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Resenha: Madame Bovary

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Universidade Paulista – UNIP
Curso de Psicologia
Madame Bovary
Goiânia
Março de 2017
Jovem e bela casa-se com o tradicional medico da cidade. Apesar de seu marido, Charles, ser muito apaixonado e atencioso, não era o que Ema buscava. Ela buscava o sonho dos romances que conhecia, buscava uma paixão, uma forte aventura. Esse desejo desperta-se ao máximo quando a família Bovary é convidada a um grande baile da nobreza, o baile e toda a magia fazem com ela questione-se sobre o seu marido e suas escolhas, seu marido sente-se desconfortável no local e com toda a situação, eles então se mudam para Yonville, um povoado distante que consiste basicamente de uma rua na qual tem o comércio. Ema arruma a casa do seu jeito, arrumando espaço para as suas coisas, as de Charles e a do bebê que ela está esperando. Ema conhece Léon, com quem partilhas alguns gostos culturais. Também conhece Rodolphe, entre eles acontece um enorme jogo de sedução e começam as traições de Ema. 
Considerando a cultura burguesa da época na qual o romance se encontra, o casamento e a maternidade eram as únicas realizações possíveis à mulher, entretanto, personagem é, antes de tudo, uma sonhadora, o desejo feminino. Ema vive a busca em transformar-se para receber o amor idealizado, vindo depois à ideia de uma sexualidade problemática, onde o desejo entra em contradição com a incapacidade de realização, os desejos vão moldando-se e gera certa frustação na personagem. Essa sexualidade problemática é um sintoma da histeria falada por Freud, “os sintomas da Histeria eram manifestações físicas de queixas que não tinham expressão”. Deste modo, uma das formas da histérica se relacionar é por meio de uma constante insatisfação endereçada à figura masculina, ela tenta adquirir o lugar de mulher perfeita que necessita constantemente ser confirmada como objeto desejável. 
Emma passa por inúmeros estágios depressivos durante a narração, primeiro com o sonho fracassado do marido, logo após quando os amantes a deixam, ela volta-se a deus e a religiosidade, busca novamente outros amantes e no meio desses estágios busca de forma vivaz realizar suas fantasias. A salvação de Ema foi à morte, já que não conseguia controlar seus desejos, pois ao mesmo tempo em que a histeria era um sofrimento, era uma forma de fugir da realidade.

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