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Português Aula 04

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA 
ESCRITURÁRIO – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá! 
Na aula de hoje, trataremos do emprego dos sinais de 
pontuação. O uso adequado deles é extremamente relevante para o 
significado de uma frase. 
Nas provas de concursos, o mais explorado é a vírgula. É 
compreensível que seja assim, pois o uso dela requer atenção especial, em 
virtude de sua variabilidade de aplicações e efeitos. Para você ter apenas uma 
ideia do que isso significa, leia alguns exemplos extraídos da campanha dos 
100 anos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI): 
1 – Vírgula pode ser uma pausa... ou não. 
– Não, espere. 
– Não espere. 
2 – Ela pode sumir com seu dinheiro. 
– R$ 23,4. 
– R$ 2,34. 
3 – Pode ser autoritária. 
– Aceito, obrigado. 
– Aceito obrigado. 
4 – Pode criar heróis. 
– Isso só, ele resolve. 
– Isso só ele resolve. 
5 – E vilões. 
– Esse, juiz, é corrupto. 
– Esse juiz é corrupto. 
6 – Ela pode ser a solução. 
– Vamos perder, nada foi resolvido. 
– Vamos perder nada, foi resolvido. 
7 – A vírgula muda uma opinião. 
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núcleo núcleo núcleo núcleo 
– Não queremos saber. 
– Não, queremos saber. 
Uma vírgula muda tudo. 
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua 
informação. 
Detalhes Adicionais: 
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA 
DE QUATRO À SUA PROCURA. 
Se você é mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER. 
Se você é homem, colocou a vírgula depois de TEM. 
Entendeu a importância de sabermos pontuar adequadamente uma 
frase? 
Ainda que a vírgula seja o sinal de pontuação com a maior 
frequência nas provas de concurso, convém estudarmos os demais. 
‰ VÍRGULA (assinala uma pequena pausa) 
I. Entre os termos da oração, serve para: 
a) separar elementos coordenados que possuem a mesma 
função sintática: 
Ex.: Os livros, os cadernos, os lápis e as borrachas estão sobre a 
mesa. sujeito composto 
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Obs.: havendo repetição da conjunção E para separar os 
elementos de mesma função sintática, a vírgula pode se repetir. 
Ex.: Comprou sapato, e bolsa, e meias. 
b) assinalar a omissão do verbo, ou de outro termo 
compreendido por meio do contexto (vírgula vicária): 
Ex.: No mar há os peixes; no céu, as estrelas... 
[...] Na terça-feira retrasada, passados 18 anos, fui pela segunda vez ao 
Maracanã — agora, para conversar com o Cesar Osmar Santos da Silva, 
jardineiro que cuida para que os ninhos dos quero-queros não sejam 
massacrados durante os jogos. O dia estava lindo, o estádio, vazio, e, até a 
sua chegada, tive a glória de ser a única pessoa no gramado. [...] 
1. (Cesgranrio/Prominp/2010) Na passagem do texto “O dia estava lindo, o 
estádio, vazio,”, a 2ª vírgula foi usada para 
(A) separar orações. 
(B) isolar um aposto. 
(C) isolar um vocativo. 
(D) isolar um adjunto adverbial. 
(E) indicar a supressão de uma palavra. 
Comentário – Isso é o que chamamos de vírgula vicária. Um elemento vicário
é aquele que se coloca no lugar de outro termo, substituindo-o. No caso da 
vírgula, ela substituiu o verbo “estava”. O dia estava lindo, o estádio estava
vazio... 
Resposta – E 
c) separar adjuntos adverbiais deslocados: 
Ex.: Neste momento, o pelotão se pôs em fuga. 
objeto direto 
A vírgula substitui a forma verbal “há” 
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Obs.: aqui, o aluno deve admitir certa flexibilidade, pois há muitos 
gramáticos e escritores que não a empregam. 
2. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico em Telecomunicações/2010) “E, às vezes, 
a única alternativa possível é...”. 
A justificativa para o uso das vírgulas na passagem acima é a mesma que 
explica o seu uso na frase: 
(A) É preciso perseverança, disse ele, para continuar a caminhada. 
(B) O empreendedor, que não aceitava o fracasso, resolveu reagir. 
(C) Quando resolveu agir, já era tarde demais. 
(D) Você fez o que podia, portanto, não se lamente. 
(E) Os pesquisadores, durante a reunião, expuseram os resultados. 
Comentário – Na passagem acima, as vírgulas isolam um adjunto adverbial 
(“à vezes”) intercalado, como na última opção (“durante a reunião”). Esse 
mesmo motivo justifica o uso das vírgulas que separam a expressão “durante a 
reunião”. 
Alternativa A: as vírgulas isolam oração interferente 
(intercalada). 
Alternativa B: a vírgula isola obrigatoriamente oração 
subordinada adjetiva explicativa. 
Alternativa C: a vírgula separa obrigatoriamente oração 
subordinada adverbial antecipada. 
Alternativa D: a primeira vírgula separa oração coordenada 
sindética adversativa. A segunda, que não é obrigatória, assinala a pausa, a 
inflexão da voz (entonação). 
Resposta – E 
d) separar o aposto explicativo: 
Ex.: Jorge Amado, autor de “Jubiabá”, é um excelente romancista. 
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3. (Cesgranrio/Decea/Tradutor e Intérprete/2009) “Só assim evitar-se-ia que 
as crises, nacional e mundial, se transformassem em drama coletivo de 
grandes proporções.” (l. 29-31) 
As vírgulas, no segmento acima, ocorrem porque separam 
(A) aposto. 
(B) vocativo. 
(C) oração coordenada. 
(D) sujeitos. 
(E) complementos. 
Comentário – Rigorosamente, vírgulas não são empregadas para separar 
complementos (verbais ou nominais – termos integrantes da oração). Os 
termos isolados pela pontuação não são sujeitos de nenhum verbo e também 
não possuem verbos em sua construção, portanto, não constituem oração. 
Além disso, também não configuram um chamamento ou uma interpelação, 
para que sejam classificados como vocativo. Tais expressões foram usadas 
apenas a título de explicação, como um aposto. 
Resposta – A 
4. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria – adaptada) A pontuação está 
inteiramente correta em: 
(A) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem, 
escreveu a propósito de sua gestão, um relatório que se tornou 
memorável. 
(B) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o 
autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos. 
Comentário – Alternativa A: existem problemas de pontuação aqui. Deveria 
haver uma vírgula antes de “Graciliano”, para separar a oração subordinada 
adverbial temporal antecipada “Quando prefeito de Palmeira dos Índios,...”. 
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Além disso, outra vírgula deveria ser utilizada logo após o verbo “escreveu”, 
para marcar o isolamento de expressão intercalada entre o verbo e o seu 
objeto: “um relatório...”. 
Alternativa B: a primeira vírgula marca a antecipação de 
oração subordinada de caráter adverbial; a segunda serve para isolar termo de 
natureza explicativa; a terceira tem a mesma função, já que a expressão “essa 
arma habitual dos céticos” é aposto do substantivo “ironia”. 
Resposta – B. 
e) separar o vocativo: 
Ex.: Não toque nesses doces, menino! 
f) separar datas de localidades: 
Ex.: Brasília, 1º de março de 1985. 
g) separar expressões de caráter explicativo(por exemplo; isto 
é; ou seja; a saber etc.): 
Ex.: Ele consegue, por exemplo, dirigir sozinho. 
h) separar conjunções intercaladas: 
Ex.: Ela virá; não se sabe, contudo, quando. 
Texto I 
O Sistema 
O pensar é a tentação-mor dos insones ou ao menos dos insones pensantes 
1 Thou shall be cursed, proferiu um deus à estirpe 
dos insones, sabe-se lá por que arcaico crime por 
eles cometido. Só podendo dormir ao amanhecer, 
o insone assemelha-se ao vampiro. Irmanados pela 
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5 mesma maldição. E, como o vampiro, o insone 
também é uma espécie de imortal. Jorge Luis Borges 
dizia que imortalidade seria um pesadelo: não poder 
morrer nunca, estar condenado a viver eternamente. 
Mas num pesadelo já se está descansando, dormindo, 
10 apesar de sua inquietude. A imortalidade é antes 
como a insônia: estar fatigado, do dia como da vida, 
querer dormir, mas estar condenado a permanecer 
desperto, vigilante – até quando? O insone é um 
imortal de olheiras. 
15 A insônia é um sistema, e, como em todo sistema, 
nesse também há alguns pontos críticos. O momento 
mais temido pelo insone, aquele que ele reluta em 
encontrar, sem no entanto assumir esse receio – as-
sunção que despertaria fatalmente as forças da mal- 
20 dição –, é a hora de ficar a sós com a voz de dentro. 
5. (Cesgranrio/Eletrobrás/Administrador/2010) Considerando as afirmativas 
abaixo sobre a pontuação do fragmento do Texto I, analise as opções 
abaixo e marque a assertiva correta. 
I. De acordo com o registro formal culto, em “sem no entanto assumir esse 
receio –” (l. 18), a expressão “no entanto” deveria vir entre vírgulas. 
II. Em “A insônia é um sistema, e, como em todo sistema, nesse também há 
alguns pontos críticos.” (l. 15-16), a vírgula depois da palavra “sistema” 
teria de ser retirada. 
III. O travessão em “– até quando?” (l. 13) se justifica por se tratar de uma 
síntese do que se vinha dizendo. 
IV. A vírgula em “Thou shall be cursed,”(l. 1) se deve à sentença em inglês. 
Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmação(ões) 
(A) I 
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objeto direto objeto direto pleonástico 
(B) III 
(C) IV 
(D) I e II 
(E) III e IV 
Comentário – Opção I: certa. A expressão no entanto está intercalada no 
segmento, fato que obriga o emprego de duas vírgulas: ...sem, no entanto, 
assumir esse receio... As conjunções intercaladas precisam ser isoladas pelo 
competente sinal de pontuação. Lembre-se de que a conjunção mas só é 
usada no início do segmento e, portanto, dispensa vírgulas que marquem sua 
suposta intercalação. 
Opção II: errada. Não existe essa obrigatoriedade. Aliás, a 
vírgula acentua que o sujeito (A insônia) da primeira oração não o é da oração 
seguinte, que nem sequer o possui (o verbo há é impessoal e o termo alguns 
pontos críticos é seu objeto direto). 
Opção III: errada. Lembre-se de que o travessão serve para isolar 
palavras, expressões explicativas, frases intercaladas, como ocorreu no texto. 
Opção IV: errada. Nenhuma vírgula é usada só porque o segmento 
é escrito em idioma estrangeiro. A vírgula foi empregada realçar o trecho Thou 
shall be cursed. Cegalla (2008:429) abona esse ensinamento quando explica 
que a vírgula serve “para separar termos que desejamos realçar: O dinheiro, 
Jaime o trazia escondido nas mangas do paletó”. 
Resposta – A 
i) separar objetos pleonásticos: 
Ex.: O relógio, guarda-o no bolso do paletó. 
j) separar o predicativo do sujeito invertido ou intercalado: 
Ex.: Decepcionado, o torcedor afastou-se lentamente. 
O torcedor, decepcionado, afastou-se lentamente. 
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6. (Cesgranrio/TJRO/Taquígrafo/2008) “Em meados de junho, a 
nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil pela primeira 
vez.” (l. 1-2) 
As opções abaixo reestruturam a sentença acima, mantendo o mesmo 
sentido e pontuação adequada, EXCETO uma. 
Assinale-a. 
(A) Em meados de junho, pela primeira vez, a nova-iorquina Rebecca Moore, 
52 anos, esteve no Brasil. 
(B) Esteve no Brasil pela primeira vez, em meados de junho, a nova-iorquina 
Rebecca Moore, 52 anos. 
(C) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve, pela primeira vez, em 
meados de junho, no Brasil. 
(D) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil em meados de 
junho, pela primeira vez. 
(E) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos pela primeira vez, esteve no 
Brasil em meados de junho. 
Comentário – Na última opção, apesar de separarem termos que se 
intercalam entre o sujeito e o verbo, as vírgulas unem dois termos que, juntos, 
denotam a óbvia ideia de ter Rebecca Moore feito 52 anos pela primeira vez. 
Esse sentido divorcia-se da coerência original do texto, que informa quando a 
cientista esteve pela primeira vez no Brasil: em meados de junho. 
Resposta – E 
II. Entre orações, serve para: 
a) separar orações coordenadas assindéticas 
Ex.: Pare, olhe, siga. 
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sujeito sujeito 
b) separar as orações coordenadas sindéticas, exceto as 
aditivas. 
Ex.: Vá, mas volte sempre. 
Obs.: usa-se a vírgula para separar orações coordenadas 
sindéticas aditivas de sujeitos diferentes ou com repetição da conjunção. 
Ex.: Ele foi ao Japão, e ela foi à Itália. 
(inexistindo a conjunção, o ponto e vírgula é aconselhável) 
E estuda, e trabalha, e dorme... 
Atenção! Há casos em que as típicas conjunções aditivas 
introduzem orações adversativas; assim sendo, o emprego da vírgula é 
obrigatório. 
Ex.: Estudou, e não passou. (semanticamente, a conjunção “e” 
tem valor adversativo) 
c) separar orações adverbiais antecipadas ou intercaladas 
(quando vierem na ordem direta, o emprego será facultativo) 
Ex.: Ao anoitecer, saíram. 
Saíram ao anoitecer. 
Saíram, ao anoitecer. 
7. (Cesgranrio/Eletrobras/Técnico em Arquivo/2010) Está correta a 
pontuação em 
(A) Para incentivar as vendas, os jornaleiros, na década de 60, distribuíam um 
brinde ao cliente que completasse um álbum de figurinhas. 
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(B) Para incentivar as vendas, os jornaleiros na década de 60 distribuíam um 
brinde ao cliente, que completasse, um álbum de figurinhas. 
(C) Para incentivar as vendas, os jornaleiros na década de 60, distribuíam um 
brinde ao cliente que completasse um álbum de figurinhas. 
(D) Para incentivar as vendas os jornaleiros, na década de 60, distribuíam um 
brinde ao cliente, que completasse um álbum de figurinhas. 
(E) Para incentivar, as vendas, os jornaleiros na década de 60 distribuíam um 
brinde, ao cliente, que completasse um álbum de figurinhas. 
Comentário – Alternativa A: certa. A primeira vírgula separa obrigatoriamente 
uma oração subordinada adverbial antecipada. A segunda e a terceira marcam 
a intercalação de adjunto adverbial de tempo (“na década de 60”) entre o 
sujeito (“os jornaleiros”) e o verbo (“distribuíam”). 
Alternativa B: errada. O trecho “que completasse” constitui 
oração adjetiva restritiva (não era todo cliente que ganhava um brinde, mas só 
aquele que completasse um álbumde figurinhas) e, como tal, não pode ser 
isolada pela pontuação. Além disso, o segmento “um álbum de figurinhas” é 
objeto direto de “completasse” e não convém estar separado do verbo. 
Alternativa C: errada. Agora é o sujeito (“os jornaleiros na 
década de 60”) que está separado erroneamente do verbo (“distribuíam”). 
Alternativa D: errada. Sumiu a vírgula que separava 
corretamente a oração subordinada adverbial “Para incentivar as vendas”. Por 
estar antecipada e ser um adjunto adverbial sob a forma de oração, a vírgula é 
obrigatória. A última vírgula separou outra vez a oração adjetiva restritiva 
(“que completasse um álbum de figurinhas”) do substantivo que esta 
especifica (“cliente”). 
Alternativa E: errada. A primeira vírgula causou separação 
entre o verbo (“incentivar”) e seu objeto direto (“as vendas”). A terceira 
vírgula causou separação entre o objeto indireto (“ao cliente”) e o verbo 
(“distribuíam”). A última separou novamente a oração adjetiva restritiva (“que 
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predicado sujeito 
sujeito predicado 
completasse um álbum de figurinhas”) do substantivo que esta especifica 
(“cliente”). 
Resposta – A 
d) separar orações subordinadas adjetivas explicativas. 
Ex.: Jesus Cristo, que também é Deus, ressuscitou. 
e) separar as orações intercaladas: 
Ex.: Creio, disse ele, que esse é um caso perdido. 
f) separar as orações subordinadas substantivas apositivas: 
Ex.: É imprescindível que o país adote duas diretrizes, distribuir 
renda e reconstruir o ensino público. 
III. Não se usa vírgula 
a) entre sujeito e predicado (mesmo quando o sujeito é muito 
longo ou vem depois do predicado): 
Ex.: Os pequenos filhotes de vira-lata destruíram meu jardim. 
Obs.: a intercalação de termos entre o sujeito e o predicado deve 
ser marcada por vírgulas, uma antes e outra depois. 
Ex.: Os deputados, ontem à tarde, decidiram aceitar o projeto do 
presidente da República. 
8. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Administrador/2009) Assinale a opção em 
que há ERRO de pontuação. 
(A) Pensando no que você me disse, resolvi, agora, agir. 
(B) Chegou, porém, à conclusão de que ele não a fazia feliz. 
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(C) Só tinha um único pensamento: viver os momentos intensamente. 
(D) Ela, chorando de alegria, entendeu o que é a verdadeira felicidade. 
(E) O estado mágico, a alegria e o sonho, fazem bem à alma. 
Comentário – A última frase fere um princípio elementar quanto ao emprego 
da vírgula. Ela não deve ser utilizada para separar o sujeito do verbo da 
oração. Os termos “O estado mágico, a alegria e o sonho”, juntos, constituem 
o sujeito composto da forma verbal “fazem”. O emprego de vírgulas entre 
sujeito e verbo só é admissível para marcar o deslocamento ou a intercalação 
de outros termos ou orações que surgem entre aqueles. É essa situação que 
justifica o surgimento das vírgulas na alternativa D. A oração “chorando de 
alegria” intercala-se entre o sujeito “Ela” e o verbo “entendeu”. 
Note também que, na primeira opção, a vírgula inicial marca a 
antecipação das orações “Pensando no que você me disse”. Por se tratar de 
segmento oracional, a vírgula é de emprego obrigatório. As duas vírgulas 
seguintes indicam a “intromissão” do advérbio “agora” entre o verbo “resolvi” e 
seu complemento “agir” (objeto direto oracional). E aqui ressalto outra regra 
elementar a respeito do emprego da vírgula: não é possível deixar separados o 
verbo da oração e o seu complemento, salvo – como ocorreu – se houver um 
termo acessório entre eles. 
A alternativa B traz um caso de conjunção deslocada de sua 
posição natural: o início do período. Quando isso ocorre, as vírgulas entram em 
cena. Cuidado, todavia, ao usar a conjunção mas. Das adversativas, ela é a 
única que não pode ser deslocada para outra posição. Como não podia deixar 
de ser, isso já foi objeto de cobrança em provas. 
Na alternativa C, os dois pontos anunciam o aposto explicativo 
que surge em seguida. Saliente-se que o uso da vírgula também estaria 
correto (e até mesmo o do travessão). 
Resposta – E 
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9. (Cesgranrio/Sec. Administ.–TO/Assistente Social/2009) Em qual das 
seguintes frases está INCORRETO, segundo o registro culto e formal da 
língua, o uso da(s) vírgula(s)? 
(A) Durante as visitas do grupo, os pacientes e os funcionários recebem 
carinho e atenção. 
(B) É preciso divulgar o nosso projeto em outros hospitais, disse um dos 
participantes. 
(C) Os idosos, chorando de emoção, despediam-se dos voluntários. 
(D) O diretor da Instituição acredita que, a equipe multiprofissional de 
voluntários, contagia a todos. 
(E) O projeto do Grupo Doutores do Riso, além de trazer conforto, minimiza o 
sofrimento dos pacientes. 
Comentário – Na alternativa D, as vírgulas isolam incorretamente o termo 
que funciona como sujeito da forma verbal “contagia”. Não é admissível que 
a vírgula seja empregada com o propósito de separar o sujeito do 
verbo. Além disso, toda a expressão a equipe multiprofissional de voluntários 
contagia a todos funciona como complemento (objeto) do verbo “acredita”. As 
normas de pontuação também condenam a separação entre o verbo e 
o seu complemento por meio dos sinais de pontuação. 
Na alternativa A, a vírgula destaca o adjunto adverbial 
(“Durante as visitas do grupo”) antecipado. Ressalte-se que a antecipação de 
adjunto adverbial de pequeno corpo não obriga a utilização da vírgula (Hoje 
sairemos mais cedo.). Mas ela é necessária quando o adjunto adverbial tomar 
forma de oração, independentemente de sua extensão (Ao amanhecer, 
sairemos.). 
Na alternativa B, a vírgula separa orações independentes e 
justapostas, típicas de segmento caracterizador de discurso direto. 
Na alternativa C, as vírgulas marcam a intromissão de oração 
reduzida de gerúndio entre o sujeito (“Os idosos”) e o verbo (“despediam-se”). 
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verbo OD OI
nome 
adjunto adnominal 
A oração reduzida de infinitivo “além de trazer conforto” – de 
natureza coordenada e caráter aditivo – deveria surgir após o termo 
“pacientes” para manter a harmonia com a coordenada inicial (O projeto do 
Grupo Doutores do Riso minimiza o sofrimento dos pacientes além de trazer 
conforto.). O deslocamento dela, tal como ocorreu no exercício, faz com que 
surjam as vírgulas. 
Resposta – D 
10. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria – adaptada) A pontuação está 
inteiramente correta: 
O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem 
técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz. 
Comentário – É importante perceber que a intercalação de orações deve ser 
evidenciada por duas vírgulas, uma antes e outra depois: Creio, disse ele, que 
esse é um caso perdido. A falta de uma delas traz prejuízo ao período. 
No caso do item sob análise, a vírgula antes da oração 
intercalada acabou causando indevida separação entre o sujeito “O autor do 
texto” e o predicado “não investe...”. 
Que fique bem claro que não se usa vírgula entre sujeito e 
predicado (mesmo quando o sujeito é muito longo ou vem depois do 
predicado). 
Resposta – Item errado. 
b) entre o verbo e seucomplemento (OD ou OI): 
Ex.: Entreguei o presente ao aniversariante. 
c) entre o nome e seu adjunto ou complemento: 
Ex.: A todos os presentes informamos os novos valores dos 
produtos que vendemos. 
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nome complemento nominal
oração subordinada substantiva objetiva indireta 
Não há necessidade de tanta estupidez. 
d) para isolar o agente da passiva 
Ex.: As medidas econômicas foram aprovadas pelo presidente. 
e) para separar as orações subordinadas substantivas (exceto a 
apositiva) da sua principal. 
Ex.: Duvido de que esse prefeito dê prioridade às questões sociais. 
‰ PONTO 
I. Em relação ao mesmo parágrafo, é empregado no final de 
cada período, indicando uma pausa mais longa entre as frases. 
Ex.: A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado, o 
cachorro estacou diante Del. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam. (Clarice 
Lispector) 
II. Em relação a parágrafos distintos, assinala a passagem de 
um conjunto de idéias a outro de natureza diversa. 
Ex.: A monarquia se enterrava. Revogou-se, portanto, o exílio dos 
Braganças, trouxeram-me para cá os ossos do velho monarca e de sua esposa. 
E recebeu-se a visita do Rei Alberto, a quem ofereceram festas magníficas. 
As finanças do Brasil não iam mal, permitiam despesas de 
vulto. Iniciaram-se então as obras contra a seca do Nordeste, que logo foram 
interrompidas. (Graciliano Ramos) 
‰ PONTO DE INTERROGAÇÃO 
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I. Usado nas interrogações diretas. 
Ex.: Fazer o quê? O vazamento se dava entre o soalho e o forro, 
não havia acesso possível. Onde descobrir um bombeiro em Londres, num 
sábado à noite? (Fernando Sabino) 
11. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira – adaptada) Está 
plenamente adequada a pontuação em: 
Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor 
revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda. 
Comentário – O ponto de interrogação foi usado adequadamente em uma 
interrogação direta. Há interrogações indiretas, em que o ponto de 
interrogação é dispensável: Ele perguntou que horas são. 
Chamo a sua atenção para o fato de as duas primeiras 
vírgulas estarem isolando adjunto adverbial (“certamente”) que surgiu entre o 
sujeito (“esses fábulas”) e o verbo (“são”). Aqui você deve admitir certa 
flexibilidade e avaliar criteriosamente as demais alternativas da questão, pois 
há muitos gramáticos e escritores que não a empregam quando o termo é 
curto; todos, porém, são unânimes em empregar a vírgula quando o adjunto 
adverbial for uma oração. 
As duas últimas vírgulas têm a mesma função, pois isolam 
termo de natureza adverbial que se intercalou entre o verbo “revelou” e o 
complemento “uma significação mais profunda”. 
Por fim, a vírgula depois de “fábulas” (a terceira) foi 
empregada para separar oração (subordinada adjetiva) de natureza 
explicativa. Os termos de natureza explicativa – na forma de oração ou não – 
vêm destacados por vírgula, travessão ou parênteses. 
Resposta – Item certo. 
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‰ PONTO DE EXCLAMAÇÃO 
I. Usa-se nos enunciados de entonação exclamativa, depois de 
interjeições, vocativos, verbos no imperativo. 
Ex.: Que linda manhã! 
Ai! Essa doeu. 
Filho! Vem aqui. 
Avançar! 
Texto III 
Olívia se aproximou de Eugênio e com um 
lenço enxugou-lhe o suor da testa. Estava terminada 
a traqueostomia. A enfermeira juntava os ferros. 
Ruído de metais tinindo, de mesas se arrastando. 
5 Eugênio tirou as luvas e foi tomar o pulso do 
pequeno paciente. A criança como que ressuscitava. 
A respiração voltava lentamente, a princípio 
superficial, depois mais funda e visível. O rosto perdia 
aos poucos a rigidez cianótica. 
10 Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto 
com comovida atenção. 
Vencera! Salvara a vida de uma criança! 
A vida é boa! – pensava Eugênio. Ele tinha 
salvo uma criança. Começou a cantarolar baixinho 
15 uma canção antiga que julgava esquecida. Sorvia 
com delícia o refresco impregnado do cheiro da 
gasolina queimada. Sentia-se leve e aéreo. Era como 
se dentro dele as nuvens de tempestade se tivessem 
despejado em chuva e sua alma agora estivesse 
20 límpida, fresca e estrelada como a noite. 
[...] 
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VERÍSSIMO, Érico. Olhai os lírios do campo. Rio de Janeiro: 
Globo, 1987. (Fragmento) 
12. (Cesgranrio/Funasa/Administrador/2009) Sinais de pontuação ajudam a 
revelar a expressividade de um texto. A exclamação presente no terceiro 
parágrafo (l. 12) do Texto III é empregada, sobretudo, para revelar 
(A) assombro. 
(B) indignação. 
(C) surpresa. 
(D) tensão. 
(E) admiração. 
Comentário – Não é difícil perceber que “indignação” e “tensão” não 
traduzem o sentimento do personagem “Eugênio” após verificar que a criança 
se restabelecia progressivamente após a cirurgia. São as alternativas B e D 
grosseiramente descabidas. 
A dúvida poderia surgir entre “assombro”, “surpresa” e 
“admiração”, visto que é possível alguém ser tomado por esses sentimentos 
diante de um processo quase que milagroso como foi o da recuperação da 
criança (“A criança como que ressuscitava.”, l. 6). Contudo, levando em 
consideração que Eugênio era auxiliado por uma enfermeira, que 
traqueostomia é um procedimento cirúrgico normalmente feito por 
especialistas e que os equipamentos utilizados são comumente os que constam 
em uma sala de cirurgia, podemos inferir que ele era um médico. Assim sendo, 
não lhe causaria tanta surpresa ou assombro o fato de um paciente seu vir a 
se recuperar depois de um procedimento cientificamente comprovado como 
eficaz em situações que o requerem. 
A melhor resposta – atentando para a ênfase dada no 
enunciado – é mesmo “admiração” (= apreciação, encantamento). Após a 
cirurgia, Eugênio mantém-se em estado de “comovida atenção”, ou seja, 
acompanha o desfecho de tudo com certo estremecimento, natural em 
situações de risco de morte. 
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Resposta – E 
‰ PONTO E VÍRGULA (pausa intermediária entre o ponto e a vírgula) 
I. O emprego deste sinal de pontuação depende muito do 
contexto. Em geral, podemos seguir as orientações abaixo quanto ao seu uso: 
a) para separar, numa série, elementos que já estão 
anteriormente separados por vírgula, a fim de ressaltar a hierarquia das 
informações: 
Ex.: Encontramos na reunião: José, o presidente; Pedro, o vice; 
Carlos, o primeiro-secretário; Francisco, o tesoureiro; e outros convidados. 
b) para separar enumeração após dois pontos: 
Ex.: Os alunos devem respeitar a seguintes regras: 
– não fumar dentro do colégio; 
– não fazer algazarras durante o intervalo; 
– respeitar os funcionários e os colegas; 
– trazer sempre o material escolar. 
c) para separar as orações coordenadas sindéticas com 
conjunção intercalada: 
Ex.: Apressou-se; não chegou, porém, a tempo. 
‰ DOIS-PONTOS 
I. Antes de uma citação. 
Ex.: Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém 
vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6) 
II. Para introduzir a falade uma personagem, no discurso direto. 
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Ex.: Sempre que o professor entra em sala ele diz: 
– Essa moleza vai acabar. 
III. Antes de uma enumeração. 
Ex.: A dupla articulação da linguagem caracteriza-se: a) pela 
combinação e b) pela comutação. 
IV. Para esclarecer, explicar ou concluir o que foi dito. 
Ex.: Todos já sabiam: ele não seria eleito. 
V. Para separar uma oração subordinada substantiva apositiva. 
Ex.: Só espero uma coisa: que você estude. 
13. (Cesgranrio/IBGE/Programação Visual/2010) “O Brasil é um Titanic 
negreiro: insensível aos porões e aos icebergs”. 
A relação de sentido que os dois pontos estabelecem, ligando as duas 
partes, visa a introduzir uma 
(A) ideia de alternância entre as duas partes da frase. 
(B) ideia que se opõe àquela dada anteriormente. 
(C) adição ao que foi sugerido na primeira parte da frase. 
(D) conclusão acerca do que foi mencionado antes. 
(E) explicação para a visão assumida na primeira parte da frase. 
Comentário – O sinal de dois-pontos pode ser usado para indicar um 
esclarecimento, um resultado ou resumo do que se disse. O segmento 
“insensível aos porões e aos icebergs” esclarece o sentido da expressão 
“Titanic negreiro”. Portanto a letra E traz a resposta correta. 
Resposta – E 
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14. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Inspeção de Equipamentos/2010) 
Indique o período em que o sinal de dois pontos está sendo usado com a 
mesma finalidade da que ocorre em: 
Ademilton praticou uma atividade fundamental para a convivência: a arte 
de se colocar no lugar do outro. 
(A) O motorista disse: “Fiquei apreensivo com a experiência”. 
(B) O escritor desenvolveu uma ótima ideia: a mistura entre realidade e 
ficção. 
(C) Ele comprou um automóvel novo: o antigo estava sempre na oficina. 
(D) A criança chorava sem parar: a mãe não queria fazer todas as suas 
vontades. 
(E) A moça chegou perto do marido, eufórica: “Ganhamos na loteria!”. 
Comentário – No período que o examinador forneceu como parâmetro, o sinal 
de dois-pontos introduz um aposto de natureza explicativa, que esclarece a 
atividade mencionada. Essa mesma finalidade é encontrada na segunda opção. 
O segmento “a mistura entre realidade e ficção” explica que “ótima ideia” foi 
desenvolvida pelo “escritor”. 
Nas letras A e E, o sinal de dois-pontos introduz as citações 
das falas do motorista e da moça eufórica (é interessante notar a utilização 
das aspas, que contribuem com esse entendimento). 
Nas letras C e D, o sinal de dois-pontos introduz segmentos 
que encerram as ideias anteriores, indicando as causas das declarações. 
Resposta – B 
15. (Cesgranrio/ANP/Analista Administrativo/2008) Qual dos textos sobre os 
efeitos da corte portuguesa no Brasil apresenta pontuação correta? 
(A) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas, que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos. Assim, ficou fora do controle da 
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metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida; introduziram-se: mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
Como conseqüência, os brasileiros acharam que seu destino, era maior e 
mais importante. 
(B) A colônia de repente viu: abrirem-se suas portas, que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos; assim, ficou fora do controle da 
metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida; introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
Como conseqüência, os brasileiros acharam que seu destino era maior e 
mais importante. 
(C) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos, assim, ficou fora do controle da 
metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida: introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
Como conseqüência, os brasileiros acharam, que seu destino era maior e 
mais importante. 
(D) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas, que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos. Assim, ficou fora do controle da 
metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida: introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
Como conseqüência, os brasileiros acharam que seu destino era maior e 
mais importante. 
(E) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos, assim, ficou fora do controle da 
metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida – introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
Como conseqüência: os brasileiros acharam que seu destino era maior e 
mais importante. 
Comentário – Alternativa A: a última vírgula separa inadequadamente o 
sujeito (seu destino) do verbo (era). Tal separação não deve ocorrer entre 
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esses termos e, ainda, entre o verbo e o seu complemento, exatamente como 
aconteceu no segmento os brasileiros acharam, que seu destino era maior e 
mais importante, da alternativa C. 
Alternativa B: o sinal de dois-pontos também separa 
inadequadamente o verbo do seu complemento. Diferente e correto é o uso do 
mesmo sinal de pontuação para anunciar uma série de itens enumerados. 
Assim: Na última assembleia, os condôminos decidiram: elevar a taxa de 
condomínio em 10%; proibir o aluguel das vagas na garagem a pessoas que 
não moram nas dependências do condomínio; limitar o uso do salão social até 
às 22 horas nos dias úteis e até às 23h nos finais de semana. 
Alternativa E: a primeira vírgula acabou por contribuir para o 
isolamento da conjunção conclusiva “assim” do restante do período a que 
pertence, exatamente como ocorreu também na alternativa C. Melhor seria 
substituí-la por ponto para separar os dois períodos (ou o uso de ponto e 
vírgula para indicar uma pausa menor entre eles). Além desse problema, o 
emprego de dois-pontos não é recomendado para separar estruturas 
adverbiais (“Como conseqüência”). 
Resposta – D 
Bolsa-Floresta 
[...] 
Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a 
um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades, 
45 viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todas 
as famílias. A Fundação trabalha mirando dois mapas. 
Um mostra o desmatamento atual, que é pequeno. 
Outro projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. 
Mesmo no Amazonas, onde a floresta é mais preserva- 
50 da, os riscos são visíveis. Viajei por uma rodovia estadual 
que liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi 
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 áreas recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda 
sai de troncos queimados. [...] 
LEITÃO, Miriam. In: Jornal O Globo. 19 jul. 2008. (adaptado) 
16. (Cesgranrio/TJRO/Oficial de Justiça/2008) “Atualmente a equipe da 
Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das 
comunidades,” (l. 43-44) 
O sinal de dois pontos da sentença acima só pode ser substituído por: 
(A) , aliás, 
(B) , a saber, 
(C) , inclusive, 
(D) , ou melhor, 
(E) , por exemplo, 
Comentário – O sinal de dois pontos marcaa introdução de oração apositiva 
reduzida de infinitivo, que esclarece, explica, amplia o significado da 
expressão “um trabalho exaustivo”. Sem qualquer prejuízo gramatical e 
semântico, pode-se substituir o sinal pela forma indicada na alternativa B. A 
locução a saber denota explanação e igualmente anuncia termo de valor 
semântico explicativo. 
O emprego de “aliás” e “ou melhor” faria surgir a ideia de 
retificação. O uso de “inclusive” (= até, também, além disso...) exprimiria 
inclusão. Interessante é o uso de “por exemplo”, pois, apesar de transmitir 
também o sentido de explanação, deixa escapar a noção de que ainda 
existem outros trabalhos exaustivos. 
Resposta – B 
17. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário – adaptada) Regulamentados 
por lei o horário máximo e as condições mínimas de adequação ao 
universo da criança, as empresas seriam encorajadas a admitir, treinar e 
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a ajudar a desenvolver os pequenos trabalhadores, facilitando-lhes, 
inclusive, o acesso a uma educação suplementar: cursos 
profissionalizantes, estágios, atualizações etc. 
Considerando-se a redação do texto acima, é correto afirmar que: 
(A) o sinal de dois-pontos abre uma enumeração de elementos que 
particularizam o sentido de educação suplementar. 
(B) seria imprescindível o emprego de uma vírgula depois do vocábulo 
atualizações. 
Comentário – Alternativa A: os termos após os dois-pontos constituem uma 
enumeração e exemplificam o que são cursos profissionalizantes. 
Alternativa B: esclareça-se que “etc.” (et cetera) é uma 
expressão latina que significa “e outras coisas”. Em geral, esse termo é usado 
precedido de vírgula e com um ponto final após: “cursos profissionalizantes, 
estágios, atualizações, etc.”. Todavia, é admitido o uso dele sem a vírgula, 
porque não faz muito sentido usá-la se pensarmos na tradução literal da 
expressão: “cursos profissionalizantes, estágios, atualizações e outras coisas”. 
A ausência da vírgula é também uma forma de evitar a poluição visual. 
Conclui-se de tudo isso que a vírgula antes do “etc.” em enumerações é 
facultativa. 
Resposta – A 
‰ RETICÊNCIAS 
I. Para indicar certa indecisão, dúvida, surpresa na fala da 
personagem. 
Ex.: Jacó! Diga-me... você... me traiu? 
II. Para indicar que, em um diálogo, a fala de uma personagem 
foi interrompida pela fala de outra. 
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Ex.: – Já que todos deram sua opinião... 
– Um momento, seu presidente, ainda falta eu. 
III. Para sugerir ao leitor que complete a frase dita. 
Ex.: Quem não se comunica... 
IV. Para indicar, em uma citação, que alguns trechos foram 
suprimidos. 
Ex.: “Vou contar aos senhores [...], principiou Alexandre 
amarrando o cigarro de palha.” (Graciliano Ramos) 
Texto III 
O MENINO DOENTE 
O menino dorme. 
Para que o menino 
 Durma sossegado, 
Sentada ao seu lado 
5 A mãezinha canta: 
— “Dodói, vai-te embora! 
“Deixa o meu filhinho, 
“Dorme... dorme... meu...” 
 Morta de fadiga, 
10 Ela adormeceu. 
Então, no ombro dela, 
Um vulto de santa, 
Na mesma cantiga, 
Na mesma voz dela, 
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15 Se debruça e canta: 
— “Dorme, meu amor. 
“Dorme, meu benzinho...” 
E o menino dorme. 
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983. 
18. (Cesgranrio/Funasa/Agente Administrativo/2009) As reticências podem 
ser usadas com diferentes finalidades. 
No trecho “Dorme... dorme... meu...”, encontrado no Texto III, as 
reticências foram usadas para 
(A) marcar um aumento de emoção. 
(B) apontar maior tensão nos fatos apresentados. 
(C) indicar traços que são suprimidos do texto. 
(D) deixar uma fala em aberto. 
(E) assinalar a interrupção do pensamento. 
Comentário – Todas as alternativas indicam possibilidades de uso de 
reticências. No trecho examinado, elas foram empregadas para assinalar a 
suspensão ou interrupção do pensamento do personagem. 
Cumpre esclarecer que não se devem confundir 
RETICÊNCIAS – que têm significativo valor estilístico – com três pontos que se 
empregam como simples sinal gráfico e não representam pausa nem 
entonação: 
“... o chefe dos pescadores... se arroja nas ondas...” (José de Alencar) 
Nesses casos, o sinal tipográfico indica que foram suprimidas 
palavras no início, no meio ou no fim de uma citação. 
Para evitar qualquer dúvida, podem se usar quatro pontos 
em vez de três. 
Resposta – E 
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‰ TRAVESSÃO 
I. Nos diálogos, marca a mudança de interlocutor. 
Ex.: – Quais são os símbolos da pátria? 
– Que pátria? 
– Da nossa pátria, ora bolas! (Paulo Mendes Campos) 
II. Serve para isolar palavras, expressões explicativas, frases 
intercaladas. 
Ex.: Mesmo com o tempo revoltoso – chovia, parava, chovia, 
parava outra vez... – a claridade devia ser suficiente p’ra mulher ter avistado 
mais alguma coisa. (Mário Palmério) 
Atenção! Uso de travessões em vez de vírgulas 
Muitas vezes, as vírgulas são substituídas por travessões. Isso 
confere modernidade ao texto, além de deixá-lo mais claro. Veja: 
1) E aquelas que ainda não tiveram a sua oportunidade – a sua 
hora e sua vez, como diria mestre Rosa – ficam num desespero de "aparecer", 
de "vencer", de "ser alguém". (Ser alguém, Rachel de Queiroz) 
2) Hoje é dia de falar das sogras, essas santas senhoras tão mal 
compreendidas neste mundo de Deus. Acredite em tudo o que você sempre 
ouviu falar de mal delas, que são perigosas; a melhor política, já que não se 
pode matá-la – ainda –, é a distância. (Danuza Leão. Sogra X Sogra) 
3) Como temos pouco poder e voz na arena internacional – e 
temos cada vez menos –, os maus resultados por fazer a coisa certa de 
maneira errada (para não dizer, errática, como no Mercosul, por exemplo) 
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permanecem restritos ao nosso território e pesam apenas sobre os nossos 
próprios ombros. [...] E seu governo, em vez de fazer certa a coisa - 
destravando os investimentos, para fazer a coisa certa, aumentar o 
crescimento -, optou por um choque de demanda: [...]. (Marco Antonio Rocha. 
O crescimento do Peru no pires. In: Estadão, 5/2/2007) 
4) Ironia das ironias, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu, 
alguns dias antes da semana do consumidor – comemora-se neste 15 de 
março o Dia Internacional do Consumidor –, reduzir o rendimento das 
cadernetas de poupança e, por tabela, do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço). (Maria Inês Dolci. Balas perdidas contra o consumido. In: Folha, 
13/32007) 
5) Primeiro, partindo do fato de que os êxitos da medicina estão 
eliminando infecções que são das causas mais freqüentes de mortes – e com 
isso alongam a vida média das pessoas –, coloca-se esta questão: a 
contrapartida da vida mais longa costuma ser a convivência com doenças 
crônicas, degenerativas e/ou desabilitantes; O que é mesmo a morte? E a 
vida? (Washington Novaes. In: Estadão, 1/2/2008) 
Você deve ter observado que, nos exemplos 3, 4 e 5, após o 
travessão, há vírgula. Por quê? Experimente tirar o que estáentre os 
travessões. Você verá que a vírgula é obrigatória. 
19. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário – adaptada) Considere o emprego 
de sinais de pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. 
Recorrendo a metáforas do reino animal, Maquiavel aponta que o príncipe 
precisa ter, ao mesmo tempo, no exercício realista do poder, a força do 
leão e a astúcia ardilosa da raposa. Raposa, leão, assim como camaleão, 
serpente, polvo – metáforas que frequentemente são utilizadas na 
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descrição de políticos – não podem, com propriedade, caracterizar o ser 
humano moral que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e 
do "não mentir", como lembra Norberto Bobbio. 
– metáforas que frequentemente são utilizadas na descrição de políticos −
os travessões isolam segmento explicativo. 
Comentário – O segmento esclarece o uso dos termos anteriormente 
enumerados (“Raposa, leão, assim como camaleão, serpente, polvo”). Sendo 
assim, pode vir entre vírgulas, parênteses ou travessões. O enunciador 
preferiu os últimos. Travessões também servem para isolar expressões ou 
frases explicativas, intercaladas, de caráter elucidativo. 
Mesmo com o tempo revoltoso – chovia, parava, chovia, 
parava outra vez... – a claridade devia ser suficiente p’ra 
mulher ter avistado mais alguma coisa. (Mário Palmério) 
Resposta – Item certo. 
‰ PARÊNTESES 
I. Nas indicações bibliográficas. 
Ex.: “Sede assim qualquer coisa serena, isenta, fiel.” (MEIRELLES, 
Cecília. Flor de poemas. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1972, p. 109.) 
II. Nas indicações cênicas dos textos teatrais. 
Ex.: – Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com 
os olhos fora das órbitas. Amália se volta.) (G. Figueiredo) 
III. Para isolar termos e orações intercaladas de natureza 
semântica explicativa. 
Ex.: “... e a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-lo, 
morrendo de fome.” (Clarice Lispector) 
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‰ ASPAS 
I. Para indicar citações. 
Ex.: “Viver é lutar”, disse Gonçalves Dias. 
II. Para assinalar neologismos, estrangeirismos, gírias (uso 
informal da língua) etc. 
Ex.: Havia um “play-ground” excelente. 
Ele era o que mais “colava” na prova. 
III. Citar títulos de obras artísticas ou científicas. 
Ex.: “Vidas Secas” ganhou vários prêmios. 
IV. Para indicar ironia. 
Ex.: Com um “amigo” desses... 
20. (FCC/2009/TRE-PI/Analista Judiciário – adaptada) Considere o emprego 
de sinais de pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. 
O Talmude equipara a mentira à pior forma de roubo: "Existem sete 
classes de ladrões e a primeira é a daqueles que roubam a mente de seus 
semelhantes através de palavras mentirosas." 
equipara a mentira à pior forma de roubo: − os dois-pontos indicam 
intervenção de novo interlocutor no contexto. 
Comentário – A pontuação indica discurso direto. O sinal de dois-pontos 
interrompe a fala do autor do texto e anuncia a “entrada em cena” do 
enunciador do Talmude, que se expressa com suas próprias palavras. As aspas 
reforçam a ideia de que o trecho é a citação da fala de outra personagem. 
Resposta – Item certo. 
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Então, o que achou das questões? Espero que você tenha tido um 
bom desempenho. 
A partir da próxima página, elas estão sem os meus comentários. 
Aproveite-as para revisar o conteúdo durante a semana. 
Fique com Deus e um grande abraço. 
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Lista das Questões Comentadas 
[...] Na terça-feira retrasada, passados 18 anos, fui pela segunda vez ao 
Maracanã — agora, para conversar com o Cesar Osmar Santos da Silva, 
jardineiro que cuida para que os ninhos dos quero-queros não sejam 
massacrados durante os jogos. O dia estava lindo, o estádio, vazio, e, até a 
sua chegada, tive a glória de ser a única pessoa no gramado. [...] 
1. (Cesgranrio/Prominp/2010) Na passagem do texto “O dia estava lindo, o 
estádio, vazio,”, a 2ª vírgula foi usada para 
(A) separar orações. 
(B) isolar um aposto. 
(C) isolar um vocativo. 
(D) isolar um adjunto adverbial. 
(E) indicar a supressão de uma palavra. 
2. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico em Telecomunicações/2010) “E, às vezes, 
a única alternativa possível é...”. 
A justificativa para o uso das vírgulas na passagem acima é a mesma que 
explica o seu uso na frase: 
(A) É preciso perseverança, disse ele, para continuar a caminhada. 
(B) O empreendedor, que não aceitava o fracasso, resolveu reagir. 
(C) Quando resolveu agir, já era tarde demais. 
(D) Você fez o que podia, portanto, não se lamente. 
(E) Os pesquisadores, durante a reunião, expuseram os resultados. 
3. (Cesgranrio/Decea/Tradutor e Intérprete/2009) “Só assim evitar-se-ia que 
as crises, nacional e mundial, se transformassem em drama coletivo de 
grandes proporções.” (l. 29-31) 
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As vírgulas, no segmento acima, ocorrem porque separam 
(A) aposto. 
(B) vocativo. 
(C) oração coordenada. 
(D) sujeitos. 
(E) complementos. 
4. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria – adaptada) A pontuação está 
inteiramente correta em: 
(A) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem, 
escreveu a propósito de sua gestão, um relatório que se tornou 
memorável. 
(B) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o 
autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos. 
Texto I 
O Sistema 
O pensar é a tentação-mor dos insones ou ao menos dos insones pensantes 
1 Thou shall be cursed, proferiu um deus à estirpe 
dos insones, sabe-se lá por que arcaico crime por 
eles cometido. Só podendo dormir ao amanhecer, 
o insone assemelha-se ao vampiro. Irmanados pela 
5 mesma maldição. E, como o vampiro, o insone 
também é uma espécie de imortal. Jorge Luis Borges 
dizia que imortalidade seria um pesadelo: não poder 
morrer nunca, estar condenado a viver eternamente. 
Mas num pesadelo já se está descansando, dormindo, 
10 apesar de sua inquietude. A imortalidade é antes 
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como a insônia: estar fatigado, do dia como da vida, 
querer dormir, mas estar condenado a permanecer 
desperto, vigilante – até quando? O insone é um 
imortal de olheiras. 
15 A insônia é um sistema, e, como em todo sistema, 
nesse também há alguns pontos críticos. O momento 
mais temido pelo insone, aquele que ele reluta em 
encontrar, sem no entanto assumir esse receio – as-
sunção que despertaria fatalmente as forças da mal- 
20 dição –, é a hora de ficar a sós com a voz de dentro. 
5. (Cesgranrio/Eletrobrás/Administrador/2010) Considerando as afirmativas 
abaixo sobre a pontuação do fragmento do Texto I, analise as opções 
abaixo e marque a assertiva correta. 
I. De acordo com o registro formal culto, em “sem no entanto assumir esse 
receio –” (l. 18), a expressão “no entanto” deveria vir entre vírgulas. 
II. Em “A insôniaé um sistema, e, como em todo sistema, nesse também há 
alguns pontos críticos.” (l. 15-16), a vírgula depois da palavra “sistema” 
teria de ser retirada. 
III. O travessão em “– até quando?” (l. 13) se justifica por se tratar de uma 
síntese do que se vinha dizendo. 
IV. A vírgula em “Thou shall be cursed,”(l. 1) se deve à sentença em inglês. 
Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmação(ões) 
(A) I 
(B) III 
(C) IV 
(D) I e II 
(E) III e IV 
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6. (Cesgranrio/TJRO/Taquígrafo/2008) “Em meados de junho, a 
nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil pela primeira 
vez.” (l. 1-2) 
As opções abaixo reestruturam a sentença acima, mantendo o mesmo 
sentido e pontuação adequada, EXCETO uma. 
Assinale-a. 
(A) Em meados de junho, pela primeira vez, a nova-iorquina Rebecca Moore, 
52 anos, esteve no Brasil. 
(B) Esteve no Brasil pela primeira vez, em meados de junho, a nova-iorquina 
Rebecca Moore, 52 anos. 
(C) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve, pela primeira vez, em 
meados de junho, no Brasil. 
(D) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos, esteve no Brasil em meados de 
junho, pela primeira vez. 
(E) A nova-iorquina Rebecca Moore, 52 anos pela primeira vez, esteve no 
Brasil em meados de junho. 
7. (Cesgranrio/Eletrobras/Técnico em Arquivo/2010) Está correta a 
pontuação em 
(A) Para incentivar as vendas, os jornaleiros, na década de 60, distribuíam um 
brinde ao cliente que completasse um álbum de figurinhas. 
(B) Para incentivar as vendas, os jornaleiros na década de 60 distribuíam um 
brinde ao cliente, que completasse, um álbum de figurinhas. 
(C) Para incentivar as vendas, os jornaleiros na década de 60, distribuíam um 
brinde ao cliente que completasse um álbum de figurinhas. 
(D) Para incentivar as vendas os jornaleiros, na década de 60, distribuíam um 
brinde ao cliente, que completasse um álbum de figurinhas. 
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(E) Para incentivar, as vendas, os jornaleiros na década de 60 distribuíam um 
brinde, ao cliente, que completasse um álbum de figurinhas. 
8. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Administrador/2009) Assinale a opção em 
que há ERRO de pontuação. 
(A) Pensando no que você me disse, resolvi, agora, agir. 
(B) Chegou, porém, à conclusão de que ele não a fazia feliz. 
(C) Só tinha um único pensamento: viver os momentos intensamente. 
(D) Ela, chorando de alegria, entendeu o que é a verdadeira felicidade. 
(E) O estado mágico, a alegria e o sonho, fazem bem à alma. 
9. (Cesgranrio/Sec. Administ.–TO/Assistente Social/2009) Em qual das 
seguintes frases está INCORRETO, segundo o registro culto e formal da 
língua, o uso da(s) vírgula(s)? 
(A) Durante as visitas do grupo, os pacientes e os funcionários recebem 
carinho e atenção. 
(B) É preciso divulgar o nosso projeto em outros hospitais, disse um dos 
participantes. 
(C) Os idosos, chorando de emoção, despediam-se dos voluntários. 
(D) O diretor da Instituição acredita que, a equipe multiprofissional de 
voluntários, contagia a todos. 
(E) O projeto do Grupo Doutores do Riso, além de trazer conforto, minimiza o 
sofrimento dos pacientes. 
10. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria – adaptada) A pontuação está 
inteiramente correta: 
O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem 
técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz. 
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11. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira – adaptada) Está 
plenamente adequada a pontuação em: 
Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor 
revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda. 
Texto III 
Olívia se aproximou de Eugênio e com um 
lenço enxugou-lhe o suor da testa. Estava terminada 
a traqueostomia. A enfermeira juntava os ferros. 
Ruído de metais tinindo, de mesas se arrastando. 
5 Eugênio tirou as luvas e foi tomar o pulso do 
pequeno paciente. A criança como que ressuscitava. 
A respiração voltava lentamente, a princípio 
superficial, depois mais funda e visível. O rosto perdia 
aos poucos a rigidez cianótica. 
10 Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto 
com comovida atenção. 
Vencera! Salvara a vida de uma criança! 
A vida é boa! – pensava Eugênio. Ele tinha 
salvo uma criança. Começou a cantarolar baixinho 
15 uma canção antiga que julgava esquecida. Sorvia 
com delícia o refresco impregnado do cheiro da 
gasolina queimada. Sentia-se leve e aéreo. Era como 
se dentro dele as nuvens de tempestade se tivessem 
despejado em chuva e sua alma agora estivesse 
20 límpida, fresca e estrelada como a noite. 
[...] 
VERÍSSIMO, Érico. Olhai os lírios do campo. Rio de Janeiro: 
Globo, 1987. (Fragmento) 
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12. (Cesgranrio/Funasa/Administrador/2009) Sinais de pontuação ajudam a 
revelar a expressividade de um texto. A exclamação presente no terceiro 
parágrafo (l. 12) do Texto III é empregada, sobretudo, para revelar 
(A) assombro. 
(B) indignação. 
(C) surpresa. 
(D) tensão. 
(E) admiração. 
13. (Cesgranrio/IBGE/Programação Visual/2010) “O Brasil é um Titanic 
negreiro: insensível aos porões e aos icebergs”. 
A relação de sentido que os dois pontos estabelecem, ligando as duas 
partes, visa a introduzir uma 
(A) ideia de alternância entre as duas partes da frase. 
(B) ideia que se opõe àquela dada anteriormente. 
(C) adição ao que foi sugerido na primeira parte da frase. 
(D) conclusão acerca do que foi mencionado antes. 
(E) explicação para a visão assumida na primeira parte da frase. 
14. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Inspeção de Equipamentos/2010) 
Indique o período em que o sinal de dois pontos está sendo usado com a 
mesma finalidade da que ocorre em: 
Ademilton praticou uma atividade fundamental para a convivência: a arte 
de se colocar no lugar do outro. 
(A) O motorista disse: “Fiquei apreensivo com a experiência”. 
(B) O escritor desenvolveu uma ótima ideia: a mistura entre realidade e 
ficção. 
(C) Ele comprou um automóvel novo: o antigo estava sempre na oficina. 
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(D) A criança chorava sem parar: a mãe não queria fazer todas as suas 
vontades. 
(E) A moça chegou perto do marido, eufórica: “Ganhamos na loteria!”. 
15. (Cesgranrio/ANP/Analista Administrativo/2008) Qual dos textos sobre os 
efeitos da corte portuguesa no Brasil apresenta pontuação correta? 
(A) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas, que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos. Assim, ficou fora do controle da 
metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida; introduziram-se: mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
Como conseqüência, os brasileiros acharam que seu destino, era maior e 
mais importante. 
(B) A colônia de repente viu: abrirem-se suas portas, que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos; assim, ficou fora do controle da 
metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida; introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
Como conseqüência,os brasileiros acharam que seu destino era maior e 
mais importante. 
(C) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos, assim, ficou fora do controle da 
metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida: introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
Como conseqüência, os brasileiros acharam, que seu destino era maior e 
mais importante. 
(D) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas, que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos. Assim, ficou fora do controle da 
metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida: introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
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Como conseqüência, os brasileiros acharam que seu destino era maior e 
mais importante. 
(E) A colônia de repente viu abrirem-se suas portas que haviam ficado 
fechadas durante trezentos anos, assim, ficou fora do controle da 
metrópole. O contato com o mundo exterior despertou a colônia 
entorpecida – introduziram-se mais pessoas, mais capital e novas idéias. 
Como conseqüência: os brasileiros acharam que seu destino era maior e 
mais importante. 
Bolsa-Floresta 
[...] 
Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a 
um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades, 
45 viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todas 
as famílias. A Fundação trabalha mirando dois mapas. 
Um mostra o desmatamento atual, que é pequeno. 
Outro projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. 
Mesmo no Amazonas, onde a floresta é mais preserva- 
50 da, os riscos são visíveis. Viajei por uma rodovia estadual 
que liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi 
 áreas recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda 
sai de troncos queimados. [...] 
LEITÃO, Miriam. In: Jornal O Globo. 19 jul. 2008. (adaptado) 
16. (Cesgranrio/TJRO/Oficial de Justiça/2008) “Atualmente a equipe da 
Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das 
comunidades,” (l. 43-44) 
O sinal de dois pontos da sentença acima só pode ser substituído por: 
(A) , aliás, 
(B) , a saber, 
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(C) , inclusive, 
(D) , ou melhor, 
(E) , por exemplo, 
17. (FCC/2009/TRT 7ª Região/Analista Judiciário – adaptada) Regulamentados 
por lei o horário máximo e as condições mínimas de adequação ao 
universo da criança, as empresas seriam encorajadas a admitir, treinar e 
a ajudar a desenvolver os pequenos trabalhadores, facilitando-lhes, 
inclusive, o acesso a uma educação suplementar: cursos 
profissionalizantes, estágios, atualizações etc. 
Considerando-se a redação do texto acima, é correto afirmar que: 
(A) o sinal de dois-pontos abre uma enumeração de elementos que 
particularizam o sentido de educação suplementar. 
(B) seria imprescindível o emprego de uma vírgula depois do vocábulo 
atualizações. 
Texto III 
O MENINO DOENTE 
O menino dorme. 
Para que o menino 
 Durma sossegado, 
Sentada ao seu lado 
5 A mãezinha canta: 
— “Dodói, vai-te embora! 
“Deixa o meu filhinho, 
“Dorme... dorme... meu...” 
 Morta de fadiga, 
10 Ela adormeceu. 
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Então, no ombro dela, 
Um vulto de santa, 
Na mesma cantiga, 
Na mesma voz dela, 
15 Se debruça e canta: 
— “Dorme, meu amor. 
“Dorme, meu benzinho...” 
E o menino dorme. 
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983. 
18. (Cesgranrio/Funasa/Agente Administrativo/2009) As reticências podem 
ser usadas com diferentes finalidades. 
No trecho “Dorme... dorme... meu...”, encontrado no Texto III, as 
reticências foram usadas para 
(A) marcar um aumento de emoção. 
(B) apontar maior tensão nos fatos apresentados. 
(C) indicar traços que são suprimidos do texto. 
(D) deixar uma fala em aberto. 
(E) assinalar a interrupção do pensamento. 
19. (FCC/2009/TER-PI/Analista Judiciário – adaptada) Considere o emprego 
de sinais de pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. 
Recorrendo a metáforas do reino animal, Maquiavel aponta que o príncipe 
precisa ter, ao mesmo tempo, no exercício realista do poder, a força do 
leão e a astúcia ardilosa da raposa. Raposa, leão, assim como camaleão, 
serpente, polvo – metáforas que frequentemente são utilizadas na 
descrição de políticos – não podem, com propriedade, caracterizar o ser 
humano moral que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e 
do "não mentir", como lembra Norberto Bobbio. 
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– metáforas que frequentemente são utilizadas na descrição de políticos −
os travessões isolam segmento explicativo. 
20. (FCC/2009/TRE-PI/Analista Judiciário – adaptada) Considere o emprego 
de sinais de pontuação no trecho abaixo e julgue a assertiva seguinte. 
O Talmude equipara a mentira à pior forma de roubo: "Existem sete 
classes de ladrões e a primeira é a daqueles que roubam a mente de seus 
semelhantes através de palavras mentirosas." 
equipara a mentira à pior forma de roubo: − os dois-pontos indicam 
intervenção de novo interlocutor no contexto. 
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Gabarito das Questões Comentadas 
1. E 
2. E 
3. A 
4. B 
5. A 
6. E 
7. A 
8. E 
9. D 
10. Item errado 
11. Item certo 
12. E 
13. E 
14. B 
15. D 
16. B 
17. A 
18. E 
19. Item certo 
20. Item certo

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