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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA 
ESCRITURÁRIO – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 
Concordância 
Olá! 
Esta é a aula 5 do curso preparatório para o concurso do Banco do 
Brasil. É isso mesmo que você leu! Deixe de lado a folia e comece a estudar 
afinco (risos). 
Sobre o conteúdo que veremos hoje (concordância verbal e 
nominal), esclareço que existem muitas regras específicas, detalhes e 
exceções envolvendo o assunto. Aqui, tentarei abordar um número suficiente 
de casos. Começarei pelos casos de concordância verbal. 
Casos Gerais de Concordância Verbal 
O verbo e o sujeito de uma oração concordam em número e 
pessoa. 
"O outono é mais estação da alma..." (C. D. A.) 
"Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.) 
1. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009) Os trechos abaixo constituem um texto 
adaptado do Editorial do Correio Braziliense de 7/1/2009. 
Assinale a opção que apresenta erro gramatical. 
(A) O balanço assusta e, ao mesmo tempo, causa indignação. Foram 7.140 
acidentes nos 61 mil quilômetros das rodovias federais. O saldo: 435 
mortos e 4.795 feridos. 
(B) Divulgados pela Polícia Rodoviária Federal, os números da Operação Fim 
de Ano, em vigor de 20 de dezembro a 4 de janeiro, demonstram, com 
clareza, que muito ainda precisa ser feito para que o asfalto não mate 
nem aleije. 
(C) A história se repete com monotonia. Ano após ano, o balanço de acidentes 
nas estradas registram números ascendentes. Neste fi m de 2008 e início 
de 2009, o enredo não mudou. 
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(D) Pelos autos de infração, é possível concluir que a tragédia não se deve a 
imperfeições no asfalto, iluminação ou sinalização. Deve-se, sobretudo, a 
falhas humanas. 
(E) Das 171.265 violações, 99.435 tiveram como causa o excesso de 
velocidade; 1.043, embriaguez. Ao ligar a chave de ignição, o condutor 
precisa ter uma certeza: ele tem uma arma nas mãos. 
Comentário – O único problema está na terceira alternativa. Entre o sujeito 
simples “o balanço de acidentes nas estradas” e o verbo “registram” não há 
concordância. O núcleo “balanço” obriga o verbo a ficar no singular (registra). 
Quero que você perceba a malícia da ESAF. Ela arruma um sujeito extenso 
para você perder de vista o núcleo dele. Intercala entre o núcleo do 
sujeito e o verbo elementos com variação de número diferente 
daquele, só para confundi-lo. É comum a ESAF igualar a variação de 
número do último elemento do sujeito à variação de número do verbo. 
Essa estratégia já é conhecida desde outras ocasiões. 
Resposta – C 
2. (Cesgranrio/Transpetro/Téc. de Enferm. do Trabalho/2011) Considere a 
frase abaixo. 
O chefe de vários departamentos identifica a mudança no cenário da 
informática. 
A palavra identifica pode ser substituída, mantendo o sentido da 
sentença, pelo verbo ver, flexionado de acordo com a norma-padrão, por 
(A) vêm 
(B) veem 
(C) vem 
(D) vê 
(E) viram 
Comentário – Na expressão “O chefe de vários departamentos” o último 
elemento está no plural, mas o núcleo é o substantivo “chefe”, que está no 
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singular. Por isso o verbo “identifica” também está no singular. Repare que o 
examinador colocou logo nas duas primeiras alternativas as formas verbais 
“vêm” (terceira pessoa do plural do verbo vir) e “veem” (terceira pessoa do 
plural do verbo ver). Cuidado! Já que o núcleo do sujeito está no singular, o 
verbo ver deve se flexionar no singular: vê. 
Resposta – D 
Quando o sujeito é composto, isto é, possui mais de um núcleo, 
verifica-se o seguinte: 
1. Representado por pessoas gramaticais diferentes Î a primeira pessoa 
(NÓS) prevalecerá sobre as demais, e a segunda (VÓS) terá preferência 
sobre a terceira (ELES). 
Eu, tu e os cidadãos (Nós) saímos. 
Tu e os cidadãos (Vós) saístes. (norma culta) 
Tu e os cidadãos (Vocês) saíram. (norma popular – ocorre que os 
pronomes TU e VÓS, no falar do português do Brasil, são 
frequentemente substituídos por VOCÊ e VOCÊS, o que leva o 
verbo para a terceira pessoa) 
2. Anteposto ao verbo Î o verbo ficará sempre no plural (concordância 
rígida ou gramatical). 
Pai e filho conversaram longamente. 
As imagens e o som não estavam adequados. 
3. Posposto ao verbo Î o verbo poderá ficar no plural (concordância rígida 
ou gramatical) ou concordará com o núcleo mais próximo (concordância 
atrativa). 
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Caíram uma flor e duas folhas. (ou “Caiu”, para concordar apenas 
com “uma flor”) 
Saiu o ancião e seus amigos. (ou “Saíram”, para concordar com 
todos os núcleos) 
Saíste tu e Pedro. (ou “Saístes”, para concordar com todos os 
núcleos; ou “Saíram”, de acordo com a norma popular) 
ATENÇÃO! Quando há reciprocidade, no entanto, a concordância deve ser 
feita no plural. 
Agrediram-se o deputado e o senador. 
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. 
3. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009 – adaptada) Com base no texto, julgue a 
opção seguinte. 
 (...) 
Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a 
incompetência corrupta do governo do Fatah, o cruel 
bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por 
Israel e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de 
15 ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP. 
(Folha de S. Paulo, Editorial, 5/1/2009) 
A forma verbal “Facilitaram” (ℓ.11) está no plural porque concorda com o 
sujeito composto que está em posição subsequente. 
Comentário – Eis os núcleos do sujeito composto que surge após a forma 
verbal “Facilitaram”: “incompetência”, “bloqueio” e “opção”. Você já sabe que, 
em casos semelhantes, é lícita a concordância tanto com o núcelo mais 
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próximo (concordância atrativa) quanto com todos os núcleos (concordância 
rígida ou gramatical). 
Resposta – Item certo. 
Casos Particulares de Concordância Verbal 
1. Verbos impessoais Î não possuem sujeito, ficando na terceira pessoa do
singular. 
Choveu muito. 
Deve nevar muito naquelas regiões. 
Aqui faz verões terríveis. 
Deve fazer dez anos que eles chegaram. 
Há anos não o vejo. 
Ia para dez anos que não o via. 
Já passava de dez horas. 
Poderá haver alunos reprovados. 
4. (Cesgranrio/BNDES/Direito/2010) Substituindo-se o verbo destacado em 
“Só existem dois dias...” por uma locução verbal, ficará em DESACORDO 
com as regras de concordância verbal, segundo o registro culto e formal 
da língua, a expressa em 
(A) podem existir. 
(B) hão de existir. 
(C) há de haver. 
(D) deve haver. 
(E) deve existir. 
Comentário – No trecho entre aspas, o verbo negritado é pessoal, possui 
sujeito, o qual é o termo “dois dias”. 
Verbos que indicam 
fenômenos naturais 
Verbos que indicam 
tempo decorrido 
Verbo “haver” com sentido 
de “existir”, “acontecer”, 
“ocorrer”. 
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Alternativa A: a substituição ficará em acordo com as regras 
de concordância verbal. Na locução podem existir, o auxiliar poder sofre 
flexão de número e pessoa para concordar como sujeito, o verbo existir
mantém-se na forma nominal.Alternativa B: aqui também não há nenhuma infração às 
regras de concordância verbal. Como o verbo principal continua sendo um 
verbo pessoal (existir), o auxiliar (haver) é que sofre flexão de número e 
pessoa para se harmonizar com o sujeito. 
Alternativa C: também não há problemas; mas agora o verbo 
principal é impessoal (verbo haver com sentido de existir). O resultado é a 
permanência do verbo auxiliar na terceira pessoa do singular. 
Alternativa D: o que eu disse acima vale para a construção 
deve haver. 
Alternativa E: voltamos a usar o verbo existir como principal. 
Sendo assim, o auxiliar deve se flexionar para concordar com o sujeito. Eis a 
correção: devem existir. 
Resposta – E 
5. (Cesgranrio/Petrobras/Contador Júnior/2011) Considere as frases abaixo. 
I. Há amigos de infância de quem nunca nos esquecemos. 
II. Deviam existir muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, 
existissem discordâncias entre os elementos do grupo. 
Substituindo-se em I o verbo haver por existir e em II o verbo existir
por haver, a sequência correta é 
(A) existem, devia haver, houvesse. 
(B) existe, devia haver, houvessem. 
(C) existe, devia haver, houvesse. 
(D) existem, deviam haver, houvesse. 
(E) existe, deviam haver, houvessem. 
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sujeito 
sujeito
sujeito 
sujeito
Comentário – Item I: o verbo existir não é impessoal, ao contrário do verbo 
haver com o mesmo sentido. Assim sendo, o termo “amigos de infância” é 
sujeito para o verbo existir e objeto direto para o verbo haver. Veja como 
fica a mesma frase com a modificação proposta: Existem amigos de infância... 
Descarte, portanto, as letras B, C e E. 
Item II: a pessoalidade do verbo existir é transmitida ao verbo 
auxiliar em uma locução verbal (“Deviam existir”); este se flexiona para 
concordar em número e pessoa com o sujeito (“muitos funcionários 
despreparados”). Fenômeno que não se repete quando o verbo principal é 
haver. Nesse caso, a locução torna-se impessoal, e o verbo auxiliar fica 
invariavelmente na terceira pessoa do singular. Veja como fica a frase com as 
substituições: Devia haver muitos funcionários despreparados; por isso, 
talvez, houvesse discordâncias... 
Resposta – A 
2. Verbos unipessoais Î são os que possuem sujeito, ficando na terceira 
pessoa do singular ou do plural; os principais são acontecer, bastar, 
caber, constar, convir, faltar, importar, interessar, ocorrer, parecer, 
restar, urgir, etc. 
Basta uma reflexão. 
Faltam apenas quatro linhas. 
3. Sujeito oracional Î se o sujeito for oracional, o verbo da oração principal 
ficará no singular. 
Falta fazer quatro linhas. 
Urge que tomemos uma atitude radical. 
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4. Pronome apassivador e índice de indeterminação do sujeito 
Dá-se aula. (com verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e 
indiretos, o SE é pronome apassivador e o verbo da oração – “dá” 
– deve concordar com o sujeito – “aula”) 
Dão-se aulas. (pluralizando-se o sujeito – “aulas” –, o verbo deve 
flexionar-se também no plural – “Dão”; e o “se” continua como 
pronome apassivador) 
Precisa-se de professores. (agora, o vocábulo “SE” acompanha 
verbo transitivo indireto – “Precisa” – e, por isso, denomina-se 
índice de indeterminação do sujeito, o que força o verbo a ficar na 
terceira pessoa do singular, situação que se repete com verbos 
intransitivos, de ligação e verbo transitivo direto + SE + 
preposição) 
6. (Esaf/MPOG/APO/2008) Os trechos a seguir constituem um texto 
adaptado de Zero Hora (RS), 11/02/2008. Assinale a opção que apresenta 
erro gramatical. 
(A) Os mundos cultural, econômico, financeiro e até rural giram em torno do 
que ocorre nessas concentrações que, pelo menos desde a Idade Média, 
foram adquirindo feição própria e mostrando problemas específicos. 
(B) A concentração mundial das populações nas cidades, fenômeno 
historicamente recente, torna essas aglomerações o centro nervoso das 
sociedades. A problemática das cidades concentra a própria problemática 
da sociedade. 
(C) As cidades são o cenário cada vez mais exclusivo em que, pelo desejo de 
progresso das sociedades, se realiza os direitos e se concretiza a ambição 
democrática e republicana de tratar a todos igualmente. 
(D) Questões como a educação, o trabalho, o lazer, o convívio, a assistência 
social, a produção ambiental, o transporte, entre muitíssimas outras, têm 
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nas cidades suas expressões mais agudas. Desenvolvimento sustentável é 
uma expressão que faz sentido para os planejadores das cidades de hoje 
e de amanhã. 
(E) Para metrópoles européias ou norte-americanas, essa expressão pode 
significar uma preocupação fundamental na preservação do ambiente, ao 
passo que para os demais continentes ela tem um sentido social 
inevitável, voltado para a necessidade de superação de gargalos sociais e 
para a conquista de patamares mínimos de dignidade. 
Comentário – Fique de olho em todo SE que aparece em prova. Verifique se o 
verbo que o acompanha é transitivo direto. A estrutura VTD + SE constitui voz 
passiva pronominal ou sintética, com sujeito determinado. Pois bem, observe a 
oração “...pelo desejo de progresso das sociedades, se realiza os direitos...”. O 
verbo realizar é um VTD; e o pronome SE ajuda-o a construir a tal voz 
passiva. O termo “os direitos” funciona como sujeito do verbo, obrigando-o a 
flexionar-se no plural: realizam. Além disso, repito, o agente da passiva 
(termo que pratica a ação sofrida pelo sujeito paciente – “pelo desejo de 
progresso das sociedades”) não deve ser isolado da oração a que pertence. 
Resposta – C 
7. (Cesgranrio/Petrobras/Engenheiro Civil/Júnior/2011) 
I –_____________ ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral. 
II – ____________ muito, atualmente, sobre política. 
III – ____________ considerar as ponderações que ela tem feito sobre o 
assunto. 
As palavras que, na sequência, completam corretamente as frases acima 
são: 
(A) Debateram-se / Fala-se / Devem-se 
(B) Debateu-se / Fala-se / Devem-se 
(C) Debateu-se / Falam-se / Deve-se 
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(D) Debateram-se / Fala-se / Deve-se 
(E) Debateu-se / Fala-se / Deve-se 
Comentário – A dica é você analisar a regência do verbo que acompanha o 
pronome “se”. Se você tiver VTD + SE, estará diante de voz passiva e, 
consequentemente, haverá um sujeito com o qual o verbo irá concordar em 
número e pessoa. 
Primeira lacuna: quem debate debate algo, o verbo é 
transitivo direto e concorda com “questões” (núcleo do sujeito). Eis como deve 
ficar a sentença: Debateram-se ontem, na reunião, as questões sobre 
ética e moral (= As questões foram debatidas...). Não perca tempo 
analisando as letras B, C e E. 
Segunda lacuna: não precisa ser analisada, pois tanto a letra 
A como a letra D apresentam formas idênticas. Mas vou aproveitá-la para 
confirmar minha explicação. Quem fala fala de/sobre algo. Temos, então, a 
estrutura VTI+ SE, que indica sujeito indeterminado (o “se” é índice de 
indeterminação do sujeito). O verbo fica, portanto, na terceira pessoa do 
singular. 
Terceira lacuna: se você admitir que o verbo dever integra 
umalocução, então ele realmente se flexiona no plural em concordância com o 
termo “ponderações” (núcleo do sujeito). O verbo principal dessa locução é 
“considerar”, transitivo direto. As flexões de voz, número e pessoa são 
indicadas por meio do verbo auxiliar: Devem-se considerar as 
ponderações... 
Contudo essa não é a única possibilidade. É possível também 
considerar o verbo dever independente do verbo considerar. Nesse caso, a 
voz passiva continua existindo, mas o sujeito oracional “considerar as 
questões” obriga o verbo da oração principal a se manter na terceira pessoa do 
singular: Deve-se considerar as questões... 
Quem melhor nos ensina isso é o eminente Cegalla, em sua 
Novíssima gramática da língua portuguesa (2008, pág. 461-2). 
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Resposta – A, conforme gabarito oficial; mas existe controvérsia. 
8. (Cesgranrio/Liquigás/Assistente Administrativo I/2010) Observe: 
I. Que brote as ideias luminosas! 
II. O romance e o conto agradam aos que apreciam boas histórias. 
III. No jornal encontra-se artigos interessantes e atuais. 
De acordo com o registro culto e formal da Língua Portuguesa, está(ão) 
correta(s), quanto à concordância verbal, APENAS a(s) frase(s) 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
Comentário – Item I: incorreto. Estamos diante de um caso de sujeito 
simples (“as ideias luminosas”) posposto ao verbo. Como o núcleo (“ideias”) é 
um termo no plural, o verbo também deve se flexionar no plural: Que brotem
as ideias luminosas! 
Item II: correto. Agora o sujeito é composto. Seus núcleos 
são os termos “romance” e “conto”. O verbo agradar foi obrigatoriamente 
flexionado no plural para concordar gramaticalmente com eles. 
Item III: incorreto. Aqui, o caso é de voz passiva sintética 
(VTD + SE = “encontra-se”). Logo, há sujeito (“artigos interessantes e 
atuais”), com o qual o verbo deve concordar em número e pessoa. Eu sugiro 
que você reescreva a frase na voz passiva analítica, para enxergar melhor a 
concordância: No jornal são encontrados artigos interessantes e atuais. 
Resposta – B 
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5. Coletivo Î o verbo concordará com o coletivo, estando próximo a ele; 
mas, se estiver distante, o verbo poderá ficar no singular ou no plural, 
conforme se queira destacar mais a ideia dos indivíduos. 
O povo não revelou nada. 
O grupo se dividiu; mais adiante, porém, se reuniram (ou reuniu). 
6. Expressão partitiva Î quando o sujeito é formado por uma expressão 
partitiva (parte de..., metade de..., o grosso de..., a maioria de..., a maior 
parte de..., grande número de..., etc.) seguida de substantivo ou pronome 
no plural, o verbo pode ficar no singular, preferencialmente, ou no plural. 
A maioria das crianças não mente. (conc. rígida ou gramatical
com coletivo singular, destacando o conjunto como uma 
unidade) 
A maioria das crianças não mentem. (conc. com a ideia de 
pluralidade sugerida pelo sujeito, evidenciando cada elemento
que compõe o conjunto) 
9. (Esaf/CGU/TFC/2008 – adaptada) Assinale a opção em que o trecho foi 
transcrito com correção gramatical. 
(A) Talvez não chegue ao patamar de 2007, pela necessidade de se conterem 
um pouco a demanda interna para evitar que a inflação derivada dos 
alimentos contamine outros preços. 
(B) Mas a grande maioria dos analistas econômicos não acredita que o Brasil 
possa estar entre os países mais atingidos por uma crise financeira 
externa. 
(C) Aumentaram exportações, reduziram dívidas em valores absolutos ou 
relativos, ampliou as reservas cambiais, e se transformaram também em 
mercados relevantes dentro do comércio mundial. 
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(O Globo, 29/01/2008) 
Comentário – Alternativa A: a forma verbal “conterem” (que forma voz 
passiva com o pronome apassivador “se”) deve concordar com o substantivo 
“demanda” (núcleo do sujeito) e flexionar-se na terceira pessoa do singular: 
conter. 
Alternativa B: a forma verbal “acredita” concorda com o 
núcleo da expressa partitiva: “maioria”. Correta também estaria a 
concordância com a ideia de plural: “analistas” acreditam. 
Alternativa C: a forma verbal “ampliou” deve flexionar-se na 
terceira pessoa do plural – quer para concordar com o substantivo plural “as 
reservas cambiais” (= sujeito), quer para indeterminar o sujeito da ação 
verbal. 
Resposta – B 
10. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Téc. de Administração/2009) Assinale a 
sentença em que a concordância verbal está correta, de acordo com a 
norma culta da língua. 
(A) Aconteceu muitos fatos importantes no último fim de semana. 
(B) Existe desportistas que usam roupas bem coloridas. 
(C) A maioria das crianças gosta de brincar de corrida. 
(D) Até pouco tempo, não haviam muitas pesquisas sobre o modo de correr 
dos animais. 
(E) O tempo bom e a temperatura amena da manhã convida a uma corrida ao 
ar livre. 
Comentário – O verbo acontecer é unipessoal, isto é, possui sujeito e com 
ele concorda na terceira pessoa do singular ou do plural (Basta uma só 
reflexão. / Faltam apenas quatro linhas.). Os principais verbos unipessoais são 
acontecer, bastar, caber, constar, convir, faltar, importar, interessar, ocorrer, 
parecer, restar, urgir, etc. Na alternativa A, a expressão “muitos fatos 
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importantes” é o sujeito e obriga o verbo a se flexionar na terceira pessoa do 
plural. 
Também possui sujeito o verbo existir (B), que não deve ser 
confundido com o verbo haver utilizado no sentido de existir. Logo, a 
concordância correta ficaria assim: Existem desportistas... 
Comportamento diferente tem o verbo haver (D) quando 
empregado no sentido de existir. Ele (haver) torna-se impessoal e 
mantém-se na terceira pessoa do singular. O termo “muitas pesquisas” 
constitui o objeto direto dele. 
A alternativa E trata do caso básico de concordância verbal 
com sujeito composto (“tempo” e “temperatura” são os núcleos do sujeito) 
anteposto ao verbo. Este ficará sempre no plural (convidam – concordância 
rígida ou gramatical: Pai e filho conversaram longamente.). A concordância 
verbal poderá ser feita de outro modo caso o sujeito surja depois do verbo. 
Este, então, poderá flexionar-se para concordar com todos os núcleos ou 
somente com o mais próximo (concordância atrativa: Caíram uma flor e duas 
folhas. (ou caiu)). 
A alternativa C configura um caso típico de sujeito 
representado por uma expressão partitiva (parte de..., metade de..., o grosso 
de..., a maioria de..., a maior parte de..., grande número de..., etc.). Seguida 
de substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no 
plural, tanto faz: A maioria das crianças gosta/gostam de brincar de corrida.
Resposta – C 
7. Quantidade aproximada Î quando houver uma quantidade aproximada 
(perto de..., cerca de..., coisa de..., mais de..., menos de..., etc) seguida 
de substantivo, o verbo obrigatoriamente concordará com o 
substantivo. 
Cerca de dois mil candidatos passaram no concurso. (concordância 
rígida ou gramatical) 
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ATENÇÃO!Com a expressão mais de um, devemos ter mais cuidado. O 
verbo só vai para o plural quando há ideia de reciprocidade ou quando a 
expressão surge repetida. 
Mais de uma máquina estava parada. 
Mais de um casal se agrediram. 
Mais de uma flor, mais de uma folha foram arrancadas. 
8. Pronome relativo que Î se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo 
concordará com o antecedente. 
Fui eu que cheguei por último. 
Foste tu que chegaste por último. 
11. (Cesgranrio/IBGE/Agente Censitário/2010) Conforme a concordância 
verbal, está correta a frase 
(A) O dono da fábrica tinha um sujeito que lhe traziam uma pipa d’água. 
(B) O entregador e o manobreiro tinha um plano ambicioso. 
(C) O pagamento aos gananciosos seria suficiente? 
(D) A conversa e a explicação não tinha muito fundamento. 
(E) Expliquem-me isso melhor, ordenou ele ao manobreiro. 
Comentário – Alternativa A: o pronome relativo que funciona sintaticamente 
como sujeito do verbo trazer. A gramática estabelece, em casos assim, que o 
verbo deve concordar com o antecedente do pronome relativo: 
...um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água. (3ª pes. do sing.) 
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Alternativas B e D: os sujeitos compostos “O entregador e o 
manobreiro” e “A conversa e a explicação” obrigam o verbo ter a se flexionar 
na terceira pessoa do plural: tinham. 
Alternativa C: a forma verbal seria flexionou-se corretamente 
na terceira pessoa do singular por concordar com o núcleo do sujeito simples 
“O pagamento aos gananciosos” (o termo negritado representa o núcleo do 
sujeito). 
Alternativa E: a forma verbal “Expliquem”, que corresponde à 
terceira pessoa do plural do modo imperativo afirmativo, deveria se flexionar 
no singular (Explique), pois alude ao termo “manobreiro”. 
Resposta – C 
9. Pronome relativo quem Î o verbo concordará com o antecedente ou 
ficará na terceira pessoa do singular. 
Fui eu quem cheguei por último. 
Fui eu quem chegou por último. 
12. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) Leia as frases 
abaixo. 
I - Fazem, hoje, três meses que participo de um trabalho voluntário. 
II - Seremos nós quem conseguirá levar esperança para os enfermos. 
III - Não deve haver pessoas que não apreciem as nossas brincadeiras. 
Em relação à concordância dos verbos destacados, está(ão) correta(s) 
a(s) frase(s) 
(A) I, apenas. 
(B) I e II, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
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(E) I, II e III. 
Comentário – Bastava ao candidato analisar corretamente o primeiro item 
para faturar o ponto. 
Verbo impessoal é aquele que não tem sujeito e permanece na 
terceira pessoa do singular. 
Conclui-se que a forma “Fazem” foi flexionada incorretamente, 
pois não há sujeito com o qual deva concordar em número e pessoa. Pronto! 
Sobrou apenas a quarta alternativa. 
Ressalte-se que, na locução “deve haver”, o reflexo da 
impessoalidade do verbo principal “haver” (= existir) atinge o auxiliar “deve”, 
que se mantém na terceira pessoa do singular. 
Por último surge a concordância verbal envolvendo o pronome 
relativo “quem”. Nesse caso, o verbo concordará com o antecedente ou 
ficará na terceira pessoa do singular: 
Seremos nós quem conseguirá... (ou conseguiremos) 
Resposta – D 
10. Um dos que Î o verbo ficará na terceira pessoa do singular, 
concordando com um, ou na terceira pessoa do plural, concordando 
com os (dos = de + os). 
Você é um dos que fala/falam menos. 
O Amazonas é um dos rios que corta/cortam a floresta equatorial. 
ATENÇÃO! Quando houver ideia de exclusão necessária, o verbo ficará no 
singular. 
É uma das tragédias de Racine que se apresentará hoje no teatro. 
Ela é uma das candidatas que preencherá a vaga. 
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11. Pronome indefinido, interrogativo ou demonstrativo + de (dentre) nós, 
vós ou vocês Î o verbo concorda com o pronome (sujeito); mas, se 
este estiver no plural, o verbo poderá concordar com o pronome 
pessoal. 
Algum dentre vós sairá antes? 
Quais de nós sairão (sairemos) antes? 
Falo com aqueles dentre vós que trabalham (trabalhais). 
12. Cada um Î o verbo ficará no singular. 
Cada um de nós estudará para o concurso. 
Cada um de vocês passará. 
13. (Cesgranrio/TJRO/Taquígrafo/2008) Indique a opção em que a 
concordância do verbo em destaque está ERRADA. 
(A) Vários índios, que usaram a Internet, aprenderam felizes. 
(B) Rebecca pediu a um dos índios para entrarem na Internet. 
(C) Nem todos os índios ficaram felizes com as inovações. 
(D) Cada um dos índios chamados pelo chefe foi à aula de computação. 
(E) Quase todos os povos da floresta têm vontade de aprender novidades. 
Comentário – Na opção A, o sujeito do verbo destacado é o pronome relativo 
“que”, representante semântico do substantivo plural “índios”, o que justifica a 
concordância no plural. 
Na alternativa B, o infinitivo tem como sujeito a expressão “um 
dos índios” e deve manter-se no singular em virtude do termo “um”. 
Na terceira opção, o núcleo do sujeito (“índios”) no plural 
justifica a flexão do verbo ficar. 
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Com a expressão cada um o verbo permanece na terceira 
pessoa do singular, independentemente da variação de número (plural ou 
singular) do substantivo que a segue. 
A letra E traz o verbo ter (note o acento circunflexo) em 
concordância com o termo “povos”, núcleo do sujeito. 
Resposta – B 
13. Pronome de tratamento Î o verbo concordará sempre na terceira 
pessoa do singular ou do plural. 
Vossa Excelência é muito digno. 
Vossas Senhorias são muito exigentes. 
14. Fração Î rigorosamente, o verbo concorda com o numerador; havendo 
parte inteira, o verbo concordará com ela. 
Um terço dos alunos foi embora. 
Dois inteiros e um quarto dos alunos passaram. 
ATENÇÃO! É possível ainda usar o verbo no plural quando o número 
fracionário vier seguido de substantivo no plural. Essa posição é sustentada, 
por exemplo, pelo mestre Cegalla (Novíssima gramática da Língua Portuguesa, 
48ª edição, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008, página 470) 
“Um quinto dos homens eram de cor escura.” 
Recomendo que você observe atentamente todas as opções 
apresentadas pelo examinador. 
15. Porcentagem Î o verbo concorda, a rigor, com o numeral. 
Um por cento dos alunos recusou-se a colaborar. 
Vinte e cinco por cento dos candidatos faltaram. 
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sujeito composto aposto resumitivo 
aposto 
resumitivo
sujeito composto 
Apenas 1,78% votou nesse candidato. (a concordância é com a parte 
inteira) 
ATENÇÃO! Bechara (Moderna gramática portuguesa – 37ª edição revista, 
ampliada e atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico – Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira – 2009 – página 566) nos ensina que “Nas linguagens 
modernas em que entram expressões numéricas de porcentagem, a tendência 
é fazer concordar o verbo com o termo preposicionado que especifica a 
referência numérica”. 
“Trinta por cento do Brasil assistiu à transmissão dos jogos da Copa.” 
Trinta por cento dos brasileiros assistiram aosjogos da Copa.” 
Aqui também recomendo que você observe atentamente todas as 
opções apresentadas pelo examinador, que pode considerar corretas as duas 
possibilidades de concordância. 
16. Substantivos sinônimos (ou quase sinônimos) e substantivos em 
gradação Î o verbo concorda gramaticalmente com todos os núcleos
ou atrativamente com o mais próximo. 
Medo e temor me assusta/assustam. 
Uma palavra, um movimento, um simples gesto 
causava/causavam-lhe medo. 
17. Aposto resumitivo Î se o sujeito composto for resumido por um aposto 
(pronome indefinido), o verbo concordará com o aposto. 
Alunos, professores, diretores, ninguém chegava a um acordo. 
Pelé, Garrincha, Didi, todos foram campeões mundiais. 
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18. Infinitivos antônimos ou determinados Î verbo no plural. 
Discordar e apoiar são próprios da democracia. 
O andar e o nadar fazem bem à saúde. 
ATENÇÃO! Se os infinitivos não forem antônimos ou não estiverem 
determinados, o verbo ficará no singular. 
Andar e nadar faz bem a saúde. 
Sujar a roupa de giz e passar a noite corrigindo prova nunca 
desanimou os professores. 
19. Um e outro Î verbo no singular ou no plural. 
Um e outro jogador foi/foram expulsos. 
ATENÇÃO! Havendo ideia de reciprocidade com a expressão um e outro, o 
plural é obrigatório. 
Um e outro insultaram-se. 
20. Um ou outro; nem um nem outro Î a corrente majoritária indica o 
singular; todavia esses casos suscitam divergências entre consagrados 
autores: 
Um ou outro jogador fez gols. 
Nem um nem outro garoto brigou na rua. 
a) Cunha e Cintra: “As expressões um ou outro e nem um nem 
outro, empregadas como pronome substantivo ou como pronome adjetivo, 
exigem normalmente o verbo no singular: Nem um nem outro havia idealizado 
previamente este encontro.” Prosseguem os mestres: “Não é rara, porém, a 
construção com o verbo no plural quando as expressões se empregam como 
pronome substantivo: Nem um nem outro desejavam questionar.” (Nova 
gramática do português contemporâneo, 5ª edição, Rio de Janeiro: Lexikon, 
2008, página 527); 
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b) Pasquale e Ulisses: “Com as expressões um ou outro e nem 
um nem outro, a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural 
também seja praticado. (...) Não há uniformidade no tratamento dado a essas 
expressões por gramáticos e escritores.” (Gramática da língua portuguesa, São 
Paulo: Scipione, 1998, página 486); 
c) Bechara: “Com nem um nem outro é de rigor o singular para o 
substantivo e verbo: Nem um nem outro livro merece ser lido.” (Moderna 
gramática portuguesa, 37ª edição revista, ampliada e atualizada conforme o 
novo Acordo Ortográfico, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009, página 548); 
d) Cegalla: “O sujeito sendo uma dessas expressões [um e outro e 
nem um nem outro], o verbo concorda, de preferência, no plural. Exemplos: 
Nem uma nem outra foto prestavam [ou prestava]” (Novíssima gramática da 
língua portuguesa, 48a. edição revista, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 
2008, páginas 556 e 557). 
ATENÇÃO! Recomendo que você mantenha certa flexibilidade ao encarar 
questões desse tipo. 
14. (Cesgranrio/Eletrobras/Administrador/2010) No que tange à concordância, 
qual expressão NÃO completa a sentença de acordo com o registro formal 
culto em __________________ já passou a noite em claro? 
(A) Um ou outro indivíduo. 
(B) A maior parte das pessoas. 
(C) Mais de um amigo do escritor. 
(D) Creio que 10% da população. 
(E) Tanto o escritor quanto o jornalista. 
Comentário – Você já deve ter observado que o verbo “passou” está no 
singular, certo? Então, vamos analisar as alternativas. 
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Alternativa A: o verbo concorda no singular quando o sujeito 
é formado pela expressão um ou outro. Exemplo: “Uma ou outra pode dar 
lugar a dissentimentos” (Machado de Assis). 
Alternativa B: quando o sujeito é uma das expressões 
quantitativas a maior parte de, parte de, a maioria de, grande número de etc. 
seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo, quando posposto, pode 
ir para o singular ou para o plural. Exemplos: “A maior parte dos doidos ali 
metidos estão em seu perfeito juízo” (Machado de Assis). “A maioria dos 
trabalhadores recebeu essa notícia com alegria” (Amando Fontes). 
Alternativa C: com a expressão mais de um, o verbo 
concorda, em regra, no singular. O plural será de rigor se o verbo exprimir 
reciprocidade ou se a expressão vier repetida. Exemplos: Mais de um 
excursionista já perdeu a vida nesta montanha. Mais de um casal se 
agrediram na ocasião. Mais de uma máquina e mais de uma seção estavam
paradas. 
Alternativa D: é possível concordar o verbo no plural ou no 
singular, tendo em vista o número percentual (“10”) ou o substantivo que 
integra a locução (“população”). 
Alternativa E: obrigatoriamente, o verbo vai para o plural 
quando os elementos do sujeito composto estão ligados por uma das 
expressões correlativas não só... mas também; não só... como também; 
tanto... como; tanto... quanto etc. 
Resposta – E 
21. Sujeitos ligados por ou ou nem Î o verbo ficará, normalmente, no 
plural; mas, se houver ideia de exclusão obrigatória ou sinonímia, o 
verbo ficará no singular. 
Nem Paulo, nem Ana reclamaram do salário. 
Pedro ou Paulo sairão mais cedo. 
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José ou Pedro casará com ela. (apesar de tudo, uma pessoa só 
pode casar com outra, e não com outras ao mesmo tempo – risos) 
Fulano ou Beltrano será o goleiro titular. (somente um goleiro pode 
ser titular em um jogo; o outro é o reserva) 
“A Línguística ou Glotologia é a ciência que estuda a evolução da 
linguagem humana.” 
ATENÇÃO! Se houver ideia de retificação, o verbo concordará com o mais 
próximo. 
O ladrão ou os ladrões, não sei ao certo, assaltaram o banco. 
Os ladrões ou o ladrão, não sei ao certo, assaltou o banco. 
22. Sujeitos ligados por com Î o verbo fica no plural, dando ênfase a todos 
os sujeitos. 
O professor com o aluno montaram o equipamento. 
ATENÇÃO! Na oração “O professor, com o aluno, montou o equipamento”, a 
expressão “com o aluno” é, na verdade, adjunto adverbial de companhia; por 
isso o verbo fica no singular. 
23. Haja vista Î essa expressão, no singular, está sempre certa; porém 
pode variar se o seu referente estiver no plural: 
Haja vista o caso. 
Haja(m) vista os casos. 
Haja vista dos (aos) casos. (aqui, a preposição impede que a 
expressão varie) 
15. (Cesgranrio/BNDES/Técnico Administrativo/2010) Há uma transgressão ao 
registro culto e formal da língua, quanto à concordância verbal e nominal 
em qual das frases abaixo? 
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(A) Faz anos que procuramos descobrir a razão de tamanha preocupação com 
o futuro. 
(B) É preciso que se busque o novo haja vista o mercado que passou a existir. 
(C) Em meio a uma crise, ela mesma conseguiu reunir esforços para superar 
esse momento. 
(D) Os céticos discordam, mas pode haver sonhos passíveis de realização se 
lutarmos por eles. 
(E) Não se tratam de respostas para questionamentosde difíceis soluções. 
Comentário – Alternativa A: correta. É digno de nota o emprego do forma 
verbal “Faz”, terceira pessoa do singular por ser impessoal e denotar tempo 
decorrido. 
Alternativa B: correta. Merece nossa observação a expressão 
“haja vista”. Nessa forma ela sempre está correta. 
Alternativa C: correta. O destaque fica por conta do pronome 
demonstrativo de caráter reforçativo “mesma”, que se flexiona em gênero e 
número para concordar com o pronome substantivo a que se refere (“ela”). 
Alternativa D: correta. A locução “pode haver” é composta por 
um verbo principal impessoal (“haver” com sentido de existir). Essa 
impessoalidade é transmitida ao auxiliar (“pode”), que se mantém 
invariavelmente na terceira pessoa do singular. 
Alternativa E: o erro está na flexão do verbo transitivo indireto 
tratar. O “se” que o acompanha é índice de indeterminação do sujeito. 
Portanto o verbo deve se manter na terceira pessoa do singular: Não se 
trata... 
Resposta – E 
24. Títulos de obras e nomes próprios de lugar Î a concordância é feita 
levando-se em conta a presença ou a ausência de artigo. 
Os Lusíadas pertencem a Camões. 
Os Estados Unidos perderam muitos troféus. 
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Minas gerais ganhou todas as competições. 
ATENÇÃO! Quando o sujeito for título de obra, o verbo poderá concordar 
com o sujeito ou com o predicativo. 
Os Lusíadas são/é a obra máxima de Camões. 
25. Concordância do verbo ser Î em muitas situações, esse verbo deixa de 
concordar com o sujeito para concordar com o predicativo; em outras, 
pode concordar com um ou com outro, de acordo com o termo que se 
quer enfatizar: 
a) O termo que indica pessoa tem precedência sobre coisa/objeto. 
Maria era as esperanças de todos. 
O mundo são os homens. 
b) O pronome pessoal tem precedência sobre o nome. 
Os culpados éramos nós. 
“O Estado sou eu”. 
c) O pronome pessoal ou nome têm precedência sobre qualquer outro 
pronome. 
Quem és tu? 
Tudo são flores. 
ATENÇÃO! No segundo caso, quando o sujeito é representado pelos pronomes 
tudo, nada, isto, isso, aquilo, considera-se possível também a concordância 
com o pronome. 
Tudo é flores. 
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16. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) Em qual das frases 
abaixo a concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua, 
está INCORRETA? 
(A) Deve haver pessoas que não sejam passionais e tendenciosas. 
(B) Não se ouvia mais os conselhos do amigo. 
(C) Já faz meses que ele passou a escutar sua consciência. 
(D) Quem eram as pessoas mais importantes de sua vida? 
(E) Fui eu quem lhe mostrou a pessoa mais importante da vida dele. 
Comentário – Alternativa A: correta. A locução “Deve haver” é impessoal, por 
causa da acepção do verbo principal “haver” (= existir). Ela deve realmente 
ficar na terceira pessoa do singular. 
Alternativa B: incorreta. Trata-se de um caso de voz passiva 
sintética (VTD + SE – o pronome foi atraído pelo advérbio de negação). 
Portanto há sujeito: o termo “os conselhos do amigo”, com núcleo (= 
“conselhos”) no plural. Eis a correção: Não se ouviam mais os conselhos do 
amigo. Agora, verbo e sujeito concordam em número e pessoa (terceira do 
plural). 
Alternativa C: correta. O verbo fazer foi empregado para indicar 
decurso de tempo, o que o torna impessoal e o mantém invariavelmente na 
terceira pessoa do singular. 
Alternativa D: correta. O verbo ser deixou de concordar com o 
sujeito (o pronome interrogativo “Quem”) para concordar com o predicativo (o 
nome “pessoas”). 
Alternativa E: correta. Com o pronome relativo “quem”, a 
concordância pode ser feita com o próprio pronome (caso em que o verbo da 
oração adjetiva fica na terceira pessoa do singular) ou com o termo 
antecedente (caso em que o verbo se flexionará): Fui eu quem lhe mostrei...
Resposta – B 
d) O plural tem precedência sobre o singular. 
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A casa eram umas folhas. 
A sua paixão eram filmes de terror. 
ATENÇÃO! Modernamente, já se aceita a concordância com o sujeito, quando 
este é representado por coisa/objeto. 
A casa era umas folhas. 
Aquele amor é cacos de um passado. 
17. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009) Assinale a proposição verdadeira a respeito 
dos elementos linguísticos e dos efeitos de sentido do trecho. 
Qual a razão da pujança do Estado de São Paulo? Entre 
as diversas razões que explicam o desenvolvimento de 
São Paulo, talvez a mais significativa seja o conjunto 
de imigrações e migrações que povoaram o estado. 
5 A partir de 1887, só pela Hospedaria do Imigrante 
– conjunto de alojamentos em São Paulo – passaram 
perto de 3 milhões de pessoas. Qual era o diferencial 
desses imigrantes? Era que, apesar de pobres, 
carregavam culturas milenares que lhes possibilitaram 
10 trabalhar e crescer socialmente. E, finalmente, vieram 
os migrantes nordestinos, castigados pelo clima e 
pelos coronéis, que encontraram em São Paulo o 
seu ganha-pão. Tudo isso, mesclado às populações 
indígenas nativas e aos escravos africanos, formou 
15 uma população mestiça que se chama hoje de paulista, 
ou melhor, o brasileiro de São Paulo. 
(Alberto Goldman, Correio Braziliense, 9/2/2009, 13.) 
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(A) Reescreve-se com correção gramatical o seguimento das linhas 10 a 13: 
“... vieram os migrantes nordestinos que, castigados pelo clima e pelos 
coronéis, encontraram em São Paulo o seu ganha-pão.” 
(B) Se fosse retirado do texto o segmento “o conjunto de” (ℓ.3 e 4), o trecho 
permaneceria gramaticalmente correto, bastando, para isso, substituir 
“seja” por: sejam as. 
(C) Introduzindo-se uma vírgula após a palavra “milenares” (ℓ. 9), confere-se 
à oração imediatamente subsequente mais ênfase, sem prejuízo da 
correção gramatical e sem alteração do sentido original do período em que 
ela se insere. 
(D) As duas interrogações diretas presentes no trecho revelam ao leitor os 
pontos de dúvida e incerteza do autor a respeito do assunto tratado. 
(E) Depreende-se, dado o emprego da expressão retificadora “ou melhor” 
(última linha), que o autor prefere caracterizar como “mestiça” a 
população brasileira como um todo, preservando a pureza da raça para os 
paulistas. 
Comentário – Alternativa A: não há erro gramatical, por isso esta alternativa 
foi apontada, preliminarmente, como o gabarito. 
Alternativa B: Vamos reescrever o trecho conforme a 
proposta da banca examinadora: “Entre as diversas razões que explicam o 
desenvolvimento de São Paulo, talvez a [razão] mais significativa sejam as 
imigrações e migrações que povoaram o estado”. Também não há erro
gramatical aqui. Apesar de parecer estranho para alguns, o verbo ser pode 
deixar de concordar com o núcleo do sujeito (“razão”) para concordar com o 
predicativo do sujeito (“imigrações” e “migrações”). Quanto a isso, leia o que 
diz Cegalla (2008:463): 
“O verbo de ligação ser concorda com o predicativo nos 
seguintes casos: 
(...) 
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b) quando o sujeito é um nome de coisa, no singular, e opredicativo um substantivo plural: ‘A causa eram os seus projetos.’ (Machado 
de Assis)”. 
Alternativa C: a oração principiada pelo “que” (pronome 
relativo) é adjetiva e tem caráter restritivo. O emprego da vírgula sugerida 
pela ESAF muda para explicativo o caráter da oração adjetiva. Registre-se que 
a transformação de uma adjetiva restritiva em adjetiva explicativa sempre 
acarreta alteração do sentido original do período em que ela se insere. 
Alternativa D: uma pergunta “verdadeira” serve para extarir 
do interlocutor uma informação que o locutor não possui, o que pode 
demonstrar dúvida ou incerteza por parte daquele que a formula. Mas esse não 
é o caso de Alberto Goldman, que demonstra conhecer o assunto sobre o qual 
discorre. Em seu texto, Goldman se utiliza de perguntas retóricas. Ao fazê-las, 
ele já sabe as respostas. Suas perguntas são usadas para permitir a 
declaração ou afirmação do que pensa sobre o assunto tratado. Quem faz 
essas perguntas (retóricas) não tem intenção alguma de receber informações 
nem demonstra qualquer dúvida ou incerteza; antes, quer uma oportunidade 
para expor seu ponto de vista. 
Alternativa E: ao longo do texto, o autor deixa claro que o 
“conjunto de imigrações e migrações” caracteriza o paulista. Com a expressão 
retificadora “ou melhor”, Goldman atribui essa característica (de miscigenação) 
aos brasileiros e não a restringe aos paulistas. 
Resposta – Anulada 
e) O verbo SER mantém-se na terceira pessoa do singular nas expressões 
que indicam preço, valor, medida, peso. 
Dois quilos é pouco. 
Vinte mil cruzeiros é demais. 
Três metros é mais do que preciso. 
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f) Nas indicações de distância e tempo (hora, data), o verbo SER
concordará com a expressão designativa de distância e tempo. 
Da Tijuca à Barra são oito quilômetros. 
Era uma hora e cinquenta e nove segundos. (prevalece a 
designação da hora)
Hoje são 21 de maio. 
18. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior) A 
concordância verbal está corretamente estabelecida em: 
(A) Foi três horas de viagem para chegar ao local do evento. 
(B) Há de existir prováveis discussões para a finalização do projeto. 
(C) Só foi recebido pelo coordenador quando deu cinco horas no relógio. 
(D) Fazia dias que participavam do processo seletivo em questão. 
(E) Choveu aplausos ao término da palestra do especialista em Gestão. 
Comentário – Alternativa A: incorreta. Acabei de dizer que, nas indicações de 
distância e tempo (hora, data), o verbo ser concordará com a expressão 
designativa de distância e tempo. Eis a correção: Foram três horas... 
Alternativa B: incorreta. O verbo auxiliar da locução “Há de 
existir” deve se flexionar para concordar com o núcleo do sujeito: “discussões”. 
Eis a forma correta: Hão de existir... 
Alternativa C: incorreta. O sujeito do verbo dar é a expressão 
“cinco horas”, o que justifica a flexão dele na terceira pessoa do plural: 
...deram cinco horas no relógio. 
Alternativa D: correta. O verbo fazer é impessoal quando 
expressa tempo decorrido e permanece na terceira pessoa do singular. 
Alternativa E: incorreta. Muito cuidado! O verbo chover possui 
sentido figurado, é pessoal e tem sujeito (“aplausos”); portanto deve se 
flexionar para concordar com ele: Choveram aplausos... 
Resposta – D 
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Concordância Nominal 
A partir de agora, vamos tratar da concordância entre artigos, 
adjetivos, pronomes, numerais e substantivos. Isso é o que chamamos de 
concordância nominal. Vamos começar assim: 
CASOS GERAIS 
O artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o numeral adjetivo 
concordam com o substantivo a que se referem em gênero e número. 
Ex.: O aluno discreto não viu aquela moça com duas alianças. 
19. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009) Um funcionário escreveu, em um documento 
oficial, o trecho: 
“É inquestionável o estrito cumprimento da legalidade 
nos procedimentos licitatórios e a execução de 
3 contratos – ceara em que existem normas que regram 
as aquisições financiadas com recursos públicos, 
sobre os quais recai necessariamente a fiscalização da 
6 destinação que lhes tenham sido dadas.” 
Ao revisar o documento, percebeu que o trecho continha erros 
gramaticais. Das cinco alterações que fez para eliminar os erros, uma 
transformou uma expressão gramaticalmente correta em errada. Em que 
opção isso aconteceu? 
(A) Inseriu a preposição “em”, na linha 3, do que resultou a expressão: e na 
execução. 
(B) Trocou a grafia de “ceara”(ℓ.3) para seara. 
(C) Eliminou o plural de “dadas”(ℓ.6): dada. 
(D) Passou o verbo “tenham”(ℓ.6) para o singular: tenha. 
(E) Retirou o plural do pronome “lhes”(ℓ.6): lhe 
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Comentário – O erro está na última alternativa. O pronome oblíquo “lhes” (= 
a ele), que alude à terceira pessoa do discurso (aquela de quem se fala), tem 
como referente a expressão “recursos públicos” (l. 4): “...fiscalização da 
destinação que tenha sido dada aos recursos públicos”. Como o termo 
sublinhado está no plural, o elemento coesivo “lhes” deve permanecer no 
plural. Note que ele completa o sentido transitivo indireto do verbo dar. 
Devem chamar a sua atenção as letras C e D. Por ser uma das 
formas nominais do verbo e poder se comportar como um adjetivo, o 
particípio (“...a fiscalização da destinação que lhes tenham sido dadas”) 
flexiona-se em gênero e número para concordar com o substantivo a que se 
refere (“destinação”). É possível os verbos no particípio surgirem 
acompanhados de outros verbos (auxiliares), formando com eles uma locução 
verbal. Nesses casos, os verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, ficar) 
flexionam-se em pessoa, número, tempo e modo. Exemplos: 
Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região. 
(inadequado) 
Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. 
(adequado) 
– sujeito: as visitas diurnas 
– núcleo do sujeito: visitas 
– visitas: substantivo feminina plural 
Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado) 
Foi corrigido o valor das moedas locais. (adequado) 
– sujeito: o valor das moedas locais 
– núcleo do sujeito: valor 
– valor: substantivo masculino singular 
Resposta – E 
Quando o adjetivo se refere a mais de um substantivo, 
verifica-se o seguinte: 
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1. Substantivos do mesmo gênero Î o adjetivo ficará neste gênero e no 
plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo. 
Ex.: Caderno e livro bons. (ou bom) // Casa e cadeira lindas. (ou linda) 
2. Substantivos de gêneros diferentes Î o adjetivo ficará no masculino e 
no plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo. 
Ex.: Caderno e casa bons. (ou boa) // Gravata e terno lindos. (ou lindo) 
3. Substantivos antepostos Î adjetivo no plural ou no singular, conforme 
exemplos vistos até agora. 
4. Substantivos pospostos Î a concordância mais notável será a atrativa. 
Ex.: Tratava-se de inoportuno momento e lugar. // Tratava-se de inoportuna 
ocasião e lugar. 
ATENÇÃO! 
1. Quando o adjetivo desempenhar a função de adjunto adnominal e se 
referir a nomes próprios de pessoas, a concordância será gramatical. 
Ex.: As delicadasMaria e Joana participaram do concurso. // As simpáticas 
Cíntia e Valéria são irmãs. 
2. Quando o adjetivo atuar como predicativo, a concordância será 
gramatical; mas, se o substantivo estiver posposto, a concordância 
também poderá ser atrativa. 
Ex.: A pobreza e o desamparo são calamitosos. // É calamitosa a pobreza e o 
desamparo. 
3. Quando um substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no 
singular, podem ser usadas seguintes construções: 
Ex.: A língua italiana e a francesa. // As línguas italiana e francesa. 
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OBS.: A construção A língua italiana e francesa, embora provoque 
incerteza (trata-se de duas línguas distintas ou de uma única, 
ítalo-francesa?), é aceita por alguns gramáticos. 
4. No caso de numerais ordinais que se referem a um substantivo posposto, 
podem ser usadas as seguintes construções: 
Ex.: Somos moradores do primeiro e segundo andar/andares. 
CASOS ESPECIAIS 
1. Cores Î observaremos o seguinte: 
Ex.: sapato branco / camisas amarelas Î a cor é representada por adjetivo = 
varia 
sapatos cinza / camisas rosa Î a cor é representada por substantivo = 
invariável 
blusas verde-claras / camisas azul-escuras Î a cor é representada por 
adjetivo + adjetivo = só o último varia 
blusas verde-limão Î a cor é representada por adjetivo + substantivo = 
invariável 
blusa azul-marinho Î invariável 
2. Um ou outro; um e outro; nem um nem outro Î substantivo que 
acompanha essas expressões ficará sempre no singular; e o adjetivo, no 
plural. 
Ex.: Um e outro professor dignos dão aula. // Um ou outro candidato 
competentes passará. 
3. Mesmo, próprio, leso, incluso, obrigado, quite Î concordam com o 
substantivo a que se referem. 
Ex.: Ele mesmo falou. // Elas mesmas falaram. 
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Eles próprios falaram. // Ela própria falou. 
Foi um crime de lesa-pátria. // Ela praticou um crime de 
leso-patriotismo. 
Seguem inclusos os documentos. // Segue inclusa a cópia. 
Muito obrigado, falou José. // Muito obrigada, falou Maria. 
José está quite. // Nós estamos quites. 
4. Anexo Î concorda com o substantivo a que se refere. 
Ex.: Vai anexo um recibo. // Vão anexas duas certidões. 
ATENÇÃO! Em anexo = locução adverbial = invariável. Î Em anexo vão duas 
certidões. 
Anexo = verbo. Î [eu] Anexo duas certidões ao processo. 
5. Só = somente, apenas = advérbio = invariável. Î Eles só queriam comer. 
Só = sozinho = adjetivo = concorda com o substantivo a que se refere. 
Î Elas jamais ficarão sós. 
20. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2011) A concordância nominal 
está corretamente estabelecida em: 
(A) Perdi muito tempo comprando aquelas blusas verde-garrafas. 
(B) As milhares de fãs aguardavam ansiosamente a chegada do artista. 
(C) Comenta-se como certo a presença dele no congresso. 
(D) As mulheres, por si só, são indecisas nas escolhas. 
(E) Um assunto desses não deve ser discutido em público. 
Comentário – Alternativa A: incorreta. O adjetivo composto verde-garrafa é 
invariável, pois é formado por ADJETIVO + SUBSTANTIVO. 
Alternativa B: incorreta. Milhão, bilhão e milhar são 
substantivos masculinos. Por isso os artigos, numerais e pronomes que os 
precedem devem concordar no masculino: Os milhares de fãs... 
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Alternativa C: incorreta. O adjetivo “certo” deve se flexionar 
no feminino para concordar com o gênero do substantivo “presença”. 
Alternativa D: incorreta. O adjetivo “só” deve se flexionar no 
plural para concordar com o número do substantivo “mulheres”. Para facilitar, 
veja a seguinte correlação: As mulheres, por si mesmas (= por si sós)... 
Alternativa E: correta. O particípio (“discutido”) deve 
concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere (“assunto”). 
Resposta – E 
6. Possível Î o adjetivo pode ter as seguintes concordâncias: 
a) se estiver precedido de o/a mais, o/a menos, o/a maior, o/a menor, o/a 
melhor, o/a pior, quanto, o adjetivo ficará invariável, concordando com o 
artigo. 
Ex.: Cadernos o mais limpos possível. 
b) se, no entanto, os artigos estiverem no plural, o adjetivo ficará no plural. 
Ex.: Cadernos os menos limpos possíveis. 
7. É bom, é necessário, é preciso, é permitido, é proibido, etc. Î
quando o sujeito dessas expressões estiver determinado (por artigos, 
pronomes ou numerais adjetivos), a concordância será feita normalmente; 
se, entretanto, não existir determinante, a expressão ficará invariável. 
Ex.: É proibida a entrada. // É proibido entrada. 
Água é bom para a saúde. / Esta água é boa para a saúde. 
8. Haja vista Î o substantivo vista é invariável. 
Ex.: Haja vista o silêncio. (a expressão no singular sempre está correta) 
Haja(m) vista os barulhentos. (o verbo pode variar em concordância com 
o substantivo, se este estiver sem preposição) 
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21. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico em Contabilidade Júnior/2010) Qual 
sentença está de acordo com o registro formal culto da língua, no que 
tange à concordância? 
(A) Fazem muitos anos que Claudia Souza virou a monja Coen. 
(B) As pesquisas sobre felicidade são as mais precisas possível. 
(C) Cada uma das atividades cotidianas conta para a felicidade. 
(D) A felicidade é difícil, haja vistos nossos esforços para alcançá-la. 
(E) Todos querem a verdadeira satisfação e não uma pseuda-felicidade. 
Comentário – Alternativa A: em desacordo. Nas indicações de tempo 
decorrido, o verbo fazer é impessoal e se mantém na terceira pessoa do 
singular: Faz muitos anos que... 
Alternativa B: em desacordo. Note que o adjetivo “possível” 
não se flexionou no plural (possíveis), o que deveria ocorrer por causa do 
artigo “as” que integra a expressão superlativante “as mais... possível”. 
Alternativa C: de acordo. Com a locução cada um(a), o 
verbo se mantém no singular (“conta”), independentemente do substantivo 
(“atividades”). 
Alternativa D: em desacordo. A expressão haja vista, escrita 
dessa forma, está sempre correta. É possível que o verbo assuma a forma 
plural para concordar com um sujeito. Mas o elemento “vista” é invariável. 
Alternativa E: em desacordo. Pseudo– é prefixo invariável. 
Não existem as formas, pseudos, pseuda e pseudas. Esse prefixo só exige 
hífen antes de palavras iniciadas por o (pseudo-obrigação) ou por h
(pseudo-herói). Portanto devemos escrever pseudofelicidade. 
Resposta – C 
9. A olhos vistos Î a expressão fica invariável ou a palavra visto concorda 
com o substantivo a que se refere. 
Ex.: Ela cresce a olhos vistos. / Ela cresce a olhos vista. 
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10. Conforme 
adjetivo = idêntico = variável Î Elas são conformes até no 
pensamento. 
conj. sub. adv. conformativa = invariável Î Trabalhamos conforme
você pediu. 
11. Menos, alerta Î sempre invariável. 
Ex.: Havia menos pessoas ontem. // Os soldados estão sempre alerta. 
12. Bastante = pronome indefinido = muitos, muitas = variável Î Ele 
falava bastantes besteiras. (muitas) 
Bastante = advérbio = muito = invariável. Î Comemos bastante. 
22. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Administraçãoe Controle Júnior/2011) A 
frase em que a concordância nominal está INCORRETA é: 
(A) Bastantes feriados prejudicam, certamente, a economia de um país. 
(B) Seguem anexo ao processo os documentos comprobatórios da fraude. 
(C) Eles eram tais qual o chefe nas tomadas de decisão. 
(D) Haja vista as muitas falhas cometidas, não conseguiu a promoção. 
(E) Elas próprias resolveram, enfim, o impasse sobre o rumo da empresa. 
Comentário – Alternativa A: correta. O vocábulo “Bastantes” está relacionado 
ao substantivo “feriados”, sendo, pois, um pronome indefinido adjetivo e tendo 
que se flexionar em número. A dica é substituí-lo por muito(s), conforme o 
caso: Muitos feriados prejudicam... Você teria coragem de dizer “Muito feriados 
prejudicam...”? Acho que não. 
Alternativa B: incorreta. Como adjetivo, anexo concorda com o 
substantivo em gênero e número: Seguem anexos... os documentos... 
Alternativa C: correta. A expressão tal qual flexiona-se da 
seguinte maneira: o elemento tal concorda com o substantivo anterior a que 
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se refere (“Eles” = pronome substantivo, por isso o plural: “tais”); o elemento 
qual segue o substantivo posterior a que se refere (“chefe”, por isso o 
singular: “qual”). 
Alternativa D: correta. A expressão haja vista sempre está 
correta escrita dessa forma. 
Alternativa E: correta. Não se esqueça de que mesmo, próprio, 
leso, incluso, obrigado e quite concordam com o substantivo a que se referem 
(“Elas” = pronome substantivo, por isso o feminino plural: “próprias”). 
Resposta – B 
13. Todo = totalmente = advérbio Î poderá flexionar-se em gênero e 
número. 
Ex.: Ele vinha todo de branco. // Elas vinham todas de branco. 
CUIDADO! Eles são todo-poderosos. // Elas são todo-poderosas. (adjetivo = 
somente o último elemento varia) 
14. Meio = metade = numeral = variável. Î Ele comeu meia maçã. // Meia 
classe terá que permanecer após meio-dia e meia. 
Meio = mias ou menos, parcialmente = advérbio = invariável. Î Ela 
estava meio doente. // A porta estava meio aberta. 
23. (Cesgranrio/FINEP/Técnico/Suporte Técnico/2011) Em que sentença a 
concordância segue os parâmetros da norma-padrão? 
(A) Paguei a dívida e fiquei quites com minhas obrigações. 
(B) A secretária disse que ela mesmo ia escrever a ata. 
(C) Junto com o contrato, segue anexo a procuração. 
(D) A vizinha adotou uma atitude pouca amistosa. 
(E) Após a queda, a criança ficou meio chorosa. 
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Comentário – Alternativa A: errada. O adjetivo quite varia em número para 
concordar com o substantivo (ou termo substantivado) a que ser refere: (eu) 
fiquei quite / (nós) ficamos quites. 
Alternativa B: errada. Mesmo sofre variação de gênero e 
número para concordar com o substantivo (ou termo substantivado) a que se 
refere: ele mesmo / eles mesmos / ela mesma / elas mesmas. 
Alternativa C: errada. Anexo também sofre variação de 
gênero e número: segue anexa a procuração / seguem anexas as procurações 
/ segue anexo o documento / seguem anexos os documentos. 
Alternativa D: errada. Como pronome indefinido (caso em que 
se refere a substantivo), pouco varia: poucas pessoas, poucos biscoitos etc. 
Como advérbio de intensidade (caso em que se refere a verbo, adjetivo ou 
advérbio), é invariável: atitude pouco amistosa / atitudes pouco amistosas / 
gesto pouco amistoso / gestos pouco amistosos. 
Alternativa E: certa. Meio foi usado como advérbio de 
intensidade. Nesse caso, permanece invariável. 
Resposta – E 
Mais uma vez, muito obrigado pela companhia. 
Que Deus o abençoe! 
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Lista das Questões Comentadas 
1. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009) Os trechos abaixo constituem um texto 
adaptado do Editorial do Correio Braziliense de 7/1/2009. 
Assinale a opção que apresenta erro gramatical. 
(A) O balanço assusta e, ao mesmo tempo, causa indignação. Foram 7.140 
acidentes nos 61 mil quilômetros das rodovias federais. O saldo: 435 
mortos e 4.795 feridos. 
(B) Divulgados pela Polícia Rodoviária Federal, os números da Operação Fim 
de Ano, em vigor de 20 de dezembro a 4 de janeiro, demonstram, com 
clareza, que muito ainda precisa ser feito para que o asfalto não mate 
nem aleije. 
(C) A história se repete com monotonia. Ano após ano, o balanço de acidentes 
nas estradas registram números ascendentes. Neste fi m de 2008 e início 
de 2009, o enredo não mudou. 
(D) Pelos autos de infração, é possível concluir que a tragédia não se deve a 
imperfeições no asfalto, iluminação ou sinalização. Deve-se, sobretudo, a 
falhas humanas. 
(E) Das 171.265 violações, 99.435 tiveram como causa o excesso de 
velocidade; 1.043, embriaguez. Ao ligar a chave de ignição, o condutor 
precisa ter uma certeza: ele tem uma arma nas mãos. 
2. (Cesgranrio/Transpetro/Téc. de Enferm. do Trabalho/2011) Considere a 
frase abaixo. 
O chefe de vários departamentos identifica a mudança no cenário da 
informática. 
A palavra identifica pode ser substituída, mantendo o sentido da 
sentença, pelo verbo ver, flexionado de acordo com a norma-padrão, por 
(A) vêm 
(B) veem 
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(C) vem 
(D) vê 
(E) viram 
3. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009 – adaptada) Com base no texto, julgue a 
opção seguinte. 
 (...) 
Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a 
incompetência corrupta do governo do Fatah, o cruel 
bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por 
Israel e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de 
15 ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP. 
(Folha de S. Paulo, Editorial, 5/1/2009) 
A forma verbal “Facilitaram” (ℓ.11) está no plural porque concorda com o 
sujeito composto que está em posição subsequente. 
4. (Cesgranrio/BNDES/Direito/2010) Substituindo-se o verbo destacado em 
“Só existem dois dias...” por uma locução verbal, ficará em DESACORDO 
com as regras de concordância verbal, segundo o registro culto e formal 
da língua, a expressa em 
(A) podem existir. 
(B) hão de existir. 
(C) há de haver. 
(D) deve haver. 
(E) deve existir. 
5. (Cesgranrio/Petrobras/Contador Júnior/2011) Considere as frases abaixo. 
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I. Há amigos de infância de quem nunca nos esquecemos. 
II. Deviam existir muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, 
existissem discordâncias entre os elementos do grupo. 
Substituindo-se em I o verbo haver por existir e em II o verbo existir
por haver, a sequência correta é 
(A) existem, devia haver, houvesse. 
(B) existe, devia haver, houvessem. 
(C) existe, devia haver, houvesse. 
(D) existem, deviam haver, houvesse. 
(E) existe, deviam haver, houvessem. 
6. (Esaf/MPOG/APO/2008) Os trechos a seguir constituem um texto 
adaptado de Zero Hora (RS), 11/02/2008. Assinale a opção que apresenta 
erro gramatical. 
(A) Os mundos cultural, econômico, financeiro e até rural giram em torno do 
que ocorre nessas concentrações que, pelo menos desde a Idade Média, 
foram adquirindo feição própria e mostrando problemas específicos. 
(B) A concentraçãomundial das populações nas cidades, fenômeno 
historicamente recente, torna essas aglomerações o centro nervoso das 
sociedades. A problemática das cidades concentra a própria problemática 
da sociedade. 
(C) As cidades são o cenário cada vez mais exclusivo em que, pelo desejo de 
progresso das sociedades, se realiza os direitos e se concretiza a ambição 
democrática e republicana de tratar a todos igualmente. 
(D) Questões como a educação, o trabalho, o lazer, o convívio, a assistência 
social, a produção ambiental, o transporte, entre muitíssimas outras, têm 
nas cidades suas expressões mais agudas. Desenvolvimento sustentável é 
uma expressão que faz sentido para os planejadores das cidades de hoje 
e de amanhã. 
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(E) Para metrópoles européias ou norte-americanas, essa expressão pode 
significar uma preocupação fundamental na preservação do ambiente, ao 
passo que para os demais continentes ela tem um sentido social 
inevitável, voltado para a necessidade de superação de gargalos sociais e 
para a conquista de patamares mínimos de dignidade. 
7. (Cesgranrio/Petrobras/Engenheiro Civil/Júnior/2011) 
I –_____________ ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral. 
II – ____________ muito, atualmente, sobre política. 
III – ____________ considerar as ponderações que ela tem feito sobre o 
assunto. 
As palavras que, na sequência, completam corretamente as frases acima 
são: 
(A) Debateram-se / Fala-se / Devem-se 
(B) Debateu-se / Fala-se / Devem-se 
(C) Debateu-se / Falam-se / Deve-se 
(D) Debateram-se / Fala-se / Deve-se 
(E) Debateu-se / Fala-se / Deve-se 
8. (Cesgranrio/Liquigás/Assistente Administrativo I/2010) Observe: 
I. Que brote as ideias luminosas! 
II. O romance e o conto agradam aos que apreciam boas histórias. 
III. No jornal encontra-se artigos interessantes e atuais. 
De acordo com o registro culto e formal da Língua Portuguesa, está(ão) 
correta(s), quanto à concordância verbal, APENAS a(s) frase(s) 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
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(D) I e II. 
(E) II e III. 
9. (Esaf/CGU/TFC/2008 – adaptada) Assinale a opção em que o trecho foi 
transcrito com correção gramatical. 
(A) Talvez não chegue ao patamar de 2007, pela necessidade de se conterem 
um pouco a demanda interna para evitar que a inflação derivada dos 
alimentos contamine outros preços. 
(B) Mas a grande maioria dos analistas econômicos não acredita que o Brasil 
possa estar entre os países mais atingidos por uma crise financeira 
externa. 
(C) Aumentaram exportações, reduziram dívidas em valores absolutos ou 
relativos, ampliou as reservas cambiais, e se transformaram também em 
mercados relevantes dentro do comércio mundial. 
(O Globo, 29/01/2008) 
10. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Téc. de Administração/2009) Assinale a 
sentença em que a concordância verbal está correta, de acordo com a 
norma culta da língua. 
(A) Aconteceu muitos fatos importantes no último fim de semana. 
(B) Existe desportistas que usam roupas bem coloridas. 
(C) A maioria das crianças gosta de brincar de corrida. 
(D) Até pouco tempo, não haviam muitas pesquisas sobre o modo de correr 
dos animais. 
(E) O tempo bom e a temperatura amena da manhã convida a uma corrida ao 
ar livre. 
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11. (Cesgranrio/IBGE/Agente Censitário/2010) Conforme a concordância 
verbal, está correta a frase 
(A) O dono da fábrica tinha um sujeito que lhe traziam uma pipa d’água. 
(B) O entregador e o manobreiro tinha um plano ambicioso. 
(C) O pagamento aos gananciosos seria suficiente? 
(D) A conversa e a explicação não tinha muito fundamento. 
(E) Expliquem-me isso melhor, ordenou ele ao manobreiro. 
12. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) Leia as frases 
abaixo. 
I - Fazem, hoje, três meses que participo de um trabalho voluntário. 
II - Seremos nós quem conseguirá levar esperança para os enfermos. 
III - Não deve haver pessoas que não apreciem as nossas brincadeiras. 
Em relação à concordância dos verbos destacados, está(ão) correta(s) 
a(s) frase(s) 
(A) I, apenas. 
(B) I e II, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
13. (Cesgranrio/TJRO/Taquígrafo/2008) Indique a opção em que a 
concordância do verbo em destaque está ERRADA. 
(A) Vários índios, que usaram a Internet, aprenderam felizes. 
(B) Rebecca pediu a um dos índios para entrarem na Internet. 
(C) Nem todos os índios ficaram felizes com as inovações. 
(D) Cada um dos índios chamados pelo chefe foi à aula de computação. 
(E) Quase todos os povos da floresta têm vontade de aprender novidades. 
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14. (Cesgranrio/Eletrobras/Administrador/2010) No que tange à concordância, 
qual expressão NÃO completa a sentença de acordo com o registro formal 
culto em __________________ já passou a noite em claro? 
(A) Um ou outro indivíduo. 
(B) A maior parte das pessoas. 
(C) Mais de um amigo do escritor. 
(D) Creio que 10% da população. 
(E) Tanto o escritor quanto o jornalista. 
15. (Cesgranrio/BNDES/Técnico Administrativo/2010) Há uma transgressão ao 
registro culto e formal da língua, quanto à concordância verbal e nominal 
em qual das frases abaixo? 
(A) Faz anos que procuramos descobrir a razão de tamanha preocupação com 
o futuro. 
(B) É preciso que se busque o novo haja vista o mercado que passou a existir. 
(C) Em meio a uma crise, ela mesma conseguiu reunir esforços para superar 
esse momento. 
(D) Os céticos discordam, mas pode haver sonhos passíveis de realização se 
lutarmos por eles. 
(E) Não se tratam de respostas para questionamentos de difíceis soluções. 
16. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) Em qual das frases 
abaixo a concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua, 
está INCORRETA? 
(A) Deve haver pessoas que não sejam passionais e tendenciosas. 
(B) Não se ouvia mais os conselhos do amigo. 
(C) Já faz meses que ele passou a escutar sua consciência. 
(D) Quem eram as pessoas mais importantes de sua vida? 
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(E) Fui eu quem lhe mostrou a pessoa mais importante da vida dele. 
17. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009) Assinale a proposição verdadeira a respeito 
dos elementos linguísticos e dos efeitos de sentido do trecho. 
Qual a razão da pujança do Estado de São Paulo? Entre 
as diversas razões que explicam o desenvolvimento de 
São Paulo, talvez a mais significativa seja o conjunto 
de imigrações e migrações que povoaram o estado. 
5 A partir de 1887, só pela Hospedaria do Imigrante 
– conjunto de alojamentos em São Paulo – passaram 
perto de 3 milhões de pessoas. Qual era o diferencial 
desses imigrantes? Era que, apesar de pobres, 
carregavam culturas milenares que lhes possibilitaram 
10 trabalhar e crescer socialmente. E, finalmente, vieram 
os migrantes nordestinos, castigados pelo clima e 
pelos coronéis, que encontraram em São Paulo o 
seu ganha-pão. Tudo isso, mesclado às populações 
indígenas nativas e aos escravos africanos, formou 
15 uma população

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