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Lingua Portuguesa 01 a 24

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Profª Noely Landarin www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 99 
 
Profª Noely Landarin 
Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Aulas 01 a 24 
 
 
Língua Portuguesa – INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Professora: Noely Landarin 
Aulas 01 a 24 
 
 
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Profª Noely Landarin 
Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Aulas 01 a 24 
 
 
 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
1. Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às 
partes. Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma ideia. 
 
2. Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que é absurdo. Geralmente um terço das 
afirmativas o são. 
 
3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar de se entender justamente o contrário do 
que está escrito. Leia duas vezes o comando da questão, para saber realmente o que se pede. 
 
Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, correta, 
incorreta, exceto, erro etc. 
 
4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último 
parágrafo - introdução e conclusão. 
 
5. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários - 
desenvolvimento. 
 
6. Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observações à margem 
do texto. 
 
7.Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu. 
 
8.Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes 
relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc. 
 
 
 
 
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Profª Noely Landarin 
Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Aulas 01 a 24 
QUESTÕES DE CONCURSOS - FCC 
 
(FCC - INSS-Técnico Seguro Social-fevereiro 2012) 
Atenção: As questões de números 9 a 14 baseiam-se no texto seguinte. 
 
Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua personalidade artística como por sua obra, foi 
alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incompreensão estética e o 
preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, 
nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras. Durante 
os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de Mahler ao início de uma era de 
sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. Intérpretes conhecidos e pesquisadores 
descobriram o compositor, enquanto gravações discográficas divulgavam uma obra até então 
desconhecida do grande público. 
 
Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura central da história da 
música do século XX. A visão de mundo de uma geração mais jovem certamente teve influência 
central aqui: o dilaceramento interior de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da 
existência humana, seu pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento 
em favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente, muito atual para a 
geração que nasceu no pós-guerra. 
 
O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor 
dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, recolhendo-se em pequenas cabanas na 
paz dos Alpes austríacos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe 
proporcionaram inspiração para sinfonias. 
 
Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali 
criadas diz muito sobre a genialidade do compositor – e, sobretudo, sobre a real origem de sua 
musicalidade. Totalmente abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de 
Mahler hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional Gustav 
Mahler. 
 
O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente voltará à memória de quem, tendo uma 
imagem desses despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa. 
 
(Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006, p. 52-53. Disponível 
em: <http.//www.cebrap.org.br/v1/upload/biblioteca_virtual/GIANNOTTI_Tolerancia%20maxima.pdf> Acesso em: 22 dez. 2011) 
 
 
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Profª Noely Landarin 
Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Aulas 01 a 24 
 
1. Segundo o autor, o reconhecimento da grandeza artística de Mahler ao longo dos anos 60 
deve-se, em larga medida, 
(A) à beleza única de suas obras, para a qual contribuíram largamente o amor incondicional do 
compositor pelos sons e pela musicalidade da natureza. 
(B) à harmonia do conjunto de sua obra, que, por sua simplicidade intrínseca, pôde ser amplamente 
compreendida pelas gerações seguintes. 
(C) ao advento de uma geração cujos valores, apesar da distância temporal, correspondiam aos 
defendidos pelo compositor. 
(D) ao reconhecimento, ainda que tardio, de sua originalidade por maestros e grandes intérpretes da 
música clássica com quem o compositor convivera. 
(E) à ação de organizações culturais que se dispuseram a divulgar a obra do compositor, mesmo 
correndo o risco de sofrer represálias por parte do público. 
 
 
2. Considerando-se o contexto, o elemento grifado foi substituído de maneira INADEQUADA 
em: 
(A) ... o acompanhariam postumamente... = após a morte 
(B) ... uma era de sucessos sem precedentes... = inéditos 
(C) O amor incondicional de Mahler... = irrestrito 
(D) ... despojados retiros musicais... =singelos 
(E) O mundo onírico dos Alpes... = nebuloso 
 
 
3. Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, o termo 
sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em destaque na frase: 
(A) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui. 
(B) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor. 
(C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas. 
(D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para grandiosas 
sinfonias. 
(E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais. 
 
 
 
 
 
 
 
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Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Aulas 01 a 24 
4. Consta que, durante o verão, em meio ...... beleza das montanhas dos Alpes, Mahler buscava ...... 
inspiração necessária para compor sinfonias que, felizmente, foram legadas ...... gerações futuras. 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
(A) à - à - as 
(B) a - a - às 
(C) à - a - às 
(D) a - à - às 
(E) à - a - as 
 
 
5. Está adequado o emprego do elemento sublinhado em: 
(A) Mahler, compositor a quem as gerações seguintes fizeram justiça, foi muito incompreendido em 
vida. 
(B) A obra de Mahler, na qual tantos manifestaram incompreensão, acabou marcandoo século XX. 
(C) Visitando Steinbach, aonde Mahler tanto se inspirou musicalmente, o turista reconhecerá a paz de 
que se beneficiou o compositor. 
(D) Mahler amava a paz da natureza, em cuja se valeu para concentrar-se e compor. 
(E) O século XX, ao qual sobressaíram grandes compositores, como Mahler, foi marcado por criações 
bastante polêmicas. 
 
 
6. As normas de concordância estão plenamente atendidas em: 
(A) Sempre houveram pessoas sensíveis o suficiente para perceberem a enorme riqueza e a 
profundidade que poderiam atingir a música de Mahler. 
(B) Entre os que reconheceram o talento de Mahler em vida está o escultor francês Auguste Rodin, 
que esculpiu, em 1909, vários bustos do compositor. 
(C) Prematuramente falecido, Mahler não chegou a usufruir do prestígio que lhe dedicaram, anos 
depois de sua morte, a geração seguinte. 
 
 
 
 
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Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Aulas 01 a 24 
TÓPICOS GRAMATICAIS PARA ESTUDOS 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
O acento gráfico existe para evitar confusões e dificuldades na leitura e entendimento de certas 
palavras escritas. Veja a confusão que esta frase pode causar se a mãe, ao escrever este bilhete, 
não souber acentuar corretamente: 
 
 Informo à secretaria que meu filho não pode trazer os documentos. 
 
 A quem os documentos devem ser entregues: à secretária ou à secretaria? Ele não pode (no 
presente) ou não pôde (no passado) trazer os documentos? 
 
 
ACENTUAÇÃO TÔNICA 
 
 Sílaba tônica: é a sílaba pronunciada com mais intensidade. 
 Oxítonas : são palavras cuja sílaba tônica é a última . 
 ali, procurar, urubus, Nobel, refém 
 
Paroxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a penúltima. 
 
 preto, álbum, repórter, rubrica, gratuito 
 
 Proparoxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima. 
 trânsito, tóxico, nítido, êxodo, ínterim. 
 
* Monossílabos Tônicos : pronunciados intensamente; têm carga semântica, por isso não se apóiam 
nos vocábulos próximos. 
 Vou pôr os pacotes ali. 
 Querem que eu dê uma contribuição. 
 
* Monossílabos Átonos : pronunciados fracamente, apóiam-se nos vocábulos próximos. 
 
Vou seguir por ali. 
Precisam de colaboração. 
 
 
 
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Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Aulas 01 a 24 
 
REGRAS GERAIS 
 
1. Acentuação das proparoxítonas 
 São todas acentuadas graficamente: bússola, meteorológico, amáramos, propuséssemos. 
 
2. Acentuação das paroxítonas 
 São acentuadas graficamente as terminadas em: 
a) i, is, u, us: júri, grátis, bônus, Vênus 
b) l, n, r, x, ps: amável, fusível, abdômen, caráter, clímax, bíceps 
c) om, ons: iândom(espécie de avestruz) , íons, elétrons 
d) ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfãs, órgão, sótãos 
e) um, uns: álbuns, médium, quórum 
f) ditongo oral (crescente ou decrescente, seguido ou não de -s): jóquei, pônei, vôlei, vácuo, 
história, área, Glória, gênio 
 
Obs.: a) Não se acentua a sílaba tônica dos verbos terminados em qüem: delinqüem. 
 b) Não se acentuam os prefixos paroxítonos em r e i: super-homem, semi - internato. 
 
3. Acentuação das oxítonas 
 Acentuam-se as terminadas em: 
a) a, as; e, es; o, os: guaraná, atrás, buquê, você, cipó, retrós 
b) em, ens : armazém, retém, também, vaivém, vaivéns (duas ou mais sílabas) 
 
4. Acentuação dos Monossílabos 
 Acentuam-se as terminadas em: 
a) a, as: cá, já, gás, Brás 
b) e, es: pé, mês, três, vês 
c) o, os : pó, só, vós, nós, pôs 
 
5. Acentuação de Hiatos 
 Acentuam-se o i e o u (2ª vogal tônica) dos hiatos, quando estiverem sozinhos na sílaba ou 
seguidos de S: baú, egoísmo, país, saída. 
 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO 
1. ruim, cair, Raul, raiz caiu 
2. tainha, moinho, rainha - hiato seguido de NH 
3. xiita, sucuuba (espécie de árvore)- hiatos formados por vogais idênticas- não se acentuam. 
 
* Acentua-se a primeira vogal tônica dos hiatos ôo / êe: crêem, enjôo, abençôo, revêem. 
MAS: compreendem, perdoou, semeeis 
 
6. Acentuação dos ditongos (ANTES D0 ACORDO ORTOGRÁFICO) 
 Acentuam-se os ditongos tônicos abertos éu(s), éi(s), oi(s): assembléia, hotéis, constrói, fogaréu, 
chapéus, fiéis. 
 
8. Acentuação dos verbos 
 * Nos verbos TER e VIR, coloca-se acento circunflexo na 3ª pessoa do plural, do presente do 
indicativo: ele tem - eles têm // ele vem - eles vêm 
 * Nos derivados: ele mantém - eles mantêm // ele provém - eles provêm 
 ele contém - eles contêm // ele intervém - eles intervêm 
 
 
9. Acentos diferencias (lei 5765 / dez.1971) (ANTES DO ACORDO ORTOGRÁFICO) 
pôde (pret. perf. ind.) pode (presente ind.) 
pára (verbo) para (preposição) 
pôr (verbo) por (preposição) 
côa, côas (verbo coar) coa, coas (contração com + a(as)) 
pêlo (substantivo) pélo (verbo) pelo (preposição) 
pôlo (substantivo; filhote de gavião) pólo (substantivo: extremidades, esporte) polo (contração arcaica – per + o) 
pêra (substantivo) péra (substantivo: pedra) pera (prep. arcaica) 
 
 
Estrangeirismos e Latinismos 
 
 As palavras latinas e estrangeiras, quando não incorporadas ao nosso idioma, não são acentuadas 
graficamente, como versus, sui generis etc. Entretanto há forma já incorporadas, ou seja, 
aportuguesadas, como álibi, quórum, médium, fórum, déficit que seguem as regras de acentuação. 
 
 
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Profª Noely Landarin 
Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Aulas 01 a 24 
 
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 
1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, 
posteriormente, por 
Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995. 
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum 
aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que 
têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo 
em direção à pretendida unificação ortográfica desses países. 
Mudanças no alfabeto 
 
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. 
O alfabeto completo passa a ser: 
 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z 
 
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa 
língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: 
 
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt); 
 
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros 
(e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, etc. 
 
Trema 
 
Nãose usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada 
nos grupos 
gue, gui, que, qui. 
 
Como era Como fica 
agüentar aguentar 
argüir arguir 
bilíngüe bilíngue 
 
 
 
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Língua Portuguesa p/ INSS: Técnico do Seguro Social – 2014 
Aulas 01 a 24 
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. 
Exemplos: Müller, mülleriano. 
 
Mudanças nas regras de acentuação 
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm 
acento tônico na penúltima sílaba). 
 
Como era Como fica 
alcalóide alcaloide 
alcatéia alcateia 
andróide androide 
apóia (verbo apoiar) apoia 
apóio (verbo apoiar) apoio 
asteróide asteroide 
bóia boia 
celulóide celuloide 
clarabóia claraboia 
colméia colmeia 
 
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas 
as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, 
troféus. 
 
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de 
um ditongo. 
Como era Como fica 
baiúca baiuca 
bocaiúva bocaiuva 
cauíla cauila 
feiúra feiura 
 
Atenção: se a palavra for oxítona e o i 
ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. 
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 
 
 
 
 
 
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Aulas 01 a 24 
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). 
 
Como era Como fica 
abençôo abençoo 
crêem (verbo crer) creem 
dêem (verbo dar) deem 
dôo (verbo doar) doo 
enjôo enjoo 
lêem (verbo ler) leem 
magôo (verbo magoar) magoo 
perdôo (verbo perdoar) perdoo 
povôo (verbo povoar) povoo 
vêem (verbo ver) veem 
vôos voos 
zôo zoo 
 
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), 
pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. 
 
Como era Como fica 
Ele pára o carro. Ele para o carro. 
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao poloNorte. 
Ele gosta de jogar pólo Ele gosta de jogar polo 
Esse gato tem pêlos Esse gato tem pelos. 
Comi uma pêra. Comi uma pera. 
 
Atenção: 
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. 
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. 
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. 
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. 
 
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. 
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 
 
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de 
seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). 
 
 
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Aulas 01 a 24 
Exemplos: 
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. 
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. 
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. 
 
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. 
Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da 
fôrma do bolo? 
 
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do 
presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir. 
 
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, 
averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. 
Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente 
do subjuntivo e também do imperativo. 
Veja: 
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. 
 
Exemplos: 
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. 
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. 
 
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. 
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): 
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. 
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. 
 
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos. 
 
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EMPREGO DO HÍFEN 
 
1. Nas formações com prefixos como: ante-, anti-, circum-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, 
intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, ... ou falsos prefixos, de origem grega ou 
latina, como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, 
mini-, multi-, pan-, neo-, pluri-, pseudo-, retro-, semi-, tele-..., emprega-se o hífen nos seguintes 
casos: 
 
a) Quando o segundo elemento começa por h: anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, 
extra-humano, pré-história, sub-hepático, pré-história, geo-história, pan-helenismo, semi-
hospitalar. 
 
Obs.: Não se usa o hífen quando des- e in- são seguidos de elemento que perdeu o h inicial: 
desumano, desumidificar, inábil, inumano. 
 
b) Quando o prefixo ou pseudoprefixo termina na 
Mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, supra-
auricular, auto-observação, micro-onda, semi-interno. 
 
Obs.: Co- aglutina-se em geral com o segundoelemento, mesmo quando iniciado por o: 
coobrigação, coordenar, coocupante, cooperar. 
 
c) Quando circum- e pan- antecedem vogal, m ou n : circum-murado, circum-navegação, pan-
africano, pan-mágico, pan-negritude. 
 
d) Quando hiper-, inter-, e super- antecedem r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista. 
 
e) Após sota-, soto-, vice-, vizo-, ex- (com sentido de estado anterior ou cessamento): ex-
almirante, ex-hospedeira, vice-presidente, ex-rei, vice-reitor, sota-piloto. 
 
f) Com os prefixos tônicos pós-, pré-, pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte: pós-
graduação, pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-europeu. Mas: pospor, prever, promover. 
 
 
 
 
 
 
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2. Não se emprega o hífen 
 
a) Quando o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, 
devendo estas consoantes duplicarem-se: antissemita, contrarregra, antirreligioso, cosseno, 
minissaia, biossatélite, microssistema, microrradiografia. 
 
b) Quando o prefixo ou pseudo prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por 
vogal diferente: antiaéreo, coeducação, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, 
autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual. 
 
Fonte: Pimentel, Ernani. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa/ Vestcon (2008) 
 
 
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ORTOGRAFIA 
 
 Na língua portuguesa, diversos fatores dificultam a escrita correta de certas palavras. Um desses 
fatores, por exemplo, relaciona-se à possibilidade de alguns fonemas admitirem diferentes grafias. 
 
 Há alguns procedimentos que podem diminuir as dificuldades relativas à ortografia 
 conhecer as orientações ortográficas; 
 consultar, sempre que necessário, o dicionário; 
 memorizar a grafia das palavras por meio da leitura e da escrita contínua. 
 
 Ortografia é a parte da Gramática que se ocupa da correta representação escrita das 
palavras. Grafar corretamente uma palavra significa adequar-se a um padrão estabelecido por lei. 
 
ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS 
 
1. A Letra X e o Dígrafo CH 
Usa-se a letra X 
 
 após um ditongo: caixa , trouxa , paixão. Exceção: recauchutar e seus derivados 
 
 após o grupo inicial en: enxada, enxame, enxaqueca, enxurrada, enxugar 
 Exceção: encher e seus derivados; palavras iniciadas por ch que recebem en-: encharcar (de 
charco) 
 
 após o grupo inicial me : mexer, mexicano , mexerico. Exceção: mecha 
 
 nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas: xavante, 
xingar, xerife, xampu, xará. 
 
2. As Letras G e J 
 Usa-se a letra G 
 
 nos substantivos terminados em -agem, igem - ugem: barragem, contagem, fuligem, ferrugem, 
vertigem . Exceções: pajem, lambujem, lajem 
 
 nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: contágio, colégio, prestígio, relógio, 
refúgio 
 
 
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Usa-se a letra J 
 
 nas formas dos verbos terminados em -jar : arranjar (arranjo, arranjem), enferrujar (enferrujem) 
 
 nas palavras oriundas do tupi, africana e árabe ou de origem exótica: jibóia, pajé, jirau, canjica, 
Moji. 
 
3. As Letras S ou Z 
 
Usa-se a letra S 
 nas palavras que derivam de outra em que já existe S : alisar (liso), pesquisar (pesquisa), analisar 
(análise) 
 nos sufixos : 
- -ês, -esa ( indicação de nacionalidade, título, origem): chinês, marquesa, duquesa, baronesa 
- - ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos): paranaense, amoroso, gasoso, nervosa 
- -isa (formação de feminino) : poetisa, profetisa, sacerdotisa, diaconisa 
 
 após ditongos: lousa, coisa, ausência, Neusa 
 
 nas formas dos verbos pôr (e derivados) e querer: pus, puséssemos, repusera, quisesse, 
quiséssemos 
 
 nas formas dos verbos com radicais terminados em ND, RG, RT, CORR, SENT, PEL: repreender = 
repreensão, imergir = imersão , reverter = reversão, recorrer = recurso, consentir = consenso, 
impelir = impulso. 
 
Usa-se a letra SS 
 
* verbos cujos radicais terminam em CED, GRED, PRIM, TIR: conceder = concessão, regredir = 
regressão, reprimir = repressão, admitir = admissão 
 
 Usa-se a letra Z 
 
 nas palavras derivadas de outras em que já existe Z : deslize - delizar; razão - razoável 
 
 nos sufixos 
 
 
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- -ez , -eza (formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos) : rijo - rijeza; rígido - rigidez ; 
 nobre - nobreza ; surdo - surdez ; inválido - invalidez ; macio - maciez 
- - izar (formador de verbos) e -ização (formador de substantivos): civilizar , civilização ; colonizar, 
 colonização ; realizar , realização. 
 
4. As Letras E e I 
 
 Os verbos com infinitivos terminados em -oar e -uar são grafados com e: abençoe, magoe, atue, 
continue, efetue 
 
 Os verbos terminados em -air, -oer e -uir são grafados com i: cai, sai, mói, corrói, possui, atribui. 
 
 
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CLASSES GRAMATICAIS 
 Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, são dez as classes gramaticais, e podem ser 
identificadas conforme as características que apresentam. 
 O quadro a seguir apresenta as dez classes gramaticais. 
 
Tipo Características Exemplo 
 
Substantivo 
Denomina os seres em geral. Designa: 
pessoa, animal, coisa (concreto), 
qualidade, estado, ação (abstrato). 
Mesa, Fortaleza, Deus, porta, beleza, 
amor, saudade, velocidade, beija-flor, 
sol. 
Adjetivo Acompanha o substantivo para indicar 
a qualidade dos seres, caracteriza o 
substantivo. 
Violência urbana, sonhos impossíveis, 
sonho de criança (pueril). 
 Artigo definido – determina o substantivo 
indefinido – indetermina o substantivo 
o, a os, as 
um, uma, uns, umas 
 
 
Numeral 
indica noção numérica (quantidade) 
a) cardinal 
b) ordinal 
c) fracionário 
d) multiplicativo 
 
três, catorze, cinqüenta 
primeiro, quinto, décimo 
três-quartos 
dobro, triplo, quádruplo 
Pronome Substitui (pron. substantivo) ou 
acompanha (pron.adjetivo) o 
substantivo. 
Todos disseram-lhe a verdade. 
Nossos assessores entregaram aquele 
documento. 
Advérbio Modifica o verbo, o adjetivo e o próprio 
advérbio, pois exprime circunstância 
(tempo, lugar, modo etc) 
Extremamente irresponsável. 
Estudou muito. 
Muito bem! 
Preposição Liga palavras, ou orações, 
estabelecendo noção de dependência. 
Desejo de vingança. 
Amor à vida. 
Conjunção Ligaorações ou palavras da mesma 
função. 
Estudou bastante, logo deve ser 
aprovado. João e Maria são irmãos. 
Interjeição Expressa estado emotivo. Oh! Ah! Salve! Ave! 
 Verbo Palavra que designa processo – ação, 
estado, aparência, fenômeno ou 
mudança de estado. 
Um bêbado solitário atravessou a rua. 
A situação parece tranqüila. 
Chovia torrencialmente. 
Tornou-se empresário.. 
 
 
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1. Conceito 
 
Verbo é a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno natural e outros 
processos, flexionando-se em pessoas, número, modo, tempo e voz. 
 
Os três exemplos seguintes foram retirados da obra de Fernando Pessoa: 
 
"Todos os amantes beijaram-se na minh'alma".(ação) 
"Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida" (estado) 
"Ah, na minha alma sempre chove." (fenômeno da natureza) 
 
2. Flexões 
 
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de possibilidades de flexão na língua 
portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informações. A forma 
falávamos , por exemplo, indica, por meio de seus morfemas: 
a) a ação de falar (fal-); 
b) o tempo em que tal ação ocorre: pretérito imperfeito ( - va) 
c) a pessoa gramatical que pratica essa ação: 1ª pessoa do plural, nós (- mos) 
d) o modo como é encarada essa ação: modo indicativo, pois expressa um fato realmente 
ocorrido no passado; 
e) que o sujeito - nós - pratica a ação expressa pelo verbo: voz ativa 
 
2.1. Flexão de Número 
 
A flexão de número indica a quantidade de seres envolvidos no processo verbal. São dois os 
números: o singular e o plural. O verbo admite singular e plural, concordando com seu sujeito. 
 
A tartaruga desapareceu. 
As tartarugas desapareceram. 
 
2.2. Flexão de Pessoa 
 
A flexão de pessoa indica as pessoas do discurso (1ª , 2ª e 3ª). As três pessoas gramaticais servem 
de sujeito ao verbo. 
 
 
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1ª pessoa: aquela que fala, ou seja, o emissor ou falante e corresponde aos pronomes pessoais eu 
(singular) e nós (plural). 
 
Eu respondo. Nós respondemos. 
 
2ª pessoa: aquela com quem se fala (receptor ou ouvinte) e corresponde aos pronomes tu (singular) 
e nós (plural). 
 
Tu respondes. Vós respondeis. 
 
 3ª pessoa: aquela de quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais ele, ela (singular) e eles, 
elas (plural). 
 
Ele responde. Eles respondem. 
 
2.3. Flexão de Modo 
 
A flexão de modo indica a maneira, o modo como o fato se realiza. São três os modos do verbo: o 
indicativo, o subjuntivo e o imperativo. Além dos modos, existem as formas nominais: infinitivo, 
gerúndio e particípio. 
 
2.4. Flexão de Tempo 
 
A flexão de tempo indica o momento ou a época em que se realiza o fato. São três os tempos: o 
presente, o pretérito e o futuro. Somente o pretérito e o futuro são divisíveis. 
Eis o esquema dos tempos simples em Português: 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDICATIVO 
 
Presente: eu falo 
 
 
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Pretérito perfeito: eu falei 
Pretérito imperfeito: eu falava 
Pretérito mais que perfeito: eu falara 
 
Futuro do presente: eu falarei 
Futuro do pretérito: eu falaria 
 
SUBJUNTIVO 
 
 Presente: que eu fale 
 Pretérito imperfeito: se eu falasse 
 Futuro: quando eu falar 
 
IMPERATIVO 
 
 Imperativo Afirmativo: fala tu, fale você 
 Imperativo Negativo: não fales tu, não fale você 
 
FORMAS NOMINAIS 
 
 Infinitivo impessoal: falar 
 pessoal: falar eu, falares tu 
 
 Gerúndio: falando 
 Particípio: falado 
 
3. Voz 
 
 É a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. São três as 
vozes verbais: 
 
3.1. ativa: nela, o sujeito se diz agente, porque é praticante da ação verbal. 
 
 O carroceiro disse um palavrão. 
 Suj ag. 
 
 
 
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3.2. passiva: nela , o sujeito se diz paciente, porque é o recebedor da ação verbal 
 
 Um palavrão foi dito pelo carroceiro. 
 Suj. pac. 
 
 A voz passiva pode ser: 
 
* analítica: formada com os verbos ser, estar e ficar, seguidos de particípio. 
 Uma mensagem foi enviada pelo mensageiro. 
 
* sintética: formada com um verbo transitivo direto acompanhado do pronome SE, que se diz 
apassivador. 
 Enviou-se uma mensagem. 
 
3.3. reflexiva: nela, o sujeito se diz agente e paciente, pois é ao mesmo tempo o praticante e o 
recebedor da ação verbal . 
 
 O carroceiro machucou-se. 
 suj ag./ pac. 
 
4. Conjugações 
 
 São três as conjugações, caracterizadas pela vogal temática: 
 
1ª conjugação 
caracterizada pela vogal temática a - am - a - r 
 
2ª conjugação 
caracterizada pela vogal temática e - vend - e - r 
 
3ª conjugação 
caracterizada pela vogal temática i - part - i - r 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Locução Verbal 
 
É o conjunto de verbo auxiliar + verbo principal (no gerúndio ou no infinitivo). Recebe ainda a 
denominação de perífrase verbal ou conjugação perifrástica. 
Nossa língua não dispõe de flexões próprias suficientes para exprimir com rigor todos os momentos 
do processo verbal. Vale-se, então, dos verbos auxiliares, que se usam para exprimir os mais 
diferentes aspectos da ação. 
 
OBS.: Não se confunde a noção de locução verbal com a de tempo composto. O tempo composto 
sempre traz o verbo principal no particípio, além do que, faz parte da conjugação normal, possui um 
nome (pretérito perfeito composto, futuro do presente composto, etc); a locução verbal tem o verbo 
principal no gerúndio ou no infinitivo e é empregada para enunciar aspectos ou modos da ação. 
 
6. Formas 
 
* Rizotônicas: são as formas verbais em que o acento tônico cai no radical. Por exemplo: amo, 
parto, bebam, etc. 
 * Arrizotônicas: são as formas verbais em que o acento tônico não cai no radical, e sim na 
terminação. Por exemplo: amarei, partirás, beberíamos, etc. 
 
 
 MODOS VERBAIS E FORMAS NOMINAIS: EMPREGO 
 
Modos Verbais 
 
A atitude do falante em relação ao fato expresso pelo verbo pode ser explicitada pelo modo verbal. 
 O falante emprega o modo indicativo quando afirma, interroga ou nega fatos, considerando que 
eles ocorreram, ocorrem ou ocorrerão. 
 
Voltarão logo para casa. 
 
O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo falante como uma possibilidade, um receio, 
um desejo:Talvez voltem logo para casa. 
O modo imperativo, o falante dirige-se a um ouvinte para dar uma ordem, um conselho ou fazer um 
pedido. 
 
 
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Volte logo para casa. 
 
MODO INDICATIVO 
 
Presente 
 
a) Expressa um fato que ocorre no momento em que se fala. 
 
 As águas atingem um metro, afirma o locutor da TV. 
 
b) Expressa uma verdade científica, uma lei, um fato real que data de muito tempo e deve durar por 
tempo indefinido. É chamado de presente durativo: 
 
 O interior do planeta Terra gira mais depressa. 
 
c) Expressa uma ação habitual ou freqüente. Nesse caso, é chamado de presente habitual ou 
freqüentativo. 
 
 Todo dia ela faz tudo sempre igual 
 Me sacode às seis horas da manhã 
 Me sorri um sorriso pontual 
 E me beija com a boca de hortelã 
(Chico Buarque) 
 
d) Expressas fatos passados. É chamado de presente narrativo ou histórico. É bastante utilizado 
em textos jornalísticos, principalmente nas manchetes, para transmitir ao leitor a impressão de que os 
fatos são recentes. 
Enchente provoca emergência no Paraná. 
 
e) É utilizado em lugar de futuro. 
 Volto terça-feira que vem. 
 
f) É utilizado para substituir o imperativo, expressando de forma delicada um pedido ou ordem. 
Compare as duas frases: 
 Resolva o problema. (imperativo) 
 Você me resolve o problema? (presente) 
 
 
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g) Substitui o futuro do subjuntivo 
 Se você vem, traga-me o material. (presente) 
 Se você vier, traga-me o material. (futuro do subjuntivo) 
 
Pretérito Imperfeito 
 
a) Expressa um fato não concluído no passado. 
 Nos primeiros anos do século XX, o restrito círculo das sociedades industrializadas vivia momentos 
de euforia. 
 
b) Expressa um fato habitual ou repetido no passado. É chamado de pretérito imperfeito 
freqüentativo. 
 Há sérios indícios de que os membros da realeza se casavam e se acasalavam no seio da mesma 
família. 
 
c) Quando se expressam dois fatos concomitantes, o processo que estava ocorrendo e que cessa 
quando ocorre outro é expresso pelo pretérito imperfeito: 
 O ônibus fazia a linha Rio-SP e tombou quando o motorista desviou do engavetamento. 
 
d) É utilizado para iniciar narrativas, lendas, fábulas, em geral com o verbo ser, indicando 
tempo vago, impreciso: 
 
 Era uma vez um menino maluquinho... 
 
e) Substitui o futuro do pretérito 
 
 Se eu pudesse ficar sem escrever, não escrevia . Escrevo porque não tem jeito. 
 
f) Substitui o presente do indicativo para conotar maior polidez 
 
 Queria que vocês caprichassem mais nos trabalhos (Quero que vocês caprichem mais...) 
 
g) É utilizado na linguagem infantil, principalmente para definir papéis nas brincadeiras. 
 
Agora eu era o herói. 
E o meu cavalo só falava inglês... (Chico Buarque) 
 
 
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Pretérito Perfeito 
 
a) Indica um processo completamente concluído em relação ao momento em que se fala. 
 O europeu chegou ao Novo Mundo com uma bagagem repleta de superstições e preconceitos e 
atirou-se às conquistas, sob a justificativa de estar a serviço de Deus e de Sua Majestade. 
 
b) A forma composta expressa um processo passado que se repetiu ou se repete até o presente. 
 Não tenho estudado música. 
 
Pretérito mais-que-perfeito 
 
a) Expressa um fato passado, que ocorreu antes de outro, também passado. Portanto, o mais-que-
perfeito exprime um fato duplamente passado. 
 
 é passado em relação ao momento em que se fala; 
 é passado em relação ao momento em que se realizou outro fato. 
 
 Mentiu outra vez ao afirmar que falara tudo ao presidente do clube. 
 
b) Na linguagem literária, pode substituir o futuro do pretérito. 
Descrever o abalo que sofreu Inocência ao dar, cara a cara, com Manecão fora impossível. 
c) É usado em orações optativas 
 Quisera entender meu som tropical. 
 
d) Na linguagem coloquial prefere-se a forma composta 
 Quando eu entrei na sala, o professor já entrara. 
 Quando eu entrei na sala, o professor já tinha entrado. 
 
Futuro do Presente 
 
a) Exprime um fato (realizável ou não) posterior ao momento em que se fala. Portanto, no momento 
da fala, o fato é ainda inexistente. 
 
 Grêmio terá time completo contra o Penharol. 
 
b) Pode evidenciar incerteza a respeito de um fato presente. 
 
 
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 Terá o atual prefeito a mesma ousadia do anterior? 
 
c) Pode substituir o imperativo 
 
 com valor categórico 
Serás derrotado, meu compadre! 
 
 com valor de sugestão 
Você fará tudo para ser aprovado no concurso , não é mesmo? 
 
A forma composta pode ser empregada: 
a) para indicar que uma ação futura será realizada antes de outra. 
Vocês serão vítimas das próprias armadilhas que terão construído. 
 
b) para indicar a certeza de uma ação futura. 
Aí sim teremos compensado todos os nossos esforços. 
 
c) para indicar incerteza diante de um fato passado. 
Essa última administração terá resolvido os problemas básicos da cidade. 
 
Futuro do Pretérito 
 
a) Expressa um fato futuro em relação a outro já passado. 
O proprietário deixou claro que haveria dificuldades. 
 
b) Substitui o presente do indicativo, para atenuar uma ordem ou um pedido. 
Pediria que todos se manifestassem a respeito do assunto. 
 
c) Pode ser substituído pelo pretérito imperfeito do indicativo. 
 Ah! se eu fosse você, eu voltava para mim. 
 
d) Pode expressar incerteza, dúvida, possibilidade. 
 Seria ele o responsável pelo fracasso da assembléia? 
 
A forma composta é empregada para 
a) indicar a possibilidade de um fato passado ter ocorrido. 
 
 
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 Presumiu que teria visto o cometa. 
 
b) para indicar incerteza a respeito de um fato passado. 
O acidente teria ocorrido na Rodovia dos Bandeirantes? 
 
MODO SUBJUNTIVO 
 
O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo falante como uma possibilidade, um receio, um 
desejo. 
 
É possível que tudo se resolva logo. 
 
Em seus diversos tempos, o modo subjuntivo aparece geralmente em orações dependentes, mas 
pode ocorrer também em orações independentes. 
 
 Não vamos deixar / que a inflação volte. 
 1ª oração 2ª oração depende da 1ª 
 
 Deus te ouça! (oração independente) 
 
TEMPOS DO SUBJUNTIVO 
 
A localização temporal expressa pelos tempos do subjuntivo é menos nítida que a dos tempos do 
indicativo.Como geralmente o subjuntivo ocorre numa oração dependente, o tempo empregado vai 
depender do tempo verbal da oração principal. 
 
Presente 
 
 Nos vários empregos estudados anteriormente, o presente do subjuntivo vai expressar tempo 
presente ou futuro, dependendo do tempo do verbo da oração principal. 
 Usa-se o presente do subjuntivo quando o verbo da oração principal estiver no: 
 
a) presente do indicativo 
É inevitável / que cedo ou tarde estas qualidades sejam valorizadas. 
 
b) imperativo 
Faça a revisão do carro / para que viaje tranqüilo. 
 
 
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c) futuro do presente 
 Fará a revisão do carro / para que viaje tranqüilo. 
 
 
Pretérito Imperfeito 
 
 Expressa fatos, presente ou futuro, e ocorre quando o verbo da oração principal estiver no: 
 
a) pretérito imperfeito do indicativo 
 Desejávamos / que tudo não passasse de um grande engano. 
 
b) pretérito perfeito do indicativo 
 Desejei / que tudo não passasse de um grande engano. 
c) futuro do pretérito 
Desejaria / que tudo não passasse de um grande engano. 
Pretérito Perfeito 
 
Esse tempo só existe na forma composta. Expressa um fato já ocorrido quando o verbo da oração 
principal estiver no presente do indicativo. 
 
Desejo que todo esse sofrimento não tenha sido em vão. 
 
Pretérito Mais - que - perfeito 
 
Esse tempo só existe na forma composta. É empregado para exprimir uma ação que deveria ter 
ocorrido no passado, anterior a outro fato, também passado. Ocorre quando o verbo da oração 
principal estiver no pretérito imperfeito do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo. 
 
Queria que ela tivesse saído do colégio. 
Ficaria feliz se elas houvessem saído do colégio. 
 
 
 
 
 
 
 
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Futuro 
 
A forma simples é empregada em orações que expressem um fato eventual, hipotético. Aparece 
apenas em orações dependentes, junto com orações principais que tenham verbo no presente ou no 
futuro. 
 Vou se quiser. (indica condição) Irei se quiser. 
 Vou como quiser. (indica modo) Irei como quiser. 
 Vou quando quiser. (indica tempo) Irei quando quiser 
 
 A forma composta expressa um fato que será concluído no futuro, em relação a outro fato, também 
futuro. 
 
 Só ficarei sossegado quando tiverem terminado a reforma da casa. 
 
MODO IMPERATIVO 
 
 No imperativo o falante dirige-se a um ouvinte na tentativa de fazer com que este realize o processo 
expresso pelo verbo. Portanto, o imperativo exprime: 
 
a) ordem 
Saiam já da quadra - ordenou o inspetor de alunos. 
 
b) conselho 
Olhe; um conselho: faça-se forte aqui, faça-se forte. 
 
c) solicitação 
Por favor, chegue mais perto do microfone. 
 
d) súplica 
Ó máquina, orai por nós. 
e) sugestão 
Não grite com ele, que tudo dará certo. 
 
O imperativo pode ser substituído 
 
a) por interjeição 
Silêncio! 
 
 
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b) pelo presente do indicativo 
Você aí, me diz a verdade... 
 
c) pelo futuro do presente 
Não matarás. 
 
d) pelo imperfeito do subjuntivo 
E se todos falassem mais baixo? 
 
e) pelo infinitivo 
Não virar à esquerda. 
 
f) pelo gerúndio 
Circulando! Circulando! A polícia chegou. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
 
1. Quanto à função 
 
 Quanto à função, o verbo pode ser auxiliar ou principal. 
 
 Verbo auxiliar é aquele que, perdendo seu significado próprio, é utilizado para auxiliar a 
conjugação de outro, chamado de verbo principal. 
 
- Não parece que ela está rindo? 
 
 Os auxiliares mais comuns são: ter, haver, ser e estar. 
 Alguns verbos podem funcionar, ocasionalmente, como auxiliares: ir, vir, andar. 
 
 Compare as duas frases: 
 Ele anda a pé. (andar - verbo principal) 
 Ele anda falando mal de todo mundo. (andar - verbo auxiliar) 
 
 
 
 
 
 
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 Compare ainda: 
 Ela queria mais espaço para dançar. 
(queria - verbo principal) 
 Curiosos queriam ver as tartaruguinhas. 
(queria - verbo auxiliar) 
 
2. Quanto à flexão 
 
a) Regulares 
São aqueles que seguem um paradigma, isto é, um modelo de conjugação. 
 O radical desses verbos permanece inalterado em todas as formas. Exemplos de verbos regulares: 
amar, falar, comprar, vender, partir. 
 
 amo, amas, amássemos, amarei, amado... 
 venço, vencerei, venceríamos, vencestes... 
 
b) Irregulares 
São aqueles que não seguem o paradigma dos verbos de sua conjugação, sofrendo alterações no 
radical ou na terminação. São irregulares, por exemplo, os verbos fazer, dar, pedir, ir, poder, etc. 
 
 faço, fiz, feito 
 posso, podes, poderíamos 
 
c) Anômalos 
São os que, durante a conjugação, apresentam radicais distintos. Existem apenas dois: 
 
 Ser (sou, és, fui) 
 Ir (vou, ia, fui) 
 
d) Defectivos 
São aqueles que não são conjugados em todos os tempos, modos e pessoas. Os principais são 
estes: 
 
1) todos os verbos impessoais e unipessoais; 
2) adequar e precaver, que só se conjugam nas formas rizotônicas; 
 
 
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3) computar, que não possui a 1ª, a 2ª e a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo e, 
conseqüentemente, todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo; do imperativo 
afirmativo só possui esta pessoa: computai; 
4) viger, que só se conjuga nas pessoas que mantêm a vogal temática E; é mais usado nas terceiras 
pessoas, do singular e do plural; 
5) feder e soer, que não possuem a 1ª pessoa do singular do pres. do ind. e, conseqüentemente, 
todo o pres. do subj. e todo o imperativo negativo; 
6) reaver, derivado de haver, que só se conjuga nas formas em que este conserva a letra V; 
7) abolir, falir e uma série de outros da 3ª conjugação . 
 
Classificam-se os verbos da 3ª conjugação em dois grandes grupos: 
1º - os que seguem a conjugação de abolir, que não possui a 1ª pessoa do singular do presente do 
indicativo e, conseqüentemente, todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo 
 
 Indicativo, presente (- , aboles, abole, abolimos, abolis, abolem) 
 Imperativo afirm. (abole, aboli) 
 
 Os principais verbos que seguem essa conjugação são: aturdir, banir, bramir, brunir, carpir, colorir, 
comedir, delinqüir, delir, demolir, descomedir, desmedir, esculpir, exaurir, explodir, extorquir, fremir, 
fundir, jungir, pungir, refulgir, retorquir, ruir, urgir. 
 
2º - os que seguem a conjugação de falir,que só se usa nas formas arrizotônicas, não possuindo 
também todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo. 
 
 Indicativo, presente (falimos, falis) 
 Imperativo afirmativo. (fali) 
 Os principais verbos que seguem essa conjugação são: adir, aguerrir, combalir, embair, emolir, 
empedernir, esbaforir-se, escandir, espavorir, florir, foragir-se, garrir, rangir, reflorir, remir, renhir, 
ressarcir, ressequir, e transir. 
 
e) Abundantes 
São aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes. Geralmente essas formas aparecem 
no particípio. Ex.: havemos, e hemos, haveis e heis, acendido e aceso, soltado e solto. 
 Dos particípios, o que termina em -do é regular; o outro é irregular. 
 
 
 
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 Os particípios regulares são usados na voz ativa, ou seja, com ter e haver; os irregulares são 
empregados na voz passiva, ou seja, com ser, estar, ficar, etc.; nem sempre, porém, a língua 
contemporânea segue tal norma. 
 
 O deputado tinha aceitado um acordo; depois arrependeu-se. 
 O acordo foi aceito pelo deputado. 
 Já estava aceito o acordo quando ele se arrependeu. 
 
Com os auxiliares: 
 
Ter e Haver - emprega-se o particípio regular. 
Ex: Minha mãe já havia fritado os ovos. 
Ser e Estar – emprega-se o particípio irregular. 
Ex: Os ovos já estão fritos. 
 
Observações: 
Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir e seus derivados possuem apenas o 
particípio irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto, vindo. 
1. Na língua contemporânea, há uma certa tendência pelo uso dos particípios irregulares, o que 
justifica o desuso de ganhado, gastado e pagado. 
 
3. Quanto à existência ou não do sujeito. 
 
a) Pessoais 
São aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. A maior parte dos verbos de 
nossa língua são pessoais. 
O Nino apareceu na porta. 
 
b) Impessoais 
São aqueles que não se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. Esses verbos são utilizados 
sempre na 3ª pessoa. Consideram-se como impessoais: 
1. verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar, etc. 
Garoava na madrugada roxa. 
(Alcântara Machado) 
 
2. o verbo haver, no sentido de existir, ocorrer, acontecer. 
 Houve um espetáculo ontem. 
 
 
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 Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos claros. (Bernardo Élis) 
 Há alunos na sala. 
 
3. o verbo fazer, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. 
 Fazia dois anos que eu estava casado. 
 Faz muito frio nesta região. 
 
OBS.: Alguns desses verbos podem ser empregados em sentido figurado. Nesse caso, são pessoais, 
uma vez que podem apresentar sujeito. 
 
 O orador trovejava ameaças. 
 Choveram canivetes. 
 
 
TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS 
 
1. Derivados do presente do indicativo: 
 a) Presente do subj. (1ª. conj: e-es-e-emos-eis-em, 2ª. e 3ª. conj: a-as-a-amos-ais-am) 
 b) Imperativo afirmativo (tu e vós = Presente indic. menos o S / você,nós, vocês = Presente subj.) 
 c) Imperativo negativo - (exatamente igual ao Presente do subjuntivo). 
 
Observe o quadro: 
Derivados do Presente do Indicativo 
 
Presente do 
Indicativo 
Imperativo Afirmativo Presente do 
Subjuntivo 
Imperativo Negativo 
radical da 1ª pessoa do presente do indicativo 
Faç o xxxxxxxxxxxxx faça xxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
Fazes Faze tu faças Não faças tu 
Faz Faça você faça Não faça você 
Fazemos Façamos nós façamos Não façamos nós 
Fazeis Fazei vós façais Não façais vós 
Fazem Façam vocês façam Não façam vocês 
 
 
 
 
 
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Exercite 
Verbo: 
Presente Indicativo. Imperativo Afirmativo Presente subjuntivo Imperativo negativo 
 
 
 
 
 
 
 
Imperativo Afirmativo Pronomes Correspondente Imperativo Negativo (não) 
eu não há ----- eu não há 
tu pres. (ind.) -s te, teu (s), tua (s) tu pres. (subj..) 
você pres. (subj.) lhe, se, seu, sua você pres. (subj.) 
nós pres. (subj.) nos, conosco, nosso nós pres. (subj.) 
vós pres. (ind.) -s vos, convosco, vosso vós pres. (subj.) 
vocês pres. (subj.) lhes, se, seus, suas vocês pres. (subj.) 
 
Uniformidade de Tratamento 
Quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa 
do tratamento escolhido inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de você, 
não poderemos usar o te ou teu, e os verbos vão para a 3a pessoa. 
Frase errada: 
Medi vossas forças antes de te entregar à luta. 
Frase correta: 
Medi vossas forças antes de vos entregardes à luta. 
 
2. Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo 
 a) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo (tema + ra, ras, ra, ramos, reis, ram) 
 b) Pretérito imperfeito do subjuntivo (tema + sse, sses, sse, ssemos, sseis, ssem) 
 c) Futuro do subjuntivo (tema + r, res, r, rmos, rdes, rem) 
 
 
 
 
 
 
 
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Observe: 
 
 Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo 
Pret. Perfeito 
do indicativo 
Pret. Mais-que-Perf. 
do indicativo 
Pret. Imperfeito 
do subjuntivo 
Futuro do subjuntivo 
tema do pretérito perfeito (2ª. pessoa do singular) menos -STE 
fiz fize ra fize sse fize r 
fizeste fize ras fize sses fize res 
fez fize ra fize sse fize r 
fizemos fizé ramos fizé ssemos fize rmos 
fizestes fizé reis fizé sseis fize rdes 
fizeram fize ram fize ssem fize rem 
 
EXERCITE 
Verbo: 
Pret.Perfeito indicativo Pret.Mais-que-perfeito ind Pret.Imperfeito subjuntivo Futuro subjuntivo 
 
 
 
 
 
 
 
3. Derivados do Infinitivo 
 
a) Pretérito Imperfeito Indicativo (radical + ava,avas,ava,ávamos,áveis,avam 1ª.conj.)(radical + 
ia,ias,ia,íamos,íeis, iam - 1ª. e 2ª. conj.); 
b) Futuro do Presente (tema + rei, rás, rá, remos, reis, rão); 
c) Futuro do Pretérito (tema + ria, rias, ria, ríamos, ríeis, riam); 
d) Particípio (radical + ado - 1ª. conj. / radical + ido - 2ª. e 3ª. conj. 
e) Gerúndio (tema + ndo ) 
 
 
 
 
 
 
 
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Observe: 
 
Derivados do Infinitivo - 1ª. Conjugação 
 radical tema 
 cant -ar canta - r 
 
cant-ado cant ava canta rei canta ria 
 cant avas canta rás canta rias 
 cant ava canta rá canta ria 
 cant ávamos canta remos canta ríamos 
 cant áveis canta reis canta ríes 
 cant avam cantarão canta riam 
 
Derivados do Infinitivo - 2ª. e 3ª. conjugações 
radical tema 
pod er / ped ir pode r / pedi r 
 
pod 
ido 
pod ia ped ia pode rei pedi rei pode ria pedi ria 
 pod ias ped ias pode rás pedi rás pode rias pedi rias 
 pod ia ped ia pode rá pedi rá pode ria pedi ria 
 pod íamos ped 
íamos 
pode remos pedi 
remos 
pode 
ríamos 
pedi ríamos 
ped 
ido 
pod íeis ped íeis pode reis pedi reis pode ríeis pedi ríeis 
 pod iam ped iam pode rão pedi rão pode riam pedi riam 
 
 
Observações: 
1. Os verbos fazer, dizer e trazer, bem como seus derivados, perdem a sílaba “zê’’ no futuro do 
presente e no futuro do pretérito. farei (fazerei); direi (dizerei), trarei (trazerei) faria (fazeria); diria 
(dizeria); traria (trazeria) 
 
2. Os verbos ter, vir e pôr, seus derivados, têm desinências próprias para o pretérito imperfeito do 
indicativo: tinha (e não tia); vinha (e não via); punha (e não poía). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCITE 
 
Verbo: 
Infinitivo: Pret.Imperfeito indic. Futuro do Presente Futuro do Pretérito 
 
Particípio: 
 
Gerúndio: 
 
 
 
 
CORRELAÇÃO ENTRE TEMPOS: 
 
Usa-se FUTURO DO PRESENTE > FUTURO DO SUBJUNTIVO 
 Cumpriremos o acordo, se ele mantiver a palavra. 
 
Usa-se o FUTURO DO PRETÉRITO > PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO 
 Cancelaríamos o passeio, se chovesse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ADVÉRBIO 
 
Advérbios são palavras modificadoras do verbo. Servem para expressar as várias circunstâncias que 
cercam a significação verbal. Alguns advérbios, chamados de intensidade, podem também prender-
se a adjetivos, ou a outros advérbios, para indicar-lhes o grau: muito belo (= belíssimo), vender muito 
barato (= baratíssimo). 
 Alguns há, até, que não acompanham a verbos, mas somente a adjetivos e Advérbios – tais como, 
tão, quão, que, em frases assim: 
 Nunca vi olhos tão lindos. 
 Quão belas estás! 
 Porque chegaste tão cedo? 
 
 Atente-se especialmente para o advérbio de intensidade QUE, figurante em frases exclamativas 
como estas. 
 
Que generoso coração! 
Que lua maravilhosa! 
 
Classificação 
 
 Distribuem-se os advérbios pelas seguintes espécies: 
1. de dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente,eventualmente, etc 
2. de intensidade: muito, pouco, assaz, bastante, demais, excessivamente, demasiadamente, etc. 
3. de lugar: abaixo, acima, além, aí, ali, aqui, cá, dentro, lá, avante, atrás, fora, longe, perto, etc. 
4. de modo: bem, mal, assim, etc.(e muitos adjetivos adverbializados com o sufixo mente ou sem ele) 
5. de tempo: ainda, agora, amanhã, ontem, logo, já, tarde, cedo, outrora, então, antes, depois, 
imediatamente, anteriormente, diariamente, etc. 
 
Locução adverbial: 
Duas ou mais palavras que funcionem como um advérbio constituem uma locução adverbial: às 
vezes, às cegas, às claras, às escondidas, às pressas, às tontas,de propósito, de frente, de repente, 
de um golpe, de viva voz, em mão (e não em mãos), por atacado, por milagre. 
 
Advérbios-Relativos 
São os advérbios onde, quando, como -, empregados com antecedente, em orações adjetivas. 
 Fica ali a encruzilhada / onde ergueram uma cruz de pedra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Era no tempo/ quando os bichos falavam... 
 Merece elogios o modo / como trata os mais velhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CLASSES GRAMATICAIS (EMPREGO) 
 
SUBSTANTIVO 
O substantivo é uma das classes de palavras essenciais da língua. É responsável pela nomeação 
de seres e coisas que estão à nossa volta, bem como de nossos sentimentos e idéias. Além disso, é 
essencial para atender à necessidade humana de ordenar, classificar, distinguir, hierarquizar, etc. 
Sem os substantivos, como faríamos, por exemplo, para nos referirmos a seres distintos, como o 
peixe e o homem, a terra e o mar, o sal e o mel? 
 
Os mais terríveis monstros não estão na África; estão nos países em guerra. 
 
Toda palavra que venha antecedida de artigo é um substantivo: o não, o saber, o CEASA. 
 
ADJETIVO 
 
Assim como os substantivos designam, organizam, distinguem e hierarquizam os seres que estão 
à nossa volta, ou nossos sentimentos e desejos, os adjetivos também participam dessa tarefa, 
modificando os substantivos, atribuindo-lhe características específicas. 
Desse modo, no plano da linguagem, é por meio de adjetivos que distinguimos realidades diversas 
como mar limpo de mar poluído; direito preservado de direito ultrajado; criança protegida de 
criança abandonada. 
 
A mulher perdoa a fealdade, os cabelos brancos e as doenças repugnantes; mas o que nunca a 
mulher perdoa é a estupidez. 
 
 A anteposição ou a posposição de alguns adjetivos aos substantivos implica mudança de sentido. 
 
 alto funcionário ( funcionário de posição elevada) 
 Funcionário alto (funcionário de elevada estatura) 
 
 comum acordo (acordo relativo a todos) 
 acordo comum (acordo corriqueiro) 
 
 pobre gente (gente infeliz) 
 gente pobre (gente sem recursos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Alguns nomes são pronomes adjetivos quando antepostos aos substantivos e adjetivos puros 
quando pospostos; nesse caso há mudança de significado. 
 
 certo homem (determinado homem) 
 homem certo (homem adequado) 
 diversos modelos (alguns modelos) 
 modelos diversos (modelos diferentes) 
 
 todo homem (qualquer homem) 
 homem todo (homem inteiro) 
 
 É comum usar-se o adjetivo com valor de substantivo. Para tanto, basta fazê-lo anteceder de um 
artigo. 
 
 O brasileiro é um apaixonado do futebol. 
 
ARTIGO 
 
Os artigos não são meros acompanhantes dos substantivos. Quase sempre o uso ou a falta dos 
artigos assumem um papel decisivo na precisão do sentido que se pretende dar a um texto. Podem, 
por exemplo, particularizar ou generalizar, como em Gostaria de ter um filho novamente / Gostaria de 
ter o filho novamente; podem se referir à parte ou ao todo, como em A comissão foi formada por 
moradores da rua (alguns) / A comissão foi formada pelos moradores da rua (todos) 
 
Mal começaram a existir a prudência e a perspicácia, nasceu a hipocrisia. 
 
EMPREGO: 
 
1. Não se usa artigo antes de nomes ou expressões de sentido generalizado. 
Amor é sacrifício. Avareza não é economia.2. Outro, em sentido determinado, é precedido de artigo; não, quando indeterminado: 
Fiquem dois aqui; os outros podem ir. 
Uns estavam atentos; outros conversavam. 
 
3. Emprega-se o artigo definido com o superlativo 
Não consegui resolver as questões mais difíceis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aulas 01 a 24 
 
Obs.: Considera-se errada, neste caso, a repetição do artigo. 
Não consegui resolver as questões as mais difíceis. 
 
4. Repete-se o artigo: 
 Nas oposições entre pessoas e coisas: o rico e o pobre, a alegria e a tristeza. 
 Na qualificação antonímica do mesmo substantivo: O bom e o mau ladrão, o homem antigo e o 
moderno, o Novo e o Velho Testamento. 
 Na distinção de gênero e número: o patrão e os operários, o genro e a nora. 
 
5. Não se repete o artigo: 
 Quando há sinonímia, indicada pela explicativa ou: a botânica ou fitologia. 
 Quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo: a clara, persuasiva e discreta exposição dos 
fatos. 
 
6. Nomes de continentes, países, regiões, montes, rios, mares, constelações, etc., usam-se com o 
artigo: 
a América, o Brasil, os Andes, o São Francisco, a Via-Láctea 
 Dizemos: o Sol, a Terra, a Lua. MAS: Saturno, Marte, Netuno, etc 
 
7. Casa, significando lar, não sofre determinação, como se vê nas frases seguintes : 
Fique em casa. / Não saio de casa. 
 
8. É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere. 
O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges. 
 
9. Não se emprega artigo diante da maioria dos nomes de lugar. 
Passaram o carnaval em Salvador. / Brasília é a capital da República. 
Obs.: Se o nome de lugar vier qualificado, o uso do artigo será obrigatório. 
A bela Florianópolis é capital de Santa Catarina. / Estavam na Roma antiga. 
 
10. É facultativo o emprego do artigo definido diante dos pronomes possessivos. 
Deixaram meu livro na sala. = Deixaram o meu livro na sala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NUMERAL 
 
Numeral é a palavra que expressa quantidade exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas 
ocupam numa determinada seqüência. 
Em textos, sempre que possível, devem ser empregados os numerais. Entretanto, números de 
telefone, datas, dados estatísticos e outros costumam ser escritos em algarismos. 
Às vezes, é difícil precisar se a palavra um é artigo ou numeral. Nesses casos, somente o contexto 
pode resolver a dúvida. Se a intenção de quem fala ou escreve é informar a quantidade precisa de 
alguma coisa, trata-se de um numeral. Se a intenção é generalizar ou dar uma idéia vaga do 
substantivo, trata-se de artigo indefinido. Quando o contexto não é claro, não se consegue 
depreender a intenção do falante. Conseqüentemente, torna-se impossível precisar a classe 
gramatical da palavra um. 
 
Posição dos ordinais 
 
Os ordinais colocam-se antes ou depois do substantivo, preferentemente antes, quando se quer 
designar as partes antes do todo. 
 
No quinto mês do ano. 
O primeiro século depois de Cristo. 
 
Mas também se diz: 
A invasão dos árabes foi no século oitavo. 
 
 Na nomenclatura de Papas, reis e na designação dos séculos, capítulos, etc., usam-se os ordinais 
até décimo,e, daí por diante, as formas cardinais, quando houver posposição: 
Capítulo terceiro. // D.João I (primeiro) // Pio nono. 
 
Mas: 
Capítulo XIII (treze) // Luís XV (quinze) // Século XX (vinte) 
 
Anteposto, é de rigor a forma própria ordinal: o trigésimo capítulo, o décimo quinto século. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRONOME 
 
1.Definição: É a palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o 
substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. 
 
Representa o substantivo Acompanha o substantivo 
Ele chegou. Convidei-o Esta casa é antiga. Alguns amigos virão aqui. 
 
2. Classificação dos pronomes: 
 
*PESSOAIS: retos: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas as formas oblíquas me, mim, comigo, etc; 
 e os de tratamento Você. Senhor (a), Vossa Senhoria, Vossa Excelência, e outros. 
*POSSESSIVOS: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; 
*DEMONSTRATIVOS: este, esse, aquele, e flexões, isto, isso, aquilo, o, a; 
*RELATIVOS: o qual, cujo, quanto e flexões, que, quem onde; 
*INDEFINIDOS: algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, tanto, quanto, qualquer, vários e 
 flexões, alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo; 
*INTERROGATIVOS: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas. 
 
3. Emprego dos PRONOMES PESSOAIS 
 
Número Pessoa Pronomes Pronomes Oblíquos 
 Retos Átonos Tônicos 
 
Singular 
 1ª. 
 2ª. 
 3ª. 
 eu 
 tu 
 ele / ela 
me 
te 
se, lhe,o,a 
mim, comigo 
ti, contigo 
si, consigo 
 
Plural 
 1ª. 
 2ª. 
 3ª. 
 nós 
 vós 
 eles / elas 
nos 
vos 
se, lhes, os, as 
conosco 
convosco 
si, consigo 
3.1. O pronomes retos desempenham a função de sujeito e os pronomes oblíquos a função de 
complementos. 
 Eles ainda não nos convocaram para a reunião. 
 pronome pronome 
 reto oblíquo 
 Sujeito Complemento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBSERVAÇÕES: 
a) Considera-se errado o emprego dos pronomes retos como complementos. 
 
 ERRADO: Convocaram ele para a reunião. 
 CORRETO: Convocaram-no para a reunião. 
 
b) Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando precedidos de preposição, passam ter função de 
complemento. 
 Informaram a eles o real motivo da viagem. 
 Disseram a nós que voltariam cedo. 
 Deixaram para elas sua fortuna. 
 
3.2. Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS, colocados depois dos verbos, tomam as formas: 
 
 a) LO, LA, LOS, LAS, quando os verbos terminarem em R, S, Z. 
 
 Vou buscar meus direitos. Vou buscá-los. 
 Vimos a cena. Vimo-la. 
 Faz as contas. Fá-las. 
 
 b) NO, NA, NOS, NAS, quando os verbos terminarem em M, ÃO, ÕE. 
 
 Fizeram as provas. Fizeram-nas. 
 Põe o chapéu aqui. Põe-no aqui. 
 Dão o dinheiro como perdido. Dão-no como perdido. 
 
 3.3. Os pronomes O, A, OS, AS são empregados como complementos de verbos transitivos 
diretos e LHE e LHES são empregados como complemento de verbos transitivos indiretos.

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