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Doença Microbiana do Sistema Urinário e Reprodutor Prof. Ma. Francine Maery Dias Ferreira-Romanichen Sistema Urinário Sistema Reprodutivo Feminino Sistema Reprodutor Masculino Microbiota normal • Urina normal é estéril; • Vagina Lactobacilos (pH = 3,8 a 4,5); • Uretra masculina estéril. Doenças bacterianas do SU • Uretrite inflamação da uretra; • Cistite infecção da bexiga; • Ureterite infecção dos ureteres; • Pielonefrite infecção dos rins; • Leptospirose infecções sistêmicas. Cistite • Sintomas: – Disúria (dificuldade, dor e urgência para urinar); – Piúria. • Maior incidência em mulheres (cerca de 8 vezes); • Maioria dos casos Escherichia coli; • Staphylococcus saprophyticus coagulase-negativo; Pielonefrite • Sintomas: – Febre e dor nas costas; • 75% dos casos Escherichia coli. • Crônica lesão tecidual nos rins e bloqueia gravemente sua função. ExPEC • Escherichia coli que causa infecções extra-intestinais: – Infecções do trato urinário; – Meningite; – Infecções intra-abdominais; – Pneumonias; – Osteomielite; – Septicemia; – Infecções em tecidos moles. E. coli uropatogênica (UPEC) • Fatores de virulência: – Adesinas: adesão e invasão bacteriana (ativam vias de sinalização liberação de proteínas bacterianas); – Fímbria Tipo 1; – Fímbria P; – Fímbria S/F1C; – Toxinas; – Sistemas de Captação de ferro; – Cápsulas. E. coli uropatogênica (UPEC) • Toxinas: – α-hemolisina (HLYA); – Fator Citotóxico Necrosante 1 (CNF1); – Proteína autotransportadora secretada (SAT). E. coli uropatogênica (UPEC) • α-hemolisina (HLYA): – Eritrócitos, granulócitos, monócitos e células endoteliais canais de difusão; – Eritrócitos aumenta permeabilidade ao Ca+2, K+, manitol e sacarose. • Fator Citotóxico Necrosante 1 (CNF1): – Toxina A-B; – Induz rearranjo dos microfilamentos de actina em células eucarióticas. E. coli uropatogênica (UPEC) • Sistemas de captação de ferro: – Sideróforos. • Cápsulas: – Recobrem a célula bacteriana interferindo com a detecção do antígeno O bloqueiam opsonização da bactérias por interferirem com a deposição do complemento impedindo a fagocitose. Leptospirose • Animais domésticos e selvagens transmitida aos seres humanos doenças graves nos rins e fígado; • Leptospira interrogans; Leptospirose • Sintomas: – Inicial: dores de cabeça e musculares, calafrios e febre; – Após alguns dias: febre com lesão renal e hepática. • Pode evoluir para morte insuficiência renal. Doenças do Sistema Reprodutivo • Doenças Sexualmente Transmissíveis X Infecções Sexualmente Transmissíveis: – Gonorréia; – Doença inflamatória pélvica; – Sífilis; – Linfogranuloma venéreo; – Candidíase. Gonorréia • Neisseria gonorrhoeae; • Proteínas de membrana externa: – PI favorece penetração do gonococo; preveni a formação do fagolissomo em neutrófilos. – PII opacidade da colônia; previne a ativação de linfócitos e bloqueia sua proliferação. – PIII complexada ao lipooligolipossacarídeo (LOS); função desconhecida. Neisseira gonorrhoeae Gonorréia • Regiões de contaminação: – Orofaríngea, olhos, reto, uretra, abertura da cérvice e área externa genital; • Invação inflamação leucócitos pus; • Homens: – 20-25% de infecção após única exposição; – Dor ao urinar e descarga de material contendo pus proveniente da uretra; – Complicação rara epididimite. Gonorréia • Mulheres: – 60-90 de infecção após única exposição; – Somente a cérvice é infectada; – Assintomática dor abdominal de complicações como a doença inflamatória pélvica; – Oftalmia neonatal cegueira Uretrite não gonocócica • Quaisquer inflamação da uretra não causadas por Neisseria gonorrhoeae; • Sintomas: – Dor ao urinar; – Descarga aquosa. • Chlamydia trachomatis. Chlamydia trachomatis Chlamydia trachomatis Uretrite não gonocócica • Infectam as mesmas células epiteliais colunares que o gonococo; • Pode causar Linfogranuloma venéreo; • Associada com alto risco de câncer cervical; • Mulheres normalmente assintomáticas inflamação das tubas uterinas causando cicatrizes e esterilidade por fibrose; • Ureaplasma urealyticum uretrite e infertilidade. Doença inflamatória Pélvica (DIP) • Qualquer infecção bacteriana extensa dos órgãos pélvicos femininos, particularmente útero, cérvice, tubas uterinas ou ovários; • Infecção polimicrobiana: – N. gonorrhoeae; – C. trachomatis (dano maior). • Infecção da tuba uterina (salpingite) forma mais grave: – Cicatrizações que bloqueiam a passagem dos óvulos do ovário para o útero causando esterilidade (gravidez ectópica). Sífilis • Treponema pallidum; • Fatores de virulência: – Fixação de bactérias a receptores existentes nos mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo adesinas; – Mucopolissacaridase dissolvel mucopolissacarídeos responsáveos pela união de células endoteliais passagem da bactéria para espaços extravasculares; – Cápsula com ácido hilurônico não imunogênico; – Indução da imunossupressão mucopolissacarídeos da bactéria. Sífilis • Patogênese: – Estágio primário; – Estágio secundário; – Período latente; – Estágio terciário ou tardia; – Sífilis congênita. Sífilis • Estágio primário: – Cancro pequeno e de base endurecida – após 10 a 90 dias; – Cancro indolor e um exsudato seroso se forma no centro altamente infeccioso; – Após algumas semanas lesão desaparece; – Bactérias entram na corrente sanguínea e sistema linfático; – Mulheres cérvice desconhecimento. Sífilis • Estágio secundário: – Erupção cutânea distribuída pela pele e pelas membranas mucosas (regiões palmar e plantar); – Resposta inflamatória; – Sintomas associados: perda de tufos de cabelo, mal-estar, febre leve e sintomas neurológicos; – Lesões da erupção são muito infecciosas contato sexual; – Sintomas desaparecem normalmente dentro de 3 meses. Sífilis • Período latente: – Não há sintomatologia; – 2 a 4 anos não infecciosa, exceto pela transmissão materno- fetal; – Maioria dos casos não progride, mesmo sem tratamento. Sífilis • Estágio terciário: – 25% dos casos reaparece após anos no período de latência; – Classificada de acordo com o tipo de lesão e tecidos afetados: • Sífilis gomosa lesões gomosas – inflamação progressiva em vários órgãos após cerca de 15 anos; • Sífilis cardiovascular enfraquecimento da aorta; • Neurossífilis 10% se doença não tratada – mudança de personalidade, sinais de demência (paresia), convulsões, perda de coordenação dos movimentos voluntários, paralisia parcial, perda da habilidade do uso ou da compreensão da linguagem falada, perda da visão ou audição, perda do controle da bexiga e dos intestinos. Sífilis • Sífilis congênita: – Transmissão ocorre em todos os estágios da doença; – Maioria dos fetos infectados morrem; – 50% dos que sobrevivem são assintomáticos; – Hepatoesplenomegalia, meningite, trombocitopenia, anemia e lesões ósseas. Sífilis Linfogranuloma venéreo (LGV) • Chlamydia trachomatis; • Invade sistema linfático região dos linfonodos torna-se aumentada e dolorosa; • Inflamação dos linfonodos cicatrizes obstrução dos vasos linfáticos aumento do volume da genitália externo nos homens estreitamento do reto em mulheres. Cancroide • Cancro mole; • Haemophilus ducreyi; • Ulceração dolorosa e edemaciada na genitália infecção dos linfonodos adjacentes ulceram e secretam pus na superfície da pele. • Lesões também podem ocorrerna língua e lábios; Vaginose Bacteriana • Vaginite inflamação da vagina: – Fungo Candida albicans; – Protozoário Trichomonas vaginalis; – Bactéria Gardnerella vaginalis vaginose bacteriana. • Vaginose bacteriana: – Redução de Lactobacillus vaginalis G. vaginalis produzem aminas que aumento o pH; – Caracterizada por pH vaginal acima de 4,5 e abundante descarga vaginal espumosa e cheiro de peixe. Candidíase • Causada pelo fungo Candida albicans; • Microrganismos oportunistas microbiota normal suprimida por antibióticos ou outros fatores; • Sintomas: – Irritação, coceira intensa, descarga espessa, coalhada e amarela, com cheiro fermentado ou sem odor. Referências • PELCZAR, M. J.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R. Microbiologia: Conceitos e Aplicações, 2ª ed., vol. 1, 1997. • TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia, 5ª ed. 2008. • TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 10ed. 2012.
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