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CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula quatro Prof. Antonio Nóbrega Prezado candidato, na aula de hoje, serão abordados diversos diplomas legais, bem como a matéria de vendas e etiqueta empresarial. Como já disse anteriormente, apesar de chamarmos a atenção para os principais dispositivos das leis e decretos que serão debatidos, é necessária a leitura completa de todos aqueles normativos, tendo em vista que é difícil prever qual o grau de conhecimento que será demandado pela banca. Assim, sugiro que os diplomas legais trazidos à baila sejam lidos em conjunto com esta apostila. Por fim, frise-se que, em virtude da mudança do edital, não iremos tratar das Resoluções CMN nº 2.878/2001 e nº 2892/2001, e sim da Resolução CMN nº 3694/2009. Vamos aos estudos! ROTEIRO DA AULA – TÓPICOS 1) Vendas: técnicas, planejamento, motivação para vendas, relações com clientes; 2) Etiqueta empresarial; 3) Lei nº 10.048/00 (dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica); 4) Lei nº 10.098/2000 (estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida - Lei da Acessibilidade); 5) Decreto nº 5.296/2004 que regulamenta as leis nºs 10.048/2000 e 10.098/2000; 6) Resolução CMN nº 3694/2009 7) Exercícios. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 2 1) Vendas: planejamento, técnicas, motivação para vendas e relações com clientes; 1.1 Marketing de vendas: Um erro comum no estudo do marketing é considerar que vendas e marketing são sinônimos. Na realidade, as vendas são uma parte visível do marketing, juntamente com a propaganda, por exemplo. Mas o marketing, como já vimos, engloba uma série de outras atividades. Dentre os esforços de comunicação que uma empresa pode oferecer, vendas pessoais podem ser classificadas como uma das ferramentas de comunicação disponíveis, junto com outras como propaganda, marketing direto, relações públicas e promoção de vendas. Portanto, vendas pessoais são uma forma da empresa levar sua mensagem aos grupos de consumidores almejados por ela. É quando os representantes da empresa ficam frente a frente com os compradores em potencial. A força de vendas funciona como um elo entre a empresa e os clientes. O vendedor É a empresa na visão de muitos dos seus clientes, pois as imagens são fortemente associadas. A diferença entre o vendedor e a empresa vai surgir quando for definido o papel que a força de vendas terá. Ela pode ser um canal de comunicação ou distribuição ou ambos. Em processos de compra mais complexos, sobretudo em mercados business-to-business (B2B, ou seja, nos quais o vendedor e o comprador são corporações), o papel de um vendedor se torna fundamental e isso será refletido na estrutura organizacional e no orçamento de marketing de uma empresa. Isto porque são diversos participantes que influenciam a decisão final da compra/prestação entre entidades corporativas. É preciso que a fornecedora esteja atenta para identificar estes participantes e atender as diversas e diferentes expectativas, muitas vezes desenvolvendo relacionamentos com estes influenciadores. 1.2 Planejamento da força de vendas A mais antiga forma de marketing direto é a visita de vendas. Atualmente, a maior parte das empresas se baseia em uma força de vendas profissional, que identifica clientes potenciais, transforma-os em clientes e expande o negócio. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 3 Outra opção é contratar representantes ou agentes dos fabricantes para conduzir a venda direta. Nenhum outro método tradicional implica em gastos tão altos quanto os feitos com as forças de vendas. Cerca de 12% dos norte-americanos trabalham com vendas ou em ocupações a elas relacionadas. Como, por outro lado, as forças de vendas representam um custo elevado, não somente se considerarmos os salários, mas também os gastos (por exemplo, uma venda demanda, em média, 4 visitas para ser fechada), as empresas tentam, ano a ano aumentar a produtividade de suas forças de vendas. Para tanto, investem em seleção, treinamento, supervisão, motivação e remuneração. O termo vendedor engloba, na realidade, uma variedade de cargos. A classificação que apresentaremos a seguir, feita por Kotler, um dos grandes teóricos do setor, pode variar. Assim, Churchill, por exemplo, classifica os vendedores entre de varejo e industriais, sendo que os primeiros atenderiam usuários finais de produtos, enquanto que os vendedores industriais poderiam vender para revendedores, para outras indústrias ou para órgãos públicos. A classificação de Kotler, no entanto, é feita em termos crescentes a depender da importância criativa do vendedor: a) Entregador: vendedor cuja principal tarefa é entregar um produto (água, um frentista de posto de gasolina etc); b) Tomador de pedidos/representante de conta: o vendedor atua como um tomador de pedidos, seja internamente (atrás de um balcão), seja externamente (o vendedor de produtos alimentícios para um supermercado); c) Missionário ou propagandista: vendedor que não faz nem mesmo a tomada de pedidos, mas apenas se limita a construir uma boa imagem da empresa fornecedora ou a instruir o usuário atual ou potencial (como o representante de um laboratório farmacêutico); d) Técnico: vendedor altamente especializado no aspecto técnico do produto/serviço (por exemplo, o engenheiro de vendas); e) Gerador de demanda: aquele que se baseia em métodos criativos para vender produtos tangíveis (produtos de limpeza, as pirador de pó, maquiagem etc) ou intangíveis (serviços, seguros, educação etc) f) Vendedor de soluções: vendedor especializado em resolver um problema dos clientes, muitas vezes relacionado a um sistema de CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 4 produtos ou serviços da empresa (sistemas integrados de computação, por exemplo). Além da função de representar a “cara” da empresa para o cliente, é o vendedor ainda é responsável, como já vimos na aula anterior, por trazer informações sobre o cliente para a empresa/fornecedora de serviços, razão pela qual a empresa deve considerar, ao formar sua força de vendas, certos pontos como o desenvolvimento de objetivos, estratégias, estrutura, tamanho e remuneração de seus vendedores. 1.3 Objetivos e estratégias das forças de vendas O vendedor, mais do que nunca hoje, deve ser visto como alguém que resolve problemas e não ser voltado apenas para vender, vender, vender. Assim, o bom vendedor deve saber diagnosticar o problema do cliente e propor uma solução. Mostrar ao cliente, usual ou potencial, como poderá ajuda-lo a aumentar sua lucratividade. Para tanto, é necessário que as empresas definam os objetivos específicos que suas forças de vendas devem alcançar. A estrutura a ser definida depende do tipo de produto e de cliente, mas, em qualquer contexto, os vendedores deverão necessariamente realizar uma ou mais das seguintes tarefas: a) Prospecção: busca de clientes potenciais e indicações; b) Definição de alvo ou pré-abordagem: decisão de como alocar o tempo entre clientes potenciais e atuais; c) Comunicação: transmissão de informações sobre os produtos e serviços da empresa; d) Venda: aproximação do cliente, apresentação, respostaa objeções e fechamento da venda; e) Atendimento: oferta de vários serviços aos clientes – consultoria, assistência técnica, intermediação em financiamentos, agilização de entregas etc. f) Coleta de Informações: condução de pesquisas de mercado e trabalho de inteligência; g) Alocação: decisão sobre quais clientes não poderão ficar sem produtos nos períodos de escassez. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 5 Esta forma de abordagem de vendas, contudo, não é a única. Há doutrinadores, como Dubinsky, que determinam sequências um pouco distintas, a partir de passos formadores do processo de vendas pessoais: a) Prospecção: identificação do cliente potencial (aquele que possui desejo, necessidade, habilidade, autoridade e é elegível a comprar); b) Pré-abordagem: coleta de informações sobre o cliente e suas necessidades para que o vendedor prepare sua visita. c) Abordagem: são os primeiros minutos de uma visita de vendas. Busca garantir uma primeira impressão favorável e despertar o interesse e a atenção do cliente potencial; d) Apresentação e demonstração de vendas: principal parte do processo, no qual são apresentadas pelo vendedor as ofertas e os benefícios do produto/serviço. Busca aumentar o desejo do cliente em adquirir o produto ou o serviço. e) Lidar com objeções e superar resistências: este passo é feito por meio de respostas às objeções e ênfase nos benefícios em particular do produto/serviço para promover a decisão de compra; f) Fechamento: o vendedor inicia a decisão de compra do cliente por meio de métodos desenhados para solicitar pedidos. g) Atendimento pós-venda: os vendedores continuam a enfatizar a satisfação do consumidor no período após a venda ter sido realizada. Englobam a atividade de reduzir eventuais receios do cliente com o produto/serviço, prover acompanhamento ou manutenção. Objetiva construir boa vontade e aumentar as chances de vendas futuras. Cada uma destas etapas engloba uma grande quantidade de técnicas e ferramentas para tornar o processo de vendas mais eficiente e eficaz. O capítulo seguinte aborda algumas técnicas de vendas que podem ser utilizadas nas etapas antes apresentadas: 1.4 Técnicas de vendas: As técnicas a seguir descritas são apresentadas de forma resumida, pois não se trata do objetivo deste curso formar vendedores, mas apenas direcionar os estudos para os aspectos das técnicas de vendas que são mais cobrados na prova do concurso. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 6 Portanto, caso seja do seu interesse, candidato, em aprofundar a matéria, recomendamos desde já a leitura do livro “Técnicas de Vendas – como vender e obter bons resultados”, de Alexandre Luzzi Las Casas (4ª edição, Ed. Atlas). Além deste autor, há diversos outros teóricos que podem tratar do tema com mais profundidade. Desta forma, a partir da classificação de Dubinsky antes relacionada, apresentamos algumas técnicas de vendas mais relevantes: a) Técnicas na prospecção: podem ser utilizados clientes satisfeitos, clientes visitados, contatos e redes de relacionamento, além de atividades de promoções de venda, para gerar novos nomes. b) Técnicas para pré-abordagem: uma quantidade grande de informações pode ser buscada a respeito do cliente potencial, diferenciando clientes finais de clientes industriais. Os primeiros devem se basear na coleta de informações pessoais, para identificar desejos e necessidades que estão por trás das necessidades mais superficiais. Os segundos devem se basear nas informações em relação à empresa e ao setor, além da identificação dos diversos participantes do processo de compra. Discute-se muito na literatura de vendas a varejo o uso ou não de técnicas de realização de perguntas diretas, razão pela qual recomendamos tentar obter estes dados de formas mais subliminares. c) Técnicas de apresentação de vendas: nesta fase, algumas abordagens possíveis por parte do vendedor são: c.1) estímulo-resposta: os vendedores são treinados a dar respostas conforme as reações dos clientes. Pode ser problemático pois não permite a flexibilidade e criatividade necessárias ao processo de vendas mas, por outro lado, ajuda na padronização da apresentação de vendas; c.2) abordagem mental: utiliza o chamado modelo AINDA (Atenção, Interesse, Desejo e Ação), que parte da premissa que o consumidor passa por etapas e a apresentação de vendas deve seguir estas etapas. c.3) atendimento de necessidade: buscam-se as necessidades não atendidas dos clientes e oferece-se o produto da empresa que melhor atenda a estas necessidades; c.4) resolução de problemas: busca dar uma solução mais completa para o cliente, inclusive recomendando-o a não comprar da empresa. O objetivo primordial neste caso passa a ser o de gerar CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 7 relacionamentos de longo prazo, que possivelmente serão mais lucrativos que uma abordagem do tipo hard, imediatista. Outra abordagem possível na fase de apresentação de vendas é a que classifica as técnicas de vendas como “enlatadas” ou “adaptadas”. As primeiras são aquelas nas quais o comportamento e a apresentação de vendas são padronizados a partir dos ensinamentos de instrutores e resultam em um procedimento inflexível. Um exemplo clássico é a estratégia de vendas no MacDonald´s. As segundas destacam o fato de que a capacidade de adaptação é uma das características mais importantes das vendas pessoais, já que pressupõe a possibilidade de ouvir minuciosamente as necessidades e desejos dos consumidores e adaptar a mensagem a um consumidor especifico. d) Técnicas ao lidar com objeções: compreendem formulações a respeito de formas diferentes de pagamento, destaque de atributos do produto, lidar com resistências em relação à empresa e mesmo ao vendedor. e) Técnicas de fechamento de vendas: oferecer itens adicionais, por exemplo, considerando que o principal já foi comprado, são muito usadas nesta fase. 1.4.1 A venda de serviços: Como estamos centralizando nossos estudos em torno da venda de serviços, é importante destacarmos algumas técnicas de vendas para este segmento, a partir das características principais dos serviços, ou seja: intangibilidade, inseparabilidade e perecibilidade. a) Intangibilidade: para contornar esta característica, é preciso relembrar que, como já estudamos, a reputação da empresa e sua imagem no mercado são aspectos relevantes. Esta imagem é o resultado de uma série de detalhes que variam desde a apresentação e aparência do vendedor até o layout e a organização do escritório. Uma relação de clientes bem atendidos e satisfeitos ajuda a transmitir credibilidade maior, principalmente se a empresa não for conhecida no mercado. As vendas poderão ser feitas de forma indireta, pelo apoio da agência de propaganda, imprensa especializada e professores. O profissional responsável pela empresa poderá participar de congressos, dar palestras, escrever artigos, entre outros, tudo para criar uma imagem de credibilidade em seu campo de atuação. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 8 b) Inseparabilidade: trata-se, como vimos, da simultaneidade de produção e consumo. Na maioria dos setores, o consumo de serviços depende do vendedor, ou seja, da venda direta. Por esta razão, o desentendimento com um funcionário da organizaçãopoderá prejudicar o relacionamento com o cliente. A ênfase, portanto, se concentra no desenvolvimento da orientação profissional, a fim de transmitir uma imagem de competência, honestidade e sinceridade. c) Perecibilidade: Como os serviços não podem ser produzidos em massa nem estocados, faz-se necessário que a prestadora de serviços demande uma capacidade antecipada, com mais contratações e treinamento, diante da previsão de maior demanda, mesmo que esta não ocorra. Conforme sustenta Toledo, “a capacidade e aptidão de produzir um serviço devem existir antes que qualquer transação seja realizada”. A perecibilidade se refere às instalações não utilizadas. Um exemplo clássico é a das poltronas dos aviões, que podem fazer com o que o avião decole vazio, enquanto que uma demanda subestimada pode gerar casos de overbooking, ou seja, venda passagens com um número menor de assentos no vôo. As características de cada serviço podem determinar uma maior ou menor importância de um ou outro fator antes descrito. Mas, em todos, parece ser o mais relevante a imagem e o nível de conhecimento do vendedor. Isto porque, se o comprador compra atos, ações, desempenhos, o consumo ocorre quando comprador e vendedor estão em interação em seus contatos pessoais. Portanto, quanto mais treinamento o vendedor de serviços procurar e melhor desempenhar seu nível de atendimento, melhor será a imagem de projetará e melhor será o serviço que o consumidor receberá. Ainda, como o marketing é um esforço integrado de várias partes de uma mesma companhia, o profissional de vendas deve agir conforme as instruções que receber da alta administração. A imagem do vendedor reflete não somente seu nível de conhecimento, mas também sua aparência, seus comportamentos, sua forma de agir etc. Assim sendo, a venda de serviços pode ser feita de duas formas básicas: i) com uma abordagem centralizada no desempenho da empresa, ou centralizada no problema do cliente. Na abordagem com enfoque no desempenho da empresa, o vendedor menciona a seu cliente em potencial todos os méritos passados obtidos, como clientes atendidos e satisfeitos, recursos humanos e instalações, entre outros. O vendedor, neste caso, deverá incluir em sua apresentação CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 9 resultados obtidos, estrutura da organização, capacidade dos colegas profissionais etc. O enfoque do desempenho valoriza aspectos externos e méritos obtidos na profissão. Já o enfoque no problema do cliente orienta-se por outro tipo de consideração. Em vez de estar principalmente preocupado em mostrar ao cliente que a empresa é capacitada, o vendedor procura demonstrar que conhece o assunto e dirige toda a sua apresentação em torno do problema do cliente. Neste caso, ele deverá fazer sua apresentação procurando resolver o problema apresentado, propondo soluções alternativas, fazendo recomendações etc. Em realidade, no entanto, o ideal é que os vendedores enfatizem as duas estratégias ao abordar o cliente. Enquanto que no enfoque no desempenho da empresa ele ajudará a sedimentar a confiança do consumidor, com o segundo ele auxiliará o cliente a constatar que o profissional realmente conhece o assunto. Uma recomendação final é para que o vendedor de serviços tenha sempre à mão papel e lápis, ou algo concreto para que seja usado em suas apresentações. O esforço em materializar o intangível é sempre válido, pois ajuda a visualização do consumidor. As recomendações aqui tratadas se aplicam, com segurança, também às estratégias de vendas no setor bancário. Como as decisões de preço, canais e de comunicação e administração de vendas são informações estratégicas relacionadas aos posicionamentos dos bancos, quando você, candidato, já tiver sido aprovado e empossado no seu concurso-alvo no setor bancário, procure se informar sobre estes dados em sua organização. 1.4 Motivação para vendas A maioria dos vendedores precisa de incentivos e estímulos especiais, em especial nas vendas de campo. Há que se considerar que estes vendedores em geral trabalham sozinhos, com horários irregulares e quase sempre longe de casa. Muitas vezes se deparam com outros vendedores agressivos, têm um status inferior ao do cliente e em geral não têm autoridade para fazer o necessário para conquistar uma conta, por falta de autonomia. Quanto mais alta for a motivação do vendedor, maior será seu esforço. Assim, duas premissas devem ser observadas: CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 10 a) Os gerentes de vendas devem ser capazes de convencer os vendedores de que eles podem vender mais trabalhando mais ou sendo treinados para trabalhar de maneira mais adequada (a não ser que as vendas sejam determinadas por condições econômicas ou ações da concorrência) b) Os gerentes de vendas devem ser capazes de convencer os vendedores de que a recompensa por um desempenho melhor vale o esforço extra. Para tanto, as recompensas devem ter um critério claro de atribuição e não podem ser pequenas demais, ou inadequadas. Há, ainda, a possibilidade de serem estabelecidas recompensas intrínsecas e extrínsecas. Estudos a este respeito apontam que a recompensa mais valorizada é a remuneração, seguida da promoção, do reconhecimento pessoal e da sensação de ter realizado algo relevante. Por outro lado, as recompensas menos valorizadas foram a simpatia e o respeito, a segurança e o reconhecimento. Estes fatores, no entanto, tendem a variar de uma região para outra e, também, do próprio perfil do vendedor: assim, por exemplo, vendedores mais velhos tendem a valorizar mais as recompensas financeiras, enquanto que vendedores mais jovens tendem a privilegiar recompensas não materiais. Outro ponto relevante é que a maior parte das empresas tende a estabelecer quotas anuais de vendas em termos de valor, volume unitário, margem, esforço ou atividade de vendas ou tipo de produto. O gerente de vendas divide a quota de sua área entre seus vendedores. Em geral, uma boa quota de vendas é assim considerada quando for pelo menos igual às vendas feitas pelo vendedor no ano anterior, somadas a uma fração da diferença entre o potencial de vendas do território e das vendas do último ano. Os lucros tendem a ser maximizados por vendedores que concentram suas vendas em produtos mais importantes e mais rentáveis. Quando uma empresa lança vários produtos novos ao mesmo tempo, em geral os vendedores não conseguem atingir a quota para os produtos preexistentes, Assim, nestes casos de lançamentos de produtos novos as forças de vendas devem ser ampliadas. Estabelecer quotas, no entanto, pode também trazer problemas. Se o potencial de vendas for subestimado pela empresa, os vendedores tenderão a alcançar facilmente suas quotas e a empresa terá pago a estes uma remuneração supervalorizada. O oposto também é problemático: estabelecer quotas impossíveis que não serão alcançadas e causarão problemas de remuneração aos vendedores. Ainda, a pressão por vendas pode fazer os CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 11 vendedores negligenciarem o atendimento ao cliente em nome de fechar o maior número de negócios possível. O resultado, indubitavelmente, será a criação de uma massa de clientes insatisfeitos. Por esta razão, muitas empresas vêm abandonando o sistema de quotas e passando a adotar sistemas mais complexos, baseados em diversos indicadores, como satisfação do cliente, repetição de negócios e lucro. Uma boaavaliação de desempenho demanda da empresa um bom feedback, ou seja, a empresa tem que monitorar regularmente seus vendedores para poder avaliar bem seu desempenho. A fonte de informação mais importante para os vendedores é o relatório de vendas. Outras informações, no entanto, podem ser obtidas por meio de avaliação pessoal e, também, através da manifestação dos clientes, em elogios ou reclamações. O relatório de vendas engloba tanto o planejamento de atividades do vendedor quanto o relatório de resultados das atividades. Algumas empresas ainda demandam que seus vendedores elaborem um plano de marketing territorial anual, esboçando um programa para desenvolvimento de novas contas e para aumento dos negócios nas contas existentes. A avaliação formal dos vendedores é feita a partir dos relatórios da força de vendas, em conjunto com outras observações. Uma das formas de se avaliar consiste em comparar o desempenho atual com o passado, em uma série histórica. Mas a mera comparação numérica de vendas pode não ser suficiente. O vendedor pode produzir muitas vendas mas os clientes podem não estar satisfeitos com ele. Um número crescente de empresas está medindo a satisfação do cliente não apenas com seus produtos e serviços, mas também com seu pessoal de vendas. A opinião dos clientes sobre o vendedor, o produto e o serviço pode ser avaliada por meio de questionários encaminhados pelo correio ou por meio de telefonemas. Por fim, as avaliações podem também estimar o conhecimento do vendedor sobre a empresa, o produto, os clientes, a concorrência, o território e sobre suas próprias responsabilidades. 2) Etiqueta empresarial: comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal e telefônico. Etiqueta é um conjunto de princípios e regras que são seguidas não por mera formalidade, mas para que a convivência entre as pessoas seja civilizada. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 12 Em sua essência, a etiqueta empresarial não difere da etiqueta em geral. Etiqueta é algo lógico, cujo único objetivo é facilitar a vida as pessoas e dar a elas segurança para quebrar algumas regras quando a educação ou o bom senso permitirem. A etimologia da palavra etiqueta vem de “pequena ética”, antigamente limitada apenas aos nobres. Com o passar dos tempos, no entanto, ela ultrapassou barreiras sociais e serve para todos, dentro e fora do ambiente de trabalho. A despeito de parecer um conceito que pode ser irrelevante, já que as pessoas tendem a se considerar naturalmente elegantes, no ambiente de trabalho, em especial, há dicas importantes sobre como se portar que devem ser seguidas. Cada vez mais, as empresas contratam as pessoas por suas capacidades técnicas, mas as demitem pelo aspecto comportamental. O mercado de trabalho está procurando uma forma de diferenciar candidatos que têm formações semelhantes e, para tanto, o comportamento das pessoas assume um peso cada vez maior nas avaliações de desempenho. Reproduzimos abaixo alguns conceitos mais relevantes, para depois adentrarmos em algumas situações mais específicas: a) O comportamento de um profissional deve ser, antes de tudo, orientado pela ética – sem ela, não se pode nem mesmo começar, quanto mais sustentar uma relação profissional; b) O investimento em informação/atualização e a postura adequada para receber treinamentos da empresa são uma importante faceta do bom profissional; c) É fundamental adquirir desenvoltura social em jantares, coquetéis, almoços de negócios e, também, no dia-a-dia de trabalho na empresa; d) Cuidar da aparência é essencial – além de não se ter uma segunda chance de causar a primeira impressão, o profissional pode ser ofuscado por uma aparência descuidada, ainda que apresente um bom desempenho no trabalho; e) Ser seletivo é diferente de ser preconceituoso – evite torcer o nariz para o que é novo ou diferente, inclusive comidas. Pode-se estar diante de uma oportunidade disfarçada; f) É importante saber ser reverente/respeitoso sem ser subserviente – a atitude “capacho” é alvo de piadas, não de elogios; CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 13 g) Mantenha o bom humor – seus problemas pessoais só dizem respeito a você e, se você tem problemas no trabalho, resolva-os, mas não “desconte” nos seus colegas. O bom humor faz seu trabalho render e aparecer muito mais; h) Seja cooperativo e não competitivo – saber trabalhar em equipe é um diferencial cada vez mais valorizado no mercado de trabalho; i) Fuja das fofocas – fazer parte de um time não significa saber da vida alheia. j) Gerencie seu estresse – as explosões de irritação no trabalho muitas vezes são reflexo direto do estresse a que os empregados estão sujeitos. Lembre-se sempre que de há vida fora do trabalho. Feitas estas considerações de ordem genérica, passamos a seguir discorrer a respeito de dicas mais específicas: a) A forma como um profissional se apresenta em público: Ao se dirigir a um colega de trabalho ou superior hierárquico pela primeira vez, procure sempre dar seu nome e sobrenome: isto facilita a identificação de pessoas que tenham prenomes iguais. Da mesma forma, fale olhando nos olhos das pessoas e evite colocar a mão no bolso ao falar em público. Olhar para baixo enquanto fala também é uma atitude a ser evitada. b) Uso dos cartões de visita: Antigamente, os cartões de visita eram um complemento indispensável para o profissional que desejasse demonstrar certo prestígio social. Ainda, eram usados como forma de identificação quando a pessoa procurada não estava no local. A pessoa que a estava procurando, então, depositava seu próprio cartão de visitas em uma bandeja de prata, no hall de entrada da casa ou do trabalho e, para facilitar o cartão ser levantado pela pessoa procurada, quando ela retornasse, se dobrava a borda superior do cartão. Evidentemente, este hábito não mais se justifica e deve ser banido. Atualmente, o cartão de visitas deve conter todas as informações necessárias para que o contato tenha continuidade: nome completo, cargo, endereço (com CEP), telefones (com DDD), e-mail profissional e, se houver, o site da empresa. O número do celular, a não ser que profissional, não deve ser impresso e, se for o caso, pode ser escrito à mão, sempre na frente do cartão. O verso do cartão deve ser usado somente para escrever alguma mensagem que acompanhe um brinde institucional, por exemplo. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 14 O cartão também não deve ser riscado, nem mesmo o sobrenome, ainda que se queira dar um ar de informalidade ou intimidade com quem o recebe. Seja também seletivo ao passar seus cartões adiante: os cartões são instrumentos profissionais e, como tal, devem ser usados neste tipo de ambiente. Ao entregar o cartão, deixe sempre a parte impressa para cima, de modo que a pessoa que o recebe possa ler o que está escrito. Em uma reunião, o primeiro cartão a ser dado deve ser o do executivo principal e assim sucessivamente, por ordem de hierarquia. Se houver troca de dados do cartão (endereço, e-mail ou telefone), deixe de usar o cartão e providencie outros. Não os rasure. Por fim, evite trocar cartões em almoços e jantares. Se absolutamente necessário, aguarde a sobremesa para fazer a entrega. c) O comportamento em ocasiões festivas: É permitido se divertir, mas nunca se pode esquecer que a festa da empresa é também uma faceta do seu trabalho. Portanto, evitebeber ou comer demais, não movimente os talheres como armas à mesa, use um traje mais comportado do que o que você usaria em um evento não profissional e, dentro do possível, evite “paquerar” nestes eventos. Mesmo que a empresa não tenha políticas contrárias ao relacionamento entre colegas de trabalho, há lugares mais adequados (e privados, longe dos olhos dos demais colegas) para desenvolver seu relacionamento ou demonstrar seu interesse. Em amigos-secretos e trocas de presente de fim de ano, procure se ater ao valor estipulado entre os colegas ou manter-se na média, caso não haja valor máximo, e não faça distinção entre os colegas, mesmo que você tenha sorteado seu chefe. A postura de “puxa-saco” não é bem vista. d) Como se portar no dia-a-dia do ambiente de trabalho: Como já destacamos ao relacionar as principais características de uma boa etiqueta profissional, deixe seus humores fora da relação profissional. Além da pessoa que usualmente é taxada de grosseira, existem outros “personagens” com quem devemos evitar ser identificados: aquele(a) que fuma sem parar junto aos colegas, ainda que esteja em uma sala fechada; aquele(a) que abusa do perfume; o derrotista, que sempre preconiza que os projetos vão dar errado; aquele(a) que deixa sua libido e interesse pelo sexo oposto dominar seus pensamentos, frequentemente se descontrolando e incomodando seus “alvos” e, ainda, o “nervosinho”, que está sempre pronto a ter um ataque de raiva. Ser rotulado, sem ser de forma elogiosa, é sempre um problema. Evite os excessos. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 15 Ainda, mantenha seus problemas pessoais para si. A pessoa que se descontrola no ambiente de trabalho pode ser encarada como alguém que não tem competência para gerenciar a vida pessoal. Este tipo de rótulo pode se estender para sua capacidade profissional. Se o problema estiver ocorrendo em sua vida pessoal e for inevitável o impacto deste em seu desempenho profissional (como um processo de divórcio, por exemplo), comunique-o ao seu chefe, sem entrar em detalhes, e aos seus colegas mais próximos, pedindo discrição. A partir daí, evite ficar se lamentando em público. Evite pedir que sua secretária ou colegas resolvam coisas pessoais para você. Da mesma forma, procure não pedir o celular do colega emprestado e, se for abordado com um pedido desconfortável ou inadequado, aprenda a dizer não. Coloque-se sempre no lugar da pessoa para quem estiver fazendo o pedido e analise sinceramente se ficaria constrangido. Não bata-boca com um desafeto no ambiente de trabalho. Além de ser uma postura passível de demissão por justa causa, o problema não se resolverá. Se o colega-problema for um boicotador dos projetos que você apresentar, chame-o para uma conversa, que deve abordar a necessidade de que a empresa seja olhada como um todo e que, ao boicotar o seu trabalho, a pessoa estará, no fundo, prejudicando a companhia. Se ainda assim não funcionar, passe o assunto para a chefia, de preferência munido de provas, expondo o problema de modo objetivo e evitando exprimir suas próprias impressões pessoais. Ser assertivo não é ser dedo-duro. Seja pontual, sempre. Evite inventar desculpas para atrasos. Mesmo que você esteja alcançando sucesso profissional na empresa, seja humilde e discreto. Hoje em dia, ser bom em alguma coisa já não basta. Ser grosseiro com colegas e subordinados faz seu bom trabalho perder o brilho. Procure não usar sua posição para obter determinados privilégios que o cargo e o seu salário já não prevejam. Lembre-se sempre que, se você é um sucesso, deve ser admirado e servir de exemplo. e) Código de vestimenta ou dress code. O dress code é uma espécie de linha-mestra que determina a maneira como as pessoas na empresa devem se vestir. Assim, se o ambiente é formal, adote roupas com esta característica. Mesmo em um ambiente informal, evite excessos. Separe, na medida do possível, roupas para sair das roupas para trabalhar. Você é o reflexo da imagem de sua empresa. Portanto, procure não se distanciar da mensagem e dos valores que ela procura demonstrar ao mercado. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 16 Ao visitar um cliente, se ele for mais simples, vista-se de forma que não o faça se sentir diminuído. Caso, ao contrário, o cliente seja formal, vista-se de acordo para a visita. Procure usar no ambiente de trabalho roupas de qualidade e em peças que combinem entre si. Não há problemas em repetir a roupa, mudando, se possível, os acessórios. O que deve se destacar é a sua excelência profissional, não o que você veste, sobretudo se isto ocorrer como motivo de piada. Para as mulheres, evite barrigas à mostra, tatuagens e piercings em evidência, assim como roupas muito decotadas, ou calças com a cintura baixa demais ou muito justas. Moderação no perfume usado também é essencial. O sapato também é parte da vestimenta. Assim, evite o uso de sandálias rasteiras ou muito descobertas, que podem revelar ao final do dia um pé inchado ou sujo. Procure usar sandálias mais fechadas ou, se possível, sapato fechado com meia. A lingerie deve ser ocultada sempre, ainda que você esteja usando blusas sem mangas. Transparências também devem ser evitadas. Para os homens, também vale a regra do bom-senso: se a empresa exige o uso de gravata, use-a da forma correta: a gravata com a camisa social de mangas longas. Vestir uma camiseta de algodão sob a camisa é a solução perfeita para quem transpira demais. Mocassins e docksides combinam com calças jeans e de sarja e podem ser usadas sem meias. Se a empresa não permitir este tipo de vestimenta, use sapato social com meia. Em reunião, imite a pessoa hierarquicamente mais importante da mesa. Se o chefe e o cliente permanecerem de paletó, limite-se a desabotoar o paletó, hábito que deve ser feito sempre em que você se sentar. Em uma videoconferência, lembre-se que as pessoas estarão te vendo, além de ouvir. Vista-se como se você estivesse em uma reunião presencial. f) Comportamento em áudio/videoconferências. Ao marcar a áudio ou videoconferência, leve em conta o fuso horário de todos os presentes à reunião. Teste os equipamentos antes de começar a reunião. Caso o problema ocorra durante o evento, mantenha calma e avalie se o problema pode ser solucionado rapidamente. Caso contrário, marque outra reunião. Se você não tiver habilidade para lidar com o equipamento, peça ajuda ou contrate alguém com a competência necessária. Caso haja documentos ou planilhas de pequeno tamanho para serem lidos/analisados, circule o material por e-mail antes da áudio, mesmo que a tela CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 17 do seu aparelho de videoconferência seja grande. A dos demais participantes pode não ser. Ao iniciar sua apresentação, cumprimente, de forma breve e nominalmente, todos os participantes e, a partir daí, dirija-se somente a quem for o alvo do seu comentário. Aja como se estivesse em uma reunião normal. Vista-se adequadamente e evite gesticular demais com as mãos ou falar alto. Em sua convocação, não se esqueça de pedir que as pessoas confirmem a participação e envie uma prévia (briefing) dos temas que serão abordados. Procure se ater ao que tiver sido combinado. Ao concluir, agradeça a participação de cada um (nominalmente) e, à medida em que fizer isso, aproveite para se despedir. g) Não faça fofoca. Não ouça fofoca. Não ocupe os ouvidos dos colegas.Ao ser perguntado se está “tudo bem”, ou “como vai”, responda simples e puramente que está tudo bem, obrigado(a). Este tipo de interrogação é retórica. Ser extrovertido e falar bastante é uma coisa. Pessoas inconvenientes falam demais. E quem fala demais acaba falando o que não deve. Jamais caia na tentação de passar adiante algo que lhe tenha sido contato e que lhe pareça pessoal ou confidencial e também não pergunte além do permitido sobre as particularidades da vida dos outros. h) Relacionamentos afetivos no ambiente de trabalho 76% dos relacionamentos no Brasil se iniciam no ambiente de trabalho. Portanto, é evidente que um local onde se passa boa parte do tempo é propício a encontrar sua cara-metade. No entanto, saiba de antemão qual é a política adotada pela empresa com relação a este assunto. Se os relacionamentos não forem tolerados, evite se envolver neste ambiente. Caso isso não seja possível, mantenha o relacionamento de forma absolutamente discreta até que este se torne “sério”. Considere a hipótese de um dos membros do casal ter de mudar de emprego. Mesmo que a política da empresa não seja contrária a relacionamentos, não abuse. Não demonstre afeto por meio de beijos ou abraços no ambiente de trabalho. Não use o e-mail corporativo para a troca de mensagens românticas, deixe estes momentos para o período de lazer privado. Não participe aos seus colegas das brigas e reconciliações do casal. Mesmo que não haja envolvimento afetivo maior, evite tratar seus colegas por expressões como “meu bem”, “querido(a)”. É feio e inconveniente. Guarde CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 18 este tratamento para sua vida pessoal e para aqueles que realmente são próximos a você. Evite beijar, abraçar e tocar seus colegas no dia-a-dia, isso denota insegurança e falta de educação. Para saber a que distância ficar do seu interlocutor, use seu braço esticado como medida. Só ultrapasse esta marca se a pessoa for íntima. Toda vez em que esbarrar em alguém, mesmo que sem querer, peça desculpas. Use um tom de voz um pouco mais baixo para enfatizar trechos de sua fala que você julga mais interessantes. Isto obrigará seu interlocutor a prestar mais atenção no que você diz. Module a velocidade da fala para que seu discurso não cause sono, nem seja difícil de ouvir. Não enrole, seja assertivo em suas colocações. Capriche no português. i) Como se portar em caso de doença. Em caso de doença, procure o médico da empresa para ver se é possível obter uma licença. Em caso de gripe, se possível, adie seus compromissos. Caso não seja possível, evite ao máximo beijar e apertar as mãos. Cumprimente as pessoas de longe. A mesma regra vale para conjuntivites e para outras doenças infectocontagiosas. Com a gripe, vêm os espirros e a coriza. Ande com lenços de papel, mas limite-se a “aparar” a coriza em público. Deixe para limpar ruidosamente o nariz na intimidade de um banheiro. Procure espirrar sem estardalhaço – não prenda o espirro, porque faz mal à saúde, mas não faça todos os membros da empresa saberem que você está resfriado. j) Uso do e-mail O e-mail corporativo é uma ferramenta de trabalho. Portanto, de fato, seu empregador pode rastrear o que você lê ou envia, inclusive arquivos antigos. Evite usar o e-mail para outro fim que não o estritamente profissional. Deixe as piadas e mensagens pessoais para seus momentos de lazer. Evite sobrecarregar a caixa de mensagens dos colegas. Quase toda empresa adota uma limitação ao tamanho da caixa de correio. Ao receber uma mensagem encaminhada para vários destinatários, a não ser que absolutamente necessário, evite responder para todos, limite-se a seu interlocutor e, no máximo, seu gestor e/ou o gestor de seu colega. Ao mandar um e-mail, evite solicitar confirmação de recebimento e dos recados (a mesma dica vale para os recados na secretária eletrônica) e saiba que a sua pressa em receber uma resposta pode não ser a mesma da pessoa CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 19 que recebeu o e-mail. Se for necessário confirmar o recebimento, peça no corpo do e-mail que seu destinatário entre em contato tão logo receba a mensagem. k) Comportamento em treinamentos Se a empresa o convocou para um treinamento, é porque está apostando em sua carreira. Sempre há o que aprender num treinamento. Se ainda assim você considerar que se está perdendo tempo, convença seu gestor disso antes do treinamento começar. Caso ele não concorde com você, vá ao treinamento, chegue no horário e participe das atividades propostas. O treinamento é apenas mais uma atividade do seu trabalho, quer seja do seu agrado, quer não seja. Encare-o com seriedade. l) Comportamento em reunião: Reuniões fazem parte do dia-a-dia do ambiente profissional. Caso você compareça a uma em que não haja lugares marcados, saiba que quanto mais perto do chefe você se sentar, maior o seu poder. Portanto, cuidado para não exagerar no autoconceito. Ceder lugar a quem realmente deve se sentar ao lado do chefe é vergonhoso. A não ser que ele te chame para sentar ao lado dele, procure se sentar de acordo com a ordem de hierarquia. É mais fácil retomar um raciocínio interrompido se antes da reunião você tiver planejado o que vai dizer e seguir uma sequência lógica. Quanto retomar o assunto, faça uma breve retrospectiva de seu último argumento e vá em frente. Sempre que possível, sinalize antes a quem está falando que você pretende interrompê-la. Se a reunião for marcada na última hora e você já tiver um compromisso, comunique sua impossibilidade de comparecer ou ficar até o final da reunião a quem a estiver presidindo. No dia da reunião, sente-se num local estratégico que lhe permitirá sair da sala sem atrapalhar as outras pessoas. Caso sinta sono, use o seguinte truque: sente-se com as pernas paralelas e aperte seus joelhos firmemente com as duas mãos. Espanta o sono e alivia a tensão. m) A vida profissional em “baias” As chamadas estações de trabalho, ou “baias”, são uma maneira moderna e eficiente de integrar os empregados de uma empresa, compartilhando o ambiente. Ao usar uma estação de trabalho, evite se balançar/balançar as pernas enquanto trabalha. Outro ponto crucial é manter o controle do tom de voz enquanto falar ao telefone ou com outros colegas. Se for necessário se comunicar com um colega CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 20 que esteja longe da sua mesa, Levante-se e vá até onde ele estar. Não grite, isso atrapalha e desconcentra os demais colegas. Evite conversar assuntos pessoais neste tipo de ambiente, como ele é feito para integrar as pessoas, todo mundo ouve o que você está falando. n) Mudando de emprego/se desligando da empresa É preciso saber sair de uma empresa sem bater a porta atrás de si. Se um colega perguntar por que razão você está partindo e você achar que deve, conte os verdadeiros motivos, mas evite o uso de fofocas que comprometam a imagem do seu gestor e da empresa. Evite sair falando mal de tudo e de todos. Na entrevista de desligamento no RH, fale a verdade, mas evite carregar em razões pessoais. Ao se despedir, seja seletivo e se despeça daqueles de quem você realmente gosta ou que foi parceiro em algum projeto. Se não tiver condições emocionais de fazê-lo, mande um e-mail curto e simples. 3) Lei nº 10.048/00 (dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica) Há muito se destaca na sociedadecivil brasileira e nas práticas do Estado Moderno, incrementado pelos avanços conquistados pela Constituição de 1988, o planejamento e gestão das parcerias direcionadas ao atendimento de pessoas com deficiência ou com dificuldades de locomoção, ou com restrições de locomoção. Neste sentido, ao menos do ponto de vista legal (já que, como veremos, do ponto de vista prático a situação seja um pouco diversa), são identificados discursos convergentes quanto: a) à ressignificação do papel do Estado e da sociedade no cuidado aos deficientes, idosos, gestantes, lactantes e pessoas com dificuldades de locomoção, b) à supervalorização da legalidade constituída; c) ao moralismo abstrato da inclusão e à instrumentalidade necessária à gestão e aos processos de inclusão e proteção destas pessoas genericamente definidas como de “necessidades especiais”. Os principais dilemas e desafios atuais entre o Estado e a sociedade civil para mudança de cenários na forma de tratar estas pessoas, visando à garantia do direito subjetivo ao respeito, proteção e cuidado destas, passam por uma CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 21 série de análises a respeito da visão do Estado e da sociedade sobre educação, inclusão, compreensão sobre o espaço público, interpretação da legislação e gestão política destas leis e garantias. No Brasil, não é por falta de leis e normas que os direitos das pessoas com deficiência ou com necessidades especiais não são efetivados, já que há uma ampla e intensa produção legislativa neste sentido. Entre as principais leis, decretos e portarias nas diversas áreas, destacam-se, por exemplo: - Portaria nº 2.854, de 19/07/2000 alterada pela Portaria nº 2.874, de 30/08/2000, institui as modalidades de atendimento da PNAS. - Lei da Acessibilidade (Lei nº 10.098, de 19/12/2000), estabelece critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. - Lei da Prioridade de Atendimento (Lei nº 10.048/00, de 08/11/2000), dá prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência física, idosos e gestantes. - Lei nº 10.182 de 12/02/2001, restaura a lei 8.989 / 95 que dispõe sobre a isenção e IPI, para transportes de pessoas portadoras de deficiência. - Portaria nº 818/GM do Ministério da Saúde, de 05 de junho de 2001, cria as Redes Estaduais de Assistência a Pessoa Portadora de Deficiência Física. - Instrução Normativa nº 20/2001 da Secretaria de Inspeção do Trabalho, de 19/01/2001, dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pela Fiscalização do Trabalho no exercício de atividade de fiscalização do trabalho das pessoas portadoras de deficiência. - Lei nº 10.046 de 10/01/2002, institui o Novo Código Civil. - Portaria do Ministério da Saúde nº 1.060 de 05/02/2002, aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. Além de todo o aparato legal já existente, tramitam no Congresso Nacional vários projetos para criação e alteração de leis, com o intuito de garantir cidadania às pessoas com deficiência e com necessidades especiais, todas destinadas a assegurar a integração e a inclusão social e o pleno exercício dos direitos individuais e coletivos das pessoas que apresentam limitação em suas atividades. Qualquer avanço legal nesta área, contudo, esbarra muitas vezes na concepção de que tais pleitos, embora tenham legitimidade, parecem aos olhos da maioria da sociedade civil como mais um instrumento que não torna direitos CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 22 em realidade, pois apenas se reproduzem e compilam legislações já existentes e em vigor no país. Como dizia o ilustre escritor George Bernard Shaw, "O maior pecado contra nossos semelhantes não é o de odiá-los, mas de ser indiferentes para com eles". As diretrizes para a avaliação da situação dos portadores de necessidades especiais no Brasil passam por uma série de aspectos, dentro os quais se destacam a conceituação sobre inclusão, a reafirmação e função desta inclusão e a abrangência das pessoas atendidas por essas medidas. Entende-se por inclusão a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, sociedade essa que deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, da aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida. Pensar em inclusão, sem levar em conta as diferenças individuais, é banalizar a vida das pessoas, não considerando suas limitações e potencialidades singulares. Logo, não há um ou dois caminhos para promover a garantia do direito prioridade de atendimento que esteja acima dos limites e utopias, muitas vezes propostos em nome da integração ou da inclusão. Outro desafio a ser vencido é a determinação de uma nova compreensão sobre o espaço público, que não seja aquela assistencialista e do Estado. No que se refere à reafirmação e função desta inclusão, o que se verifica, como já tivemos a oportunidade de salientar, é que ações ambíguas têm se repetido em distintos momentos da formulação política, provocando tensões e conflitos, sem, contudo, gerar efeitos práticos efetivos para incluir estes indivíduos na sociedade. Por fim, há que se notar que a abrangência das pessoas atendidas por essas medidas ainda é muito reduzida, bem como que a divulgação de tais direitos, exceção feita às regras mais comuns de prioridade no atendimento, em especial em instituições financeiras (bancos), somente nos últimos anos passou a ser difundido. Outro ponto importante sobre o qual devemos falar antes de adentrar na análise da lei em si é o que vêm a ser os conceitos de deficiência e de mobilidade reduzida. É corriqueiro associar deficiência com incapacidade, mas nem toda deficiência provoca limitação de capacidade e problemas de desempenho. A deficiência pode comprometer apenas uma função específica e preservar as CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 23 outras. Por exemplo, um deficiente visual não está impedido de ter uma vida independente, trabalhar e praticar atos da vida civil, já que sua compreensão e vontade permanecem inalteradas. Portanto, não é porque a pessoa tem uma deficiência que deve ser rotulada de incapaz. De acordo com a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, o conceito de deficiência deve ser compreendido como toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade ou capacidade parcial da pessoa desempenhar atividades dentro do padrão considerado normal do ser humano. Mas essa incapacidade é restrita a determinada atividade, como andar, ver, ouvir, falar ou ao desempenho intelectual, e não significa incapacidade genérica. Como veremos mais à frente, quando tratarmos da Regulamentação às Leis 10.048/2000 e 10.098, mais especificamente no art. 5º, § 1º, I, do Decreto nº. 5.296/2004, veremos que a pessoa portadora de deficiência é definida como a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas categorias de deficiências física, auditiva, visual, mental e múltipla (associação de duas ou mais deficiências). É com base nas definições de deficiência dadas por essa norma que são concedidos os benefícios para pessoas com deficiência, tais como o benefício assistencial, reserva de vagas em concursos públicos, passe livre, entre outros.Já a pessoa com mobilidade reduzida não é necessariamente portadora de deficiência, mas tem dificuldade de movimentar-se, de flexibilidade, coordenação motora e percepção. Essa dificuldade pode ser permanente ou temporária. Também podem ser incluídas nessa definição as pessoas com mais de sessenta anos, gestantes, lactantes (mulheres que amamentam) e pessoas com criança de colo. É preciso notar, no entanto, que a lei da prioridade, sobre a qual falaremos neste tópico, possui uma abrangência muito maior do que meramente o atendimento bancário, bem como, por outro lado, é aplicável a “repartições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos”, bem como às próprias “instituições financeiras”, mas não a todo e qualquer local público, como, por exemplo, em espaços privados (como em um restaurante, por exemplo). Portanto, faz-se absolutamente necessário o conhecimento preciso da lei, sobre a qual falaremos a seguir em detalhes. Pelo seu tamanho reduzido, bem como conteúdo genérico, já que o seu maior detalhamento está descrito no Decreto nº 5.296/2004, que regulamenta tanto a lei da Prioridade quanto a da Acessibilidade, sobre o qual falaremos no CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 24 item 3 de nossa apostila, vamos passar artigo a artigo a lei, com os devidos comentários, quanto pertinentes: “Art. 1º As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei” Este artigo é o mais importante da lei, pois define as pessoas que são abrangidas por esta legislação e, muitas vezes, é aplicado diretamente nos concursos. Isto se deve ao fato de que este artigo sofreu uma mudança por força da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que fez apenas uma pequena alteração: reduziu a definição do idoso dos antigos 65 (sessenta e cinco) anos que constavam da redação original do artigo 1º da Lei da Prioridade, para os atuais 60 (sessenta) anos. A Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, cuja leitura é recomendada pois dispõe sobre o Estatuto do Idoso, dispõe, logo em seu artigo 1º, que a definição de “idoso” é aplicada “às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”. Posteriormente, para assegurar a correta interpretação da Lei nº 10.048, o mesmo Estatuto do Idoso estabeleceu, em seu artigo 114: “Art. 114. O art. 1o da Lei no 10.048, de 8 de novembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1º As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei". “Art. 2º As repartições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos estão obrigadas a dispensar atendimento prioritário, por meio de serviços individualizados que assegurem tratamento diferenciado e atendimento imediato às pessoas a que se refere o art. 1o. Parágrafo único. É assegurada, em todas as instituições financeiras, a prioridade de atendimento às pessoas mencionadas no art. 1º”. Neste artigo, é determinado quem deve observar a lei da Prioridade, qual seja, “as repartições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos” e, em seu parágrafo único, ainda são expressamente mencionadas “todas as instituições financeiras”. Portanto, candidato, muito cuidado ao analisar esta questão, pois nem todo estabelecimento aberto ao público está sujeito à vigência da lei. Como CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 25 falamos, locais como farmácias, restaurantes e lojas não estão sujeitos às regras da Lei 10.048/2000 (podem, eventualmente, estar sujeitas a outras regras de natureza local ou municipal, a depender do município onde estas se situam, mas não diretamente à Lei 10.048/2000). “Art. 3º As empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo reservarão assentos, devidamente identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras de deficiência e pessoas acompanhadas por crianças de colo. Art. 4º Os logradouros e sanitários públicos, bem como os edifícios de uso público, terão normas de construção, para efeito de licenciamento da respectiva edificação, baixadas pela autoridade competente, destinadas a facilitar o acesso e uso desses locais pelas pessoas portadoras de deficiência. Art. 5º Os veículos de transporte coletivo a serem produzidos após doze meses da publicação desta Lei serão planejados de forma a facilitar o acesso a seu interior das pessoas portadoras de deficiência. § 1º (VETADO) § 2º Os proprietários de veículos de transporte coletivo em utilização terão o prazo de cento e oitenta dias, a contar da regulamentação desta Lei, para proceder às adaptações necessárias ao acesso facilitado das pessoas portadoras de deficiência”. Os artigos 3º ao 5º, trazem normas de reservas de assento, construção de logradouros e sanitários públicos e planejamento de acesso a veículos de transporte coletivo, normas estas que foram depois detalhadas no Decreto nº 5.296/2004, sobre o qual ainda falaremos. Para estes artigos, recomendamos a simples leitura, por serem autoexplicativos. Já o § 1º do artigo 5º foi vetado porque este previa que “§ 1o Os veículos de transporte coletivo em fabricação sofrerão alterações de modo a adaptar-se às exigências deste artigo” O veto, neste caso, foi fundamentado sob o argumento de que o disposto no parágrafo seria incompatível com o caput, já que, se fixado um prazo de 12 meses para a adaptação dos novos veículos após a publicação a lei, igual tratamento deveria ser dado para a adequação dos projetos em andamento. Assim, a aplicação da norma do § 1º do art. 5º implicaria a imediata paralisação, àquela época, de toda a linha de montagem dos fabricantes de ônibus, microônibus e vans, até que os respectivos projetos pudessem ser adaptados às exigências instituídas pelo dispositivo, razão pela qual foi vetado. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 26 “Art. 6º A infração ao disposto nesta Lei sujeitará os responsáveis: I – no caso de servidor ou de chefia responsável pela repartição pública, às penalidades previstas na legislação específica; II – no caso de empresas concessionárias de serviço público, a multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), por veículos sem as condições previstas nos arts. 3º e 5º; III – no caso das instituições financeiras, às penalidades previstas no art. 44, incisos I, II e III, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964. Parágrafo único. As penalidades de que trata este artigo serão elevadas ao dobro, em caso de reincidência”. Como toda norma de direito público que contenha caráter obrigacional, a lei acertadamente impôs a devida penalidade para o descumprimento de seu regramento, penalidade esta que já foi à exaustão utilizada pelos mais diversos órgãos de defesa do consumidor do país e mesmo pelos ministérios públicos federais. A simples leitura e memorização dos valores de multa é suficiente para os fins de nossos estudos. Um ponto adicional sobre o qual vale à pena falarmos é sobre a responsabilização direta de servidores e chefia responsável por repartição pública prevista na presente lei. Com efeito, a estes servidores se aplicarão as penalidades da legislação específica, como, por exemplo,no caso de servidores públicos federais, autarquias e fundações públicas federais, deverão ser observadas as penalidades da Lei nº 8112/90. “Art. 7º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação”. Curiosamente, embora esta lei tenha sido promulgada no ano 2000, somente no ano de 2004 foi editado o Decreto nº 5.296, que regulamentou de uma só vez esta lei e a Lei da Acessibilidade. Desta forma, embora o artigo 8º da Lei 10.048/2000 disponha que “Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação”, na realidade se tratou de norma que só se tornou eficaz quatro anos depois. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 27 Para fins de fixação e sistematização da matéria, reproduzimos a seguir as principais garantias de prioridade concedidas às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O tratamento diferenciado inclui, portanto, dentre outros: I - assentos de uso preferencial sinalizados, espaços e instalações acessíveis; II - mobiliário de recepção e atendimento adaptado à altura e à condição física de pessoas em cadeira de rodas; III - serviços de atendimento para pessoas com deficiência auditiva, prestado por intérpretes ou pessoas capacitadas em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no trato com aquelas que não se comuniquem em LIBRAS, e para pessoas surdo cegas, prestado por guias intérpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de atendimento; IV - pessoal capacitado para prestar atendimento às pessoas com deficiência visual, mental e múltipla, bem como às pessoas idosas; V - disponibilidade de área especial para embarque e desembarque de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; VI - sinalização ambiental para orientação; VII - divulgação, em lugar visível, do direito de atendimento prioritário das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida; VIII - admissão de entrada e permanência de cão-guia de acompanhamento junto de pessoa portadora de deficiência ou de treinador nos órgãos públicos, bancos e demais edificações de uso público e coletivo, mediante apresentação da carteira de vacina atualizada do animal; e IX - a existência de local de atendimento específico para essas pessoas. 4) Lei nº 10.098/2000 (estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida - Lei da Acessibilidade) CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 28 Respeitar os deficientes é reconhecer que eles possuem os mesmos direitos que nós aos bens da sociedade, como, por exemplo: • os cegos poderem navegar na internet utilizando programas especiais para deficientes visuais ou terem acesso à cultura por meio de livros escritos em Braille (a escrita para cegos); • os surdos assistirem TV com a ajuda de legendas ou de um intérprete de Libras (a língua dos surdos); • os deficientes físicos poderem ter acesso aos locais públicos graças a portas largas e rampas que permitam o trânsito de suas cadeiras de roda, ou pela garantia de encontrarem vagas em estacionamentos próximas da entrada dos prédios; • escolas inclusivas onde os deficientes possam estudar nas salas de aula regulares com os demais alunos sem serem discriminados. Trata-se, com efeito, de uma série de cuidados para que eles não sejam excluídos do nosso convívio, e a acessibilidade é uma das vertentes do respeito pelos diversos e variados membros que compõe uma sociedade e de suas diversas necessidades. Acessibilidade, portanto, significa dar, a pessoas com mobilidade reduzida, o acesso aos mesmos bens e serviços disponíveis para os demais cidadãos. Com efeito, as pessoas portadoras de deficiência são objeto de proteção constitucional, nos termos do art. 227 da Constituição de 1988, a seguir transcrito: “Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) § 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 29 (....) II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)”. (grifamos) A partir desta disposição constitucional, o Congresso aprovou uma legislação que protege os deficientes, como a leis de decretos que ora estamos estudando. Por sua vez, o Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, atua para que essas leis sejam cumpridas por meio de vários procuradores regionais dos Direitos do Cidadão. Estes procuradores fiscalizam se as leis que protegem os deficientes estão sendo cumpridas e podem receber denúncias da sociedade sobre os casos de irregularidades. Especificamente no que diz respeito à Lei nº 10.098/2000, trata-se de dispositivo legal que “estabelece normas e critérios para promover a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”. Ainda de acordo como artigo 1º da referida Lei, a promoção da acessibilidade é feita por meio de “supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação”. Assim, são adotadas as seguintes definições na lei, cuja leitura é autoexplicativa e de obrigatória memorização (artigo 2º): “I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida: II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas, classificadas em: CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 30 a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público; b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no interior dos edifícios públicos e privados; c) barreiras arquitetônicas nos transportes: as existentes nos meios de transportes; d) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa; III - pessoaportadora de deficiência ou com mobilidade reduzida: a que temporária ou permanentemente tem limitada sua capacitada de relacionar-se com meio e de utilizá-lo; IV - elemento da urbanização: qualquer componentes das obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento, encanamentos para esgotos, distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico; V - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização da edificação, de forma que sua modificação ou traslado não provoque alterações substanciais nestes elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, cabines telefônicas, fortes públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga; VI - ajuda técnica: qualquer elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite o acesso e o uso de meio físico”. Como vimos nos conceitos previstos na Lei da Acessibilidade, as barreiras a serem eliminadas podem estar nas vias e nos espaços públicos, no interior dos edifícios públicos e privados, no mobiliário urbano (semáforos, postes de sinalização, cabines telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques etc.) ou nos meios de transporte e de comunicação. Neste último, as barreiras impedem a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação de massa ou não. Abordaremos, para fins didáticos, apenas os principais aspectos da Lei da Acessibilidade. Portanto, candidato, a leitura integral do texto de lei se faz obrigatória, sendo, ademais, de fácil compreensão. No que se refere às vias, parques e espaços públicos, temos que a Lei nº 10.098/2000, prevê o planejamento e a urbanização das vias, dos parques e demais espaços de uso público, que deverão ser concebidos e executados de CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 31 forma a torná-los acessíveis para as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Os já existentes, assim como suas instalações de serviços e mobiliários urbanos, deverão ser adaptados para promover a acessibilidade dessas pessoas. Este é, provavelmente, um dos artigos de mais difícil implantação e verificação em qualquer centro urbano do País. Com efeito, um dos maiores problemas para pessoas com mobilidade reduzida é a falta de acessibilidade nas calçadas, pois é difícil encontrar calçadas adequadas para que todos possam locomover de maneira segura e confortável. O tipo de material aplicado influencia na "escorregabilidade" e formação de buracos ou saliências. É comum, ainda, que no caminho destinado aos deficientes sejam encontrados árvores ou suas raízes obstruindo a passagem, e algumas vezes até mesmo se encontram mobiliários urbanos instalados de maneira inadequada, impedindo o fluxo das pessoas. Uma das razões a agravar este mal decorre do fato de que a competência para a construção e manutenção das calçadas é do proprietário do imóvel adjacente a ela. A prefeitura só assume a responsabilidade em algumas situações específicas, como nos calçamentos das vias rápidas e avenidas. Há que se destacar que a Lei da Acessibilidade já estabelece, de forma embrionária, como tais mecanismos devem ser implementados, conforma podemos depreender da leitura dos artigos 3º a 5º da Lei: “Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parque e dos espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-lo acessíveis para as pessoas portadoras de beneficência ou com mobilidade reduzida. Art. 4º As vias públicas, os parques existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobiliários urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que vise à maior eficiência das modificações, no sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 5º O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e privados de uso comunitário, nestes compreendidos os itinerários e as passagens de pedestres, os percursos de entrada e de saída de veículos, as CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 32 escadas e rampas, deverão observar os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT”. Por isso, a despeito da existência da Lei da Acessibilidade, é importante pensar nas calçadas já no Plano Diretor das Cidades, criando regras claras para os projetos de calçadas, e realizar trabalhos de orientação e de conscientização junto à toda a população que estaciona sobre a calçada, deixa caçambas, lixos ou entulhos, impedindo a função principal das calçadas, que é a mobilidade das pessoas. Continuando nossos estudos, temos que os parques de diversões, por exemplo, devem adaptar, no mínimo, cinco por cento de cada brinquedo e equipamento e identificá-lo com vistas a possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, desde que isso seja tecnicamente possível (em tempo, esta disposição é da Lei nº 11.982/2009). Os banheiros em parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um lavatório para atender aos deficientes (este dispositivo é da própria Lei da Acessibilidade e está no artigo 6º da Lei: “Art. 6º Os banheiros de uso público existentes ou a construir em parques, praças, jardim e espaços livres públicos deverão ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário que atendam às especificações das normas técnicas da ABNT”). Já no que se refere a estacionamentos, a Lei da Acessibilidade prevê que em todas as áreas de estacionamento de veículos, localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadas vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção. Essas vagas deverão ser em número equivalente a 2% (dois por cento) do total oferecido e deve ser garantida, no mínimo, uma vaga, conforme disposto no artigo 7º da Lei: “Art. 7º Em todas as áreas de estabelecimento de veículos, localizadas em vias ou em espaço públicos, deverão ser reservadas vagas próximos dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras deficiência com dificuldade de locomoção. Parágrafo único. As vagas a que se refere o caput deste artigo deverão ser em número equivalente a dois por cento do total, garantida, no mínimo, uma vaga, devidamente sinalizada e com as especificações técnicas de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes”. CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA Prof. Antonio Nóbrega www.pontodosconcursos.com.br 33 Para a travessia de deficientes visuais, o artigo 9º da Lei da Acessibilidade estabelece que os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas perigosas e com intenso fluxo de veículos deverão emitir sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, que sirva de guia ou orientação para a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual. Veja-se a transcrição do artigo: “Art. 9º Os semáforos para pedestre instalados nas vias públicas deverão estar equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, ou com mecanismo alternativo, que sirva de
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