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Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física Experimental I – Angelo Gomes Relatório 2: Determinação do Volume de um Cilindro INTRODUÇÃO: No experimento realizado tivemos como objetivo determinar o volume de um cilindro de alumínio através de medições indiretas. Nós medimos o volume de três maneiras diferentes e calculamos a incerteza em cada um dos métodos a partir do método de propagação de incertezas. PROCESSO EXPERIMENTAL: Utilizamos três métodos diferentes para determinar o volume do cilindro: (a) Método 1 – Volume de Água Deslocado: Introduzimos o cilindro em uma proveta graduada com água e consideramos o volume do cilindro como sendo a diferença entre o volume final da coluna de água (VF – após a introdução do cilindro) e o volume inicial da coluna de água (VI – antes da introdução do cilindro na proveta), ou seja, V = VF – VI. Volume Inicial (VI) Volume Final (VF) (152 ± 2) ml (243 ± 1) ml (b) Método 2 – Utilizando o Raio e a Altura do Cilindro: Primeiramente utilizamos o Paquímetro para medir o diâmetro da base do cilindro. Com isso, basta dividir o valor por 2 para obtermos o raio da base. Depois utilizamos a régua grande do laboratório para medir a altura do cilindro. Com essas duas medidas podemos usar a fórmula para obter o volume do cilindro: V = Ab x H, onde Ab é a área da base e H é a altura do cilindro. Raio Altura (11,13 ± 0,05) mm (239 ± 1) mm (c) Método 3 – Utilizando a densidade volumétrica do alumínio: Utilizamos a densidade do alumínio que nos foi dada e colocamos o cilindro em uma balança para ver sua massa. Com isso, pudemos calcular o volume do cilindro usando o fato de V = d x m, onde d é a densidade do alumínio e m é a massa do cilindro. Massa (251,6 ± 0,1) g ANÁLISE DE DADOS: Valor Incerteza Método 1 91 ml 2 ml Método 2 92,9 ml 0,6 ml Método 3 97,51 ml 0,06 ml No Apêndice A colocamos as fórmulas encontradas para a propagação da incerteza em cada um dos métodos. 5 – Note que os valores encontrados nos métodos 1 e 2 são bem compatíveis. Já o valor encontrado no método 3 está um pouco distante dos resultados dos métodos 1 e 2. Para efeito de análise, consideramos o volume como 93 ml (um valor próximo tanto do método 1 quanto do método 2) e, com a massa obtida (251,6 g), chegamos que a densidade deveria ser aproximadamente 2,70 g/cm³. Repare que o valor da densidade do alumínio que nos foi dado foi de 2,58 g/cm³. Então essa discrepância no resultado do método 3 se encontra no método 3. De repente seja pelo fato de o cilindro não ser feito de alumínio totalmente puro. Em pesquisa realizada (wikipedia.com e euroaktion.com.br), vimos que a densidade do alumínio é 2,70 e a densidade do alumínio industrial ou fundido é 2,56 (que é um valor próximo ao que nos foi dado). Esse fato também justificaria diferença no método 3. 6 – A medição mais precisa foi a medição no método 3. Isso se deve ao fato de termos uma incerteza de apenas 0,06 ml na medição. Comparando com os outros métodos, essa foi a menor incerteza encontrada. Lembramos que a precisão independe da diferença entre o valor encontrado e o valor real; depende apenas do “intervalo de confiança”, ou seja, a incerteza. 7 – Se considerarmos o valor encontrado no método 1 como valor de referência, podemos concluir que a medição realizada no método 2 foi a mais acurada. Diferente da precisão, a acurácia depende da “distância” do valor encontrado pro valor real: quanto menor essa distância, maior é a acurácia da medição. CONCLUSÕES: Com base no que foi feito, podemos concluir que o objetivo do trabalho foi devidamente atingido. Pudemos ver na prática como funciona o método de medidas indiretas. Com o experimento tivemos a oportunidade de entender melhor a diferença entre precisão e acurácia. Além disso, vimos como ocorre a propagação da incerteza e pudemos deduzir as fórmulas para os cálculos dessas propagações. Nos métodos 1 e 2 vimos jeitos bem compatíveis de calcular o volume de um cilindro e pudemos observar na prática como a fórmula (V = Ab x H) de fato funciona. Já no método 3 encontramos um valor um pouco distante apesar de utilizarmos uma fórmula muito conhecida, que é a fórmula da densidade: d = m/V. Com isso, surgiu uma espécie de contradição, que nos fez pesquisar sobre o assunto para saber o que poderia estar errado.
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