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Anatomia do Encéfalo: Diencéfalo e Telencéfalo

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- Descrever a anatomia macroscópica do encefálo
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a porção + desenvolvida e + importante do encéfalo, ocupando cerca de 80% da cavidade craniana. Os dois componentes que o formam, diencéfalo e telencéfalo, embora intimamente unidos, apresentam características próprias e são usualmente estudados em separado.
O telencéfalo se desenvolve enormemente em sentido lateral e posterior para constituir os hemisférios cerebrais. Deste modo, encobre quase completamente o diencéfalo, que permanece em situação ímpar e mediana, podendo ser visto apenas na face inferior do cérebro. O diencéfalo compreende as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas em relação com o III ventrículo.
III VENTRÍCULO
A cavidade do diencéfalo é uma estreita fenda ímpar e mediana denominada III ventrículo, q se comunica c o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral, e c os ventrículos lat pelos respectivos forames interventriculares (Monro).
Qnd o cérebro é seccionado no plano sagital mediano, as paredes lat do III ventrículo são expostas amplamente. Verifica-se, a existência de uma depressão (sulco hipotalâmico), que se estende do aqueduto cerebral até o forame interventricular. As porções da parede situadas acima deste sulco pertencem ao tálamo, e as situadas abaixo, ao hipotálamo. Unindo os 2 tálamos e depois, atravessando em ponte a cavidade ventricular, observa-se frequentemente uma trave de subs cinzenta, a aderência intertalâmica, q pode estar ausente em 30%.
No assoalho do III ventrículo, dispõem-se, de diante para trás, as seguintes formações: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, pertencentes ao hipotálamo.
A parede posterior do ventrículo, muito peq, é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico. Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte + alta das paredes laterais do ventrículo, há um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se insere a tela corioide, q forma o teto do III ventrículo. A partir da tela corioide, invaginam-se na luz ventricular os plexos corioides do III ventrículo, q se dispõem em 2 linhas paralelas e são contínuos, através dos respectivos forames interventriculares, c os plexos corioides dos ventrículos laterais.
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, fina lâmina de tec nervoso q une os 2 hemisférios e se dispõe entre o quiasma óptico e a comissura ant. A comissura ant, a lâmina terminal e as partes adjacentes das paredes lat do III ventrículo pertencem ao telencéfalo, pois derivam da parte central ñ evaginada da vesícula telencefálica do embrião.
TÁLAMO
Os tálamos são 2 massas volumosas de subs cinzenta, de forma ovoide, dispostas uma de cada lado na porção laterodorsal do diencéfalo. A extremidade ant de cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo ant do tálamo, q participa na delimitação do forame interventricular. A extremidade post, consideravelmente maior q a ant, apresenta uma grande eminência, o pulvinar, q se projeta sobre os corpos geniculados lat e medial. O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva; o lateral, da via óptica, e ambos são considerados por alguns autores como constituindo uma divisão do diencéfalo denominada metatálamo. A porção lat da face sup do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lat, sendo, por conseguinte, revestido de epitélio ependimário; a face medial do tálamo forma a maior parte das paredes lat do III ventrículo.
A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe de fibras que liga o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais e só pode ser vista em secções ou dissecações do cérebro. A face inf do tálamo continua c o hipotálamo e o subtálarno. O tálamo é uma área muito importante do cérebro, relacionada sobretudo c a sensibilidade, mas tem também outras funções q serão.
HIPOTÁLAMO
É uma área relativamente peq do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, c importantes funções, relacionadas sobretudo c o controle da atividade visceral. O hipotálamo compreende estruturas situadas nas paredes lat do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além das seguintes formações do assoalho do III ventrículo, visíveis na base do cérebro:
a)corpos mamilares- 2 eminências arredondadas de subs cinzenta evidentes na parte ant da fossa interpeduncular
b) quiasma óptico- localiza-se na parte anterior do assoalho do III ventrículo. Recebe as fibras dos nervos ópticos, q aí cruzam em parte e continuam nos tratos ópticos q se dirigem aos corpos geniculados laterais
e) túber cinéreo é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e dos tratos ópticos, entre estes e os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise, por meio do infundíbulo;
d) infundíbulo- é uma formação nervosa em forma de funil que se prende ao túber cinéreo. A extremidade sup do infundíbulo dilata-se p constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enqnt sua extremidade inf continua c o processo infundibular, ou lobo nervoso da neuro-hipófise. Em geral, qnd os encéfalos são retirados do crânio, o infundíbulo se rompe, permanecendo c a hipófise na cela túrcica da base do crânio.
O hipotálamo é uma das áreas + importantes do cérebro, regula o SNA e as glândulas endócrinas e é o principal responsável pela constância do meio interno (homeostase).
EPIT ÁLAMO
Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, ou epise, glândula endócrina ímpar e mediana de forma piriforme, que repousa sobre o teto mesencefálico. A base do corpo pineal prende-se anteriormente a 2 feixes transversais de fibras q cruzam o plano mediano, a comissura post e a comissura das habênulas . 
Comissura post: situa-se no ponto em q o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é considerada como limite entre o mesencéfalo e diencéfalo. A comissura das habênulas interpõe-se entre 2 peqs eminências triangulares, os trígonos da habênula, situados entre a glândula pineal e o tálamo; continua anteriormente, de cada lado, c as estrias medulares do tálamo. A tela corioide do III ventrículo insere-se lateralmente nas estrias medulares do tálamo e posteriormente na comissura das habênulas, fechando, assim, o teto do III ventrículo.
SUBT ÁLAMO
Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. É de difícil visualização nas peças de rotina, pois não se relaciona c as paredes do III ventrículo, podendo + facilmente ser observado em cortes frontais do cérebro. Verifica-se, então, q ele se localiza abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e mediaLmente pelo hipotálamo. Tem função motora.
TELENCÉFALO 
O telencéfalo compreende os 2 hemisférios cerebrais e a lâmina terminal situada na porção ant do III ventrículo.
Os 2 hemisférios cerebrais são unidos por larga faixa de fibras comissurais, o corpo caloso. Os hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam c o III ventrículo pelos forames interventriculares. Cada hemisfério possui 3 polos: frontal, occipital e temporal; e 3 faces: dorsolateral, convexa; medial, plana; e inf ou base do cérebro, muito irregular, repousando anteriormente nos andares ant e médio da base do crânio, e posteriormente na tenda do cerebelo.
SULCOS E GIROS. DIVISÃO EM LOBOS
A superfície do cérebro apresenta depressões denominadas sulcos, q delimitam os giros cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento de superfície sem grande aumento do volume cerebral e sabe-se q cerca de 2/3 da área ocupada pelo córtex cerebral estão "escondidos" nos sulcos. Muitos sulcos são inconstantes e ñ recebem qualquer denominação; outros, + constantes, recebem denominações especiais e ajudam a delimitar os lobos e as áreas cerebrais. Em cada hemisfério cerebral, os 2 sulcos + importantes são o lateral (de Sylvius)
e o central (de Rolando), também chamados de fissuras:
a) sulco lat- Inicia-se na base do cérebro, como uma fenda profunda q, separando o lobo frontal do temporal, dirige-se p a face dorsolateral do cérebro, onde termina dividindo-se em 3 ramos: ascendente, ant e post. Os ramos ascendente e ant são curtos e penetram no lobo frontal; o ramo post é +longo, dirige-se p trás e p cima, terminando no lobo parietal. Separa o lobo temporal, situado abaixo, dos lobos frontal e parietal, situados acima
b) sulco central- É profundo e geralmente contínuo, q percorre obliquamente a face dorsolateral do hemisfério, separando os lobos frontal e parietal. Inicia-se na face medial do hemisfério, aprox. no meio de sua borda dorsal e, a partir deste ponto, dirige-se p diante e p baixo, em direção ao ramo post do sulco lat, do qual é separado por uma peq prega cortical. É ladeado por 2 giros paralelos, um ant, giro pré-central (motricidade), e outro post, giro pós-central (sensibilidade). 
Os sulcos ajudam a delimitar os lobos cerebrais, q recebem sua denominação de acordo c os ossos do crânio, c os quais se relacionam. Assim, temos os lobos frontal, temporal, parietal e occipital. Além destes, existe a ínsula, situada profundamente no sulco lat e q ñ tem relação imediata c os ossos do crânio. A divisão em lobos, embora de grande importância clínica, ñ corresponde a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital, q está todo, direta ou indiretamente, relacionado c a visão.
O lobo frontal localiza-se acima do sulco lat e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o limite ant do lobo occipital é o sulco parietoccipital. Em sua face dorsolateral, este limite é arbitrariamente situado em uma linha imaginária q une a terminação do sulco parietoccipital, na borda sup do hemisfério, à incisura pré-occipital, localizada na borda inferolateral, cerca de 4 cm do polo occipital. Do meio desta linha, parte uma 2ª linha imaginária em direção ao ramo post do sulco lat e, juntamente c este ramo, limita o lobo temporal do parietal.
Os sulcos são, por vezes, muito sinuosos e podem ser interrompidos por pregas anastomóticas, q unem giros vizinhos, dificultando sua identificação. 
MORFOLOGIA DAS FACES DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
FACE DORSOLATERAL DO CÉREBRO OU FACE CONVEXA
Maior das faces cerebrais, relacionando-se c todos os ossos q formam a abóbada craniana. Nela estão representados os 5 lobos cerebrais.
Lobo frontal: Identificam-se, em sua superfície, 3 sulcos principais
 a) sulco pré-central- + ou - paralelo ao sulco central e muitas vezes dividido em 2 segmentos;
b) sulco frontal sup- inicia geralmente na porção sup do sulco pré-central e tem direção aprox perpendicular a ele;
c) sulco frontal inf- partindo da porção inf do sulco pré-central, dirige-se p frente e p baixo.
Entre o sulco central e o pré-central, está o giro pré-central, onde se localiza a principal área motora do cérebro. Acima do sulco frontal sup, continuando na face medial do cérebro, localiza-se o giro frontal sup. Entre os sulcos frontal sup e frontal inf, está o giro frontal médio; abaixo do sulco frontal inf, o giro frontal inf, subdividido, pelos ramos ant e ascendente do sulco lat, em 3 partes: orbita, triangular e opercular. A 1ª situa-se abaixo do ramo ant, a 2ª entre este ramo e o ramo ascendente, e a última entre o ramo ascendente e o sulco pré-central.
No giro frontal inf do hemisfério cerebral esquerdo (giro de Broca), se localiza, na maioria dos indivíduos, uma das áreas de linguagem do cérebro.
Lobo temporal: Apresentam-se, na face dorsolateral do cérebro, 2 sulcos principais:
a)temporal sup– inicia-se prox ao polo temporal e dirige-se p trás, paralelamente ao ramo post do sulco lat, terminando no lobo parietal;
b) temporal inf- paralelo ao sulco temporal sup, é geralmente formado por 2 ou + partes descontínuas.
Entre os sulcos lat e temporal sup está o giro temporal sup; entre os sulcos temporal sup e o temporal inf situa-se o giro temporal médio; abaixo do sulco temporal inf, localiza-se o giro temporal inf, q se limita c o sulco occípito-temporal, geralmente situado na face inf do hemisfério cerebral. Afastando-se os lábios do sulco lat, aparece seu assoalho, q é parte do giro temporal sup. A porção post deste assoalho é atravessada por peqs giros transversais, os giros temporais transverso, dos quais o + evidente, o giro temporal transverso ant, é importante, já q nele se localiza a área da audição.
Lobos parietal e occipital: O lobo parietal apresenta 2 sulcos principais
a) pós-central - quase paralelo ao sulco central, é frequentemente dividido em 2 segmentos, q podem estar + ou - distantes um do outro;
b) intraparietal- muito variável e geralmente perpendicular ao pós-central, c o qual pode estar unido, estende-se p trás para terminar no lobo occipital.
Entre os sulcos central e pós-central fica o giro pós-central, onde se localiza uma das + importantes áreas sensitivas do córtex (somestésica). O sulco intraparietal separa o lóbulo parietal sup do lóbulo parietal inf. Neste último, descrevem-se 2 giros: supramarginal, curvado em torno da extremidade do ramo post do sulco lat; e angular, curvado em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal sup.
O lobo occipital ocupa uma porção relativamente peq da face dorsolateral do cérebro, onde apresenta peqs sulcos e giros inconstantes e irregulares.
Ínsula
Afastando-se os lábios do sulco lateral, evidencia-se ampla fossa no fundo da qual está situada a ínsula, lobo cerebral que, durante o desenvolv, cresce menos q os demais, razão pela qual é pouco a pouco recoberto pelos lobos vizinhos, frontal, temporal e parietal. Tem forma cônica e apresenta alguns sulcos e giros: sulco circular da ínsula, sulco central da ínsula, giros curtos e giro longo da ínsula.
FACE MEDIAL
P se visualizar completamente esta face, é necessário q o cérebro seja seccionado no plano sagital mediano, o q expõe o diencéfalo e algumas formações telencefálicas inter-hemisféricas, como o corpo caloso, o fórnix e o septo pelúcido
Corpo caloso: maior das comissuras inter-hemisféricas, é formado por grande nº de fibras mielínicas, q cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex cerebral de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, aparece como uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o tronco do corpo caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete anteriormente em direção à base do cérebro p constituir o joelho do corpo caloso, q afila-se p formar o rostro do
corpo caloso, que termina na comissura ant, uma das comissuras inter-hemisféricas. Entre a comissura ant e o quiasma óptico temos a lâmina terminal, delgada lâmina de subs branca q também une os hemisférios e constitui o limite ant do III ventrículo.
Fómix: Emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção à comissura ant está o fórnix, feixe complexo de fibras q entretanto, ñ pode ser visto em toda a sua extensão em um corte sagital de cérebro. É constituído por 2 metades laterais e simétricas, afastadas nas extremidades e unidas entre si no trajeto abaixo do corpo caloso. A porção intermédia em q as 2 metades se unem constitui o corpo do fórnix: as extremidades q se afastam são, respectivamente, as colunas do fórnix, ant, e as pernas do fórnix, post. As colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente, cruzando a parede lateral do III ventrículo. As pernas do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inf do ventrículo lat, onde se ligam ao hipocampo. Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por 2 delgadas lâminas de tec nervoso. Ele separa os 2 ventrículos lat.
Lobo occipital: Apresenta 2 sulcos importantes na face medial do cérebro:
a) calcarino- inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto arqueado em direção ao polo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se a área visual, tbm chamada área estriada pq o córtex
apresenta uma estria branca visível a olho nu;
b) parietoccipital- muito profundo, separa o lobo occipital do parietal e encontra, em ângulo agudo, o sulco calcarino. Entre o sulco parietoccipital e o sulco calcarino situa-se o cuneus, giro complexo, de forma triangular. Abaixo do sulco calcarino situa-se o giro occípito-temporal medial, q continua anteriormente c o giro para-hipocampal, já no lobo temporal.
Lobos frontal e parietal: Na face medial do cérebro existem 2 sulcos q passam do lobo frontal p o parietal:
a) do corpo caloso- começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo caloso, onde continua, já no lobo temporal, c o sulco do hipocampo.
b) do cíngulo- tem curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente, dividindo-se em 2 ramos: marginal, q se curva em direção à margem sup do hemisfério, e o subparíetal, q continua posteriormente na direção do sulco do cíngulo. Destacando-se do sulco do cíngulo, em direção à margem sup do hemisfério, existe quase sempre o sulco paracentral, q se delimita c o sulco do cíngulo e seu ramo marginal, o lóbulo paracentral, assim denominado em razão de suas relações c o sulco central, cuja extremidade sup termina aprox no seu meio. Nas partes ant e post do lóbulo paracentral localizam-se, respectivamente, as áreas motora e sensitiva, relacionadas c a perna e o pé. A região situada abaixo do rostro do corpo caloso e adiante da lâmina terminal é a área septal, q é considerada um dos centros do prazer do cérebro FACE INFERIOR OU BASE DO HEMISFÉRIO CEREBRAL
Pode ser dividida em 2 partes: uma pertence ao lobo frontal e repousa sobre a fossa ant do crânio; a outra, muito maior, pertence quase toda ao lobo temporal e repousa sobre a fossa média do crânio e a tenda do cerebelo.
Lobo temporal: A face inf do lobo temporal apresenta 3 sulcos principais, de direção longitudinal, e q são da borda lat p a borda medial:
a) sulco occípito-temporal: limita-se c o sulco temporal inf, o giro temporal inf, q quase sempre forma a borda lateral do hemisfério; medialmente, este sulco se limita c o sulco colateral, o giro occípito-temporal lat (ou giro fusiforme).
b) sulco colateral: inicia-se próx ao polo occipital e se dirige p frente, fazendo delimitação c o sulco calcarino e o sulco do hipocampo, respectivamente, o giro occípito-temporal medial e o giro para-hipocampal, cuja porção ant se curva em torno do sulco do hipocampo p formar o úncus. O sulco colateral pode ser contínuo c o sulco rinal, q separa a parte + ant do giro para-hipocampal do resto do lobo temporal. O sulco rinal e a parte + ant do sulco colateral separam áreas de córtex muito antigas (paleocórtex), situadas medialmente, de áreas corticais + recentes (neocórtex) localizadas lateralmente.
c) sulco do hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua c o sulco do corpo caloso e se dirige para o polo temporal, onde termina separando o giro para-hipocampal do úncus. O giro para-hipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo por meio de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. Assim, úncus, giro para-hipocampal, istmo do giro do cíngulo e giro do cíngulo constituem uma formação contínua que circunda as estruturas inter-hemisféricas e por muitos considerada como um lobo independente, o lobo límbico. A parte ant do giro para-hipocampal é a área entorrinal, importante p a memória e uma das 1regiões do cérebro a serem lesadas na doença de Alzheimer.
Lobo frontal: A face inf do lobo frontal apresenta um único sulco importante, o sulco olfatório, profundo e de direção AP. Medialmente ao sulco olfatório, continuando dorsalmente como giro frontal sup, situa-se o giro reto. O resto da face inf do lobo frontal é ocupado por sulcos e giros muito irregulares, os sulcos e giros orbitários.
Bulbo olfatório: uma dilatação ovoide e achatada de subs cinzenta q continua posteriormente c o trato olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. Recebe os filamentos q constituem o nervo olfatório, 1 par craniano. Estes atravessam os peqs orifícios q existem na lâmina crivosa do osso etmoide e q geralmente se rompem qnd o encéfalo é retirado, sendo dificilmente encontrados nas peças anatômicas usuais. Posteriormente, o trato olfatório se bifurca, formando as estrias olfatórias lateral e medial, as quais delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Atrás do trígono olfatório e adiante do trato óptico localiza-se uma área contendo uma série de peqs orifícios p a passagem de vasos, a subs perfurada ant.
MORFOLOGIA DOS VENTRÍCULOSLATERAIS
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido cerebroespinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, q se comunicam c o III ventrículo pelo respectivo forame interventricular.
Exceto por este forame, cada ventrículo é uma cavidade completamente fechada, cuja capacidade varia de um indivíduo p outro, e apresenta sempre uma parte central e 3 cornos q correspondem aos 3 polos do hemisfério. As partes que se projetam nos lobos frontal, occipital e temporal são, respectivamente, os cornos ant, post, e inf. C exceção do corno inf, todas as partes do ventrículo lat têm o teto formado pelo corpo caloso, cuja remoção expõe amplamente a cavidade ventricular.
MORFOLOGIA DAS PAREDES VENTRICULARES
Corno anterior: a parte do ventrículo lateral q se situa adiante do forame interventricular. Sua parede medial é vertical e constituída pelo septo pelúcido, q separa o corno ant dos 2 ventrículos lat. O assoalho, inclinado, forma
tbm a parede lat e é constituído pela cabeça do núcleo caudado, proeminente na cavidade ventricular. O teto e o limite ant do corno ant são formados pelo corpo caloso.
Parte central do ventrículo lateral: estende-se dentro do lobo parietal, do nível do forame interventricular p trás, até o esplênio do corpo caloso, onde a cavidade se bifurca em cornos inf e post, no trígono colateral. O teto da parte central é formado pelo corpo caloso, e a parede medial pelo septo pelúcido. O assoalho, inclinado, une-se ao teto no ângulo lat, e apresenta as seguintes formações: fórnix, plexo corioide, parte lat da face dorsal do tálamo, estria terminal e núcleo caudado.
Corno post: estende-se p dentro do lobo occipital e termina posteriormente em ponta, depois de descrever uma curva de concavidade medial. Suas paredes, em quase toda a extensão, são formadas por fibras do corpo caloso.
Corno inferior: curva-se inferiormente e a seguir anteriormente, em direção ao polo temporal, a partir do trígono colateral. O teto do corno inf é formado pela subs branca do hemisfério e apresenta ao longo de sua margem medial, a cauda do núcleo caudado e a estria terminal, estruturas q acompanham a curva descrita pelo corno inf do ventrículo. Na extremidade da cauda do núcleo caudado, observa-se discreta eminência arredondada, às vezes pouco nítida, formada pelo corpo amigdaloide ou amígdala cerebral, q faz saliência na parte terminal do teto do corno inf do ventrículo. A maior parte da amígdala ñ tem relação c a superfície ventricular e só pode ser vista em toda a sua extensão em secções do lobo temporal. Tem importante função relacionada c as emoções, em especial c o medo. O assoalho do corno inf do ventrículo apresenta 2 eminências alongadas, a eminência colateral, formada pelo sulco colateral, e o hipocampo, situado medialmente a ela. O hipocampo é uma elevação curva e muito pronunciada q se dispõe acima do giro para-hipocampal e é constituído de um tipo de córtex muito antigo (arquicórtex). Ele se liga às pernas do fórnix por um feixe de fibras nervosas q constituem a fímbria do hipocampo, situada ao longo de sua borda medial. Ao longo da margem da fímbria há uma fita estreita e denteada, de subs cinzenta, o giro denteado. O hipocampo se liga lateralmente ao giro para-hipocampal através de uma porção de córtex (subiculum) e q tem função relacionada à memória.
PLEXOS CORIOIDES DOS VENTRÍCULOS LATERAIS
O plexo corioide da parte central
dos ventrículos lats continua c o do III ventrículo através do forame interventricular e, acompanhando o trajeto curvo do fórnix, atinge o corno inf do ventrículo lateral. Os cornos ant e post ñ possuem plexos corioides.
ORGANIZAÇÃO INTERNA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
Cada hemisfério possui uma camada superficial de subs cinzenta, o córtex cerebral, q reveste um centro de subs branca, o centro branco medular do cérebro, no int do qual existem massas de subs cinzenta, os núcleos da base do cérebro.
NÚCLEOS DA BASE
Aglomerados de neurônios existentes na porção basal do cérebro. Do ponto de vista anatômico, os núcleos da base são: o núcleo caudado, o putâmen e o globo pálido, em conjunto chamados de núcleo lentiforme, claustrom, o corpo amigdaloide, o núcleo accumbens.
Núcleo caudado
Massa alongada e bastante volumosa, de subs cinzenta, relacionada em toda a sua extensão c os ventrículos laterais. Sua extremidade ant, muito dilatada, constitui a cabeça do núcleo caudado, q se eleva do assoalho do corno ant do ventrículo. Segue-se o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte central do ventrículo lat, a cauda do núcleo caudado, q é longa, delgada e fortemente arqueada, estendendo-se até a extremidade ant do como inf do ventrículo lat. Em razão de sua forma fortemente arqueada, o núcleo caudado aparece seccionado 2 vezes em detem1inados cortes horizontais ou coronais do cérebro. A cabeça do núcleo caudado funde-se c a parte ant do putâmen. Os 2 núcleos são, em conjunto, chamados de estriado, e têm funções relacionadas sobretudo c a motricidade.
Núcleo lentiforme
Forma e o tamanho aproximado de uma castanha-do-pará. Ñ aparece na superficíe ventricular, situando-se 
profundamente no int do hemisfério. Medialmente relaciona-se c a cápsula interna q o separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente, relaciona-se c o córtex da ínsula, do qual é separado por subs branca e pelo claustrum.
O núcleo lentiforme é dividido em putâmen e globopálido por uma fina lâmina de subs branca. O putâmen situa-se lateralmente e é maior que o globo, o qual se dispõe medialmente. Nas secções ñ coradas de cérebro, o globo pálido tem coloração+clara q o putâmen (nome(, em virtude da presença de fibras mielínicas q o atravessam. O globo pálido é subdividido, por outra lâmina de subs branca, em uma porção lat e outra medial, e tem função sobretudo motora. O núcleo caudado e o núcleo lentiforme constituem o chamado corpo estriado dorsal.
Claustrum
Delgada calota de subs cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme. Separa-se daquele por uma fina lâmina branca, a cápsula extrema. Entre o claustrum e o núcleo lentiforme existe outra lâmina branca, a cápsula externa. Estruturas q se dispõem no int de cada hemisfério cerebral:
 São elas, da face lat até a superficie ventricular: córtex da ínsula; cápsula extrema; claustrum; cápsula externa; putâmen; parte externa do globo pálido; parte interna do globo pálido; cápsula interna; tálamo; III ventrículo.
Corpo amigdaloide ou amígdala
Massa esferoide de subs cinzenta de cerca de 2 cm de diâmetro, situada no polo temporal do hemisfério cerebral, em relação c a cauda do núcleo caudado. Faz uma discreta saliência no teto da parte terminal do corno inf do ventrículo lat e pode ser vista em secções frontais do cérebro. Tem importante função relacionada c as emoções, em especial c o medo.
Núcleo accumbens
Massa de subs cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado, integrando conjunto que alguns autores chamam de corpo estriado ventral. Importante área de prazer do cérebro. 
CENTRO BRANCO MEDULAR DO CÉREBRO
Formado por fibras mielínicas. Distinguem-se 2 grupos de fibras; de projeção e de associação. As primeiras ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as segundas unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. Entre as fibras de associação, temos aquelas q atravessam o plano mediano p unir áreas simétricas dos dois hemisférios. Constituem as 3 comissuras telencefálicas: corpo caloso, comissura ante, comissura do fórnix.
As fibras de projeção se dispõem em 2 feixes: o fórnix e a cápsula interna. O fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui pouco p a formação do centro branco medular. A cápsula interna contém a grande maioria das fibras q saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto q separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e do tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa radiada. Distinguem-se, na cápsula interna, uma perna ant. situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme, e uma perna postr, bem maior, localizada entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O PESO DO ENCÉFALO
O peso do encéfalo de um animal depende de seu peso corporal e da complexidade de seu encéfalo, expressa pelo chamado coeficiente de encefalização (K).
Por outro lado, a complexidade cerebral geralmente depende da posição filogenética do animal. 
De modo geral, o coeficiente de encefalizaçâo aumenta na medida em q se sobe na escala zoológica, sendo 4 vezes maior no homem que no chimpanzé.
O peso do encéfalo de diferentes grupos étnicos não se correlaciona com o estado cultural destes grupos. Entretanto, como o peso corporal de alguns grupos pode ser muito menor q o de outros (os pigmeus, por ex), o peso do encéfalo é também menor. Pelo mesmo motivo, o peso do encéfalo da mulher é, em média, um pouco menor q o do homem. No brasileiro adulto normal, o peso do encéfalo do homem está em torno de 1.300gr, e o da mulher, em tomo de 1.200gr. Admite-se q no homem adulto de estatura mediana, o menor encéfalo compatível c uma inteligência normal é de cerca de 900gr. Acima deste limite, as tentativas de se correlacionar o peso do encéfalo c o grau de inteligência esbarraram em numerosas exceções. 
- Explicar a estrutura e composição das meninges
MENINGES
SNC é envolvido por membranas conjuntivas (meninges). A aracnoide e a PM, q no embrião constituem um só folheto são, por vezes, consideradas como uma formação única, a leptomeninge, ou meninge fina, distinta da paquimeninge, ou meninge espessa, constituída pela DM. O conhecimento da estrutura e da disposição das meninges é muito importante, ñ só p a compreensão de seu importante papel de proteção dos centros nervosos, mas também pq elas pode ser acometidas por processos patológicos, como infecções (meningites) ou tumores (meningiomas). Além do +, o acesso cirúrgico ao SNC envolve, necessariamente, contato c as meninges.
DURA-MÁTER
Meninge + superficial, espessa e resistente, formada por tec conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo vasos e nervos. A DM do encéfalo difere da dura-máter espinhal por ser formada por 2 folhetos, externo e interno, dos quais apenas o interno continua c a DM espinhal. O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo destes ossos. Ao contrário do periósteo de outras áreas, o folheto externo da DM ñ tem capacidade osteogênica, o q dificulta a consolidação de fraturas no crânio e toma impossível a regeneração de perdas ósseas na abóbada craniana. Esta peculiaridade, entretanto, é vantajosa, pois a formação de um calo ósseo na superfície interna dos ossos do crânio pode constituir grave fator de irritação do tec nervoso. Em virtude da aderência da DM aos ossos do crânio, ñ existe no encéfalo um espaço epidural, como na medula.
Em certos traumas ocorre o descolamento do folheto externo da DM da face interna do crânio e a formação de hematomas epiduraís. A DM, em particular seu folheto externo, é muito vascularizada. No encéfalo, a principal artéria que irriga a DM é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar interna.
Ao contrário das outras meninges,é ricamente inervada. Como o encéfalo ñ possui terminações
nervosas sensitivas, toda a sensibilidade intracraniana se localiza na DM e nos vasos sanguíneos, responsáveis, assim, pela maioria das dores de cabeça.
Pregas da DM do encéfalo
Em algumas áreas, o folheto interno da DM destaca-se do externo p formar pregas q dividem a cavidade craniana em compartimentos q se comunicam amplamente. As principais pregas são:
a) foice do cérebro- septo vertical mediano em forma de foice, q ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os 2 hemisférios cerebrais;
b) tenda do cerebelo- projeta-se p diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa post da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento sup, ou supratentorial, e outro inf, ou infratentorial. Esta divisão é de grande importância clínica, pois a sintomatologia das afecções supratentoriais (sobretudo os tumores) é muito diferente das infratentoriais. A borda ant livre da tenda do cerebelo (incisura da tenda) ajusta-se ao mesencéfalo. Esta relação tem importância clínica, pois a incisura da tenda pode, em certas circunstâncias, lesar o mesencéfalo e os nervos troclear e oculomotor, q nele se originam.
e) foice do cerebelo- peq septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo, entre os 2 hemisférios cerebelares.
d) diafragma da sela- peq lâmina horizontal q fecha superiormente a sela túrcica, deixando apenas um peq orifício p a passagem da haste hipofisária. Por este motivo, qnd se retira o encéfalo de um cadáver, esta haste geralmente se rompe, ficando a hipófise dentro da sela túrcica. O diafragma da sela isola e protege a hipófise, mas dificulta consideravelmente a cirurgia desta glândula.
Cavidades da DM
Em determinadas áreas, os 2 folhetos da DM do encéfalo separam-se, delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal (de Mecket), ou loja do gânglio trigeminal, q contém o gânglio trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contêm sangue, constituindo os seios da DM, que se dispõem sobretudo ao longo da inserção das pregas da DM
Seios da dura-máter
São canais venosos revestidos de endotélio e situados entre os 2 folhetos q compõem a DM encefálica. A maioria dos seios tem secção triangular e suas paredes, embora finas, são mais rígidas que a das veias e geralmente não se colabam qnd seccionadas. Alguns seios apresentam expansões laterais irregulares, as lacunas sanguineas, + frequentes de cada lado do seio sagital sup. O sangue proveniente das veias do encéfalo e do globo ocular é drenado p os seios da DM e destes p as veias jugulares internas. Os seios comunicam-se c veias da superfície externa do crânio através de veias emissárias, q percorrem forames ou canalículos q lhes são próprios, nos ossos do crânio. Os seios dispõem-se sobretudo ao longo da inserção das pregas da DM, distinguindo-se os seios em relação c a abóbada e c a base do crânio. Os seios da abóbada são os seguintes:
a) seio sagital sup- ímpar e mediano, percorre a margem de inserção da foice do cérebro. Termina próx à protuberância occipital interna, na confluência dos seios, formada pela confluência dos seios sagital sup, reto e occipital e pelo início dos seios transversos esquerdo e direito;
b) seio sagital inf- situa-se na margem livre da foice do cérebro, terminando no seio reto;
c) seio reto- localiza-se ao longo da linha de união entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo. Recebe, em sua extremidade ant, o seio sagital inf e a veia cerebral magna, terminando na confluência dos seios;
d) seio transverso- é par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso occipital, desde a confluência dos seios até a parte petrosa do osso temporal, onde passa a ser denominado seio sigmoide. A confluência dos seios é também conhecida como torcular de Heróphilo. Nem sempre os seios encontram-se em 
um só ponto, descrevendo-se pelo menos 4 tipos de confluência.
e) seio sigmoide- forma de S, é continuação do seio transverso até o forame jugular, onde continua diretamente c a veia jugular interna. O seio sigmoide drena a quase totalidade do sangue venoso da cavidade craniana 
f) seio occipital- muito peq e irregular, dispõe-se ao longo da margem de inserção da foice do cerebelo. Os seios venosos da base são os seguintes:
a) seio cavernoso- um dos + importantes seios da DM, é uma cavidade bastante grande e irregular, situada de cada lado do corpo do esfenoide e da sela túrcica. Recebe o sangue proveniente das veias oftálmica sup e central da retina, além de algumas veias do cérebro. Drena através dos seios petroso sup e petroso inf, além de comunicar-se c o seio cavernoso do lado oposto, através do seio intercavernoso. É atravessado pela artéria carótida interna, pelo nervo abducente e, já próx à sua parede lateral, pelos nervos troclear, oculomotor e pelo ramo oftálmico do nervo trigêmeo. Estes elementos são separados do sangue do seio por um revestimento endotelial, e sua relação c o seio cavernoso é de grande importância clínica. Assim, aneurismas da carótida interna no nível do seio cavernoso comprimem o nervo abducente e, em certos casos, os demais nervos q atravessam o seio cavernoso, determinando distúrbios muito típicos dos movimentos do globo ocular. Pode haver perfuração da carótida interna dentro do seio cavernoso, formando-se, assim, um curto-circuito arteriovenoso (fístula carótido-cavernosa) q determina dilatação e aumento da pressão no seio cavernoso. Isto faz c q se inverta a circulação nas veias q nele desembocam, como as veias oftálmicas, resultando em grande protrusão do globo ocular, q pulsa simultaneamente c a carótida (exoftálmico pulsátil). Infecções superficiais da face (como espinhas do nariz) podem se propagar ao seio cavernoso, tornando-se, pois, intracranianas, em virtude das comunicações q existem entre as veias oftálmicas, tributárias do seio cavernoso, e a veia angular, q drena a região nasal;
b) seios intercavernosos- unem os dois seios cavernosos, envolvendo a hipófise;
c) seio esfenoparietal- percorre a face int da peq asa do esfenoide e desemboca no seio cavernoso;
d) seio petroso sup- dispõe-se de cada lado, ao longo da inserção da tenda do cerebelo, na porção petrosa do osso temporal. Drena o sangue do seio cavernoso p o seio sigmoide, terminando próx à continuação deste c a veia jugular interna.
e) seio petroso inf- percorre o sulco petroso inf entre o seio cavernoso e o forame jugular, onde termina lançando-se na veia jugular interna;
f) plexo basilar- ímpar, ocupa a porção basilar do occipital. Comunica-se c os seios petroso inf e cavernoso, liga-se ao plexo do forame occipital e, através deste, ao plexo venoso vertebral interno.
ARACNOIDE
Membrana muito delicada, justaposta à DM, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo peq qntd de líquido necessário à lubrificação das superfícies de contato das 2 membranas. A aracnoide separa-se da PM pelo espaço subaracnóideo, q contém o liquido cerebroespinhal, ou líquor, havendo ampla comunicação entre o espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula. Consideram-se também como pertencendo à aracnoide as delicadas trabéculas q atravessam o espaço p se ligar à PM, e q são denominadas trabéculas aracnóideas, q lembram, em aspecto, uma teia de aranha, donde o nome de aracnoide, semelhante à aranha. Cisternas subaracnóideas
A aracnoide justapõe-se à DM e ambas acompanham apenas grosseiramente a superfície do encéfalo. A PM, entretanto, adere intimamente a esta superfície, q acompanha em todos os giros, sulcos e depressões. Desse modo, a distância entre as 2 membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnóideo é variável, sendo muito peq no cume dos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana. Formam-se assim, nessas áreas, dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas subaracnóideas, q contêm grande qntd de líquor. As cisternas + importantes são:
a) cisterna cerebelo-medular, ou cisterna magna- ocupa o espaço entre a face inf do cerebelo,
o teto do IV ventrículo e a face dorsal do bulbo. Contínua caudalmente c o espaço subaracnóídeo da medula e liga-se ao
IV ventrículo através de sua abertura mediana. A cisterna cerebelo-medular é, de todas, a maior e + importante, sendo às vezes utilizada p obtenção de líquor através das punções suboccipitais, em q a agulha é introduzida entre o occipital e a 1ª vértebra cervical;
b) cisterna pontina- situada ventralmente à ponte;
c) cisterna interpeduncular- localizada na fossa interpeduncular;
d) cisterna quiasmática- situada adiante do quiasma óptico;
e) cisterna sup- (cisterna da veia cerebral magna)- situada dorsalmente ao teto do mesencéfalo, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso, a cisterna sup corresponde, pelo menos em parte, à cisterna ambiens, termo usado sobretudo pelos clínicos;
f) cisterna da fossa lat do cérebro- corresponde à depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério.
Granulações aracnóideas
Em alguns pontos a aracnoide forma peq tufos q penetram no int dos seios da DM, constituindo as granulações aracnóideas, + abundantes no seio sagital sup. As granulações aracnóideas levam peq prolongamentos do espaço subaracnóideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o lÍquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada da aracnoide. São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do líquor q, neste ponto, cai no sangue. Sabe-se hoje q a passagem do líquor através da parede das granulações se faz por meio de grandes vacúolos, q o transportam de dentro p fora. No adulto e no velho, algumas granulações tornam-se muito grandes, constituindo os chamados corpos de Pacchioni, q frequentemente se calcificam e podem deixar impressões na abóbada craniana.
PIA-MÁTER
+ interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanha, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais. Sua porção + profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tec nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A PM dá resistência aos órgãos nervosos, uma vez q o tec nervoso é de consistência muito mole. A PM acompanha os vasos q penetram no tec nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares, onde existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante p amortecer o efeito da pulsação das artérias ou picos de pressão sobre o tec circunvizinho. O fato de as artérias estarem imersas em líquor no espaço subaracnóideo tbm reduz o efeito da pulsação. Os espaços perivasculares envolvem os vasos + calibrosos até uma peq distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso. As arteríolas q penetram no parênquima são envolvidas até alguns milímetros. As peq arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pés-vasculares dos astrócitos do tec nervoso.
LIQUOR OU LIQUÍDO CEREBROESPINHAL
Fluido aquoso e incolor q ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A função primordial do líquor é de proteção mecânica do SNC, formando um verdadeiro coxim líquido entre este e o estojo ósseo. Qualquer pressão ou choque que se exerça em um ponto deste coxim líquido, em virtude do princípio de Pascal, irá se distribuir igualmente a todos os pontos. Desse modo, o líquor constitui um eficiente mecanismo amortecedor dos choques que frequentemente atingem o SNC. Por outro lado, em virtude da disposição do espaço subaracnóideo, q envolve todo o SNC, este fica totalmente submerso em líquido e, de acordo c o princípio de Arquimedes, torna-se muito + leve e, de 1500gr passa ao peso equivalente a 50 gramas flutuando no líquor, o q reduz o risco de traumatismos do encéfalo resultantes do contato c os ossos do crânio.
CARACTERÍSTICAS CITOLÓGICAS E FÍSICO-QUÍMICAS DO LÍQUOR
Através de punções lombares, suboccipitais ou ventriculares, pode-se medir a pressão do líquor, ou colher certa qntd para estudo de suas características citológicas e físico-químicas. Tais estudos fornecem importantes informações sobre a fisiopatologia do SNC e seus envoltórios, permitindo o diagnóstico, às vezes bastante preciso, de muitas afecções q acometem o SNC, como hemorragias, infecções etc. O estudo do líquor é especialmente valioso para o diagnóstico dos diversos tipos de meningites. O líquor normal do adulto é límpido e incolor, apresenta de 0 a 4 leucócitos por mm3 e uma pressão de 5cm a 20cm de água, obtida na região lombar c paciente em decúbito lateral. Embora o líquor tenha + cloretos q o sangue, a qntd de proteínas é muito menor do q a existente no plasma. O vol total do líquor é de 100mL a 150mL, renovando-se completamente a cada 8 horas. Os
plexos corioides produzem cerca de 500mL por dia através de filtração seletiva do plasma e da secreção de elementos específicos. Existem tabelas muito minuciosas c as características do líquor normal e suas variações patológicas, permitindo a caracterização das diversas síndromes liquóricas.
FORMAÇÃO, CIRCULAÇÃO E ABSORÇÃO DO LÍQUOR
Durante muito tempo acreditou-se que o líquor seria formado somente pelos plexos corioides, estrutura enovelada formada por dobras de PM, VSs e céls ependimárias modificadas. Estudos + modernos mostraram q o lÍquor é produzido mesmo na ausência de plexos corioides, sendo o epêndima das paredes ventriculares responsável por 40% do total do lÍquor formado. Acreditou-se tbm q o líquor resultaria apenas de um processo de filtração do plasma pelos plexos corioides. Entretanto, sabe-se hoje q ele é ativamente secretado pelo epitélio ependimário, sobretudo dos plexos corioides, e sua composição é determinada por mecanismos de transp. específicos. Sua formação envolve transp ativo de NaCI, através das céls ependimárias dos plexos corioides, acompanhado de certa qntd de água, necessária à manutenção do equilíbrio osmótico. Entende-se pq a composição do líquor é diferente da do plasma.
Existem plexos corioides nos ventrículos laterais (como inf e parte central) e no teto do III e IV ventrículos. Destes, os ventrículos laterais contribuem c o maior contingente liquórico, q passa ao III ventrículo pelos forames interventriculares e daí ao IV ventrículo através do aqueduto cerebral. Por meio das aberturas mediana e laterais do IV ventrículo, o líquor formado no int dos ventrículos ganha o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido, sobretudo através das granulações aracnóideas q se projetam no int dos seios da DM, pelas quais chega à circulação geral sistêmica. Como essas granulações predominam no seio sagital sup, a circulação do lÍquor no espaço subaracnóideo se faz de baixo p cima, devendo atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o lÍquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois há reabsorção liquórica nas peqs granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da DM q acompanham as raízes dos nervos espinhais.
A circulação do líquor é muito lenta. A prod do líquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são suficientes p causar sua mov. Outro fator é a pulsação das artérias intracranianas q, a cada sístole, aumenta a pressão liquórica, possivelmente contribuindo p empurrar o líquor através das granulações aracnóideas.
Além de sua função de proteção mecânica do encéfalo, em tomo do qual forma um coxim líquido, o líquor tem as seguintes funções: 
a) Manutenção de um meio químico estável no sist ventricular, por meio de troca de componentes químicos c os espaços intersticiais, permanecendo estável a composição química do liquor, mesmo qnd ocorrem grandes alterações na composição química do plasma.
b) Excreção de produtos tóxicos do metabolismo das cél do tec nervoso q passam aos espaços intersticiais de onde são lançados no líquor e deste p o sangue. Pesquisas recentes mostraram q o vol dos espaços intersticiais aumentam 60% durante o sono facilitando a eliminação de metabólitos tóxicos acumulados durante a vigília.
c) Veículo de comunicação
entre diferentes áreas do SNC. Por ex, hormônios produzidos no hipotálamo são liberados no sangue, mas tbm no líquor podendo agir sobre regiões distantes do sist ventricular.
CORRELAÇÕES ANATOMOClÍNICAS 
O conhecimento das cavidades cerebrais que contêm líquor, assim como das meninges e suas relações c o encéfalo, é de grande relevância p a compreensão de uma série de condições patológicas c q frequentemente se depara o clínico e, de modo especial, o neurologista.
HIDROCEFALIA
Existem processos patológicos que interferem na produção, circulação e absorção do líquor, causando hidrocefalias, q se caracterizam por aumento da qntd e da pressão do líquor, levando à dilatação dos ventrículos e compressão do tec nervoso de encontro ao estojo ósseo, c consequências muito graves. Por vezes, a hidrocefalia ocorre durante a vida fetal, geralmente em decorrência de anomalias congênitas do sist ventricular. Nesses casos, assim como em lactentes jovens, já q os ossos do crânio ainda ñ estão soldados, há grande dilatação da cabeça da criança, o q confere alguma proteção ao encéfalo. No adulto, como o crânio ñ se expande, a pressão intracraniana se eleva rapidamente, c compressão das estruturas e sintomas típicos de cefaleia e vômitos, evoluindo p herniação, coma e óbito, caso não ocorra tratamento de urgência.
Existem 2 tipos de hidrocefalias: comunicantes (resultam do aumento na prod ou deficiência na absorção do líquor, em razão de processos patológicos dos plexos corioides ou dos seios da DM e granulações aracnóideas) e não comunicantes, muito + frequentes e resultam de obstruções no trajeto do líquor, o q pode ocorrer nos locais: 
a) forame interventricular, provocando dilatação do ventrículo lat correspondente;
b) aqueduto cerebral, provocando dilatação do III ventrículo e dos ventrículos lat, contrastando com o IV ventrículo, q permanece c dimensões normais;
c) aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, provocando dilatação de todo o sist ventricular;
d) incisura da tenda, impedindo a passagem do líquor do compartimento infratentorial p o supratentorial, provocando tbm dilatação de todo o sist ventricular.
Existem vários procedimentos cirúrgicos p diminuir a pressão liquórica na hidrocefalia. Pode, por ex, drenar o líquor c um cateter, ligando um dos ventrículos à cavidade peritoneal, nas derivações ventrículo-peritoneais.
HIPERTENSÃO CRANIANA
Do ponto de vista neurológico, um dos aspectos + importantes da cavidade crânio-vertebral e seu revestimento de DM é o fato de ser uma cavidade completamente fechada, q ñ permite a expansão de seu conteúdo. Desse modo, o aumento de vol de qualquer componente da cavidade craniana reflete-se sobre os demais, levando ao aumento da pressão intracraniana. Tumores, hematomas e outros processos expansivos intracranianos comprimem ñ só as estruturas em sua vizinhança imediata, mas todas as estruturas da cavidade crânio-vertebral, determinando um quadro de hipertensão craniana com sintomas característicos, entre os quais se sobressai a cefaleia, podendo também ocorrer vômitos. Pode haver também formação de hérnias de tec nervoso.
Qnd se comprimem no pescoço as veias jugulares internas q drenam o sangue do encéfalo, há estase sanguínea, c aumento da qntd de sangue nos vasos cerebrais. Isso resulta em imediato aumento da pressão intracraniana q se reflete na pressão liquórica, o q pode ser detectado medindo-se essa pressão durante uma punção lombar. O fenômeno é utilizado p verificar se o espaço subaracnóideo da medula está obstruído, o q obviamente impede o aumento da pressão liquórica abaixo do nível da obstrução.
Havendo suspeita de hipertensão craniana, deve- se fazer sempre um exame de fundo de olho. O nervo óptico é envolvido por um prolongamento do espaço subaracnóideo, levando à compressão do nervo óptico. lsso causa obliteração da veia central da retina, a qual passa em seu interior, o q resulta em ingurgitamento das veias da retina, c edema da papila óptica {papiledema). Essas modificações são facilmente detectadas no exame do fundo de olho, permitindo diagnosticar o quadro da hipertensão craniana e acompanhar sua evolução.
HÉRNIAS INTRACRANIANAS
As pregas da DM dividem a cavidade craniana em compartimentos separados por septos + ou - rígidos. Processos expansivos, como tumores ou hematomas q se desenvolvem em um deles, aumentam a pressão dentro do compartimento, podendo causar a protrusão de tec nervoso p o compartimento vizinho. Formam-se, desse modo, hérnias intracranianas q podem causar sintomatologia grave. Assim, um tumor em um dos hemisférios cerebrais pode causar hérnias do giro do cíngulo, q se insinua entre a borda da foice do cérebro e o corpo caloso, fazendo protrusão p o lado oposto. Entretanto, são + importantes, pelas graves consequências q acarretam as hérnias do úncus e das tonsilas.
Hérnias do úncus
Nesse caso, um processo expansivo cerebral, determinando aumento de pressão no compartimento supratentorial, empurra o úncus, q faz protrusão através da incisura da tenda do cerebelo, comprimindo o mesencéfalo. Inicialmente há compressão do nervo oculomotor na base do pedúnculo cerebral. Ocorre dilatação da pupila do olho do mesmo lado da lesão c resposta lenta à luz, progredindo p dilatação completa, desvio lateral do olhar, c paralisia contralateral. A sintomatologia + característica e + grave é a rápida perda da consciência, ou coma profundo por lesão das estruturas mesencefálicas responsáveis pela ativação do córtex cerebral.
Hérnias das tonsilas
Um processo expansivo na fossa post, como um tumor em um dos hemisférios cerebelares, pode empurrar as tonsilas do cerebelo através do forame magno, produzindo hérnia de tonsila. Nesse caso, há compressão do bulbo, levando geralmente à morte por lesão dos centros respiratório e vasomotor q nele se localizam. O quadro pode ocorrer tbm qnd se faz uma punção lombar em pacientes c hipertensão craniana. Nesse caso, há súbita diminuição da pressão liquórica no espaço subaracnóideo espinhal, causando a penetração das tonsilas através do forame magno. Ñ se deve, portanto, na suspeita de hipertensão intracraniana, realizar uma punção liquórica sem antes realizar o fundo de olho ou exame de imagem, em razão do risco de herniação do tec nervoso.
HEMATOMAS EXTRADURAIS E SUBDURAIS
Uma das complicações + frequentes dos traumatismos cranianos são as rupturas de vasos q resultam em acúmulo de sangue nas meninges sob a forma de hematomas. Assim, lesões das artérias meníngeas, ocorrendo durante fraturas de crânio, sobretudo da artéria meníngea média, resultam em acúmulo de sangue entre a DM e os ossos do crânio, formando-se um hematoma extradural. O hematoma cresce, separando a DM do osso, e empurra o tec nervoso p o lado oposto, levando à morte em poucas horas se o sangue em seu interior ñ for drenado. Nos hematomas subdurais, o sangramento se dá no espaço subdural, geralmente em consequência da ruptura de uma veia cerebral no ponto em q ela entra no seio sagital sup. O sangue acumula-se entre a DM e a aracnoide. São + frequentes os casos em q o crescimento do hematoma é lento, e a sintomatologia aparece tardiamente. No caso de hemorragias no espaço subaracnóideo, ñ se formam hematomas, uma vez q o sangue se espalha no líquor, podendo ser visualizado em uma punção lombar. Ocorre nos casos de ruptura de vasos de malformações arteriovenosas ou de aneurismas cerebrais. O quadro clínico é agudo, c cefaleia muito intensa, podendo ocorrer alteração de consciência.
- Descrever a vascularização do encéfalo
VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO
FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL
O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração. Embora o encéfalo represente apenas 2% da massa corporal, ele consome 20% do O disponível e recebe 15% do fluxo sanguíneo, refletindo a alta taxa metabólica do tec nervoso. Calcula-se q. em 1 min, circula pelo encéfalo uma qntd de sangue aprox = ao seu próprio peso. 
O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é diretamente proporcional à diferença entre a pressão
arterial (PA) e a pressão venosa (PV), e inversamente proporcional à resistência cerebrovascular (RCV). Assim temos:
Como a pressão venosa cerebral varia muito pouco, a fórmula pode ser simplificada: FSC = PA/RCV, ou seja, o fluxo sanguíneo cerebral é diretamente proporcional à PA e inversamente proporcional à RCV. A RCV depende dos seguintes fatores:
a) pressão intracraniana - cujo aumento, decorrente de condições diversas, eleva a resistência cerebrovascular;
b) condição da parede vascular - q pode estar alterada em certos processos patológicos, como as arterioscleroses, 
q aumentam consideravelmente a resistência cerebrovascular;
c) viscosidade do sangue;
d) calibre dos vasos cerebrais - regulado por fatores humorais e nervosos, estes últimos representados por fibras do SNA, q se distribuem na parede das arteríolas cerebrais. Entre os fatores humorais, o + importante é o CO2, cuja ação vasodilatadora dos vasos cerebrais é muito grande.
O consumo de oxigênio varia entre as diversas regiões cerebrais. Verificou-se q o fluxo sanguíneo é maior nas áreas + ricas em sinapses, de tal modo q, na subs cinzenta, ele é maior do q na branca, o q obviamente está relacionado c a maior atvd metabólica da subs cinzenta. O fluxo sanguíneo de uma determinada área do cérebro varia c seu estado funcional no momento. Assim, medindo-se o fluxo sanguíneo na área visual do córtex de um animal, verifica-se que ele aumenta consideravelmente qnd o animal é colocado diante de um foco luminoso, o q determina a chegada de impulsos nervosos no córtex visual, c aumento do metabolismo dos neurônios. É neste aumento regional do metabolismo e consequentemente do fluxo sanguíneo q se baseiam as modernas técnicas de neuroimagem funcional. Estas técnicas contribuíram muito p o estudo e a localização de diversas funções cerebrais por meio da avaliação do fluxo sanguíneo em áreas restritas do cérebro de um indivíduo em condições fisiológicas ou patológicas. O aumento da demanda nas regiões ativadas é proporcionado por ajustes locais realizados pelas próprias arteríolas, uma vez que ñ seria possível aumentar a PA e o fluxo cerebral, por risco de lesão do tec nervoso. A atvd celular causa liberação de CO2 e este aumenta o calibre vascular e o fluxo sanguíneo local em áreas cerebrais submetidas a maior solicitação funcional. O aumento do fluxo regional em resp ao aumento da atividade neuronal é tbm mediado pela liberação de óxido nítrico pelos neurônios q, por ser um gás, se difunde c rapidez, atuando sobre o calibre dos vasos.
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
Peculiaridades da vascularização arterial 
O encéfalo é irrigado pelas artérias carótidas internas e vertebrais, originadas no pescoço, onde entretanto ñ dão nenhum ramo importante, sendo, pois, especializadas p a irrigação do encéfalo. Na base do crânio, estas artérias formam um polígono anastomótico, o polígono de Willis, de onde saem as principais artérias p a vascularização cerebral. Desse modo, a vascularização do encéfalo é peculiar, visto q, ao contrário da maioria das vísceras, ñ possui um hilo p a penetração dos vasos q entram no encéfalo em diversos pontos de sua superfície. Do ponto de vista de sua estrutura, as artérias cerebrais são também peculiares. Elas têm, de modo geral, paredes finas, comparáveis às paredes de artérias de mesmo calibre situadas em outras áreas do organismo. Este é um fator q toma as artérias cerebrais especialmente propensas a hemorragias. A túnica média das artérias cerebrais tem - fibras musculares, e a túnica elástica interna é + espessa e tortuosa q a de artérias de outras áreas.
Esse espessamento da túnica elástica interna constitui um dos dispositivos anatômicos q protegem o tec nervoso, amortecendo o choque da onda sistólica responsável pela pulsação das artérias. Existem outros dispositivos anatômicos c a mesma finalidade. Além de + tortuosas, as artérias q penetram no cérebro são envolvidas, nos milímetros iniciais, pelo líquor nos espaços perivasculares. Estes fatores permitem atenuar o impacto da pulsação arterial. Tbm contribuí p amortecer o choque da onda sistólica a tortuosidade q apresentam as artérias carótidas internas e as artériasvertebrais ao penetrar no crânio, bem como as artérias q saem do polígono de Willis. No homem há uma quase independência entre as circulações arteriais intracraniana e extracraniana. As poucas anastomoses existentes são, na maioria das vezes, incapazes de manter uma circulação colateral útil em caso de obstrução no território da carótida interna. 
Artéria carótida interna
Ramo de bifurcação da carótida comum, a artéria carótida interna, após trajeto + ou - longo no pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal, atravessa o seio cavernoso, no interior do qual descreve, em plano vertical, uma dupla curva, formando um S, o sifão carotídeo, q aparece muito bem nas arteriografias da carótida. Em seguida, perfura a DM e a aracnoide e, no início do sulco lat, divide-se em seus 2 ramos terminais: as artérias cerebrais média e ant. Além de seus dois ramos terminais, a artéria carótida interna dá os seguintes ramos mais importantes:
a) artéria oftálmica - emerge da carótida qnd esta atravessa a DM, logo abaixo do processo clinoide ant. Irriga o bulbo ocular e formações anexas;
b) artéria comunicante post - anastomosa-se c a artéria cerebral post, ramo da basilar, contribuindo p a formação do polígono de Willis;
c) artéria corióidea ant- dirige-se para trás, ao longo do trato óptico, penetra no corno inf do ventrículo lat, irrigando os plexos corioides e parte da cápsula interna, os núcleos da base e o diencéfalo.
As artérias cerebrais anteriores e médias se subdividem em ramos menores superficiais e profundos, rumo a estruturas internas.
Artérias vertebral e basilar
As artérias vertebrais direita e esquerda destacam-se das artérias subclávias correspondentes, sobem no pescoço dentro dos forames transversos das vértebras cervicais, perfuram a membrana atlantoccipital, a DM e a aracnoide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem, a seguir, a face ventral do bulbo e, aprox no nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se p constituir um tronco único, a artéria basilar. As artérias vertebrais dão origem às duas artérias espinhais post e à artéria espinhal anterior q vascularizam a medula. Originam ainda as artérias cerebelares inf post, q irrigam a porção inf e post do cerebelo. A artéria basilar percorre geralmente o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se p formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. Neste trajeto, a artéria basilar emite os seguintes ramos + importantes:
a) artéria cerebelar sup- nasce da basilar, logo atrás das cerebrais posteriores, distribuindo-se ao mesencéfalo e à parte sup do cerebelo;
b) artéria cerebelar inf ant- distribui-se à parte ant da face inf do cerebelo;
c) artéria do labirinto- penetra no meato acústico interno junto c os nervos facial e vestibulococlear, vascularizando estruturas do ouvido interno;
d) ramos pontinos.
Círculo arterial do cérebro ou polígono de Willis,
Anastomose arterial de fonna poligonal e está situado na base do cérebro, onde circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo, relacionando-se ainda c a fossa interpeduncular. É formado pelas porções proximais das artérias cerebrais ant, média e post, pela artéria comunicante ant e pelas artérias comunicantes posteriores, direita e esquerda. A artéria comunicante ant é peq e anastomosa as 2 artérias cerebrais anteriores adiante do quiasma óptico. As artérias comunicantes posteriores unem, de cada lado, as carótidas internas c as cerebrais posteriores correspondentes. Deste modo, elas anastomosam o sist carotídeo interno ao sist. vertebral. Entretanto, esta anastomose é apenas potencial pois, em condições normais, ñ há passagem significativa de sangue do sist. vertebral p o carotídeo interno ou vice-versa. Do mesmo modo, praticamente ñ existe troca de sangue entre as metades esquerda e direita do círculo arterial. O círculo arterial
do cérebro, em casos favoráveis, permite a manutenção de fluxo sanguíneo adequado em todo o cérebro, em casos de obstrução de uma (ou +) das 4 artérias q o irrigam. É fácil entender q a obstrução, por ex, da carótida direita, determina queda de pressão em seu território, o q faz c q o sangue flua p aí através da artéria comunicante ant e da artéria comunicante post direita. Entretanto, o círculo arterial do cérebro é sede de muitas variações, q tornam imprevisível o seu comportamento diante de um determinado quadro de obstrução vascular. Ademais, o estabelecimento de uma circulação colateral adequada, tbm aqui, como em outras áreas, depende de vários fatores, como a rapidez c q se instala o processo obstrutivo e o estado da parede arterial, o qual, por sua vez, depende da idade do paciente. As artérias cerebrais ant, média e post dão ramos corticais e ramos centrais. Os ramos corticais destinam-se à vascularização do córtex e substância branca subjacente. Os ramos centrais emergem do círculo arterial do cérebro, ou seja, da porção proximal de cada uma das artérias cerebrais e das artérias comunicantes. Eles penetram perpendicularmente na base do cérebro e vascularizam o diencéfalo, os núcleos da base e a cápsula interna. Qnd se retira a PM, permanecem os orifícios de penetração destes ramos centrais, o q rendeu às áreas onde eles penetram a denominação de subs perfurada, ant e post. São especialmente importantes, e recebem a denominação de artérias estriadas, os ramos centrais q se destacam da artéria cerebral média e penetram na subs perfurada ant, vascularizando a maior parte do corpo estriado e da cápsula interna. Tendo em vista q pela cápsula interna passam quase todas as fibras de projeção do córtex, pode-se entender q lesões destas artérias
são particularmente graves. Classicamente, admitia-se q os ramos centrais do polígono de Willis ñ se anastomosavam. Sabemos hoje q estas anastomoses existem, embora sejam escassas, de tal modo q estas artérias comportam-se funcionalmente como artérias terminais. Território cortical das 3 artérias cerebrais.
Ao contrário dos ramos profundos, os ramos corticais das artérias cerebrais possuem anastomoses, ao menos em seu trajeto na superficie do cérebro. Entretanto, estas anastomoses são em geral insuficientes p a manutenção de circulação colateral adequada em casos de obstrução de uma destas artérias ou de seus ramos mais calibrosos. Resultam nestes casos, lesões de áreas + ou - extensas do córtex cerebral, c um quadro sintomatológico característico das síndromes das artérias cerebrais ant, média e post. 
a) artéria cerebral ant- um dos ramos de bifurcação da carótida interna, a artéria cerebral ant dirige-se p diante e p cima, curva-se em torno do joelho do corpo caloso e ramifica-se na face medial de cada hemisfério, desde o lobo frontal até o sulco parietoccipital. Distribui-se tbm à parte + alta da face dorsolateral de cada hemisfério, onde se limita com o território da artéria cerebral média. A obstrução de uma das artérias cerebrais anteriores causa, entre outros sintomas, paralisia e diminuição da sensibilidade no membro inf do lado oposto, decorrente da lesão de partes das áreas corticais motora e sensitiva, q correspondem à perna e se localizam na porção alta dos giros pré e pós-central (lóbulo paracentral).
b) artéria cerebral média- ramo principal da carótida interna, a artéria cerebral média percorre o sulco lateral em 
toda a sua extensão, distribuindo ramos q vascularizam a maior parte da face dorsolateral de cada hemisfério. Este território compreende áreas corticais importantes, como a área motora, a área somestésica, o centro da palavra falada e outras. Obstruções da artéria cerebral média, qnd ñ são fatais, determinam sintomatologia muito rica, c paralisia e diminuição da sensibilidade do lado oposto do corpo (exceto no membro inf), podendo haver ainda graves distúrbios da linguagem. O quadro é especialmente grave se a obstrução atingir tbm ramos profundos da artéria cerebral média (artérias estriadas) q vascularizam os núcleos da base e a cápsula interna.
c) artéria cerebral post- ramos de bifurcação da artéria basilar, as artérias cerebrais posts dirigem-se p trás, contornam o pedúnculo cerebral e, percorrendo a face inf do lobo temporal, ganham o lobo occipital. A artéria cerebral post irriga, pois a área visual situada nos lábios do sulco calcarino e sua obstrução causa cegueira em uma parte do campo visual.
VASCULARIZAÇÃO VENOSA 
As veias do encéfalo, de modo geral, ñ acompanham as artérias, sendo maiores e + calibrosas do q elas. Drenam p os seios da DM, de onde o sangue converge p as veias jugulares internas, as quais recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico. Os seios da DM ligam-se tbm às veias extracranianas por meio de peqs veias emissárias q passam através de peqs forames no crânio. As paredes das veias encefálicas são muito finas e praticamente desprovidas de musculatura. Faltam, assim, os elementos necessários à regulação ativa da circulação venosa. Esta se faz sobretudo sob a ação de 3 forças:
a) aspiração da cavidade torácica, determinada pelas pressões subatmosféricas da cavidade torácica, + evidente no início da inspiração;
b) força da gravidade, notando-se que o retorno sanguíneo do encéfalo se faz a favor da gravidade, o q torna desnecessária a existência de válvulas nas veias cerebrais;
c) pulsação das artérias, cuja eficácia é aumentada pelo fato de q se faz em uma cavidade fechada. Este fator é mais eficiente no seio cavernoso, cujo sangue recebe diretamente a força expansiva da carótida interna, q o atravessa. O leito venoso do encéfalo é muito maior que o arterial; consequentemente, a circulação venosa é muito + lenta. A pressão venosa no encéfalo é muito baixa e varia muito pouco em razão da grande capacidade de distensão das veias e seios.). 
Sistema venoso superficial
É constituído por veias que drenam o córtex e a subs branca subjacente, anastomosam-se amplamente na superfície do cérebro, onde formam grandes troncos venosos, as veias cerebrais superficiais, q desembocam nos seios da DM. Distinguem-se veias cerebrais superficiais sups e infs. As veias cerebrais superficiais sups provêm da face medial e da metade sup da face dorsolateral de cada hemisfério, desembocando no seio sagital sup. As veias cerebrais superficiais infs provêm da metade interior da face dorsolateral de cada hemisfério e de sua face inf, terminando nos seios da base (petroso sup e cavernoso) e no seio transverso. A principal veia superficial inf é a veia cerebral média superficial, q percorre o sulco lat e termina, em geral, no seio cavernoso.
Sistema venoso profundo
Veias q drenam o sangue de regiões situadas profundamente no cérebro como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do cérebro. A + importante veia deste sist é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, p a qual converge quase todo o sangue do sist venoso profundo do cérebro. A veia cerebral magna é um curto tronco venoso ímpar e mediano, formado pela confluência das veias cerebrais interna, logo abaixo do esplênio do corpo caloso, desembocando no seio reto. Suas paredes muito finas são facilmente rompidas, o q às vezes ocorre em RNs como resultado de traumatismos da cabeça durante o parto.
ANGIOGRAFIA CEREBRAL
Injetando-se contraste nas artérias vertebral ou carótida interna e tirando-se uma sequência de radiografias, é possível visualizar em tempos sucessivos as artérias, veias e seios do encéfalo. Esta técnica é usada p diagnóstico e localização de processos patológicos q acometem os vasos cerebrais, como aneurismas, tromboses, embolias, lesões traumáticas etc. Atualmente utiliza-se de preferência a angiografia por RM, cuja vantagem é ñ usar contraste nem necessitar de punção arterial, sendo, portanto, um método não invasivo.
VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA
A medula espinhal é irrigada pelas artérias espinhais ant e posts, ramos da artéria vertebral, e pelas artérias radiculares, q penetram na medula c as raízes
dos nervos espinhais. A artéria espinhal ant é um tronco único formado pela confluência de 2 curtos ramos recorrentes q emergem das artérias vertebrais direita e esquerda. Dispõe-se superficialmente na medula, ao longo da fissura mediana ant até o cone medular. Emite as artérias sulcais, q se destacam perpendicularmente e penetram no tec nervoso pelo fundo da fissura mediana ant. As artérias espinhais ants vascularizam as colunas e os funículos ant e lat da medula.
As artérias espinhais posteriores direita e esquerda emergem das artérias vertebrais correspondentes, dirigem-se dorsalmente, contornando o bulbo e, em seguida, percorrem longitudinalmente a medula, mediaimente aos filamentos radiculares das raízes dorsais dos nervos espinhais. As artérias espinhais posts vascularizam a coluna e o funículo post da medula. As artérias radiculares derivam dos ramos espinhais das artérias segmentares do pescoço e do tronco (tireóidea inf, intercostais, lombares e sacrais). Estes ramos penetram nos forames intervertebrais c os nervos espinhais e dão origem às artérias radiculares ant e post; q ganham a medula c as correspondentes raízes dos nervos espinhais. As artérias radiculares ants anastomosam-se c a espinhal ant, e as artérias radiculares posts c as espinhais posts.
- Identificar as barreiras fisiológicas do encéfalo
Barreiras encefálicas são dispositivos q impedem ou dificultam a passagem de subs entre o sangue e o tec nervoso (barreira hematoencefálica) ou entre o sangue e o líquor (barreira hematoliquórica).
O termo hematoencefálica, embora aceito, é impróprio, pois a barreira existe tbm na medula.
 LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA DA BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA: A localização anatômica da barreira hematoencefálica foi objeto de controvérsias, mas sabe-se hoje q ela está no capilar do SNC. Este é formado pelo endotélio e por uma MB muito fina. Por fora, os pés vasculares dos astrócitos formam uma camada quase completa em torno do capilar. 
Os endotélios dos capilares encefálicos apresentam 3 características q os diferenciam dos endotélios dos demais capilares e q se relacionam c o fenômeno de barreira:
a) as céls endoteliais são unidas por junções oclusivas q impedem a penetração de macromoléculas. Essas junções ñ estão presentes nos capilares em geral;
b) ñ existem fenestrações, q são peqs áreas em q o endotélio se reduz a uma fina membrana muito permeável;
c)raras as vesículas pinocitóticas. Nos demais endotélios são frequentes e importants no transp d macromoléculas
LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA DA BARREIRA HEMATOLIOUÓRICA: Localiza-se nos plexos corioides. Seus capilares, ñ participam do fenômeno. Assim, qnd se injeta peroxidase em um animal, ela atravessa os capilares fenestrados dos plexos corioides, mas é barrada no nível da superfície do epitélio ependimário voltada p a cavidade ventricular. O epitélio ependimário q reveste os plexos corioides, ao contrário dos demais epitélios ependimários, possui junções oclusivas q unem as céls próx à superfície ventricular e impedem a passagem de macromoléculas, constituindo a base anatômica da barreira hematoliquórica. 
FUNÇÕES DAS BARREIRAS: A principal função das barreiras é impedir a passagem de agentes tóxicos p o SNC, como venenos, toxinas, bilirrubina etc. Impedem também a passagem de neurotransmissores encontrados no sangue, como adrenalina. A adrenalina é lançada em grande qntd na circulação em certas situações emocionais e poderia alterar o funcionamento do cérebro se ñ fosse barrada. Portanto, essas barreiras constituem um mecanismo de proteção do encéfalo contra agentes q poderiam lesá-lo ou alterar seu funcionamento.
A palavra barreira pode indicar que ela tem apenas o papel de impedir a entrada de substâncias, qnd possui tbm a função de permitir a entrada de subs importantes p o funcionamento das céls do tec nervoso, como glicose e aa. Assim, a barreira funciona como um portão que barra a entrada de algumas subst e permite a entrada de outras.
Diferentemente do que ocorre nos endotélios dos capilares em geral, os endotélios dos capilares da barreira hematoencefálica utilizam-se de mecanismos especiais p passagem de glicose e aa através do citoplasma. Esta passagem depende de moléculas transportadoras q são específicas p glicose e grupos de aminoácidos. Há evidência de q a barreira hematoliquórica tbm funciona como portão, utilizando essencialmente os mesmos mecanismos da barreira hematoencefálica p transporte de substâncias.
FATORES DE VARIAÇÃO DA PERMEABILIDADE DA BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA
A permeabilidade da barreira hematoencefálica ñ é a mesma em todas as áreas. Estudos sobre a penetração no encéfalo de agentes farmacológicos marcados c isótopos radioativos mostraram q certas áreas concentram estes agentes muito + que outras. Por ex, certas substâncias penetram facilmente no núcleo caudado e no hipocampo, mas têm dificuldade de penetrar no resto do encéfalo. Isto mostra q certos agentes farmacológicos, qnd injetados no sangue, ñ agem em determinadas áreas do sist. nervoso pq ñ as atingem, podendo, entretanto, agir em outras áreas vizinhas. Sabe-se que, inicialmente no desenv, os capilares q penetram no encéfalo têm fenestrações. C o aumento da idade, subs produzidas pelos pés dos astrócitos causam a perda dessas fenestrações. Em razão disso, no feto e no RN, a barreira hematoencefálica é + fraca, ou seja, deixa passar maior nº de subs até q os capilares percam completamente as fenestrações. Isto tem sido correlacionado c o fato de q as icterícias do RN, como aquelas causadas por eritroblastos e fetal, podem ser + graves q no adulto. C efeito, uma determinada concentração sanguínea de bilirrubina, q no adulto ñ atravessa a barreira hematoencefálica, no RN pode atravessá-la, passando ao tec nervoso, sobre o qual tem ação tóxica. Aparece, assim, um quadro de icterícia c manifestações neurológicas q os pediatras conhecem como Kemicterus.
Vários processos patológicos, como certas infecções e traumatismos, podem levar à "ruptura", + ou - completa, da barreira hematoencefálica q deixa passar subs q normalmente ñ passariam.

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