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RESPOSTAS DE BASE PROC DA ADM PUBLICA

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ATIVIDADE - BASES PROCEDIMENTAIS DA ADMINISRAÇÃO PÚBLICA
1. DISCORRA SOBRE AS TRÊS FORMAS DE DELEGAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS: CONCESSÃO, PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO.
R: AUTORIZAÇÃO: É um ato administrativo por meio do qual a administração pública possibilita ao particular a realização de alguma atividade de predominante interesse deste, ou a utilização de um bem público. 
Alguns doutrinadores entendem que a autorização de serviço público encontra guarida no Art. 21, incisos XI e XII. A maioria entende incabível, em face do art. 175 da CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Ato unilateral, discricionário, precário e sem licitação.
Interesse predominantemente privado.
PERMISSÃO
É ato administrativo discricionário e precário mediante o qual é consentida ao particular alguma conduta em que exista interesse predominante da coletividade.
Permissão é o ato administrativo pelo qual a Administração consente que certa pessoa utilize de forma privativa um bem público e atendendo ao mesmo tempo aos interesses públicos e privados, é formalizada mediante um contrato de adesão
Lei 8.987/95, Art. 2º, IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
É formalizada por contrato de adesão (art. 40, Lei 8.987/95)
Ato unilateral, discricionário, precário, mas com licitação (qualquer modalidade).
Interesse predominantemente público.
O uso da área é obrigatório.
Prazo indeterminado, mas pode ser revogado a qualquer tempo sem dever de indenizar.
CONCESSÃO
É o contrato entre a Administração Pública e uma empresa particular, pelo qual o governo transfere ao segundo a execução de um serviço público, para que este o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário, em regime de monopólio ou não.
Lei 8.987/95, Art. 2º, II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
É formalizada por contrato administrativo (art. 4º, Lei 8.987/95)
Contrato administrativo bilateral, mediante prévia licitação. Uso obrigatório por prazo determinado e a rescisão antecipada pode ensejar o dever de indenizar.
2. NO CASO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS, EXPLIQUE O QUE OCORE COM A TITULARIDADE DOS SERVIÇOS E A TITULARIDADE DA PRESTAÇAO DOS SERVIÇOS.
R: No art. 175 da Constituição Federal, consta a obrigação do Estado prestar os serviços públicos diretamente ou indiretamente, através de terceiro, mediante delegação, precedida de licitação.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
          Em razão da sua competência genérica instituída no art. 30, inciso V, da Constituição Federal, o Município detém a titularidade da maior gama de serviços públicos. Já a União e os Estados têm sua competência prevista nos arts. 21 e 23 e arts. 25, 23 e 211 da Constituição Federal, respectivamente.
 A titularidade dos serviços públicos é sempre das entidades estatais, assim como o direito à sua regulação e controle. Porém, a sua prestação, execução, pode se dar através diretamente pelo Poder Público titular do serviço ou indiretamente por particular estranho ao Poder Público.
      A prestação direta do serviço público ocorre quando o titular do serviço é o mesmo prestador do serviço. Nesse caso, o serviço é prestado diretamente pela entidade federativa titular, seja por meio de órgão da administração direta ou indireta. Já a prestação indireta se caracteriza quando o serviço público é executado por pessoa distinta daquela que titulariza o serviço, através de delegação feita pela entidade federativa. A execução do serviço público pode se dar de maneira direta, pelo Poder Público, ou indiretamente, através de particulares por meio de delegação.
MAFFINI, Rafael. Direito Administrativo. 3. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009.
3. NO CASO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS, EM QUAL SITUAÇÃO E COMO DEVERÁ O ESTADO RESPONDER, EM CASO DE PROCESSOS JUDICIAIS? 
R: A responsabilidade imputada ao Estado pelos danos causados a terceiros por concessionárias ou permissionárias de serviços públicos, na forma preconizada pela moderna doutrina administrativista, é subsidiária, sendo-lhe conferido o benefício de ordem. Significa dizer que o Poder Público só responderá pelo dano diante da circunstância de o responsável primário não ter condições de reparar o dano por ele causado.
A responsabilidade do Estado será primária quando o dano tiver sido provocado por um de seus agentes. Há situações, entretanto, nas quais pessoas jurídicas exercem suas atividades como efeito da relação jurídica que as vincula ao Poder Público – como ocorre, por exemplo, com as delegatárias de serviços públicos, por força de contrato administrativo. Nessas hipóteses, a responsabilidade primária há de ser imputada à pessoa jurídica causadora do dano. Contudo, embora não se possa atribuir responsabilidade direta ao Estado, certo é que também não será lícito eximi-lo inteiramente das conseqüências do ato lesivo. Nesses casos, sua responsabilidade será subsidiária, ou seja, somente nascerá quando o responsável primário não tiver mais forças para cumprir sua obrigação de reparar o dano ao qual deu causa.

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