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Garantias Aula 03

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LEGISLAÇÃO PARA O BANCO DO BRASIL 
PROFESSORA TATIANA SANTOS 
1 
Professora Tatiana Santos www.pontodosconcursos.com.br 
CURSO DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 
BANCO DO BRASIL 
CARREIRA ADMINISTRATIVA - CARGO ESCRITURÁRIO 
Professora Tatiana Santos 
⎯ Aula 3 ⎯ 
TEORIA e EXERCÍCIOS 
Olá, minhas saudações! Como estão os estudos? Alguma dúvida até agora? 
Você está observando o fórum de questões? Veja lá a resposta da sua dúvida, 
bem assim a dos demais colegas. 
Bem, vamos, a partir desta aula, entrar no estudo das garantias, conforme o 
nosso edital: 
8 - Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; 
penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças 
bancárias; Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 
Qual a importância desta parte da matéria? Em qual “contexto” se encontram 
esses tópicos? 
Olha só... não se preocupem com a quantidade de aulas. Se necessário for, 
vou preparar a vocês “aulas extras”, tantas quantas forem necessárias, para 
cobrirmos de forma eficaz nosso conteúdo. Confesso que é um pouco difícil 
LEGISLAÇÃO PARA O BANCO DO BRASIL 
PROFESSORA TATIANA SANTOS 
2 
Professora Tatiana Santos www.pontodosconcursos.com.br 
preparar tais aulas, pois o assunto é de “difícil” acesso. Não existem muitas 
obras doutrinárias “concurseiras” sobre os temas que vamos estudar. 
Eu também, como professora de legislação específica daqui do Ponto sempre 
“esbarro” numa dificuldade para “formular” as aulas. A cada aula minha tenho 
que preparar, de forma “artesanal”, o conteúdo. 
Como assim? 
Eu explico: um professor de “Português”, por exemplo, faz o seu material e 
depois deixa no seu “banco de dados” a aula. Se aparece um concurso é só ele 
pegar no seu banco de dados a aula, “copiar” – “colar”, fazendo algumas 
poucas adaptações e liberar o material. 
Com o professor de Legislação é diferente. Eu nunca tenho um material 
“pronto” no meu banco de dados. Eu sempre tenho que produzir o material a 
cada concurso. Observe nesse caso de agora: ... por exemplo... “penhor 
mercantil” ou “fianças bancárias” constituem matérias importantíssimas para o 
concurso do Banco do Brasil, mas depois que esse concurso passar, o material 
provavelmente não servirá para nenhum outro concurso. Esse é o meu desafio, 
mas falo isso para que todos os colegas compartilhem comigo esse fato. 
Dou o máximo de mim para que você tenha o melhor material, mas não tenho 
“um vasto universo” de informações jurídicas onde irei buscar os tópicos da 
aula. 
O mesmo ocorre com os exercícios. Acho que você concorda comigo de que 
não existe no mercado uma vasta gama de questões de provas anteriores 
sobre garantias bancárias. Vou dar o máximo de mim para que você faça o 
LEGISLAÇÃO PARA O BANCO DO BRASIL 
PROFESSORA TATIANA SANTOS 
3 
Professora Tatiana Santos www.pontodosconcursos.com.br 
máximo da prova. Mas, preciso de sua compreensão das nossas limitações, 
combinado? 
Então, vamos ENFRENTAR juntos nossos desafios? 
Atenção!... Vou mandar o mesmo material para a turma do pacote só 
de exercícios, pois, como eu disse, a quantidade de questões de provas 
sobre esse assunto não é abundante. Por isso, decidi, na minha 
matéria, entregar também a parte teórica, ok? 
Bem... então... qual a importância da matéria? Em que contexto se encontram 
as chamadas “garantias do sistema financeiro nacional”? O que realmente você 
deve saber sobre isso? 
Bem... é assim: o mais longe que posso ir, sem perder o foco em concursos é 
dizer que a vida em sociedade é feita das relações sociais que construímos 
todos os dias, a todo instante. 
Parte dessas “relações sociais” constituem-se em “fatos jurídicos”. Aliás, já 
dizia Pontes de Miranda: “O Direito é o mundo dos fatos jurídicos”. Isso é o 
mesmo que dizer que a ciência jurídica é basicamente formada pelos fatos 
jurídicos. 
Mas, o que é um “fato jurídico”? O “fato jurídico” é qualquer acontecimento 
que pode trazer conseqüências jurídicas para as pessoas envolvidas nas 
relações sociais. Viver em sociedade requer responsabilidade, pois nossos atos 
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produzem fatos e geram conseqüências para a vida das pessoas com as quais 
nos relacionamos. 
Bem.... os “fatos jurídicos”, na maioria deles, podem gerar “negócios 
jurídicos”. E, então... o que é um “negócio jurídico”? 
O negócio jurídico é um ato consciente que as pessoas praticam, derivado da 
autonomia de vontade de cada um. Nesse sentido, cada pessoa decide sobre o 
seu próprio “destino”. 
SER HUMANO >> VIDA EM SOCIEDADE >> ATOS >> FATOS >> NEGÓCIOS... 
Se a decisão que uma pessoa toma tiver conseqüências patrimoniais, então 
dizemos que ocorreu um negócio jurídico patrimonial. Por exemplo: uma 
pessoa que decide ir a um banco para “pegar” um empréstimo. Essa decisão é 
um negócio jurídico patrimonial, pois gera efeitos financeiros. 
No mundo civil, ou seja, no mundo do conhecimento do chamado “direito civil” 
dizemos que toda pessoa tem personalidade (jurídica). Quem tem 
personalidade, tem autonomia de vontade. Quem tem autonomia de vontade, 
pode assumir responsabilidade. 
PESSOA >> PERSONALIDADE >> VONTADE >> RESPONSABILIDADE... 
A Constituição Federal, ou seja, a Lei Maior, nos garante liberdade para viver, 
para “ser”, para “ter”, para se “expressar”, mas essa liberdade não quer dizer 
que podemos sair por aí “prejudicando” os outros. Temos que viver com 
RESPONSABILIDADE. 
LEGISLAÇÃO PARA O BANCO DO BRASIL 
PROFESSORA TATIANA SANTOS 
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É nesse “contexto” que surgem as chamadas “garantias”. 
PESSOA >> PERSONALIDADE >> VONTADE >> RESPONSABILIDADE >> 
GARANTIAS 
Antigamente, as pessoas davam garantias “emocionais” aos credores de uma 
relação jurídico-patrimonial. Antigamente, as pessoas garantiam o 
adimplemento (vale dizer, o cumprimento) de suas obrigações apenas com 
suas palavras. A “palavra” era sinal de “honra”! 
Hoje em dia, a mera “palavra”, ou a mera “promessa” não serem mais como 
garantia de que uma pessoa vai mesmo assumir sua responsabilidade 
decorrente de uma obrigação contraída numa dada relação jurídica 
patrimonial. 
Hoje em dia, a garantia deixou de ser “emocional” para ser “racional”. Os 
negócios jurídicos hoje, conforme a lei civil, requerem garantias “racionais”. 
Ainda existem pessoas que “dão sua palavra” para garantir um dado negócio 
jurídico. Mas, as instituições financeiras não podem, por lei, aceitar a “mera 
palavra” de uma pessoa. 
Então, surgem as garantias racionais do SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. 
Algumas garantias recaem sobre “títulos de crédito” e outras garantias recaem 
sobre “alguma coisa”. As garantias que recaem sobre os títulos de crédito são 
chamadas de garantias cambiárias. As garantias que recaem sobre alguma 
coisa podem ser as garantias reais ou as garantais cambiais. 
LEGISLAÇÃO PARA O BANCO DO BRASIL 
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Vamos ver uma a uma, ok? Por exemplo, o “aval”... 
O aval é um instituto jurídico criado para garantir um título de crédito. É uma 
garantia pessoal, ou seja, dada pelo avalista, em relação ao pagamento de um 
“título de crédito”. 
Não existe aval em contrato. 
A garantia no aval é solidária (do avalista e do avalizado) e não existe 
benefício de ordem. A garantia dada é autônoma, ou seja, independe de 
qualquer outra. 
O aval é uma garantia que recai sobre um título de crédito. O credor de um 
título de crédito tem como garantia do adimplemento de seu conteúdo por 
meio de um “aval”. 
Segundo a doutrina, o “Avalé a declaração cambial através da qual uma 
pessoa (avalista), se torna responsável pelo pagamento de um título de crédito 
nas mesmas condições de seu avalizado”. 
No aval, a relação jurídica fica configurada com a presença, no seu pólo ativo, 
do credor; no pólo passivo da obrigação, o devedor e, nesse mesmo lado da 
relação jurídica, ou seja, também no pólo passivo, o avalista. 
O avalista assume a responsabilidade sobre a obrigação patrimonial 
relativamente ao negócio jurídico, nas mesmas condições do devedor. 
Surge outra relação jurídica nesse negócio jurídico, qual seja: uma relação 
entre o avalista e o avalizado. 
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NEGÓCIO JURÍDICO... 
RELAÇÃO JURÍDICA PRINCIPAL: CREDOR x DEVEDOR (avalizado) 
RELAÇÃO JURÍDICA SECUNDÁRIA: AVALISTA x AVALIZADO (devedor) 
Então, de novo, conforme a doutrina, o aval é uma garantia pessoal autônoma 
e solidária (independente) destinada a garantir o valor de um título de crédito. 
ATENÇÃO! Cuidado com o termo “solidária”. A responsabilidade “solidária”, em 
direito, quer dizer: “a responsabilidade de todos (de duas ou mais pessoas)” 
numa dada relação jurídica civil. Ser solidário não tem nada a ver com 
“irmandade”, “bondade”, “fraternidade”... não!... Ser “solidário”, em direito, 
quer dizer “ser igualmente responsável” por alguma coisa. 
Então, ambos os sujeitos do pólo passivo numa relação jurídica de cunho 
patrimonial são igualmente responsáveis pelo adimplemento da obrigação 
contraída por meio de um título de crédito (muito embora o título não se 
vincule à sua causa – mas o fato é que o título expressa um valor que deve ser 
pago!...). 
AVALISTA e AVALIZADO SÃO IGUALMENTE RESPONSÁVEIS PELO 
ADIMPLEMENTO DO TÍTULO DE CRÉDITO = RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA... 
Se formos ao Código Civil Brasileiro, veremos que o tema “aval” encontra-se 
no grupamento de dispositivos que se inicia no art. 887, sob a denominação 
“Dos Títulos de Crédito”. 
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A Lei Civil define o “título de crédito” como sendo o “documento necessário ao 
exercício do direito literal e autônomo nele contido e somente produz efeito 
[jurídico] quando preencha os requisitos da lei”. 
O aval é uma forma de garantir o exercício do direito contido nesse documento 
chamado de título de crédito. Conforme a lei civil, o pagamento de título de 
crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser 
garantido por aval. 
Observe, agora, algumas regras que você precisa saber para ir fazer sua 
prova: 
™ REGRA NÚMERO 1: o aval exige a “outorga conjugal”. Então, na regra, se 
uma pessoa é casada e precisa ser “avalista” de um título de crédito, o 
cônjuge precisa concordar, exceto para o regime de casamento de 
separação total de bens (art. 1.647, inciso III, do CC). OBSERVAÇÃO 
IMPORTANTE!... Dispensável a outorga uxória (ou seja, a outorga da 
esposa) em aval firmado na vigência do Código Civil de 1916 (o código 
antigo), o qual não exigia tal condição para a validade do referido ato 
jurídico, conforme a jurisprudência dos tribunais. Precedente: AC 
2006.38.08.000300-5/MG, Rel. Desembargador Federal Fagundes de Deus, 
Quinta Turma, e-DJF1, p. 376 de 27/03/2009. 
™ REGRA NÚMERO 2: pela regra geral, o aval parcial é vedado (art. 897, 
parágrafo único, do CC). Exceção: o aval pode ser parcial se for previsto na 
legislação especial, como ocorre com o cheque, a nota promissória e a letra 
de câmbio. Ele também pode ser instrumento de negociação em casos de 
estados civis. 
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™ REGRA NÚMERO 3: o aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio 
título. Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a 
simples assinatura do avalista. SE A ASSINATURA DO AVAL FOR LANÇADA 
NO VERSO DO TÍTULO, DEVE SER EXPRESSAMENTE INDICADA COMO AVAL, 
MEDIANTE DECLARAÇÃO NESSE SENTIDO. DEVE INDICAR A PESSOA POR 
QUEM SE DEU. 
™ REGRA NÚMERO 4: considera-se não escrito o aval cancelado. 
™ REGRA NÚMERO 5: considerando que o aval é fruto de uma 
“responsabilidade solidária” entre o avalista e o avalizado, pagando o título, 
tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais 
coobrigados anteriores. 
™ REGRA NÚMERO 6: se o título de crédito for válido, subsiste a 
responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação do avalizado, a 
menos que a nulidade decorra de vício de forma. 
™ REGRA NÚMERO 7: o avalista pode assinar o aval mesmo depois de vencido 
o prazo do título. Noutras palavras, o aval posterior ao vencimento produz 
os mesmos efeitos do anteriormente dado. 
™ REGRA NÚMERO 8: se o título de crédito for pago pelo avalista ou pelo 
avalizado, a obrigação está paga em relação ao credor. 
™ REGRA NÚMERO 9: as instituições financeiras não podem ser avalistas dos 
títulos de crédito. 
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™ REGRA NÚMERO 10: uma simples assinatura no “anverso” é suficiente para 
o aval. OBSERVAÇÃO!... o “anverso” é como se fosse a parte da “frente” do 
título. 
Para finalizar, olha só o que encontrei ainda na “pouca” doutrina especializada 
sobre o “aval” (memorize...): 
● O aval é negócio jurídico unilateral de garantia – tem por objetivo principal 
reforçar uma obrigação; 
● O aval é prestado a favor de qualquer pessoa obrigada a pagar alguma 
coisa em face de um título de crédito; 
● Características jurídicas do aval: é uma decisão do avalista, de forma 
pessoal, plena, solidária e autônoma; 
● O avalista assina no próprio título de crédito; 
● A responsabilidade do avalista não depende de conjugação de vontade do 
avalizado; 
● O avalista pode ser acionado sozinho, pelo total da dívida; 
● Tecnicamente, não existe aval para contratos. 
● OBSERVAÇÕES SOBRE O AVAL EM BRACO E O AVAL EM PRETO (na lição do 
prof. Nelson Nery Jr.): se o avalizado indica claramente quem é o avalista, 
nós dizemos que o aval é “em preto”. Se não houver essa indicação, o aval 
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é “em branco”. Na regra, a assinatura do avalizado fica acima da assinatura 
do avalista. Então, na regra, a assinatura do avalista fica abaixo da 
assinatura do avalizado, salvo disposição claramente em contrário. Caso 
não se possa identificar o avalizado, vigora a presunção legal de ser essa 
pessoa “sacador” (se não aceito o título). REPITO... o aval pode ser “em 
preto” – indica o avalizado. O aval pode ser “em branco” – presume-se em 
favor do sacador da letra ou emitente da nota promissória, do cheque ou do 
sacado, na duplicata. 
● OBSERVAÇÃO SOBRE O AVAL NA NOTA PROMISSÓRIA: segundo a 
jurisprudência dos tribunais, no caso de nota promissória, não basta apenas 
a assinatura do avalista para a validade do aval. Assinatura do avalista só 
vale como aval somente quando haja a intenção manifestamente clara 
nesse sentido. Então, podemos dizer que no caso específico da nota 
promissória, poderá haver aval parcial. 
● O avalista não emite o título de crédito, apenas garante. O avalista 
responde da mesma maneira do avalizado – por isso a obrigação é solidária, 
ou seja, igualmente tanto para o avalizado como para o avalista. O avista 
não assume a obrigação do avalizado, mas uma igual ao do avalizado. Na 
verdade, na verdade, o aval garante o título e não o avalizado. Oavalista 
não é o devedor principal. 
● O aval só deve ser feito no título. Fora do título de crédito, ainda que por 
escritura pública, não se aceita o aval. 
● O aval pode ser dado por procurador com poderes específicos para isso. 
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● É importante não confundir aval e fiança. Não são sequer parentes. O aval é 
de família cambiária (família dos títulos de crédito). A fiança é contratual. 
Os dois institutos são semelhantes quantos aos efeitos das garantias: 
ambos constituem-se em garantia pessoal de um terceiro em favor do 
devedor. A natureza do aval é distinta, uma vez que o avalista não acede à 
obrigação do avalizado. O avalista obriga-se pessoalmente e diretamente 
pelo pagamento do título. A obrigação do fiador é acessória e a obrigação 
do avalista é autônoma. O avalista deve da mesma forma do que o 
avalizado (garantia objetiva). O fiador tem o benefício de ordem (garantia 
subjetiva). 
*** 
Vamos agora aos exercícios!... 
1. FUMARC - 2011 - BDMG - Analista de Desenvolvimento. Assinale a 
afirmativa CORRETA: 
a) O aval pode ser total ou parcial. 
b) O aval pode ser dado apenas no anverso do título. 
c) O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente 
dado. 
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d) O pagamento do título de crédito não pode ser garantido por aval. 
Gabarito: letra “c”. 
Comentários: conforme vimos, o aval parcial é vedado no nosso ordenamento 
jurídico, ou seja, na lei civil. O aval é uma assinatura do avalista no título. Essa 
“assinatura” pode ser dada na frente do título ou no verso. A letra “c” é o 
gabarito, pois vimos que o aval pode ser dado mesmo depois da data do 
vencimento do título de crédito e gera os mesmos efeitos jurídicos de garantia 
do título. A letra “d” está errada, pois, ao contrário do que foi dito, a lei civil 
diz que qualquer título de crédito pode sim ser garantido por um aval. 
# 
2. FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 3 - Primeira Fase 
(Fev/2011). Em relação aos Títulos de Crédito, é correto afirmar que, 
quando firmado em branco, o aval na nota promissória é entendido como 
dado em favor do sacador. 
Gabarito: CERTO. 
Comentários: olha só a informação dada pelo prof. Nelson Nery... vamos 
repetir... “(...) se o avalizado indica claramente quem é o avalista, nós 
dizemos que o aval é “em preto”. Se não houver essa indicação, o aval é “em 
branco”. Na regra, a assinatura do avalizado fica acima da assinatura do 
avalista. Então, na regra, a assinatura do avalista fica abaixo da assinatura do 
avalizado, salvo disposição claramente em contrário. Caso não se possa 
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identificar o avalizado, vigora a presunção legal de ser essa pessoa “sacador” 
(se não aceito o título)”. 
# 
3. CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 1 - Primeira Fase 
(Jun/2010). Acerca da disciplina normativa do cheque, a lei veda ao banco 
sacado a prestação de aval para garantir o pagamento do cheque. 
Gabarito: CERTO. 
Comentários: de fato, as instituições financeiras estão impedidas se serem elas 
avalistas de títulos de crédito. 
# 
4. EJEF - 2008 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros. Sobre o 
aval dado em títulos de crédito, é CORRETO afirmar que 
a) o aval poderá ser parcial. 
b) o pagamento de título de crédito que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, não pode ser garantido por aval. 
c) para a validade do aval, dado no anteverso do título, não é suficiente a 
existência de simples assinatura do avalista. 
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d) o aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente 
dado. 
Gabarito: letra “d”. 
Comentários: já vimos que, via de regra, o aval não pode ser parcial. A letra 
“b” está errada, pois a lei civil diz claramente que os títulos de crédito podem 
sim ser garantidos por meio do aval. A letra “d” também está errada, pois a 
simples assinatura do avalista no anverso do título já constitui o seu aval. O 
item “d” é o gabarito, pois é possível sim o aval, mesmo depois de vencido um 
título de crédito. 
# 
5. CESPE - 2006 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros. Joana 
vendeu alguns produtos de beleza a Inácia e, como a compradora não 
dispunha da quantia devida no momento da formalização da avença, firmou 
nota promissória com prazo de vencimento a certo termo de vista. Em 
razão do elevado valor dos produtos, Joana exigiu que o título de crédito 
fosse avalizado. 
Considerando essa situação hipotética e com fulcro nas normas que regem os 
títulos de crédito, julgue os itens que se seguem. 
(...) 
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Para ter validade, o aval prestado na nota promissória emitida por Inácia 
poderá se dar com a simples assinatura do avalista no verso ou no anverso do 
próprio título. 
Gabarito: ERRADO. 
Comentários: vamos repetir a observação dada em aula...: “(...) segundo a 
jurisprudência dos tribunais, no caso de nota promissória, não basta apenas a 
assinatura do avalista para a validade do aval. Assinatura do avalista só vale 
como aval somente quando haja a intenção manifestamente clara nesse 
sentido. Então, podemos dizer que no caso específico da nota promissória, 
poderá haver aval parcial”. 
# 
6. CESPE - 2008 - TJ-SE – Juiz. Considerando que determinado produtor rural, 
visando fomentar sua atividade, tenha firmado, com órgão integrante do 
Sistema Nacional de Crédito Rural, uma cédula rural hipotecária, a qual foi 
posteriormente avalizada, assinale a opção correta quanto aos títulos de 
financiamento. 
(...) 
A cédula rural hipotecária não admite o aval parcial. 
Gabarito: ERRADO. 
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Comentários: nesse caso, estamos na regra da lei civil, qual seja... O AVAL, NA 
REGRA, NÃO PODE SER PARCIAL. 
# 
7. EJEF - 2008 - TJ-MG – Juiz. As declarações abaixo, uma vez lançadas nos 
títulos de crédito, produzem efeitos, EXCETO o aval consistente na digital do 
analfabeto-avalista. 
Gabarito: CERTO. 
Comentários: nesse caso, falta ao “analfabeto” a consciência plena de qual 
obrigação ele está assumindo... 
# 
8. EJEF - 2007 - TJ-MG – Juiz. Assinale a alternativa CORRETA. 
(...) 
Admite-se aval parcial na nota promissória. 
Gabarito: CERTO. 
Comentários: levando-se em consideração que o aval na nota promissória 
temos que ter claramente a expressão da vontade do avalista neste sentido, o 
aval, então, pode ser parcial. 
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# 
9. UFPR - 2008 - SANEPAR – Advogado. Segundo o Código Civil, o pagamento 
de título de crédito que contenha obrigação de pagar soma determinada, 
pode ser garantido por aval parcial. 
Gabarito: ERRADO. 
Comentários: na regra, o Código Civil, veda a possibilidade de aval parcial... 
# 
10. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval parcial, que deve ser dado no 
verso ou no anverso do próprio título. Para a validade do aval, dado no 
anversodo título, é suficiente a simples assinatura do avalista. 
Gabarito: ERRADO. 
Comentários: como vimos, a legislação civil, na regra, não admite o aval 
parcial. Ademais, observe o Código Civil: “Art. 897. O pagamento de título de 
crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser 
garantido por aval. Parágrafo único. É vedado o aval parcial. Art. 898. O aval 
deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título. § 1º Para a validade 
do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do 
avalista”. 
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# 
*** 
LISTA DAS QUESTÕES DESENVOLVIDADAS NA AULA DE HOJE 
1. FUMARC - 2011 - BDMG - Analista de Desenvolvimento. Assinale a 
afirmativa CORRETA: 
a) O aval pode ser total ou parcial. 
b) O aval pode ser dado apenas no anverso do título. 
c) O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente 
dado. 
d) O pagamento do título de crédito não pode ser garantido por aval. 
2. FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 3 - Primeira Fase 
(Fev/2011). Em relação aos Títulos de Crédito, é correto afirmar que, 
quando firmado em branco, o aval na nota promissória é entendido como 
dado em favor do sacador. 
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3. CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 1 - Primeira Fase 
(Jun/2010). Acerca da disciplina normativa do cheque, a lei veda ao banco 
sacado a prestação de aval para garantir o pagamento do cheque. 
4. EJEF - 2008 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros. Sobre o 
aval dado em títulos de crédito, é CORRETO afirmar que 
a) o aval poderá ser parcial. 
b) o pagamento de título de crédito que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, não pode ser garantido por aval. 
c) para a validade do aval, dado no anteverso do título, não é suficiente a 
existência de simples assinatura do avalista. 
d) o aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente 
dado. 
5. CESPE - 2006 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros. Joana 
vendeu alguns produtos de beleza a Inácia e, como a compradora não 
dispunha da quantia devida no momento da formalização da avença, firmou 
nota promissória com prazo de vencimento a certo termo de vista. Em 
razão do elevado valor dos produtos, Joana exigiu que o título de crédito 
fosse avalizado. 
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Considerando essa situação hipotética e com fulcro nas normas que regem os 
títulos de crédito, julgue os itens que se seguem. 
(...) 
Para ter validade, o aval prestado na nota promissória emitida por Inácia 
poderá se dar com a simples assinatura do avalista no verso ou no anverso do 
próprio título. 
6. CESPE - 2008 - TJ-SE – Juiz. Considerando que determinado produtor rural, 
visando fomentar sua atividade, tenha firmado, com órgão integrante do 
Sistema Nacional de Crédito Rural, uma cédula rural hipotecária, a qual foi 
posteriormente avalizada, assinale a opção correta quanto aos títulos de 
financiamento. 
(...) 
A cédula rural hipotecária não admite o aval parcial. 
7. EJEF - 2008 - TJ-MG – Juiz. As declarações abaixo, uma vez lançadas nos 
títulos de crédito, produzem efeitos, EXCETO o aval consistente na digital do 
analfabeto-avalista. 
8. EJEF - 2007 - TJ-MG – Juiz. Assinale a alternativa CORRETA. 
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(...) 
Admite-se aval parcial na nota promissória. 
9. UFPR - 2008 - SANEPAR – Advogado. Segundo o Código Civil, o pagamento 
de título de crédito que contenha obrigação de pagar soma determinada, 
pode ser garantido por aval parcial. 
10. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval parcial, que deve ser dado no 
verso ou no anverso do próprio título. Para a validade do aval, dado no 
anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista. 
*** 
Com isso, finalizamos esta aula... Despeço-me de vocês com um 
abraço grande!... E vejo você em nosso curso, na próxima aula e 
nos fóruns. Bons estudos pra você. Obrigada! 
Professora Tatiana Santos.

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