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Português Aula 02

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA 
ESCRITURÁRIO – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1
Seja bem-vindo a mais uma aula do curso preparatório para o 
concurso do Banco do Brasil! 
Hoje começaremos a tratar da sintaxe da oração e do período. 
Faremos isso dividindo o conteúdo em duas aulas. Nesta, estudaremos os 
termos da oração; na próxima, as orações em si mesmas. 
Desde já, quero dizer-lhe que a análise sintática dos termos da 
oração não é um assunto tão importante nas provas da Cesgranrio. Por isso a 
quantidade de questões dessa instituição sobre este assunto é pequena. Este 
assunto não deverá exigir muita coisa de você. 
E por falar em oração e período, você sabe identificá-los? Sabe 
também diferenciar oração de frase? Veja os exemplos seguintes e responda 
ao que se pede. 
a) – Bom dia, senhor Miguel! Como vai? 
b) – Eu vou bem, obrigado. 
Então, quantas frases, orações e períodos existem no diálogo 
acima? Se você respondeu: “três frases, duas orações e dois períodos” 
acertou. Se respondeu algo diferente disso, precisa entender que: frase é 
todo enunciado que possui sentido completo, capaz de transmitir uma 
informação satisfatória para a situação em que é utilizado. 
Assim sendo, na fala da primeira personagem existem duas frases: 
a primeira é encerrada pelo ponto de exclamação; a segunda, pelo ponto de 
interrogação. Na fala do senhor Miguel, existe apenas um enunciado, isto é, 
uma frase, que é delimitada pelo ponto. 
O conceito de frase é, portanto, bastante abrangente, incluindo 
desde estruturas linguísticas muito simples até estruturas complexas: 
– Ai! 
– Durante algum tempo, vivi no Rio de Janeiro. 
As frases de maior complexidade normalmente se organizam a 
partir de um ou mais verbos (locuções verbais). À frase que se organiza ao 
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redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração (frase 
verbal). Portanto o primeiro enunciado não caracteriza uma oração, já que 
nele não há verbo (é uma frase nominal). Na sequência, ainda na fala da 
primeira personagem, surge a primeira oração: “Como vai?”. A segunda fala, 
observe, se organiza em torno da forma verbal “vou” e constitui a segunda 
oração do diálogo. 
A frase organizada em orações constitui o período, que pode 
ser simples (formado apenas por uma oração) ou composto (formado por 
mais de uma oração). Atente para o fato de que o final do período é marcado 
por ponto, ponto de exclamação, ponto de interrogação (e mais rarametne por 
reticências), e não por vírgula ou ponto e vírgula. Veja os exemplos: 
Vive-se um momento social delicado. (período simples, uma só 
oração). 
Ele estuda, trabalha e pratica esporte. (período composto, três 
orações). 
Guarde esses conceitos, principalmente o de período, pois na aula 
que vem, ao estudarmos detalhadamente as orações, estabeleceremos 
distinção entre período composto por coordenação, por subordinação e 
período misto. Por enquanto, limitemo-nos aos termos da oração. E só faz 
sentido falar deles quando estivermos diante de uma oração. 
O organograma abaixo é uma apresentação sistemática e resumida 
do que entendemos por termos da oração. 
Termos da Oração 
Essenciais 
1 - Sujeito 
2 - Predicado 
Integrantes 
1 – Complemento verbal 
2 – Complemento nominal 
3 – Agente da passiva 
Acessórios 
1 – Adjunto adverbial 
2 – Adjunto adnominal 
3 – Aposto 
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Sentiu a falta do vocativo? É que ele, na verdade, não faz parte 
desse grupo, isto é, não faz parte da oração, é um termo independente 
dela. Não fique espantado. Os livros somente o apresentam na mesma seção 
em que tratam dos termos da oração por uma questão meramente didática. É 
isso que também farei aqui, principalmente porque, em prova, é comum as 
bancas examinadoras induzirem os candidatos a confundi-lo com o 
sujeito da oração. 
Termos Essenciais da Oração 
1. Sujeito Î é o termo do qual, geralmente, se declara alguma 
coisa; concorda em número e pessoa com o verbo da oração (concordância 
verbal). Frise-se que só faz sentido falar em sujeito quando estamos lidando 
com orações, ou seja, quando é possível perceber uma relação entre um 
determinado termo de uma oração e o verbo dessa mesma oração. 
Nós estudamos muito. 
José e Maria estudam muito. 
Sujeito é uma função substantiva da oração, ou seja, são os 
substantivos e as palavras de valor substantivo que atuam como 
núcleos dessa função nas orações da Língua Portuguesa. Observe: 
Os cidadãos
Todos 
Ambos
Os covardes
Na sequência, temos: substantivo, pronome substantivo, numeral 
substantivo e adjetivo substantivado exercendo a função de núcleo do sujeito. 
Também é possível que o sujeito seja representado por uma oração inteira. 
Era forçoso que fosse assim. 
manifestaram sua insatisfação. 
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1. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Quem precisa de transplantes de 
pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo, 
por exemplo”. 
O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’. 
Comentário – Aqui o erro é sutil. O pronome indefinido “Quem” é sujeito da 
primeira ocorrência do verbo “precisa”. O sujeito de “precisa se inscrever na 
lista de outro estado” é toda a oração anterior: “Quem precisa de transplantes 
de pâncreas”. 
Resposta – Item errado. 
2. (Cesgranrio/Eletrobrás/Administrador/2010) Em qual das opções abaixo 
encontra-se a mesma inversão sintática que se observa em "que habitam 
os demônios da insônia." (Texto I, L. 29)? 
(A) "proferiu um deus à estirpe dos insones," (Texto I, L. 1-2) 
(B) "o insone assemelha-se ao vampiro..." (Texto I, L. 4) 
(C) "Mas num pesadelo já se está descansando," (Texto I, L. 9) 
(D) "...que vivem reclamando de insônia." (Texto II, L. 11) 
(E) "Eu as invejava," (Texto II, L. 12) 
Comentário – A ordem natural dos termos estabelece que o sujeito vem antes 
do verbo (S-V). Mas é comum ele aparecer posposto ao verbo (V-S), 
principalmente em prova. Isso faz com que o candidato confunda esse termo 
com o objeto (complemento verbal), cuja posição é depois do verbo (V-O). 
A inversão sintática de que o examinador fala é a inversão 
entre sujeito e verbo. Compare estas duas estruturas 
– ...que habitam os demônios da insônia. (o termo em 
negrito é o sujeito do verbo, apesar de ocupar o lugar previamente reservado 
para o objeto); 
– ...que os demônios da insônia habitam. (agora o sujeito 
está no seu lugar característico). 
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A mesma inversão ocorre também na estrutura da letra A: 
– proferiu um deus à estirpe dos insones (temos V-S-O); 
– um deus proferiu à estripe dos insones (agora temos 
S-V-O). 
Nas letras B e D, os termos estão na ordem natural. Na letra C, 
o sujeito nem aparece, ele está indeterminado. Na letra E, o sujeito também 
ocupa a sua posição característica; antecipado está o objeto direto (“as”). 
Resposta – A 
• TIPOS DE SUJEITO 
1.1 Simples Î possui apenas um núcleo. 
Todos aqueles estudantes participaram da manifestação. 
[...] Durante os governos do 
Império (1822-1889), e de igualforma após a proclamação 
10 da República, significativo número de brilhantes engenheiros 
brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de 
transportes para o Brasil. [...] 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
3. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma verbal “elaborou” (l.11) está no 
singular porque concorda com o núcleo do sujeito da oração: “número” 
(l.10). 
Comentário – O sujeito é representado por toda a expressão “significativo 
número de brilhantes engenheiros brasileiros”. Nela, o termo central, nuclear, 
mais importante é o termo “número” (no singular). Em torno dele estão seus 
adjuntos adnominais. 
Resposta – Item certo. 
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1.2 Oculto, elíptico, implícito, desinencial Î é aquele que não está 
materialmente expresso na oração, mas pode ser identificado pela desinência 
verbal ou pelo contexto. 
Ficamos algum tempo sem falar. (o sujeito da oração é “nós”, 
indicado pela desinência de primeira pessoa do plural “mos”). 
“Soropita ali viera; na véspera, lá dormira”. (o contexto nos 
permite afirmar que o sujeito da forma verbal “dormira” tem sua referência em 
“Soropita”). 
Hoje estudei muito. (o sujeito agora é representado pelo pronome 
de primeira pessoa do singular “eu”). 
“Guilhermina bocejou. Iria adormecer?” (outra vez, o contexto nos 
auxilia na identificação do sujeito, que tem como referência o termo 
“Guilhermina”) 
1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar 
a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos 
gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, 
4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país. 
 [...] 
Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. 
Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de 
Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações). 
4. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “é” (l.4) está 
flexionada no singular porque, na oração em que ocorre, subentende-se 
“Inovar” (l.1) como sujeito. 
Comentário – no período inicial, o sujeito “Inovar” está explícito já no início 
dele. Na linha 4, o mesmo sujeito foi ocultado. 
Resposta – item certo. 
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5. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Não há quem não se arrepie ao 
ler como o jovem Nabuco descobriu que a tepidez do que parecia a ordem 
natural das coisas, de menino mimado pelas mucamas, era na verdade 
brutal e amarga. Era menino ainda, estava sentado no patamar da escada 
superior da casa onde havia sido criado pela madrinha”. 
O sujeito de “era” é “a ordem natural das coisas”. 
Comentário – O termo indicado pela banca examinadora integra a oração 
adjetiva restritiva “que parecia a ordem natural das coisas”. Nela, o verbo 
“parecia” é de ligação; o pronome relativo “que” funciona como sujeito desse 
verbo; o termo “a ordem natural das coisas” é predicativo desse sujeito. O 
sujeito do verbo “Era” (em negrito) está oculto (ele) no período e tem como 
referência o termo “o jovem Nabuco”. 
Resposta – Item errado. 
6. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) “Inovar é recriar de modo a 
agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a 
competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das 
organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de 
um país.” 
A forma verbal “é” está flexionada no singular porque, na oração em que 
ocorre, subentende-se “Inovar” como sujeito. 
Comentário – No período inicial, o sujeito “Inovar” está explícito já no início 
dele. No período seguinte, o mesmo termo foi ocultado. Repare bem: “Inovar é 
recriar... Ou seja, [inovar] é o fermento...” 
Resposta – Item certo. 
1.3 Composto Î possui mais de um núcleo. 
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 O professor, a diretora e eu saímos cedo. 
O lazer e o esporte conduzem à saúde mental e física. 
7. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A capacidade de associação, ou o 
poder de conectar perguntas, problemas ou ideias de campos distintos e 
aparentemente sem nenhuma relação entre si, é fundamental no DNA do 
inovador.” 
O sujeito de “é fundamental no DNA do inovador” é composto, já que 
enumera mais de um assunto e os separa por meio de vírgula. 
Comentário – Sujeito composto caracteriza-se por ser constituído por mais de 
um núcleo, e não por enumerar mais de um assunto e os separar por meio de 
vírgula. O sujeito da oração indicada é o termo “A capacidade de associação”, 
cujo núcleo é o substantivo “capacidade”. 
Resposta – Item errado. 
1.4 Indeterminado Î é aquele que não se pode ou não se quer 
determinar, podendo ocorrer de duas maneiras basicamente: 
a) colocando-se o verbo na terceira pessoa do plural, sem que 
haja referência a outro termo anteriormente identificado. 
Telefonaram para você. 
Gritaram muito. 
b) colocando o pronome oblíquo se junto a verbos de ligação, 
intransitivos, transitivos indiretos ou transitivos diretos cujos objetos 
diretos estejam preposicionados; os verbos ficam sempre na terceira 
pessoa do singular: 
Ficou-se feliz. 
Vive-se bem. 
Gosta-se de você. 
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Bebeu-se do vinho. (caso a preposição fosse retirada 
 – bebeu-se o vinho –, teríamos uma voz passiva sintética com 
sujeito representado pelo termo “o vinho”). 
 [...] 
Todavia, foi somente após a Independência que começou a 
se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupação com 
7 o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao 
desenvolvimento econômico. [...] 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
8. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica 
sujeito indeterminado. 
Comentário – Você já aprendeu a indeterminar o sujeito e pode verificar que 
ele não ocorre no trecho indicado. O sujeito está muito bem determinado, 
porém aparece depois do verbo. Vamos reorganizar o trecho: “a preocupação 
com o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao desenvolvimento 
econômico começou a se manifestar”. O termo sublinhado é o sujeito da 
locução verbal. 
Resposta – Item errado. 
1.5 Inexistente ou oração sem sujeito Î ocorre quando o fato expresso 
na oração não pode ser atribuído a nenhum ser, surgindo um dos chamados 
verbos impessoais, os quais ficam sempre na terceira pessoa do singular
(com raríssimas exceções). Observe os seguintes casos: 
a) verbos que exprimem fenômenos da natureza: chover, nevar, 
gear, amanhecer, entardecer etc. 
Está amanhecendo. 
Trovejou violentamente. 
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ATENÇÃO! Choveram flores sobre os noivos. Î o verbo foi empregado com 
sentido figurado (conotativo), por isso possui sujeito (simples). 
b) utilizando-se o verbo haver no sentido de existir, acontecer,
ou indicando tempo decorrido. 
Aqui há alunos estudiosos. 
Houve muitas brigas depois do jogo. 
Há meses não o via. 
ATENÇÃO! O verbo ter, de acordo com a norma culta, só pode ser empregado 
na oração quando indicar posse e possuir sujeito. Caso contrário,será 
substituído pelo verbo haver no sentido de existir. 
O aluno não teve aula. – correto 
Não tem aula. – errado / Não há aula. – correto 
1 É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre 
as cinco maiores economias do mundo na década atual se não 
realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia, 
4 independente da utilização de petróleo. [...] 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
9. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) No texto, a forma verbal “É” 
(l.1) inicia uma oração com sujeito inexistente. 
Comentário – A posição natural do sujeito é antes do predicado; porém a 
posposição do sujeito ao verbo é algo comum em nossa Língua. Veja alguns 
exemplos: 
É muito fácil esta questão! 
“Breve desapareceram os dois guerreiros...” (José de Alencar) 
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Foi isso o que aconteceu no primeiro período do texto. O 
sujeito “imaginar que o Brasil estará...” encontra-se posposto ao predicado. 
Note que o sujeito surgiu sob a forma de oração reduzida (“imaginar”) e que 
ainda podemos analisar a oração “que o Brasil estará” como objeto direto 
(imaginar o quê? – “imaginar que o Brasil estará...”). 
Convém lembrar que, nas orações sem sujeito, o conteúdo 
verbal não é atribuído a nenhum ser; seu verbo é impessoal, empregado 
sempre na terceira pessoa do singular. São verbos impessoais: haver (nos 
sentidos de existir, acontecer, realizar-se, decorrer) e fazer, passar (de), ir
(para), ser e estar com referência ao tempo. 
Fazia um frio intenso. 
Era no mês de agosto. 
Se estiver calor, abra a janela, 
Já passava das dez horas da noite! 
Ia para três anos que estudávamos. 
Resposta – Item errado. 
10. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) “A população carcerária no Brasil é composta 
fundamentalmente por jovens entre 18 e 29 anos de idade. Vale a pena 
deixá-los sem futuro?” 
Na oração “Vale a pena deixá-los sem futuro?”, o sujeito é inexistente. 
Comentário – O sujeito existe e é a oração reduzida de infinitivo “deixá-los 
sem futuro”. Normalmente, as orações subordinadas substantivas subjetivas 
vêm pospostas ao verbo da oração principal. Cuidado para não confundi-las 
com um objeto direto. 
Resposta – Item errado. 
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A sua vez 
Boa parte das brincadeiras infantis são um 
ensaio para a vida adulta. Criança brinca de ser mãe, 
pai, cozinheiro, motorista, polícia, ladrão (e isso, você 
sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime). 
5 E, ah, quando não há ninguém por perto, brinca de 
médico também. É uma forma de viver todas as vidas 
possíveis antes de fazer uma escolha ou descoberta. 
Talvez seja por isso que a gente pare de brincar aos 
poucos – como se tudo isso perdesse o sentido quando 
10 viramos adultos de verdade. E tudo agora é para valer. 
Mas será que parar de brincar é, de fato, uma decisão 
 madura? 
Atividades de recreação e lazer estimulam o 
imaginário e a criatividade, facilitam a socialização e 
15 nos ajudam a combater o estresse. Mas, se tudo isso 
for o objetivo, perde a graça, deixa de ser brincadeira. 
Vira mais uma atividade produtiva a cumprir na 
agenda. Você só brinca de verdade (ainda que de 
mentirinha) pelo prazer de brincar. E só. Como escreveu 
20 Rubem Alves, quem brinca não quer chegar a lugar 
nenhum – já chegou. 
QUINTANILHA, Leandro 
Disponível em: http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe 
_no_chao/conteudo_399675.shtml 
Você já é grandinho o 
suficiente para saber que 
brincadeira é para a vida 
toda 
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11. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) O verbo destacado 
é impessoal na frase 
(A) “(e isso, você sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime).” (l. 
3-4). 
(B) “E, ah, quando não há ninguém por perto,...” (l. 5). 
(C) “E tudo agora é para valer.” (l. 10). 
(D) “Vira mais uma atividade produtiva a cumprir...” (l. 17). 
(E) “quem brinca não quer chegar a lugar nenhum –” (l. 20-21). 
Comentário – Verbo impessoal é aquele que não tem sujeito, podendo 
flexionar-se na terceira pessoa do singular. 
Na alternativa A, o termo “isso” é o sujeito da forma verbal 
“implica”. Na alternativa B, o termo “ninguém” é o objeto direto do verbo “há”, 
que foi empregado com o sentido de existir. Na alternativa C, o termo “tudo” é 
o sujeito do verbo “é”. Na alternativa D, o sujeito é a expressão “tudo isso”, 
oculta na linha 17; mas expressa na linha 15. Na alternativa E, o sujeito é o 
pronome “quem”. 
Resposta – B 
c) utilizando-se o verbo fazer exprimindo fenômeno da 
natureza ou tempo decorrido. 
Faz muito calor aqui. 
Faz anos que não o vejo. 
ATENÇÃO! Fazem dois dias de vida os bebês. Î Nesse exemplo, o fato 
expresso na oração foi atribuído ao termo “os bebês”; sendo ele, pois, o 
sujeito. 
d) utilizando-se o verbo ir exprimindo tempo decorrido. 
Vai para uns quinze anos escrevi uma crônica do Curvelo. 
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predicado 
sujeito 
e) utilizando-se o verbo ser indicando distância ou tempo 
decorrido. 
Da minha casa à tua são dez quilômetros. 
É uma hora e trinta minutos. // São duas horas. 
Hoje são oito de maio. // Hoje é dia oito de maio. 
Observe que a verbo SER concorda com a expressão que indica a 
distância ou o tempo decorrido. 
2. Predicado Î é tudo aquilo que se declara a respeito do sujeito; 
em termos práticos, equivale a tudo que é diferente do sujeito e do vocativo, 
quando este ocorrer. 
À noite, a temperatura diminuiu. 
Atenção! Em todo predicado necessariamente existe um verbo, que é o que 
de fato caracteriza uma oração, já que pode haver oração sem sujeito, como 
você já perceberá. 
• TIPOS DE PREDICADO 
2.1 Verbal Î possui como núcleo um verbo nocional (ou uma locução 
verbal), isto é, um verbo que exprime ação, acontecimento, fenômeno natural, 
desejo, atividade mental (são mais conhecidos como verbos transitivos e 
verbos intransitivos) 
Ele está correndo. 
Eu amo minha esposa. 
Precisa-se de professores. 
Dei um presente a ela. 
2.2 Nominal Î possui como núcleo um nome (adjetivo, substantivo ou 
outra palavra com valor substantivo), que desempenha a função de predicativo 
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do sujeito (termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um 
verbo); seu verbo é não-nocional (mais conhecido como verbo de ligação). 
Ele está cansado. 
Você parece um monstro. 
A vida é um constante retomar. (note que aqui o verbo “retomar” 
foi substantivado pela presença do artigo indefinido “um”). 
ATENÇÃO! Verbos podem variar de regime de acordo com o sentido que 
possuem na oração. Esse é o caso, por exemplo, do verbo ESTAR. Em “Ele está 
correndo”, o verbo “está” é auxiliar e integra uma locução verbal indicativa de 
um processo, uma ação. Diferente é o seu emprego em “Ele está cansado”, 
frase em que o mesmo verbo agora é tomado como não nocional, ou de 
ligação. Na primeira frase, tem-se predicado verbal; na segunda, nominal. 
Variação semelhante pode ser observada também nos seguintesexemplos: “A correnteza virou a canoa” e “A lagarta virou borboleta”. No 
primeiro caso, o verbo “virou” indica uma ação; é, pois, nocional e núcleo do 
predicado verbal. Já no segundo, seu valor semântico indica uma mudança 
de estado; sendo, portanto, não nocional e integrante de predicado nominal 
cujo núcleo é o termo “lagarta”. 
2.3 Verbo-Nominal Î apresenta dois núcleos: um verbo (que será 
sempre nocional) e um nome (que funcionará como predicativo do sujeito ou 
do objeto). 
Os excursionistas voltaram exaustos da caminhada. 
O ato foi acusado de ilegal. 
Consideramos inaceitável a proposta apresentada. 
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Termos Integrantes da Oração 
1. Complemento Verbal Î termo que completa o sentido dos 
verbos transitivos. 
1.1 Objeto Direto (OD) Î completa o sentido de um verbo transitivo 
direto e, normalmente, aparece sem preposição (a preposição não é 
obrigatória). 
Quero glória e fama. 
Os jornais nada publicaram. 
Atenção! Em alguns casos, o OD vem representado por uma oração (a qual 
chamamos de oração subordinada substantiva objetiva direta). 
Não quero que fiques triste. 
Os pronomes oblíquos também representam complementos 
verbais, porém os pronomes o, a, os, as só funcionam como OD. 
Comprei-o hoje. 
Puseram-na de joelhos. 
Irei levar-te de carro. 
Às vezes, pode o objeto direto vir regido por preposição (objeto 
direto preposicionado). São casos especiais de ocorrência. Seja como for, 
esteja certo de que é a regência do verbo (e não a preposição) que 
determinará se o complemento é ou não objeto direto. Tome nota dos casos 
mais frequentes: 
a) Com verbos que exprimem sentimentos: 
Amamos a Deus. 
Não amo a ninguém. 
b) Para evitar ambiguidade: 
Ama-se aos pais. 
Notadamente aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. 
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c) Por motivo de ênfase: 
A médico, confessor e letrado nunca enganes. 
Cumpri com a minha palavra. 
d) Diante de pronome oblíquo tônico: 
“Rubião esqueceu a sala, a mulher e a si”. 
O novo horário incomoda a mim. 
Também pode o OD vir representado, repetidamente, por um 
pronome oblíquo átono ou tônico. É o que chamamos de objeto direto 
pleonástico (ODP) 
Árvore, filho e livro, queria-os perfeitos. 
Encontrou-nos a nós. 
[...] Para a sociedade, 
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. [...] 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 
12. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do 
texto seriam mantidas ao se substituir “só haverá” (l.14) por só existirá. 
Comentário – Preste muita atenção agora: o termo que funciona 
sintaticamente como objeto direto do verbo haver é sujeito em relação ao 
verbo existir. Com o verbo haver não há necessidade de concordância, mas 
com o verbo existir sim. Observe: 
“...só haverá vantagens...” (objeto direto) 
“...só existirão vantagens...” (sujeito) 
Resposta – Item errado. 
OD ODP 
OD ODP 
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 [...] Cumpre 
acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão 
16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as 
 instituições democráticas. 
Nessa linha de pensamento em que se procura reverter 
19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na 
Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição 
essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no 
22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com 
promoção do integral acesso à justiça. Assim definida, cabe-lhe 
não só a assistência judiciária, pois pouco, ou nada, valem 
25 direitos formalmente reconhecidos, sem que se concretizem na 
vida das pessoas e dos grupos sociais. Aquilo de que se precisa, 
de uma vez por todas, compreende igualmente um conjunto de 
28 atividades extrajudiciais e de informação, extremamente 
imprescindível em um país de analfabetos e semianalfabetos, 
com o intuito de proporcionar aos necessitados consciência de 
31 seus direitos, fazendo-os se verem como partes integrantes 
desse país, ou seja, como cidadãos. 
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública
para a inclusão social rumo à concretização do estado 
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 
13. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) A respeito de aspectos 
sintáticos do texto, assinale a opção correta. 
(A) A forma verbal “compreende” (l.27) concorda com o respectivo sujeito: 
“um conjunto de atividades extrajudiciais e de informação” (l.27-28). 
(B) Na linha 16, o deslocamento do vocábulo “cristalina” para imediatamente 
depois de “necessidade” não interfere no sentido nem na estrutura 
sintática do trecho. 
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(C) Na linha 18, o vocábulo “que” retoma “linha de pensamento” e pode, 
juntamente com a preposição que o antecede e sem prejuízo gramatical 
ou de sentido para o texto, receber artigo definido masculino e ser 
reescrito da seguinte forma: no qual. 
(D) O pronome “lhe” (l.23) faz referência a “defensoria pública” (l.19). 
(E) O termo “direitos formalmente reconhecidos” (l.25) exerce função de 
complemento de ambas as formas verbais “valem” (l.24) e “concretizem” 
(l.25). 
Comentário – Alternativa A: o verdadeiro sujeito da forma verbal 
“compreende” é o termo “Aquilo”. A expressão “um conjunto de atividades 
extrajudiciais e de informação” complementa o significado do verbo 
compreender; é, pois, o seu objeto (direto). 
Alternativa B: no original, o termo “cristalina” funciona 
sintaticamente como o predicativo do sujeito “necessidade” (predicativo do 
sujeito é o termo que exprime um atributo, um estado ou modo de ser do 
sujeito). Vamos reescrever a passagem como a banca propôs: “emerge a 
necessidade cristalina de fortalecer as instituições democráticas.” Agora o 
adjetivo “cristalina” exerce a função de adjunto adnominal, termo que 
caracteriza ou determina os substantivos. 
Alternativa C: em resumo, o que o examinador sugere é que 
não há problemas na seguinte estrutura: “Nessa linha de pensamento no qual 
se procura reverter um processo de descrença...”. Não é bem assim. O 
pronome relativo que é neutro (serve tanto para substituir seres do gênero 
masculino quanto do gênero feminino); mas o pronome o qual não. O núcleo 
da expressão “linha de pensamento” (que foi por mim sublinhado) impõe-nos o 
uso da forma equivalente ao feminino: a qual. 
Alternativa E: façamos a pergunta ao verbo: “O que vale?”. 
A resposta é o sujeito dele: “direitos formalmente reconhecidos”. Portanto esse 
termo não pode ser o complemento (objeto) da forma verbal “valem”. 
Também não o é da forma verbal “concretizem”. Desta também é sujeito. 
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Observe que a voz verbal está apassivada pelo pronome “se”. Esclareça isso 
transformando a passiva sintética em passiva analítica: “sem que [direitos 
formalmente reconhecidos] sejam concretizados”.Resposta – D 
14. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Absorvia-a no leite preto que me 
amamentou; ela envolveu-me como uma carícia muda toda a minha 
infância”, escreveu Joaquim Nabuco sobre a escravidão que conheceu 
como menino, em um engenho pernambucano. “Por felicidade da minha 
hora, eu trazia da infância e da adolescência o interesse, a compaixão, o 
sentimento pelo escravo — o bolbo que devia dar a única flor da minha 
carreira”. 
O vocábulo “que”, destacado acima, pertence à mesma categoria 
gramatical e exerce, respectivamente, função sintática de objeto direto e 
de sujeito. 
Comentário – Quanto à categoria gramatical, está certa a declaração da 
banca examinadora, pois os vocábulos negritados são pronomes relativos. 
Note que eles substituem, respectivamente, os termos “leite preto” e “bolbo”. 
Sintaticamente, funcionam como sujeito do verbo “amamentou” (O leite preto 
me amamentou.) e sujeito da locução “devia dar” (O bolbo devia dar...) 
Resposta – Item errado. 
Audácia, prudência, temperança 
Uma sociedade é sustentável quando consegue 
articular a cidadania ativa com boas leis e instituições 
sólidas. São os cidadãos mobilizados que fundam e 
refundam continuamente a sociedade e a fazem fun- 
5 cionar dentro de padrões éticos. 
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O presente momento da política brasileira e a si-
tuação atual do mundo estigmatizado por várias cri-
sés nos convidam a considerar três virtudes urgentes: 
a audácia, a prudência e a temperança. 
10 A audácia é exigida dos tomadores de decisões 
face à situação social brasileira que, vista a partir das 
grandes maiorias, é desalentadora. Muito se tem feito 
no atual Governo, mas é pouco face à chaga histórica 
que extenua os pobres. Nunca se fez uma revolução 
15 na educação e na saúde, alavancas imprescindíveis 
para transformações estruturais. Um povo ignorante e 
doente jamais dará um salto para frente. 
Algo semelhante ocorre com a política mundial 
face à escassez de água potável e ao aquecimento 
20 global do planeta. Audácia é aquela coragem de to-
mar decisões e pôr em prática iniciativas que res-
pondem efetivamente aos problemas em questão. 
O que vemos, especialmente no âmbito do G-8, do 
FMI, do BM e da OMC diante dos problemas referi- 
25 dos, são medidas tímidas que mal protelam catas-
trofes anunciadas. No Brasil a busca da estabilidade 
macroeconômica inibe a audácia que os problemas 
 sociais exigem. Dever-se-ia ir tão longe na audácia que 
um passo além seria insensatez. Só assim evitar-se-ia 
30 que as crises, nacional e mundial, se transformassem 
em drama coletivo de grandes proporções. 
A segunda virtude é a prudência. Ela equilibra a 
audácia. A prudência é aquela capacidade de esco-
lher o caminho que melhor soluciona os problemas e 
35 mais pessoas favorece. Por isso a prudência é a arte 
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de congregar mais e mais agentes e de mobilizar mais 
vontades coletivas para garantir um objetivo bom para 
o maior número possível de cidadãos. 
Como em todas as virtudes, tanto a audácia quan- 
40 to a prudência podem conhecer excessos. O excesso 
de audácia é a insensatez. A pessoa vai tão longe que 
acaba se isolando dos outros ficando sozinha como um 
Dom Quixote. O excesso da prudência é o imobilismo. 
A pessoa é tão prudente que acaba morrendo de ajui- 
45 zada. Engessa procedimentos ou chega tarde demais 
na compreensão e solução das questões. 
Há uma virtude que é o meio termo entre a audá-
cia e a prudência: a temperança. Em condições nor 
mais significa a justa medida, o ótimo relativo, o equilí- 
50 brio entre o mais e o menos. [...] 
BOFF, Leonardo. 
Disponível em: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/boff/ 
15. (Cesgranrio/Decea/Tradutor e Intérprete/2009) “ ... e a fazem funcionar 
dentro de padrões éticos.” (l. 4-5) 
O termo que apresenta função sintática idêntica à do exemplo em 
destaque é: 
(A) “...face à chaga histórica que extenua os pobres.” (l. 13-14) 
(B) “...inibe a audácia que os problemas sociais exigem.” (l. 27-28) 
(C) “Ela equilibra a audácia.” (l. 32-33) 
(D) “O excesso de audácia é a insensatez.” (l. 40-41) 
(E) “Em condições normais significa a justa medida,” (l. 48-49) 
Comentário – A banca examinadora entendeu que o pronome oblíquo 
destacado desempenha função de objeto direto da forma verbal “fazem” 
(verbo transitivo direto). A análise da oração subordinada adjetiva restritiva 
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“que os problemas sociais exigem” demonstra que o pronome relativo “que” é 
o substituto semântico do antecedente “audácia” e funciona como objeto direto
da forma verbal “exigem”: os problemas sociais exigem audácia (= que). 
Ao que parece, a instituição adotou a posição defendida por 
Bechara (Moderna gramática portuguesa, páginas 431 a 434). O ilustre 
professor usa os seguintes exemplos para tratar do assunto: 
Ouço o vento soprar Æ Ouço-o soprar 
Vejo as árvores crescer Æ Vejo-as crescer 
Por meio de uma longa explicação, Bechara sustenta que os 
termos “o vento” (= “o”) e “as árvores” (= “as”) são objetos diretos de “Ouço” 
e “Vejo”, respectivamente. Já os infinitivos (“soprar” e “crescer”) são, para ele, 
predicativos desses objetos diretos. Segundo o autor, “não se pode falar 
nestes casos de ‘sujeito’ de infinitivo, também é impróprio afirmar que tais 
substantivos [vento e árvores] são ‘objeto direto’ do núcleo ouço ou vejo e ao 
mesmo tempo (grifo nosso) ‘sujeito’ do infinitivo”. 
Entretanto as lições dos consagrados Cegalla (Novíssima 
gramática da língua portuguesa, página 558) e Cunha e Cintra (Nova 
gramática do português contemporâneo, página 316) exprimem entendimento 
diferente. Para eles, os pronomes oblíquos átonos o(s), a(s), me, te, se, nos, 
vos podem funcionar como sujeitos de verbos infinitivos. Entre os exemplos 
que Cunha e Cintra utilizam, destacamos os que se seguem: 
Mandei que ele saísse... 
Mandei-o sair. 
Eles explicam: “[...] verificamos que o objeto direto (grifo 
nosso), exigido pela forma verbal mandei, é expresso: 
a) na primeira, pela oração que ele saísse; 
b) na segunda, pelo pronome seguido do infinitivo (grifo 
nosso): o sair. E verificamos, também, que o pronome o 
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está para o infinitivo sair como o pronome ele para a 
forma finita saísse, da qual é sujeito (grifo nosso). Logo, 
na frase acima o pronome o desempenha a função de 
sujeito (grifo nosso) do verbo sair.” 
Cegalla tem o mesmo entendimento e enfatiza que toda a 
oração reduzida de infinitivo (o sair, no caso do exemplo 
utilizado por Cunha e Cintra) é “subordinada objetiva 
direta” (grifo nosso). 
Se considerarmos o que acabamos de expor, a questão 
passa a ter duas respostas corretas. Na opção A, o pronome relativo “que” da 
oração subordinada adjetiva restritiva “que extenua os pobres” representa o 
termo “chaga histórica” e funciona como sujeito da forma verbal “extenua”: a 
chaga histórica (= que) extenua os pobres. Em C, o pronome destacado 
também funciona como sujeito. A banca preferiu 
apoiar-se em Bechara. 
As outras opções não apresentam dificuldades de análise: 
em D, o termo emnegrito é predicativo do sujeito; em E, adjunto adnominal. 
Resposta – B (com ressalva) 
1.2 Objeto Indireto (OI) Î completa o sentido de um verbo transitivo 
indireto e, normalmente, aparece preposicionado. 
Preciso de ajuda. 
Duvidava da riqueza da terra. 
Atenção! Em alguns casos, o OI vem representado por uma oração (a qual 
chamamos de oração subordinada substantiva objetiva indireta). 
Preciso de que me ajude. 
Já vimos que os pronomes oblíquos podem representar 
complementos verbais, porém os pronomes lhe e lhes só funcionam como OI: 
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Dei-lhe o livro. 
As noites não lhes trouxeram repouso. 
Não me pertencem os seus óculos. 
Semelhantemente ao que acontece com o objeto direto, o objeto 
indireto pode também ser representado, repetidamente, por um pronome 
oblíquo átono ou tônico ou por pronome de tratamento (objeto indireto 
pleonástico): 
A mim, ensinou-me tudo. 
Aos meus escritores, não lhes dava importância. 
Quem lhe disse a você que estavam no palheiro? 
16. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A coordenadora da CTPE, Zilda 
Cavalcanti, atribui o crescimento dos transplantes no estado ao trabalho 
contínuo de sensibilização da população para o tema. “Buscamos levar 
mais informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a 
cultura que existe sobre transplantes”. 
As formas verbais ‘levar’ e ‘mudar’ não apresentam complemento 
introduzido por preposição. 
Comentário – Somente o verbo “mudar” é transitivo direto e não possui 
complemento (“a cultura” = objeto direto; o “a” é artigo) introduzido por 
preposição. O verbo “levar” foi empregado como bitransitivo e seu 
complemento indireto (“às pessoas e aos profissionais de saúde”) é regido pela 
preposição “a”, que se aglutinou com o artigo “a”, dando origem à crase (“à”). 
Resposta – Item errado. 
17. (Cesgranrio/TJ-RO/Oficial de Justiça/2008) Indique a opção em que a 
expressão em destaque pode ser substituída por “lhe”, assim como em 
“...uma parte do mérito lhe cabe,” (l. 13) 
(A) O economista chamou o colega de benfeitor da natureza. 
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(B) A Fundação convidou o professor para o cargo de diretor. 
(C) O projeto pertence ao renomado cientista. 
(D) O governo criou recentemente o Bolsa-Floresta. 
(E) A diretora gosta muito de sua assistente. 
Comentário – Ao completar o sentido de um verbo, o pronome pessoal do 
caso oblíquo átono lhe funciona como objeto indireto dele. É assim que está 
empregado no segmento sob análise. No sentido de ter direito, ser da 
competência, o verbo caber é transitivo indireto. 
Nas alternativas A, B e D, os termos destacados são objetos 
diretos dos respectivos verbos: “chamou”, “convidou” e “criou”. Elas devem ser 
prontamente descartadas. 
A alternativa C apresenta verbo transitivo indireto (algo 
pertence a alguém). O seu complemento pode ser substituído pela expressão a 
ele (preposição + pronome oblíquo tônico) ou pelo pronome oblíquo átono 
lhe. 
E o que dizer da última opção? Sem querer complicar muito a 
sua vida, esclareço que nem todos os verbos que projetam um argumento 
regido de preposição admitem que esse termo seja substituído pelo pronome 
átono de 3ª pessoa lhe ou lhes (Dependo do regulamento. = Dependo dele.). 
São esses verbos chamados por alguns gramáticos de TRANSITIVOS 
RELATIVOS; seus complementos são denominados COMPLEMENTOS 
RELATIVOS. 
Resposta – C 
18. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) A frase abaixo que 
deve ser completada, segundo o registro culto e formal da língua, com o 
pronome lhe é 
(A) De início, o profissional especialista não ____ compreendera. 
(B) Prevenira- ____ de que, um dia, ela poderia ser alvo de críticas ácidas. 
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(C) Eu ____ vi ontem pedindo desculpas sinceras por seus erros no passado. 
(D) A observação é o caminho que _____ conduzirá a um futuro próspero. 
(E) Disse ao amigo que _____ queria muito bem. 
Comentário – A banca exigiu do candidato conhecimento sobre o fato de que, 
como complementos de verbos, o pronome oblíquo lhe(s) funciona como 
objeto indireto e os pronomes oblíquos o(s) e a(s), como objetos diretos. 
Somente na última opção, o verbo (“queria”, no sentido de 
estimar) necessita de um objeto indireto. Por isso o pronome a ser empregado 
é o lhe. 
Nas demais alternativas, os verbos sentem a falta de um objeto 
direto (termo que não seja regido por preposição) para lhes completar os 
respectivos sentidos. Repare: 
(A) – compreender quem ou o quê? 
(B) – prevenir quem? 
(C) – ver quem ou o quê? 
(D) – conduzir quem ou o quê? 
Resposta – E 
2. Complemento Nominal (CN) Î termo que integra ou limita o 
sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre 
preposicionado e indica o alvo ou o paciente da declaração. 
Agiu favoravelmente a ambos. (o termo em destaque 
complementa o sentido do advérbio “favoravelmente”). 
O fumo é prejudicial à saúde. (o termo em destaque complementa 
o significado do adjetivo “prejudicial”). 
Tenho confiança em ti. (agora, é o substantivo abstrato 
“confiança” que tem seu valor semântico complementado pelo termo em 
negrito). 
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A função de CN é representada por um substantivo ou por qualquer 
palavra substantivada, conforme se depreende dos exemplos anteriores. Isso 
quer dizer que essa função sintática também pode ser exercida por uma 
oração (subordinada substantiva completiva nominal): 
Estou com vontade de suprimir este capítulo. 
A fim de que você se sinta seguro na hora de identificar o CN e não 
o confundir com o adjunto adnominal (ADJ. ADN.), eis algumas dicas 
importantes: 
I. Todo termo preposicionado que depende de advérbio ou 
adjetivo é CN. 
Ela mora perto do curso. (CN) 
II. Substantivo concreto não admite CN. 
Comprei o livro de Machado de Assis. (ADJ. ADN.) 
III. Todo termo que depende de substantivo abstrato será CN se 
a preposição não for de. 
A alegria na paz é infinita. (CN) 
IV. Caso a preposição seja de, o termo preposicionado será CN 
quando sofrer a ação (termo paciente) ou for o alvo dela; e será ADJ. ADN. 
quando praticar a ação (termo agente) ou for a origem dela – e ainda 
quando transmitir a ideia de posse. 
A descoberta da vacina foi benéfica. (CN – notem que a expressão 
“da vacina” indica o que foi descoberto). 
A descoberta do cientista foi benéfica. (ADJ. ADN. – agora, o 
termo “do cientista” expressa o agente da ação de descobrir). 
16 [...] Finalmente, considero que, 
embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de 
arenas de participação da sociedade na formulação e gestão das 
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19 políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica, 
constitui, ao mesmo tempo, possibilidade aberta para outra 
equação entre universalismo e particularismo na sociedade 
22 brasileira. 
Jeni Vaitsman. Desigualdades sociais e particularismos 
na sociedade brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio 
de Janeiro, n.º 18 (Suplemento), p. 38 (com adaptações).19. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Por meio da conjunção “e”, 
empregada duas vezes na linha 17 e uma vez na linha 18, é estabelecida 
a seguinte organização de ideias: a primeira ocorrência liga duas 
características de “novos sujeitos” (l.17); a segunda liga dois 
complementos de “formação” (l.17); a terceira, dois complementos de 
“arenas de participação da sociedade” (l.18). 
Comentário – primeira ocorrência – os termos são os adjetivos “sociais” e 
“poíticos”, que funcionam como adjuntos adnominais; segunda ocorrência – 
a conjunção articula dois termos que são o alvo da “formação”, isto é, são 
verdadeiros complementos nominais; terceira ocorrência – aqui o raciocínio 
anterior se repete, mas agora em relação à expressão “arenas de participação 
da sociedade”. 
Resposta – Item certo. 
20. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “É o chamado efeito Médici, em 
alusão à explosão criadora deflagrada em Florença quando o clã Médici 
reuniu gente de toda uma série de disciplinas — escultores, cientistas, 
poetas, filósofos, pintores, arquitetos — na cidade. A interação de todos 
fez brotar novas ideias no cruzamento das disciplinas, o que deu origem 
ao Renascimento, uma das eras mais criativas da história.” 
O nome “alusão” e o verbo “deu” têm complementos introduzidos pela 
mesma preposição. 
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Comentário – A questão tratou ao mesmo tempo de complementos nominal e 
verbal. O complemento nominal vem obrigatoriamente preposicionado; o 
complemento verbal que vem obrigatoriamente preposicionado é o objeto 
indireto. Eis, então, o complemento do nome “alusão”: “à explosão criadora”, e 
o complemento indireto do verbo “deu”: “ao Renascimento”, ambos 
introduzidos pela preposição “a”. 
Resposta – Item certo. 
3. Agente da Passiva Î termo que, na voz passiva, pratica a ação 
expressa pelo verbo, a qual é sofrida pelo sujeito. 
As ruas foram lavadas pelas chuvas. 
Mariana era apreciada por todos quantos iam a nossa casa. 
A voz passiva, como regra geral, é uma flexão pertinente aos 
verbos TD. 
O termo “agente da passiva” vem sempre introduzido por 
preposição (por, per, de). 
A voz passiva sempre apresenta sujeito, o qual é o paciente da 
ação expressa pelo verbo; 
A voz passiva analítica (ou verbal) pode apresentar agente da 
passiva, mas a sintética (ou pronominal) – como regra geral – não
apresentará agente da passiva. 
O aluno leu o livro. (voz ativa com sujeito simples: “O aluno”). 
O livro foi lido pelo aluno. (voz passiva analítica; o termo 
destacado é o agente). 
Vendem flores. (voz ativa com sujeito indeterminado). 
Flores são vendidas. (voz passiva analítica sem agente da passiva). 
 Vendem-se flores. (voz passiva sintética sem agente da passiva). 
Contudo, às vezes somos contrariados pela dinâmica da Língua, 
que nem sempre se ajusta à rigidez gramatical. Gramáticos como Cegalla 
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(2008, página 356), por exemplo, são bem contundentes quando tratam desse 
assunto. Ele diz que “Na passiva pronominal [ou sintética] não se declara o 
agente”. Veja três exemplos que o eminente professor apresenta em sua obra: 
Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos pedestres. (errado) 
Nas ruas eram assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo) 
Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo) 
Agora analise a questão abaixo. 
21. (FGV/Potigás/Administrador Júnior/2006) Não, a política externa não pode 
se guiar por convicções e preferências partidárias. 
O termo grifado acima desempenha função sintática de: 
(A) complemento nominal. 
(B) objeto indireto. 
(C) adjunto adverbial. 
(D) agente da passiva. 
(E) adjunto adnominal 
Comentário – Vamos combinar uma coisa: quando você identificar um 
pronome SE na frase, imediatamente analise o verbo ao qual ele está atrelado. 
Se o verbo for TD, muito provavelmente essa construção representa voz 
passiva sintética. Como toda voz passiva sintética pode ser transformada em 
voz passiva analítica, faça a devida transformação e comprove: 
- Não, a política externa não pode se guiar por convicções e 
preferências partidárias. (voz passiva sintética) 
- Não, a política externa não pode ser guiada por convicções 
e preferências partidárias. (voz passiva analítica) 
Nos dois casos, o sujeito “a política externa” sofre ou recebe a 
ação indicada pela locução verbal. E o termo em negrito é o desencadeador ou 
agente desse processo. Este é, pois, agente da passiva. 
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Resposta – D 
Os atropelos da pressa 
 [...] Milhares de hectares de florestas são 
10 desmatados em apenas alguns dias pelos correntões 
dos tratores de esteira. [...] 
TRANCOSO, Alfeu, JB Ecológico, dez. 2008. (Adaptado) 
22. (Cesgranrio/Decea/Técnico em Informações Aeronáuticas/2009) Dentre as 
expressões destacadas abaixo, qual exerce a mesma função sintática de 
“... pelos correntões dos tratores de esteira.” (l. 10-11)? 
(A) Lutou pelos direitos civis até o fim. 
(B) Contraiu a doença pelos contatos com os doentes infectados. 
(C) “O mundo dos afetos não passa pela regulagem dos megabits,” (l. 33-
34) 
(D) Chorava enquanto corria pelos corredores da escola. 
(E) Fomos informados da tragédia pelos repórteres. 
Comentário – A releitura do período é importante para a correta análise do 
termo destacado: 
Milhares de hectares de florestas são desmatados em apenas 
alguns dias pelos correntões dos tratores de esteira. 
Temos aqui o que a gramática chama de voz passiva analítica 
(ou verbal). Note que é sobre o termo “Milhares de hectares de florestas” 
(sujeito paciente) que recai a ação de desmatamento – expressa pela locução 
“são desmatados”. Nesse tipo de construção, o termo “pelos correntões dos 
tratores de esteira” (agente da passiva) desencadeia a ação verbal. Uma 
característica do agente da passiva é surgir sempre preposicionado. 
Na opção A, o termo destacado exerce função sintática de 
objeto indireto do verbo “lutou”. 
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Nas alternativas B e D, os termos funcionam como adjuntos 
adverbiais e exprimem circunstâncias de causa e lugar. 
Em C, o verbo “passar” exprime a ideia de ser submetido ou 
submeter à ação de; é, pois, transitivo indireto. O termo destacado, seu 
complemento, funciona como objeto indireto. 
Resposta – E 
Bem, já estamos na metade desta aula. É compreensível que você 
esteja meio cansado. Tenho consciência de que é muita informação ao mesmo 
tempo. Se você não conseguir compreender a relação estabelecida entre eles, 
terá dificuldades de responder corretamente às questões de prova. Logo, 
avance mais um pouquinho. Vamos lá! 
Termos Acessórios da Oração 
1. Adjunto Adnominal Î é termo de valor adjetivo que serve para 
especificar ou delimitar o significado do substantivo, podendo ser expresso 
por: 
a) adjetivo: Compareceram pessoas interessadas. 
b) locução adjetiva: Era um homem de consciência. 
c) artigo: O mar era um lago sereno e azul. 
d) pronome adjetivo: Minha camisa é igual à sua. 
e) numeral adjetivo: Casara-se havia duas semanas. 
f) oração adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos, 
caíram-lhe pelo rosto. 
Atenção! O mesmo substantivo pode vir acompanhadopor mais de um 
adjunto adnominal: As nossas primeiras experiências científicas 
fracassaram. 
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Núc. do ODNúc. do Suj. 
Núc. do ODNúc. do Suj. 
Cuidado para você não confundir adjunto adnominal com 
predicativo do objeto, e vice-versa. Abaixo, separei algumas dicas para facilitá-
lo(a) a distinguir um e outro. 
Assim como o complemento nominal, o adjunto adnominal 
também é parte efetiva do mesmo termo que tem o substantivo como 
núcleo. Basta substituir esse termo por um pronome substantivo e perceber 
que o adjunto adnominal também desaparece: 
O novo método facilitou os alunos despreparados. 
Ele facilitou-os. 
A mesma substituição não pode ser feita para o predicativo do 
objeto: 
Sua atitude deixou seus amigos perplexos. 
Ela deixou-os perplexos. 
23. (Cesgranrio/Funasa/Administrador/2009) Na passagem “Eugênio 
examinava-lhe as mudanças do rosto com comovida atenção.” (l. 10-11), 
o pronome oblíquo lhe exerce função sintática idêntica ao termo 
destacado em 
(A) “Olívia se aproximou de Eugênio...” (l. 1) 
(B) “A enfermeira juntava os ferros.” (l. 3) 
(C) “A respiração voltava lentamente,” (l. 7) 
(D) “Vencera! Salvara a vida de uma criança!” (l. 12) 
AA AA AA AA 
Suj. OD 
AA AA POD 
Suj. OD POD 
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(E) “Sentia-se leve e aéreo.” (l. 17) 
Comentário – Além de servir de complemento (objeto indireto) de verbos 
transitivos (Doei-lhe toda minha fortuna.), o pronome LHE também serve 
para indicar posse, a exemplo dos pronomes possessivos naturais (meu, 
nosso, vosso...). Nesse caso, a função sintática do LHE será de adjunto 
adnominal. É isso o que acontece na oração destacada no enunciado (Eugênio 
examinava as suas [= do “pequeno paciente”] mudanças do rosto com 
comovida atenção.). 
Na quarta alternativa, a locução “de uma criança” tem papel 
semelhante ao do pronome LHE, caracteriza as possibilidades designativas do 
substantivo “vida”, sintaticamente é outro adjunto adnominal. 
Nas demais opções, temos, respectivamente, objeto indireto, 
objeto direto, adjunto adverbial e predicativo do objeto direto (representado 
pelo pronome “se”, reflexivo). 
Resposta – D 
24. (Cesgranrio/Funasa/Agente Administrativo/2009) No Texto I, em “e 
controlar a epidemia crescente das doenças crônicas,” (l. 13-14), o 
termo destacado está ligado sintaticamente ao substantivo “epidemia”. 
O termo que desempenha função sintática idêntica ao destacado acima 
está no trecho: 
(A) “enquanto cerca de 300 milhões de adultos são obesos,” (l. 3-4) 
(B) “...que ajude as autoridades nacionais a enfrentar os problemas.” (l. 10-
11) 
(C) “– Para alcançar as Metas do Milênio estabelecidas pela ONU,” (l. 12-13) 
(D) “Todos eles estão mais expostos...” (l. 24) 
(E) “entre outras doenças ligadas ao excesso de peso.” (l. 26-27) 
OI OD
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Comentário – A locução “das doenças crônicas” tem valor adjetivo e serve 
para especificar ou delimitar o significado do substantivo “epidemia”; 
sintaticamente, funciona como adjunto adnominal do termo a que se refere. 
A mesma função desempenha o termo “nacionais” (alternativa B), que 
restringe o alcance semântico do substantivo “autoridades”. 
Em A, o termo “obesos” funciona como predicativo do sujeito. 
A dica é perceber o verbo de ligação ou copulativo “são”. Em C, o termo é 
agente da passiva da oração adjetiva reduzida de particípio (= que foram 
estabelecidas pela ONU). Em D, o termo é adjunto adverbal de intensidade. 
Em E, o termo é complemento nominal. 
Resposta – B 
2. Adjunto Adverbial Î é termo de valor adverbial que denota as 
circunstâncias em que se desenvolve o processo verbal, ou intensifica o 
sentido deste, de um adjetivo ou de um advérbio, podendo ser expresso por: 
a) advérbio: Aqui não fica ninguém reprovado. 
b) locução ou expressão adverbial: Lá embaixo, nós 
começamos a dançar sob o sol do meio-dia. 
c) oração subordinada adverbial: Quando acordou, não havia 
mais ninguém por perto. 
Os adjuntos adverbiais recebem diversas classificações, todas de 
acordo com a circunstância que indicam. A seguir, apresento apenas uma 
pequena relação: 
a) causa: Por que lhes daria tanta dor? 
b) companhia: Vivia com Daniela. 
c) condição: Sem estudar, não passará. 
d) concessão: Apesar de tudo, estudamos muito. 
e) dúvida: Acaso fizeste mesmo isso? 
f) fim: Há homens para tudo. 
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g) instrumento: Bati-lhe com o chicote. 
h) intensidade: Gosto muito de ti. 
i) lugar: Veja aonde vai. 
j) matéria: Esta é feita de barro. 
k) meio: Voltamos de bote. 
l) modo: Vagarosamente ela recolheu o fio. 
m) negação: Não desanimem. 
n) preço: O curso custa cem reais. 
o) tempo: Estudaremos até as duas horas. 
Atenção! Às vezes não é possível precisar a circunstância expressa pelo 
adjunto adverbial. Neste exemplo, é difícil distinguir se o adjunto adverbial é 
de modo ou de intensidade: Entreguei-me calorosamente àquela causa. 
7 [...] Na primeira década deste século, 
os avanços deram-se em direção a uma agenda social, voltada 
para a redução da pobreza e da desigualdade estrutural. Nos 
10 próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do ensino 
deve ser uma obrigação dos governantes, sejam quais forem os 
ungidos pelas decisões das urnas. 
Jornal do Brasil, Editorial, 21/1/2010 (com adaptações). 
25. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O emprego de vírgula após 
“anos”, em “Nos próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do 
ensino deve ser uma obrigação dos governantes” (l.9-11), justifica-se por 
isolar termo adverbial, com noção de tempo, deslocado do final para o 
começo do período. 
Comentário – É isso mesmo! A expressão “Nos próximos anos” funciona como 
adjunto adverbial de tempo. Sua antecipação ocasionou o emprego da vírgula. 
A mesma função sintática exerce o termo “Na primeira década deste século”. 
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Resposta – Item certo. 
3. Aposto Î é termo de caráter nominal que se junta a um 
substantivo, ou a qualquer palavra substantivada, para explicá-lo, especificá-
lo, esclarecê-lo, desenvolvê-lo ou resumi-lo, classificando-se em: 
a) explicativo: O professor, um homem muito estudioso, 
escreveu vários livros. 
b) especificativo: A cidade de Paracambi é linda. 
c) enumerativo: Ele reivindicava várias coisas: melhor salário, 
assistência médica e redução da carga horária. 
d) distributivo: Havia várias pessoas: umas tristes, outras 
alegres. 
e) resumitivo ou recapitulativo: Amor, alegria, saudade, tudo
era paixão. 
O aposto também pode vir representado por uma oração (oração 
subordinada substantiva apositiva). 
Só quero uma coisa: que vocês estudem. 
O aposto equivale ao termo a que se refere (sujeito, predicativo, 
complemento verbal, complemento nominal, agente da passiva, etc.). 
Ela, Dora, foi muitíssimo discreta. 
As escrituras eram duas: a da hipoteca e a da venda das 
propriedades. Pred. do Suj. 
Suj. 
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O aposto especificativo não vem marcado por sinais de pontuação 
(dois-pontos, vírgulas, travessões). Esse tipo de aposto é, normalmente, um 
substantivo próprio que individualiza um substantivo comum, prendendo-se a 
ele diretamente ou por meio de preposição. 
A cidade de Lisboa é linda. 
O cantor Caetano Veloso foi premiado novamente. 
O mês de maio é o mês das noivas. 
 [...] 
Diante da impossibilidade de reunião de todos os 
envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os 
13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais 
urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se 
a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a 
16 democracia representativa, com seus prós e contras. 
 [...] 
Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública
para a inclusão social rumo à concretização do estado 
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 
26. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) O trecho entre 
travessões nas linhas 12 e 13 explica a expressão “todos os envolvidos” 
(l.11-12). 
Comentário – Esta foi para confirmar o conceito de aposto explicativo. Não 
vai me dizer que, depois de tudo o que foi falado aqui sobre ele, você errou a 
questão? 
Resposta – Item certo. 
Por fim, quero apresentar-lhe o vocativo. Ele é um termo isolado, 
não faz parte dos termos essenciais, dos termos integrantes nem dos termos 
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acessórios. A função do vocativo é chamar ou interpelar a pessoa a quem 
nos dirigimos. Vem sempre marcado por pontuação, admite a anteposição 
de interjeição e não deve ser confundido com o sujeito da oração. 
Meu amigo, que horas são? (sujeito inexistente) 
A ordem, meus amigos, é a base do governo. (sujeito: “A 
ordem”) 
Ó minha amada, que olhos os teus! (frase nominal; não convém 
falar de sujeito, pois este é termo da oração). 
Por enquanto é só. Abaixo estão as questões sem os respectivos 
comentários, para que você possa se exercitar durante a semana. Adiante está 
o gabarito. 
Fique com Deus e até a próxima aula. 
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Lista das Questões Comentadas 
1. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Quem precisa de transplantes de 
pâncreas precisa se inscrever na lista de outro estado, como São Paulo, 
por exemplo”. 
O sujeito de ‘precisa se inscrever na lista de outro estado’ é ‘Quem’. 
2. (Cesgranrio/Eletrobrás/Administrador/2010) Em qual das opções abaixo 
encontra-se a mesma inversão sintática que se observa em "que habitam 
os demônios da insônia." (Texto I, L. 29)? 
(A) "proferiu um deus à estirpe dos insones," (Texto I, L. 1-2) 
(B) "o insone assemelha-se ao vampiro..." (Texto I, L. 4) 
(C) "Mas num pesadelo já se está descansando," (Texto I, L. 9) 
(D) "...que vivem reclamando de insônia." (Texto II, L. 11) 
(E) "Eu as invejava," (Texto II, L. 12) 
 [...] 
À luz desses entendimentos é que os direitos humanos 
13 devem ser vistos. Não mais direitos que apenas se cristalizam em 
leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos, 
que traduzem as transformações e os avanços históricos da 
16 humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma 
sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e 
contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos 
19 de grupos sociais. 
Roberto A. R. de Aguiar. Ética e direitos humanos. In: Desafios Éticos. 
Conselho Federal de Medicina, p. 60-1, 1993 (com adaptações). 
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3. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) A forma verbal “traduzem” (l.15) está 
flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (l.14) 
retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (l.14). 
1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar 
a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos 
gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, 
4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país. 
 [...] 
Luís Afonso Bermúdez. O fermento tecnológico. In: Darcy. 
Revista de jornalismo científico e cultural da Universidade de 
Brasília, novembro e dezembro de 2009, p. 37 (com adaptações). 
4. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “é” (l.4) está 
flexionada no singular porque, na oração em que ocorre, subentende-se 
“Inovar” (l.1) como sujeito. 
5. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Não há quem não se arrepie ao 
ler como o jovem Nabuco descobriu que a tepidez do que parecia a ordem 
natural das coisas, de menino mimado pelas mucamas, era na verdade 
brutal e amarga. Era menino ainda, estava sentado no patamar da escada 
superior da casa onde havia sido criado pela madrinha”. 
O sujeito de “era” é “a ordem natural das coisas”. 
6. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) “Inovar é recriar de modo a 
agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a 
competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das 
organizações. Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e social de 
um país.” 
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A forma verbal “é” está flexionada no singular porque, na oração em que 
ocorre, subentende-se “Inovar” como sujeito. 
7. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “A capacidade de associação, ou o 
poder de conectar perguntas, problemas ou ideias de campos distintos e 
aparentemente sem nenhuma relação entre si, é fundamental no DNA do 
inovador.” 
O sujeito de “é fundamental no DNA do inovador” é composto, já que 
enumera mais de um assunto e os separa por meio de vírgula. 
 [...] 
Todavia, foi somente após a Independência que começou a 
se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupação com 
7 o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao 
desenvolvimento econômico. [...] 
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações). 
8. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em “se manifestar” (l.6), o “se” indica 
sujeito indeterminado. 
1 É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre 
as cinco maiores economias do mundo na década atual se não 
realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia, 
4 independente da utilização de petróleo. [...] 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
9. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) No texto, a forma verbal “É” 
(l.1) inicia uma oração com sujeito inexistente. 
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10. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) “A população carcerária no Brasil é composta 
fundamentalmente por jovens entre 18 e 29 anos de idade. Vale a pena 
deixá-los sem futuro?” 
Na oração “Vale a pena deixá-los sem futuro?”, o sujeito é inexistente. 
A sua vez 
Boa parte das brincadeiras infantis são um 
ensaio para a vida adulta. Criança brinca de ser mãe, 
pai, cozinheiro, motorista, polícia, ladrão (e isso, você 
sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime). 
5 E, ah, quando não há ninguém por perto, brinca de 
médico também. É uma forma deviver todas as vidas 
possíveis antes de fazer uma escolha ou descoberta. 
Talvez seja por isso que a gente pare de brincar aos 
poucos – como se tudo isso perdesse o sentido quando 
10 viramos adultos de verdade. E tudo agora é para valer. 
Mas será que parar de brincar é, de fato, uma decisão 
 madura? 
Atividades de recreação e lazer estimulam o 
imaginário e a criatividade, facilitam a socialização e 
15 nos ajudam a combater o estresse. Mas, se tudo isso 
for o objetivo, perde a graça, deixa de ser brincadeira. 
Vira mais uma atividade produtiva a cumprir na 
agenda. Você só brinca de verdade (ainda que de 
mentirinha) pelo prazer de brincar. E só. Como escreveu 
Você já é grandinho o 
suficiente para saber que 
brincadeira é para a vida 
toda 
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20 Rubem Alves, quem brinca não quer chegar a lugar 
nenhum – já chegou. 
QUINTANILHA, Leandro 
Disponível em: http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe 
_no_chao/conteudo_399675.shtml 
11. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) O verbo destacado 
é impessoal na frase 
(A) “(e isso, você sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime).” (l. 
3-4). 
(B) “E, ah, quando não há ninguém por perto,...” (l. 5). 
(C) “E tudo agora é para valer.” (l. 10). 
(D) “Vira mais uma atividade produtiva a cumprir...” (l. 17). 
(E) “quem brinca não quer chegar a lugar nenhum –” (l. 20-21). 
[...] Para a sociedade, 
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. [...] 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações). 
12. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) A coerência e a correção gramatical do 
texto seriam mantidas ao se substituir “só haverá” (l.14) por só existirá. 
 [...] Cumpre 
acrescentar que, no enfrentamento do desafio de inclusão 
16 social, emerge cristalina a necessidade de fortalecer as 
 instituições democráticas. 
Nessa linha de pensamento em que se procura reverter 
19 um processo de descrença, a defensoria pública, erigida na 
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Constituição Federal de 1988 (CF) à condição de instituição 
essencial à justiça, precisa preencher relevante espaço no 
22 compromisso constitucional de redução das desigualdades, com 
promoção do integral acesso à justiça. Assim definida, cabe-lhe 
não só a assistência judiciária, pois pouco, ou nada, valem 
25 direitos formalmente reconhecidos, sem que se concretizem na 
vida das pessoas e dos grupos sociais. Aquilo de que se precisa, 
de uma vez por todas, compreende igualmente um conjunto de 
28 atividades extrajudiciais e de informação, extremamente 
imprescindível em um país de analfabetos e semianalfabetos, 
com o intuito de proporcionar aos necessitados consciência de 
31 seus direitos, fazendo-os se verem como partes integrantes 
desse país, ou seja, como cidadãos. 
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para a inclusão social rumo à concretização do estado 
democrático de direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações). 
13. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) A respeito de aspectos 
sintáticos do texto, assinale a opção correta. 
(A) A forma verbal “compreende” (l.27) concorda com o respectivo sujeito: 
“um conjunto de atividades extrajudiciais e de informação” (l.27-28). 
(B) Na linha 16, o deslocamento do vocábulo “cristalina” para imediatamente 
depois de “necessidade” não interfere no sentido nem na estrutura 
sintática do trecho. 
(C) Na linha 18, o vocábulo “que” retoma “linha de pensamento” e pode, 
juntamente com a preposição que o antecede e sem prejuízo gramatical 
ou de sentido para o texto, receber artigo definido masculino e ser 
reescrito da seguinte forma: no qual. 
(D) O pronome “lhe” (l.23) faz referência a “defensoria pública” (l.19). 
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(E) O termo “direitos formalmente reconhecidos” (l.25) exerce função de 
complemento de ambas as formas verbais “valem” (l.24) e “concretizem” 
(l.25). 
14. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “Absorvia-a no leite preto que me 
amamentou; ela envolveu-me como uma carícia muda toda a minha 
infância”, escreveu Joaquim Nabuco sobre a escravidão que conheceu 
como menino, em um engenho pernambucano. “Por felicidade da minha 
hora, eu trazia da infância e da adolescência o interesse, a compaixão, o 
sentimento pelo escravo — o bolbo que devia dar a única flor da minha 
carreira”. 
O vocábulo “que”, destacado acima, pertence à mesma categoria 
gramatical e exerce, respectivamente, função sintática de objeto direto e 
de sujeito. 
Audácia, prudência, temperança 
Uma sociedade é sustentável quando consegue 
articular a cidadania ativa com boas leis e instituições 
sólidas. São os cidadãos mobilizados que fundam e 
refundam continuamente a sociedade e a fazem fun- 
5 cionar dentro de padrões éticos. 
O presente momento da política brasileira e a si-
tuação atual do mundo estigmatizado por várias cri-
sés nos convidam a considerar três virtudes urgentes: 
a audácia, a prudência e a temperança. 
10 A audácia é exigida dos tomadores de decisões 
face à situação social brasileira que, vista a partir das 
grandes maiorias, é desalentadora. Muito se tem feito 
no atual Governo, mas é pouco face à chaga histórica 
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que extenua os pobres. Nunca se fez uma revolução 
15 na educação e na saúde, alavancas imprescindíveis 
para transformações estruturais. Um povo ignorante e 
doente jamais dará um salto para frente. 
Algo semelhante ocorre com a política mundial 
face à escassez de água potável e ao aquecimento 
20 global do planeta. Audácia é aquela coragem de to-
mar decisões e pôr em prática iniciativas que res-
pondem efetivamente aos problemas em questão. 
O que vemos, especialmente no âmbito do G-8, do 
FMI, do BM e da OMC diante dos problemas referi- 
25 dos, são medidas tímidas que mal protelam catas-
trofes anunciadas. No Brasil a busca da estabilidade 
macroeconômica inibe a audácia que os problemas 
 sociais exigem. Dever-se-ia ir tão longe na audácia que 
um passo além seria insensatez. Só assim evitar-se-ia 
30 que as crises, nacional e mundial, se transformassem 
em drama coletivo de grandes proporções. 
A segunda virtude é a prudência. Ela equilibra a 
audácia. A prudência é aquela capacidade de esco-
lher o caminho que melhor soluciona os problemas e 
35 mais pessoas favorece. Por isso a prudência é a arte 
de congregar mais e mais agentes e de mobilizar mais 
vontades coletivas para garantir um objetivo bom para 
o maior número possível de cidadãos. 
Como em todas as virtudes, tanto a audácia quan- 
40 to a prudência podem conhecer excessos. O excesso 
de audácia é a insensatez. A pessoa vai tão longe que 
acaba se isolando dos outros ficando sozinha como um 
Dom Quixote. O excesso da prudência é o imobilismo. 
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A pessoa é tão prudente que acaba morrendo de ajui-

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