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Baço: Funções e Importância

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Baço
Saiba mais sobre o baço, funções, importância, localização, formato
Baço: várias funções no corpo humano
O que é Baço 
O baço é um órgão do tipo glandular localizado na região superior esquerda da cavidade abdominal. Este órgão tem contato com o pâncreas, o diafragma e o rim esquerdo.
Funções do baço 
Este órgão não é considerado uma glândula endócrina, pois não produz secreções, entretanto, no caso de certas doenças, este órgão libera um hormônio que afeta a produção dos glóbulos vermelhos (hemácias) do sangue na medula óssea. 
No feto, a função principal deste órgão é a fabricação de hemácias e leucócitos (glóbulos brancos). Após o nascimento esta função é interrompida. Porém, esta função pode ser reiniciada posteriormente caso apareça alguma doença que debilite esta função na medula óssea. 
Este órgão age como parte integrante do sistema linfático e vascular, ocupando uma posição única que lhe permite eliminar microorganismos patogênicos e destruir hemácias anômalas, alteradas ou envelhecidas. Ele também retira o ferro a partir da hemoglobina dos glóbulos vermelhos para seu posterior uso pelo organismo, assim como substâncias residuais como os pigmentos biliares para sua excreção, na forma de bílis, através do fígado.
O baço fabrica anticorpos contra diversos tipos de células do sangue e microorganismos infecciosos. Em alguns animais mamíferos (com exceção dos seres humanos), ele armazena as hemácias e nos casos de hemorragia os libera no sistema circulatório. Nos seres humanos, atua como reservatório de sangue e de outras células sanguíneas.
	Perturbações do baço
O baço produz, controla, armazena e destrói células sanguíneas. É um órgão esponjoso, liso e de cor púrpura, quase tão grande como o punho; está localizado na parte superior da cavidade abdominal, mesmo por baixo das costelas, no lado esquerdo.
O baço funciona como dois órgãos. A polpa branca é parte do sistema de defesa (imunitária) e a polpa vermelha elimina os materiais de eliminação do sangue, como os glóbulos vermelhos defeituosos.
Certos glóbulos brancos (os linfócitos) criam anticorpos protectores e têm um importante papel na luta contra a infecção. Os linfócitos são produzidos e amadurecem na polpa branca.
A polpa vermelha contém outros glóbulos brancos (fagócitos) que ingerem material não desejado, como bactérias ou células defeituosas, presentes no sangue. A polpa vermelha controla os glóbulos vermelhos, determina quais são anormais ou demasiado velhos ou lesados para funcionar de maneira apropriada, e destrói-os. Por isso, à polpa vermelha, por vezes, dá-se o nome de cemitério de glóbulos vermelhos.
A polpa vermelha também serve como depósito de elementos do sangue, especialmente glóbulos brancos e plaquetas (partículas parecidas com as células que participam na coagulação). Em muitos animais, a polpa vermelha liberta estes elementos no sangue circulante quando o organismo precisa deles; contudo, nos seres humanos, a libertação destes elementos não constitui uma função importante do baço.
Caso se extraia o baço (esplenectomia), o corpo perde parte da sua capacidade para produzir anticorpos e para eliminar bactérias do sangue. Por conseguinte, a capacidade do corpo para combater as infecções encontra-se reduzida. Ao fim de pouco tempo, outros órgãos (principalmente o fígado) aumentam as suas defesas para compensar esta perda, pelo que o risco de infecção não dura toda a vida.
	
	
	Ruptura do baço
Como o baço se encontra na parte superior esquerda do abdómen, uma pancada forte no estômago pode rompê-lo, rasgando a membrana que o recobre e o seu tecido interno. A ruptura do baço é a complicação grave mais frequente de lesão abdominal causada por acidentes de trânsito, por desporto ou por pancadas.
Quando se rompe o baço, pode derramar-se uma grande quantidade de sangue no abdómen. A cápsula exterior do baço pode conter a hemorragia temporariamente, mas deve realizar-se uma operação imediatamente para evitar uma perda de sangue potencialmente mortal.
SintomasA ruptura do baço causa dor abdominal. O sangue que se encontra no abdómen comporta-se como um elemento irritativo e causa dor; como reflexo, a musculatura abdominal contrai-se e torna-se tensa.
	O baço
 
Se há perda gradual de sangue, não se manifestam sintomas até que o fornecimento de sangue seja tão pequeno que a pressão arterial baixa ou o oxigénio não chega ao cérebro e ao coração. Isso representa uma emergência que exige transfusões de sangue imediatas para manter a circulação adequada, assim como uma intervenção cirúrgica para deter a perda de sangue; sem estes procedimentos o doente pode entrar em choque e morrer.
Diagnóstico e tratamento
Fazem-se radiografias do abdómen para determinar se os sintomas podem ser causados por outra perturbação que não seja a ruptura do baço. Podem-se realizar gamagrafias com material radioactivo para analisar o fluxo de sangue e detectar a perda, ou então pode extrair-se líquido abdominal com uma agulha e analisá-lo para confirmar se contém sangue. Quando a suspeita de ruptura do baço é grande, realiza-se uma intervenção cirúrgica de emergência para deter a perda de sangue que pode levar à morte. Habitualmente extrai-se o baço por completo, mas por vezes os cirurgiões podem fechar uma ruptura pequena para o salvar.
Antes e depois da extracção do baço, devem-se tomar certas precauções para evitar a infecção. Por exemplo, aplicam-se vacinas contra pneumococos antes da esplenectomia, sempre que possível, e, depois da intervenção, recomendam-se vacinas anuais contra a gripe. Muitos médicos também recomendam profilaxia com antibióticos.
	
	
Esplenectomia : é a remoção do baço, sem prejuízo nos adultos por não ser um órgão essencial, visto que suas funções são também efetuadas por outros órgãos. Nas crianças sua indicação é após 6 anos de idade para não comprometer o sistema imune. A indicação mais frequente da esplenectomia é o rompimento do baço complicado por hemorragia e geralmente causada por acidentes traumáticos. Também é indicado no hiperesplenismo (disfunção excessiva de um dos tipos de células sanguíneas), benéfica em alguns casos de purpura trombocitopênica, hemorragia aguda idiopática e não controlada e, também, praticada antes de transplante renal para reduzir a probabilidade de rejeição do rim transplantado 
Esplenectomia
É a exérese cirúrgica do baço.
Pré-operatório:
• Controlar os sinais vitais; • Fazer jejum de 8 horas
• Fazer enteróclise após a última refeição que antecede o ato operatório;
• Fazer tricotomia torácica, abdominal e pubiana; fazer a escovação da área operatória;
CUIDADOS PÓS ESPLENECTOMIA
Observação de 24 horas procurando evidências de hemorragias; oxigenação se necessário; analgésicos; AINES; antibioticoterapia; hidratação e manutenção do equilíbrio ácido/básico.
Após a retirada do baço, no entanto, alguns cuidados devem ser tomados. A capacidade de defesa do organismo para alguns tipos de microorganismos estará reduzida, com risco de infecções sérias (principalmente por pneumococos, meningococos e H influenzae) até que o organismo consiga recuperar adequadamente o sistema imunológico. Assim, recomenda-se a aplicação (entre 2 semanas antes e 2 semanas após a cirurgia) de vacina polivalente contra pneumococos e vacina conjugada para H influenzae tipo B e meningococo tipo C. A vacina para pneumococos deve ser repetida a cada 5 anos (ou em intervalos menores em portadores de anemia falciforme ou doenças linfoproliferativas).
Para reduzir o risco de infecções, também recomenda-se o uso contínuo de antibióticos em baixas doses (por toda a vida). Como a aderência ao tratamento geralmente é baixa, uma opção, apesar de não ideal, utilizada na prática é a aplicação de penicilina benzatina a cada 3 semanas.
Complicações: Hemorragias (biópsias e esplenectomias parciais); pancreatites traumáticas (o manuseio do pâncreas o faz liberar líquidos pancreáticos que favorecem pancreatites); fístulas gástricas e peritonite.
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QUINTA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2009
Trabalho Esplenectomia
Pré-operatorio,intra-operatorio e pos-operatorio de Esplenectomia
Esplenectomia é a remoção cirúrgica do baço.
Pode ter diversas utilidades, entre elas a cura quase completa da trombocitopenia (baixo número de plaquetas no sangue), já que o baço normalmente remove um grande número de plaquetas do sangue.
. INDICAÇÕES
A esplenectomia é normalmente indicada após avaliação por cirurgião e hematologista, exceto em casos agudos, como trauma.
As indicações podem ser assim agrupadas:
A) Para estagiar ou controlar doenças básicas;
B) Para hiperesplenismo crônico ou grave.
Cirurgia Aberta
Após anestesia geral, que pode ser complementada com relaxantes musculares, o paciente é colocado em decúbito dorsal semilateral direito, com a mesa em Trendelemburg reverso.
Pode-se usar sonda nasogástrica para esvaziamento do estômago, o que proporciona melhor exposição e visualização do baço, devendo-se analisar os riscos de sangramentos em pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica.
As incisões mais utilizadas são laparotomia mediana ou para-mediana supra umbilical e subcostal esquerda.
Após acesso à cavidade abdominal, faz-se inspeção à procura de baços acessórios e palpação para detectar aderências do baço que poderiam causar lacerações e sangramentos. Precede-se então com a dissecção do ligamento gastroesplênico e ligadura dos vasos gástricos curtos. Localiza-se a artéria esplênica, com posterior reparo e ligadura, fazendo-se compressão do baço, manobra denominada autotransfusão, que possibilita o retorno de grande parte do sangue à circulação sistêmica, diminuindo a necessidade de transfusão. 
O baço é mobilizado medialmente, fazendo-se secção dos ligamentos, normalmente avasculares, não necessitando de ligadura. Parte-se para a dissecção da veia esplênica, seguida de reparo e ligadura. Finaliza-se a cirurgia com a dissecção do pedículo vascular, cuidadosamente para evitar lesões no pâncreas, e exérese do órgão, seguida de nova inspeção da cavidade e síntese da parede abdominal.
Laparoscopia
A técnica laparoscópica vem evoluindo e substitui com sucesso a cirurgia aberta, apresentando as vantagens comuns à videolaparoscopia, tais como menores índices de infecção, mortalidade e morbidade; menor dor pós-operatória e restabelecimento das funções gastrintestinais mais rapidamente. Porém sua aplicação é limitada, sendo as principais indicações púrpura trombocitopênica imunológica e estadiamento da doença de Hodgkin. Não é aplicada em grandes esplenomegalias, sendo necessária a conversão para cirurgia aberta na maioria das cirurgias, segundo estudo de Targarona e cols., devido a sangramentos ou impossibilidade da retirada do órgão através dos trocartes. Em casos de ruptura e pacientes com distúrbios da coagulação, prefere-se a cirurgia aberta devido a possível necessidade de hemostasia rápida.
Os tempos cirúrgicos são semelhantes aos da cirurgia convencional, diferindo nos equipamentos cirúrgicos.
Esplenectomia Subtotal
Devido a importância das funções do baço, especialmente imunológicas, deve-se lançar mão da esplenectomia parcial, quando possível. A preservação de 20 a 25% do tecido esplênico é suficiente para manter seu papel de filtração de defesa imunológica.
A técnica consiste na ligadura e secção dos vasos que suprem o segmento a ser retirado. O segmento desvascularizado define a linha de transsecção. Para hemostasioa, pode-se utilizar retalho do omento, fibrina ou cianoacrilato.
Complicações 
 Infecção da ferida operatória
 Hemorragia
 Alterações na composição do sangue: na maioria dos casos são desejáveis, servindo como parâmetro de avaliação dos resultados da cirurgia. Não são, portanto, consideradas complicações normalmente. Observam-se hemácias alteradas, granulocitose, linfocitose, trombocitose e monocitose.
 Lesões em órgãos adjacentes: as mais comuns são atelectasia do lobo inferior do pulmão esquerdo, hematoma e abscesso subfrênico e lesão no pâncreas e ângulo esplênico do cólon.
 Suscetibilidade a infecções por bactérias encapsuladas: principalmente devido à redução das opsoninas properdina e a tuftissina, além da redução da concentração de IgM e comprometimento da via alternativa de ativação do complemento.
 Sepse grave: o risco de sepse é muito elevado em pacientes asplênicos. Os patógenos mais comuns são Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae.
 Trombose venosa mesentérica e da veia porta.
CUIDADOS PÓS ESPLENECTOMIA
   Após a retirada do baço, no entanto, alguns cuidados devem ser tomados. A capacidade de defesa do organismo para alguns tipos de microorganismos estará reduzida, com risco de infecções sérias (principalmente por pneumococos, meningococos e H influenzae) até que o organismo consiga recuperar adequadamente o sistema imunológico. Assim, recomenda-se a aplicação (entre 2 semanas antes e 2 semanas após a cirurgia) de vacina polivalente contra pneumococos e vacina conjugada para H influenzae tipo B e meningococo tipo C. A vacina para pneumococos deve ser repetida a cada 5 anos (ou em intervalos menores em portadores de anemia falciforme ou doenças linfoproliferativas).
A infecção grave por pneumococos (acima, em microscopia eletrônica) é uma das principais preocupações após a esplenectomia.
   Para reduzir o risco de infecções, também recomenda-se o uso contínuo de antibióticos em baixas doses (por toda a vida). Como a aderência ao tratamento geralmente é baixa, uma opção, apesar de não ideal, utilizada na prática é a aplicação de penicilina benzatina a cada 3 semanas.

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