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PACOTE DE EXERCÍCIOS COMENTADOS PARA 
ESCRITURÁRIO – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 
Olá! 
Sobre o conteúdo que estudaremos hoje (concordância verbal e 
nominal), esclareço que existem muitas regras específicas, detalhes e 
exceções envolvendo o assunto. Aqui, tentarei abordar um número suficiente 
de casos. Começarei pelos casos de concordância verbal. 
1. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009) Os trechos abaixo constituem um texto 
adaptado do Editorial do Correio Braziliense de 7/1/2009. 
Assinale a opção que apresenta erro gramatical. 
(A) O balanço assusta e, ao mesmo tempo, causa indignação. Foram 7.140 
acidentes nos 61 mil quilômetros das rodovias federais. O saldo: 435 
mortos e 4.795 feridos. 
(B) Divulgados pela Polícia Rodoviária Federal, os números da Operação Fim 
de Ano, em vigor de 20 de dezembro a 4 de janeiro, demonstram, com 
clareza, que muito ainda precisa ser feito para que o asfalto não mate 
nem aleije. 
(C) A história se repete com monotonia. Ano após ano, o balanço de acidentes 
nas estradas registram números ascendentes. Neste fi m de 2008 e início 
de 2009, o enredo não mudou. 
(D) Pelos autos de infração, é possível concluir que a tragédia não se deve a 
imperfeições no asfalto, iluminação ou sinalização. Deve-se, sobretudo, a 
falhas humanas. 
(E) Das 171.265 violações, 99.435 tiveram como causa o excesso de 
velocidade; 1.043, embriaguez. Ao ligar a chave de ignição, o condutor 
precisa ter uma certeza: ele tem uma arma nas mãos. 
Comentário – Sabemos que o verbo e o sujeito de uma oração concordam em 
número e pessoa, certo? Leia os exemplos: 
"O outono é mais estação da alma..." (C. D. A.) 
"Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.) 
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Portanto, o único problema está na terceira alternativa. Entre o 
sujeito simples “o balanço de acidentes nas estradas” e o verbo “registram” 
não há concordância. O núcleo “balanço” obriga o verbo a ficar no singular 
(registra). Quero que você perceba a malícia da banca. Ela arruma um 
sujeito extenso para você perder de vista o núcleo dele. Intercala 
entre o núcleo do sujeito e o verbo elementos com variação de número 
diferente daquele, só para confundi-lo. É comum as bancas igualarem 
a variação de número do último elemento do sujeito à variação de 
número do verbo. 
Resposta – C 
2. (Cesgranrio/Transpetro/Téc. de Enferm. do Trabalho/2011) Considere a 
frase abaixo. 
O chefe de vários departamentos identifica a mudança no cenário da 
informática. 
A palavra identifica pode ser substituída, mantendo o sentido da 
sentença, pelo verbo ver, flexionado de acordo com a norma-padrão, por 
(A) vêm 
(B) veem 
(C) vem 
(D) vê 
(E) viram 
Comentário – Na expressão “O chefe de vários departamentos” o último 
elemento está no plural, mas o núcleo é o substantivo “chefe”, que está no 
singular. Por isso o verbo “identifica” também está no singular. Repare que o 
examinador colocou logo nas duas primeiras alternativas as formas verbais 
“vêm” (terceira pessoa do plural do verbo vir) e “veem” (terceira pessoa do 
plural do verbo ver). Cuidado! Já que o núcleo do sujeito está no singular, o 
verbo ver deve se flexionar no singular: vê. 
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Resposta – D 
3. (FGV/TRE-PA/Técnico Judiciário/2011) Na charge, caso a professora 
tratasse o aluno por tu, sua fala seria, corretamente, 
(A) Escrevas na lousa a palavra Ética! 
(B) Escrevei na lousa a palavra Ética! 
(C) Escreveis na lousa a palavra Ética! 
(D) Escrevais na lousa a palavra Ética! 
(E) Escreve na lousa a palavra Ética! 
Comentário – O verbo escrever foi flexionado na terceira pessoa do singular 
do imperativo afirmativo, pois a professora tratou o aluno por você. Caso ele 
fosse tratado por tu (segunda pessoa do singular), a flexão correta seria 
escreve. Repare o esquema abaixo: 
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo
Eu escrevo (não existe) 
Tu escreves (sem o “s”) Escreve tu 
Ele escreve Escreva você 
Nós escrevemos Escrevamos nós 
Vós escreveis (sem o “s”) Escrevei vós 
Eles escrevem Escrevam vocês 
Resposta – E 
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4. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009 – adaptada) Com base no texto, julgue a 
opção seguinte. 
 (...) 
Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a 
incompetência corrupta do governo do Fatah, o cruel 
bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por 
Israel e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de 
15 ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP. 
(Folha de S. Paulo, Editorial, 5/1/2009) 
A forma verbal “Facilitaram” (ℓ.11) está no plural porque concorda com o 
sujeito composto que está em posição subsequente. 
Comentário – Quando o sujeito é composto, isto é, possui mais de um núcleo 
e surge posposto ao verbo, o verbo poderá ficar no plural (concordância 
rígida ou gramatical) ou concordará com o núcleo mais próximo 
(concordância atrativa). 
Eis os núcleos do sujeito composto que surge após a forma 
verbal “Facilitaram”: “incompetência”, “bloqueio” e “opção”. Você já sabe que, 
em casos semelhantes, é lícita a concordância tanto com o núcleo mais 
próximo (concordância atrativa) quanto com todos os núcleos (concordância 
rígida ou gramatical). 
Resposta – Item certo. 
5. (FGV/MEC/Administrador de Banco De Dados/2008) “A crise energética e 
a climática revelam os limites do ecossistema planetário.” 
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, sem provocar 
mudança de sentido, manteve-se adequação à norma culta. 
(A) A crise energética e climática revelam os limites do ecossistema 
planetário. 
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(B) As crises energética e climática revelam os limites do ecossistema 
planetário. 
(C) A crise energética e climática revela os limites do ecossistema planetário. 
(D) As crises energética e a climática revelam os limites do ecossistema 
planetário. 
(E) As crises energética e climática revela os limites do ecossistema 
planetário. 
Comentário – Repare que, inicialmente, temos um caso de sujeito composto 
(“a crise energética” e “a [crise] climática”). O artigo definido “a”, que se 
repete, determina cada núcleo separadamente. A ideia, então, é a de que 
existem dois tipos de crise: energética e climática. Nossa resposta deve 
preservar o sentido e a correção gramatical. 
Alternativa A: o artigo definido no singular indica que há 
somente uma crise, qualificada ao mesmo tempo pelos adjetivos “energética” e 
“climática”. Como o sujeito é simples e seu núcleo (“crise”) está no singular, o 
verbo deve se flexionar na terceira pessoa do singular: revela. 
Alternativa B: com o artigo e o núcleo no plural (“As crises”) 
seguidos dos adjetivos “energética” e “climática”, preserva-se a ideia inicial. A 
correção gramatical também é mantida com o verbo revelar flexionado na 
terceira pessoa do plural em concordância com o núcleo do sujeito: “crises”. 
Alternativa C: a adequação à norma gramatical foi mantida 
(o verbo concorda e número e pessoa com o núcleo do sujeito), mas a ideia 
inicial foi prejudicada: há somente uma crise. 
Alternativa D: para se manter a ideiainicial de existência de 
duas crises e também a correção gramatical, duas opções são possíveis: 
1 – As crises energética e climática revelam...; 
2 – A crise energética e a climática revelam... 
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Alternativa E: a ideia inicial foi mantida, mas a correção 
gramatical foi transgredida com o verbo no singular (“revela”), em total falta 
de concordância com o núcleo “crises”. 
Resposta – B 
6. (Cesgranrio/BNDES/Direito/2010) Substituindo-se o verbo destacado em 
“Só existem dois dias...” por uma locução verbal, ficará em DESACORDO 
com as regras de concordância verbal, segundo o registro culto e formal 
da língua, a expressa em 
(A) podem existir. 
(B) hão de existir. 
(C) há de haver. 
(D) deve haver. 
(E) deve existir. 
Comentário – No trecho entre aspas, o verbo negritado é pessoal, possui 
sujeito, o qual é o termo “dois dias”. Não confunda esse caso com aqueles em 
que os verbos são impessoais (não possuem sujeito, ficando na terceira 
pessoa do singular): 
Choveu muito. 
Deve nevar muito naquelas regiões. 
Aqui faz verões terríveis. 
Deve fazer dez anos que eles chegaram. 
Há anos não o vejo. 
Ia para dez anos que não o via. 
Já passava de dez horas. 
Poderá haver alunos reprovados. 
Verbos que indicam 
fenômenos naturais 
Verbos que indicam 
tempo decorrido 
Verbo “haver” com sentido 
de “existir”, “acontecer”, 
“ocorrer”. 
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Alternativa A: a substituição ficará em acordo com as regras 
de concordância verbal. Na locução podem existir, o auxiliar poder sofre 
flexão de número e pessoa para concordar como sujeito, o verbo existir
mantém-se na forma nominal. 
Alternativa B: aqui também não há nenhuma infração às 
regras de concordância verbal. Como o verbo principal continua sendo um 
verbo pessoal (existir), o auxiliar (haver) é que sofre flexão de número e 
pessoa para se harmonizar com o sujeito. 
Alternativa C: também não há problemas; mas agora o verbo 
principal é impessoal (verbo haver com sentido de existir). O resultado é a 
permanência do verbo auxiliar na terceira pessoa do singular. 
Alternativa D: o que eu disse acima vale para a construção 
deve haver. 
Alternativa E: voltamos a usar o verbo existir como principal. 
Sendo assim, o auxiliar deve se flexionar para concordar com o sujeito. Eis a 
correção: devem existir. 
Resposta – E 
7. (FGV/FNDE/Especialista em Financiamento e Execução de Programas e 
Projetos Educacionais/2007) Assinale a alternativa em que, alterando-se a 
forma verbal do trecho que não existem nós centrais, não se respeitou a 
norma culta. 
(A) que não há nós centrais 
(B) que não devem existir nós centrais 
(C) que não devem haver nós centrais 
(D) que não há de haver nós centrais 
(E) que não hão de existir nós centrais 
Comentário – O examinador quer a construção sintaticamente errada. 
Quando houver uma locução verbal, fique de olho vem vivo no verbo principal, 
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pois e ele que vai dizer ser o auxiliar será ou não flexionado. Em “devem 
haver” (letra C), o verbo principal (“haver”) foi usado com sentido de existir. 
Nesse caso, ele é impessoal e sua impessoalidade é transmitida ao seu 
auxiliar, que deve se flexionar obrigatoriamente na terceira pessoa do singular. 
Resposta – C 
8. (FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo – Administração/2008) “...há 
outras formas de garantir a transparência...” 
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, manteve-se 
adequação à norma culta. 
(A) ...há de existir outras formas de garantir a transparência... 
(B) ...hão de haver outras formas de garantir a transparência... 
(C) ...devem existir outras formas de garantir a transparência... 
(D) ...devem haver outras formas de garantir a transparência... 
(E) ...podem haver outras formas de garantir a transparência... 
Comentário – Alternativa A: errada. O verbo “existir” – o principal –, 
transfere sua pessoalidade para o seu auxiliar, que deve se flexionar na 
terceira pessoa do plural (hão) para concordar com “formas”, núcleo do 
sujeito. 
Alternativa B: errada. Agora o verbo principal é o “haver”, 
impessoal com sentido de existir, o que deve manter o verbo auxiliar na 
terceira pessoa do singular (há). 
Alternativa C: certa. O que deveria ter acontecido na 
alternativa A ocorreu aqui: a flexão do verbo auxiliar, por influência da 
pessoalidade do verbo principal (“existir”). 
Alternativas D e E: erradas. Ocorreu o mesmo erro presente 
na alternativa B. 
Resposta – C 
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9. (FGV/Sefaz-RJ/Auditor Fiscal da Receita Estadual/2011) No Brasil, por 
exemplo, existem regras de criminal compliance... (L.81-82) 
Assinale a alternativa em que a alteração do trecho acima tenha 
provocado INADEQUAÇÃO quanto à norma culta. Não leve em conta a 
alteração de sentido. 
(A) No Brasil, por exemplo, haverá regras de criminal compliance... 
(B) No Brasil, por exemplo, deve haver regras de criminal compliance... 
(C) No Brasil, por exemplo, há de existir regras de criminal compliance... 
(D) No Brasil, por exemplo, devem existir regras de criminal compliance... 
(E) No Brasil, por exemplo, poderão existir regras de criminal compliance... 
Comentário – Note como a FGV gosta de explorar a concordância envolvendo 
os verbos haver e existir. Em “há de existir regras” (letra C), o verbo 
principal é “existir”, ou seja, um verbo pessoal, que tem sujeito (“regras”), 
com o qual deve concordar em número e pessoa. A flexão necessária deverá 
ser indicada por meio do verbo auxiliar (haver). Portanto o trecho está errado 
e deve ser corrigido assim: hão de existir regras. 
Resposta – C 
10. (Cesgranrio/Petrobras/Contador Júnior/2011) Considere as frases abaixo. 
I. Há amigos de infância de quem nunca nos esquecemos. 
II. Deviam existir muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, 
existissem discordâncias entre os elementos do grupo. 
Substituindo-se em I o verbo haver por existir e em II o verbo existir
por haver, a sequência correta é 
(A) existem, devia haver, houvesse. 
(B) existe, devia haver, houvessem. 
(C) existe, devia haver, houvesse. 
(D) existem, deviam haver, houvesse. 
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(E) existe, deviam haver, houvessem. 
Comentário – Item I: o verbo existir não é impessoal, ao contrário do verbo 
haver com o mesmo sentido. Assim sendo, o termo “amigos de infância” é 
sujeito para o verbo existir e objeto direto para o verbo haver. Veja como 
fica a mesma frase com a modificação proposta: Existem amigos de infância... 
Descarte, portanto, as letras B, C e E. 
Item II: a pessoalidade do verbo existir é transmitida ao verbo 
auxiliar em uma locução verbal (“Deviam existir”); este se flexiona para 
concordar em número e pessoa com o sujeito (“muitos funcionários 
despreparados”). Fenômeno que não se repete quando o verbo principal é 
haver. Nesse caso, a locução torna-se impessoal, e o verbo auxiliar fica 
invariavelmente na terceira pessoa do singular. Veja como fica a frase com as 
substituições:Devia haver muitos funcionários despreparados; por isso, 
talvez, houvesse discordâncias... 
Resposta – A 
11. (FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo – Polícia Legislativa/2008) “...a 
cédula com Machado deixa de circular por valer menos de um centavo de 
dólar.” 
Assinale a alternativa em que, passando-se o trecho acima para o plural, 
manteve-se adequação à norma culta. 
(A) ...as cédulas com Machados deixam de circularem por valerem menos de 
centavos de dólares. 
(B) ...as cédulas com Machado deixam de circularem por valer menos de 
centavos de dólar. 
(C) ...as cédulas com Machados deixam de circular por valerem menos de 
centavos de dólares. 
(D) ...as cédulas com Machado deixam de circularem por valerem menos de 
centavos de dólar. 
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(E) ...as cédulas com Machado deixam de circular por valerem menos de 
centavos de dólar. 
Comentário – Havendo uma locução verbal, cabe somente ao verbo auxiliar a 
flexão de número e pessoa para concordar com o sujeito. Portanto, estão 
erradas as alternativas A, B e D. 
As locuções “com Machado” e “de dólar” não se flexionam, pois 
os substantivos designam especificamente seres únicos: respectivamente o 
ilustre Machado de Assis e a moeda americana. 
Com sintagmas formados de um núcleo seguido de uma locução 
adjetiva (“as cédulas com Machado”, “centavos de dólar”), apenas o núcleo é 
pluralizado (corte de tecido/cortes de tecido, tipo de carne/tipos de carne). 
Mas às vezes o substantivo pertencente à locução deve, por 
exigência de natureza semântica, ser pluralizado. É inadequado dizer, por 
exemplo, uma caixa de sapato, porque a caixa contém mais de um item. 
Diga, então, caixa de sapatos, caixa de fósforos, caixa de bombons, cesta
de frutas, loja de brinquedos, talão de cheques... 
Resposta – E 
12. (FGV/Badesc/Técnico De Fomento/2010) Na frase “Não resta dúvida de 
que esse tipo de pensamento aplaca muitas consciências”, a flexão do 
vocábulo dúvida no plural: 
(A) gera a obrigatoriedade de se flexionar mais um vocábulo apenas. 
(B) mantém a frase da mesma forma como se encontra redigida. 
(C) leva à flexão opcional de mais dois vocábulos. 
(D) implica a flexão nominal e verbal de três vocábulos obrigatoriamente. 
(E) obriga o emprego da primeira pessoa do plural na forma do verbo. 
Comentário – O sujeito da forma verbal “resta” é o termo “dúvida”. 
Obrigatoriamente, a passagem desse sujeito para o plural (dúvidas) 
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acarretaria a flexão do verbo na terceira pessoa do plural (restam). Como se 
verá abaixo, mais nenhuma modificação precisaria ser feita: 
 Não restam dúvidas de que esse tipo de pensamento 
aplaca muitas consciências 
Resposta – A 
13. (Esaf/MPOG/APO/2008) Os trechos a seguir constituem um texto 
adaptado de Zero Hora (RS), 11/02/2008. Assinale a opção que apresenta 
erro gramatical. 
(A) Os mundos cultural, econômico, financeiro e até rural giram em torno do 
que ocorre nessas concentrações que, pelo menos desde a Idade Média, 
foram adquirindo feição própria e mostrando problemas específicos. 
(B) A concentração mundial das populações nas cidades, fenômeno 
historicamente recente, torna essas aglomerações o centro nervoso das 
sociedades. A problemática das cidades concentra a própria problemática 
da sociedade. 
(C) As cidades são o cenário cada vez mais exclusivo em que, pelo desejo de 
progresso das sociedades, se realiza os direitos e se concretiza a ambição 
democrática e republicana de tratar a todos igualmente. 
(D) Questões como a educação, o trabalho, o lazer, o convívio, a assistência 
social, a produção ambiental, o transporte, entre muitíssimas outras, têm 
nas cidades suas expressões mais agudas. Desenvolvimento sustentável é 
uma expressão que faz sentido para os planejadores das cidades de hoje 
e de amanhã. 
(E) Para metrópoles européias ou norte-americanas, essa expressão pode 
significar uma preocupação fundamental na preservação do ambiente, ao 
passo que para os demais continentes ela tem um sentido social 
inevitável, voltado para a necessidade de superação de gargalos sociais e 
para a conquista de patamares mínimos de dignidade. 
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Comentário – Fique de olho em todo SE que aparece em prova. Verifique se o 
verbo que o acompanha é transitivo direto. A estrutura VTD + SE constitui voz 
passiva pronominal ou sintética, com sujeito determinado. Pois bem, observe a 
oração “...pelo desejo de progresso das sociedades, se realiza os direitos...”. O 
verbo realizar é um VTD; e o pronome SE ajuda-o a construir a tal voz 
passiva. O termo “os direitos” funciona como sujeito do verbo, obrigando-o a 
flexionar-se no plural: realizam. Além disso, o agente da passiva (termo que 
pratica a ação sofrida pelo sujeito paciente – “pelo desejo de progresso das 
sociedades”) não deve ser isolado da oração a que pertence. 
Pelo amor de Deus, não confunda a estrutura de voz passiva
com a de sujeito indeterminado: 
Dá-se aula. (com verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e 
indiretos, o SE é pronome apassivador e o verbo da oração – “dá” 
– deve concordar com o sujeito – “aula”) 
Dão-se aulas. (pluralizando-se o sujeito – “aulas” –, o verbo deve 
flexionar-se também no plural – “Dão”; e o “se” continua como 
pronome apassivador) 
Precisa-se de professores. (agora, o vocábulo “SE” acompanha 
verbo transitivo indireto – “Precisa” – e, por isso, denomina-se 
índice de indeterminação do sujeito, o que força o verbo a ficar na 
terceira pessoa do singular, situação que se repete com verbos 
intransitivos, de ligação e verbo transitivo direto + SE + 
preposição) 
Resposta – C 
14. (Cesgranrio/Petrobras/Engenheiro Civil/Júnior/2011) 
I –_____________ ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral. 
II – ____________ muito, atualmente, sobre política. 
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III – ____________ considerar as ponderações que ela tem feito sobre o 
assunto. 
As palavras que, na sequência, completam corretamente as frases acima 
são: 
(A) Debateram-se / Fala-se / Devem-se 
(B) Debateu-se / Fala-se / Devem-se 
(C) Debateu-se / Falam-se / Deve-se 
(D) Debateram-se / Fala-se / Deve-se 
(E) Debateu-se / Fala-se / Deve-se 
Comentário – A dica é você analisar a regência do verbo que acompanha o 
pronome “se”. Se a você tiver VTD + SE, estará diante de voz passiva e, 
consequentemente, haverá um sujeito com o qual o verbo irá concordar em 
número e pessoa. 
Primeira lacuna: quem debate debate algo, o verbo é 
transitivo direto e concorda com “questões” (núcleo do sujeito). Eis como deve 
ficar a sentença: Debateram-se ontem, na reunião, as questões sobre 
ética e moral (= As questões foram debatidas...). Não perca tempo 
analisando as letras B, C e E. 
Segunda lacuna: não precisa ser analisada, pois tanto a letra 
A como a letra D apresentam formas idênticas. Mas vou aproveitá-la para 
confirmar minha explicação. Quem fala fala de/sobre algo. Temos, então, a 
estrutura VTI+ SE, que indica sujeito indeterminado (o “se” é índice de 
indeterminação do sujeito). O verbo fica, portanto, na terceira pessoa do 
singular. 
Terceira lacuna: se você admitir queo verbo dever integra 
uma locução, então ele realmente se flexiona no plural em concordância com o 
termo “ponderações” (núcleo do sujeito). O verbo principal dessa locução é 
“considerar”, transitivo direto. As flexões de voz, número e pessoa são 
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indicadas por meio do verbo auxiliar: Devem-se considerar as 
ponderações... 
Contudo essa não é a única possibilidade. É possível também 
considerar o verbo dever independente do verbo considerar. Nesse caso, a 
voz passiva continua existindo, mas o sujeito oracional “considerar as 
questões” obriga o verbo da oração principal a se manter na terceira pessoa do 
singular: Deve-se considerar as questões... 
Quem melhor nos ensina isso é o eminente Cegalla, em sua 
Novíssima gramática da língua portuguesa (2008, pág. 461-2). 
Resposta – A, conforme gabarito oficial; mas existe controvérsia. 
15. (Cesgranrio/Liquigás/Assistente Administrativo I/2010) Observe: 
I. Que brote as ideias luminosas! 
II. O romance e o conto agradam aos que apreciam boas histórias. 
III. No jornal encontra-se artigos interessantes e atuais. 
De acordo com o registro culto e formal da Língua Portuguesa, está(ão) 
correta(s), quanto à concordância verbal, APENAS a(s) frase(s) 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
Comentário – Item I: incorreto. Estamos diante de um caso de sujeito 
simples (“as ideias luminosas”) posposto ao verbo. Como o núcleo (“ideias”) é 
um termo no plural, o verbo também deve se flexionar no plural: Que brotem
as ideias luminosas! 
Item II: correto. Agora o sujeito é composto. Seus núcleos 
são os termos “romance” e “conto”. O verbo agradar foi obrigatoriamente 
flexionado no plural para concordar gramaticalmente com eles. 
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Item III: incorreto. Aqui, o caso é de voz passiva sintética 
(VTD + SE = “encontra-se”). Logo, há sujeito (“artigos interessantes e 
atuais”), com o qual o verbo deve concordar em número e pessoa. Eu sugiro 
que você reescreva a frase na voz passiva analítica, para enxergar melhor a 
concordância: No jornal são encontrados artigos interessantes e atuais. 
Resposta – B 
16. (Esaf/CGU/TFC/2008 – adaptada) Assinale a opção em que o trecho foi 
transcrito com correção gramatical. 
(A) Talvez não chegue ao patamar de 2007, pela necessidade de se conterem 
um pouco a demanda interna para evitar que a inflação derivada dos 
alimentos contamine outros preços. 
(B) Mas a grande maioria dos analistas econômicos não acredita que o Brasil 
possa estar entre os países mais atingidos por uma crise financeira 
externa. 
(C) Aumentaram exportações, reduziram dívidas em valores absolutos ou 
relativos, ampliou as reservas cambiais, e se transformaram também em 
mercados relevantes dentro do comércio mundial. 
(O Globo, 29/01/2008) 
Comentário – Alternativa A: a forma verbal “conterem” (que forma voz 
passiva com o pronome apassivador “se”) deve concordar com o substantivo 
“demanda” (núcleo do sujeito) e flexionar-se na terceira pessoa do singular: 
conter. 
Alternativa B: a forma verbal “acredita” concorda com o 
núcleo da expressa partitiva: “maioria”. Correta também estaria a 
concordância com o termo “analistas”: acreditam. Você não se esqueceu da 
regra, certo? 
Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva 
(parte de..., metade de..., o grosso de..., a maioria de..., 
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a maior parte de..., grande número de..., etc.) seguida de 
substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no 
singular, preferencialmente, ou no plural. 
A maioria das crianças não mente. (conc. rígida ou gramatical) 
A maioria das crianças não mentem. (conc. atrativa) 
Alternativa C: a forma verbal “ampliou” deve flexionar-se na 
terceira pessoa do plural – quer para concordar com o substantivo plural “as 
reservas cambiais” (= sujeito), quer para indeterminar o sujeito da ação 
verbal. 
Resposta – B 
17. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Téc. de Administração/2009) Assinale a 
sentença em que a concordância verbal está correta, de acordo com a 
norma culta da língua. 
(A) Aconteceu muitos fatos importantes no último fim de semana. 
(B) Existe desportistas que usam roupas bem coloridas. 
(C) A maioria das crianças gosta de brincar de corrida. 
(D) Até pouco tempo, não haviam muitas pesquisas sobre o modo de correr 
dos animais. 
(E) O tempo bom e a temperatura amena da manhã convida a uma corrida ao 
ar livre. 
Comentário – O verbo acontecer é unipessoal, isto é, possui sujeito e com 
ele concorda na terceira pessoa do singular ou do plural (Basta uma só 
reflexão. / Faltam apenas quatro linhas.). Os principais verbos unipessoais são 
acontecer, bastar, caber, constar, convir, faltar, importar, interessar, ocorrer, 
parecer, restar, urgir, etc. Na alternativa A, a expressão “muitos fatos 
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importantes” é o sujeito e obriga o verbo a se flexionar na terceira pessoa do 
plural. 
Também possui sujeito o verbo existir (B), que não deve ser 
confundido com o verbo haver utilizado no sentido de existir. Logo, a 
concordância correta ficaria assim: Existem desportistas... 
Comportamento diferente tem o verbo haver (D) quando 
empregado no sentido de existir. Ele (haver) torna-se impessoal e 
mantém-se na terceira pessoa do singular. O termo “muitas pesquisas” 
constitui o objeto direto dele. 
A alternativa E trata do caso básico de concordância verbal 
com sujeito composto (“tempo” e “temperatura” são os núcleos do sujeito) 
anteposto ao verbo. Este ficará sempre no plural (convidam – concordância 
rígida ou gramatical: Pai e filho conversaram longamente.). A concordância 
verbal poderá ser feita de outro modo caso o sujeito surja depois do verbo. 
Este, então, poderá flexionar-se para concordar com todos os núcleos ou 
somente com o mais próximo (concordância atrativa: Caíram uma flor e duas 
folhas. (ou caiu)). 
A alternativa C configura um caso típico de sujeito 
representado por uma expressão partitiva (parte de..., metade de..., o grosso 
de..., a maioria de..., a maior parte de..., grande número de..., etc.). Seguida 
de substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no 
plural, tanto faz: A maioria das crianças gosta/gostam de brincar de corrida.
Resposta – C 
18. (FGV/SSP-RJ/Oficial de Cartório/2008) “...a maioria dos policiais 
procure...”; as gramáticas de língua portuguesa ensinam que com a 
expressão “a maioria de” seguida de substantivo plural, a concordância se 
faz predominantemente no singular (concordando com maioria), mas pode 
concordar no plural, em função do substantivo (Maria Helena de Moura 
Neves, Guia de uso do português, Editora Unesp, SP, 2003, p. 493). 
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Assim sendo, pode-se dizer da concordância verbal feita nessa frase do 
texto que ela: 
(A) assume a única forma possível de concordância verbal. 
(B) prefere uma das formas de concordância verbal possível. 
(C) apresenta uma forma errada de concordância verbal. 
(D) mostra preferência por uma concordânciaverbal menos utilizada. 
(E) indica a utilização de uma forma verbal de concordância não estudada nas 
gramáticas. 
Comentário – A concordância com o núcleo da expressão (“maioria”) é a 
predominante por ser a gramatical ou rígida, mas é licito concordar 
atrativamente com a locução que especifica o substantivo: ...a maioria dos 
policiais procurem... 
Resposta – B 
19. (FGV/SAD-AP/Delegado de Polícia Civil/2010) De acordo com as regras de 
concordância verbal do padrão escrito culto, assinale a alternativa 
incorreta. 
(A) A maioria dos brasileiros já viveram situações violentas no cotidiano. 
(B) Sem dúvida, devem haver formas de combater pacificamente a violência. 
(C) No artigo em análise, trata-se de questões referentes à origem histórica 
da violência. 
(D) Faz séculos que se verificam situações de opressão na sociedade 
brasileira. 
(E) Sempre existirão pessoas dispostas a resistir ao comodismo. 
Comentário – Alternativa A: correta. Tanto está certa a concordância com o 
termo “maioria” quanto a concordância com “brasileiros”. A banca preferiu 
concordar com o segundo. 
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Alternativa B: incorreta. Na locução “devem haver”, a 
impessoalidade do verbo “haver”, o principal, reflete no verbo auxiliar, que 
deve flexionar-se na terceira pessoa do singular: deve. 
Alternativa C: correta. O pronome “se” é índice de 
indeterminação do sujeito. Nesse caso, o verbo concorda obrigatoriamente na 
terceira pessoa do singular. 
Alternativa D: correta. Usou-se o verbo fazer na indicação de 
tempo, o que o faz permanecer invariavelmente na terceira pessoa do singular. 
Já o verbo verificar, que foi usado na voz passiva sintética (note o pronome 
“se”), tem como núcleo do sujeito o substantivo plural “situações”, razão pela 
qual se flexionou na terceira pessoa do plural. 
Alternativa E: correta. O verbo existir, que é pessoal, tem como 
núcleo do sujeito o substantivo plural “pessoas”, razão que o faz concordar 
obrigatoriamente na terceira pessoa do plural. Com respeito à concordância do 
verbo “resistir”, adianto que ele também poderia se flexionar na terceira 
pessoa do plural (resistirem) para concordar com “pessoas”. A orientação é a 
seguinte: 
– se o sujeito do infinitivo é igual ao do verbo da oração principal, 
a flexão daquele é facultativa. Exemplo: 
[Reunir-nos-emos com eles] [para apresentar/apresentarmos os 
problemas da empresa]. – o sujeito comum das orações é nós. 
Mais à frente sistematizarei as orientações a respeito da flexão 
do infinitivo. 
Resposta – B 
20. (Cesgranrio/IBGE/Agente Censitário/2010) Conforme a concordância 
verbal, está correta a frase 
(A) O dono da fábrica tinha um sujeito que lhe traziam uma pipa d’água. 
(B) O entregador e o manobreiro tinha um plano ambicioso. 
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(C) O pagamento aos gananciosos seria suficiente? 
(D) A conversa e a explicação não tinha muito fundamento. 
(E) Expliquem-me isso melhor, ordenou ele ao manobreiro. 
Comentário – Alternativa A: o pronome relativo que funciona sintaticamente 
como sujeito do verbo trazer. A gramática estabelece, em casos assim, que o 
verbo deve concordar com o antecedente desse pronome relativo: 
...um sujeito que lhe trazia uma pipa d’água. (3ª pes. do sing.) 
Veja mais alguns exemplos: 
Fui eu que cheguei por último. 
Foste tu que chegaste por último. 
Alternativas B e D: os sujeitos compostos “O entregador e o 
manobreiro” e “A conversa e a explicação” obrigam o verbo ter a se flexionar 
na terceira pessoa do plural: tinham. 
Alternativa C: a forma verbal seria flexionou-se corretamente 
na terceira pessoa do singular por concordar com o núcleo do sujeito simples 
“O pagamento aos gananciosos” (o termo negritado representa o núcleo do 
sujeito). 
Alternativa E: a forma verbal “Expliquem”, que corresponde à 
terceira pessoa do plural do modo imperativo afirmativo, deveria se flexionar 
no singular (Explique), pois alude ao termo “manobreiro”. 
Resposta – C 
21. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) Leia as frases 
abaixo. 
I - Fazem, hoje, três meses que participo de um trabalho voluntário. 
II - Seremos nós quem conseguirá levar esperança para os enfermos. 
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III - Não deve haver pessoas que não apreciem as nossas brincadeiras. 
Em relação à concordância dos verbos destacados, está(ão) correta(s) 
a(s) frase(s) 
(A) I, apenas. 
(B) I e II, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I, II e III. 
Comentário – Bastava ao candidato analisar corretamente o primeiro item 
para faturar o ponto. 
Verbo impessoal é aquele que não tem sujeito e permanece na 
terceira pessoa do singular. 
Conclui-se que a forma “Fazem” foi flexionada incorretamente, 
pois não há sujeito com o qual deva concordar em número e pessoa. Pronto! 
Sobrou apenas a quarta alternativa. 
Ressalte-se que, na locução “deve haver”, o reflexo da 
impessoalidade do verbo principal “haver” (= existir) atinge o auxiliar “deve”, 
que se mantém na terceira pessoa do singular. 
Por último surge a concordância verbal envolvendo o pronome 
relativo “quem”. Nesse caso, o verbo concordará com o antecedente ou 
ficará na terceira pessoa do singular: 
Seremos nós quem conseguirá... (ou conseguiremos) 
Mais dois exemplos: 
Fui eu quem cheguei por último. 
Fui eu quem chegou por último. 
Resposta – D 
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22. (Cesgranrio/TJRO/Taquígrafo/2008) Indique a opção em que a 
concordância do verbo em destaque está ERRADA. 
(A) Vários índios, que usaram a Internet, aprenderam felizes. 
(B) Rebecca pediu a um dos índios para entrarem na Internet. 
(C) Nem todos os índios ficaram felizes com as inovações. 
(D) Cada um dos índios chamados pelo chefe foi à aula de computação. 
(E) Quase todos os povos da floresta têm vontade de aprender novidades. 
Comentário – Na opção A, o sujeito do verbo destacado é o pronome relativo 
“que”, representante semântico do substantivo plural “índios”, o que justifica a 
concordância no plural. 
Na alternativa B, o infinitivo tem como sujeito a expressão “um 
dos índios” e deve manter-se no singular em virtude do termo “um”. 
Na terceira opção, o núcleo do sujeito (“índios”) no plural 
justifica a flexão do verbo ficar. 
Com a expressão cada um o verbo permanece na terceira 
pessoa do singular, independentemente da variação de número (plural ou 
singular) do substantivo que a segue. Observe: 
Cada um de nós estudará para o concurso. 
Cada um de vocês passará. 
A letra E traz o verbo ter (note o acento circunflexo) em 
concordância com o termo “povos”, núcleo do sujeito. 
Resposta – B 
23. (Cesgranrio/Eletrobras/Administrador/2010) No que tange à concordância, 
qual expressão NÃO completa a sentença de acordo com o registro formal 
culto em __________________ já passou a noite em claro? 
(A) Um ou outro indivíduo. 
(B) A maior parte das pessoas. 
(C) Mais de um amigo do escritor. 
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(D) Creio que 10% da população. 
(E) Tanto o escritorquanto o jornalista. 
Comentário – Você já deve ter observado que o verbo “passou” está no 
singular, certo? Então, vamos analisar as alternativas. 
Alternativa A: com as expressões um ou outro e nem um 
nem outro a corrente majoritária indica o singular; todavia esses casos 
suscitam divergências entre consagrados autores: 
Um ou outro jogador fez gols. 
Nem um nem outro garoto brigou na rua. 
a) Cunha e Cintra: “As expressões um ou outro e nem um 
nem outro, empregadas como pronome substantivo ou como pronome 
adjetivo, exigem normalmente o verbo no singular: Nem um nem outro havia 
idealizado previamente este encontro.” Prosseguem os mestres: “Não é rara, 
porém, a construção com o verbo no plural quando as expressões se 
empregam como pronome substantivo: Nem um nem outro desejavam 
questionar.” (Nova gramática do português contemporâneo, 5ª edição, Rio de 
Janeiro: Lexikon, 2008, página 527); 
b) Pasquale e Ulisses: “Com as expressões um ou outro e 
nem um nem outro, a concordância costuma ser feita no singular, embora o 
plural também seja praticado. (...) Não há uniformidade no tratamento dado a 
essas expressões por gramáticos e escritores.” (Gramática da língua 
portuguesa, São Paulo: Scipione, 1998, página 486); 
c) Bechara: “Com nem um nem outro é de rigor o singular 
para o substantivo e verbo: Nem um nem outro livro merece ser lido.” 
(Moderna gramática portuguesa, 37ª edição revista, ampliada e atualizada 
conforme o novo Acordo Ortográfico, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009, 
página 548); 
d) Cegalla: “O sujeito sendo uma dessas expressões [um e 
outro e nem um nem outro], o verbo concorda, de preferência, no plural. 
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Exemplos: Nem uma nem outra foto prestavam [ou prestava]” (Novíssima 
gramática da língua portuguesa, 48a. edição revista, São Paulo: Companhia 
Editora Nacional, 2008, páginas 556 e 557). 
ATENÇÃO! Recomendo que você mantenha certa flexibilidade ao encarar 
questões desse tipo. 
Alternativa B: quando o sujeito é uma das expressões 
quantitativas a maior parte de, parte de, a maioria de, grande número de etc. 
seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo, quando posposto, pode 
ir para o singular ou para o plural. Exemplos: “A maior parte dos doidos ali 
metidos estão em seu perfeito juízo” (Machado de Assis). “A maioria dos 
trabalhadores recebeu essa notícia com alegria” (Amando Fontes). 
Alternativa C: com a expressão mais de um, o verbo 
concorda, em regra, no singular. O plural será de rigor se o verbo exprimir 
reciprocidade ou se a expressão vier repetida. Exemplos: Mais de um 
excursionista já perdeu a vida nesta montanha. Mais de um casal se 
agrediram na ocasião. Mais de uma máquina e mais de uma seção estavam
paradas. 
Alternativa D: é possível concordar o verbo no plural ou no 
singular, tendo em vista o número percentual (“10”) ou o substantivo que 
integra a locução (“população”). Lembre-se de que, com porcentagem, o verbo 
concorda, a rigor, com o numeral. 
Um por cento dos alunos recusou-se a colaborar. 
Vinte e cinco por cento dos candidatos faltaram. 
Apenas 1,78% votou nesse candidato. (a concordância é 
com a parte inteira) 
ATENÇÃO! Bechara (Moderna gramática portuguesa – 37ª edição revista, 
ampliada e atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico – Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira – 2009 – página 566) nos ensina que “Nas linguagens 
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modernas em que entram expressões numéricas de porcentagem, a tendência 
é fazer concordar o verbo com o termo preposicionado que especifica a 
referência numérica”. 
“Trinta por cento do Brasil assistiu à transmissão dos jogos da Copa.” 
Trinta por cento dos brasileiros assistiram aos jogos da Copa.” 
Aqui também recomendo que você observe atentamente todas as 
opções apresentadas pelo examinador, que pode considerar corretas as duas 
possibilidades de concordância. 
Alternativa E: obrigatoriamente, o verbo vai para o 
plural quando os elementos do sujeito composto estão ligados por uma das 
expressões correlativas não só... mas também; não só... como também; 
tanto... como; tanto... quanto etc. 
Resposta – E 
24. (FGV/Codesp/Auxiliar Operacional Portuário/2010) 
(...) Se essas restrições entrarem em vigor mundo afora, por volta de 
20% das vendas externas brasileiras na configuração de hoje em termos 
de destinos, volumes e preços seriam afetadas.(...) 
Assinale a alternativa em que a alteração do sublinhado no trecho acima 
NÃO tenha sido feita em respeito às normas gramaticais 
(A) por volta de 12% das vendas seriam afetados 
(B) por volta de 1,2% das vendas seria afetado 
(C) por volta de 0,2% das vendas seriam afetadas 
(D) por volta de 1,9% das vendas seriam afetados 
(E) por volta de 0,99% das vendas seria afetado 
Comentário – A FGV considera correta a possibilidade de concordância com o 
numeral ou com a locução especificativa. 
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Alternativa A: certa. A concordância foi feita com o numeral, 
que está no gênero masculino (doze) e indica plural. 
Alternativa B: certa. A concordância foi feita com o numeral, 
cuja parte inteira (um) define a flexão de gênero e número. 
Alternativa C: certa. A concordância agora é com vendas, 
núcleo da expressão que especifica o numeral. 
Alternativa D: errada. Optando-se pela concordância com o 
numeral (1,9%), a forma correta é seria afetado, por causa da parte inteira. 
Querendo-se concordar com o núcleo vendas, a flexão correta é seriam 
afetadas. 
Alternativa E: certa. A concordância foi estabelecida com a 
parte inteira (zero), que transmite a ideia de masculino singular. 
Resposta – D 
25. (FGV/SSP-RJ/Inspetor de Polícia Civil/2008) “Estima-se que possam ser 
expulsos da Europa 8 milhões de estrangeiros...” 
Assinale a alternativa em que se tenha mantido a concordância adequada 
à norma culta ao se reescrever o trecho acima. 
(A) Estima-se que possa ser expulso da Europa dez por cento dos 
estrangeiros... 
(B) Estima-se que possam ser expulsos da Europa milhares de pessoas... 
(C) Estima-se que possam ser expulsos da Europa 1 milhão do grupo... 
(D) Estima-se que possa ser expulso da Europa três quartos dos 
estrangeiros... 
(E) Estima-se que possam ser expulsos da Europa 1,98% do grupo... 
Comentário – Em todas as alternativas o verbo “Estima-se” (voz passiva 
sintética) está corretamente no singular porque o sujeito dele apresentou-se 
sob a forma de oração (subordinada substantiva subjetiva). 
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Alternativa A: a expressão “dez por cento dos estrangeiros” 
não permite que os verbo fiquem no singular, pois a numeral “dez” e o 
substantivo “estrangeiros” transmitem a ideia de plural. Eis a correção: ... 
possam ser expulsos... 
Alternativa B: está correta e merece sua total atenção. Milhão, 
bilhão e milhar são substantivos masculinos, por isso devem concordar no 
masculino os artigos, numerais e pronomes que os precedem: 
Os dois milhões de pessoas; uns três milhões de árvores, 
aqueles bilhões de criaturas. 
Já o verbo no particípio e o adjetivo podem concordar no 
masculino ou no feminino com o substantivo feminino: 
Dois milhões de sacas de soja estãoali armazenados (ou 
armazenadas). Os outros cinco milhões de moedas serão 
cunhados (ou cunhadas). 
Portanto estaria igualmente correta a construção: 
Estima-se que possam ser expulsas da Europa milhares de 
pessoas... 
Alternativa C: errada. Com milhão, bilhão e trilhão (no 
singular), há possibilidade de plural se esses substantivos numéricos 
estiverem seguidos de substantivo no plural: 
Um milhão de fiéis agruparam-se em procissão. 
Alternativa D: errada: Na expressão “três quartos dos 
estrangeiros” o numerador indica plural e o substantivo “estrangeiros 
também”. Por isso a concordância adequada é: possam ser expulsos. 
Alternativa E: errada. Agora a indicação é somente de 
singular, quer seja a parte inteira (“1”) do numeral percentual, quer seja o 
substantivo especificativo dele (“grupo”). Por isso a concordância correta é: 
possa ser expulso. 
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Resposta – B 
26. (FGV/CAERN/Agente Administrativo/2010) Hoje, apenas 16% dos 192 
milhões de brasileiros vivem na zona rural, de acordo com o IBGE. 
Com base no conhecimento das regras de concordância, assinale a 
alternativa em que se manteve correção gramatical ao se alterar a 
estrutura acima. 
(A) Hoje, apenas 0,99% vivem na zona rural 
(B) Hoje, apenas 1,6 milhão vivem na zona rural 
(C) Hoje, apenas um quarto vivem na zona rural. 
(D) Hoje, apenas 1,6% vive na zona rural 
(E) Hoje, apenas dois terços vive na zona rural 
Comentário – Alternativa A: errada. A concordância verbal deve ser feita com 
a parte inteira do numeral (zero), que indica singular. 
Alternativa B: errada. A concordância verbal deve ser feita 
com a parte inteira do numeral (um), que indica singular. 
Alternativa C: errada. A concordância verbal deve ser feita 
com o numerador da fração (um), que indica singular. 
Alternativa D: certa. É a confirmação da regra. 
Alternativa E: errada. A concordância verbal deve ser feita 
com o numerador da fração (dois), que indica plural. 
Resposta – D 
27. (FGV/TRE-PA/Técnico Judiciário/2011) Desse valor, R$ 265 milhões são 
oriundos do Orçamento da União... (L.3-4) 
Assinale a alternativa em que se tenha mantido correção gramatical ao se 
alterar o trecho acima. 
(A) Desse valor, R$ 1,9 milhões são oriundos do Orçamento da União... 
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(B) Desse valor, R$ 0,25 milhões são oriundos do Orçamento da União... 
(C) Desse valor, R$ 1,3 milhões é oriundo do Orçamento da União... 
(D) Desse valor, R$ 0,98 milhão são oriundos do Orçamento da União... 
(E) Desse valor, R$ 1,25 milhão é oriundo do Orçamento da União... 
Comentário – Milhão concorda com a parte inteira do numeral, portanto 
estão erradas as opções A, B e C. O verbo ser também deve concordar com a 
parte inteira do numeral, portanto a dúvida está desfeita: a letra D também 
está incorreta. 
Resposta – E 
28. (Cesgranrio/BNDES/Técnico Administrativo/2010) Há uma transgressão ao 
registro culto e formal da língua, quanto à concordância verbal e nominal 
em qual das frases abaixo? 
(A) Faz anos que procuramos descobrir a razão de tamanha preocupação com 
o futuro. 
(B) É preciso que se busque o novo haja vista o mercado que passou a existir. 
(C) Em meio a uma crise, ela mesma conseguiu reunir esforços para superar 
esse momento. 
(D) Os céticos discordam, mas pode haver sonhos passíveis de realização se 
lutarmos por eles. 
(E) Não se tratam de respostas para questionamentos de difíceis soluções. 
Comentário – Alternativa A: correta. É digno de nota o emprego do forma 
verbal “Faz”, terceira pessoa do singular por ser impessoal e denotar tempo 
decorrido. 
Alternativa B: correta. Merece nossa observação a expressão 
“haja vista”. No singular, está sempre certa; porém pode variar se o seu 
referente estiver no plural: 
Haja vista o caso. 
Haja(m) vista os casos. 
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Haja vista dos (aos) casos. (aqui, a preposição impede que 
a expressão seja flexionada) 
Alternativa C: correta. O destaque fica por conta do pronome 
demonstrativo de caráter reforçativo “mesma”, que se flexiona em gênero e 
número para concordar com o pronome substantivo a que se refere (“ela”). 
Alternativa D: correta. A locução “pode haver” é composta por 
um verbo principal impessoal (“haver” com sentido de existir). Essa 
impessoalidade é transmitida ao auxiliar (“pode”), que se mantém 
invariavelmente na terceira pessoa do singular. 
Alternativa E: o erro está na flexão do verbo transitivo indireto 
tratar. O “se” que o acompanha é índice de indeterminação do sujeito. 
Portanto o verbo deve se manter na terceira pessoa do singular: Não se 
trata... 
Resposta – E 
29. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) Em qual das frases 
abaixo a concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua, 
está INCORRETA? 
(A) Deve haver pessoas que não sejam passionais e tendenciosas. 
(B) Não se ouvia mais os conselhos do amigo. 
(C) Já faz meses que ele passou a escutar sua consciência. 
(D) Quem eram as pessoas mais importantes de sua vida? 
(E) Fui eu quem lhe mostrou a pessoa mais importante da vida dele. 
Comentário – Alternativa A: correta. A locução “Deve haver” é impessoal, por 
causa da acepção do verbo principal “haver” (= existir). Ela deve realmente 
ficar na terceira pessoa do singular. 
Alternativa B: incorreta. Trata-se de um caso de voz passiva 
sintética (VTD + SE – o pronome foi atraído pelo advérbio de negação). 
Portanto há sujeito: o termo “os conselhos do amigo”, com núcleo (= 
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“conselhos”) no plural. Eis a correção: Não se ouviam mais os conselhos do 
amigo. Agora, verbo e sujeito concordam em número e pessoa (terceira do 
plural). 
Alternativa C: correta. O verbo fazer foi empregado para indicar 
decurso de tempo, o que o torna impessoal e o mantém invariavelmente na 
terceira pessoa do singular. 
Alternativa D: correta. O verbo ser deixou de concordar com o 
sujeito (o pronome interrogativo “Quem”) para concordar com o predicativo (o 
nome “pessoas”). Em muitas situações, esse verbo deixa de concordar com o 
sujeito para concordar com o predicativo; em outras, pode concordar com um 
ou com outro, de acordo com o termo que se quer enfatizar. São tantos 
detalhes, que vale a pena dar uma conferida neles: 
a) O termo que indica pessoa tem precedência sobre coisa/objeto. 
Maria era as esperanças de todos. 
O mundo são os homens. 
b) O pronome pessoal tem precedência sobre o nome. 
Os culpados éramos nós. 
“O Estado sou eu”. 
c) O pronome pessoal ou nome têm precedência sobre qualquer outro 
pronome. 
Quem és tu? 
Tudo são flores. 
ATENÇÃO! No segundo caso, quando o sujeito é representado pelos pronomes 
tudo, nada, isto, isso, aquilo, considera-se possível também a concordância 
com o pronome. 
Tudo é flores. 
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d) O plural tem precedência sobre o singular. 
A casa eram umas folhas. 
A sua paixão eram filmes de terror. 
ATENÇÃO! Modernamente, já se aceita a concordância com o sujeito, quando 
esteé representado por coisa/objeto. 
A casa era umas folhas. 
Aquele amor é cacos de um passado. 
e) O verbo SER mantém-se na terceira pessoa do singular nas expressões 
que indicam preço, valor, medida, peso. 
Dois quilos é pouco. 
Vinte mil cruzeiros é demais. 
Três metros é mais do que preciso. 
f) Nas indicações de distância e tempo (hora, data), o verbo SER
concordará com a expressão designativa de distância e tempo. 
Da Tijuca à Barra são oito quilômetros. 
Era uma hora e cinquenta e nove segundos. (prevalece a 
designação da hora)
Hoje são 21 de maio. 
Alternativa E: correta. Com o pronome relativo “quem”, a 
concordância pode ser feita com o próprio pronome (caso em que o verbo da 
oração adjetiva fica na terceira pessoa do singular) ou com o termo 
antecedente (caso em que o verbo se flexionará): Fui eu quem lhe mostrei...
Resposta – B 
30. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009) Assinale a proposição verdadeira a respeito 
dos elementos linguísticos e dos efeitos de sentido do trecho. 
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Qual a razão da pujança do Estado de São Paulo? Entre 
as diversas razões que explicam o desenvolvimento de 
São Paulo, talvez a mais significativa seja o conjunto 
de imigrações e migrações que povoaram o estado. 
5 A partir de 1887, só pela Hospedaria do Imigrante 
– conjunto de alojamentos em São Paulo – passaram 
perto de 3 milhões de pessoas. Qual era o diferencial 
desses imigrantes? Era que, apesar de pobres, 
carregavam culturas milenares que lhes possibilitaram 
10 trabalhar e crescer socialmente. E, finalmente, vieram 
os migrantes nordestinos, castigados pelo clima e 
pelos coronéis, que encontraram em São Paulo o 
seu ganha-pão. Tudo isso, mesclado às populações 
indígenas nativas e aos escravos africanos, formou 
15 uma população mestiça que se chama hoje de paulista, 
ou melhor, o brasileiro de São Paulo. 
(Alberto Goldman, Correio Braziliense, 9/2/2009, 13.) 
(A) Reescreve-se com correção gramatical o seguimento das linhas 10 a 13: 
“... vieram os migrantes nordestinos que, castigados pelo clima e pelos 
coronéis, encontraram em São Paulo o seu ganha-pão.” 
(B) Se fosse retirado do texto o segmento “o conjunto de” (ℓ.3 e 4), o trecho 
permaneceria gramaticalmente correto, bastando, para isso, substituir 
“seja” por: sejam as. 
(C) Introduzindo-se uma vírgula após a palavra “milenares” (ℓ. 9), confere-se 
à oração imediatamente subsequente mais ênfase, sem prejuízo da 
correção gramatical e sem alteração do sentido original do período em que 
ela se insere. 
(D) As duas interrogações diretas presentes no trecho revelam ao leitor os 
pontos de dúvida e incerteza do autor a respeito do assunto tratado. 
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(E) Depreende-se, dado o emprego da expressão retificadora “ou melhor” 
(última linha), que o autor prefere caracterizar como “mestiça” a 
população brasileira como um todo, preservando a pureza da raça para os 
paulistas. 
Comentário – Alternativa A: não há erro gramatical, por isso esta alternativa 
foi apontada, preliminarmente, como o gabarito. 
Alternativa B: Vamos reescrever o trecho conforme a 
proposta da banca examinadora: “Entre as diversas razões que explicam o 
desenvolvimento de São Paulo, talvez a [razão] mais significativa sejam as 
imigrações e migrações que povoaram o estado”. Também não há erro
gramatical aqui. Apesar de parecer estranho para alguns, o verbo ser pode 
deixar de concordar com o núcleo do sujeito (“razão”) para concordar com o 
predicativo do sujeito (“imigrações” e “migrações”). Quanto a isso, leia o que 
diz Cegalla (2008:463): 
“O verbo de ligação ser concorda com o predicativo nos 
seguintes casos: 
(...) 
b) quando o sujeito é um nome de coisa, no singular, e o 
predicativo um substantivo plural: ‘A causa eram os seus projetos.’ (Machado 
de Assis)”. 
Alternativa C: a oração principiada pelo “que” (pronome 
relativo) é adjetiva e tem caráter restritivo. O emprego da vírgula sugerida 
pela ESAF muda para explicativo o caráter da oração adjetiva. Registre-se que 
a transformação de uma adjetiva restritiva em adjetiva explicativa sempre 
acarreta alteração do sentido original do período em que ela se insere. 
Alternativa D: uma pergunta “verdadeira” serve para extarir 
do interlocutor uma informação que o locutor não possui, o que pode 
demonstrar dúvida ou incerteza por parte daquele que a formula. Mas esse não 
é o caso de Alberto Goldman, que demonstra conhecer o assunto sobre o qual 
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discorre. Em seu texto, Goldman se utiliza de perguntas retóricas. Ao fazê-las, 
ele já sabe as respostas. Suas perguntas são usadas para permitir a 
declaração ou afirmação do que pensa sobre o assunto tratado. Quem faz 
essas perguntas (retóricas) não tem intenção alguma de receber informações 
nem demonstra qualquer dúvida ou incerteza; antes, quer uma oportunidade 
para expor seu ponto de vista. 
Alternativa E: ao longo do texto, o autor deixa claro que o 
“conjunto de imigrações e migrações” caracteriza o paulista. Com a expressão 
retificadora “ou melhor”, Goldman atribui essa característica (de miscigenação) 
aos brasileiros e não a restringe aos paulistas. 
Resposta – Anulada 
31. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior) A 
concordância verbal está corretamente estabelecida em: 
(A) Foi três horas de viagem para chegar ao local do evento. 
(B) Há de existir prováveis discussões para a finalização do projeto. 
(C) Só foi recebido pelo coordenador quando deu cinco horas no relógio. 
(D) Fazia dias que participavam do processo seletivo em questão. 
(E) Choveu aplausos ao término da palestra do especialista em Gestão. 
Comentário – Alternativa A: incorreta. Acabei de dizer que, nas indicações de 
distância e tempo (hora, data), o verbo ser concordará com a expressão 
designativa de distância e tempo. Eis a correção: Foram três horas... 
Alternativa B: incorreta. O verbo auxiliar da locução “Há de 
existir” deve se flexionar para concordar com o núcleo do sujeito: “discussões”. 
Eis a forma correta: Hão de existir... 
Alternativa C: incorreta. O sujeito do verbo dar é a expressão 
“cinco horas”, o que justifica a flexão dele na terceira pessoa do plural: 
...deram cinco horas no relógio. 
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Alternativa D: correta. O verbo fazer é impessoal quando 
expressa tempo decorrido e permanece na terceira pessoa do singular. 
Alternativa E: incorreta. Muito cuidado! O verbo chover possui 
sentido figurado, é pessoal e tem sujeito (“aplausos”); portanto deve se 
flexionar para concordar com ele: Choveram aplausos... 
Resposta – D 
32. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009) Um funcionário escreveu, em um documento 
oficial, o trecho: 
“É inquestionável o estrito cumprimento da legalidade 
nos procedimentos licitatórios e a execução de 
3 contratos – ceara em que existem normas que regram 
as aquisições financiadas com recursos públicos, 
sobre os quais recai necessariamente a fiscalização da 
6 destinação que lhes tenham sido dadas.” 
Ao revisar o documento, percebeu que o trecho continha erros 
gramaticais. Das cinco alterações que fez para eliminar os erros, uma 
transformouuma expressão gramaticalmente correta em errada. Em que 
opção isso aconteceu? 
(A) Inseriu a preposição “em”, na linha 3, do que resultou a expressão: e na 
execução. 
(B) Trocou a grafia de “ceara”(ℓ.3) para seara. 
(C) Eliminou o plural de “dadas”(ℓ.6): dada. 
(D) Passou o verbo “tenham”(ℓ.6) para o singular: tenha. 
(E) Retirou o plural do pronome “lhes”(ℓ.6): lhe 
Comentário – O erro está na última alternativa. O pronome oblíquo “lhes” (= 
a ele), que alude à terceira pessoa do discurso (aquela de quem se fala), tem 
como referente a expressão “recursos públicos” (l. 4): “...fiscalização da 
destinação que tenha sido dada aos recursos públicos”. Como o termo 
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sublinhado está no plural, o elemento coesivo “lhes” deve permanecer no 
plural. Note que ele completa o sentido transitivo indireto do verbo dar. 
Devem chamar a sua atenção as letras C e D. Por ser uma das 
formas nominais do verbo e poder se comportar como um adjetivo, o 
particípio (“...a fiscalização da destinação que lhes tenham sido dadas”) 
flexiona-se em gênero e número para concordar com o substantivo a que se 
refere (“destinação”). É possível os verbos no particípio surgirem 
acompanhados de outros verbos (auxiliares), formando com eles uma locução 
verbal. Nesses casos, os verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, ficar) 
flexionam-se em pessoa, número, tempo e modo. Exemplos: 
Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região. 
(inadequado) 
Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. 
(adequado) 
– sujeito: as visitas diurnas 
– núcleo do sujeito: visitas 
– visitas: substantivo feminina plural 
Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado) 
Foi corrigido o valor das moedas locais. (adequado) 
– sujeito: o valor das moedas locais 
– núcleo do sujeito: valor 
– valor: substantivo masculino singular 
Resposta – E 
33. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2011) A concordância nominal 
está corretamente estabelecida em: 
(A) Perdi muito tempo comprando aquelas blusas verde-garrafas. 
(B) As milhares de fãs aguardavam ansiosamente a chegada do artista. 
(C) Comenta-se como certo a presença dele no congresso. 
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(D) As mulheres, por si só, são indecisas nas escolhas. 
(E) Um assunto desses não deve ser discutido em público. 
Comentário – Alternativa A: incorreta. O adjetivo composto verde-garrafa é 
invariável, pois é formado por ADJETIVO + SUBSTANTIVO. 
Alternativa B: incorreta. Milhão, bilhão e milhar são 
substantivos masculinos. Por isso os artigos, numerais e pronomes que os 
precedem devem concordar no masculino: Os milhares de fãs... 
Alternativa C: incorreta. O adjetivo “certo” deve se flexionar 
no feminino para concordar com o gênero do substantivo “presença”. 
Alternativa D: incorreta. O adjetivo “só” deve se flexionar no 
plural para concordar com o número do substantivo “mulheres”. Para facilitar, 
veja a seguinte correlação: As mulheres, por si mesmas (= por si sós)... 
Alternativa E: correta. O particípio (“discutido”) deve 
concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere (“assunto”). 
Resposta – E 
34. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico em Contabilidade Júnior/2010) Qual 
sentença está de acordo com o registro formal culto da língua, no que 
tange à concordância? 
(A) Fazem muitos anos que Claudia Souza virou a monja Coen. 
(B) As pesquisas sobre felicidade são as mais precisas possível. 
(C) Cada uma das atividades cotidianas conta para a felicidade. 
(D) A felicidade é difícil, haja vistos nossos esforços para alcançá-la. 
(E) Todos querem a verdadeira satisfação e não uma pseuda-felicidade. 
Comentário – Alternativa A: em desacordo. Nas indicações de tempo 
decorrido, o verbo fazer é impessoal e se mantém na terceira pessoa do 
singular: Faz muitos anos que... 
Alternativa B: em desacordo. Note que o adjetivo “possível” 
não se flexionou no plural (possíveis), o que deveria ocorrer por causa do 
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artigo “as” que integra a expressão superlativante “as mais... possível”.Pense 
nisto: 
Possível... 
a) se estiver precedido de o/a mais, o/a menos, o/a maior, 
o/a menor, o/a melhor, o/a pior, quanto, o adjetivo ficará invariável, 
concordando com o artigo. 
Ex.: Cadernos o mais limpos possível. 
b) se, no entanto, os artigos estiverem no plural, o adjetivo 
ficará no plural. 
Ex.: Cadernos os menos limpos possíveis. 
Alternativa C: de acordo. Com a locução cada um(a), o 
verbo se mantém no singular (“conta”), independentemente do substantivo 
(“atividades”). 
Alternativa D: em desacordo. A expressão haja vista, escrita 
dessa forma, está sempre correta. É possível que o verbo assuma a forma 
plural para concordar com um sujeito. Mas o elemento “vista” é invariável. 
Observe com atenção: 
Ex.: Haja vista o silêncio. (a expressão no singular sempre 
está correta) 
Haja(m) vista os barulhentos. (o verbo pode variar em 
concordância com o substantivo, se este estiver sem
preposição) 
Alternativa E: em desacordo. Pseudo– é prefixo invariável. 
Não existem as formas, pseudos, pseuda e pseudas. Esse prefixo só exige 
hífen antes de palavras iniciadas por o (pseudo-obrigação) ou por h
(pseudo-herói). Portanto devemos escrever pseudofelicidade. 
Resposta – C 
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35. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior/2011) A 
frase em que a concordância nominal está INCORRETA é: 
(A) Bastantes feriados prejudicam, certamente, a economia de um país. 
(B) Seguem anexo ao processo os documentos comprobatórios da fraude. 
(C) Eles eram tais qual o chefe nas tomadas de decisão. 
(D) Haja vista as muitas falhas cometidas, não conseguiu a promoção. 
(E) Elas próprias resolveram, enfim, o impasse sobre o rumo da empresa. 
Comentário – Alternativa A: correta. O vocábulo “Bastantes” está relacionado 
ao substantivo “feriados”, sendo, pois, um pronome indefinido adjetivo e tendo 
que se flexionar em número. A dica é substituí-lo por muito(s), conforme o 
caso: Muitos feriados prejudicam... Você teria coragem de dizer “Muito feriados 
prejudicam...”? Acho que não. 
Alternativa B: incorreta. Como adjetivo, anexo concorda com o 
substantivo em gênero e número: Seguem anexos... os documentos... 
Alternativa C: correta. A expressão tal qual flexiona-se da 
seguinte maneira: o elemento tal concorda com o substantivo anterior a que 
se refere (“Eles” = pronome substantivo, por isso o plural: “tais”); o elemento 
qual segue o substantivo posterior a que se refere (“chefe”, por isso o 
singular: “qual”). 
Alternativa D: correta. A expressão haja vista sempre está 
correta escrita dessa forma. 
Alternativa E: correta. Não se esqueça de que mesmo, próprio, 
leso, incluso, obrigado e quite concordam com o substantivo a que se referem 
(“Elas” = pronome substantivo, por isso o feminino plural: “próprias”). 
Resposta – B 
Mais uma vez, muito obrigado pela companhia. 
Que Deus o abençoe e até a próxima aula! 
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Pontos Importantes da Matéria 
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Lista das Questões Comentadas 
1. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009) Os trechos abaixo constituem um texto 
adaptado do Editorial do Correio Braziliense de 7/1/2009. 
Assinale a opção que apresenta erro gramatical. 
(A) O balanço assusta e, ao mesmo tempo, causa indignação. Foram 7.140 
acidentes nos 61 mil quilômetros das rodovias federais. O saldo: 435 
mortos e 4.795 feridos. 
(B) Divulgados pela Polícia Rodoviária Federal, os números da Operação Fim 
de Ano, em vigor de 20 de dezembro a 4 de janeiro, demonstram, com 
clareza, que muito ainda precisa ser feito para que o asfalto não mate 
nem aleije. 
(C) A história se repete com monotonia. Ano após ano, o balanço de acidentes 
nas estradas registram números ascendentes. Neste fi m de 2008 e início 
de 2009, o enredo não mudou. 
(D) Pelos autos de infração, é possível concluir que a tragédia não se deve a 
imperfeições no asfalto, iluminação ou sinalização. Deve-se, sobretudo, a 
falhas humanas. 
(E) Das 171.265 violações, 99.435 tiveram como causa o excesso de 
velocidade; 1.043, embriaguez. Ao ligar a chave de ignição, o condutor 
precisa ter uma certeza: ele tem uma arma nas mãos. 
2. (Cesgranrio/Transpetro/Téc. de Enferm. do Trabalho/2011) Considere a 
frase abaixo. 
O chefe de vários departamentos identifica a mudança no cenário da 
informática. 
A palavra identifica pode ser substituída, mantendo o sentido da 
sentença, pelo verbo ver, flexionado de acordo com a norma-padrão, por 
(A) vêm 
(B) veem 
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(C) vem 
(D) vê 
(E) viram 
3. (FGV/TRE-PA/Técnico Judiciário/2011) Na charge, caso a professora 
tratasse o aluno por tu, sua fala seria, corretamente, 
(A) Escrevas na lousa a palavra Ética! 
(B) Escrevei na lousa a palavra Ética! 
(C) Escreveis na lousa a palavra Ética! 
(D) Escrevais na lousa a palavra Ética! 
(E) Escreve na lousa a palavra Ética! 
4. (Esaf/Sefaz-SP/APOFP/2009 – adaptada) Com base no texto, julgue a 
opção seguinte. 
 (...) 
Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a 
incompetência corrupta do governo do Fatah, o cruel 
bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por 
Israel e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de 
15 ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP. 
(Folha de S. Paulo, Editorial, 5/1/2009) 
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A forma verbal “Facilitaram” (ℓ.11) está no plural porque concorda com o 
sujeito composto que está em posição subsequente. 
5. (FGV/MEC/Administrador de Banco De Dados/2008) “A crise energética e 
a climática revelam os limites do ecossistema planetário.” 
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, sem provocar 
mudança de sentido, manteve-se adequação à norma culta. 
(A) A crise energética e climática revelam os limites do ecossistema 
planetário. 
(B) As crises energética e climática revelam os limites do ecossistema 
planetário. 
(C) A crise energética e climática revela os limites do ecossistema planetário. 
(D) As crises energética e a climática revelam os limites do ecossistema 
planetário. 
(E) As crises energética e climática revela os limites do ecossistema 
planetário. 
6. (Cesgranrio/BNDES/Direito/2010) Substituindo-se o verbo destacado em 
“Só existem dois dias...” por uma locução verbal, ficará em DESACORDO 
com as regras de concordância verbal, segundo o registro culto e formal 
da língua, a expressa em 
(A) podem existir. 
(B) hão de existir. 
(C) há de haver. 
(D) deve haver. 
(E) deve existir. 
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7. (FGV/FNDE/Especialista em Financiamento e Execução de Programas e 
Projetos Educacionais/2007) Assinale a alternativa em que, alterando-se a 
forma verbal do trecho que não existem nós centrais, não se respeitou a 
norma culta. 
(A) que não há nós centrais 
(B) que não devem existir nós centrais 
(C) que não devem haver nós centrais 
(D) que não há de haver nós centrais 
(E) que não hão de existir nós centrais 
8. (FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo – Administração/2008) “...há 
outras formas de garantir a transparência...” 
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho acima, manteve-se 
adequação à norma culta. 
(A) ...há de existir outras formas de garantir a transparência... 
(B) ...hão de haver outras formas de garantir a transparência... 
(C) ...devem existir outras formas de garantir a transparência... 
(D) ...devem haver outras formas de garantir a transparência... 
(E) ...podem haver outras formas de garantir a transparência... 
9. (FGV/Sefaz-RJ/Auditor Fiscal Da Receita Estadual/2011) No Brasil, por 
exemplo, existem regras de criminal compliance... (L.81-82) 
Assinale a alternativa em que a alteração do trecho acima tenha 
provocado INADEQUAÇÃO quanto à norma culta. Não leve em conta a 
alteração de sentido. 
(A) No Brasil, por exemplo, haverá regras de criminal compliance... 
(B) No Brasil, por exemplo, deve haver regras de criminal compliance... 
(C) No Brasil, por exemplo, há de existir regras de criminal compliance... 
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(D) No Brasil, por exemplo, devem existir regras de criminal compliance... 
(E) No Brasil, por exemplo, poderão existir regras de criminal compliance... 
10. (Cesgranrio/Petrobras/Contador Júnior/2011) Considere as frases abaixo. 
I. Há amigos de infância de quem nunca nos esquecemos. 
II. Deviam existir muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, 
existissem discordâncias entre os elementos do grupo. 
Substituindo-se em I o verbo haver por existir e em II o verbo existir
por haver, a sequência correta é 
(A) existem, devia haver, houvesse. 
(B) existe, devia haver, houvessem. 
(C) existe, devia haver, houvesse. 
(D) existem, deviam haver, houvesse. 
(E) existe, deviam haver, houvessem. 
11. (FGV/Senado Federal/Técnico Legislativo – Polícia Legislativa/2008) “...a 
cédula com Machado deixa de circular por valer menos de um centavo de 
dólar.” 
Assinale a alternativa em que, passando-se o trecho acima para o plural, 
manteve-se adequação à norma culta. 
(A) ...as cédulas com Machados deixam de circularem por valerem menos de 
centavos de dólares. 
(B) ...as cédulas com Machado deixam de circularem por valer menos de 
centavos de dólar. 
(C) ...as cédulas com Machados deixam de circular por valerem menos de 
centavos de dólares. 
(D) ...as cédulas com Machado deixam de circularem por valerem menos de 
centavos de dólar. 
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(E) ...as cédulas com Machado deixam de circular por valerem menos de 
centavos de dólar.

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