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caso concreto penal aula 1

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Tese Defensiva 1: 
A prostituição em si não é uma atividade ilegal, mas o rufianismo sim é crime que se caracteriza por tirar proveito da prostituição alheia. No caso apresentado, as 3 jovens foram indiciadas por prática da conduta descrita no artigo 229 do código penal o qual diz: Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Com a descrição dos fatos, podemos perceber que não havia exploração sexual, as jovens em comum acordo resolveram exercer tal função, deixando a jovem Luana responsável pela administração para manter a residência, a alimentação, os gastos cotidianos.
Logo, eu encaminharia o caso alegando o princípio da legalidade o qual se encontra no artigo 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal e 1º do Código Penal: “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”, pois a prostituição por si só, é um fato penalmente irrelevante, sem a existência da lei que o defina logo não existe crime a ser julgado.
‘’Dispensa-se a lucratividade da exploração. Aliás, é desnecessário não só que o agente obtenha proveito econômico com a exploração da prostituição em seu estabelecimento, mas também que haja mediação direta entre o proprietário da casa, a prostituta e o cliente. (CAPEZ, 2008, p. 99).’’
Tese Defensiva 2:
Também poderia encaminhar o caso alegando o princípio da adequação social o qual se caracteriza pela aceitação de determinadas condutas pela sociedade, seja por costumes, cultura,etc, passaram a ser excluídas da esfera penal, entretanto, costume não revoga lei, e tais condutas precisam estar de acordo com a Constituição Federal. Sendo assim, a prostituição não é crime e se tornou uma conduta atípica pois passou a ser tolerada socialmente.
EMENTA: CASA DE PROSTITUIÇÃO. FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO. ATIPICIDADE. Os delitos de 'casa de prostituição' e de 'favorecimento da prostituição', este quando não envolve menores, são condutas atípicas por força da adequação social. À sociedade civil é reconhecida a prerrogativa de descriminalização do tipo penal configurado pelo legislador. A eficácia da norma penal nos casos de casa de prostituição mostra-se prejudicada em razão do anacronismo histórico, ou seja, a manutenção da penalização em nada contribui para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito, e somente resulta num tratamento hipócrita diante da prostituição institucionalizada com rótulos como 'acompanhantes', 'massagistas', motéis, etc, que, ainda que extremamente publicizada, não sofre qualquer reprimenda do poder estatal, em razão de tal conduta, já há muito, tolerada, com grande sofisticação, e divulgada diariamente pelos meios de comunicação, não é crime, bem assim não será as de origem mais modesta. Recurso improvido”. (Apelação Crime (4) Nº 70023513120, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Aramis Nassif, Julgado em 07/05/2008)
Questões objetivas:
Letra ‘’ D’’

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