença sem fundamentação
A sentença contém dois atos jurídicos distintos: a) a fundamentação, na qual se expõe a ratio decidendi; e b) o dispositivo, no qual se determina a norma individualizada.
Alguns doutrinadores entendem que o precedente em sentido estrito, é formado apenas pela ratio decibendi.
DA RATIO DECIBENDI
O único elemento do precedente que pode ter caráter obrigatório ou persuasivo é a ratio decidendi ou seja, a tese ou o princípio jurídico assentado na motivação.
Portanto, a ratio decidendi tem por definição a razão necessária para que o caso seja decidido daquela forma.
Ainda, insta evidenciar, que a ratio não confunde-se com a lei, visto que aquela se afirma como a interpretação correta desta, sendo fruto da interpretação dos fatos envolvidos na causa e da sua conformação com o direito positivo.
OBTER DICTUM
Normalmente é definido de forma negativa: É obiter dictum a proposição ou regra jurídica que não compuser a ratio decibendi.
O exemplo mais visível de utilização de um dictum é quando o tribunal de forma gratuita sugere como resolveria uma questão conexa ou relacionada com a questão dos autos, mas que no momento não está resolvendo.
Dessa forma, o obiter dictum, embora não sirva como precedente, não é desprezível, pois pode sinalizar uma futura orientação do tribunal, por exemplo.
TÉCNICAS DE FELXIBILIZAÇÃO E SUPEARAÇÃO DOS PRECEDENTES
Um juiz pode deixar de observar a força vinculante de um precedente quando concluir que o litígio pendente difere do precedente ou, ainda, quando o entendimento encontra-se superado. Assim, existe um método de distinção do precedente - distinguishing; e um para indicar a superação deste – overruling.
DISTINGUINSH
Art. 489.  São elementos essenciais da sentença:
(...)
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
(...)
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
ANTECIPATORY OVERRULING
EXEMPLO: Em que o juízo monocrático ou tribunal inferior deixa de aplicar enunciado de súmula, “quando o tribunal superior já deu sérias mostras de que está prestes a revogar ou cancelar a súmula”. Não há, em casos tais, uma revogação antecipada propriamente dita, inclusive pela ausência de competência para tanto, mas sim uma antecipação, com base em juízo de probabilidade, de um efeito da revogação, que é a não-aplicação do precedente.

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