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UFRB - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DISCIPLINA: Geometria Analítica CURSO: PROFESSOR: DATA: / / NOME: TURMA: LISTA DE EXERCÍCIOS ATUALIZADA EM 23 DE AGOSTO DE 2016 Vetores Resumo Dados os pontos A e B pertencentes a mesma reta r , um segmento de reta AB é um conjunto de pontos desta reta que está entre A e B. Se atribuirmos a este segmento de reta uma orientação (origem - extremidade) este passa a ser chamado de segmento de reta orientado. Se A é a origem e B a extremi- dade, dizemos que AB é orientado no sentido de A para B, e o segmento BA, oposto de AB , é orientado de B para A. Um segmento de reta orientado é nulo se sua origem A coincide com a extremidade B (A = B), é representado por um ponto e denotado por AA ou O. O módulo de um segmento de reta, é um número real não negativo que podemos associar a cada segmento de reta orientado. O segmento nulo tem módulo igual a zero. A direção de um segmento de reta é definida pela reta suporte e dois segmentos de reta orientados (não nulos) têm a mesma direção se suas retas suporte são paralelas ou coincidentes. O sentido é definido da origem para a extremidade. Se dois segmentos de reta orientados têm a mesma direção, podemos comparar seus sentidos. Dois segmentos de reta orientados AB e CD são equipolentes (AB ∼ CD) se ambos são nulos ou se têm o mesmo módulo e o mesmo sentido. Observação: A equipolência é uma relação de equivalência (reflexiva, simétrica e transitiva). Isso nos permite dividir os segmentos de reta orientados em classes (de equipolência). Um vetor −→AB, determinado por um segmento de reta orientado AB, é o conjunto de todos os segmentos de reta orientados equipolentes a AB, ou seja, a classe de equipolência determinada por AB. Assim, o vetor −→ AB representa uma classe de infinitos segmentos equipolentes a AB. Quando nos referimos a um vetor −→ AB , estamos nos referindo a todos os segmentos de reta equipolentes a AB, muito embora usemos um único vetor para representar esta classe. Os segmentos de reta orientados nulos são representados por um único vetor, vetor nulo, denotado por −→0 . Indicaremos por −−→v = −→BA o vetor oposto a v = −→AB . Dado um vetor −→ AB e um ponto P qualquer, existe um único ponto Q tal que −→AB = −→PQ. AB ∼ CD ⇔ −→AB = −−→CD e se −→ AB = −−→ CD, então −→AC = −→BD . As definições de módulo, direção e sentido para vetores são as mesmas que usamos para segmentos de reta orientados. A direção de um vetor será dada pela direção do segmento equipolente que o gerou, assim como o módulo e o sentido. • Denota-se o módulo do vetor −→v por |−→v |; • O vetor nulo tem módulo igual a zero e não tem direção nem sentido; • Se |−→v | = 1, dizemos que −→v é unitário; • Chamamos o vetor unitário −→v ◦, que tem o mesmo sentido de −→v , de versor de −→v ; • Dizemos que dois vetores −→u e −→v são ortogonais (−→u ⊥ −→v ) se possuem representantes em retas ortogonais; • Convencionaremos que o vetor nulo é ortogonal a todos os vetores do espaço. A adição de um ponto A com um vetor −→v é um ponto B tal que −→v = −→AB . Chamamos este ponto B de soma do ponto A com o vetor −→v . Para entender esta operação podemos ler da seguinte forma: o ponto B é a extremidade do vetor −→v quando o representamos na origem A. Indicaremos A + (−−→v ) por A − −→v . Como propriedade desta operação temos (i) A + −→AB = B; (ii) A + −→0 = A; (iii) (A − −→v ) + −→v = A; (iv) A+−→v = B +−→v ⇔ A = B; (v) A+−→v = A+−→u ⇔ −→v = −→u . Dados dois vetores −→u e −→v e um ponto A qualquer, sejam A + −→u = B e B + −→v = C . O vetor soma de −→u e −→v é −→s = −→u + −→v = −→AC . Observe que a adição de vetores satisfaz às propriedades comutativa, associativa, existência do elemento neutro (vetor nulo) e existência do elemento simétrico (vetor oposto) e está bem definida, pois, não depende do ponto A escolhido. Dados α ∈ R∗ e um vetor não nulo −→v , chamamos produto de α por −→v o vetor −→u = α · −→v satisfazendo a: (i) |−→u | = |α| · |−→v |; (ii) −→u possui a mesma direção de −→v ; (iii) −→u possui o mesmo sentido de −→v , se α é positivo e sentido contrário de −→v , se α é negativo; (iv) se α = 0 ou −→v = −→0 , então −→u = −→0 . A multiplicação de um escalar por um vetor goza das seguintes propriedades: comutativa (α·−→v = −→v ·α), associatividade mista [α(β ·−→v ) = (αβ)·−→v ], existência do elemento neutro e distributiva em relação a adição de vetores e em relação a adição de escalares. Dois vetores −→u e −→v são paralelos (−→u ‖ −→v ), se possuem representantes na mesma reta e são copla- nares, se possuem representantes no mesmo plano. Em particular, vetores paralelos são coplanares. Se a 6= 0, então 1 a −→v = −→v a ; −→v ◦ = −→v |−→v | , se −→v 6= −→0 . Os módulos que envolvem dois vetores −→u e −→v satisfazem a desigualdade triangular (|−→u +−→v | ≤ |−→u |+ |−→v |) Dados n vetores {−→v 1,−→v 2, . . . ,−→v n} e n escalares {α1,α2, . . . ,αn}, o vetor combinação linear −→v é dado por −→v = α1−→v 1 + α2−→v 2 + . . . + αn−→v n. Assim, por exemplo, −→a = 2−→u + 3−→v é uma combinação linear dos vetores −→u e −→v com os escalares 2 e 3, respectivamente, e −→b = −→u − 5−→v + 2−→w é uma combinação linear dos vetores −→u , −→v e −→w com os escalares 1, −5 e 2, respectivamente. Os vetores−→u e−→v são paralelos se, e somente se, podemos escrever um deles como combinação linear do outro e −→u , −→v e −→w são coplanares se, e somente se, podemos escrever um deles como combinação linear dos outros dois. Um conjunto de vetores {−→v 1,−→v 2, . . . ,−→v n} é linearmente dependente se pudermos escrever um deles como uma combinação linear dos demais, caso contrário, é linearmente independente. Em particular, {−→v 1} é LD se −→v 1 = −→0 ; {−→v 1,−→v 2} é LD se existe α ∈ R∗ tal que −→v 1 = α · −→v 2, ou seja, −→v 1 é paralelo a −→v 2 (−→v 1 ‖ −→v 2); {−→v 1,−→v 2,−→v 3} é LD se existe {α,β} ⊂ R, com pelo menos uma das constantes não nula, tal que −→v 3 = α · −→v 1 + β−→v 2, ou seja, −→v 1, −→v 2 e −→v 3 são coplanares. Qualquer conjunto de vetores que contenha o vetor nulo é LD. Se V é um conjunto de vetores formado por todas as combinações lineares do conjunto de vetores em B, dizemos que B gera V . Se um conjunto linearmente independente e ordenado B gera V , diremos LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 2 que B é uma base para V . Em particular, se B = {−→u } é LI, então B é uma base para um ‘sistema’ de vetores paralelos a −→u ; se {−→u ,−→v } é LI (dois vetores não paralelos), então B é uma base para o ‘sistema’ de vetores coplanares a −→u e −→v ; se {−→u ,−→v ,−→w } é LI (três vetores não coplanares), então B é uma base para o ‘sistema’ de vetores do espaço. Uma base é ortogonal quando seus vetores são dois a dois ortogonais e é ortonormal se é ortogonal e seus vetores são unitários. Se B é uma base para V , existe somente uma combinação linear para cada vetor de V . O conjunto de escalares desta combinação linear é chamado de coordenadas do vetor. Em particular, considere a base B = −→v 1,−→v 2,−→v 3} do espaço e um vetor −→v tal que −→v = a−→v 1 + b−→v 2 + c−→v 3, dizemos, então, que o terno (unicamente determinado) (a, b, c) são as coordenadas de −→v em relação à base B. A dimensão de um conjunto de vetores é a quantidade de vetores de uma de suas bases. Assim, por exemplo, um vetor num conjunto de vetores paralelos tem apenas uma coordenada (reta-dimensão 1); um vetor num conjunto de vetores coplanares tem duas coordenadas (plano - dimensão 2); e um vetor no espaço tem três coordenadas (espaço - dimensão 3). Seja {−→u 1,−→u 2,−→u 3} uma base e os vetores−→u = (a1, a2, . . . , an),−→v = (b1, b2, . . . , bn) e−→w = (c1, c2, . . . , cn) representados por suas coordenadas em relação a esta base, então: −→u = −→v se, e somente se a1 = b1, a2 = b2, . . . , an = bn; −→u +−→v = (a1+b1, a2+b2, . . . , an+bn); α·−→u = α·(a1,a2, . . . , an) = (α·a1,α·a2, . . . ,α·an), em que α ∈ R; −→u é paralelo a −→v se, e somente se, existe α ∈ R∗ tal que a1 = α · b1, a2 = α · b2, . . . e an = α · bn (vetores paralelos são múltiplos); −→u , −→v e −→w são coplanares (LD) se, e somente se, existem α e β, com α · β 6= 0, tais que −→w = α−→u + β−→v . Se fizermos coincidir as origens dos vetores de uma base ortonormal {−→i ,−→j ,−→k } com a origem do sistema cartesiano ortogonal poderemos associar as coordenadas de qualquer vetor ao seu ponto extremo; Se A(xA, yA, zA) e B(xB , yB , zB) e A + −→u = B, então −→u = B − A = (xB − xA, yB − yA, zB − zA) (vetor determinado por dois pontos: extremidade menos origem); O ponto médio do segmento de reta AB é M = (xA + xB 2 , yA + yB 2 , zA + zB 2 ) . O produto escalar (·) entre dois vetores −→u = (u1, u2, . . . , un) e −→v = (v1, v2, . . . , vn) é definido como o somatório dos produtos das suas respectivas coordenadas, isto é: −→u · −→v = u1 · v1 + u2 · v2 + . . .+ un · vn = n∑ i=1 ui · vi . No plano, dado dois vetores −→u = (u1, u2) e −→v = (v1, v2) o produto escalar é −→u · −→v = u1 · v1 + u2 · v2. No espaço, dado dois vetores−→u = (u1, u2, u3) e−→v = (v1, v2, v3) o produto escalar é−→u ·−→v = u1·v1+u2·v2+u3·v3. Quaisquer que sejam os vetores −→u , −→v e −→w e o escalar α ∈ R, temos (a) −→u · −→v = −→v · −→u (b) −→u · (−→v +−→w ) = −→u · −→v +−→u · −→w (c) α(−→u · −→v ) = (α−→u ) · −→v = −→u · (α −→v ) (d) −→u · −→u > 0, se −→u 6= −→0 (e) −→u · −→u = 0⇔ −→u = −→0 (f) −→u · −→u = |−→u |2 (g) |−→u +−→v | ≤ |−→u |+ |−→v | (desigualdade triangular) (h) |−→u · −→v | ≤ |u| · |v | (desigualdade de Schwarz) A relação entre dois vetores −→u e −→v e o ângulo θ por eles formado é dado por −→u · −→v = |−→u | · |−→v | · cos(θ), ou ainda cos(θ) = −→u · −→v |−→u | · |−→v | LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 3 Observe que o ângulo entre dois vetores deve estar entre 0 e π. Se o produto escalar entre os vetores for positivo, o ângulo estará entre 0 e π 2 e, se o produto escalar entre eles for negativo, estará entre π 2 e π. Dados os vetores −→u e −→v , as seguintes desigualdades são verificadas Pode-se verificar que dois vetores −→u e −→v são ortogonais se, e somente se, −→u · −→v = 0. Considere o vetor −→v = x−→i + y−→j + z−→k não-nulo. Os ângulos diretores do vetor −→v são os ângulos α, β e γ os quais −→v forma com os vetores da base B = {−→i ,−→j ,−→k }. Logo: cos(α) = −→v · −→i |−→v | · |−→i | = x |−→v | cos(β) = −→v · −→j |−→v | · |−→j | = y |−→v | cos(γ) = −→v · −→k |−→v | · |−→k | = z |−→v | Pode-se provar que cos2(α) + cos2(β) + cos2(γ) = 1 e que −→v ◦ = (cos(α), cos(β), cos(γ)). As coordenadas do vetor projeção do vetor −→u sobre o vetor −→v é dada por: proj−→u −→v == −→v · −→u |−→u |2 −→u = (−→v · −→u ◦) · −→u ◦ Dados dois vetores −→u = (u1, u2, u3) e −→v = (v1, v2, v3), definimos o produto vetorial −→u × −→v entre estes vetores como sendo o vetor −→v 1 ×−→v 2 = ( u2 u3 v2 v3 ,− u1 u3 v1 v3 , u1 u2 v1 v2 , ) = −→ i −→ j −→ k u1 u2 u3 v1 v2 v3 Dispositivo prático: −→u ×−→v = u2 u3 u1 u2 v2 v3 v1 v2 = (u2v3 − u3v2, u3v1 − u1v3, u1v2 − v1u2). O vetor −→w = −→u × −→v é um vetor perpendicular a −→u e a −→v e o seu sentido depende da orientação do ângulo entre os vetores. Seja θ o ângulo entre os vetores −→u e −→v , não nulos. Então: |−→u ×−→v | = |−→u | · |−→v | · sen(θ). O módulo do produto vetorial entre dois vetores não paralelos é a área do paralelogramo formado na figura, ou seja, A = |−→v | · h = |−→u | · |−→v | · sen(θ) = |−→u ×−→v |. Pode-se provar que 1. (−→u ×−→v )×−→w 6= −→u × (−→v ×−→w ); 2. (−→u × (−→v +−→w ) = (−→u ×−→v ) + (−→u ×−→w ); 3. α(−→u ×−→v ) = (α−→u )×−→v = −→u × (α−→v ); 4. −→u · (−→v × −→w ) = (−→u ×−→v ) · −→w . A área de um triângulo formado por dois vetores −→u e −→v é dada por: A△ = 1 2 |−→u ×−→v |. Dado três vetores −→u = (x1, y1, z1), −→v = (x2, y2, z2) e −→w = (x3, y3, z3), definimos o produto misto como sendo (−→u ,−→v ,−→w ) = −→u · (−→v ×−→w ). Facilmente verificamos que (−→u ,−→v ,−→w ) = ∣∣∣∣∣∣∣∣ x1 y1 z1 x2 y2 z2 x3 y3 z3 ∣∣∣∣∣∣∣∣ . LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 4 1. A permutação de apenas um vetor muda o sinal do produto misto: (−→u ,−→v ,−→w ) = −(−→v ,−→u ,−→w ) = −(−→u ,−→w ,−→v ) = −(−→w ,−→v ,−→u ); 2. (−→u +−→x ,−→v ,−→w ) = (−→u ,−→v ,−→w ) + (−→x ,−→v ,−→w ) (−→u ,−→v ,−→w +−→x ) = (−→u ,−→v ,−→w ) + (−→u ,−→v ,−→x ); (−→u ,−→v +−→x ,−→w ) = (−→u ,−→v ,−→w ) + (−→u ,−→x ,−→w ) 3. (α−→u ,−→v ,−→w ) = (−→u ,α−→v ,−→w ) = (−→u ,−→v ,α−→w ) = α(−→u ,−→v ,−→w ); 4. (−→u ,−→v ,−→w ) = 0⇔ são coplanares. O volume V do paralelepípedo formado por três vetores −→u , −→v e −→w , não coplanares, é dado pelo do módulo do produto misto, ou seja, V = |(−→u ,−→v ,−→w )|. O volume do tetraedro VT formado pelos vetores −→u , −→v e −→w é dado por VT = 1 6 |(−→u ,−→v ,−→w )|. Atividades EP 1. Determine o vetor soma dos vetores indicados em cada figura. EP 2. Na figura, M , N e P são pontos médios de AB, BC e CA, respectivamente. Exprima −→BP e −−→MN em função de −→AB e −→AC . M NP A B C EP 3. Seja ABC um triângulo qualquer, com medianas AD , BE e CF . Prove que −→ AD + −→ BE + −→ CF = −→ 0 . EP 4. Sejam B = {−→u ,−→v } uma base para R2 e C = O + (x−→u + y−→v ), com x e y números reais. (a) Qual é o lugar geométrico dos pontos C quando x e y variam, satisfazendo a condição x + y = 1; (b) Idem, quando x e y variam independentemente no intervalo [0, 1]. EP 5. São dados um triângulo ABC , os pontos X , Y e Z tais que −→AX = m−→XB , −−→BY = n−−→YC e −→CZ = p−→ZA, com m, n e p números reais não nulos. Exprima −−→CX , −→AY e −→BZ em função de −→CA e −→CB. EP 6. Seja OABC um tetraedro, X o ponto de encontro das medianas do triângulo ABC (baricentro). Exprima −−→OX em termos de −→AO, −−→OB e −−→OC . EP 7. Sendo ABCDEF um hexágono regular de centro O, prove que −→ AB + −→ AC + −→ AD + −→ AE + −→ AF = 6 · −→AO. LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 5 EP 8. Considere um paralelogramo ABCD no qual P e Q são pontos médios dos lados BC e AD, respectivamente. I - Determine geometricamente: (a) C +−→DA (b) B −−→DB (c) −→AB +−→DA (d) −→BA+−−→DC (e) −→AD +−→AB (f) −→AB +−→CA (g) −→AC +−→DA (h) −→AB +−→CA+−→BC (i) D +−→AB +−→CA (j) −→BC +−→DB +−→AD (k) −→AC +−→DB +−→AD (l) −→BC +−→DB +−−→CD (m) −−→DC −−−→QD (n) 1 2 −→ CB + −−→ QD (o) −→BC −−→QP A B CD PQ II - Escreva os vetores dados a seguir como combinação linear dos vetores −→AB e −→AD . (a) −→AB (b) −→AC (c) −→DA (d) −→AP (e) −→BP (f) −→PQ EP 9. Considere o paralelepípedo ABCDEFGH , atribua V ou F, justificando sua resposta. (a) −−→CD +−→AB é LI (b) −→FG e −→DA são LI (c) −→AB , −→AC e −→AD são LI (d) −→EF e −→FG são LD (e) −→AD, −−→DH e −−→HG são LD (f) −−→HG ,−→BF e −→AD são LI (g) −→FE ,−−→DH e −→AF são LD (h) −→AC e −→GE são LI (i) −→AC +−→BE +−→GB e −→AG são LI (j) −→AF −−→HF e −→AH são LD A B FE D C GH EP 10. Escreva o vetor −→u como combinação linear dos demais vetores, em cada caso: (a) −→u = (−1, 8), −→v = (1, 2) e −→w = (4,−2) (b) −→u = (1, 0,−3), −→u 1 = (1,−1, 0), −→u 2 = (1, 2, 0) e −→u 3 = (0, 0, 3) EP 11. Qual é o valor de x para que os vetores −→u = (3,−x ,−2),−→v = (3, 2, x) e −→w = (1,−3, 1) sejam coplanares? EP 12. Dados os vetores −→u = (2,−1, 1), −→v = (1,−1, 0) e −→w = (−1, 2, 2), calcule: (a) (−→u ×−→v ) · −→w ; (b) (−→u ×−→w ) · (−→u +−→v ). EP 13. Dados os vetores −→u = (1, a,−2a− 1), −→v = (a, a − 1, 1) e −→w = (a,−1, 1), determinar a de modo que −→u · −→v = (−→u +−→v ) · −→w . EP 14. Determinar a e b de modo que os vetores −→u = (4, 1,−3) e −→v = (6, a, b) sejam paralelos. EP 15. Determinar um vetor que seja simultaneamenteortogonal aos vetores 2−→a − −→b e −→a + −→b para −→a = (3,−1, 2) e −→b = (1, 0,−3). EP 16. Determinar um vetor unitário que seja simultaneamente ortogonal aos vetores −→u = (2,−1, 3) e −→v = (1, 1, 0). EP 17. Dados os pontos A(1, 2, 3), B(−6,−2, 3) e C (1, 2, 1), determine o versor do vetor −→a = 3−→BA−2−→BC . EP 18. Sabendo-se que ||−→a || = 3, ||−→b || = √2 e que o ângulo θ entre −→a e −→b é 45◦, calcular ||−→a ×−→b ||. LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 6 EP 19. Dados os pontos A(3,m − 1,−4) e B(8, 2m − 1,m), encontrar o valor de m de modo que ||−→AB || =√ 35. EP 20. Calcule a área do paralelogramo definido pelos vetores −→u = (3, 1, 2) e −→v = (4,−1, 0). EP 21. Calcule a área do triângulo de vértices A(−1, 0, 2), B(−4, 1, 1) e C (0, 1, 3). EP 22. Calcule x , sabendo que A(x , 1, 1), B(1,−1, 0) e C (2, 1,−1) são vértices de um triângulo de área√ 20 2 . EP 23. Verifique se são coplanares os vetores −→u = (3, 1, 2), −→v = (4,−1, 0) e −→w = (0,−1, 0). EP 24. Calcule o valor de m para que seja de 10 unidades o volume do paralelepípedo determinado pelos vetores −→v 1 = 2−→i −−→j ,−→v 2 = 6−→i +m−→j − 2−→k e −→v 3 = −4−→j +−→k . EP 25. Sabendo que a distância entre os pontos P(−1, 2, 3) e Q(1,−1,m) é 7 unidades, calcule m. EP 26. Mostre que os pontos A(4, 0, 1), B(5, 1, 3), C (3, 2, 5) e D(2, 13) são vértices do paralelogramo ABCD. Represente-o no espaço através de suas coordenadas. EP 27. Verifique se os pontos A(2, 1, 3), B(3, 2, 4), C (−1,−1,−1) e D(0, 1,−1) são coplanares. EP 28. Considere os vetores −→u = (2, 0,−1), −→v = (0, 3, 1) e −→w = (4m, 6, n − 2) e os pontos A(1,−2, 0), B(−2,−2, 1) e C (3, 0, 2). (a) Verifique se o conjunto {−→u ,−→v ,−→AB} é LI ou LD; (b) Determine as coordenadas do ponto D, vértice do paralelogramo ABCD; (c) Determine um vetor −→a que tenha a mesma direção, o sentido oposto e o dobro do tamanho e −→u ; (d) Calcule os valores de m e n para que −→w seja paralelo a −→u +−→v . EP 29. Sejam −→u = (1, 3,−1),−→v = (0,−1, 1) e −→w = (1, 0, 2). Verifique se o conjunto {−→u ,−→v ,−→w } é uma base do R3. Em caso afirmativo, determine as coordenadas do vetor−→a = 3−→u +2−→v −−→w . Em caso negativo, escreva −→w como combinação linear de −→u e −→v . EP 30. Considere o cubo ABCDEFGH e os pontos A(3, 5, 4), D(3, 5, 7) e E (3, 2, 4). (a) Determine as coordenadas dos outros vértices; (b) Determine as coordenadas do vetor 2−→AC −−−→DC em relação à base {−→AE ,−→AD ,−→AB}; (c) Determine as coordenadas do vetor −→AF em relação à base {−→AC ,−→AE ,−→AB}; (d) Determine as coordenadas do vetor −→AG em relação à base {−→DA,−→AF ,−→AB}. EP 31. Assinale V se verdadeiro ou F se falso nos ítens a seguir, justificando devidamente suas respostas. (a) Os vetores −→a = (1,−2, 0) e −→b = (2, 4, 0) são paralelos; (b) Os vetores −→a = (1,−2, 0) e −→b = (−2, 4, 0) são paralelos; (c) Não é possível escrever o vetor −→h = (4, 0,−1) como combinação linear dos vetores −→m = (−2, 1, 1) e −→n = (0, 2, 1); (d) Os vetores −→h = (4, 0,−1)−→m = (−2, 3, 1) e −→n = (0, 2, 1) têm representantes num mesmo plano; (e) Os vetores (4, 0,−1), (−2, 1, 1) e (0, 2, 1) possuem representantes num mesmo plano: LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 7 (f) Os vetores −→w = (3, 2,−1) e −→f = (−3,−2, 1) são coplanares, por isso são LD; (g) O vetor −→w = (3, 2,−1) tem módulo igual a 14; (h) O ângulo entre os vetores −→u = (−2, 3, 3) e −→v = (1, 0,−1) é obtuso; (i) O ângulo entre os vetores −→u = (−2, 3, 3) e −→v = (1, 0, 1) é obtuso; (j) O triângulo ABC formado pelos pontos A(0, 1, 2), B(4, 2, 1) e C (2, 2, 5) é retângulo em B; (k) O triângulo ABC formado pelos pontos A(0, 1, 4),B(4, 2, 1) e C (2, 2, 5) é retângulo em C ; EP 32. Do cubo ao lado sabemos que: A(6, 4, 5),B(8, 4, 5),F (8, 2, 5) e −−→BC0 = (0, 0, 1). Determine, justifi- cando suas respostas: (a) As coordenadas dos vértices G e H : (b) Determine as coordenadas do vetor −→AG em relação à base {−→DA,−→CH,−→EF}; (c) Os ângulos diretores do vetor −→AC ; (d) As coordenadas de um vetor −→v que tenha a direção da bissetriz do ângulo HAˆE ; EP 33. Sejam −→u = (1, 0,−2),−→v = (0, 1, 1),−→w = (−1, 1, 1) e −→a = (x 2 , 3y , 6). Faça o que se pede: (a) Seja A(0, 2, 3), determine as coordenadas do ponto B,tal que −→AB = −2−→w ; (b) Escreva, se possível, −→b = (−2, 1, 5) como combinação linear de −→u e −→v ; (c) Verifique se o conjunto {−→u ,−→v ,−→w } é LI; (d) Calcule os valores de x e y para que os vetores −→a e −−−→u + v sejam LD; (e) Verifique se Os Vetores −→a = (−3, 0, 6) e −→u são LI ou LD; (f) Calcule as coordenadas do vetor −→y = 4−→u −−→v + 2−→w ; (g) Determine um vetor unitário −→x que tenha a mesma direção e o sentido oposto de −→u ; (h) Determine as coordenadas de um vetor não nulo e ortogonal a −→v ; (i) Um vetor −→h , onde −→h tenha a direção da bissetriz do ângulo (−→u ,−→w ); (j) Dados os ângulos diretores do vetor −→t : α = 45◦,β− obtuso e γ = 120◦, determine as coordenadas do versor −→t0 . Retas e Planos Resumo A equação (x , y , z) = (x0, y0, z0) + h(a, b, c), com h ∈ R é denominada equação vetorial da reta r . O vetor −→v r = (a, b, c) é chamado vetor diretor da reta r e h é denominado parâmetro. É fácil verificar que a cada valor de h corresponde um ponto particular P : quando h varia de −∞ a +∞, o ponto P descreve a reta r . Considere um sistema de coordenadas cartesianas, P(x , y , z) e P0(x0, y0, z0) um ponto genérico e um ponto dado, respectivamente, da reta r , e −→v r = (a, b, c) um vetor com a mesma direção de r . As equações LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 8 x = x0 + ah y = y0 + bh z = z0 + ch , com h ∈ R, são denominadas equações paramétricas da reta r , em relação ao sistema de coordenadas fixado. A reta r é o conjunto de todos os pontos (x , y , z) determinados pelas equações paramétricas quando h varia de −∞ a +∞. Suponha que abc 6= 0 nas equações paramétricas anteriores. Isolando o parâmetro h, obteremos h = x − x0 a = y − y0 b = z − z0 c , As equações x − x0 a = y − y0 b = z − z0 c são denominadas equações simétricas, segmentárias ou nor- mais de uma reta r que passa por um ponto P0(x0, y0, z0) e tem a direção do vetor −→v r = (a, b, c) e pode- riam ser obtidas se observarmos o paralelismo existente entre os vetores −−→P0P = (x − x0, y − y0, z − z0) e −→v r = (a, b, c), abc 6= 0. As equações reduzidas da reta na variável independente x ou, simplesmente, equações reduzidas da reta na variável x é dada por { y = mx + n z = px + q . Além destas, podemos ter as equações reduzidas na variável y e na variável z . Podemos verificar que as equações reduzidas representam a reta que passa pelo ponto N(0, n, q) e tem a direção do vetor −→v = (1,m, p). A reta definida pelos pontos A(x1, y1, z1) e B(x2, y2, z2) é a reta que passa pelo ponto A (ou B) e tem a direção do vetor −→v r = −→AB = (x2 − x1, y2 − y1, z2 − z1). Dada uma das equações da reta, podemos construí-la marcando-se dois dos seus pontos ou um dos pontos e sua direção dada pelo vetor diretor. Seja A(x1, y1, z1) um ponto pertencente a um plano π e −→n = (a, b, c) um vetor não nulo normal (orto- gonal) ao plano. Definimos o plano π como sendo o conjunto de todos os pontos P(x , y , z) do espaço tais que o vetor −→AP é ortogonal a −→n . O ponto P pertence a π se, e somente se, −→n · −→AP = 0. Tendo em vista que −→n = (a, b, c) e −→AP = (x − x1, y − y1, z − z1), então a equação fica: 0 = (a, b, c) · (x − x1, y − y1, z − z1) = a(x − x1) + b(y − y1) + c(z − z1) = ax + by + cz − ax1 − by1 − cz1 Fazendo −ax1 − by1 − cz1 = d , teremos a equação geral ou cartesiana do plano π que é: ax + by + cz + d = 0. Da forma com a qual foi definida o plano π, vimos que ele fica perfeitamente identificado através de um ponto A e por um vetor normal −→n = (a, b, c) a π, com a, b e c não simultaneamente nulos. Qualquervetor k−→n , k 6= 0, é também vetor normal ao plano. Os coeficientes a, b e c da equação geral (??) representam as componentes de um vetor normal ao plano e que este mesmo vetor é também normal a qualquer plano α paralelo a π. O elemento que diferencia um plano paralelo de outro é o valor de d . Sendo −→n um vetor ortogonal ao plano π, ele será ortogonal a qualquer vetor representado neste plano. Em particular, se −→v 1 e −→v 2 estão em π e são linearmente independentes, tem-se: −→n = −→v 1 ×−→v 2. LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 9 Vimos que um plano é determinado por um de seus pontos e por um vetor normal a ele. Assim, sempre que formos determinar a equação de um plano devemos inicialmente nos preocupar em determinar se estes dois elementos (ponto e vetor normal) estão evidentes. Um outro modo de se obter a equação geral de um plano que passa por um ponto A e é paralelo aos vetores linearmente independentes −→u e −→v é tomar P(x , y , z) um representante qualquer do plano e, como os vetores −→ AP , −→u e −→v são coplanares, o produto misto deles é nulo, isto é 0 = ( −→ AP ,−→u ,−→v ) Seja A(x0, y0, z0) um ponto de um plano π e −→v 1 = (a1, b1, c1) e −→v 2 = (a2, b2, c2) dois vetores não paralelos. Um ponto P(x , y , z) pertence ao plano π que passa por A e é paralelo aos vetores −→v 1 e −→v 2 se, e somente se, existem números reais h e t tais que −→ AP = h · −→v 1 + t · −→v 2 Escrevendo a equação em coordenadas, obtemos (x − x0, y − y0, z − z0) = h(a1, b1, c1) + t(a2, b2, c2) donde x = x0 + a1h + a2t y = y0 + b1h + b2t z = z0 + c1h+ c2t (1) Estas são as equações paramétricas do plano. Quando h e t, denominados parâmetros, variam de −∞ a +∞, o ponto P percorre o plano π. Dada a equação geral do plano, podemos construí-lo determinando os pontos de interseção com os eixos coordenados da seguinte forma: Seja π : ax + by + cz + d = 0 um plano tal que a, b e c sejam não nulos, então este plano intersecta os eixos coordenados nos pontosÅ −d a , 0, 0 ã ; Å 0,−d b , 0 ã ; Å 0, 0,−d c ã . A equação geral do plano na qual a, b e c não são todos nulos, é a equação de um plano π , sendo −→n = (a, b, c) um vetor normal a π. Quando uma ou duas das componentes de −→n são nulas, ou quando d = 0, está-se em presença de casos particulares. • Se o plano ax + by + cz + d = 0 passa pela origem, então A(0, 0, 0) é um ponto do plano. Logo a · 0 + b · 0+ c · 0+ d = 0, isto é, d = 0. Assim, a equação ax + by + cz = 0 representa a equação de um plano que passa pela origem e −→n = (a, b, c) é um vetor normal ao plano. • Se apenas uma das componentes do vetor −→n = (a, b, c) é nula, o vetor é ortogonal a um dos eixos coordenados, e, portanto, o plano π é paralelo ao mesmo eixo: – se a = 0,−→n = (0, b, c) ⊥ Ox ∴ π//Ox e a equação geral dos planos paralelos ao eixo Ox é: by + cz + d = 0; – se b = 0,−→n = (a, 0, c) ⊥ Oy ∴ π//Oy e a equação geral dos planos paralelos ao eixo Oy é: ax + cz + d = 0; LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 10 – se c = 0,−→n = (a, b, 0) ⊥ Oz ∴ π//Oz e a equação geral dos planos paralelos ao eixo Oz é: ax + by + d = 0. Da análise feita sobre este caso particular, conclui-se que a variável ausente na equação indica que o plano é paralelo ao eixo desta variável. Cuidado! A equação ax + by + d = 0, representa, no espaço R3 um plano paralelo ao eixo Oz . Porém, esta mesma equação, interpretada no plano R2, representa uma reta. Se na equação ax + by + d = 0 tivermos d = 0, a equação ax + by = 0 representa um plano que passa pela origem e, portanto, contém o eixo Oz . • Se duas das componentes do vetor normal −→n = (a, b, c) são nulas, é colinear a um dos vetores −→i ou −→ j ou −→ k , e, portanto, o plano π é paralelo ao plano dos outros dois vetores. – se a = b = 0,−→n = (0, 0, c) = c(0, 0, 1) = c−→k ∴ π//xOy e a equação geral dos planos paralelos ao plano xOy é cz + d = 0. Como c 6= 0, vem z = −d c , ou seja, as equações são da forma z = k . – se a = c = 0,−→n = (0, b, 0) = b(0, 1, 0) = c−→j ∴ π//xOz e a equação geral dos planos paralelos ao plano xOz é by + d = 0. Como b 6= 0, vem y = −d b , ou seja, as equações são da forma y = k . – se b = c = 0,−→n = (a, 0, 0) = a(1, 0, 0) = a−→i ∴ π//yOz e a equação geral dos planos paralelos ao plano yOz é ax + d = 0. Como a 6= 0, vem x = −d a , ou seja, as equações são da forma x = k . Os planos coordenados são os planos particulares destes e suas equações são x = 0, y = 0 e z = 0. A equação x = k , k ∈ R, pode representar: um ponto se o universo for a reta R; uma reta se o universo for o plano R2; um plano se o universo for o espaço R3. Atividades EP 34. Escreva uma equação da reta r nos casos a seguir: (a) r passa pelo ponto P(−2,−1, 3) e tem a direção do vetor −→u = (2, 1, 1); (b) r passa pelos pontos A(1, 3,−1) e B(0, 2, 3). EP 35. Verifique, em cada um dos ítens abaixo, se o ponto P pertence à reta r : (a) P(−2, 1, 1) e r : (x , y , z) = (1, 0, 0) + t(−1, 2, 1), t ∈ R; (b) P(2,−1,−7) e r : x = 1− t, y = 2 + 3t e z = −5 + 2t, t ∈ R; (c) P Å 1, 1 2 , 3 ã e r : x − 1 = 2y − 4 = z 3 . EP 36. Escreva uma equação do plano α nos casos a seguir: (a) α passa pelos pontos A(1, 0, 2) e B(2,−1, 3) e é paralelo ao vetor −→v = (0, 1, 2); (b) α passa pelos pontos A(3, 1,−1) e B(1, 0, 1) e é paralelo ao vetor −−→CD, sendo C (1, 2, 1) e D(0, 1, 0); (c) α passa pelos pontos A(1, 0, 2), B(1, 0, 3) e C (2, 1, 3). EP 37. Verifique em cada um dos ítens abaixo se o ponto P dado pertence ao plano π. LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 11 (a) P(1,−1, 0), π : (x , y , z) = (2, 1, 3) + h(1, 0, 1) + t(0, 1, 0), t, h ∈ R; (b) P(2, 1, 3), π : x + y − 2z + 3 = 0; (c) P(3, 2, 2), π : x = 1− h − t, y = 2− h − t, z = 1− h, t, h ∈ R. EP 38. Determine uma equação do plano π sabendo que o ponto P(2, 2, 1) deste plano é o pé da perpendicular traçada do ponto Q(5, 4,−5). EP 39. Determine um vetor normal ao plano: (a) determinado pelos pontos P(−1, 0, 0), Q(0, 1, 0) e R(0, 0, 1); (b) α : 2x − y + 1 = 0; (c) que passa pelos pontos A(1, 0, 1) e B(2, 2, 1) e é paralelo ao vetor −→v = (1,−1, 3); (d) α : x = 1 + t + h, y = 1− t + 2h, z = h, h, t ∈ R. EP 40. Determine as equações dos planos coordenados na forma geral. EP 41. (a) Verifique se P(2, 3, 1) pertence a r : ® 2x + y + 2z = 1 −x + y + 3z + 4 = 0 (b) Escreva uma equação da reta r que passa pelo ponto P(1, 1, 1) e tem a direção de um vetor normal ao plano α : x = 1 + 2t, y = 2− t + 3h, z = t + h, com h, t ∈ R. EP 42. Determine a equação geral do plano β paralelo ao plano α : x = 1+ h+2t, y = 2+ 2h+ t, z = 3t, com h, t ∈ R e que (a) passa pelo ponto P(3, 2, 0); (b) passa pela origem do sistema de coordenadas. EP 43. Determine uma equação do plano π (a) que contém o eixo OX e passa pelo ponto P(5,−2, 1); (b) que passa pelo ponto P(3, 1, 2) e é perpendicular à reta r : (x , y , z) = (1, 0, 1) + h(1,−3, 2). EP 44. Verifique se as retas r e s nos casos a seguir são coplanares: (a) r : ® x − 2y + z = 0 3x + y − z = −1 e (x , y , z) = (1, 0, 1) + h(3,−1, 1), h ∈ R; (b) r : x − 1 2 = y + 2 = z − 2 3 e s : (x , y , z) = (1,−2, 2) + h(0, 1, 3), h ∈ R; (c) r : x = 1 + h, y = 2− 3h, z = h; h ∈ R e s : x − 4 2 = 2− y 6 = z − 2 2 . EP 45. Determine o valor de a para que as retas r e s sejam concorrentes e ache o ponto de interseção, sendo: r : x 2 = −y 3 = z a e s : x = 3h− 1 y = 2h− 5, h ∈ R z = h EP 46. Determine, se possível, uma equação geral do plano determinado pelas retas r e s, nos casos a seguir: LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 12 (a) r : (x , y , z) = (1, 2, 0) + h(−1, 2, 3), h ∈ R, e s : x − 1 2 = y − 2 3 = −z (b) r : (x , y , z) = (−1, 2, 1) + h(1, 2,−1), h ∈ R, e s : (x , y , z) = (2, 5,−2) + t(−2, 4,−2), t ∈ R(c) (x , y , z) = (−1, 2, 1) + h(1, 2,−1), h ∈ R, e s : x = 2t, y = 3, z = 1 + 4t, t ∈ R. EP 47. Sejam α : 2x + By + z + 1 = 0, β : x + y + z 2 +D = 0, r : x − 1 = −y + 2 3 = z 4 e s : x = 1+ h, y = h, z = A. Determine, se possível: (a) B, tal que α e β sejam paralelos. (b) B, tal que α e β sejam perpendiculares. (c) D, tal que β ⊃ r . (d) A, tal que r e s sejam coplanares. EP 48. Considere os pontos P(4, a, 4) e Q(0, 3b + 8, b), as retas r : x − 1 = 2− y 3 = z e s : (x , y , z) = Q+t(1, 0, 2), t ∈ R e os planos π1 : mx−2y+(m+3)z−1 = 0 e π2 : (x , y , z) = t(1,−3, 1)+h(2,−3, 1), h, t ∈ R. Determine, se possível: (a) a, de modo que a reta paralela à reta s que passa pelo ponto P seja reversa com a reta r . (b) b e m, de modo que a reta s seja paralela ao plano π1. (c) m, de modo que os planos π1 e π2 sejam concorrentes segundo a reta r . EP 49. (a) Determine uma equação da reta s que passa pela origem do sistema de coordenadas, é paralela ao plano π : 3x − 2y + z − 2 = 0 e intercepta a reta r : x − 1 = y + 2 3 = z . (b) Ache uma equação do plano α que passa pelo ponto P(2, 1, 3), é paralelo à reta r : (x , y , z) = (1, 2, 3) + h(1, 2,−1), h ∈ R, e é perpendicular ao plano π : x − y + 2z − 4 = 0. EP 50. Considere as retas r e t, tais que: (i) r passa pelo ponto P(3, 1,−1) e é paralela à reta s : ® x − y + 3z − 5 = 0 3x + 2y − z + 2 = 0 ; (ii) t passa pela origem do sistema de coordenadas e seu vetor diretor tem ângulos diretores iguais. Determine: (a) as equações simétricas de r ; (b) as equações paramétricas de t. EP 51. Dado o plano π : (x , y , z) = (0, 0, 1) + h(1,−1,−1) + t(−1,−2,−4), h, t ∈ R e a reta AB, sendo A(0, 0, 0) e B(1, 1, 1), determine uma equação do plano α que passa pelo ponto onde a reta AB fura o plano π e é paralelo ao plano β : x − 3 = 0. EP 52. (a) Determine o simétrico de P(2, 1, 3) em relação: (i) ao ponto Q(3,−1, 1). LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 13 (ii) à reta x = 1− 2t, y = t, z = 2 + t, t ∈ R; (iii) ao plano 2x − 2y + 3z = 2. (b) Encontre uma equação da reta s simétrica da reta s ′ : x − 2 = y − 1 = z − 3, em relação ao plano do item a(iii). EP 53. Determine o ângulo entre as retas r : x − 1 2 = y = −z e s : (x , y , z) = (1, 0, 0) + h(2, 1,−1), h ∈ R. EP 54. Determine o ângulo da reta r : x = −y = z com o plano α nos casos a seguir: (a) α : 2x − y − z − 1 = 0; (b) α : x = 1+ 2h − t, y = h + t, z = 4− 2t, t, h ∈ R; EP 55. Determine o ângulo dos planos: (a) α : x + y − 2z = 0 e β : −2x + y + 3z − 2 = 0; (b) α : x = 2− h, y = 1 + 2t, z = 2h− 3t, h, t ∈ R e β : −2x + y + 3z − 2 = 0; EP 56. Determine uma equação da reta s que passa por P(1, 0, 1) e intercepta a reta r : x = y = z + 1, formando um ângulo de π 3 rd . EP 57. Determine uma equação do plano α que passa pelo ponto P(2, 1, 1), é perpendicular ao plano coordenado yz e (α,β) = arccos Å 2 3 ã rd , sendo o plano β : 2x − y + 2z + 3 = 0. EP 58. Considere o plano α determinado pelo ponto P(1, 2, 0) e pela reta r : x − 1 2 = y = z − 4 3 . Calcule o ângulo que α forma com a reta s : ® x − 2y = 1 x + 4z = 0 EP 59. Calcule a distância entre: (a) o ponto P(0, 0, 2) e a reta r : ® x = z + 1 y = 2z − 2 (b) o plano π : (x , y , z) = (1, 2,−1) + h(3, 2,−1) + t(1, 1, 0), h, t ∈ R e o ponto P(2, 1,−3). (c) as retas r : x − 1 2 = 2− y = z − 3 e s : x − 2 = 5z , y = z − 1. (d) as retas r : (x , y , z) = (1, 0, 0) + h(−2, 4, 2), h ∈ R e s : 4− 4x = y − 1 = z − 2. (e) a reta r : x = −y = z e o plano π : 2x − y − z − 1 = 0. EP 60. (a) Escreva as equações dos planos β e γ paralelos ao plano α : 2x−2y−z = 3 distando dele 5 unidades. (b) Encontre uma equação do lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de: (i) A(1,−4, 2) e B(7, 1,−5) (ii) A(1, 2, 1), B(1, 4, 3) e C (3, 2, 1). (c) Dados os pontos A(2, 1, 3), B(4,−1, 1) e o plano α : 2x − y + 2z − 3 = 0, determine uma equação da reta r contida em α, tal que todo ponto de r é eqüidistante dos pontos A e B. EP 61. De um triângulo ABC temos as seguintes informações: (i) A(1, 2,−3); (ii) B e C são pontos da reta r : x = 1 + t, y = t, z = 1− t,T ∈ R; LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 14 Determine a altura do triângulo ABC relativa à base BC . EP 62. Considere α : 2x + 3y − z + 1 = 0, P(1,−4, 5) e s : x = y + 1, z = 3. Determine, justificando: (a) d(P , s); (b) d(P ,α); (c) uma equação da reta m que satisfaz às três condições: (i) d(P ,m) = 0 (ii) d(m, s) = 0 (iii) d(m,α) = d(P ,α). EP 63. Da figura sabemos que: 1. os planos α e π : x − z = 0 são perpendiculares. 2. A(0, 2,−1) e B(−1, 3− 1). 3. C e D são pontos de π. Determine: D A B C π α E r (a) Uma equação do plano α. (b) As equações paramétricas da reta r interseção dos planos α e π. (c) Uma equação do plano β que passa por A e é paralelo a π. (d) A altura do tetraedro ABCD relativa à base BCD. (e) As coordenadas do ponto E , sabendo que o triângulo ABE é equilátero e r contém a altura deste triângulo relativa ao vértice B. EP 64. Do paralelepípedo dado a seguir sabe-se que: (i) O plano ABC : x + y − z + 6 = 0 e a reta DG : (x , y , z) = t(1, 2,−3), t ∈ R. (ii) O plano ABF é perpendicular ao plano ABC e F (0, 2, 0). Determine: (a) As equações simétricas da reta AF . (b) As equações paramétricas do plano ABF . (c) As coordenadas do ponto D. (d) Uma equação geral do plano EFG . A B C D E F GH EP 65. Ache o volume da pirâmide delimitada pelos planos coordenados e pelo plano 5x − 2y + 4z = 20. EP 66. Escreva as equações de uma reta t paralela aos planos α : 2x+y−z+1 = 0 e β : x+3y+2z−2 = 0 e concorrente com as retas r : (x , y , z) = (1, 2, 1)+h(1, 0, 2), h ∈ R e s : (x , y , z) = (2, 3,−2)+λ(1,−2, 3),λ ∈ R. EP 67. Seja r a reta interseção dos planos α : ax + by + cz + d = 0 e β : a1x + b1y + c1z + d1 = 0. Mostre que a equação ax + by + cz + d + t(a1x + b1y + c1z + d1) = 0, t ∈ R, representa a família dos planos que contém a reta r , com exceção do plano β. Esta família é chamada de feixe de planos de eixo r . LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 15 EP 68. Seja r a reta interseção dos planos α : x + y + z − 11 = 0 e β : x − 4y + 5z − 10 = 0. Determine a equação do plano que contém a reta r e: (a) passa pelo ponto A(3, 1, 4). (b) é paralelo ao plano 9x − 21y + 33z + 1 = 0. (c) dista 3 unidades da origem do sistema de coordenadas. (d) é perpendicular a α. (e) é paralelo à reta x = −y 2 = −z . (f) é paralelo ao eixo Ox . Translação Resumo Transladar um eixo é deslocá-lo ou movimentá-lo paralelamente à posição inicial. Observa-se-á que ao transladarmos os eixos coordenados de um plano cartesiano, com origem em O, estamos criando um novo sistema de coordenadas, com origem em O ′. Se os eixos coordenados são transladados para uma nova origem O ′(h, k) e se as coordenadas de qualquer ponto P do plano, antes e depois da translação de eixos são (x , y) e (x ′, y ′), respectivamente, então as equações de translação de coordenadas são dadas por:{ x = x ′ + h y = y ′ + k . O complemento de quadrado consiste em obter, a partir do binômio x2+bx , o trinômio quadrado perfeitoÅ x + b 2 ã2 ao se adicionar o termo Å b 2 ã2 ao binômio. x2 + bx + Å b 2 ã2 = x2 + 2 b 2 x + Å b 2 ã2 = Å x + b 2 ã2 . Observe que este método é empregado em um binômio ax2 + bx , onde a = 1. Se a 6= 1 devemos isolar o coeficiente a antes de utilizar o método. Atividades EP 69. Por meio de uma translação dos eixos coordenados, transforme as equações dadas para a nova origem indicada. (a) x2 + y2 + 2x − 6y + 6 = 0, O ′(−1; 3); (b) xy − 3x + 4y − 13 = 0, O ′(−4; 3); (c) x2 − 4x + y2 − 6y − 12 = 0, O ′(1; 1); (d) 4x2 − y2 − 24x + 4y + 28 = 0, O ′(3; 2); (e) x3 − 3x2 − y2 + 3x + 4y = 5, O ′(1; 2). EP 70. Usando uma translaçãode eixos coordenados, (a) simplifique a equação x2+y2+6x−2y+6 = 0 indicando qual a nova origem e quais são as equações de transformação; LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 16 (b) utilizando a translação do ítem anterior, determine as coordenadas do ponto Pxy (1;−2) em relação ao sistema x ′O ′y ′ e as coordenadas de Qx′y ′(2; 1) no sistema xOy . EP 71. Determine a translação dos eixos coordenados (nova origem e equações de transformação) que levam à forma reduzida as seguintes equações: (a) x2 + y2 − 2x + 4y − 4 = 0; (b) x2 + y2 + 6x − 8y = 0; (c) x2 + y2 + 2x − 8y + 16 = 0. EP 72. Para cada item, converta os pontos como se pede, usando a translação indicada pela nova origem O ′. (a) P(2; 3) xy para x ′y ′, com O ′(−1; 5); (b) Q(4;−2) x ′y ′ para xy , com O ′(2;−3); (c) R(1; 0) xy para x ′y ′, com O ′(0; 4); (d) S(0;−4) x ′y ′ para xy , com O ′(−2; 0). EP 73. Em cada um dos ítens, por uma translação dos eixos coordenados, transforme a equação dada em outra desprovida de termos do 1◦ grau, se possível: (a) x2 + y2 − 2x + 4y − 4 = 0; (b) x2 + y2 + 6x − 8y = 0; (c) 3x2 + 2y2 + 18x − 8y + 29 = 0; (d) y2 − 4x + 2y + 1 = 0; (e) x2 − 4y2 − 4x − 24y − 36 = 0. EP 74. Complete os quadrados das seguintes expressões: (a) y2 + 8y − x2 − 2x = −11; (b) 4y2 + 18y + 9x2 − 24x = −9; (c) −3x2 − y2 + 3x + 4y = 5. Rotação Resumo Rotacionar um eixo consiste em girar o eixo tomando como base para esse deslocamento radial um ponto fixo. O sentido anti-horário da rotação é convencionado como o positivo. Ao se rotacionar os eixos coordenados xOy , fixando-se a origem O, estamos criando um novo sistema de coordenadas x ′Oy ′, com origem em O. Se girarmos os eixos coordenados de um ângulo θ, fixando-se a origem O, e se as coordenadas de qualquer ponto P do plano antes e depois da rotação de eixos são (x , y) e (x ′, y ′), respectivamente, então as equações de rotação são dadas por:{ x = x ′ cos θ − y ′ sen θ y = x ′ sen θ + y ′ cos θ. Na forma matricial, temos: [ x y ] = [ cos(θ) − sen(θ) sen(θ) cos(θ) ] · [ x ′ y ′ ] . Com estas equações podemos obter, a partir de uma equação geral de grau dois ax2 + bxy + cy2 + dx + ey + f = 0, o ângulo de rotação dos eixos coordenados de modo a obter uma equação desprovida do termo xy , ou seja, a′x ′2 + c ′y ′2 + d ′x ′ + e ′y ′ + f ′ = 0, onde a inexistência do termo de segundo grau x ′y ′ se deve as equações de rotação dos eixos coordenados por um ângulo agudo θ, positivo, tal que tg(2θ) = b a − c , se a 6= c , e θ = π 4 , se a = c . LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 17 Atividades EP 75. Por uma rotação dos eixos, seguida do ângulo indicado, transforme cada uma das equações. (a) xy2 − 18 = 0, θ = π 4 rad; (b) 2x + 5y = 3, θ = arctg Å 5 2 ã ; EP 76. Por uma rotação dos eixos coordenados transforme cada uma das equações dadas em outra desprovida do termo indicado. (a) x2 − 2xy + y2 = 4, x ′y ′; (b) x + 2y = 2, y ′; EP 77. Reduza a equação à forma mais simples através de translação eventual e rotação. (a) 4x2 + y2 + 8x − 10y + 13 = 0 (b) 3x2 − 2xy + 3y2 + 2√2x − 6√2y + 2 = 0 (c) 4x2 − 5y2 + 12x + 40y + 29 = 0 (d) 13x2 + 6xy + 21y2 + 34x − 114y + 73 = 0 (e) x2 − 6x − 5y + 14 = 0 (f) 4x2 − 12xy + 9y2 − 8√13x = 14√13y − 117 (g) 4x2 − 3y2 + 24x − 12y + 17 = 0 (h) 6x2 − 4xy + 9y2 − 20x − 10y − 5 = 0 (i) 12x2 + 8xy − 3y2 + 64x + 30y = 0 (j) 2x2 − 4xy − y2 − 4x − 8y + 14 = 0 (k) y2 − 4x + 10y + 13 = 0 (l) 2x2 − 12xy + 7y2 − 4x − 8y + 14 = 0 (m) 7x2 + 6xy − y2 − 2x − 10y − 9 = 0 (n) 25x2 + 20xy + 4y2 + 30x + 12y − 20 = 0 Parábola Resumo O lugar geométrico dos pontos de um plano que equidistam de um ponto fixo (F ) e de uma reta fixa (ℓ) ambos no referido plano. Os elementos são: o foco F (ponto fixo); a diretriz ℓ (reta fixa); o eixo focal EF (reta perpendicular à diretriz que passa pelo foco); o vértice V (intersecção da parábola com o eixo focal); a corda: Segmento que liga dois pontos quaisquer da parábola; a corda focal (corda que passa pelo foco); o latus rectum LR (corda focal perpendicular ao eixo focal); o raio focal de um ponto P sobre a parábola (segmento PF ). Os raios emitidos a partir do foco atingem a parábola e são refletidos paralelamente ao eixo focal e os que incidem paralelamente ao eixo focal refletem no foco. Seja P(x , y) um ponto arbitrário de uma parábola com vértice V (0, 0) e F (p, 0) (observe aqui que o comprimento do segmento VF é p, a distância do vértice à diretriz ℓ : x = −p é p e o eixo focal coincide com o eixo das abscissas). Pela definição, d(P ,F ) = d(P , ℓ). Assim, (x − p)2 + (y − 0)2 = |x + p|√ 02 + 12 , cuja forma mais simples é x2 = 4py . Da mesma forma podemos encontrar as equações das parábola com vértice V (0, 0) e F (−p, 0), com vértice V (0, 0) e F (0, p) e com vértice V (0, 0) e F (0,−p), cujas respectivas equações são x2 = −4py , y2 = 4px e y2 = 4px . A tabela a seguir apresenta um resumo das principais características da parábola quando o eixo de simetria é paralelo a um dos eixos coordenados. LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 18 x y F (−p,0) V P Ä − y24p ,y ä ℓ:x=p y2 = −4px x y F (p,0)V P Ä y2 4p ,y äℓ:x=−p y2 = 4px x y F (0,−p) V P ( x,− x24p ) ℓ:y=p x2 = −4py x y F (0,p) V P ( x, x 2 4p ) ℓ:y=−p x2 = 4py Podemos obter uma equação, na forma reduzida, da parábola com vértice V (h, k) fora da origem do sistema xOy e cujo eixo de simetria é paralelo a um dos eixos coordenados. Para isso, basta transladarmos o sistema xOy para uma nova origem coincidindo com o vértice V , obtendo-se um novo sistema x ′O ′y ′. Assim, as equações destas parábolas se restringirão a um dos casos a seguir: x ′2 = ±4py ′ ou y ′2 = ±4px ′ . Porém, pelas equações de translação (??) temos que{ x ′ = x − h y ′ = y − k . Logo, (x − h)2 = ±4p(y − k) ou (y − k)2 = ±4p(x − h) . (2) Quando o eixo de simetria da parábola não é paralelo a nenhum dos eixos coordenados, a equação se enquadrará na forma geral da equação do 2◦ grau a duas incógnitas ax2 + bxy + cy2 + dx + ey + f = 0 e, por uma rotação dos eixos coordenados, podemos reduzi-la a a′x2 + c ′y2 + d ′x + e ′y + f ′ = 0 que pode facilmente ser identificada se transformada na forma padrão. Atividades EP 78. Identifique o lugar geométrico de um ponto que se desloca de modo que a sua distância ao ponto P(−2; 3) é igual à sua distância à reta r : x + 6 = 0. Em seguida a equação desse lugar geométrico. EP 79. Em cada um dos seguintes ítens, determine a equação padrão da parábola a partir dos elementos dados: (a) um ponto da diretriz (4; 7), vértice na origem e o eixo de simetria Ox ; (b) vértice V (3; 2), eixo focal paralelo a Oy e o ponto L(7; 0) é uma das extremidades do latus rectum; (c) diretriz ℓ : x − 1 = 0, eixo focal EF : y + 2 = 0 e o ponto L(−3; 2) uma das extremidades do seu latus rectum; (d) diretriz ℓ : y = 4 e os pontos L(−8;−2) e R(4;−2) são as extremidades do latus rectum; (e) vértice V (1; 2), eixo focal paralelo a Ox e P(−7;−6) é ponto do seu gráfico; (f) vértice V (−1; 3), eixo focal paralelo a Oy e P(3;−1) é um ponto da parábola; LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 19 (g) eixo focal EF : y − 5 = 0, diretriz ℓ : x − 3 = 0 e vértice sobre a reta r : y = 2x + 3; (h) eixo focal EF : x = −4, diretriz ℓ : y = 3 e foco sobre a reta r : y = −x − 5; EP 80. Determine as coordenadas do vértice, do foco, as equações da diretriz e do eixo focal de cada uma das seguintes parábolas: (a) (x − 2)2 = −4(y + 1); (b) y2 − 2x − 6y + 1 = 0; (c) 4x2 + 4x − 32y + 33 = 0; (d) y2 + x − 4y + 5 = 0; (e) y2 − 8x − 2y − 23 = 0; (f) 4x2 − 48y − 20x − 71 = 0. EP 81. Determinar as coordenadas dos pontos que são as extremidades do Latus Rectum da parábola que tem como diretriz a reta y − 3 = 0 e foco no ponto F(1; 1). EP 82. Usando a definição, determine a equação geral da parábola da figura, sabendo-se que: ⋄ F (2, 2) é o seu foco; ⋄ V (1, 1) é o seu vértice; ⋄ A reta de equação d : y = −x é a sua diretriz. Observação: A fórmula da distância entre um ponto P(x0, y0) e uma reta r : ax + by + c = 0 é d(P , r) = |ax0 + by0 + c |√ a2 + b2 F V x y EF d Elipse Resumo Uma elipse é o lugar geométrico dos pontos do plano cuja soma das distâncias a dois pontos fixos é constante e maior que a distância entre esses pontos fixos. Segue desta definição que dados dois pontos fixos F1 e F2 pertencentes a um plano π, um ponto P deste plano pertence a elipse E se, e somente se, E = {P ∈ π; d(P ,F1) + d(P ,F2) = K ,K > d(F1,F2)}. Como elementos de uma elipse temos: † Os focos F1 e F2: os pontos fixos; † O eixo focal EF : reta que passa pelos focos; † O centro O: Ponto médio de F1F2; † O eixo normal EN : Reta perpendicular ao eixo focal passando pelo centro; EF ≡ x EN ≡ y F1F2 A1A2 B1 B2 O P(x,y) ℓ1ℓ2 A B C † Os vértices A1 e A2: pontos de intersecção da elipse com o eixo focal; † Os vértices B1 e B2: pontos de intersecção da elipse com o eixo normal; † Eixo maior EM : segmento de reta que une os vértices A1 e A2 (A1A2); † Eixo menor Em: segmento de reta que une os vértices B1 e B2 (B1B2); LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 20 † A corda: segmento de reta arbitrário cujas extremidades são dois pontos distintos da elipse, por exemplo AC ; † A corda focal: uma corda que passa pelo foco; † O lactus rectum: corda focal perpendicular ao eixo focal (ℓ1 e ℓ2); † O raio focal: segmento de reta de extremos em um dos focos e num ponto da elipse. Seja E uma elipse cujo comprimento do eixo maior A1A2, do eixo menor B1B2 e do segmento de extremos em cada um de seus focos F1 e F2 são, respectivamente, 2a, 2b e 2c . Então{ |PF1|+ |PF2| = 2a a2 = b2 + c2. ,P ∈ E . Sejam P(x , y) um ponto qualquer da elipse de centro na origem dos eixos coordenados e cujo eixo focal coincide com o eixo das abscissas. Uma vez que o centro é o ponto médio de F1F2, então F1(c , 0) e F2(−c , 0), c > 0, de acordo com a figura anterior. Por definição, temos que |F1P | + |F2P | = 2a, a > c > 0. Desenvolvendo-se esta igualdade, obtemos: x2 a2 + y2 b2 = 1, a equação reduzida da elipse para este caso. De forma análoga, podemos obter x2 b2 + y2 a2 = 1, a equação reduzida da elipse com centro na origem e focos sobre o eixo das ordenadas. Da análise destas deduções, temos os comprimentos do • eixo maior: |EM | = 2a; • eixo menor: |Em| = 2b; • latus rectum: |LR | = 2b 2 a . A tabela a seguir apresenta um resumo das principais características da elipse quando o eixo focal é paralelo a um dos eixos coordenados. x y O a b c x2 a2 + y2 b2 = 1 x y O a b c x2 a2 + y2 b2 = 1 Chamamos de excentricidade (e) da elipse a razão entre os comprimentos do segmento F1F2 e do segmento A1A2. Neste caso, temos que e = c a < 1. Podemos obter uma equação, na forma reduzida, da elipse com centro O ′(h, k) fora da origem do sistema Oxy e cujo eixo focal é paralelo a um dos eixos cartesianos. Para isso basta transladarmos o sistema Oxy para uma nova origem coincidindo com o centro O ′, obtendo-se um novo sistema O ′x ′y ′. Assim, as equações destas elipses se restringirão a um dos casos a seguir: x ′2 a2 + y ′2 b2 = 1 ou x ′2 b2 + y ′2 a2 = 1 LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 21 Pelas equações de translação, temos que{ x ′ = x − h y ′ = y − k . Logo, (x − h)2 a2 + (y − k)2 b2 = 1 ou (x − h)2 b2 + (y − k)2 a2 = 1 A circunferência é o lugar geométrico dos pontos P(x , y) de um plano π que equidistam de um ponto fixo O(x0, y0) deste plano, ou seja, d(P ,O) = r ,P ,O ∈ π. Segue que, √ (x − x0)2 + (y − y0)2 = r . Portanto, (x − x0)2 + (y − y0)2 = r2, a equação reduzida da circunferência. Como elementos de uma circunferência temos: x y O A A′ B x2 + y2 = r2 • O centro O(x0, y0); • O raio r : Segmento de reta cujos extremos são o centro O e um ponto arbitrário da circunferência; • A corda: Segmento de reta obtido pela união de dois pontos quais- quer da circunferência; • O diâmetro (2r ): Corda que passa pelo centro. Ao desenvolvermos a equação reduzida em (??) obtemos a equação geral da circunferência x2 + y2 − 2x0x − 2y0y + x20 + y20 − r2 = 0. Atividades EP 83. Um ponto P(x ; y) se desloca de modo que a soma de suas distâncias aos pontos A(3; 1) e B(−5; 1) é 10. Diga a natureza da curva descrita por P e em seguida determine sua equação padrão. EP 84. Um ponto P(x ; y) se desloca de modo que a soma de suas distâncias aos pontos A(3; 2) e B(3; 6) é 8. Diga a natureza da curva descrita pelo ponto P e em seguida determine a sua equação padrão. EP 85. Em cada um dos seguintes ítens, determine a equação padrão da elipse, a partir dos elementos dados: (a) focos F1(3; 8) e F2(3; 2), e comprimento do eixo maior 10; (b) vértices A1(5;−1) e A2(−3;−1) extremidades do eixo maior, e excentricidade e = 3 4 ; (c) centro C (1; 2), um dos focos em F (6; 2) e P(4; 6) é ponto do seu gráfico; (d) eixo focal paralelo ao eixo Ox , um dos focos no ponto F (−4; 3) e uma das extremidades do eixo menor no ponto B(0; 0). LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 22 EP 86. De acordo com os conhecimentos sobre elipse, deter- mine as coordenadas dos focos e a equação padrão da cônica da figura ao lado. Obtenha também as equações de transforma- ção e a nova origem da translação que levam a equação desta curva à forma reduzida. x y x y ′ 4 4 −2 EP 87. Sabendo que P(7, 5) é um ponto da elipse cujo os extremos do eixo maior coincidem com os extremos do latus rectum da parábola y2 + 10x − 10y − 30 = 0, determine sua equação geral. EP 88. Usando a definição, determine a equação geral da elipse da figura, sabendo-se que: ⋄ F1(9, 9) e F2(2, 2) são focos; ⋄ A1(10, 10) e A2(1, 1) são vértices sobre o eixo maior; F1 F2 A1 A2 10 10 x y Hipérbole Resumo Uma hipérbole é o lugar geométrico dos pontos do plano cujo valor absoluto da diferença das distâncias a dois pontos fixos é constante e menor que a distância entre esses pontos fixos. Observa-se que a hipérbole é uma curva constituída de dois ramos distintos. Segue da definição que dados dois pontos fixos F1 e F2 pertencentes a um plano π, um ponto P deste plano pertence a uma hipérbole H se, e somente se, H = {P ∈ π; |d(P ,F1)− d(P ,F2)| = K ,K < d(F1,F2)}. Como elementos da hipérbole temos: † Os focos F1 e F2: os pontos fixos; † O eixo focal EF : reta que passa pelos focos; † O centro C : Ponto médio de F1F2; † O eixo normal EN : Reta perpendicular ao eixo focal passando pelo centro; † Os vértices A1 e A2: pontos de intersecção da hipérbole com o eixo focal; † Eixo real ou transverso ET : segmento de reta que une os vértices A1 e A2 (A1A2); † Os vértices B1 e B2: ; † Eixo imaginário ou conjugado EC : segmento de reta que une os vértices B1 e B2 (B1B2) e tendo o centro como ponto médio; † A corda: segmento de reta arbitrário cujas extremidades são dois pontos distintos da hipérbole que podem estar no mesmo ramo ou em ramos distintos, por exemplo ST ; LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 23 † A corda focal: uma corda que passa pelo foco, por exemplo QT ; † O lactus rectum: corda focal perpendicular ao eixo focal (ℓ1 e ℓ2); † O raio focal: segmento de reta de extremos em um dos focos e num ponto da hipérbole, por exemplo (F2T ). Seja H uma hipérbole cujo os comprimentos do eixo transverso A1A2, do eixo conjugado B1B2 e do segmento de extremos em cada um de seus focos F1 e F2 são, respectivamente, 2a, 2b e 2c. Então, c2 = a2 + b2. Considere a hipérbole H da definição. Então ||PF1| − |PF2|| = 2a. Seja P(x , y) um ponto qualquer da hipérbole de centro na origem dos eixos coordenados e cujo eixo focal coincide com o eixo das abscissas. Uma vez que o centro é o ponto médio de F1F2, então F1(c , 0) e F2(−c , 0), c > 0. Por definição, temos que: ||F1P | − |F2P || = 2a, c > a > 0. Desenvolvendo a igualdade acima obtemos x2 a2 − y 2 b2 = 1, (3) a equação reduzida da hipérbole para este caso. De forma análoga, podemos obter a equação reduzida da hipérbole y2 a2 − x 2 b2 = 1. (4) com centro na origem e focos sobre o eixo das ordenadas. Da análise destas deduções, temos 1. Comprimento do eixo transverso: |ET | = 2a; 2. Comprimento do eixo conjugado: |EC | = 2b; 3. Comprimento do latus rectum: |LR | = 2b 2 a . A tabela a seguir apresenta um resumo das principais características da hipérbole quando o eixo focal é paralelo a um dos eixos coordenados. EF EN a b c x2 a2 − y 2 b2 = 1 EN EF b a c y2 a2 − x 2 b2 = 1 LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 24 Definimos a excentricidade ‘e ′ da hipérbole a razão entre os comprimentos dos segmentos F1F2 e A1A2. Neste caso, temos e = c a > 1. Podemos obter uma equação, na forma reduzida, da hipérbole com centro O ′(h, k) fora da origem do sistema Oxy e cujo eixo focal é paralelo a um dos eixos cartesianos. Para isso basta transladarmos o sistema Oxy para uma nova origem coincidindo com o centro O ′, obtendo-se um novo sistema O ′x ′y ′. Assim, as equações destas elipses se restringirão a um dos casos a seguir: x ′2 a2 − y ′2 b2 = 1 ou y ′2 a2 + x ′2 b2 = 1. Porém, pelas equações de translação, temos que{ x ′ = x − h y ′ = y − k . Logo, (x − h)2 a2 − (y − k) 2 b2 = 1 ou (y − k)2 a2 − (x − h) 2 b2 = 1. Atividades EP 89. Determine a equação do lugar geométrico descrito por um ponto que se desloca de modo que a diferença de suas distâncias aos pontos P1(−6,−4) e P2(2,−4) é igual a 6. Verifique se esta curva admite assíntota(s) e, em caso afirmativo, determine sua(s) equação(ões). EP 90. Em cada um dos ítens, determine a equação padrão da hipérbole, a partir dos elementos dados. (a) focos F1(−1; 3) e F2(−7; 3) e comprimento do eixo transverso igual a 4; (b) vértices A1(5; 4) e A2(1; 4) e comprimento do latus rectum igual a 5; (c) focos F1(2; 13) e F2(2;−13) e comprimento do eixo não transverso igual a 24; (d) assíntotas r : 4x + y − 11 = 0 e s : 4x − y − 13 = 0 e um dos vértices A(3; 1); (e) eixo normal y = −3, um dos focos no ponto F (−3; 0) e excentricidade e = 1, 5; (f) focos F1(−4; 5) e F2(−4;−5) e comprimento do eixo transverso igual a 6; (g) assíntotas r : 2y = 3x e s : 2y = −3x , comprimento do eixo imaginário 6 e focos no eixo Ox . EP 91. Reduza as equações das cônicas a seguir, através de uma translação, para a forma padrão, identificando os seguintes elementos: I. As coordenadas do(s) vértice(s) e foco(s); II. As equações do eixo focal, e eixo normal (elipse e hipérbole) ou diretriz (parábola); III. Comprimento do latus rectum e excentricidade; IV. Comprimento dos eixos: maior e menor (elipse) / transverso e conjugado (hipérbole). (a) 9(x − 1)2 + 25y2 + 50y − 200 = 0; (b) 9x2 + 25(y − 2)2 − 54x − 144 = 0; (c) x2 − 4y2 + 2x + 24y − 39 = 0; (d) 4x2 − 9y2 − 36x − 18y + 63 = 0. LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 25 EP 92. Usando a definição, determine a equação geral da hipérbole da figura, sabendo-se que: ⋄ F1( √ 2, √ 2) e F2(− √ 2,−√2) são focos; ⋄ A1(1, 1) e A2(−1,−1) são vértices. F1 F2 A1 A2 x y EP 93. Dizemos que duas hipérboles são conjugadas quando o eixo transverso de cada uma delas coincide com o eixo conjugado da outra. Dada a hipérbole H : (y − 1) 2 9 − (x + 3) 2 16 = 1, determine as coordenadas dos focos da hipérbole H conjugada de H e sua equação geral. EP 94. Uma hipérbole é dita equilátera quando o comprimento do seu eixo transverso é igual ao comprimento do seu eixo conjugado. Sabendo que os focos de uma hipérbole equilátera coincidem com as extremidades do eixo menor da elipse (x + 1) 2 36 + (y − 2)2 16 = 1. Determine a equação padrão desta hipérbole. EP 95. O vértice de uma parábola coincide com o centro da hipérbole H : 2x2 − 7y2 − 4x + 14y − 19 = 0 e sua diretriz coincide com o eixo focal da elipse E : (x − 1)2 4 + (y + 2)2 = 1. Determine a equação padrão dessa parábola. EP 96. Os focos de uma elipse coincidem com os vértices da hipérbole H : 16x2 − 9y2 − 64x − 18y + 199 = 0. Sabendo-se que a excentricidade da elipse é igual a 1 3 , escreva sua equação padrão. Superfícies Resumo O conjunto S de todos os pontos cujas coordenadas retangulares satisfazem a uma equação da forma f (x , y , z) = 0 é denominado superfície, ou seja, S = {(x , y , z) ∈ R3; f (x , y , z) = 0}. Sejam S1 e S2 duas superfícies de equações f (x , y , z) = 0 e g(x , y , z) = 0, respectivamente. O conjunto C de todos os pontos cujas coordenadas satisfazem, simultaneamente, às duas equações é denominada curva no espaço, isto é, C = S1 ∩ S2 = {(x , y , z) ∈ R3; f (x , y , z) = 0 e g(x , y , z) = 0)}. Assim, a equação dos pontos satisfazem ao sistema { f (x , y , z) = 0 g(x , y , z) = 0 . O traço de uma superfície é a curva obtida ao interceptarmos uma superfície com um plano. Numa discussão do gráfico de uma superfície devemos considerar os seguintes ítens: LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 26 1. Interseções com os eixos coordenados; Seja S : f (x , y , z) = 0 uma superfície. Então: S ∩ Ox : y = z = 0 ⇒ f (x , 0, 0) = 0 S ∩ Oy : x = z = 0 ⇒ f (0, y , 0) = 0 S ∩ Oz : x = y = 0 ⇒ f (0, 0, z) = 0 . 2. Traços sobre os planos coordenados; Seja S : f (x , y , z) = 0 uma superfície. Então: S ∩ xy : z = 0 ⇒ f (x , y , 0) = 0 S ∩ xz : y = 0 ⇒ f (x , 0, z) = 0 S ∩ yz : x = 0 ⇒ f (0, y , z) = 0 . 3. Simetria em relação à origem, eixos ou planos coordenados; ⋄ um ponto Q se a relação é P ′ = Q +−→PQ é satisfeita. Um ponto P ′ é simétrico a P em relação a: ⋄ uma reta r se a relação é P ′ = Q +−→PQ,Q ∈ R, é satisfeita. ⋄ um plano pi se a relação P ′ = Q +−→PQ,Q ∈ pi é satisfeita. Dizemos que uma superfície S é simétrica em relação a um ponto, reta ou plano, se cada ponto de S possui um simétrico em S em relação a um ponto, reta ou plano. Seja S : f (x , y , z) = 0 uma superfície. Então, S é simétrica em relação • à origem se f (x , y , z) = f (−x ,−y ,−z). • ao eixo das abscissas se f (x , y , z) = f (x ,−y ,−z); • ao eixo das ordenadas se f (x , y , z) = f (−x , y ,−z) • ao eixo das cotas se f (x , y , z) = f (−x ,−y , z). • ao plano xy se f (x , y , z) = f (x , y ,−z); • ao plano xz se f (x , y , z) = f (x ,−y , z) • ao plano yz se f (x , y , z) = f (−x , y , z). 4. Seções planas paralelas aos planos coordenados; Uma boa idéia do aspecto desta superfície é obtida a partir da natureza de suas seções planas. Tais seções podem ser convenientemente determinadas por uma série de planos secantes paralelos a um plano coordenado. Por exemplo, planos paralelos ao plano xy pertencem à família cuja equação é z = k , onde k é uma constante arbitrária ou parâmetro. Então a partir da equação da superfície temos f (x , y , z) = 0, z = k , como as equações da curva de interseção para cada valor atribuído a k correspondente a um definido plano secante, e essa curva encontra-se no plano z = k e sua natureza pode ser determinada pelos métodos da geometria analítica plana. 5. Extensão. Se a equação de uma superfície é dada na forma f (x , y , z) = 0 podemos escrevê-la com uma das variáveis em função das outras. Assim, para z em função de x e y temos a forma explícita z = F (x , y). Essa última equação nos possibilitaobter intervalos de valores reais que as variáveis podem assumir. Esta informação é útil na determinação da locação geral da superfície no espaço coordenado; também indica se a superfície é fechada ou de extensão indefinida. Consideremos os sistemas coordenados Oxyz e O ′x ′y ′z ′, onde o segundo é obtido através de uma translação do primeiro, de modo que as coordenadas de O ′, em relação ao sistema Oxyz é (x0, y0, z0). LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 27 x y z b b x y z O x ′ y ′ z ′ b x ′ y ′ z ′ O ′ P Então, as equações de transformação entre os dois sistemas são: x ′ = x − x0 y ′ = y − y0 z ′ = z − z0 As equações de translação são muito úteis, principalmente, para o esboço de curvas e de superfícies. Uma superfície quádrica ou simplesmente quádrica é um conjunto de pontos do espaço tridimensional, cujas coordenadas cartesianas satisfazem a equação ax2 + by2 + cz2 + dxy + exz + f yz + gx + hy + iz + j = 0, de grau dois, no máximo, a três variáveis, em que pelo menos um dos coeficientes do termo de grau dois é diferente de zero, ou seja, a, b, c , d , e ou f é diferente de zero. Se o termo independente j da equação da quádrica for igual a zero, a quádrica passa pela origem. A interseção de uma quádrica com os planos coordenados ou planos paralelos a eles, resulta em uma cônica. Por exemplo, o traço obtido pela quádrica ax2+by2+cz2+dxy+exz+f yz+gx+hy+iz+j = 0 e pelo plano z = 0 é uma cônica contida neste plano (ver equação geral das cônicas) ax2+by2+dxy+gx+hy+j = 0. Por uma transformação de coordenadas podemos reduzir a equação da superfície quádrica em: Ax2 + By2 + Cz2 = D (5) Ax2 + By2 + Cz = 0 (6) Ax2 + By + Cz2 = 0 (7) Ax + By2 + Cz2 = 0 (8) As quádricas das em (5) são as quádricas com centro, e as dadas em (6), (7) e (8) são as quádricas sem centro. Constituem as superfícies quádricas mais conhecidas: as Esferas, os Parabolóides, as Elipsóides, os Hiperbolóides, os Cilindros e os Cones. São exemplos de quádricas, também, pares de planos, pontos ou o conjunto vazio. A quádrica dada por (5) com A · B · C · D 6= 0 pode ter sua equação transformada em: ±x 2 a2 ± y 2 b2 ± z 2 c2 = 1 (9) e é denominada forma canônica da quádrica com centro. A depender do número de coeficientes positivos e negativos na equação (9) temos que: 1. se os três coeficientes são negativos então não existe lugar geométrico; 2. se os três coeficientes são positivos então o lugar geométrico é um elipsóide; 3. se dois coeficientes são positivos e um negativo então o lugar geométrico é um hiperbolóide de uma folha; LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 28 4. se dois coeficientes são negativos e um positivo então o lugar geométrico é um hiperbolóide de duas folhas; Dados um ponto C ∈ R3 e um número real r positivo e não nulo, a superfície esférica S de centro em C e raio r é o lugar geométrico dos pontos do espaço que distam r de C . Assim, pondo P(x , y , z) e C (x0, y0, z0) temos que P ∈ S se, e somente se, d(P ,C ) = r , ou seja, (x − x0)2 + (y − y0)2 + (z − z0)2 = r2, (10) a equação reduzida da esfera. Desenvolvendo-se os quadrados na equação (10), temos: x2 + y2 + z2 − 2x0x − 2y0y − 2z0z + x20 + y20 + z20 − r2 = 0 que podemos escrever x2 + y2 + z2 + ax + by + cz + d = 0, {a, b, c , d} ∈ R. a equação geral da esfera. Observe que as equações gerais de duas esferas concêntricas diferem apenas no termo independente e que os coeficientes na equação (10) são todos iguais a 1. Seja S uma superfície esférica e π um plano tal que S ∩ π = {T}, onde T é um ponto de tangência. Devemos notar que CT é normal a π e que d(C ,T ) = r = |−−→CT |. Seja S : x2 + y2 + z2 + ax + by + cz + d = 0 uma superfície esférica de centro em C e raio r e π : mx + ny + pz + q = 0 um plano tal que S ∩ π = {ξ}, onde ξ é uma circunferência de centro em C ′ e raio r ′. Devemos notar que 1. ξ : { x2 + y2 + z2 + ax + by + cz + d = 0 mx + ny + pz + q = 0 2. a reta s, que passa pelos pontos C e C ′, é uma reta normal ao plano π; 3. C ′ = s ∩ π; 4. r ′2 = r2− (d(C ,C ′))2 ou r ′2 = r2− (d(C ,π))2; Uma elipsóide é um conjunto de pontos cujas coordenadas em algum sistema satisfaz a equação x2 a2 + y2 b2 + z2 c2 = 1. (11) nos quais a, b e c representam números reais positivos e não nulos. A elipsóide de equação (11) é simétrica em relação à origem, aos eixos coordenados x , y e z e aos planos coordenados xy , xz e yz do sistema cartesiano tridimensional. Este fato se deve a que os pontos (x , y , z), (x ,−y ,−z), (−x , y ,−z), (−x ,−y , z), (x , y ,−z), (x ,−y , z) e (−x , y , z) satisfazem, respectivamente, esta equação. As interseções da elipsóide de equação (11) com o plano • ⋄ z = k , tal que |k | < c , é uma elipse de equação x2 a2 Å 1− k 2 c2 ã + y2 b2 Å 1− k 2 c2 ã = 1, z = k . LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 29 • ⋄ y = k , tal que |k | < b, é uma elipse de equação x2 a2 Å 1− k 2 b2 ã + z2 c2 Å 1− k 2 b2 ã = 1, y = k . • ⋄ x = k , tal que |k | < a, é uma elipse de equação y2 b2 Å 1− k 2 a2 ã + z2 c2 Å 1− k 2 a2 ã = 1, x = k . Observe que os comprimentos dos eixos da Elipse diminuem à medida que os valores de |k | aumentam e que, se a = b = c , o elipsóide é uma esfera de raio r = a. Classificamos os hiperbolóides em hiperbolóide de uma folha e de duas folhas. O hiperbolóide de uma folha é um conjunto de pontos que satisfaz a uma das seguintes equações x2 a2 + y2 b2 − z 2 c2 = 1, (12) x2 a2 − y 2 b2 + z2 c2 = 1, (13) −x 2 a2 + y2 b2 + z2 c2 = 1, (14) em que a, b e c são números reais positivos. O hiperbolóide de uma folha de equação (13) é simétrico em relação aos eixos e aos planos coordena- dos e à origem. O plano z = k intercepta o hiperbolóide de uma folha de equação (13) segundo a elipse de equação x2 a2 Å 1 + k2 c2 ã + y2 b2 Å 1 + k2 c2 ã = 1, z = k . Observe que os eixos da elipse crescem à medida que o valor absoluto |k | aumenta. O plano y = k intercepta o hiperbolóide de uma folha de equação (13) segundo a elipse de equação x2 a2 − z 2 c2 = 1− Å 1 + k2 b2 ã , y = k . Se ∣∣∣∣kb ∣∣∣∣ 6= 1, então a interseção é uma Hipérbole, caso contrário, a interseção é um par de retas concorren- tes O plano x = k intercepta o hiperbolóide de uma folha de equação (13) segundo a elipse de equação y2 b2 − z 2 c2 = 1− Å 1 + k2 a2 ã , x = k . O hiperbolóide de duas folhas é um conjunto de pontos que satisfaz a uma das seguintes equações −x 2 a2 − y 2 b2 + z2 c2 = 1, (15) x2 a2 − y 2 b2 − z 2 c2 = 1, (16) −x 2 a2 + y2 b2 − z 2 c2 = 1, (17) LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 30 em que a, b e c são números reais positivos. O hiperbolóide de duas folhas de equação (16) é simétrico em relação aos eixos e aos planos coorde- nados e à origem. O plano z = k , para |k | > c , intercepta o hiperbolóide de duas folhas de equação (16) segundo a elipse de equação x2 a2 Å k2 c2 − 1 ã + y2 b2 Å k2 c2 − 1 ã = 1, z = k . O plano y = k intercepta o hiperbolóide de duas folhas de equação (16) segundo uma hipérbole de equação − x 2 a2 Å k2 b2 + 1 ã + z2 c2 Å k2 b2 + 1 ã = 1, y = k . Se ∣∣∣∣kb ∣∣∣∣ 6= 1, então a interseção é uma Hipérbole, caso contrário, a interseção é um par de retas concorren- tes O plano x = k intercepta o hiperbolóide de duas folhas de equação (16) segundo uma elipse de equação − y 2 b2 Å k2 a2 + 1 ã + z2 c2 Å k2 a2 + 1 ã = 1, y = k . Já as equações em (6), (7) e (8), com ABC 6= 0, podem ser transformadas em ±x 2 a2 ± y2 b2 = cz (18) ±x 2 a2 ± z 2 c2 = by (19) ±y 2 b2 ± z 2 c2 = ax (20) e são denominadas de formas canônicas de quádricas sem centro. Conforme os termos de 2◦ grau apresentem coeficientes com o mesmo sinal ou sinais contrários, temos os parabolóides elípticos e os parabolóides hiperbólicos, respectivamente. Observe que em todas as deduções consideramos os coeficientes das equações em (5 - 8) não nulos. Quando um ou mais coeficientes nestas equações é zero, a superfície correspondente, caso exista, pode ser cilíndrica, cônica ou uma superfície degenerada (ex: planos, retas, ponto). x y z Um parabolóide elíptico é um conjunto de pontos que satisfaz a uma das seguintes equações cz = x2 a2 + y2 b2 , (21) by = x2 a2 + z2 c2 , (22) ax = y2 b2 + z2 c2 . (23) em que a, b e c são números reais, sendo a e b positivos em (22), a e c positivos em (23) e b e c positivos em (23). O parabolóide elíptico de equação (22) é simétrico em relação ao eixo z e aos planos xz e yz . As interseções do parabolóide elíptico de equação (22) com o plano: LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 31 • z = k , tal que ck > 0, é uma Elipse de equação x 2 cka2 + y2 ckb2 = 1, z = k . • y = k é uma parábola de equação x2 = a2c Å z − k 2 cb2 ã , y = k . • x = k é uma parábola de equação y2 = b2c Å z − k 2 ca2 ã , x = k . Um parabolóide hiperbólico é um conjunto de pontos que satisfaz a uma das seguintes equações cz = x2 a2 − y 2 b2 , (24) by = x2 a2 − z 2 c2 , (25) ax = y2 b2 − z 2 c2 . (26) em que a, b e c são números reais, sendo a e b, a e c e b e c , estritamente positivos em, respectivamente, (24), (25) e (26). Observe que o Parabolóide Hiperbólico de equação (24) é simétrico em relação ao eixo z e aos planos xz e yz . As interseções do Parabolóide Hiperbólico de equação (24) com o plano: • z = k , k 6= 0, é uma hipérbole de equação x 2 cka2 − y 2 ckb2 = 1, z = k . Quando z = 0 temos um par de retas cujas equações são y = ±b a x . • y = k é uma parábola de equação x2 = a2c Å z + k2 cb2 ã , y = k . • x = k é uma parábola de equação y2 = −b2c Å z − k 2 ca2 ã , x = k . Devido ao formato do seu gráfico, o parabolóide hiperbólico também é conhecido como sela. O estudo das interseções e das simetrias para as equações (25) e (26) deve ser feito pelo leitor. Uma superfície cilíndrica é a superfície gerada por uma reta (geratriz) que se move de maneira que é sempre paralela a uma reta r fixa e passe sempre por uma curva C (diretriz) fixa dada. Para encontrarmos uma equação de uma superfície cilíndrica devemos estabelecer uma relação entre os pontos arbitrários P(x , y , z) da superfície e Q(a, b, c), projeção de P na diretriz. Esta relação é obtida pelo paralelismo entre os vetores −→QP e o diretor da reta fixa dada. Consideremos a geratriz C : f (x , y) = 0; z = 0 de uma superfície cilíndrica S , −→v = (m, n, p) o vetor diretor de uma geratriz de S , P(x , y , z) um ponto arbitrário de S e Q(a, b, c) ∈ C a projeção de P sobre a diretriz C . Portanto, −→ QP = λ−→v ,λ ∈ R. Segue que as equações das geratrizes são: (x − a, y − b, z − c) = λ(m, n, p). Assim a = x − λm b = y − λn c = z − λp . Como Q ∈ C , f (a, b) = 0; c = 0. Isto resulta em uma equação da superfície cilíndrica procurada. Considere uma superfície cilíndrica. LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 32 (a) Se a sua curva diretriz está no plano xy com equação f (x , y) = 0 e as retas geratrizes são paralelas ao vetor −→v = (a, b, 1), então a sua equação é: f (x − az , y − bz) = 0. (b) Se a sua curva diretriz está no plano xz com equação f (x , z) = 0 e as retas geratrizes são paralelas ao vetor −→v = (a, 1, c), então a sua equação é: f (x − ay , z − cy) = 0. (c) Se a sua curva diretriz está no plano yz com equação f (y , z) = 0 e as retas geratrizes são paralelas ao vetor −→v = (1, b, c), então a sua equação é: f (y − bx , z − cx) = 0. Uma superfície cilíndrica reta S , cuja geratriz é perpendicular ao plano coordenado que contém a diretriz se, e somente se, a sua equação é desprovida da variável não medida no referido plano. Além disso, a equação de S é a equação da sua diretriz. Uma superfície cilíndrica é quádrica quando sua equação cartesiana f (x , y) = 0 (f (x , z) = 0 ou f (y , z) = 0) é a mesma equação de uma cônica no plano xy (xz ou yz). O Cilindro pode ainda ser batizado de Elíptico, Hiperbólico ou Parabólico, conforme a cônica mencionada. Uma superfície gerada pela rotação de uma curva plana (geratriz) em torno de uma reta fixa dada (eixo de revolução) é chamada de superfície de revolução. Qualquer posição da geratriz é chamada seção meridiana e cada circunferência descrita por um ponto sobre a geratriz é denominada paralelo da superfície. Seja S uma superfície obtida ao girarmos uma curva G : { f (x , y , z) = 0 h(x , y , z) = 0 (geratriz) em torno da reta r : (x , y , z) = (x0, y0, z0) + t(a, b, c), t ∈ R. Se consideramos G como sendo uma curva em um dos planos coordenados e r como sendo um dos eixos coordenados contido no mesmo plano que contém S , teremos 6 casos a analisar: Sejam G = {(x , y , z) ∈ R3; f (y , z) = 0 e x = 0} a geratriz da superfície de revolução S1 contida no plano yz , P(x , y , z) ∈ S1 um ponto qualquer e Oz o eixo de revolução. O paralelo passando por P intercepta G num ponto P ′(x ′, y ′, z ′). É claro que z = z ′ (I ). O centro desse paralelo é C (0, 0, z) e P ′(0, y ′, z). Como P e P ′ estão numa mesma circunferência temos que d(P ,C ) = d(P ′,C ), ou seja, » (x − 0)2 + (y − 0)2 + (z − z)2 = » (0− 0)2 + (y ′ − 0)2 + (z − z)2. Segue que y ′ = ± √ x2 + y2 (I I ). Como P ′ ∈ G , { f (y ′, z ′) = 0 x ′ = 0 (I I I ) Usando as equações (I ), (I I ) e (I I I ), obtemos: S1 : f (± √ x2 + y2, z) = 0. LISTA DE EXERCÍCIOS # GEOMETRIA ANALÍTICA 33 Sejam G = {(x , y , z) ∈ R3; f (y , z) = 0 e x = 0} a geratriz da superfície de revolução S1 contida no plano yz , P(x , y , z) ∈ S1 um ponto qualquer e Oy o eixo de revolução. Mostra-se, de maneira análoga, ao que foi feito no item anterior que S2 : f (y ,± √ x2 + z2) = 0. Podemos resumir todos os seis casos na seguinte tabela: Planos das geratrizes xy xz yz G { f (x , y) = 0 z = 0 { f (x , z) = 0 y = 0 { f (y , z) = 0 x = 0 ER Ox Oy Ox Oz Oy Oz Subst y ↓ ± √ y2 + z2 x ↓ ±√x2 + z2 z ↓ ± √ y2 + z2 x ↓ ± √ x2 + y2 z ↓ ±√x2 + z2 y ↓ ± √ x2 + y2 Assim, para determinarmos uma equação da superfície de revolução devemos: 1. Determinar o plano e o tipo da equação da diretriz; 2. Determinar o eixo de revolução; 3. Observar qual a variável que não está sendo utilizada na equação da geratriz; 4. Observar qual variável do eixo que não pode ser o eixo de rotação; 5. substituir na 1a equação da geratriz a variável do item 4 por± a raiz quadrada da soma dos quadrados da própria e da variável do 3◦ item. Atividades EP 97. Determine as equações das superfícies esféricas definidas pelas seguintes condições: (a) centro no ponto C (−4, 2, 3) e é tangente ao plano π : 2x − y − 2z + 7 = 0; (b) o segmento que une A(6, 2,−5) e B(−4, 0, 7) é o diâmetro; (c) centro na interseção de S : x2 = 4(z − 1) com o eixo Oz e é tangente à reta r : x = 2y = z − 2; (d) centro na reta r : ® x = −2 y = 0 e é tangente aos planos α : x − 2z − 8 = 0 e β : 2x − z + 5 = 0; (e) centro na reta s : ® y − 2 = 0 z = 0 e é tangente ao plano α : x + y − √3z + 3 = 0 e à reta r : x = (0, 1,−3) + h(0, 2, 1), h ∈ R. EP 98. Seja S uma superfície esférica de equação x2+ y2+ z2+3x− 7y +4z− 3 = 0. Verifique a posição relativa dos pontos dados a seguir em relação a S (interior, exterior ou sobre
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