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PACOTE DE EXERCÍCIOS COMENTADOS PARA 
ESCRITURÁRIO – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1
Seja bem-vindo à aula de hoje, prezado aluno! 
Mesmo em meio à euforia do carnaval, você precisa separar um 
tempo para se dedicar aos estudos, pois a prova se aproxima. 
Neste encontro, tratarei das classes de palavras. Como anunciado 
na aula demonstrativa, darei ênfase ao emprego dos verbos e pronomes, pois 
é o que a Cesgranrio mais tem cobrado em suas provas. 
A sua vez 
Boa parte das brincadeiras infantis são um 
ensaio para a vida adulta. Criança brinca de ser mãe, 
pai, cozinheiro, motorista, polícia, ladrão (e isso, você 
sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime). 
5 E, ah, quando não há ninguém por perto, brinca de 
médico também. É uma forma de viver todas as vidas 
possíveis antes de fazer uma escolha ou descoberta. 
Talvez seja por isso que a gente pare de brincar aos 
poucos – como se tudo isso perdesse o sentido quando 
10 viramos adultos de verdade. E tudo agora é para valer. 
Mas será que parar de brincar é, de fato, uma decisão 
 madura? 
Atividades de recreação e lazer estimulam o 
imaginário e a criatividade, facilitam a socialização e 
15 nos ajudam a combater o estresse. Mas, se tudo isso 
for o objetivo, perde a graça, deixa de ser brincadeira. 
Vira mais uma atividade produtiva a cumprir na 
Você já é grandinho o 
suficiente para saber que 
brincadeira é para a vida 
toda 
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ESCRITURÁRIO – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
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agenda. Você só brinca de verdade (ainda que de 
mentirinha) pelo prazer de brincar. E só. Como escreveu 
20 Rubem Alves, quem brinca não quer chegar a lugar 
nenhum – já chegou. 
QUINTANILHA, Leandro 
Disponível em: http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe 
_no_chao/conteudo_399675.shtml 
1. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) O verbo destacado 
é impessoal na frase 
(A) “(e isso, você sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime).” (l. 
3-4). 
(B) “E, ah, quando não há ninguém por perto,...” (l. 5). 
(C) “E tudo agora é para valer.” (l. 10). 
(D) “Vira mais uma atividade produtiva a cumprir...” (l. 17). 
(E) “quem brinca não quer chegar a lugar nenhum –” (l. 20-21). 
Comentário – Verbo impessoal é aquele que não tem sujeito, podendo 
flexionar-se na terceira pessoa do singular. Configuram casos de 
impessoalidade os seguintes verbos: 
Choveu muito. 
Deve nevar muito naquelas regiões. 
Aqui faz verões terríveis. 
Deve fazer dez anos que eles chegaram. 
Há anos não o vejo. 
Ia para dez anos que não o via. 
Já passava de dez horas. 
Poderá haver alunos reprovados. 
Verbos que indicam 
fenômenos naturais 
Verbos que indicam 
tempo decorrido 
Verbo “haver” com 
sentido de “existir”, 
“acontecer”, “ocorrer”. 
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Na alternativa A, o termo “isso” é o sujeito da forma verbal 
“implica”. Na alternativa B, o termo “ninguém” é o objeto direto do verbo 
“há”, que foi empregado com o sentido de existir. Na alternativa C, o termo 
“tudo” é o sujeito do verbo “é”. Na alternativa D, o sujeito é a expressão “tudo 
isso”, oculta na linha 17; mas expressa na linha 15. Na alternativa E, o sujeito 
é o pronome “quem”. 
Resposta – B 
2. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2011) O verbo destacado 
NÃO é impessoal em: 
(A) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o setor de finanças. 
(B) Espero que não haja empecilhos à minha promoção. 
(C) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial. 
(D) Já passava das quatro horas quando ela chegou. 
(E) Embora houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado. 
Comentário – Depois da explicação acima, não acredito que você errou esta 
questão. Repare que a última alternativa apresenta o verbo haver formando 
um tempo composto (pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo) com o 
particípio do verbo acertar. Nesse caso, ele é auxiliar e não é impessoal, tanto 
é verdade que a flexão de número e pessoa recai sobre ele. Compare com este 
exemplo: Embora (eles) houvessem acertado a hora, eles chegaram 
atrasados. 
Resposta – E 
3. (Cesgranrio/Petrobras /Administrador Júnior/2011) Considere as frases 
abaixo. 
I. Há amigos de infância de quem nunca nos esquecemos. 
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II. Deviam existir muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, 
existissem discordâncias entre os elementos do grupo. 
Substituindo-se em I o verbo haver por existir e em II o verbo existir
por haver, a sequência correta é 
(A) existem, devia haver, houvesse. 
(B) existe, devia haver, houvessem. 
(C) existe, devia haver, houvesse. 
(D) existem, deviam haver, houvesse. 
(E) existe, deviam haver, houvessem. 
Comentário – Ficou fácil, certo? Em I, o verbo haver é impessoal, pois tem o 
mesmo sentido do verbo existir, que não é impessoal A substituição daquele 
por este faz surgir: Existem amigos... Em II, ocorre o contrário: a substituição 
de um verbo pessoal por um impessoal. Atente para o fato de que, como verbo 
principal de uma locução, o verbo impessoal haver transfere sua 
impessoalidade para o verbo auxiliar, obrigando-o a permanecer na terceira 
pessoa do singular. Veja a frase já com a alteração proposta pelo examinador: 
Devia haver muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, houvesse
discordâncias entre os elementos do grupo. 
Resposta – A 
4. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) Transpondo-se o trecho 
“O futuro é construído a cada instante da vida,” para a voz passiva 
sintética, tem-se a forma verbal 
(A) constrói-se. 
(B) construiu-se. 
(C) há de ser construído. 
(D) pode ser construído. 
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(E) foi construído. 
Comentário – A questão explorou a flexão das vozes verbais. 
1. ATIVA Î indica que o processo verbal foi praticado 
pelo sujeito do verbo. 
Ex.: Cabral descobriu o Brasil. 
2. PASSIVA Î indica que o processo verbal foi sofrido 
pelo sujeito do verbo. 
Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral. 
ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o 
SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o 
OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva. 
2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for 
INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA. 
Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado. 
As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz 
passiva sem agente da passiva. 
3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e 
pronominal ou sintética. 
Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal 
no particípio = analítica. 
Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO + 
pronome SE = sintética. 
Agora considere o seguinte trecho: “[...] Pacientes afetados pela 
síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’ 
[...]”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a passiva. 
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Sujeito 
Pacientes 
afetados pela 
síndrome 
Agente da 
passiva 
pelos pacientes 
afetados pela 
síndrome 
Verbo 
transitivo 
direto 
ultrapassaram (o 
que?) 
Locução verbal 
(voz passiva 
analítica) 
foi ultrapassada 
Objeto direto 
a fronteira da 
adaptabilidade às 
demandas 
Sujeito 
paciente 
A fronteira da 
adaptabilidade às 
demandas 
Atenção! É preciso haver correspondência entre o tempo e o modo do verbo 
na voz ativa e na voz passiva – e entre a passiva sintética e a passiva 
analítica. No exemplo acima, o verbo “ultrapassaram” está flexionado no 
pretérito perfeito do indicativo, mesmo tempo e modo da locução “foi 
ultrapassada” (repare a flexão do verbo auxiliar, pois é ele que indica da 
conjugação). 
3. REFLEXIVA Î indica que o processo verbal é praticado 
e sofrido pelo sujeito ao mesmo tempo. 
Ex.: Não me considero tão importante. 
Reservamo-nos o direito de ficar calado. 
Ele se deu um presente. 
Bem, depois da “colher de chá”, já é possível resolvermos 
corretamente a questão da prova. Em “é construído”, a flexão do verbo auxiliar 
no presente do indicativo indica o tempo e o modo que o verbo da voz 
passiva sintética deverá assumir: constrói-se. Detalhe: é o verbo principal da 
locução (construir) que surge na passiva sintética. 
Resposta – A 
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5. (Cesgranrio/Prominp/Técnico/2010) Em qual, dentre as frases abaixo, a 
forma verbal em destaque está corretamente empregada? 
(A) O fogão não foi acendido até aquele momento. 
(B) A invenção foi aceita de imediato. 
(C) As crianças foram expulsadas da cozinha. 
(D) Ele tinha limpo a cozinha depois do acidente. 
(E) Ele tinha aceso o fogão pela manhã. 
Comentário – Aqui a Cesgranrio tratou do emprego do particípio. Deixe-me 
falar sobre cada uma das formas nominais primeiro para depois voltar à 
questão. 
1. Infinitivo Î É a forma como designamos os verbos. O 
infinitivo é impessoal quando, não flexionado, não se refere a nenhuma pessoa 
gramatical e desempenha a função de substantivo. Por outro lado, será pessoal
quando, flexionado, referir-se a uma pessoa gramatical. Não transmite 
nenhuma noção temporal. 
Ex.: Minha diversão predileta é dançar. (substantivo) 
Estamos felizes por termos conseguido a vitória. (nós: sujeito) 
2. Gerúndio Î Expressa a ação em desenvolvimento. 
Ex.: Pessoas sorrindo compunham a foto. (adjetivo) 
Chegando o dinheiro, viajou. (advérbio) 
3. Particípio Î Assume valor de substantivo e de 
adjetivo. 
Ex.: A chegada do avião foi pontual. (substantivo) 
Os fogos de artifício tornaram a cidade iluminada. (adjetivo) 
O particípio regular (terminação –ado e –ido) é 
normalmente usado na voz ativa, com os auxiliares ter ou haver. 
Ex.: Ele não tinha aceitado as minhas desculpas. 
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Assim, as letras D e E deveriam ser escritas da seguinte 
forma, respectivamente: Ele tinha limpado a cozinha...; Ele tinha acendido o 
fogão... 
O particípio irregular é normalmente usado na voz passiva
com os auxiliares ser ou estar. 
Ex.: Minhas desculpas não foram aceitas por ele. 
Assim, as letras A e C deveriam ser escritas da seguinte 
forma, respectivamente: O fogão não foi aceso...; As crianças foram 
expulsas... 
Resposta – B 
6. (Cesgranrio/Transpetro/Técnico em Enfermagem/2011) Considere a frase 
abaixo. 
O chefe de vários departamentos identifica a mudança no cenário da 
informática. 
A palavra identifica pode ser substituída, mantendo o sentido da 
sentença, pelo verbo ver, flexionado de acordo com a norma-padrão, por 
(A) vêm 
(B) veem 
(C) vem 
(D) vê 
(E) viram 
Comentário – Questão fácil, do tipo daquelas que você jamais pode errar. O 
verbo ver, tal como o verbo identificar, concorda com “chefe” e se flexiona 
também na terceira pessoa do singular do presente do indicativo: vê. A 
intenção do examinador foi confundi-lo aproximando do verbo uma expressão 
no plural (“vários departamentos”), a fim de fazê-lo flexionar o verbo também 
no plural. 
Resposta – D 
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7. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Téc. de Administração/2009) Assinale a 
opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a 
expressão grifada pela palavra “onde”. 
(A) O cinema em que nos encontramos passa bons filmes. 
(B) Vejo você às 11 horas, quando iremos almoçar. 
(C) Se o tempo melhorar, então vamos à praia. 
(D) A situação que ele criou não é aceitável. 
(E) Lembrei-me do tempo no qual íamos juntos trabalhar. 
Comentário – Conforme as regras gramaticais vigentes, “onde” só deve ser 
empregado quando fizer clara referência a lugar e puder ser substituído por o 
lugar em que. Isso só é possível na primeira alternativa. Leia abaixo um 
pouco mais sobre isso 
A casa onde morei era muito antiga. (certo) 
A reunião onde estávamos acabou tarde. (errado) 
ONDE é usado restritivamente em referência a lugar. 
ONDE é pronome relativo quando substitui um termo 
antecedente, como no primeiro exemplo (onde = escola). Não deve ser 
confundido com onde = advérbio interrogativo: “Onde você estuda?”. 
Observe que agora o vocábulo onde não substitui nenhum termo anterior, 
apenas introduz uma pergunta que exprime a ideia de lugar. 
Resposta – A 
O Cerco Total aos Fumantes 
O estado de São Paulo aprova a lei antifumo mais 
restritiva do país. É um grande passo para tentar 
apagar o cigarro da vida moderna. 
A vida de quem fuma só piora no Brasil e no 
mundo. Mas agora, em São Paulo, fumar virou um 
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inferno. Daqui para a frente, será proibido acender 
cigarros, cachimbos e charutos em qualquer ambiente 
5 coletivo fechado em todo o estado. Isso significa que: 
1) restaurantes não poderão mais ter alas para 
fumantes; 2) bares terão de aposentar seus cinzeiros; 
3) hotéis passarão a fiscalizar seus hóspedes; e 
4) empresas serão obrigadas a fechar as acinzentadas 
10 salinhas conhecidas como fumódromos. Quem quiser 
dar suas tragadas só poderá fazê-lo em casa, no 
carro ou ao ar livre. A lei é tão rigorosa que mesmo 
ambientes com teto alto e sem paredes, como 
marquises, serão vetados ao tabaco. Os empresários 
15 que não se adequarem à lei em noventa dias poderão 
ser multados em até 3,2 milhões de reais. É para deixar 
qualquer um sem fôlego. [...] 
No Palácio dos Bandeirantes quem quer fumar 
um cigarro precisa andar 500 metros, cruzar o portão e 
20 sair para a rua. “Quando chove é pior, porque a gente 
precisa usar o guarda-chuva para chegar lá”, conta um 
funcionário da Casa Civil do governo. “Ficou tão difícil 
fumar que até decidi parar”, diz ele. [...] 
Quem considera a lei exagerada deve saber que 
25 São Paulo apenas se alinha a uma tendência mundial. 
Em Londres, desde 2007 não se pode fumar em 
espaços fechados, como pubs, cafés, restaurantes e 
escritórios. Lá, também foram extintos os fumódromos. 
Em Nova York, já é proibido fumar em lugares 
30 fechados, desde 2003. No estado americano da 
Califórnia, a lei é ainda mais dura. Há mais de um ano é 
vetado fumar dentro dos carros se um dos passageiros 
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tiver menos de 18 anos. Na cidade de Belmont, 
também na Califórnia, a restrição chega aos lares. 
35 Não se podem acender cigarros em apartamentos que 
dividam chão, teto ou parede com outros. Os fumantes 
americanos têm outro problema com que se preocupar: 
eles pagam, em média, 25% a mais pelo plano de 
saúde, já que o cigarro está associado a um sem- 
40 número de doenças. O caso mais radical é o do Butão, 
pequeno país espremido entre a Índia e a China, que 
simplesmente baniu a venda de tabaco em 2004. 
A brasa do tabagismo está-se apagando mundo afora. 
E a maioria não fumante não quer deixar que ela seja 
45 reavivada. 
BRASIL, Sandra. Revista Veja, 15 abr. 2009. (Adaptado) 
8. (Cesgranrio/Funasa/Administrador/2009) Na passagem “Os empresários 
que não se adequarem à lei em noventa dias poderão ser multados em 
até 3,2 milhões de reais.” (l. 14-16), o termo que apresenta a mesma 
classe gramatical que em 
(A) “A lei é tão rigorosa que mesmo ambientes com teto alto e sem paredes,” 
(l. 12-13) 
(B) “ ‘Ficou tão difícil fumar que até decidi parar’,” (l. 22-23) 
(C) “Quem considera a lei exagerada deve saber que São Paulo apenas se 
alinha a uma tendência mundial.” (l. 24-25) 
(D) “Os fumantes americanos têm outro problema com que se preocupar:” (l. 
36-37) 
(E) “E a maioria não fumante não quer deixar que ela seja reavivada.” (l. 44-
45) 
Comentário – Nas provas da Cesgranrio, é frequente o tipo de questão que 
explore a classe gramatical do vocábulo “que”. Entre suas diversas 
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classificações, ele pode ser conjunção, pronome relativo, palavra expletiva, 
interjeição etc. Vejamos o que temos aqui. 
No enunciado, o “que” é um típico pronome relativo. 
Lembremos que pronome relativo introduz oração adjetiva, de caráter 
explicativo ou restritivo. Note que a oração “que não se adequarem à lei em 
noventa dias” caracteriza os empresários que poderão sofrer penalidade, 
restringindo o alcance semântico do substantivo (“empresários”) a que se 
refere. 
Na alternativa D, o “que” cumpre semelhante papel. A oração 
“com que se preocupar” limita o sentido do substantivo “problema”, 
antecedente do relativo “que”. Ressalte-se aqui a presença da preposição 
“com” iniciando a oração adjetiva restritiva. Ela surge no segmento por ser 
exigida pela forma verbal PREOCUPAR-SE (quem se preocupa, preocupa-se 
com...). Se o termo seguinte ao pronome relativo reger preposição, esta será 
empregada antes mesmo do relativo. 
Nas alternativas A e B, o “que” é uma conjunção
subordinativa consecutiva, pois exprime o desdobramento do fato declarado 
anteriormente. Contribui para esse entendimento o emprego anterior do 
advérbio “tão”. E aqui está uma pista valiosíssima: os pares tão/tanto... 
que/de sorte que/de forma que... indicam a consequência do que foi dito. 
As letras C e E trazem o “que” como conjunção integrante, pois 
ele articula orações subordinadas substantivas que completam, 
respectivamente, os significados dos verbos “saber” (saber o quê? ...isso) e 
“deixar” (deixar o quê? ...isso). 
O quadro abaixo vai ajudá-lo a guardar as típicas conjunções 
subordinativas (mas lembro que a melhor maneira de classificá-las 
adequadamente é notar o seu valor semântico na oração em que surge). 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
integrantes (introduzem orações que, se 
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subordinadas que funcionam como 
substantivos: subjetiva, predicativa, 
objetiva direta, objetiva indireta, 
completiva nominal, apositiva) 
adverbiais (introduzem orações subordinadas que traduzem circunstâncias)
causais 
que, porque, pois, como porquanto, visto que, visto 
como, já que, uma vez que, desde que, na medida em 
que 
comparativas 
como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão 
ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou 
do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do 
mesmo modo que), o mesmo que (= como) 
concessivas 
embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda 
quando, mesmo quando, poso que, por mais que, por 
muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), 
nem que, dado que, sem que (= embora não) 
condicionais 
se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= 
se não), a não ser que, a menos que, dado que. 
conformativas como, conforme, segundo, consoante 
consecutivas 
que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, 
tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de 
modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que 
(não) 
finais para que, a fim de que, que (= para que), de modo que 
proporcionais 
à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto 
mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), 
quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais), 
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(tanto)... quanto 
temporais 
Quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre 
que, assim que, desde que, antes que, depois que, até 
que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que 
Resposta – D 
[...] 
[...] 
9. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2011) O elemento que
possui, em todas as suas ocorrências (L.7, 8, 13 e 14), a propriedade de 
retomar palavras ou expressões que o antecedem no texto. 
Comentário – Preste muita atenção no enunciado. O que o examinador 
procura, na verdade, é um pronome relativo, pois é ele que retoma palavras 
ou expressões antecedentes. Assim sendo, o item está errado. Vejamos: 
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– “mostra que há setores” (l. 7) => conjunção integrante, 
pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto direto do verbo 
mostrar. 
– “como a construção civil, que tem uma” (l. 8) => 
pronome relativo, pois substitui a expressão “construção civil” na oração em 
que aparece. Repare: a construção civil tem uma. Observação: a oração 
introduzida por pronome relativo é chamada subordinada adjetiva. 
– “que é um equívoco” (l 13) => outra conjunção 
integrante, pois introduz oração (substantiva) que funciona como objeto 
direto do verbo mostrar (l. 12). 
– “mostram que o mercado de trabalho já é bem” (l. 14) => 
outra vez temos uma conjunção integrante, que introduz oração 
substantiva. O “que” introduz o objeto direto do verbo mostrar. Repare o 
artifício: Os números mostram ISSO. O vocábulo ISSO equivale-se à oração 
(substantiva) “que o mercado de trabalho já é...” 
Resposta – Item errado. 
10. (Cesgranrio/Decea/Téc. em Inform. Aeronáuticas/2009) “Portanto, 
fujamos dessa pressa incentivadora maior da ansiedade que penaliza a 
nossa capacidade de contemplar,” (l. 46-48) 
De acordo com a norma padrão, os termos em destaque podem ser 
corretamente substituídos por 
(A) foge / sua. 
(B) foge / tua. 
(C) fuja / tua. 
(D) fujas / tua. 
(E) fujam / vossas. 
Comentário – O verbo destacado está no modo imperativo afirmativo e 
alude à primeira pessoa do plural (nós). O emprego do pronome 
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possessivo “nossa” preserva a harmonia da relação estabelecida entre esses 
três itens gramaticais. 
A forma verbal “foge” (alternativa B) alude à segunda pessoa 
do singular (tu) do verbo fugir. Lembre-se de que a segunda pessoa do 
singular e a do plural (vós) dispensam a desinência –s no imperativo 
afirmativo: foge tu, fugi vós. A opção por uma ou por outra forma leva-nos a 
empregar os pronomes possessivos tua ou vossa, respectivamente. 
Ressalte-se que na letra C a forma “fuja” refere-se à terceira 
pessoa do singular do modo imperativo afirmativo; portanto o pronome 
possessivo adequado é “sua”. E, ainda, “fujam” aponta para a terceira pessoa 
do plural, admitindo-se também o uso do possessivo “sua”. 
Resposta – B 
Acredito que o esquema abaixo o facilitará a entender o 
processo de formação dos tempos e modos derivados do presente do 
indicativo. 
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo Pretérito Imperfeito do Indicativo 
 
eu cant-o eu cant-e eu cant-a-va 
tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu tu cant-a-va-s 
ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você ele cant-a-va 
nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós nós cant-á-va-mos 
vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós vós cant-á-ve-is 
eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês eles cant-a-va-m 
11. (Cesgranrio/Decea/Tradutor e Intérprete/2009) Assinale a opção cujo 
termo destacado DIFERE gramaticalmente dos demais. 
(A) “Ser cada vez mais rápido...” (l. 3) 
(B) “Eficiência hoje é mais produção...” (l. 11-12) 
(C) “para mais consumo e mais lucro.” (l. 12-13) 
(D) “já que isso significa mais emprego.” (l. 15) 
(E) “... estamos tendo mais sabedoria,” (l. 51) 
Comentário – Desconsidere o texto, pois você não precisa dele. 
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Quando a palavra MAIS surgir atrelada a substantivo e 
exprimir quantidade indeterminada, será pronome indefinido, como 
aconteceu nas quatro últimas alternativas. Diferentemente, será classificada 
como advérbio quando se referir a verbo, adjetivo ou outro advérbio, 
intensificando-lhes o sentido, a exemplo do seu emprego na primeira 
alternativa. 
Resposta – A 
O MENINO DOENTE 
O menino dorme. 
Para que o menino 
 Durma sossegado, 
Sentada ao seu lado 
5 A mãezinha canta: 
— “Dodói, vai-te embora! 
“Deixa o meu filhinho, 
“Dorme... dorme... meu...” 
 Morta de fadiga, 
10 Ela adormeceu. 
Então, no ombro dela, 
Um vulto de santa, 
Na mesma cantiga, 
Na mesma voz dela, 
15 Se debruça e canta: 
— “Dorme, meu amor. 
“Dorme, meu benzinho...” 
E o menino dorme. 
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983. 
12. (Cesgranrio/Funasa/Agente Administrativo/2009) 
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— “Dodói, vai-te embora! 
“Deixa o meu filhinho, 
“Dorme... dorme... meu...” 
Essa estrofe do poema é construída como um diálogo imaginário, com o 
uso da segunda pessoa do singular - tu. 
Empregando-se a terceira pessoa (você), como devem ficar os verbos 
adotados na estrofe? 
(A) vás / deixes / durmas 
(B) vais / deixas / dormes 
(C) vá / deixe / durma 
(D) ide / deixai / dormi 
(E) vão / deixem / durmam 
Comentário – Aqui, a banca explorou o que chamamos de uniformidade de 
tratamento. Este tipo de questão geralmente envolve verbo no imperativo
(negativo ou afirmativo), pois dificulta a análise dos candidatos, funciona como 
“pedra de tropeço”. 
A segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo (que 
foi usado no texto) deriva da segunda pessoa do singular do presente do 
indicativo sem a desinência –s: 
tu vais > vai tu; 
tu deixas > deixa tu; 
tu dormes > dorme tu. 
Já a terceira pessoa do singular deriva da terceira pessoa do 
singular do presente do subjuntivo (troca-se o pronome ele/ela por você): 
(que) ele vá > vá você; 
(que) ele deixe > deixe você; 
(que) ele durma > durma você. 
Resposta – C 
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13. (Cesgranrio/TJRO/Oficial de Justiça/2008) As formas verbais estão 
corretamente conjugadas em 
(A) Escreve nesta folha o que você achou da proposta. 
(B) É indispensável que todos os interessados fazem a sua parte. 
(C) Todas as pessoas que vêem a Amazônia ficam deslumbradas. 
(D) Quando a Fundação propor um programa de preservação, a população 
aplaudirá. 
(E) Espero que as pessoas se precavenham contra a destruição da floresta. 
Comentário – O erro da alternativa A encontra-se na forma “Escreve”, que se 
relaciona com o pronome de tratamento “você”. Sabemos que, com esses 
pronomes, os verbos são conjugados na terceira pessoa. Sabemos também 
que, no imperativo afirmativo, a forma verbal correspondente à terceira 
pessoa deriva do presente do subjuntivo: (que) ele/ela escreva > escreva 
você. 
Em B, a presença da conjunção integrante “que” leva o verbo 
fazer a ser conjugado no presente do subjuntivo: “...façam...”. 
A alternativa C está correta. A forma verbal “vêem” (terceira 
pessoa do plural do presente do indicativo) deriva de ver. Os verbos CRER, 
DAR, LER e VER dobram a letra “e” nas formas crêem, dêem, lêem e vêem. 
Apesar de o novo Acordo Ortográfico ter abolido o acento circunflexo dos 
hiatos formados por -êe- e -ôo-, as regras antigas de acentuação produzirão 
seus efeitos até 31/12/2012. Após essa data, esse tipo de acento desaparecerá 
da ortografia oficial. 
A forma “propor” (opção D) deriva do verbo pôr (as novas 
regras não mexeram nesse acento, que estabelece diferença entre a forma 
verbal e a preposição por). Na primeira pessoa do singular do futuro do 
subjuntivo, o verbo pôr é assim conjugado: puser (note a letra s). Logo, a 
frase correta deveria trazer a forma “...propuser...”. 
Perigosa é a última opção. O verbo precaver (precaver-se é 
forma pronominal) é defectivo. No presente do indicativo, só possui as 
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formas correspondentes à primeira pessoa do plural (nós precavemos) e à 
segunda pessoa do plural (vós precaveis). Consequentemente, não possui o 
presente do subjuntivo (derivado do radical da primeira pessoa do presente 
do indicativo) e o imperativo negativo (derivado do presente do subjuntivo 
acrescido do advérbio de negação “não”). No imperativo afirmativo possui 
apenas a forma alusiva à segunda pessoa do plural, já que deriva do presente 
do indicativo sem a desinência –s: vós precaveis > precavei vós. Nas formas 
em que é defectivo, convém empregar os verbos acautelar, cuidar ou prevenir. 
Assim sendo, a letra E pode ser reescrita do seguinte modo: Espero que as 
pessoas se previnam contra a destruição da floresta. 
Resposta – C 
14. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Administração e Controle Júnior/2011) 
Considere as frases abaixo. 
I – A candidata ____________________ a possibilidade de ingresso na 
empresa, quando soube do resultado do concurso. 
II – Conquanto ele se __________________ a confirmar o fato, sua posição 
foi rejeitada pela equipe. 
As formas verbais que, na sequência, completam corretamente as frases 
acima são: 
(A) entreveu, predisposse. 
(B) entreveu, predispusesse. 
(C) entreviu, predispora.(D) entreviu, predispusesse. 
(E) entreveu, predispusera. 
Comentário – Os verbos “em jogo” aqui são entrever e predispor. O 
primeiro é derivado do verbo ver; portanto a dica é, primeiramente, conjugar 
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o verbo primitivo e só depois acrescentar o prefixo: A candidata viu... > A 
candidata entreviu... O segundo tem a ver com o verbo dispor (dis + pôr); 
minha dica, então, é que você proceda da mesma forma (obviamente, tendo 
em mente o verbo pôr): Conquanto ele se dispusesse (dis + pusesse)... > 
Conquanto ele se predispusesse... 
Resposta – D 
15. (Cesgranrio/TJRO/Oficial de Justiça/2008) Assinale a afirmativa em que a 
palavra “onde” está usada corretamente. 
(A) Trabalhamos com o conceito de serviços onde o fator ambiental é 
preponderante. 
(B) Durante a discussão dos técnicos foi levantado um novo argumento onde 
o diretor não gostou. 
(C) Nas áreas próximas às reservas, onde estão instaladas famílias, haverá 
grandes investimentos. 
(D) Alguns estudos apontam o ano de 2050 como decisivo, onde ocorrerá uma 
grande devastação. 
(E) As propostas onde se encontram as soluções mais econômicas para a 
melhoria do ambiente serão aprovadas. 
Comentário – Nas frases em que foi empregado, “onde” classifica-se como 
pronome relativo. Como tal, possui antecedente e equivale-se a em que. 
Onde é considerado por alguns gramáticos advérbio relativo, pois desempenha 
normalmente a função de adjunto adverbial de lugar. É por causa dessa função 
que é errado o seu emprego quando o antecedente não denota lugar, como 
nos casos das alternativas A, B, D e E. Melhores seriam as seguintes 
construções: 
A) Trabalhamos com o conceito de serviços em que o fator 
ambiental é preponderante. 
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B) Durante a discussão dos técnicos foi levantado um novo 
argumento do qual o diretor não gostou. 
D) Alguns estudos apontam o ano de 2050 como decisivo, 
quando ocorrerá uma grande devastação. 
E) As propostas em que se encontram as soluções mais 
econômicas para a melhoria do ambiente serão aprovadas. 
Na terceira opção, o emprego do pronome “onde” está correto, 
pois indica lugar e pode ser substituído por o lugar em que. 
Resposta – C 
O novo Brasil 
Nenhum outro período da história brasileira 
testemunhou mudanças tão profundas, decisivas 
e aceleradas quanto os treze anos (1808-1821) em que 
a corte portuguesa morou no Rio de Janeiro. Num espaço 
5 de apenas uma década e meia, o Brasil deixou de ser 
uma colônia fechada e atrasada para se tornar um país 
independente. Por essa razão, o balanço que a maioria 
dos estudiosos faz de D. João VI tende a ser positivo, 
apesar de todas as fraquezas pessoais do rei. Para o 
10 historiador Oliveira Lima, ele foi “o verdadeiro fundador 
da nacionalidade brasileira”, por duas razões principais: 
assegurou a integridade territorial e deu início à classe 
dirigente que se reponsabilizaria pela construção do 
novo país. “Com ele começou a descolonização efetiva”, 
15 afirmou o escritor e crítico literário paranaense Wilson 
Martins. “Não só pelo fato de elevar o Brasil a reino, mas 
também, e sobretudo, por lhe dar desde logo e em 
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breve espaço de tempo as estruturas de uma nação 
 propriamente dita.” 
20 Uma forma de avaliar a herança de D. João VI 
é abordar a questão pelo avesso: como seria o Brasil 
se a corte não tivesse vindo para o Rio de Janeiro? 
Apesar da relutância em fazer conjecturas, boa parte 
dos historiadores concorda que o país simplesmente não 
25 existiria na sua forma atual. Na hipótese mais provável, a 
Independência e a República teriam vindo mais cedo, 
mas a antiga colônia portuguesa se fragmentaria em um 
retalho de pequenos países autônomos, muito parecido 
com seus vizinhos da América espanhola, sem nenhuma 
30 outra afinidade além do idioma. 
 É fácil imaginar as conseqüências dessa 
separação: 
• Esse Brasil dividido em pedaços autônomos nem 
de longe teria o poder e a influência que o país 
35 exerce hoje sobre a América Latina. Na ausência de 
um Brasil grande e integrado, o papel provavelmente 
caberia à Argentina, que seria, então, o maior país 
 do continente. [...] 
• Na escola, quando abrissem seus livros de 
40 Geografia, as crianças gaúchas aprenderiam que 
a floresta amazônica é um santuário ecológico de 
 um país distante, situado ao norte, na fronteira com 
a Colômbia, a Venezuela e o Peru. 
• As diferenças regionais se teriam acentuado. 
45 É possível que, a esta altura, as regiões mais ri-
cãs desse mosaico geográfico estivessem discu- 
 tindo medidas de controle da imigração dos vizi- 
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nhos mais pobres, como fazem hoje os America- 
nos em relação aos mexicanos. 
50 • Nordestinos seriam impedidos de migrar para 
São Paulo. Em contrapartida, ao viajar de férias 
para as paradisíacas praias da Bahia ou do Ceará, 
os paulistas teriam de providenciar passaportes e, 
eventualmente, pedir vistos de entrada. [...] 
55 À luz da realidade do Brasil atual, tudo isso parece 
mero devaneio. Ainda assim, não se deve subestimar a 
importância de D. João VI na construção da identidade 
dos brasileiros de hoje. [...] 
Graças a D. João VI, o Brasil se manteve como 
60 um país de dimensões continentais, que hoje é o maior 
herdeiro da língua e da cultura portuguesas. “D. João VI 
veio criar e realmente fundou na América um império, pois 
merece bem assim ser classificado o ter dado foros de 
nacionalidade a uma imensa colônia amorfa”, escreveu 
65 Oliveira Lima. Ironicamente, esse legado não seria 
desfrutado por D. João ou pela metrópole portuguesa. 
“Ele próprio regressava menos rei do que chegou”, 
acrescentou Oliveira Lima. “Deixava contudo o Brasil 
maior do que o encontrara”. Em outras palavras, ao 
70 mudar o Brasil, D. João VI o perdeu para sempre. 
GOMES, Laurentino. 1808. São Paulo: Planeta, 2007. 
16. (Cesgranrio/ANP/Analista Administrativo/2008) No quadro abaixo, foram 
reescritos trechos do texto, utilizando-se pronomes relativos. O pronome 
NÃO está usado de acordo com a norma culta da língua em 
Texto Reescritura 
(A) “...período da história brasileira período da história brasileira cujas 
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testemunhou mudanças...” (l. 1-2) mudanças... 
(B) “o balanço que a maioria dos 
estudiosos faz...” (l. 7-8) 
o balanço onde a maioria dos 
estudiosos faz... 
(C) “o papel provavelmente caberia à 
Argentina, que seria,” (l. 36-37) 
o papel provavelmente caberia à 
Argentina, à qual seria dada a 
condição... 
(D) “...medidas de controle da 
imigração dos vizinhos mais 
pobres,” (l. 47-48) 
medidas que controlam a 
imigração dos vizinhos 
mais pobres 
(E) “não se deve subestimar a 
importância de D. João VI na 
construção da identidade dos 
brasileiros...” (l. 56-58) 
a construção da identidade dos 
brasileiros em que não se deve 
subestimar a importância de D. 
João VI 
Comentário – Outra vez estamos diante do pronome relativoonde. Ele, como 
já disse antes, refere-se a lugar, equivale-se a o lugar em que. Não é esse o 
mesmo sentido que possui em o balanço onde a maioria dos estudiosos faz...
Resposta – B 
17. (Cesgranrio/ANP/Analista Administrativo/2008) Observe as mudanças de 
colocação de pronomes propostas abaixo. 
I. Só 46 delegados compareceram ao Parlamento, o que os tinha deixado 
em minoria. – o que tinha deixado-os 
II. Um historiador acredita que o Brasil poderia ter se desintegrado em três 
diferentes países. – se poderia ter desintegrado 
III. Antes da mudança da corte portuguesa, os conflitos regionais da colônia 
estavam se aprofundando. – se estavam aprofundando 
IV. As colônias no Brasil estariam perdidas para Portugal, pois os ingleses 
queriam ocupá-las. – os ingleses as queriam ocupar 
Tais mudanças são possíveis APENAS em 
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(A) I e II 
(B) II e IV 
(C) I, II e III 
(D) I, III e IV 
(E) II, III e IV 
Comentário – O primeiro item apresenta inicialmente um caso de próclise, 
anteposição do pronome oblíquo átono ao verbo. Emprego correto. Mas a 
formação da ênclise (emprego do pronome oblíquo átono após o verbo, ligado 
a ele por meio do hífen) em “deixado-os” prejudica a correção da frase, pois o 
particípio não admite esse tipo de colocação pronominal, ao contrário do 
infinitivo (cantá-lo) e do gerúndio (cantando-o). Repare, por exemplo, que no 
item IV a ênclise ocorre com o infinitivo do verbo ocupar. Registre-se também 
que no último item nada impede a colocação do pronome oblíquo átono “as” 
em posição proclítica (...as queriam ocupar). Errado estaria se ele ocupasse o 
início do período, posição ocupada pelo termo os ingleses. 
Nos itens II e III ocorre a próclise dos verbos principais 
(desintegrado e aprofundando, respectivamente). A ênclise dos verbos 
auxiliares (poderia e estavam, respectivamente), embora não obrigatória – não 
há palavra atrativa (advérbio; pronome interrogativo etc.) –, não está errada, 
visto que os clíticos não principiam o período. 
E por falar em colocação pronominal, o que você acha se eu 
detalhar mais o assunto? 
Próclise é a ocorrência do pronome antes do verbo (Fingiu 
que não o reconheceu.). Quando acontece o inverso, ou seja, o pronome surge 
após o verbo, temos um caso de ênclise, que na escrita é marcada pela 
presença do hífen (Dá-me sua ajuda.). A mesóclise, que só ocorre com 
verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito, é o emprego do 
pronome no “meio” do verbo, entre a forma infinitiva e a desinência modo-
temporal (Dar-lhe-ia minha ajuda.). 
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Casos de Próclise 
a) Palavras de sentido 
negativo 
Nada me fará desistir. 
Ninguém me fará desistir. 
b) Advérbios sem pausa Aqui se fazem chaves. 
Talvez se cumprimentassem. 
c) Conjunções 
subordinativas e pronomes 
relativos 
Quando lhe dissemos a verdade, chorou muito. 
O livro que me deste é muito interessante. 
d) Conjunções 
coordenativas alternativas 
Ora se atribulava, ora se aquietava. 
Das duas uma: ou as faz ela, ou as faço eu. 
e) Pronomes e advérbios 
interrogativos 
Quem lhe contou a verdade? 
Por que te afliges tanto? 
f) Pronomes indefinidos Tudo me foi dado. 
Alguém te contou a verdade? 
g) Frases exclamativas e 
optativas 
Como te atreves! 
Deus o abençoe, meu filho! 
h) Preposição em + 
verbo no gerúndio 
Em se tratando desse assunto, nada mudará. 
Casos de Mesóclise 
a) Verbo no futuro do 
presente ou do pretérito, 
sem palavra atrativa 
Amar-te-ei a vida inteira. (Não te amarei a vida 
inteira.) 
Dar-lhe-ia o livro. (Jamais lhe daria o livro.) 
Casos de Ênclise 
a) Antes de tentar decorar 
qualquer outra regra, é 
fundamental saber que a 
tendência da língua 
portuguesa recai sobre 
o uso da ênclise. 
Levante-se e lute. 
Tratando-se desse assunto, nada mudará. 
Vendê-lo era o que mais importava. 
Aqui, fazem-se chaves. 
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Portanto, se não ocorrer 
qualquer um dos casos 
mencionados 
anteriormente, usaremos a 
ênclise. 
Resposta – E 
18. (Cesgranrio/IBGE/Agente Censitário/2010) Analise a frase: “De hoje em 
diante a pipa vai custar cinco mil cruzeiros.” 
Flexionando-se a locução verbal destacada no futuro do pretérito do modo 
indicativo, na 3ª pessoa do plural tem-se: 
(A) vão custar. 
(B) iriam custar. 
(C) fossem custar. 
(D) irão custar. 
(E) iam custar. 
Comentário – Em uma locução verbal todas as flexões de número, pessoa, 
tempo e modo recaem sobre o auxiliar. Eis as flexões corretas no futuro do 
pretérito do indicativo (em negrito está a forma correspondente à terceira 
pessoa do plural): eu iria custar, tu irias custar, ele iria custar, nós iríamos 
custar, vós iríeis custar, eles iriam custar. 
Sem querer “chover no molhado”, acho bom me deter só mais 
um pouquinho na locução verbal. LOCUÇÃO (OU PERÍFRASE) VERBAL é o 
conjunto constituído de dois ou mais verbos, dos quais um é o principal (o 
último), e os demais, auxiliares. As flexões de número, pessoa, modo e tempo 
ocorrem no verbo auxiliar. 
Ex.: Ninguém poderá sair. – O juiz deixou de marcar a falta. 
Nós estamos estudando. – Ninguém podia estar cantando. 
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Tínhamos estudado muito para a prova. A questão havia sido anulada
pela banca. 
Resposta – B 
Agora fique de olhos bem abertos! A questão seguinte é 
perigosíssima. Lembre-se de que nem tudo o que reluz é ouro. 
19. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) Os verbos destacados 
NÃO podem ser considerados uma locução verbal em 
(A) “...de que você possa arrepender-se” 
(B) “Como podemos superar esses momentos?” 
(C) “Perguntas a que também quero responder,” 
(D) “posso afirmar que o mundo não acaba amanhã...” 
(E) “não deixe entrar aquilo...” 
Comentário – Com verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos
(ver, ouvir, sentir) não ocorre locução verbal. Na verdade, tem-se período 
composto. A oração principal é a que apresenta o verbo causativo ou 
sensitivo (“não deixe”). A oração que apresenta o verbo no infinitivo é 
sua subordinada substantiva objetiva direta (“entrar aquilo”). 
Resposta – E 
20. (Cesgranrio/Prefeitura de Salvador/Professor de Língua Portuguesa/2010) 
De acordo com o registro formal culto da língua, a colocação pronominal 
está INADEQUADA em: 
(A) Pulso firme era o que julgava-se indispensável para ser um bom pai. 
(B) O pai afirmou que lhe dera tudo de que necessitava. 
(C) Eu não o entendo – disse o pai a seu filho. 
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(D) Diga-me qual é a solução para o problema. 
(E) Pai e mãe entender-se-iam a respeito da educação dos filhos. 
Comentário – Alternativa A: errada. O “que” é pronome relativo e, como tal, 
atrai o pronome obliquo “se”, obrigando-o a ocupar posição proclítica. 
Alternativa B: certa. As conjunções integrantes (o primeiro 
“que” é um exemplo delas) atraem os pronomes oblíquos e dão ocasião à 
próclise, exatamente como se encontra o “lhe”. 
Alternativa C: certa.Agora foi o advérbio de negação “não” 
que atraiu o pronome. 
Alternativa D: certa. O pronome oblíquo “me” jamais poderia 
iniciar o período. Isso não é admissível nas provas de concursos, que se 
baseiam na gramática normativa (salvo disposição expressa em contrário, 
normalmente para enfatizar a linguagem informal). Lembre-se de que a 
tendência da Língua Portuguesa é a ênclise, marcada com o hífen. 
Alternativa E: certa. A mesóclise só ocorre com verbos no 
futuro do presente ou do pretérito do indicativo, exatamente como ocorreu, 
desde que não haja palavra atrativa (advérbios, conjunções subordinativas, 
pronomes relativos...). Porém, a próclise também seria possível (Pai e mãe se 
entenderiam...), pois o pronome oblíquo não abriria o período. 
Resposta – A 
21. (Cesgranrio/Eletronuclear/Técnico em Arquivo/2010) A frase em que 
todos os verbos estão corretamente conjugados é 
(A) É bom que os jornaleiros premeiem os compradores de figurinhas. 
(B) Se a editora provesse as bancas todo dia, não haveria falta de cromos na 
cidade. 
(C) O dono da editora interviu para que não faltassem mais figurinhas no 
mercado. 
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(D) A falta de figurinhas nas bancas constitue um problema para os 
colecionadores. 
(E) Se os álbuns não caberem na estante, podemos guardá-los dentro do 
armário. 
Comentário – Alternativa A: errada. Os verbos terminados em IAR (como 
premiar) são regulares e não suportam a letra “e” que foi inserida no radical 
da forma “premeiem”. Eis a conjugação correta no presente do subjuntivo: 
(que) eu premie, (que) tu premies, (que) ele premie, (que) nós premiemos, 
(que) vós premieis, (que) eles premiem. 
Alternativa B: certa. O verbo prover é irregular, significa 
abastecer, providenciar, conjuga-se como ver, exceto no pretérito perfeito e 
seus derivados e no particípio, em que é regular. Leia a conjugação dele no 
pretérito imperfeito do subjuntivo: (se) eu provesse, (se) tu provesses, (se) 
ele provesse, (se) nós provêssemos, (se) vós provêsseis, (se) eles 
(provessem). 
Alternativa C: errada. Intervir é outro verbo irregular, deriva 
do verbo vir: eu intervim, tu intervieste, ele interveio, nós interviemos, vós 
interviestes, eles intervieram. 
Alternativa D: errada. Emprega-se a letra I na sílaba final de 
formas verbais terminadas em –UIR (diminuir: diminui, diminui; influir: influi, 
influis; possuir: possui, possuis; instituir: instiui etc.). Sendo assim, a forma 
correta é constitui. 
Alternativa E: errada. A conjugação do verbo irregular caber 
no futuro do subjuntivo deve ser feita assim: eu couber, tu couberes, ele 
couber, nós coubermos, vós couberdes, eles couberem. 
Resposta – B 
22. (Cesgranrio/Liquigás/Assistente Administrativo I/2010) 
Ele pediu para _____ comentar a coluna de economia do jornal. 
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Se fores à redação, iremos _________. 
Enviou os últimos números da revista para _____. 
As formas dos pronomes que completam corretamente as frases são, 
respectivamente, 
(A) mim – consigo – tu. 
(B) mim – contigo – tu. 
(C) mim – com você – ti. 
(D) eu – consigo – tu. 
(E) eu – contigo – ti. 
Comentário – Sinceramente, esta questão é do tipo daquelas que você não 
pode errar nunca numa prova, porque é fácil. 
Os pronomes pessoais do caso reto, como regra geral, 
funcionam como sujeitos de verbos, ainda que surjam ao lado de uma 
preposição (e, nesse caso, o tal verbo normalmente surge no infinitivo). É por 
isso que a primeira lacuna deve ser preenchida com o pronome eu. Para 
facilitar o aluno, alguns professores dizem o seguinte: “Mim não conjuga 
verbo”. Então, ele não pode ser o sujeito da forma “comentar”. 
A segunda lacuna deve ser preenchida com o pronome pessoal 
oblíquo tônico contigo, que faz alusão à segunda pessoa do singular (tu). A 
dica que o examinador deixou foi a flexão verbal fores, repare: Se tu fores... 
Para mantermos a uniformidade de tratamento, precisamos continuar o 
discurso nos referindo ao interlocutor pelas formas pronominais 
correspondentes. 
A última lacuna é preenchida pelo pronome pessoal oblíquo 
tônico ti. Todo pronome oblíquo tônico é precedido de preposição. Além disso, 
ele não funciona como sujeito de verbo, mas como complemento dele. 
Resposta – E 
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23. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) A frase abaixo que 
deve ser completada, segundo o registro culto e formal da língua, com o 
pronome lhe é 
(A) De início, o profissional especialista não ____ compreendera. 
(B) Prevenira- ____ de que, um dia, ela poderia ser alvo de críticas ácidas. 
(C) Eu ____ vi ontem pedindo desculpas sinceras por seus erros no passado. 
(D) A observação é o caminho que _____ conduzirá a um futuro próspero. 
(E) Disse ao amigo que _____ queria muito bem. 
Comentário – A banca exigiu do candidato conhecimento sobre o fato de que, 
como complementos de verbos, o pronome oblíquo lhe(s) funciona como 
objeto indireto e os pronomes oblíquos o(s) e a(s), como objetos diretos. 
Somente na última opção, o verbo (“queria”, no sentido de 
estimar) necessita de um objeto indireto. Por isso o pronome a ser empregado 
é o lhe. 
Nas demais alternativas, os verbos sentem a falta de um objeto 
direto (termo que não seja regido por preposição) para lhes completar os 
respectivos sentidos. Repare: 
(A) – compreender quem ou o quê? 
(B) – prevenir quem? 
(C) – ver quem ou o quê? 
(D) – conduzir quem ou o quê? 
Já deu para notar que o emprego dos pronomes oblíquos 
também é um assunto recorrente nas provas da Cesgranrio, certo? Então, 
nada mais natural do que detalhar o tema: 
• Emprego de pronomes 
I. Diferença quanto ao emprego dos pronomes pessoais 
a) Ele virou ela. Na função de sujeito e de predicativo, o pronome 
pessoal utilizado será, via de regra, do caso reto. 
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b) Quero falar com ele. 
Sou útil a ele. 
Vi-o na rua. 
c) Eu contei a ti o que acontecera. 
Você terá de viajar com nós dois. 
Você terá de viajar conosco. 
CUIDADO! Não vá sem eu saber. 
Todos saíram, exceto eu. 
d) Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente. 
Maria fez aniversário. Pedro a presenteou. 
e) Mandei-o sair da sala. 
Fiz-lhes ver que estavam errados. 
Resposta – E 
24. (Cesgranrio/Prominp/Técnico/2010) Observe as sentenças abaixo. 
Serão empregados os do caso oblíquo nas 
demais funções sintáticas (complemento verbal, 
complemento nominal etc.) 
Como complementos verbais, o(s), a(s) desempenham 
função de objeto direto; lhe(s), de objeto indireto. 
Mesmo diante de preposição, o 
pronome pessoal do caso reto
será empregado quando for 
sujeito de verbo, ainda que este 
esteja elíptico. 
Os pronomes oblíquos tônicos são 
precedidos de preposição. Usa-se 
com nós ou com vós quando tais 
expressões vierem acompanhadas 
de elementos de realce, numeral, 
pronome ou oração adjetiva. 
LHE(S) só poderá ser sujeito de 
verbo infinitivo transitivo direto. 
Mandei-lhe sair da sala seria 
uma construção errada, já que 
“sair” tem regência intransitiva. 
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O diretor _____ chamou para _____ dar uma boa notícia. 
A inventora pediu para _____ testar o novo produto. 
Todos acreditaram na história, com exceção de _____. 
Os pronomes de primeira pessoa que, na sequência, preenchem as 
lacunas acima corretamente são 
(A) me – me – eu – mim. 
(B) me – me – mim – mim. 
(C) me – mim – eu – mim. 
(D) mim – mim – eu – eu. 
(E) mim – me – mim – eu. 
Comentário – Os demais pronomes oblíquos átonos (desconsidere lhe, o, a e 
suas formas plurais) podem funcionar como objeto direto ou objeto indireto 
(sem preposição que os preceda, pois são átonos). Tudo vai depender da 
regência verbal. 
Na primeira lacuna, só podemos usar o pronome átono me, 
pois não existe preposição regendo o pronome oblíquo. Na segunda lacuna, a 
preposição “para” não foi usada para reger o pronome, mas sim para conectar 
a oração principal à oração subordinada reduzida de infinitivo (repara o verbo 
“dar”). Então, o novamente temos que usar o pronome me. 
Na terceira lacuna, você precisa notar que o infinitivo “testar” 
possui sujeito e que esse sujeito deve ser representado por um pronome 
pessoal do caso reto. Consequentemente, o pronome eu deve preencher a 
lacuna, mesmo estando precedido da preposição “para”. 
Finalmente, a última lacuna é preenchida com o pronome 
oblíquo tônico mim – observe que agora a preposição (“de”) rege o pronome. 
Resposta – A 
25. (Cesgranrio/BNDES/Direito/2010) A sequência de verbos destacada NÃO 
pode ser considerada uma locução verbal em 
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(A) Eles iam estabelecendo metas. 
(B) Esperamos ser você o vitorioso. 
(C) As pessoas haviam feito suas escolhas. 
(D) Estou investindo em minha profissão. 
(E) Tenho de fazer planos para o futuro. 
Comentário – Uma locução verbal é o conjunto constituído de dois ou mais 
verbos, dos quais um é o principal (o último); e os demais, auxiliares. As 
flexões de número, pessoa, modo e tempo ocorrem no verbo auxiliar. A 
locução verbal equivale a um só verbo e pode até ser articulada por meio de 
preposição. 
De acordo com Luiz Antônio Sacconi, uma locução verbal não 
é formada com verbo principal no particípio (observe o último exemplo). Dele 
discordam autores como Ulisses Infante, Pasquale Cipro Neto, Celso Cunha, 
João Domingues Maia, por exemplo. E, pelo que parece, a Cesgranrio também, 
pois indicou como resposta certa a opção B (note que, na letra C, o verbo 
fazer está no particípio irregular). 
Em “Esperamos ser você o vitorioso.”, existem duas orações 
distintas. A primeira é representada somente pelo verbo “Esperamos”; a 
segunda, por “ser você o vitorioso”. É interessante perceber que a segunda 
pode ser substituída pelo pronome demonstrativo isso: Esperamos isso. 
Resposta – B 
26. (Cesgranrio/Funasa/Administrador/2009) Na passagem “Eugênio 
examinava-lhe as mudanças do rosto com comovida atenção.” (l. 10-11), 
o pronome oblíquo lhe exerce função sintática idêntica ao termo 
destacado em 
(A) “Olívia se aproximou de Eugênio...” (l. 1) 
(B) “A enfermeira juntava os ferros.” (l. 3) 
(C) “A respiração voltava lentamente,” (l. 7) 
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(D) “Vencera! Salvara a vida de uma criança!” (l. 12) 
(E) “Sentia-se leve e aéreo.” (l. 17) 
Comentário – Além de servir de complemento (objeto indireto) de verbos 
transitivos (Doei-lhe toda minha fortuna.), o pronome LHE também serve para 
indicar posse, a exemplo dos pronomes possessivos naturais (meu, nosso, 
vosso...). Nesse caso, a função sintática do LHE será de adjunto adnominal. 
É isso o que acontece na oração destacada no enunciado (Eugênio examinava 
as suas [= do “pequeno paciente”] mudanças do rosto com comovida 
atenção.). 
Na quarta alternativa, a locução “de uma criança” tem papel 
semelhante ao do pronome LHE, caracteriza as possibilidades designativas do 
substantivo “vida”, sintaticamente é outro adjunto adnominal. 
Nas demais opções, temos, respectivamente, objeto indireto, 
objeto direto, adjunto adverbial e predicativo do objeto direto (representado 
pelo pronome “se”, reflexivo). 
Resposta – D 
27. (Cesgranrio/TJ-RO/Oficial de Justiça/2008) Indique a opção em que a 
expressão em destaque pode ser substituída por “lhe”, assim como em 
“...uma parte do mérito lhe cabe,” (l. 13) 
(A) O economista chamou o colega de benfeitor da natureza. 
(B) A Fundação convidou o professor para o cargo de diretor. 
(C) O projeto pertence ao renomado cientista. 
(D) O governo criou recentemente o Bolsa-Floresta. 
(E) A diretora gosta muito de sua assistente. 
Comentário – Ao completar o sentido de um verbo, o pronome pessoal do 
caso oblíquo átono lhe funciona como objeto indireto dele. É assim que está 
OI OD 
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empregado no segmento sob análise. No sentido de ter direito, ser da 
competência, o verbo caber é transitivo indireto. 
Nas alternativas A, B e D, os termos destacados são objetos 
diretos dos respectivos verbos: “chamou”, “convidou” e “criou”. Elas devem ser 
prontamente descartadas. 
A alternativa C apresenta verbo transitivo indireto (algo 
pertence a alguém). O seu complemento pode ser substituído pela expressão a 
ele (preposição + pronome oblíquo tônico) ou pelo pronome oblíquo átono 
lhe. 
E o que dizer da última opção? Sem querer complicar muito a 
sua vida, esclareço que nem todos os verbos que projetam um argumento 
regido de preposição admitem que esse termo seja substituído pelo pronome 
átono de 3ª pessoa lhe ou lhes (Dependo do regulamento. = Dependo dele.). 
São esses verbos chamados por alguns gramáticos de TRANSITIVO RELATIVO; 
seus complementos são denominados COMPLEMENTOS RELATIVOS. 
Resposta – C 
28. (FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/2010) Está correta a flexão de todas as 
formas verbais da frase: 
(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência com o plano 
simbólico e espiritual. 
(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto à busca de 
um sereno estabelecimento de acordos. 
(C) Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se absteram de buscar 
a convergência de seus interesses. 
(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que torna de fato 
competitivo um país beligerante. 
(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve e interveio 
na História com a famosa frase. 
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Comentário – Alternativa A: o verbo advir deriva do verbo vir e deve ser 
conjugado como ele. Para que seja mantida a correlação verbal com a forma 
“tem”, é preciso que o primeiro verbo seja conjugado na terceira pessoa do 
singular do presente do indicativo: “Tudo o que advém [...] tem...”. 
Alternativa B: está em cena agora o verbo convir, que 
também é ocnjugado como o verbo vir. Na terceira pessoa do plural do 
pretérito perfeito do indicativo, deve ser assim conjugado: “O poder civil e a 
esfera religiosa [eles] nem sempre convieram...”. 
Alternativa C: o verbo abster (como manter, deter, conter
etc.) deriva do verbo ter e segue o modelo dele. Na terceira pessoa do plural 
do pretérito perfeito do indicativo, dever ser conjugadoda seguinte forma: 
“...nações e igrejas [elas] se abstiveram...” 
Alternativa D: como o sentido aqui é originar-se, o verbo 
adequado é o provir, que também é conjugado conforme o verbo vir. Na 
terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo, a forma correta 
é: “A pergunta de Stalin [ela] proveio...”. 
Alternativa E: atente para o fato de que o verbo conter (que 
foi conjugado no pretérito perfeito do indicativo) deriva de ter, conforme está 
dito no comentário da letra C. 
Resposta – E 
29. (FCC/TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2009) Quanto ao emprego das 
formas verbais e ao tratamento pessoal, está plenamente correta a frase: 
(A) Vai, junta-te àquele grupo de manifestantes e depois dize-me o que 
achaste. 
(B) Ide, juntem-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que 
achastes. 
(C) Queremos que Vossas Senhorias vos junteis àquele grupo de 
manifestantes e depois digai-nos o que acharam. 
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(D) Queremos que Suas Excelências juntai-vos àquele grupo de manifestantes 
e depois dizei-nos o que achásseis. 
(E) Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos 
o que acharam. 
Comentário – Utilize a tabela abaixo, que serve como uma revisão da 
formação do imperativo. 
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo 
 
eu cant-o eu cant-e 
tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu 
ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você 
nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós 
vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós 
eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês 
Alternativa B: “Ide” = segunda pessoa do plural (vós) do 
imperativo afirmativo do verbo ir; “juntem” = terceira pessoa do plural 
(eles/vocês) do imperativo afirmativo do verbo jantar; “dize” = segunda
pessoa do plural (vós) do imperativo afirmativo do verbo dizer; “achastes” = 
segunda pessoa do plural (vós) do pretérito perfeito do verbo achar. Não foi 
respeitada a uniformidade de tratamento entre as pessoas gramaticais. Eis a 
correção: “Ide, juntai-vos àquele grupo de manifestantes e depois me dizei o 
que achastes”. 
Alternativa C: pronome de tratamento leva o verbo e o 
pronome que se relacionam com ele para a terceira pessoa. Eis a correção: 
“Queremos que Vossas Senhorias se juntem àquele grupo de manifestantes e 
depois nos digam o que acharam”. 
Alternativa D: novamente, o fio condutor será o pronome de 
tratamento: “Queremos que Suas Excelências juntem-se àquele grupo de 
manifestantes e depois nos digam o que acharam”. 
Alternativa E: “Senhores, vão juntar-se àquele grupo de 
manifestantes e depois nos digam o que acharam”. 
Resposta – A 
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30. (Cesgranrio/Transpetro/Analista de Sistemas Júnior/2011) Complete as 
frases da segunda coluna com a expressão adequada à norma-padrão. 
I – por que 
II – porque 
III – porquê 
P – As pessoas ficaram tranquilas ______ não tiveram de refazer o trabalho. 
Q – Não sei o ______ de tanta preocupação com a pressa. 
R – Afinal, tantas dúvidas com a terapia, ______? 
S – Ignoro ______ razão as pessoas não se habituam à solidão. 
O preenchimento dos espaços com as expressões que tornam as 
sentenças corretas resulta nas seguintes associações: 
(A) I – P , II – S , III – Q 
(B) I – S , II – P , III – Q 
(C) I – S , II – R , III – P 
(D) I – R , II – P , III – S 
(E) I – Q , II – R , III – P 
Comentário – Letra P: porque (conjunção que indica causa, motivo, 
explicação; usado em orações subordinadas adverbiais causais e coordenadas 
sindéticas explicativas). 
Letra Q: porquê (substantivo, usado normalmente após um 
artigo ou outro determinante). 
Letra R: por quê (preposição + advérbio interrogativo; 
expressão usada no final de frase, diante de pontuação, em frases 
interrogativas). 
Letra S: por que (caso semelhante ao da letra R; porém o 
que é átono – não está no final de frase nem antes de pontuação). 
Portanto a associação correta é a seguinte: I – S; II – P; 
III – Q. Percebeu que a letra R só apareceu para nos atrapalhar? 
Resposta – B 
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31. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2011) O emprego da 
palavra/expressão destacada está INCORRETO em: 
(A) Estava mau-humorado quando entrou no escritório. 
(B) Indaguei a razão por que se empenhou tanto na disputa pelo cargo. 
(C) Ninguém conseguiu entender aonde ela pretendia chegar com tanta 
pressa. 
(D) Não almejava mais nada da vida, senão dignidade. 
(E) Ultimamente, no ambiente profissional, só se fala acerca de eleição. 
Comentário – Alternativa A: incorreta. Escreve-se mal-humorado, contrário 
de bem-humorado. Mau é o contrário de bom, que não se aplica ao caso 
analisado. 
Alternativa B: correta. Estamos diante agora de preposição + 
pronome relativo (= pela qual). 
Alternativa C: correta. Onde se aplica referentemente a lugar. 
A preposição que o acompanha é exigida pela regência do verbo “chegar”. 
Alternativa D: correta. Preste atenção: se não, expressão 
escrita separadamente, só ocorre quando o se for uma conjunção 
subordinativa condicional (equivalente a caso). Exemplo: Se não estudar, não 
passará! (Caso não estude...). Nas demais construções, a expressão é 
inseparável, como um vocábulo apenas. 
Alternativa E: correta. Acerca de equivale a seguinte locução: 
a respeito de (= sobre). Cuidado para não confundir com há cerca de, que 
indica a existência aproximada de algo, tempo decorrido. Exemplo: Neste 
curso, há cerca de 30 alunos. Estivemos aqui há cerca de um ano. Ou, 
ainda, com a cerca de, em frases como: Estamos a cerca de dois meses da 
prova. (indicando aproximadamente). 
Resposta – B 
32. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No trecho "estão 
convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou 
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históricas" (L.8-10), a omissão da preposição "de" prejudicaria a correção 
gramatical do período. 
Comentário – Sim, pois ela promove o vínculo entre o adjetivo “convencidos” 
e a oração completiva nominal subsequente. A retirada dela afetaria a coesão 
do período e as regras de regência nominal. 
Resposta – Item certo. 
Nas próximas páginas, estão relacionadas as questões que 
analisamos nesta aula, mas sem os respectivos comentários, para você 
resolvê-las novamente e, assim, revisar a matéria que estudou hoje. 
Até a próxima aula! 
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Lista das Questões Comentadas 
A sua vez 
Boa parte das brincadeiras infantis são um 
ensaio para a vida adulta. Criança brinca de ser mãe, 
pai, cozinheiro, motorista, polícia, ladrão (e isso, você 
sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime). 
5 E, ah, quando não há ninguém por perto, brinca de 
médico também. É uma forma de viver todas as vidas 
possíveis antes de fazer uma escolha ou descoberta. 
Talvez seja por isso que a gente pare de brincar aos 
poucos – como se tudoisso perdesse o sentido quando 
10 viramos adultos de verdade. E tudo agora é para valer. 
Mas será que parar de brincar é, de fato, uma decisão 
 madura? 
Atividades de recreação e lazer estimulam o 
imaginário e a criatividade, facilitam a socialização e 
15 nos ajudam a combater o estresse. Mas, se tudo isso 
for o objetivo, perde a graça, deixa de ser brincadeira. 
Vira mais uma atividade produtiva a cumprir na 
agenda. Você só brinca de verdade (ainda que de 
mentirinha) pelo prazer de brincar. E só. Como escreveu 
20 Rubem Alves, quem brinca não quer chegar a lugar 
nenhum – já chegou. 
QUINTANILHA, Leandro 
Disponível em: http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe 
_no_chao/conteudo_399675.shtml 
Você já é grandinho o 
suficiente para saber que 
brincadeira é para a vida 
toda 
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1. (Cesgranrio/Sec. Administ.-TO/Assistente Social/2009) O verbo destacado 
é impessoal na frase 
(A) “(e isso, você sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime).” (l. 
3-4). 
(B) “E, ah, quando não há ninguém por perto,...” (l. 5). 
(C) “E tudo agora é para valer.” (l. 10). 
(D) “Vira mais uma atividade produtiva a cumprir...” (l. 17). 
(E) “quem brinca não quer chegar a lugar nenhum –” (l. 20-21). 
2. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2011) O verbo destacado 
NÃO é impessoal em: 
(A) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o setor de finanças. 
(B) Espero que não haja empecilhos à minha promoção. 
(C) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial. 
(D) Já passava das quatro horas quando ela chegou. 
(E) Embora houvesse acertado a hora, ele chegou atrasado. 
3. (Cesgranrio/Petrobras /Administrador Júnior/2011) Considere as frases 
abaixo. 
I. Há amigos de infância de quem nunca nos esquecemos. 
II. Deviam existir muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, 
existissem discordâncias entre os elementos do grupo. 
Substituindo-se em I o verbo haver por existir e em II o verbo existir
por haver, a sequência correta é 
(A) existem, devia haver, houvesse. 
(B) existe, devia haver, houvessem. 
(C) existe, devia haver, houvesse. 
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(D) existem, deviam haver, houvesse. 
(E) existe, deviam haver, houvessem. 
4. (Cesgranrio/Petrobras/Administrador Júnior/2010) Transpondo-se o trecho 
“O futuro é construído a cada instante da vida,” para a voz passiva 
sintética, tem-se a forma verbal 
(A) constrói-se. 
(B) construiu-se. 
(C) há de ser construído. 
(D) pode ser construído. 
(E) foi construído. 
5. (Cesgranrio/Prominp/Técnico/2010) Em qual, dentre as frases abaixo, a 
forma verbal em destaque está corretamente empregada? 
(A) O fogão não foi acendido até aquele momento. 
(B) A invenção foi aceita de imediato. 
(C) As crianças foram expulsadas da cozinha. 
(D) Ele tinha limpo a cozinha depois do acidente. 
(E) Ele tinha aceso o fogão pela manhã. 
6. (Cesgranrio/Transpetro/Técnico em Enfermagem/2011) Considere a frase 
abaixo. 
O chefe de vários departamentos identifica a mudança no cenário da 
informática. 
A palavra identifica pode ser substituída, mantendo o sentido da 
sentença, pelo verbo ver, flexionado de acordo com a norma-padrão, por 
(A) vêm 
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(B) veem 
(C) vem 
(D) vê 
(E) viram 
7. (Cesgranrio/Fafen Energia S.A./Téc. de Administração/2009) Assinale a 
opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a 
expressão grifada pela palavra “onde”. 
(A) O cinema em que nos encontramos passa bons filmes. 
(B) Vejo você às 11 horas, quando iremos almoçar. 
(C) Se o tempo melhorar, então vamos à praia. 
(D) A situação que ele criou não é aceitável. 
(E) Lembrei-me do tempo no qual íamos juntos trabalhar. 
O Cerco Total aos Fumantes 
O estado de São Paulo aprova a lei antifumo mais 
restritiva do país. É um grande passo para tentar 
apagar o cigarro da vida moderna. 
A vida de quem fuma só piora no Brasil e no 
mundo. Mas agora, em São Paulo, fumar virou um 
inferno. Daqui para a frente, será proibido acender 
cigarros, cachimbos e charutos em qualquer ambiente 
5 coletivo fechado em todo o estado. Isso significa que: 
1) restaurantes não poderão mais ter alas para 
fumantes; 2) bares terão de aposentar seus cinzeiros; 
3) hotéis passarão a fiscalizar seus hóspedes; e 
4) empresas serão obrigadas a fechar as acinzentadas 
10 salinhas conhecidas como fumódromos. Quem quiser 
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dar suas tragadas só poderá fazê-lo em casa, no 
carro ou ao ar livre. A lei é tão rigorosa que mesmo 
ambientes com teto alto e sem paredes, como 
marquises, serão vetados ao tabaco. Os empresários 
15 que não se adequarem à lei em noventa dias poderão 
ser multados em até 3,2 milhões de reais. É para deixar 
qualquer um sem fôlego. [...] 
No Palácio dos Bandeirantes quem quer fumar 
um cigarro precisa andar 500 metros, cruzar o portão e 
20 sair para a rua. “Quando chove é pior, porque a gente 
precisa usar o guarda-chuva para chegar lá”, conta um 
funcionário da Casa Civil do governo. “Ficou tão difícil 
fumar que até decidi parar”, diz ele. [...] 
Quem considera a lei exagerada deve saber que 
25 São Paulo apenas se alinha a uma tendência mundial. 
Em Londres, desde 2007 não se pode fumar em 
espaços fechados, como pubs, cafés, restaurantes e 
escritórios. Lá, também foram extintos os fumódromos. 
Em Nova York, já é proibido fumar em lugares 
30 fechados, desde 2003. No estado americano da 
Califórnia, a lei é ainda mais dura. Há mais de um ano é 
vetado fumar dentro dos carros se um dos passageiros 
tiver menos de 18 anos. Na cidade de Belmont, 
também na Califórnia, a restrição chega aos lares. 
35 Não se podem acender cigarros em apartamentos que 
dividam chão, teto ou parede com outros. Os fumantes 
americanos têm outro problema com que se preocupar: 
eles pagam, em média, 25% a mais pelo plano de 
saúde, já que o cigarro está associado a um sem- 
40 número de doenças. O caso mais radical é o do Butão, 
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pequeno país espremido entre a Índia e a China, que 
simplesmente baniu a venda de tabaco em 2004. 
A brasa do tabagismo está-se apagando mundo afora. 
E a maioria não fumante não quer deixar que ela seja 
45 reavivada. 
BRASIL, Sandra. Revista Veja, 15 abr. 2009. (Adaptado) 
8. (Cesgranrio/Funasa/Administrador/2009) Na passagem “Os empresários 
que não se adequarem à lei em noventa dias poderão ser multados em 
até 3,2 milhões de reais.” (l. 14-16), o termo que apresenta a mesma 
classe gramatical que em 
(A) “A lei é tão rigorosa que mesmo ambientes com teto alto e sem paredes,” 
(l. 12-13) 
(B) “ ‘Ficou tão difícil fumar que até decidi parar’,” (l. 22-23) 
(C) “Quem considera a lei exagerada deve saber que São Paulo apenas se 
alinha a uma tendência mundial.” (l. 24-25) 
(D) “Os fumantes americanos têm outro problema com que se preocupar:” (l. 
36-37) 
(E) “E a maioria não fumante não quer deixar que ela seja reavivada.” (l. 44-
45) 
[...]

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