Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - INSTITUTO DE FI´SICA FI´SICA II-A - 2011/1 - RESOLUC¸A˜O DA PROVA FINAL - DATA: 11/07/2011 QUESTA˜O 1 [ 2,5 pontos] [P1] Uma camada de o´leo de densidade ρo = fρa, onde f < 1, e´ despejada em um reservato´rio cil´ındrico com a´gua (densidade ρa) e que se encontra aberto superiormente (vide figura 1). Sabe-se que a espessura da camada de o´leo e´ ho e que o n´ıvel da a´gua no reservato´rio e´ H. (a) (1,2) Determine a velocidade vs de sa´ıda da a´gua por um furo de diaˆmetro muito pequeno em comparac¸a˜o com o diaˆmetro do reservato´rio que e´ feito na sua lateral a uma profundidade h, sendo h > ho. Para determinarmos a pressa˜o P2 na superf´ıcie que delimita superiormente a camada de a´gua tomemos a equac¸a˜o de Bernoulli para os pontos (1) e (2) nas superf´ıcies que delimitam superiormente e inferiormente a camada de o´leo, considerando que, para estes pontos, temos que y1 = H + ho e y2 = H . Com isso teremos que 1 2 ρov 2 1 + ρog(H + ho) + Po = 1 2 ρov 2 2 + ρogH + P2 =⇒ P2 = Po + ρogho + 1 2 ρo(v 2 1 − v 2 2) . Sendo A a a´rea transversa do reservato´rio, enta˜o aplicando a equac¸a˜o de vaza˜o para as sec¸o˜es de a´rea transversas que conte´m os pontos (1) e (2) encontraremos que v1A = v2A =⇒ v1 = v2 de modo que, usando esta´ igualdade na expressa˜o anterior tiramos que P2 = Po + ρogho . Se agora aplicarmos a equac¸a˜o de Bernoulli para o ponto (2) e o ponto (3) que se encontra na sa´ıda do furo, onde y3 = H + ho − h e v3 = vs, obteremos a relac¸a˜o 1 2 ρav 2 2 + ρagH + P2 = 1 2 ρav 2 s + ρag(H + ho − h) + Po =⇒ 1 2 ρav 2 2 + P2 = 1 2 ρav 2 s + ρag(ho − h) + Po . Assumindo que a a´rea transversa do furo seja a e aplicando a equac¸a˜o de vaza˜o para as sec¸o˜es de a´rea transversas que conte´m os pontos (2) e (3) encontraremos que v2A = vsa =⇒ v2 = ( a A ) vs de modo que, como a � A, enta˜o v2 � vs e, com isso, podemos desprezar o termo quadra´tico em v2 na expressa˜o anterior que, juntamente com o uso da expressa˜o obtida anteriormente para P2, levara´ a` relac¸a˜o Po + ρogho = 1 2 ρav 2 s + ρag(ho − h) + Po =⇒ vs = √ 2gh [ 1− ho h (1 − f) ] onde levamos em conta o fato de que ρo = fρa. (b) (0,8) Determine a distaˆncia D entre o reservato´rio e o ponto do solo atingido pelo filete de a´gua que escapa pelo orif´ıcio. Apo´s sair pelo furo o filete de a´gua ficara´ sob a ac¸a˜o da gravidade e, neste caso, as coordenadas como func¸a˜o do tempo de um certo elemento de massa dele sera˜o dadas por{ x(t) = vst y(t) = H + ho − h− 1 2gt 2 =⇒ y(x) = H + ho − h − gx2 2v2s . Usando este resultado e observando que, ao atingir o solo este elemento de massa tera´ xqueda = D e yqueda = y(D) = 0, enta˜o encontraremos que H + ho − h− gD2 2v2s = 0 =⇒ D = √ 2 g (H + ho − h) vs . Deste modo, ao usarmos a expressa˜o para vs na equac¸a˜o acima teremos o resultado final D = 2 √ h(H + ho − h) [ 1− ho h (1− f) ] . 1 (c) (0,5) Obtenha os valores nume´ricos para vs e D no caso em que f = 0, 6 , ho = 0, 3m, H = 2, 0m e h = 1, 8m. Usando as expresso˜es obtidas, encontraremos que vs = √ 2× 9, 8× 1, 8× [ 1− 0, 3 1, 8 × (1− 0, 6) ] m/s =⇒ vs = 5, 7m/s e, por sua vez, D = 2× √ 1, 8× (2, 0 + 0, 3− 1, 8)× [ 1− 0, 3 1, 8 × (1− 0, 6) ] m =⇒ D = 1, 8m . QUESTA˜O 2 [ 2,5 pontos] [P1/PF] Uma haste de comprimento 2L e massa desprez´ıvel, que possui duas esferas ideˆnticas de massa M e raio desprez´ıvel presas em suas extremidades, pode girar livremente, em um plano vertical, em torno de um eixo O que passa ortogonalmente a ela a uma distaˆncia r de seu centro, como mostra a figura 2. (a) (0,9) Considerando os torques que atuam no sistema, obtenha a equac¸a˜o de movimento do mesmo e mostre que a haste oscilara´ harmonicamente quando for deslocada de sua posic¸a˜o de equil´ıbrio por um aˆngulo θ muito pequeno. Pela 2a Lei de Newton para rotac¸o˜es: ∑ τ = I d 2θ dt2 Mg(L − r)senθ −Mg(L + r)senθ = [ M(L− r)2 +M(L + r)2 ] d2θ dt2 −2grsenθ = 2(L2 + r2)d 2θ dt2 (1) Para aˆngulos pequenos, senθ ≈ θ, enta˜o: (L2 + r2) d2θ dt2 + grθ = 0 (2) Esta e´ a equac¸a˜o de movimento do oscilador harmoˆnico, que tem como soluc¸a˜o θ(t) = θm cos(ωt+φ), com ω = √ gr L2+r2 . (b) (0,9) Determine a expressa˜o para a frequencia f da oscilac¸a˜o e obtenha os seus valores nos casos em que r = L e r = 0. Justifique fisicamente os resultados obtidos. A frequeˆncia e´ f = ω2pi = 1 2pi √ gr L2+r2 . Se r = L, enta˜o f = 1 2pi √ g 2L , que e´ a frequeˆncia de um peˆndulo simples de comprimento 2L. Por outro lado, se r = 0 obtemos f = 0, pois nesta situac¸a˜o na˜o ha´ torque restaurador resultante, de modo que o sistema gira livremente se colocado em movimento. (c) (0,7) Supondo que a haste esta´ inicialmente na posic¸a˜o de equil´ıbrio e, no instante t = 0, recebe um impulso de rotac¸a˜o que a leva a um angulo ma´ximo de mo´dulo θm depois de decorridos 1 4 de per´ıodo, escreva a expressa˜o para θ(t) em func¸a˜o de θm e f. Considere todas as soluc¸o˜es fisicamente distintas. A soluc¸a˜o geral e´ θ(t) = θm cos(2pift + φ). A condic¸a˜o inicial descrita no problema corresponde a θ(0) = 0, de modo que cos φ = 0, ou seja, φ = ±pi/2. Estas duas escolhas correspondem a` velocidade angular inicial ser positiva ou negativa, o que na˜o e´ especificado no problema, de modo que sa˜o as duas soluc¸o˜es fisicamente distintas compat´ıveis com o enunciado. Assim, a resposta e´ θ(t) = θm cos(2pift ± pi/2). QUESTA˜O 3 [ 2,5 pontos] [P1] As ondas estaciona´rias unidimensionais sa˜o descritas, de uma maneira geral, pela expressa˜o y(x, t) = (a cos kx + b sen kx) cosωt, onde k e´ o nu´mero de onda e ω e´ a frequeˆncia angular. Usando esta informac¸a˜o e as condic¸o˜es de contorno, considere os modos normais de oscilac¸a˜o pn(x, t), do ponto de vista da diferenc¸a de pressa˜o p(x, t) = P (x, t)−Po, associados a`s ondas sonoras estaciona´rias produzidas em um tubo de comprimento L que possui uma extremidade aberta em x = 0 e a outra fechada em x = L. Sendo vs a velocidade do som no ar, determine para estes modos normais de vibrac¸a˜o: (a) (0,6) as frequeˆncias fn; (b) (0,5) os comprimentos de ondas λn; 2 Do ponto de vista da variac¸a˜o da pressa˜o associada a` onda sonora estaciona´ria, as condic¸o˜es de contoˆrno para o tubo com uma extremidade aberta em x = 0 e a outra fechada em x = L sa˜o dadas por p(0, t) = 0 e ∂p(L, t) ∂x = 0 . Sendo assim, ao aplicarmos estas condic¸o˜es na expressa˜o geral para a onda sonora estaciona´ria p(x, t) = (a cos kx + b sen kx) cosωt encontraremos que{ a cosωt = 0 =⇒ a = 0 k b cos kL cosωt = 0 =⇒ k = kn = (n− 1 2)pi/L com n = 1, 2, 3, . . . Ao levarmos em conta este resultado teremos que{ λn = 2pi/kn fn = vs/λn =⇒ { λn = 4L/(2n− 1) fn = (2n− 1)vs/(4L) . (c) (1,0) as expresso˜es para pn(x, t) em func¸a˜o de n, L, vs e a amplitude po da onda estaciona´ria, suposta conhecida. Agora, se usarmos o fato de que ωn = 2pifn e que b = po na expressa˜o resultante para a onda estaciona´ria teremos que pn(x, t) = po sen [ (2n− 1)pix 2L ] cos [ (2n− 1)vst 2L ] . (d) (0,4) Fac¸a um desenho esboc¸ando os dois primeiros modos normais de vibrac¸a˜o. Vide figura em anexo. QUESTA˜O 4 [ 2,5 pontos] [P1/PF] A equac¸a˜o de uma onda progressiva harmoˆnica em uma corda e´ dada pela expressa˜o y(x, t) = ym cos(kx− ωt + φ), onde k = pi m −1 e ω = 10pi rad/s. (a) (0,9) Determine o per´ıodo T , o comprimento de onda λ e a velocidade de fase v desta onda. Utilizando as relac¸o˜es conhecidas e as informac¸o˜es fornecidas encontraremos que T = 2pi ω =⇒ T = 2pi 10pi s =⇒ T = 1 5 s = 0, 2 s λ = 2pi k =⇒ λ = 2pi pi m =⇒λ = 2m v = λ T =⇒ v = 2 0, 2 m/s. =⇒ v = 10m/s (b) (0,3) Se a tensa˜o que estica a corda e´ de 10 N, determine a densidade linear da corda µ. Levando em conta que a velocidade de propagac¸a˜o da onda na corda e´ dada por v = √ τ/µ tiramos que µ = τ v2 =⇒ µ = 10N 100m2/s2 = 0, 1 kg/m. (3) (c) (0,3) Determine a expressa˜o para a velocidade transversal da corda (∂y/∂t). Neste caso encontraremos que vy(x, t) = ∂y(x, t) ∂t = ∂ ∂t {ym cos(kx− ωt + φ)} = −ym sen(kx− ωt+ φ)× (−ω) ou seja, vy(x, t) = ωym sen(kx− ωt+ φ) de modo que, usando as informac¸o˜es ate´ enta˜o conhecidas, teremos vy(x, t) = [ 10piym sen(pix− 10pit+ φ) ] s −1 , restando determinar os valores para ym e φ e tendo que ym e x devem ser dados em metros e t em segundos. (d) (1,0) Se no instante t = 0, na posic¸a˜o x = 0 temos que y(0, 0) = 1, 4 cm e ∂y ∂t (0, 0) = 14, 1pi cm/s, determine o valor da amplitude e da constante de fase desta onda. 3 Das condic¸o˜es iniciais da onda progressiva no ponto x = 0 obteremos o sistema de equac¸o˜es{ y(0, 0) = ym cos φ vy(0, 0) = ωym senφ cuja soluc¸a˜o para ym e φ, obtida ao dividirmos as duas equac¸o˜es (para a determinac¸a˜o de φ) e tomarmos a soma de seus quadrados (para a determinac¸a˜o de ym), sera´ dada por tanφ = vy(0, 0) ω y(0, 0) e ym = √ [y(0, 0)]2 + [vy(0, 0)/ω]2. Deste modo, ao usarmos os dados nume´ricos conhecidos tiramos que tanφ = 14, 1pim/s 10pi × 1, 4m/s =⇒ tanφ = 1, 007 =⇒ φ = 0, 789 rad = 45, 2o ≈ pi 4 rad ym = √ [1, 4]2+ [14, 1pi/(10pi)]2 cm =⇒ ym = 1, 99 cm. QUESTA˜O 5 [ 2,5 pontos] [P2] Coloca-se uma mistura dos gases he´lio (He), monoatoˆmico, e hidrogeˆnio (H2), diatoˆmico, num recipiente de 10 litros a` temperatura de 27oC. Sabendo que a massa de cada ga´s e´ 1 g, determine: (a) (0,8) as presso˜es parciais P H2 e P He , devido a cada ga´s e a pressa˜o total P T da mistura; O nu´mero de moles de cada um dos gases misturados sera´ nx = Mx/M (x) mol, sendo x = H2 ou He. Desse modo teremos que n H2 = 1 g 2 g = 1 2 enquanto n He = 1 g 4 g = 1 4 . Por sua vez, pela equac¸a˜o de estado teremos que a pressa˜o parcial devido a cada ga´s e´ fornecida por Px = nxRT/V , de modo que utilizando os dados conhecidos encontraremos que P H2 = [ 0, 5× 8, 31× 300 10× 10−3 ] Pa = 1, 25× 105Pa enquanto que P He = [ 0, 25× 8, 31× 300 10× 10−3 ] Pa = 6, 23× 104Pa e com isso a pressa˜o total para a mistura dos gases sera´ dada por P T = P H2 + P He = 1, 87× 105Pa. (b) (0,8) as energias internas totais E H2 e E He , associadas a cada componente da mistura considerando os graus de liberdade de translac¸a˜o e rotac¸a˜o e utilizando o teorema da equipartic¸a˜o da energia. Pela lei da equipartic¸a˜o da energia temos que a energia interna de cada componente da mistura e´ fornecida por Ex = 1 2 qxnxRT , onde qx fornece o nu´mero de graus de liberdade para cada ga´s. Sendo assim, ao levarmos em conta que q H2 = 5 (ga´s diatoˆmico) e q He = 3 (ga´s monoatoˆmico), encontraremos que E H2 = [0, 5× 5× 0, 5× 8, 31× 300] J = 3, 12× 103 J enquanto que E He = [0, 5× 3× 0, 25× 8, 31× 300] J = 9, 35× 102 J e com isso a energia interna total para a mistura dos gases sera´ dada por E T = E H2 +E He = 4, 06× 103 J. (c) (0,9) Obtenha os calores espec´ıficos molares a volume constante c (H2) v e c (He) v de cada ga´s e determine os calores espec´ıficos molares a volume cv e a pressa˜o constante cp da mistura, bem como a sua constante adiaba´tica γ. Pela lei da equipartic¸a˜o da energia sabemos que os calores espec´ıficos molares a volume constante e a pressa˜o constante de cada componente da mistura sa˜o fornecidos por c (x) v = 1 2qxR e c (x) p = c (x) v +R = ( 1 2qx+1)R. Com isso, ao levarmos em conta que q H2 = 5 (ga´s diatoˆmico) e q He = 3 (ga´s monoatoˆmico), encontraremos que c(H2)v = 5 2 R = 20, 8 J/molK e c(H2)p = 7 2 R = 29, 1 J/molK 4 enquanto que c(He)v = 3 2 R = 12, 5 J/molK e c(He)p = 5 2 R = 20, 8 J/molK. Para obtermos os calores espec´ıficos molares a volume constante c (T) v e a pressa˜o constante c (T) p da mistura dos gases devemos tomar a me´dia ponderada em nx dos respectivos calores espec´ıficos molares de cada componente. Ou seja, c(T)v = n H2 c (H2) v + nHec (He) v n H2 + n He = [ 1 2 × 5 2 + 1 4 × 3 2 1 2 + 1 4 ] R = 13 6 R = 18, 0 J/molK e da mesma forma c(T)p = n H2 c (H2) p + nHec (He) p n H2 + n He = [ 1 2 × 7 2 + 1 4 × 5 2 1 2 + 1 4 ] R = 19 6 R = 26, 3 J/molK. Com isso a constante adiaba´tica da mistura dos gases sera´ dada por γ T = c(T)p /c (T) v = 19 13 = 1, 46 . QUESTA˜O 6 [ 2,5 pontos] [P2/PF] Uma massa de 100 g de gelo, inicialmente a 0oC, e´ totalmente fundida em contato com um reservato´rio te´rmico a` temperatura de 27oC. Considere o calor latente de fusa˜o do gelo L = 80 cal/g e o calor espec´ıfico da a´gua c = 1, 0 cal/goC. Determine: (a) (0,6) a variac¸a˜o da entropia da massa de gelo ao se transformar em a´gua a 0oC; Como o processo de fusa˜o do gelo ocorre a` temperatura constante, temos que ∆Sgelo = Qgelo T1 = ml T1 = 8000 273 cal/K ≈ 29, 3 cal/K = 122, 6 J/K. (4) (b) (0,6) a variac¸a˜o da entropia da massa de a´gua ao ser aquecida de 0oC a 27oC; No caso do aquecimento da a´gua temos que ∆Sa´gua = ∫ T2 T1 dQa´gua T = ∫ T2 T1 mcdT T = mc lnT2/T1 = 100 ln300/273 cal/K ≈ 9, 43 cal/K = 39, 5 J/K. (5) (c) (0,6) a variac¸a˜o da entropia do reservato´rio te´rmico. No caso do reservato´rio, o processo ocorre a` temperatura constante, logo teremos que ∆Sreservato´rio = Qreservato´rio T2 = − ml +mc∆T T2 = − 8000 + 2700 300 cal/K ≈ −35, 7 cal/K = −149, 4 J/K. (6) (d) (0,7) Considere o universo, formado pela massa de gelo e o reservato´rio, isolado da vizinhanc¸a. A partir da variac¸a˜o de entropia do universo, diga se o processo de derretimento do gelo e aquecimento da massa equivalente de a´gua e´ um processo revers´ıvel. ∆Suniverso = ∆Sgelo +∆Sa´gua + ∆Sreservato´rio ≈ 3, 03 cal/K = 12, 7 J/K. (7) Como ∆Suniverso > 0, o processo e´ irrevers´ıvel. QUESTA˜O 7 [ 2,5 pontos] [P2] O estado inicial para 4 g de ga´s he´lio (He) e´ dado por: V1 = 22, 4 litros, P1 = 1 atm e T1 = 0 oC. Este ga´s e´ submetido aos seguintes processos: (i) uma expansa˜o isote´rmica do estado inicial [1] ate´ o estado [2], que possui o dobro do volume inicial; (ii) em seguida ele sofre um aquecimento isovolume´trico do estado [2] ate´ o estado [3], absorvendo 300J; (iii) por fim ele sofre uma compressa˜o isote´rmica do estado [3] ate´ o estado [4], cujo volume e´ o mesmo do estado inicial. (a) (0,5) Represente os treˆs processos em um diagrama de P × V . (b) (2,0) Obtenha os valores para a pressa˜o P (em atm), volume V (em litros) e temperatura T (em K) para os estados extremos [1], [2], [3] e [4]. 5 No ponto [1]: dados do problema V1= 22,4 l, P1=1 atm e T1=0 0C=273,16 K No ponto [2]: sendo o processo [1] → [2] isote´rmico (temperatura T1) ⇒ P1V1=P2V2. Como V2=2V1 ⇒ P2=P1/2. Assim V2=44,8l, P2=0,5 atm e T2=0 0C=273,16K. No ponto [3]: sendo o processo [2] → [3] isovolume´trico ⇒ V2=V3=2V1 Para determinar a temperatura T3 usamos o fato que a variac¸a˜o de energia interna do ga´s ∆E=ncV (T3-T2) onde cV=3/2R. Como na˜o ha´ realizac¸a˜o de trabalho ]⇒ ∆E=Q. Logo T3=T2+Q/(ncV ), o nu´mero de moles n=1 (pode ser obtido por n=P1V1/RT1 ou pelo fato da massa dada ser igual a` massa de um mol). A pressa˜o P3=RT3/V3. Assim V3=44,8 l, T3=273,16K+200/8,314= 297,22K, e P3= (8,314 x 297,22/(44,8 x 10 −3 1,013 x 105))= 0,54 atm No ponto [4]: comoo processo [3] → [4] e´ isote´rmico (temperatura T3) e que o ga´s volta ao seu volume inicial (V4=V1) ⇒ P4=RT3/V1. Assim V4= 22,4 l, P4=(8,314 x 297,22/(22,4 x 10 −3 1,013 x 105))=1,09 atm e T4=297,22K. QUESTA˜O 8 [ 2,5 pontos] [P2/PF] Um mol de um ga´s ideal monoatoˆmico descreve o ciclo composto de um processo: (i) [1] → [2] de expansa˜o isote´rmica; (ii) [2] → [3] de esfriamento isovolume´trico; (iii) [3] → [1] de compressa˜o adiaba´tica. Sabendo que V2 = 3V1, determine em termos de P1, V1 e R: (a) (0,6) P2, P3 e T3; Sendo o processo [1]→ [2] isote´rmico enta˜o teremos que P1V1 = P2V2 =⇒ P2 = ( V1 V2 ) P1 = 1 3 P1 . No caso do processo adiaba´tico [3]→ [1], como V3 = V2 e γ = 5/3, tiramos que P1V γ 1 = P3V γ 3 =⇒ P3 = ( V1 V2 )γ P1 = 1 35/3 P1 = 0, 16P1 . Por fim, pela equac¸a˜o de estado teremos que T3 = P3V3/R = 0, 16P1(3V1)/R = 0, 48P1V1/R . (b) (1,2) W , Q e ∆Eint para os treˆs processos e para o ciclo, como um todo. Usando a primeira lei da termodinaˆmica e as propriedades de cada processo, tiramos que: • no processo de [1]→ [2]: ∆Eint = 0 e Q = W = RT1 ln (V2/V1) = P1V1 ln 3 = 1, 1P1V1 ; • no processo de [2]→ [3]: W = 0 e ∆Eint = Q = Cv(T3 − T2) = 3 2R(0, 48− 1)P1V1/R = −0, 78P1V1 ; • no processo de [3]→ [1]: Q = 0 e ∆Eint = W = Cv(T1 − T3) = 3 2R(1− 0, 48)P1V1/R = 0, 78P1V1 ; • no processo c´ıclico como um todo: ∆Eint = 0 e Qo = Wo = (1, 1− 0, 78)P1V1 = 0, 32P1V1 . (c) (0,7) Obtenha o rendimento η de uma ma´quina te´rmica que opere com este ciclo e compare com o rendimento ηc de uma ma´quina de Carnot que opere entre as mesmas temperaturas. O rendimento da ma´quina te´rmica sera´ fornecido por η = Wo Qabs = 0, 32P1V1 1, 1P1V1 =⇒ η = 0, 29 No caso de uma ma´quina de Carnot que opere entre as mesmas temperaturas teremos que ηc = 1− T3/T1 = 1− 0, 48T1/T1 =⇒ ηc = 0, 52 portanto η/ηc = 0, 29/0, 52 = 0, 56 . Informac¸o˜es Fornecidas A) g = 9, 8m/s2 R = 8, 314 J/molK 1 atm= 1, 013× 105N/m2 1 litro = 10−3m3 1 cal= 4, 186 J B) M (mol) H2 = 2 g M (mol) He = 4 g 6 1( , )p x t 2( , )p x t 0x x L V(l) P (atm)) 1 2 3 4 Os valores das coordenadas encontram-se no texto
Compartilhar