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Aula 7 Perfil populacional de deficiências de micronutrientes

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Perfil populacional de deficiências de micronutrientes: vitamina A, ferro, ácido fólico e iodo.
Hipovitaminose A
Grupos de risco: recém-nascidos, gestantes, puérperas, e pré-escolares  devido à alta demanda;
Aproximadamente 25,3% de pré-escolares apresentam o quadro;
Calcula-se que diariamente morre uma criança por minuto de causa direta ou indiretamente atribuível à deficiência de vit. A, além de muitas mulheres;
18,4% das gestantes que tem filhos nascidos vivos tem Hipovitaminose A; 
No Brasil, foram observados na PNDS 2006 níveis inadequados de vitamina A em 17,4% das crianças e 12,3% das mulheres em idade fértil. 
Nas crianças, as maiores prevalências encontradas foram no Nordeste (19,0%) e Sudeste (21,6%) do País. 
Nas mulheres, as prevalências nas regiões foram: Sudeste (14%), Centro-Oeste (12,8%), Nordeste (12,1%), Norte (11,2%) e Sul (8%)
Hipovitaminose A
Evidências científicas referentes ao impacto da suplementação com vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade apontam para redução do risco global de morte em 24%, de mortalidade por diarreia em 28% e mortalidade por todas as causas, em crianças HIV positivo, em 45%.
Então, a OMS recomenda a administração de suplementos de vitamina A para prevenir a carência, a xeroftalmia e a cegueira de origem nutricional nessas crianças. 
Ressalta ainda que a suplementação profilática de vitamina A deve fazer parte de um conjunto de estratégias para melhoria da ingestão desse nutriente, portanto associado à diversificação da dieta.
Hipovitaminose A
O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (Vitamina A Mais) foi instituído por meio da Portaria nº 729, de 13 de maio de 2005;
Objetivo: reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós-parto imediato (antes da alta hospitalar).
Esse programa faz parte da Ação Brasil Carinhoso constante no Programa Brasil sem Miséria;
Hipovitaminose A
Pós parto imediato  suplementação única 200.000UI de vit. A ainda na maternidade;
Crianças de 6 a 59 meses  Suplementação a cada 6 meses com distribuição da dose variando com a idade;
Promoção do aleitamento materno e de alimentação saudável, com estímulo ao consumo de alimentos ricos em vit. A;
Medida adicional  fortificação de alguns alimentos básicos;
Hipovitaminose A
Deficiência de ferro e ácido fólico
Na infância, a deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia;
Anemia é a carência nutricional mais frequente em todo o mundo;
A anemia por deficiência de ferro apresenta prevalência inversamente proporcional à idade na criança menor de 5 anos;
Em países em desenvolvimento, 50% das crianças menores de 4 anos sofrem de anemia;
No Brasil, prevalência de anemia em crianças aumentou ao longo das últimas décadas em todos os segmentos sociais;
Entretanto, a PNDS 2006 relatou prevalência de 20,9% em crianças de 6 a 59 meses, apontando para o avanço dos programas de prevenção e controle da anemia no Brasil, com queda expressiva das taxas até então evidenciadas;
De acordo com a OMS, esse avanço ainda é insuficiente para colocar o país em categoria aceitável de situação de saúde pública;
Deficiência de ferro e ácido fólico
O Programa Nacional de Suplementação de Ferro, instituído pela Portaria nº 730 de 13 de maio de 2005, é uma das estratégias da Política Nacional de Alimentação e Nutrição para o combate da deficiência de ferro no Brasil, sendo uma das ações prioritárias do setor saúde na Ação Brasil Carinhoso;
objetiva a prevenção e controle da anemia por meio da administração profilática de suplementos de ferro às crianças de 6 a 24 meses de idade, gestantes (incluindo também o ácido fólico) e mulheres até 3º mês pós parto e/ou pós aborto. 
Deficiência de ferro e ácido fólico
Associado à EAN, fortificação de alimentos e uso de panela de ferro;
Deficiência de ferro e ácido fólico
Deficiência de Iodo
Pode causar:
Atraso no desenvolvimento pondoestatural (nanismo);
Alteração funcional da tireoide (Bócio endêmico);
Retardamento mental;
Problemas cognitivos;
Queda da fertilidade feminina;
Aumento da mortalidade perinatal e infantil;
O problema socioeconômico provocado pela carência de iodo é de alta magnitude, pois pode incapacitar as pessoas para o convívio social, o aprendizado e o trabalho;
A prevenção e profilaxia da carência iódica são mais fáceis em comparação aos enormes custos de tratamento de suas consequências;
Desde a década de 50 é obrigatória a iodação de todo o sal destinado ao consumo humano. Após cerca de seis décadas de intervenção, se observa redução na prevalência de DDI no Brasil (20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1994; e 1,4% em 2000).
Deficiência de Iodo
O que vem ocorrendo desde então são adequações à legislação para atender melhor a população na prevenção dos distúrbios causados pela deficiência de iodo. 
Foi o que ocorreu em 1999, quando os teores de iodação do sal se adequaram às faixas de 40 a 100 ppm. 
Em fevereiro de 2003, foi aberta consulta pública pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na qual a faixa de iodação foi ajustada para 20 a 60 ppm. 
Todas as adequações de iodação do sal, realizadas pelo Ministério da Saúde, são feitas de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde e especialistas nacionais no tema. 
Deficiência de Iodo
O Programa de Combate aos Distúrbios por Deficiência de Iodo no Brasil - Pró Iodo, é uma das ações mais bem sucedidas no combate aos distúrbios por deficiência de micronutrientes e tem sido elogiado pelos organismos internacionais pela sua condução e resultado obtido na eliminação do bócio endêmico no País. Entre as ações, a iodação universal do sal para consumo humano e o monitoramento e fiscalização das indústrias salineiras são as principais responsáveis pelo sucesso do programa.
Deficiência de Iodo
Política Nacional de Promoção de Saúde
Elaborada em 2006, teve sua última edição em 2014;
Objetivo geral:
Promover a equidade e a melhoria das condições e dos modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais.
Valores e Princípios PNaPS:
reconhece a subjetividade das pessoas e dos coletivos no processo de atenção e cuidado em defesa da saúde e da vida;
 considera como valores fundantes no processo de sua concretização a solidariedade, a felicidade, a ética, o respeito às diversidades, a humanização, a corresponsabilidade, a justiça e a inclusão social;
adota como princípios a equidade, a participação social, a autonomia, o empoderamento, a intersetorialidade, a intrassetorialidade, a sustentabilidade, a integralidade e a territorialidade. 
Política Nacional de Promoção de Saúde
Eixos Operacionais:
Territorialização  A regionalização é uma diretriz do Sistema Único de Saúde e um eixo estruturante para orientar a descentralização das ações e dos serviços de saúde e para organizar a Rede de Atenção à Saúde. 
Articulação e cooperação intra e intersetorial  Compartilhamento de planos, metas, recursos e objetivos comuns entre os diferentes setores e entre diferentes áreas do mesmo setor
Política Nacional de Promoção de Saúde
Rede de Atenção à Saúde  Transversalizar a promoção na Rede de Atenção à Saúde, favorecendo práticas de cuidado humanizadas, pautadas nas necessidades locais, na integralidade do cuidado, articulando-se com todos os equipamentos de produção da saúde do território, como atenção básica, redes prioritárias, vigilância em saúde, entre outros;
Participação e Controle Social  Ampliação da representação e da inclusão de sujeitos na elaboração de políticas públicas e nas decisões relevantes que afetam a vida dos indivíduos, da comunidade e dos seus contextos. 
Política Nacional de Promoção de Saúde
Gestão  Priorização de processos democráticos e participativos de regulação e controle, planejamento, monitoramento, avaliação, financiamento e comunicação;
Educação e Formação Incentivo à atitude permanente de aprendizagem sustentada em processos pedagógicos problematizadores, dialógicos, libertadores, emancipatórios e críticos.
Política Nacional de Promoção de Saúde
Vigilância, monitoramento e avaliação  Utilização de múltiplas abordagens na geração e na análise de informações sobre as condições de saúde de sujeitos e grupos populacionais para subsidiar decisões, intervenções e implantar políticas públicas de saúde e qualidade de vida.
Produção e disseminação de conhecimentos e saberes  Estímulo a uma atitude reflexiva e resolutiva sobre problemas, necessidades e potencialidades dos coletivos em cogestão, compartilhando e divulgando os resultados de maneira ampla com a coletividade.
Política Nacional de Promoção de Saúde
Comunicação Social e Mídia  Uso das diversas expressões comunicacionais, formais e populares para favorecer a escuta e a vocalização dos distintos grupos envolvidos, contemplando informações sobre o planejamento, a execução, os resultados, os impactos, a eficiência, a eficácia, a efetividade e os benefícios das ações.
Política Nacional de Promoção de Saúde
Temas Prioritários:
Formação e Educação Permanente;
Alimentação Adequada e Saudável;
Práticas Corporais e Atividade Física;
Enfrentamento do uso de Tabaco e Seus Derivados;
Enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas;
Promoção da mobilidade segura
Promoção da cultura da paz e dos direitos humanos;
Promoção do desenvolvimento sustentável ;
Política Nacional de Promoção de Saúde

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