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FEP2195 - F´ısica Geral e Experimental para Engenharia I Prova P1 - Gabarito 1. O vetor posic¸a˜o de uma part´ıcula que se move no plano xy e´ dado por: ~r = ( 2 3 t3 − 3 2 t2 ) ıˆ+ t4 12 ˆ ~r e´ dado em metros e t em segundos. (a) (1,0) Determine o vetor velocidade instantaˆnea da part´ıcula, seu mo´dulo e direc¸a˜o, para o instante t = 3, 0 s. (b) (0,5) Determine o vetor acelerac¸a˜o instantaˆnea da part´ıcula para o instante t = 3, 0 s. (c) (0,5) Determine o vetor deslocamento da part´ıcula entre os instantes de tempo t1 = 1, 0 s e t2 = 3, 0 s: (d) (0,5) Determine o vetor velocidade me´dia da part´ıcula no intervalo de tempo t1 = 1, 0 s e t2 = 3, 0 s. SOLUC¸A˜O: (a) ~r(t) = ( 2 3 t3 − 3 2 t2 ) ıˆ+ t4 12 ˆ Vetor velocidade instantaˆnea em func¸a˜o do tempo: ~v(t) = d dt ~r(t) = (2t2 − 3t)ˆı+ t 3 3 ˆ Vetor velocidade instantaˆnea para t = 3 s: ~v(3) = (9 ıˆ+ 9 ˆ) m/s Mo´dulo do vetor velocidade instantaˆnea: v(3) = √ 92 + 92 = 9 √ 2 (m/s) Direc¸a˜o do vetor velocidade instantaˆnea: θv = arctan ( 9 9 ) = pi 4 rad 1 (b) Vetor acelerac¸a˜o instantaˆnea em func¸a˜o do tempo: ~a(t) = (4t− 3)ˆı+ t2 ˆ Vetor acelerac¸a˜o instantaˆnea para t = 3 s: ~a(3) = (9 ıˆ+ 9 ˆ) m/s2 (c) Vetor posic¸a˜o para t1 = 1, 0 s: ~r(1) = ( 2 3 − 3 2 ) ıˆ+ 1 12 ˆ = −5 6 ıˆ+ 1 12 ˆ Vetor posic¸a˜o para t2 = 3, 0 s: ~r(3) = ( 18− 27 2 ) ıˆ+ 27 4 ˆ = 9 2 ıˆ+ 27 4 ˆ Vetor deslocamento: ∆~r = ~r(3)− ~r(1) = ( 9 2 + 5 6 ) ıˆ+ ( 27 4 − 1 12 ) ˆ ∆~r = ( 16 3 ıˆ+ 20 3 ˆ ) m (d) Vetor velocidade me´dia entre t1 = 1, 0 s e t2 = 3, 0 s: ~¯v = ∆~r ∆t ~¯v = ( 8 3 ıˆ+ 10 3 ˆ ) m/s 2 100 m 200 m 250 m 30o 18 0 m m2. O prefeito da cidade, mostrada na figura, esta´ preocupado com os poss´ıveis danos que poderiam ser causados pela queda do bloco de massa m, caso as escoras que o sustentam se rompessem. Sendo voceˆ o engenheiro da prefeitura, responda a`s treˆs questo˜es formuladas pelo prefeito: (a) (0,5) Qual o mo´dulo da velocidade com que o bloco chega a` borda do penhasco? (Considere des- prez´ıvel o atrito entre o bloco e o piso coberto de grama). (b) (1,0) Qual o tempo total de queda, desde o rompimento das escoras ate´ atingir o solo? (c) (1,0) A que distaˆncia do penhasco o bloco atinge o solo? SOLUC¸A˜O: (a) Velocidade com que o bloco chega a` borda do penhasco: v2 = v20 + 2a∆S onde v0 = 0 (o corpo parte do repouso), a = g sen(θ) (com θ = 30 ◦) e ∆S = d = 250 m. (O sistema de coordenadas utilizado para descrever o movimento tem o seu eixo ao longo do plano inclinado, orientado positivamente para baixo). v = √ 2g sen(θ) d = √ 2 · 10 · 1 2 · 250 v = 50 m/s (b) Tempo total de queda: ∆t = ∆t1 +∆t2 onde ∆t1 e´ o tempo de descida da rampa e ∆t2 o tempo de queda livre. Determinac¸a˜o de ∆t1: v = v0 + at 3 onde v e´ a velocidade determinada no item (a), v0 = 0, a = g sen(θ) e t = ∆t1 ∆t1 = v g sen(θ) = 50 10 · 1 2 = 10 s Determinac¸a˜o de ∆t2: y = y0 + v sen(θ) t+ 1 2 g t2 onde y = 180 m, y0 = 0, v = 50 m/s (determinada no item (a)) e t = ∆t2. (O sistema de coordenadas utilizado para descrever o movimento tem o seu eixo y vertical, orientado positivamente para baixo). 180 = 50 · 1 2 ·∆t2 + 1 2 · 10 · (∆t2)2 (∆t2) 2 + 5 ·∆t2 − 36 = 0 ∆t2 = −5 2 ± √ 25 + 144 2 = −5 2 ± 13 2 ∆t2 = 4 s Tempo total de queda: ∆t = 14 s (c) Distaˆncia do penhasco que o bloco atinge o solo: x = x0 + v cos(θ) t onde x e´ a posic¸a˜o onde o bloco atinge o solo, x0 = 0, v = 50 m/s (determinada no item (a)), θ = 30◦ e t = ∆t2. x = 50 · √ 3 2 · 4 x = 100 √ 3 m 4 M T1 θ T2 g 3. Um bloco de massa M esta´ pendurado no interior de um elevador conforme a figura. Todas as unidades sa˜o dadas no Sistema Internacional (S.I.). Determine em func¸a˜o de M , ~a, θ e ~g: (a) (1,5) Os vetores que representam as tenso˜es nos fios ~T1 e ~T2 em coordenadas cartesianas ıˆ e ˆ, se o elevador estiver subindo com acelerac¸a˜o ~a. (b) O instante de tempo em que as tenso˜es nos fios se anulam, se o elevador estiver descendo com velocidade v = 3 t3 (m/s). SOLUC¸A˜O: (a) Tenso˜es nos fios: Forc¸a resultante ao longo da direc¸a˜o horizontal (sentido positivo para a direita ıˆ):∑ Fx = T2 cos(θ)− T1 = 0 Forc¸a resultante ao longo da direc¸a˜o vertical (sentido positivo para cima ˆ):∑ Fy = T2 sen(θ)−Mg = Ma Da segunda equac¸a˜o: T2 = M(a+ g) sen(θ) Da primeira equac¸a˜o: T1 = T2 cos(θ) = M(a+ g) cos(θ) sen(θ) Vetores tenso˜es: ~T1 = [−M(a+ g) cotan(θ) ıˆ] N ~T2 = [M(a+ g) cotan(θ) ıˆ+M(a+ g) ˆ] N (b) Velocidade de descida: ~v = −3t3 ˆ 5 Acelerac¸a˜o de descida: ~a∗ = d dt ~v = −9t2 ˆ Vetores das tenso˜es com o elevador descendo com a acelerac¸a˜o acima: ~T1 = [−M(a∗ + g) cotan(θ) ıˆ] ~T2 = [M(a∗ + g) cotan(θ) ıˆ+M(a∗ + g) ˆ] Para que ~T1 e ~T2 se anulem, temos que: a∗ + g = 0 −9t2 + g = 0 Instante de tempo em que as tenso˜es se anulam: t = √ g 3 s θ m F 4. O cabo de um esfrega˜o de cha˜o, de massa m, faz um aˆngulo θ com a direc¸a˜o vertical. Seja µk o coeficiente de atrito cine´tico entre o esfrega˜o e o assoalho, e seja µs o coeficiente de atrito esta´tico entre eles. Despreze a massa do cabo. (a) (1,0) Dado que o esfrega˜o e´ colocado em movimento, determine, em func¸a˜o de m, g, θ e µk, a intensidade da forc¸a F , dirigida ao longo do cabo, necessa´ria para fa- zer o esfrega˜o deslizar com velocidade constante sobre o assoalho. (b) (1,0) Calcule o trabalho da forc¸a F e o trabalho da forc¸a resultante sobre o esfrega˜o, considerando a mesma situac¸a˜o do ı´tem (a), quando o esfrega˜o se desloca uma distaˆncia d. (c) (0,5) Suponha agora que o aˆngulo θ possa ser variado. Mostre que se o esfrega˜o estiver em repouso e se θ for menor que um certo valor cr´ıtico θ0, o esfrega˜o na˜o podera´ ser colocado em movimento, na˜o importando a intensidade da forc¸a dirigida ao longo do cabo. Encontre uma equac¸a˜o relacionando este aˆngulo θ0 com m, g, F , e µs. 6 SOLUC¸A˜O: (a) Vamos considerar o sistema de coordenadas com o eixo x horizontal orientado po- sitivamente para a direita e o eixo y vertical orientado positivamente para cima. Como o esfrega˜o deve deslizar com velocidade constante, teremos para as forc¸as resultantes ao longo dos eixos:∑ Fx = F sen(θ)− fa = 0∑ Fy = N − F cos(θ)−mg = 0 onde fa e´ a forc¸a de atrito e N a normal. Da segunda equac¸a˜o obtemos: N = F cos(θ) +mg Como o esfrega˜o deve se deslocar com velocidade constante, temos: fa = µkN = µk F cos(θ) + µkmg Intensidade da forc¸a F : F sen(θ)− µk F cos(θ)− µkmg = 0 F = µkmg sen(θ)− µk cos(θ) (b) Trabalho da forc¸a F WF = F sen(θ) d WF = µkmg sen(θ) sen(θ)− µk cos(θ)d Trabalho da forc¸a resultante: Como o esfrega˜o se desloca com velocidade constante, isso significa que a forc¸a resultante agindo sobre o esfrega˜o e´ nula, ou seja, o trabalho da forc¸a resultante tambe´m sera´ nulo. 7 (c) Se o esfrega˜o estiver em repouso, a ma´xima intensidade da forc¸a F que podera´ ser aplicada, para que o esfrega˜o continue em repouso, sera´ obtida de:∑ Fx = FMAX sen(θ)− faMAX = 0∑ Fy = N − FMAX cos(θ)−mg = 0 onde faMAX e´ a forc¸a de atrito esta´tico ma´xima, ou seja, faMAX = µsN . Assim, a intensi- dade da forc¸a ma´xima sera´ dada por: FMAX = µsmg sen(θ)− µs cos(θ) Mas se sen(θ) = µs cos(θ) FMAX seria muito grande (tenderia a infinito). Assim, se sen(θ)≤ µs cos(θ) o esfrega˜o na˜o entrara´ em movimento, independentemente da intensidade de F . O aˆngulo de inclinac¸a˜o a partir do qual o esfrega˜o na˜o entre mais em movimento e´ obtido de: sen(θ0) ≤ µs cos(θ0) θ0 ≤ arctan(µs) 8
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