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Agentes Antifúngicos & Antifungigrama Prof.ª: Luiza S. Rodrigues CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRASIL, ESCOLA DE SAÚDE DISCIPLINA: MICOLOGIA Antifúngicos ou Antimicóticos Você sabe o que é? Agentes que previnem ou inibem a proliferação de fungos, ou que os destroem. Chamados fungistáticos Chamados fungicidas Fungicida X Fungistático 3 dias Antifúngico Antifúngico Cultura sem antifúngico Com fungicida Com fungistático Crescimento progressivo Destruição celular Inibição do crescimento Antifúngicos Ideais Amplo espectro de ação ou grande número de fármacos. Excelente penetração (para alcançar o local da infecção). Baixa toxicidade ao hospedeiro. Múltiplas vias de administração. Ideal Antifúngicos Reais Número de fármacos limitados para infecções sistêmicas. Apresentam diferenças quanto as vias de administração. Variam quanto à capacidade de penetração. Apresentam toxicidade ao hospedeiro. Ideal R Terapia Antifúngica O tratamento das micoses sistêmicas começa empiricamente, uma vez que o diagnóstico pode ser difícil e tardio. - Fatores que dificultam o tratamento e a escolha da droga: a) Dificuldades no diagnóstico, visto que os agentes etiológicos são amplamente encontrados na natureza e podem compor a microbiota normal do homem (fungos não patogênicos). b) Falta de entendimento sobre a forma de contaminação, sendo o paciente exposto à infecções recorrentes. c) Correta adesão do paciente ao tratamento que é, geralmente, longo. Falha Terapêutica Fatores que contribuem para a resistência clínica Fatores do Fungo Concentração inibitória mínima (CIM) inicial elevada Tipo e sorotipo celular (levedura, filamentoso, dimórfico) Tamanho do inóculo Formação de biofilme Fatores do antifúngico Ação biológica Dose e farmacocinética Efeitos adversos Interações medicamentosas Fatores do hospedeiro Imunocompetência Sítio e gravidade da infecção Presença de dispositivo médico (cateter, sonda e etc) Adesão ao tratamento Biofilme, Você Conhece? Trata-se de uma comunidade de micro-organismos (bactérias ou fungos) associados e firmemente aderidos a uma superfície por meio de uma matriz extracelular de polímeros. Como, por exemplo: cateter, sonda, respirador etc... Etapas da formação do biofilme: 1. 2. 3. Biofilme Protege a célula contra a ação de antimicrobianos ou antifúngicos. Facilita a disseminação de genes de resistência entre as células (pela proximidade). 1. 2. 3. Principais Antifúngicos 1. Poliênicos Fármacos de 1ª escolha médica (Brasil) Classe mais recente de antifúngicos (Fármacos de 1ª escolha médica em alguns países desenvolvidos, ex: EUA) 1ª classe de antifúngicos 1.2 Anfotericina B 2. Azóis 3. Equinocandinas Principal poliênico utilizado no tratamento de infecções sistêmicas Histórico Antifúngicos Poliênicos Azóis Equinocandinas Antifúngicos: Alvos Celulares O desenvolvimento de um agente antifúngico é um desafio, pois existem poucos alvos potenciais de ação que não sejam compartilhados pelo fungo e os animais. Lembre-se das semelhanças entre células animais e fúngicas! Células Eucarióticas Vamos recordar! Tanto os animais quanto os fungos, são constituídos por células eucariontes. E, diferentemente das plantas, eles são seres vivos heterotrófos, não realizando, portanto, fotossíntese. Células Eucarióticas – Fungos! Mas lembre-se: células parecidas, não identicas! ribossomos Peculiaridades: Presença de parede celular. Membrana plasmática rica em ergosterol. Vias metabólicas diferentes. Antifúngicos: Principais Alvos Sendo assim, os principais alvos são... 1. Poliênicos 1. Primeira classe de antifúngicos descrita. 2. Os três principais membros dessa classe são: - Nistatina - Anfotericina B - Natamicina 3. Mecanismo de ação: Age na membrana citoplasmática Modifica a permeabilidade Morte celular Agente de amplo espectro, porém nefrotóxico 1.2 Anfotericina B Mecanismo de Ação Alteração na permeabilidade da membrana (morte celular) 1.2 Anfotericina B Via de administração: intravenosa (Não é administrada via oral pois é inativada pelo suco gástrico) Reações adversas: irritação local, calafrios, febre, nefrotoxicidade, náuseas, perda de peso. remédio ? 2. Azóis 1. O primeiro azol (clotrimazol) foi sintetizado em 1944 (uso tópico). 2. Depois surgiram: miconazol e o econazol (uso tópico). 3. Na década de 1980, surgiu o cetonazol (via oral). Apareceu como uma nova opção no tratamento de micoses sistêmicas Provoca alterações na esteroidogênese (hospedeiro) Os triazóis (fluconazol e itaconazol) Mas... Então surgiram... Im id az ó is 2. Azóis Grupo extenso de medicamentos com diferentes apresentações! Creme, shampoo, comprimido, loções e etc... 2. Azóis Mecanismo de Ação Inibição da síntese do ERGOSTEROL! 3. Equinocandinas - Medicamentos: Caspofungina, micafungina e anidulafungina - Via de administração: intravenosa Inibição da síntese do 1,3 β-D-glucano! Mecanismo de Ação Resumindo... Mecanismos de Resistência aos Antifúngicos Antifungigrama: Quando Solicitar Quando houver possibilidade de desenvolvimento de resistência. Para avaliação de novas alternativas terapêuticas. Para avaliação de micro-organismos incomuns para os quais não se conheça o perfil de sensibilidade. Antifungigrama Os métodos empregados para a definição desse parâmetro são divididos em: b) Métodos de difusão: visando medir o halo ou elipse de inibição formado: - Discos de papel de filtro que contêm concentração fixa da droga. - Fitas patenteadas que contêm gradiente de densidade da droga (E-test®). a) Métodos de diluição: visando encontrar a menor concentração do antifúngico capaz de eliminar o micro-organismo: - Micro ou macrodiluição do medicamento em meio de cultura líquidos. Antifungigrama Antifungigrama - O método aceito internacionalmente e preconizado pelo CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute) é o de diluição em meio líquido. - Fatores interferentes na realização do antifungigrama: 1. Solubilidade do antifúngico 2. Estabilidade química do antifúngico 3. Composição e pH do meio de cultura 4. Concentração do inoculo 5. Tempo e temperatura de incubação 6. Leitura e interpretação
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