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225 ENSAIO DE ADENSAMENTO HIDRÁULICO W. S. Silva Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa. R. F. Azevedo Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Viçosa. RESUMO: O presente trabalho apresenta os primeiros resultados obtidos com um edômetro para ensaios de adensamento hidráulico (HCT – Hidraulic Consolidation Test) desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa (Silva, 1999). O equipamento é semelhante ao apresentado por Abu-Hejleh et al. (1996). Neste sentido, faz-se uma breve apresentação do equipamento e em seguida, a análise dos ensaios feita através da teoria unidimensional do adensamento por deformações finitas e um procedimento de otimização para obter os parâmetros das relações constitutivas (índice de vazios versus tensão efetiva e índice de vazios versus permeabilidade) é apresentada. Finalmente, o novo equipamento e sua análise são usados com três diferentes materiais e os resultados obtidos são comparados com os obtidos em um ensaio edométrico por deformação constante (Silva, 1999). 1 INTRODUÇÃO Processos de mineração produzem grandes quantidades de rejeitos. No Brasil estes rejeitos são normalmente materiais finos que são dispostos em reservatórios e, ou, lagoas onde passam por um processo acoplado de transporte, sedimentação e adensamento por peso próprio. Freqüentemente, o aspecto mais importante deste processo acoplado é o adensamento por peso próprio, porque o transporte e a sedimentação são relativamente rápidos. Com isso, o estudo do enchimento do reservatório e consequentemente o dimensionamento da altura da barragem, além do reaproveitamento da área de estocagem envolve, principalmente, a teoria do adensamento. Entretanto, as lamas provenientes destes processos são muito moles e não se enquadram dentro das hipóteses com as quais estabeleceu-se a teoria do adensamento convencional de Terzaghi. Sendo assim, o processo de adensamento destas lamas passou a ser estudado através de uma teoria de adensamento com deformações finitas apresentada por Gibson et al. (1967). Relações constitutivas de adensamento (índice de vazios versus compressibilidade e permeabilidade) de materiais muito moles podem ser obtidas por várias técnicas de ensaio. Entre elas podemos citar o trabalho de Bromwell e Carrier (1979), usando um consolidômetro de lamas; os trabalhos de Been e Sills (1981), Scully (1984) e Pane (1985), usando colunas de sedimentação; e, os trabalhos de Imai (1979) e Gobara et al. (1995) usando o ensaio de adensamento hidráulico. Outro trabalho que merece destaque é o de Znidarcic et al. (1986) que desenvolveu um edômetro com taxa constate de deformação (CRD) e a teoria do adensamento por deformações finitas. Entretanto, nenhuma das metodologias existentes pode ser considerada como perfeita na determinação dos parâmetros de adensamento de solos moles. Partindo da idéia apresentada inicialmente por Imai (1979), Abu-Hejleh et al. (1996) apresentaram uma nova versão do ensaio de 226 adensamento hidráulico, juntamente com uma análise indireta para a determinação das características de adensamento de solos muito moles que procurou, com sucesso, minimizar todas as limitações apresentadas pelos métodos anteriores. A seguir, um ensaio de adensamento desenvolvido na UFV, similar ao descrito por Abu-Hejeleh et al. (1996), é apresentado juntamente com detalhes de sua análise. Comparações entre os resultados obtidos com o novo equipamento e os obtidos com um ensaio tipo CRD são também apresentados (Silva, 1999). 2 EQUIPAMENTO HCT O equipamento desenvolvido na UFV (Figura 1) pode ser dividido nos seguintes componentes: (i) painel de controle de pressão; (ii) bomba de fluxo; (iii) célula de ensaio com um transdutor diferencial de pressão capaz de medir até 35 kPa de diferença de pressão com uma precisão de 0,0875 kPa; (iv) sistema de carregamento e (v) sistema de aquisição de dados. Uma descrição detalhada de cada componente pode ser obtida em Silva (1999) e Silva e Azevedo (1999). 3 PROCEDIMENTOS DE ENSAIO A parte experimental do ensaio de adensamento hidráulico é dividida em quatro fases que são: Um ensaio para a determinação do índice de vazios correspondente à tensão efetiva zero (e00); Um ensaio de adensamento induzido por forças de percolação (SICT) em que um fluxo é imposto através da amostra e esta deforma até o estado permanente ser alcançado; Um ensaio de carregamento em etapas (SLT) que consiste em um carregamento da amostra, após o SICT, com uma carga constante; e, Um ensaio de permeabilidade com bomba de fluxo (FPPT), para cada carregamento doSLT, para medir a permeabilidade correspondente. Figura 1. HCT da UFV. Com o primeiro ensaio, e00, é aproximadamente determinado misturando-se uma quantidade suficiente de lama com uma consistência desejável. Após a homogeneização, o solo é colocado dentro de dois vasilhames e deixado em repouso até uma interface sólido-líquido aparecer. Então, o líquido acima do topo do solo é cuidadosamente removido e duas amostras por vasilhame são coletadas da superfície do solo para determinar seus teores de umidade. Assumindo que as amostras estão saturadas e conhecendo-se a densidade específica dos sólidos (Gs), índices de vazios são determinados. A média desses valores é considerada ser e00. O SICT inicia colocando a amostra com uma consistência desejada dentro da célula de ensaio. Duas horas depois, um top cap com uma pedra porosa é cuidadosamente colocado sobre a amostra. A célula de ensaio é montada e o sistema saturado com uma contrapressão de 250 kPa. Sob estas circunstâncias, a amostra adensa durante 24 horas decorrente de seu peso próprio e da sobrecarga do top cap. Após este estágio, a bomba de fluxo é colocada em funcionamento, succionando água da base da amostra. Decorrente deste fluxo de cima para baixo, a amostra adensa e uma diferença de pressão de água aparece entre seu topo e sua base. Esta diferença aumenta com o tempo, enquanto a amostra adensa, até um valor constante, DPH, ser alcançado. Neste ponto, o 227 chamado estado permanente é alcançado, significando que o adensamento induzido pelas forças de percolação cessou. Conseqüentemen- te, a velocidade da fase sólida é nula e a velocidade da fase líquida, v, é obtida dividindo-se a vazão da bomba, q, pela área da seção transversal da amostra, A. A altura da amostra, HF, é medida e a tensão efetiva na base da amostra deve ser calculada por: s’b = s’0 + gwHs(Gs - 1) + DPH (1) onde: s’0 = tensão efetiva dada pelo top cap; gw = peso específico da água; Hs = altura de sólidos da amostra igual a Wd/(GsgwA), onde Wd é o peso seco da amostra. Uma vez atingido o estado permanente, um novo (maior) fluxo pode ser imposto, iniciando um novo processo de adensamento que irá fornecer novos valores de v, s’b e HF para a análise do ensaio. Entretanto, somente um conjunto de valores de v, s’b e HF é suficiente para a análise. A terceira fase do experimento consiste em obter as características de compressibilidade e permeabilidade do solo para altas tensões efetivas. Uma carga constante, correspondendo a uma tensão vertical sL, é aplicada no topo da amostra, iniciando um novo processo de adensamento (SLT). Quando o estado permanente é novamente alcançado (normalmente 24 horas depois), a nova altura da amostra, HL, é medida com o transdutor de deslocamento e o correspondente índice de vazios calculado por: eL = (HL/Hs) –1 (2) Finalmente, a bomba de fluxo impõe um pequeno fluxo através da amostra e a diferença de pressão é medida (FPPT). No estado permanente esta diferença de pressão é igual a DPL e a permeabilidade correspondente, kL, será: kL = (v * HL*gw)/ DPL (3) A terceira e quarta fase do ensaio HCT podem ser repetidas para vários incrementos de carga. Entretanto, somente um conjunto de valores desL, eL e kL é suficiente para a análise do ensaio. Após o término do ensaio, a amostra é removida e seu peso seco, Wd, determinado. 4 ANÁLISE DO ENSAIO A análise do ensaio, apresentada por Abu- Hejleh et al.(1996), é baseada na teoria unidimensional do adensamento por deformações finitas desenvolvida por Gibson et al. (1967). A equação governante é dada por: ( ) t e z e de d )e1( k zz e e1 k de d 1G v w s ¶ ¶ =ú û ù ê ë é ¶ ¶s¢ +g¶ ¶ - ¶ ¶ ú û ù ê ë é ÷ ø ö ç è æ + - (4) onde, z é a coordenada material, positiva quando orientada de acordo com a gravidade, e t é o tempo. No estado permanente do SICT, a Eq. (4) torna-se: ( ) 0 dz de de d )e1( k dz d dz de e1 k de d 1G v w s =ú û ù ê ë é s¢ +g -ú û ù ê ë é ÷ ø ö ç è æ + - (5) uma vez que o índice de vazios é independente do tempo. Esta equação é equivalente a (Silva, 1999): ( )1G e1 k dz )z(d )e1( k v s v w - + - s¢ +g = (6) A partir da qual obtém-se: dz)e1( k v z)1G()z( z 0 w sw0v + g +-g+s¢=s¢ ò (7) Nesta equação o primeiro termo representa a tensão efetiva decorrente da sobrecarga do top cap; o segundo termo representa a tensão efetiva devida ao peso próprio e o último termo representa a tensão efetiva decorrente das forças de percolação. Usando a Eq. (7), a tensão efetiva na base da amostra s’bteor é dada por: dz)e1( k v H)1G( H 0 w ssw0bteor s + g +-g+s¢=s¢ ò (8) 228 Note que conhecendo a distribuição de índice de vazios, é também possível descobrir a altura da amostra pela equação: ( )dze1H SH 0Fteor ò += (9) A análise do ensaio supõe que a relação constitutiva entre índice de vazios e tensão efetiva é dada por (Silva, 1999): e = A(s’v + Z)B (10) e a relação constitutiva entre permeabilidade e índice de vazios é dada por (Silva, 1999): k = CeD (11) onde A, B, C, D e Z são parâmetros constitutivos do solo, sendo o objetivo da análise determiná-los. Cabe mencionar que: - conhecendo o índice de vazios para a tensão efetiva zero, a Eq. (10) pode ser escrita como: B 00 Z e A = (12) - a partir dos resultados do SLT e usando as Eq. (10) e (12): ( ) 1ee Z B 1 00L L - s¢ = (13) - e a partir do FPPT e Eq. (11): ( )DL L e k C = (14) Conseqüentemente, os parâmetros B e D são independentes e cabe à análise do ensaio determinar o melhor par destes parâmetros. Para isso, um processo de otimização é realizado para minimizar a função objetiva dada por: Fteor F bteor b H H 11)D,B(Err -+ s¢ s¢ -= (15) onde s’b e HF são valores experimentais obtidos durante o SICT, e s’bteor e HFteor são obtidos numericamente. A determinação de s’bteor e HFteor é feita por um processo iterativo seguindo os seguintes procedimentos: Uma distribuição inicial de tensão efetiva, decorrente do adensamento por peso próprio e da sobrecarga do top cap é obtida utilizando-se os dois primeiros termos da Eq. (7). Com essa distribuição de tensão efetiva e para valores assumidos dos parâmetros A, B e Z obtém-se uma distribuição de índice de vazios, decorrente do adensamento por peso próprio e da sobrecarga, utilizando-se a Eq. (10). Essa distribuição de índice de vazios e valores assumidos de C e D são utilizados como entrada na Eq. (11) determinando-se uma distribuição de permeabilidade. Esses valores de permeabilidade e índice de vazios são utilizados no terceiro termo da Eq. (7) para calcular as tensões efetivas devidas às forças de percolação, atualizando assim, a distribuição de tensões efetivas. Essa nova distribuição de tensão efetiva é novamente levada à Eq. (10), determinando-se uma nova distribuição de índice de vazios que será levada à Eq. (11) para a determinação de novas permeabilidades. Essas permeabilidades serão novamente levadas ao terceiro termo da Eq. (7) conhecendo-se nova distribuição de tensões efetivas. Esse processo é repetido até que seja atingido um critério de convergência preestabelecido. Uma vez que a distribuição de índice de vazios no estado permanente é alcançada, a altura da amostra é calculada como descrito pela Eq. (9) e a tensão efetiva na base é calculada como: s’bteor = (eb/A)1/B - Z (16) onde eb é o índice de vazios calculado na base da amostra. Estes valores são então usados para calcular o valor da função objetiva Err (Eq. 15). Caso o valor da função objetiva não esteja dentro dos limites previstos, inicia-se um processo de otimização dos parâmetros B e D, baseado no método de Newton e na estratégia de procura em linha (Vanderplaats, 1984). Este processo de minimização continua até a função objetiva, Err, tornar-se menor que um pequeno valor fornecido, em geral 10-4. Esta análise é automaticamente feita por um programa de computador chamado SICTA (Seepage Induced Consolidation Test) 229 desenvolvido pela Universidade do Colorado (Abu-Hejleh e Znidarcic, 1992). 5 RESULTADOS DOS ENSAIOS Características de três solos diferentes foram obtidas usando o novo equipamento e a análise do ensaio (Silva, 1999). Os solos são: um solo na forma de lama existente no laboratório de geotecnia, RE; caulim, CA; e, uma mistura de caulim e bentonita, proporção 8:2, CB. As curvas de distribuição granulométrica destes materiais são apresentadas na Figura 2 e algumas de suas propriedades básicas são apresentadas na Tabela 1. Os resultados experimentais para as quatro etapas do ensaio são apresentados na Tabela 2. As Figuras de 3 e 4 mostram a resposta com o tempo da pressão diferencial no SICT e no FPPT para a amostra RE. Nestes gráficos as várias quedas abruptas representam o instante em que era necessário recolocar o pistão da seringa em sua posição inicial, após ser atingido o seu curso máximo. Observa-se que breves interrupções na bomba não influenciam nos resultados do ensaio. Os dados apresentados na Tabela 2 foram utilizados como variáveis de entrada do programa SICTA que, após ser executado, forneceu os parâmetros constitutivos (A, B, C, D e Z) das funções de compressibilidade e permeabilidade utilizadas para modelar o comportamento dos materiais ensaiados (Tabela 3). Nas Figuras 5 e 6 estão representadas as características de compressibilidade e permeabilidade para as amostras ensaiadas. Tabela 1. Propriedades dos solos Amostra Gs Limite de Liquidez (%) Limite de Plasticidade (%) RE 2,60 29 20 CA 2,58 45 25 CB 2,56 137 51 Os ensaios CRD das amostras RE e CA foram realizados com uma velocidade de 0,0756 mm/min e o realizado com a amostra CB com a velocidade de 0,035 mm/min. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,0001 0,001 0,01 0,1 1 Diâmetro dos grão(mm) P o rc e n ta g e m q u e p a ss a (% ) CB RE CA Figura 2 – Distribuição granulométrica. 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Tempo(h) P re ss ão D if er en ci al ( kP a) Figura 3. Resultado experimental do SICT, amostra RE. 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 0 10 20 30 40 50 60 70 Tempo(min) P re ss ão D if er en ci al ( kP a) Figura 4. Resultado experimental do FPPT, amostra RE. As curvas de compressibilidade e permeabilidade obtidas por meio dos dois ensaios estão apresentadas conjuntamente nas Figuras de 7 a 12. 230 Tabela 2. Resultados experimentais dos ensaios realizados Amostra e00 H0 (m) s’0 (kPa) v (m/s) s’b (kPa) Hf (m) sL (kPa) eL kL (m/s) RE 5,23 0,0543 0,137 0,953 X 10-6 2,35 0,0324 50,50 1,21 0,137 X 10-7CA 5,70 0,0424 0,137 0,953 X 10-6 0,98 0,0267 50,45 1,37 0,339 X 10-7 CB 8,98 0,0566 0,000 0,476 X 10-6 0,74 0,0381 10,08 2,52 0,601 X 10-8 Tabela 3. Parâmetros constitutivos de adensamento Amostra A B Z (kPa) C (m/s) D RE 2,59541 -0,19439 0,02716 0,68308 X 10-8 3,20813 CA 2,79878 -0,18272 0,02040 0,14509 X 10-7 2,71392 CB 3,92924 -0,19279 0,01370 0,51096 X 10-10 5,16667 0 2 4 6 8 10 0,0010,01 0,1 1 10 100 1000 Tensão efetiva (kPa) Ín d ic e d e v a zi o s CB CA RE Figura 5. Características de compressibilidade das amostras ensaiadas. 0 2 4 6 8 10 1,E-111,E-101,E-091,E-081,E-071,E-061,E-05 Permeabilidade (m/s) Ín d ic e d e v a zi o s CB CA RE Figura 6. Características de permeabilidade das amostras ensaiadas. Observa-se para todas as amostras, com relação à compressibilidade, um bom agrupamento entre os resultados obtidos com o ensaio HCT e CRD, exceto para os pontos iniciais do ensaio CRD. Isto ocorre porque o equipamento tipo CRD/UFV e sua instrumentação fornece resultados confiáveis somente para valores de tensão efetiva acima de aproximadamente 5 kPa. Com relação à permeabilidade, observa-se também, uma boa concordância entre os resultados do ensaio HCT e os resultados do ensaio CRD, exceto para a amostra CA. Os resultados apresentados demonstram o bom funcionamento do equipamento e a confiabilidade dos resultados obtidos com a análise. 0 1 2 3 4 5 6 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000 Tensão efetiva (kPa) Ín d ic e d e v a zi o s HCT CRD-simplif. CRD-complexa Figura 7. Verificação da compressibilidade para a amostra RE. 7 CONCLUSÕES O ensaio de adensamento hidráulico (HCT) apresentado neste artigo, juntamente com sua análise, demonstra ser uma forma eficiente para obter relações de compressibilidade e permeabilidade para solos muito moles, como os rejeitos. Além disso, resultados comparados com o ensaio CRD demonstram que o novo equipamento funciona propriamente e tem a vantagem de trabalhar em uma faixa mais 231 extensa de tensão efetiva, índice de vazios e permeabilidade do que o ensaio CRD. Por outro lado, o ensaio CRD não dura mais do que um dia enquanto o ensaio apresentado neste artigo leva pelo menos três dias para ser concluído. Em conclusão, o novo ensaio de adensamento é claramente melhor do que o ensaio CRD que tem sido freqüentemente usado no Brasil para ensaiar materiais muito moles, como os rejeitos. O ensaio entretanto, é mais demorado e mais trabalhoso. Nas circunstâncias em que as relações constitutivas de adensamento são necessárias para valores de tensão efetiva maior do que 10 kPa, o ensaio CRD é ainda uma boa alternativa. 0 1 2 3 4 5 6 1,E-10 1,E-09 1,E-08 1,E-07 1,E-06 1,E-05 Permeabilidade (m/s) Ín d ic e d e v a zi o s HCT CRD-simplif. CRD-complexa Figura 8. Verificação da permeabilidade, amostra RE. 0 1 2 3 4 5 6 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000 Tensão efetiva (kPa) Ín d ic e d e v a zi o s HCT CRD-simplif. CRD-complexa Figura 9. Verificação da compressibilidade, amostra CA. 0 1 2 3 4 5 6 1,E-10 1,E-09 1,E-08 1,E-07 1,E-06 1,E-05 Permeabilidade (m/s) Ín d ic e d e v a zi o s HCT CRD-simplif. CRD-complexa Figura 10. Verificação da permeabilidade, amostra CA. 0 2 4 6 8 10 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000 Tensão efetiva(kPa) Ín d ic e d e v a zi o s HCT CRD-simplif. CRD-complexa Figura 11. Verificação da compressibilidade, amostra CB. 0 2 4 6 8 10 1E-111E-101E-091E-081E-071E-061E-05 Permeabilidade (m/s) Ín d ic e d e v a zi o s HCT CRD-simplif. CRD-complexa Figura 12. Verificação da permeabilidade, amostra CB. 8 AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao CNPq pela bolsa concedida ao primeiro autor e à FAPEMIG pelo suporte financeiro para o desenvolvimento desta pesquisa. Os autores são, também, gratos ao Prof. Znidarcic da Universidade do Colorado em Boulder por ter 232 enviado a eles uma cópia do programa SICTA, tão bem como cópia da referência 1. 9 REFERÊNCIAS Abu-hejleh, A. N., Znidarcic, D. (1992) User manual for computer program SICTA. Boulder, CO: University of Colorado; 101 p. Abu-Hejleh, A. N.; Znidarcic, D.; Barnes, B. L. (1996). Consolidation Characteristics of Phosphatic Clays, J. of Geotech. Eng., ASCE, Vol. 122, n. 4, p. 295-301. Barbosa, M.; Lima, P. P.; Azevedo, R. F. (1996). Análises do ensaio oedométrico com taxa de deformação constante. 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