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06/11/2012 1 AGENTES TERAPÊUTICOS EM REUMATOLOGIA Curso de Fisioterapia TRATAMENTO CLÍNICO Anti-inflamatórios não-hormonais; Glicocorticóides; Outros medicamentos usados em reumatologia; ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS No manejo de um paciente com qualquer tipo de artrite não infecciosa, na primeira linha de medicação a ser usada antiinflamatório não-hormonal (AINH). Número muito grande de AINHs; Respostas diferentes do indivíduo frente a certa droga: - Resposta provavelmente relacionada com o tempo de meia-vida; - Dose; - Tipo de metabolismo; - Mecanismo de ação; - Toxidade da droga em questão; “Regrinhas de ouro” ao escolher um desses medicamentos: 1. Incluir na anamnese, informações sobre o uso de drogas anteriores e uma cuidadosa história de reações a drogas; 2. Deve-se escolher sempre um antiinflamatório com meia vida apropriada ao caso que vai se tratar; * A importância da meia-vida da droga é que ela determina com que freqüência essa droga deve ser utilizada. Pacientes com gota ou bursite não podem utilizar medicamentos com meia-vida longa. 3. Antes de considerar um determinado antiinflamatório como ineficiente, deve-se ter certeza de que o paciente está tomando o medicamento em dose adequada e por tempo suficiente para observar o seu efeito. PRINCIPAIS AINHs GRUPO DO ÁCIDO CARBOXÍLICO: aspirina, difunsial GRUPO DO ÁCIDO PROPIÔNICO: ibuprofeno, naproxeno, fenoprofeno, cetoprofeno GRUPO DO ÁCIDO ACÉTICO: indometacina, tolmectin, sulindaco, diclofenaco, etodolaco; GRUPO DOS FENAMATOS: ácido mefenâmico, meclofenamato GRUPO DO ÁCIDO ENÓLICO: piroxican fenilbutazona; GRUPO DO NAFTILCANONA: nabumetone; INIBIDORES SELETIVOS DE COX-2: celoxibe, valdecoxibe, lumiracoxibe, eterocoxibe; MECANISMO DE AÇÃO DOS AINHs 1. Inibição da síntese de produtos do metabolismo do ácido araquidônico: Os AINHs inibem uma enzima-chave (CICLOXIGENASE) na conversão do ácido araquidônico em prostaglandinas. 2. Ação não –dependente de inibição de prostaglandinas; a) Ação sobre a função dos neutrófilos: “figurinhas essenciais” no processo inflamatório: - Geram prostaglandinas e leucotrienos, durante a fagocitose; - Liberam enzimas lisossômicas: colagenases; b) Inibição de fatores de transcrição dependentes do NFkB. Inibem a formação de óxido-nítrico não deixa aumentar o processo antiinflamatório; c) Atuação sobre a apoptose celular: A apoptose celular é inibida pelas prostaglandinas e esta inibição favorece o aparecimento de tumores. Os AINHs, ao inibirem as prostaglandinas, teriam um efeito de restauração da apoptose, livrando o organismo dessa células anômalas. 06/11/2012 2 USO CLÍNICO DOS AINHs Como antiinflamatório e analgésico, em quase todas as doenças reumáticas; Em situações dolorosas, quando o paracetamol, não promove o efeito desejado; No tratamento de cólicas (menstruais, nefréticas) pela ação inibidora de prostaglandinas; Como antiadesivo de plaquetas; Em doenças oculares: uveítes; Como antipirético: pela inibição de prostaglandinas; Como adjuvante no tratamento de Câncer: pólipos; EFEITOS COLATERAIS Gastrointestinais: dispepsia, azia, naúseas, vômitos, diarréia e cosntipação; Hepáticos: transaminase: cças com A.R. ou LES; Pancreáticos: pancreatite, principalmente em quem faz uso de sulindaco e aspirina; Nefrotoxidade: edema periférico, insuficiência renal, nefrite intersticial; Toxicidade Pulmonar: é rara!! Toxicidade Cardiovascular: edema periférico por causa da vasoconstrição; Toxicidade Hematológica; Dermatológicos: manifestações cutâneas são suaves; SNC: raro; Aparelho reprodutor: dificultam o rompimento do folículo para a saída do óvulo GLICOCORTICÓIDES Os glicocorticóides são substâncias de benefício significativo em grande número de doenças inflamatórias. O glicocorticóides endógeno de maior importância é a hidrocortizona ou cortizol na adrenal. A metabolização dessa droga é feita no fígado. MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICÓIDES 1) Ações dependentes de modificação do genoma: - Pode ser feita diretamente sobre o DNA ou em nível de pré-transcrição genética através da ação sobre AP-1 e NF-kB; - Ou em nível de RNAm, transporte e secreção de proteínas; 2) Mecanismo de Ação não-genômica mediada pelo receptor; - Feedback negativo ao ACTH, supressão da prolatem, estabilização de membranas, efeitos cardiovasculares e de comportamento, indução de apoptose; 3) Mecanismo de ação não-genômica mediada por ações físico-químicas; - Responsável pela diminuição do transporte de Cálcio e sódio através da membrana, diminuição do consumo de ATP; POTÊNCIA DO CORTICÓIDE A potência de um corticóide é variável de acordo com: Potência biológica intrínsica da droga; Duração de ação da droga; PRINCIPAIS GLICOCORTICÓIDES AÇÃO CURTA: cortisol; prednisona; prednisolona; metiprednisolona; AÇÃO INTERMEDIÁRIA: triancinolona; AÇÃO LONGA: betametasona; dexametasona; 06/11/2012 3 EFEITOS DA DROGA Efeitos sobre o trânsito leucocitário: Diminuição de linfócitos, monócitos, e basófilos. Aumento de neutrófilos. A diminuição do acúmulo de neutrófilos associada á diminuição de monócitos no local da inflamação é o principal mecanismo responsável pela ação antiinflamatória dos glicocorticóides Efeitos sobre a função leucocitária: - Supressão de respostas cutâneas de hipersensibilidade retardada; - Antagonizam o efeito do MIF (migration inibition factor) nos macrófagos recrutem células necessárias à inflamação. Efeitos humorais: Os glicocorticóides são potentes inibidores da síntese de vários moduladores do processo inflamatório (prostaglandinas, leucotrienos, moléculas de adesão, citocinas). Efeitos vasculares: São vasoconstritores. EFEITOS COLATERAIS Reações adversas aos glicorcorticóides incluem síndrome de Cushing e a supressão do eixo- hipotalâmico-hipofisário; Oftalmológicas: catarata subcapsular, glaucoma; Cardiovasculares: hipertensão, ICC; Gastrointestinais: úlcera péptica, pancreatite; Endócrinometabólicas: obesidade truncal, fáscies de lua cheia, depósito de gordura supraclavicular e na região cervical posterior, acne, hirsutismo, virilismo, impotência. Em crianças: supressão do crescimento, hiperglicemia; Musculoesqueléticas: miopatias, osteoporose, necrose asséptica da cabeça do fêmur; Neuropsiquiátricas: convulsões, hipertensão intracraniana, alterações do comportamento, do humor e da personalidade; Dermatológicas: eritema facial, fragilidade cutânea, petéquias, equimoses, estrias violáceas e dificuldade de cicatrização; Imunológicas: supressão da hipersensibilidade retardada, diminuição da resposta inflamatória, susceptibilidade a infecções. OUTROS MEDICAMENTOS USADOS EM REUMATOLOGIA Medicamentos usados no tratamento das colagenoses e espondiloartropatias: Antimaláricos: menos tóxicos e menor custo. São muito utilizados no tratamento de A.R. LES e síndrome de Sjogren. Tem efeito inibidor na síntese de prostaglandinas. Metotrexato: é um antagonista do ácido fólico, que interfere com a síntese da timidina e, conseqüentemente, com a síntese de DNA. Desta maneira, promove a morte de células que se proliferam muito rápido. Utilizado no tratamento de psoríase e câncer. Sulfassalazina: utilizada no tto da A.R. Leflunomida:é um agente imunomodulador. Utilizado no tto de A.R., quando o paciente não responde ao uso de Metotrexato. Azatioprina: é um medicamento, que interfere com a síntese do DNA por suprimir a síntese de purina. É usada no tto de A.R., na manutenção da indução de glomerulonefrites lúpicas, no tratamento de miosites, etc. 06/11/2012 4 Ciclofosfamida: Usada no tto de A.R., nas manifestações sistêmicas do LES, nas poliomiosites refratárias e nas vasculites necrosantes. Ciclosporina: utilizada inicialmente em pacientes com rejeição ao transplante renal. Mas, que tem sido usada com sucesso em doenças auto-iminues; Mofetil Micofenolato. Usado em pacientes com LES e A.R. Bloqueadores do fator de Necrose Tumoral Alfa: usado no tto de A.R., artropatias da infância, espondiloartropatias; Rituximabe: usado no tratamento de A.R. soropositiva e casos graves de LES; Gamaglobulina: utilizada em situações nas quais se necessita conferir imunidade passiva a um paciente Medicamentos utilizados no tratamento de doenças microcristalinas Colchicina: usada no tratamento de gota, graças à sua capacidade de inibir a fagocitose dos uratos pelos neutrófilos; Alopurinol: diminui o nível sérico do ácido úrico; Drogas Uricosúricas: abaixam o nível de ácido úrico no sg., em decorrência do aumento da excreção renal; Medicamento usados no tratamento da osteoartrite: Glicosamina: esse medicamento se propõe a inibir as enzimas que degradam a matriz cartilaginosa e estimular o metabolismo das células sinoviais, aumentando a produção de glicosaminoglicanos e proteoglicanos; Condroitina: esse medicamento é capaz de diminuir a dor de articulação como osteoartrite; Diacereína: analgésico e antiinflamatório; AGENTES FISIOTERAPÊUTICOS EM REUMATOLOGIA As doenças inflamatórias das articulações afetam a capacidade, que muitos pacientes têm de realizar suas AVDs e AVPs. Muito pode ser feito no sentido de melhorara a qualidade de vida desse paciente, não só através de medicamentos, mas através de reabilitação. Os principais pontos de atuação das modalidades físicas de terapia são: dor, contraturas, fraqueza muscular e instabilidade articular. 06/11/2012 5 TERMOTERAPIA É a utilização da temperatura como forma de tratamento. Termoterapia por adição; Termoterapia por subtração - crioterapia; TERMOTERAPIA POR ADIÇÃO É a utilização do calor como forma de tratamento. Calor Superficial; Calor Profundo; TIPOS DE TERMOTERAPIA POR ADIÇÃO Superficial: - Compressas quentes; - Bolsas quentes; - Parafina; - Infravermelho; - Forno de Bier; Profundo; - Ultra-som; - Microondas; - Ondas-curtas; EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALOR • Aumenta a circulação; • Aumenta a extensibilidade do tecido colágeno; • Aumenta o metabolismo; • Aumenta a eliminação de resíduos; • Aumenta a nutrição celular; • Aciona o termostato hipotalâmico: aumenta a sudorese perde líquido; • Aumenta a reparação tecidual; INDICAÇÕES DA TERMOTERAPIA POR ADIÇÃO • Analgesia; • Inflamação na fase crônica; • Relaxamento muscular; • Facilitar a cicatrização; • Espasmos Musculares; • Diminuição de ADM; CONTRA-INDICAÇÃO DA TERMOTERAPIA POR ADIÇÃO • Neoplasias; • Infecções; • Feridas Abertas; • Doenças de Pele; • Alterações de Sensibilidade; • Cardiopatas descompensados (hipertensos, marcapasso) 06/11/2012 6 TURBILHÃO Os turbilhões são um método efetivo de aplicar calor ou frio em áreas de contorno irregular. O calor é transmitido por meio da convecção. TIPOS DE TURBILHÃO • Membro inferior • Membro superior • Corpo inteiro (Tanque de Hubbard) EFEITOS FISIOLÓGICOS TURBILHÃO QUENTE: • aumento do metabolismo • vasodilatação • relaxamento muscular Temperatura: 27º a 43º C Tempo: 20 minutos TURBULÊNCIA DA ÁGUA: • Criação de um efeito sedativo e analgésico sobre os nervos sensoriais TURBILHÃO FRIO: • Regulam a resposta inflamatória. • Diminuição da taxa de metabolismo celular. • Reduzem o espasmo e a espasticidade muscular. Temperatura: 10º C Tempo: 20 minutos INDICAÇÕES • Redução da amplitude de movimento • Doenças inflamatórias subagudas ou crônicas. • Doença vascular periférica (Tº neutra) • Lesões de nervos periféricos (evite extremos de temperatura) • Espasmo e espasticidade muscular CONTRA-INDICAÇÕES • Quadros agudos (turbulência irrita áreas lesadas) • Febre (turbilhão quente) • Pacientes que necessitam de suporte postural durante o tratamento • Lesões cutâneas* ULTRA-SOM São oscilações cinéticas ou mecânicas produzidas por um transdutor vibratório, que se aplica sobre a pele com fins terapêuticos, atravessando-a e penetrando no organismo em diferentes profundidades. 06/11/2012 7 Classificação de acordo com a freqüência: 1MHz – profundo, atinge mais a musculatura; 3MHz – superficial, atinge mais a pele; A profundidade de penetração é inversamente proporcional a freqüência. Efeitos das ondas ultra-sônicas sobre o organismo: Efeito mecânico; Efeito térmico ou calórico EFEITOS BIOLÓGICOS DO U.S. • Vasodilatação da área com hiperemia e aumento do fluxo sanguíneo; • Aumento da permeabilidade celular e micro-massagens produzidas pelo ultra-som; • Auxilia no retorno venoso e linfático; • Reabsorção de edemas; • Incremento do metabolismo local, com estimulação das funções celulares e da capacidade de regeneração celular; • Aumento da extensibilidade colágena; • Analgesia; • Anti-espasmódico; INDICAÇÕES DO U.S • Transtornos musculoesqueléticos; • Processo reumáticos na fase crônica. Cuidado com a colagenase; • Bursites, capsulites, tendinites; • Neuropatias com edema; • Dor fantasma; • Transtornos circulatórios ( Raynaud, Sudeck, edema); • Cicatrizes; • Contraturas de Dupuytren; • Úlceras; CONTRA-INDICAÇÃO DO U.S. • Sobre o útero gravídico; • Diretamente sobre o coração; • Neoplasias; • Globo ocular; • Diretamente sobre implantes metálicos; • Processos infecciosos; • Tromboflebites e varizes; DIATERMIA É a aplicação de energia elétrica de alta freqüência que é utilizada para gerar calor nos tecidos do corpo como um resultado da resistência do tecido á passagem de energia Diatermia pode ser classificada em: ondas curtas; microondas; 06/11/2012 8 ONDAS CURTAS Uma unidade de diatermia por ondas curtas que gera corrente elétrica de alta freqüência produz um campo elétrico e um campo magnético nos tecidos. EFEITOS FISIOLÓGICOS Térmicos: • Aumento do metabolismo • Transpiração aumentada • Vasodilatação (hiperemia) • relaxamento muscular • aumenta a permeabilidade celular • aumenta a extensibilidade dos tecidos Não térmicos: • repolarização das células danificadas, corrigindo a disfunção da célula. • reativação da bomba de sódio e potássio, permitindo que a célula readquira o equilíbrio iônico normal. PRECAUÇÕES • equipamentos eletrônicos ou magnéticos devem ser removidos do campo (aparelhos auditivos ou relógios usados pelo paciente ou terapêuta). • nunca deixe os cabos encostarem um no outro (curto-circuito) • nunca permita que a pele entre em contato com a unidadede aquecimento (queimaduras) • sensação dolorosa profunda pode ser sintoma de superaquecimento (lesões teciduais – destruir o tecido muscular ou necrose da gordura subcutânea) • Terapeuta deve manter uma distância de 91,4 cm da fonte de energia • não permita transpiração durante o tratamento INDICAÇÕES • Inflamações da articulação (bursite, tendinite, sinovite) – se for agudo usar modo pulsado. • fibrosite • miosite • condições inflamatória subagudas e crônicas de camadas de tecidos profundos • áreas grandes que não podem ser aquecidas com eficácia por outros métodos. CONTRA-INDICAÇÕES • marcapassos cardíacos • infecções • placas epifisárias de ossos em crescimento • genitália • olhos e rosto • abdome com dispositivo intra-uterino (DIU) • áreas isquêmicas • doença vascular periférica • implantes de metal ou metais, como jóias • hemorragia • tumor • febre • perda sensorial Microondas As unidades de DMO geram campo elétrico forte e campo magnético relativamente pequeno, ao contrário da diatermia por ondas curtas que predominam os campos magnéticos. O aquecimento é provocado pela vibração intramolecular das moléculas ricas em polaridade. O tratamento é mais superficial que a DOC, porque a radiação das microondas não consegue penetrar na camada adiposa 06/11/2012 9 Os eletrodos para a DMO são chamados de aplicadores. Podem ser: - Circular; - Retangular; INDICAÇÕES,CONTRA-INDICAÇÕES, EFEITOS E PRECAUÇÕES = Mesmas do Ondas Curtas CRIOTERAPIA É a aplicação do frio sobre o organismo com fins terapêuticos EFEITOS TERAPÊUTICOS • Vasoconstrição; • Diminuição de hemorragia e edema; • Diminuição da formação de aderências; • Diminuição do tempo de lesão; • Diminuição da severidade queimaduras; • Analgesia; • Diminuição da condução nervosa; • Diminuição do metabolismo; • Diminuição da inflamação; INDICAÇÕES • Lesões agudas com inflamação; • Dores em geral; • Espasmos musculares; Price em 1993, em um trabalho experimental, empregou a crioterapia para controlar o espasmo muscular na articulação do tornozelo em pacientes com espasticidade. Como resultado obteve um diminuição do espasmo muscular, a partir de compressas de gelo diárias, por 15 a 20 minutos no músculo tríceps –sural. Ter cuidado com efeito rebote!!!!!!! CONTRA-INDICAÇÕES • Enfermidades vasculares periféricas (necroses, insuficiência circulatória); • Solução de continuidade nos tecidos superficiais; • Neoplasias; • Alterações de sensibilidade; • Crianças e Idosos (intolerância ao frio); • Alterações mentais; • Insuficiência arterial aguda ou crônica ( Raynaud, diabéticos, alcoólatras) CONTRASTE Consiste na imersão alternada em água quente e fria. Resultado: exercício vascular que causa um ciclo de vasodilatações e vasoconstrições dos vasos sangüíneos da área – BOMBEAMENTO Estimula o fluxo sangüíneo periférico e auxilia o retorno venoso linfático. 06/11/2012 10 EFEITOS SOBRE O CICLO DE RESPOSTA À LESÃO 1. Aumenta ou diminui a taxa metabólica celular em resposta à temperatura do tratamento 2. Não influenciam as temperaturas dos tecidos localizados a mais de 1 cm de profundidade. 3. Aumentam a circulação tanto na extremidade tratada como na oposta. 4. Ajuda na remoção do edema, aumentando a amplitude de movimento articular e diminuindo a dor. INDICAÇÕES 1. Remoção de equimoses 2. Remoção de edemas 3. Quadros inflamatórios crônicos ou subagudos 4. Circulação prejudicada 5. Redução da dor 6. Aumento da amplitude de movimento CONTRA-INDICAÇÕES 1. Lesões agudas. 2. Hipersensibilidade ao frio. 3. Contra-indicações relativas ao uso de turbilhões. 4. Contra-indicações relativas à aplicação de frio. 5. Contra-indicações relativas à aplicação de calor. LASER LASER: LIGHT AMPLIFICATION BY STIMULATED EMISSION OF RADIATION amplificação de luz por emissão estimulada de radiação. É uma emissão de luz coerente, monocromática, com grandes concentração de energia, capaz de provocar alterações físicas e biológicas. TIPOS DE LASER DE BAIXA POTÊNCIA Os equipamentos mais utilizados na prática fisioterapêutica até o momento são os de: Hélio – Neônio (HeNe); Arseneto de Gálio (AsGa); Alumínio-Gálio –Índio-Fósforo (AlGaInP) Arseneto- Gálio- Alumínio (AsGaAl) EFEITOS FISIOLÓGICOS O laser terapêutico é capaz de promover alterações bioquímicas, bioelétricas e bioenergética nos tecidos. 06/11/2012 11 EFEITOS BIOQUÍMICOS • Estímulo à produção de ATP no interior das células promovendo a aceleração de mitoses; • Aumentar o AMPc; • Ação fibrinolítica; EFEITO BIOELÉTRICO • Normalização do potencial de membrana atuando como fator de equilíbrio da atividade funcional celular; • Normalização da atividade das membranas; EFEITO BIOENERGÉTICO: • Aumento do tecido de granulação; • Regeneração de fibras nervosas; • Neoformação de vasos sanguíneos e regeneração dos linfáticos; • Aumento do colágeno após irradiação; • Aceleração do processo cicatricial; • Incremento da atividade fagocitária dos linfócitos e macrófagos; DOSES Efeito analgésico: 2 a 4 J/cm2 Efeito anti-inflamatório: 1 a 3 J/cm2 Efeito regenerativo: 3 a 6 J/cm2 Efeito circulatório: 1 a 3 J/cm2 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 1. Pontual 2. Por zona ou região 3. Varredura INDICAÇÕES • Cicatrizes • Ferimentos • Úlceras • Queimaduras • Tendinites • Neuralgias • Hematomas • Dor localizada CUIDADOS E PRECAUÇÕES • Deve ser posicionado perpendicular à área estimulada; • Proteção ocular; • Não aplicar ao redor do globo ocular; • Não irradiar sobre útero gravídico; • C.I. sobre glândulas, neoplasias; 06/11/2012 12 ULTRA-VIOLETA É um recurso fototerápico. Tipos de fonte: 1. Lâmpada de quartzo quente; 2. Lâmpada de quartzo fria ( germicida) 3. Lâmpadas solares; 4. Lâmpada de luz negra (para diagnóstico de doenças de pele) INDICAÇÕES • Maior parte para doenças dermatológicas; • Bactericida: úlceras de decúbito e ferimentos superficiais ( quartzo frio) • Psoríase (fototoxicidade) • Micose Fungóide/prurido (efeito fotoquímico) • Raquitismo e vitiligo (bronzeamento induzido) • Úlceras no tecido mole (bactericida) CONTRA-INDICAÇÕES • Albinismo; • Pele atrófica e cicatrizantes • Uso de drogas e agentes químicos fotossensibilizantes • Fotossensibilidade (história) • Erupções de herpes simples • Carcinoma de pele; • LES; • Xerodermia pigmentosa; ELETROTERAPIA É a utilização da corrente elétrica para o tratamento de diversas patologias com fins terapêuticos. AÇÕES GERAIS DAS CORRENTES ELÉTRICAS 1. Nível celular: • Alteração da permeabilidade da membrana; • Excitação de nervos periféricos; • Modificação nos fibroblastos e formação fibroblástica; • Modificação dos osteoclastos e osteoblastos; • Modificação da microcirculação arterial, venosa e linfática; • Alteração nas proteínas e células sanguíneas; • Alteração na atividade enzimática; • Alteração da síntese protéica; • Alteração da área e concentração mitocondrial; 2. Nível tecidual: • Contração do mm. esquelético (força,velocidade, fatigabilidade); • Contração e relaxamento de mm. Lisos fluxo venoso e arterial); • Regeneração tecidual (ossos, lig., tecidos conjuntivo e derme); • Remodelação Tecidual (amolecimento, estiramento, absorção de fluidos das cartilagens e espaço intersticial); • Alteração no equilíbrio térmico e químico dos tecidos; 06/11/2012 13 3. Nível segmentar: • Contração de grupos musculares e seus efeitos na mobilidade articular; • Ação de bomba muscular e sua influência no fluxo arterial e drenagem linfática; • Alteração da drenagem linfática e fluxo não associados à contração; 4. Nível sistêmico: • Efeitos analgésicos associados com polipeptídios endógenos (betaendorfinas, encefalinas) e neurotransmissores (serotonina); CUIDADOS GERAIS EM ELETROTERAPIA 1. Informar ao paciente o que vai ser feito e o que vai sentir; 2. Examinar e limpar a pele do paciente; 3. Verificar se os comandos estão zerados. 4. Não reverter polaridade com o aparelho ligado; 5. Molhar bem as esponjas; 6. Evitar contato direto dos eletrodos com a pele; 7. Conectar bem os eletrodos para evitar “fugas de corrente”; 8. Lavar as esponjas em água corrente após a aplicação; 9. Não exceder a tolerância sensitiva do paciente; 10. Pedir ao paciente para avisar ao menor sinal de ardor, queimadura, ou dor local. 11. Zerar o aparelho antes de desconectá-lo; CORRENTES POLARIZADAS E DESPOLARIZADAS Correntes Polarizadas: componente contínuo é diferente de zero. Ex: CC, CD, CF, EU Correntes despolarizadas: o componente contínuo é igual a zero. Não tem efeitos polares e interpolares. Ex: TENS, FES, INTERFERENCIAl, RUSSA. O tipo de corrente determina o tempo máximo de aplicação e o tipo de eletrodo a ser utilizados, pois, as correntes polarizadas apresentam efeitos polares, destrutivos, sendo assim não devem ultrapassar 15 minutos de aplicação, pois acima deste tempo pode ocorrer dano tecidual!! CORRENTE GALVÂNICA É uma corrente elétrica, polarizada, cujos efeitos terapêuticos são produzidos por mudanças químicas, a nível celular e tecidual. A intensidade e a direção são constantes. Apresenta efeitos polares e interpolares. Efeitos polares: • Dissociação iônica; • Reações secundárias; • Vasodilatação: devido às reações químicas e pelo fluxo iônico gerando calor. 06/11/2012 14 Efeitos interpolares: • Eletroforese: migração de colóides, cél. de sangue, bactérias, íons; • Cataforese (hidratação): ablandar cicatrizes, quelóides; • Anaforese ( desidratação): drenagem de edemas, derrames articulares; • Esletrosmose: movimentação da água do pólo (+) para o pólo (-); • Por ter maior massa, que os cátions, os ânios deslocam-se com menor velocidade, promovendo uma diferença de concentração entre os pólos, que mobiliza a água para os tecidos pericátodos. • Eletrotônus: modificações elétricas no potencial de membrana; • anaelectrotônus: depressão da excitabilidade ( analgesia); • Cataelectrotônus: aumento da excitabilidade ( estimulação); IONTOFORESE É a introdução de íons medicamentosos nos tecidos através de corrente polarizada (C.C) VANTAGENS • Maior concentração local da droga; • Eliminação dos efeitos colaterais; • Efeitos da corrente aplicada; • Não invasivo, não doloroso e estéril; LIMITAÇÕES • Quantidade da droga introduzida, dosagem, tempo, intensidade; • Quantidade da droga carreada; • Penetração; • Condutividade; • Profundidade; EFETIVIDADE DA TÉCNICA • Seleção de íons; Para se introduzir um íon medicamentoso, deve se saber, qual a patologia a ser tratada e assim, utilizar um íon apropriada á aquela patologia. Por exemplo: sempre colocar íons (+) abaixo do eletrodo (+); • Número de íons transportados; - Densidade de corrente (I/área) - Tempo de aplicação; - Concentração da droga METODOLOGIA • Conhecer a patologia e íon indicado; • Selecionar CC ou DF; • Determinar: alergia, sensibilidade, limpeza e inspeção da pele; • Densidade de corrente: 0,5 mA/cm2 de eletrodo ativo; • Tempo de aplicação: não ultrapassar 15 min. 06/11/2012 15 CUIDADOS E CONTRAINDICAÇÕES • Verificar se o paciente não é alérgico à droga; • Todos os cuidados da eletroterapia; • Verificar a sensibilidade; • Deve-se embeber a esponja em solução ( se for comprimido ou líquido). Se pomada: passar em toda à placa; • Definiu o sintoma, o que vai fazer coloca a corrente , a intensidade e o tempo de aplicação; FARADIZAÇÃO É uma corrente polarizada, triangular, interrompida de curta duração; T: 1ms; R: 20ms; F: 50Hz EFEITO FISIOLÓGICO Estimulação de nervos motores com conseqüente produção de contrações tetanizadas. F;50Hz Contrações tetânicas promovem um aumento do metabolismo e da oxigenação, dilatação arteriolar e auxilia no retorno venoso. EFEITO TERAPÊUTICO • Auxílio à contração muscular voluntária inibida pela dor ou lesão recente ( facilitação) facilita a realização de movimentos; • Reeducação da ação muscular restaurando o sentido do movimento perdido; • Aumento de força muscular (quando associada ao exercício físico); • Prevenção e eliminação de aderências; • Estimulação de uma paralisia leve, no máximo uma compressão nervosa. INDICAÇÕES • Prevenção e recuperação de atrofias musculares por desuso: Uma atrofia muscular por desuso poder de contratibilidade da circulação do glicogênio. A corrente promove do poder de contratibilidade da circulação do glicogênio CORRENTES DIADINÂMICAS As correntes diadinâmicas são correntes alternadas sinusoidais de baixa freqüência ( 50 a 1000Hz), que podem se associar a uma corrente de base (C.C). Apresenta um efeito vascular mais intenso que a galvânica. 06/11/2012 16 TIPOS DE CORRENTES DIADINÂMICAS 1. D.F : difásica fixa; 2. M.F. monofásica fixa; 3. C.P. curtos períodos; 4. L.P :Longos períodos; 5. R.S : Ritmo sincopata; EFEITOS FISIOLÓGICOS • Analgésico: teoria das comportas; • Vascular: intensa hiperemia e vasodilatação, duplicando o índice de reabsorção tecidual, efeitos antiexudativos; • Excitomotor: efeito destonizante; - Contração (R.S): 50Hz; - Relaxamento (principalmente na C.P. e L.P.): 100Hz PRINCIPAIS INDICAÇÕES Afecções do aparelho locomotor: • Luxações, subluxações, contusões CP; • Síndrome de Sudeck DF • Atrofias Musculares RS; • Ruturas musculares LP; Transtornos musculares: • Fenômeno de Raynaud: DF/CP; • Varizes: CP; • Pós queimaduras: CP; Afecções dos nervos periféricos: • Neuralgia do trigêmio: CP; • Ciática: CP/LP; • Neurite do Intercostal: CP; • Paralisia facila Periférica: CP/RS; • Radiculopatias: DF/CP; CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES • Paciente com marcapasso; • Implantes metálicos; • Seios carotídeos; ELEIÇÃO DA CORRENTE DF: tratamento inicial sempre; transtornos circulatórios periféricos; MF: estimulação do tecido conjuntivo, dores não espamódicas ( + para tecidos não irrigados); CP: dores de diferentes origens, pós-traumas; LP: tratamento de mialgias e neuralgias (+ para tecidos irrigados); RS: produz contrações musculares (mm. Faradizáveis) 06/11/2012 17 INTENSIDADE E TEMPO DE APLICAÇÃO - Máximo de 5 minutos; - Intensidade forte, porém não desagradável; CORRENTE ULTRA-EXICTANTE É uma corrente contínua e interrompida. Muito utilizadaem lesões musculares; Provoca relaxamento muscular e indiretamente analgesia devido à quebra do ciclo dor- espasmo; INDICAÇÕES - Contusões musculares; - Estados dolorosos artropáticos; - Produz contrações musculares aumenta-se muito a intensidade; CORRENTE SMS Corrente despolarizada, bifásica assimétrica com duração de pulso de 10ms e 100ms de intervalo. Moduladas em trens de pulso de freqüência variável; Freqüências: - 10Hz: antiespasmódica e destonizante; - 50Hz: fortalecimento; Promove relaxamento muscular, analgesia e à 50hz fortalecimento. Indicações: - cervicalgias; - Relaxamento muscular; - Paralisias faradizáveis; CORRENTE RUSSA É uma corrente despolarizada. Tem uma frequência base: 2500Hz. Não é uma corrente interferencial, mas sofre alteração de 50Hz. Utilizada para a contração muscular; Quando colocada a uma freqüência de base de 2000Hz e uma interferência de 50Hz, a corrente russa se assemelha às heteródina. Quando colocada a uma freqüência de base de 2000Hz e uma interferência de 5Hz, a corrente russa ativa o linfagion; Quando colocada a uma freqüência de base de 2500Hz ativa o mm. Esquelético Associada à contração isométrica: melhora o trofismo; Associada à contração isotônica: promove gasto energético. 06/11/2012 18 CUIDADOS • Gravidez; • Distúrbios circulatórios; • Idoso (devido à pele); • Marcapasso; • Tumores; • Infecções; CORRENTE INTERFERENCIAL É uma corrente despolarizada, de média freqüência, produzida pela interação de duas correntes alternadas de média freqüência. O fato de a amplitude ser variável, faz com que a corrente tenha pouca acomodação EFEITOS FISIOLÓGICOS • analgesia; • Aumento da circulação; • Relaxamento; • Aumento do metabolismo; • Aumento da permeabilidade das membranas; • Diminui a liberação de prostaglandinas, bradicininas e histaminas; • Drenagem de edemas; • Antiinflamatórias; VANTAGENS DA C. INTERFERENCIAL • Maior profundidade de penetração; • Estimulação seletiva (posso selecionar uma F. que ativa nervos específicos); INDICAÇÕES • Traumas e lesões agudas; • Condições reumáticas; • Inflamações; • Drenagem de edemas; • Dores profundas; INTENSIDADE E TEMPO DE APLICAÇÃO Intensidade: forte e confortável; Quando lesão aguda: 8min de aplicação; Quando lesão subaguda: 10min; Quando lesão crônica: 15 min; 06/11/2012 19 CONTRA-INDICAÇÕES • Paciente com marcapasso; • Aplicar sobre seio carotídeo; • Dores não diagnosticadas; • idosos; • Distúrbios circulatórios graves; • Alterações de sensibilidade HETERÓDINA É uma corrente analgésica, despolarizada de média freqüência. Apresenta uma freqüência de base: • 4000Hz ( mais agradável); • 2000Hz Freqüência de interferência: • 10 a 25Hz: circulatória; • 33 a 50Hz: contração; • 100 Hz: antiinflamatória e relaxamento; • 140Hz: analgésica e antiinflamatória; • 200Hz: analgésica TENS É uma corrente despolarizada, assimétrica, bifásica. Amplitude: 70mA; Freqüência: até 200Hz; Largura de pulso: até 300µseg; EFEITOS FISIOLÓGICOS Analgesia: • Teoria das comportas; • Biofeedback negativo; • Efeito placebo; • Liberação de substâncias endógenas em nosso organismo, que provoca analgesia PARÂMETROS DO TENS Tens convencional: dor aguda; Tens acupuntura: dor crônica; Tens breve-intensa: dor crônica; Burst: dor crônica; INDICAÇÕES Todos os tipos de dor 06/11/2012 20 CONTRA-INDICAÇÕES • Pacientes com marcapasso; • Não estimular sobre seios carotídeos; • Não aplicar sobre dores não diagnosticadas; PRECAUÇÕES • Região de olhos, boca e mucosas; • Pacientes cardiopatas; • AVC e epilepsia; • Alterações de sensibilidade; • Gravidez ( 3 meses) região lombar; REAÇÕES ADVERSAS • Irritação de pele; • Psicossomatismos; FES É a utilização da corrente elétrica, geralmente uma bifásica assimétrica, de pulso da ordem de µs, capaz de eliciar contrações musculares atarvés da estimulação transcutãnea das unidades motoras. FREQUENCIA E INTENSIDADE - Contração titanizada: 50Hz; - Intensidade: forte, mas sem dor; INDICAÇÕES CLÍNICAS - Fortalecimento muscular; - Manter ou ganhar ADM; - Facilitar o controle motor voluntário; - Redução temporária da espasticidade; - Substituição de órteses CONTRA-INDICAÇÕES As mesmas das outras correntes despolarizadas;
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