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Economia do Empreendedor Aula4

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Instituto de Economia - UFRJ
Economia do Empreendedorismo
Professora: Renata La Rovere
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 2
Bibliografia
JULIEN, P.A. Empreendedorismo Regional e
Economia do Conhecimento. São Paulo:
Saraiva, 2010. Cap.3
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 3
Sobre o autor
Pierre-André Julien
✓ Professor Emérito da Université du Québec à Trois-Rivières, do Canadá;
✓ Um dos fundadores do Institut de Recherche sur les PME, em Québec, da
AIREPME (Association Internationale de Recherche em Entrepreneuriat et
PME) e da Revue Internationale PME
✓ Colaborador, desde 1989, da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE)
✓ Participou da elaboração da Carta de Bolonha sobre Políticas para as PMEs,
adotada por 47 países
✓ Publicou só ou com colaboradores 22 livros e mais de cem artigos científicos
✓ Um dos artigos, “Information trasformation:some missing links”, foi
classificado como um dos Top 50 Papers de 2007 pela Emerald Management
Reviews
✓ É internacionalmente reconhecido por seu notório conhecimento no campo do
empreendedorismo
Os empreendedores
• Não existe um padrão de comportamento;
• Em comum: buscam independência;
• Necessitam de um meio para agir para ter ideias, recursos
para o desenvolvimento e novas informações para darem
prosseguimento ao negócio;
• Existe uma confusão na literatura: misturam o
significado do empreendedor com o do empreendimento;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 4
Os empreendedores
O inato, o adquirido e o construído
• Ninguém nasce empreendedor, torna-se um;
• Sua história lhe dá sentido e rumo;
• O ambiente (meio) possibilita e apoia;
• Não é fruto do acaso, nem da racionalidade redutora (de
escolhas) da teoria econômica clássica (egoísmo + lucro =
empresário);
• Liderança em brincadeiras na infância não é indicativo de
futuro empreendedor;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 5
Imersão
Os empreendedores
O inato, o adquirido e o construído
Empreendedor ou empreendedores – sozinho ou em grupo, em
dado momento:
• Se lançam para a construção de uma nova
empresa;
• Autônomos que mantém um mínimo possível de
estruturas organizacionais;
• Herdam empresas já montadas;
• Transformam suas empresas;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 6
Os empreendedores
Pontos que influenciam o nascimento de um empreendedor:
Saúde:
•Certas atividades exigem muita energia;
•Longas horas de trabalho;
•Alta carga de responsabilidade;
•Estresse mental/físico;
Meio de vida:
Família:
•Herança de valores;
•Formas de ver o mundo;
•Desenvolvimento de hábitos, conscientes ou não;
Espaço de socialização:
Compartilhamento de convenções, referências comuns, hábitos e
comportamentos – vizinhos, bairros, escolas, trabalho, cidades;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 7
Os empreendedores
Formação e experiências que afetam comportamentos:
•Escola;
•Amigos;
•Colegas de trabalho;
•Namoro;
Jovens atuais não tendem a seguir uma via linear como a de
seus pais e avós, principalmente:
• Pulam entre disciplinas;
• Largam um curso para fazer outro;
• Deixam a escola para voltar mais tarde;
• Experimentam, experimentam, experimentam;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 8
Os empreendedores
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 9
Tipos de influências sociais sobre o empreendedor potencial ou 
efetivo:
INFLUÊNCIAS ORIGEM EFEITOS POSITIVAS NEGATIVAS
Afetivas
Família, amigos 
etc.
Laços fortes de 
segurança
Encorajamento Dissuasão
Simbólicas
Educação, 
trabalho
Normas, crenças, 
modelos
Segurança Conservadorismo
Sociológicas
Trabalho, 
experiência, 
redes
Enraizamento ou 
imersão em um 
meio
Recursos 
disponíveis
Obstáculos 
potenciais
Os empreendedores
Os detonadores ou as razões pessoais e sociais para empreender:
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 10
Oportunidade
& 
Necessidade
Deslocamento 
(Shapero, 1975)
Seguro-
desemprego
Tempo
Motivações
Os empreendedores
Motivações
Nem sempre claras e precisas:
•Desejo de se afirmar? Distinguir?
•Se identificar com uma obra?
•Busca pela autonomia e independência?
•Busca pelo poder? Ambição? 
•Enfrentamento de desafios?
•Viver uma aventura?
•Necessidades sociais e de amparo aos familiares?
•Necessidade de criar empregos para uma comunidade?
•E o Lucro?
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 11
Os empreendedores
Quaisquer que sejam as razões, não são únicas, nem confinadas 
em um dado período:
•Razões se desenvolvem;
•Mudam;
•Trocam;
•Variam de acordo com o grau de persistência, interesses em 
jogo e oportunidades complementares ou opostas;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 12
Os empreendedores
•Razões
•O empreendedor, nas suas experiências acadêmicas e 
profissionais:
•Aumenta as habilidades;
•Usa para amadurecimento pessoal;
•Usa em passatempos/férias;
•Usa para participação em atividades voluntárias em 
organizações sociais;
Desenvolve sentido para dirigir e organizar habilidades 
que se aperfeiçoam com a prática, além de facultar a 
possibilidade de guardar ideias para serem usadas no 
futuro;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 13
O empreendedor
• Oportunidades se distinguem pela origem e evolução:
• Criadas x Aproveitadas;
• Desenvolvidas e aplicadas rapidamente x Evoluem devagar 
antes de nascerem;
• Decisão de criar uma empresa exige atenção e vigilância, além 
da capacidade de associar ideias ou recombinar elementos 
conhecidos com informações complementares;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 14
O empreendedor
•Motivações
•Os pioneiros (Marris, 1971);
•A ideia de fazer melhor, fazer de outra forma ou fazer outra 
coisa construída gradualmente, em um vai e vem complexo 
entre o conhecido e a novidade;
•A criação deliberada e gestada/ ideias estão “no ar” 
(Marshall);
•O empreendedor Schumpeteriano;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 15
Motivação Habilidades
Oportunidades
O empreendedor
Muda a si próprio, porque interiorizam a sua criação, deixando-
se transformar por ela
Reflexibilidade ou aprendizagem na e pela ação
“Co-ação”, coevolução
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 16
O empreendedor
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 17
Empreendedor 
de imitação 
20% a 30%
Empreendedor 
de aventura 
1%
muita
pouca
IMPORTÂNCIA DA 
MUDANÇA
muitapouca
IMPORTÂNCIA DO VALOR NOVO 
CRIADO OU DA INOVAÇÃO NO 
AMBIENTE
AMBIENTE TRADICIONAL, 
RECEPTIVO OU EM 
MUDANÇA LENTA
AMBIENTE NOVO, 
HOSTIL OU COM FORTES 
BARREIRAS À ENTRADA
Os quatro grandes tipos de empreendedor
Empreendedor 
de reprodução 
30% a 40%
Empreendedor 
de valorização 
5% a 20%
Observações: 
Os setores não são iguais:
Biotecnologia não existe empresas imitadoras, a maior parte é de aventura
Manufatureiro, contabilidade, agronegócio, etc, existem, imitadores e de 
reprodução 
O empreendedor
18
PMEs métier específico, 
crescimento lento, 
inovação rara. Privilegiam 
o controle em detrimento 
do crescimento
PMEs limitadas pelos 
recursos próprios e baixa 
capacidade do 
empreendedor
PMEs + recursos + 
ambição
+ crescimento e inovação 
regulares
PMEs ofuscantes e 
fascinantes = gazelas
Crescimento rápido, perda 
de controle e autonomia
Classificação de Kirchhoff, 1994
O empreendedor
Críticas aos traços:
1. Os defensores dessa teoria esperam encontrar “o elemento místico que 
gera a renda doempreendedor”, qualquer que seja;
2. São instantâneos, quando na verdade as características ou qualidades de 
qualquer indivíduo evoluem de acordo com a idade ou o estágio de 
desenvolvimento da empresa, ao ponto de alguns se tornarem cada vez 
menos empreendedores e cada vez mais gestores;
3. Retratam uma lista de qualidades que não diz se o empreendedor deve tê-
las todas nem o que fazer caso lhe faltem algumas;
4. Traços particulares não podem valer para qualquer ambiente;
5. Essa teoria se destrói por si mesma, uma vez que descreve traços que, 
em princípio, deveriam garantir o sucesso àqueles que os possuem, quando 
na realidade o maior número de empreendedores fecha suas 
empresas nos dez primeiros anos de existência;
6. E quanto ao segundo tipo de empreendedor do projeto GEM, o dito “por 
necessidade”? Eles repentinamente adquiriram essas características porque 
foram afastados ou porque não encontravam emprego quando saíram do 
mercado de trabalho?;
7. Considera o empreendedor como o personagem-chave do 
empreendedorismo e como um ser à parte, quando na verdade o 
empreendedorismo é um fenômeno coletivo;
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 19
O empreendedor
•Processo de criação: 
•Iniciação: pode ser mais ou menos longa, forjada na ou pela família + 
informação do meio;
•Maturação: se desenvolve de maneira mais ou menos consciente, 
junto com as aspirações e os objetivos do empreendedor potencial. Está 
no nível mental;
•Decisão: pode ser gradual ou súbita, a depender das circunstâncias: 
disponibilidade de local, recursos humanos e equipamentos, acesso a 
subsídios ou financiamento etc. O lançamento pode ser gradual ou súbito 
e pode ser irreversível, dependendo da quantidade de recursos e tempo 
demandados;
•Finalização: ocorre quando a empresa começa a fazer os primeiros 
testes, produzir os primeiros bens ou prestar os primeiros serviços, 
quando o empreendedor dá os primeiros passos para dirigi-la;
•Consolidação: descreve a velocidade de ação no mercado e a 
necessidade de recursos para atuar no mesmo.
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 20
O empreendedor
O itinerário do empreendedor ou as condições de manutenção 
do espírito empreendedor:
O desenvolvimento da empresa depende: 
•da capacidade do empreendedor e 
•de alguns elementos-chave da própria empresa
•do itinerário que o empreendedor tomou
•do meio
O desenvolvimento continua
ao mesmo tempo em que o 
empreendedor muda
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 21
O empreendedor
Condições para manutenção do espírito 
empreendedor:
• Manter o “faro”;
• Conservar certa paixão;
• Adquirir experiência;
• Apoio constante de pessoas próximas;
• Apoio e estímulo do meio;
• Conservar o espírito de liderança;
• Renovar o senso de iniciativa;
• Ter certa humildade diante da sorte;
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A
v
e
rs
ã
o
 a
o
 r
is
c
o
O empreendedor
DISCUTIR o itinerário ou fazer 
qualquer outra análise do 
empreendedor isolado é falsear a 
perspectiva;
O empreendedor é um ser social e a 
criação da empresa liga-se a atos 
coletivos – criação e retomada afeta 
o empreendedor, que muda com ela;
O desenvolvimento e a 
manutenção do espírito 
empreendedor perpassam, 
obrigatoriamente, pelo dinamismo
da organização
O meio pode ser estimulante ou 
não;
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Exercício em Sala de Aula
• Pensar em perguntas para a entrevista com o 
empreendedor (roteiro);
• Categorias:
•Empreendedor;
•Meio;
•Negócio;
•Processo;
•Obstáculos e Desafios;
•Recursos;
•Conselhos;
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