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Agosto/2016 Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016 Desenvolvido por ABIMAQ/IPDMAQ Publicado em Agosto/2016 Ficha catalográfica Manual de instruções da norma regulamentadora NR-12. Direitos autorais reservados unicamente aos autores. Reprodução, no todo ou em parte, somente mediante autorização escrita expressa dos autores. Abimaq São Paulo, Brasil, 2016 3 AÇÕES PRIORITÁRIAS 1. Para todas as empresas: A empresa deve estar Regularizada com Registro no CREA – Capitulo 12.123, alínea “d” da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. – Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973 - CONFEA. – Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977. – Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980. – Resolução nº 336, de 27 de outubro de 1985 - CONFEA. – Resolução nº 1.048, de 14 de agosto de 2013 - CONFEA. A empresa deve ter Responsável Técnico – Capitulo 12.39, alínea “b” da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 dez de 1966. – Lei nº 6.496, de 07 dez de 1977. . 4 AÇÕES PRIORITÁRIAS 2. Para o parque de máquinas instaladas: Elabore o inventário das máquinas e equipamentos – Capitulo-12.153 da NR-12 - Manter o inventário atualizado com o seguinte conteúdo mínimo: Identificação da máquina e equipamento. Descrição geral. (tipo, fabricante, modelo, características). Capacidade, produtividade, tempo de operação por dia, operadores envolvidos. Diagnóstico com relação a NR-12 (sistema de segurança). Previsão da adequação. Recursos financeiros para a adequação. Localização em planta baixa (layout). – Capitulo-12.153.2 da NR-12 - O item 12.153 não se aplica: Microempresas e as empresas de pequeno porte. Máquinas autopropelidas, automotrizes e máquinas e equipamentos estacionários utilizados em frentes de trabalho. 5 AÇÕES PRIORITÁRIAS 2. Para o parque de máquinas instaladas: Faça a Apreciação de Riscos – Capitulo 12.39, alínea “a” da NR-12. Emita ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – Capitulo 12.39, alínea “b” da NR-12. – Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977. PRAZOS PARA ADEQUAÇÃO Os prazos descritos abaixo foram publicados na PORTARIA Nº 197, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010 PRAZOS PARA ADEQUAÇÃO MÁQUINAS NOVAS 1. Adquiridas antes da Portaria N° 197 de 17/12/2010 Responsabilidade de quem adquiriu adequar as máquinas para atender aos requisitos e exigências contidas na NR-12, conforme Portaria n° 197 de 17/12/2010. Corpo da Norma e seus Anexos. 2. Adquiridas depois da Portaria n° 197 de 17/12/2010 Responsabilidade do fornecedor/fabricante adequar a máquina para atender aos requisitos e exigências contidas na NR 12, conforme Portaria n° 197 de 17/12/2010. Corpo da Norma e seus Anexos. MÁQUINAS USADAS 1. Adquiridas antes e depois da Portaria n° 197 de 17/12/2010 Responsabilidade de quem adquiriu adequar a máquina para atender aos requisitos e exigências contidas na NR 12, conforme Portaria n° 197 de 17/12/2010. Corpo da Norma e seus Anexos. 7 ÍNDICE APRESENTAÇÃO (Linha do Tempo, Histórico) ............................................................................................ 13 1. ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS...................................................................................................... 32 1.1 CLT - Lei 6514 de dezembro de 1977................................................................................................ 34 1.2 Artigos da CLT - 184 – 185 – 186....................................................................................................... 35 1.3 Defesa do Consumidor – Lei nº 8.078 de 1990................................................................................ 36 1.4 OIT – Organização Internacional do Trabalho – Decreto 1.255 de 1994........................................... 38 1.5 Embargo ou Interdição........................................................................................................................ 39 1.6 Fiscalização e Penalidades................................................................................................................ 41 1.7 Responsável Técnico, Profissional de Segurança e em Medicina do Trabalho.................................. 47 2. NORMAS REGULAMENTADORAS........................................................................................................... 49 2.1 Conceito das Normas Regulamentadoras - NR ................................................................................. 50 2.2 Normas Regulamentadoras Vigentes.................................................................................................. 51 2.3 Ciclo explicativo da Norma Regulamentadora NR-12......................................................................... 54 3. DIFERENÇAS ENTRE NORMA REGULAMENTADORA, NORMA TÉCNICA E CERTIFICAÇÃO........... 55 3.1 Norma Regulamentadora.................................................................................................................... 56 3.2 Norma Técnica.................................................................................................................................... 57 3.3 Significado das Siglas das Normas..................................................................................................... 59 3.5 Certificação – INMETRO..................................................................................................................... 62 3.6 Outras Certificações – INMETRO....................................................................................................... 66 4. NORMA REGULAMENTADORA NR-12.................................................................................................... 67 4.1 Conceito da NR-12............................................................................................................................. 68 4.2 Objetivos da NR-12............................................................................................................................ 70 4.3 Estrutura e Conteúdo da NR-12.......................................................................................................... 71 5. PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS........................... 76 5.1 Ações Prioritárias............................................................................................................................... 77 5.2 Inventário das Máquinas e Equipamentos Localizados em Planta Baixa.......................................... 79 5.3 Apreciação de riscos.......................................................................................................................... 83 5.4 ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.................................................................................. 92 5.5 Término da Adequação – NR-12........................................................................................................ 101 6. PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - PRODUTOS FABRICADOS............................................................................................................................................. 102 6.1 Adequação das Máquinas e Equipamentos....................................................................................... 103 7. EXEMPLOS DE COMPONENTES DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.................... 105 ÍNDICE 8. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA, E CAPACITAÇÃO................................................ 109 8.1 Procedimentos de Trabalho e Segurança..........................................................................................110 8.2 Capacitação........................................................................................................................................ 113 9. SINALIZAÇÃO E MANUAIS....................................................................................................................... 121 9.1 Sinalização......................................................................................................................................... 122 9.2 Manuais.............................................................................................................................................. 128 10. DADOS ESTATÍSTICOS ............................................................................................................................. 135 11. PERGUNTAS FREQUENTES..................................................................................................................... 141 ÍNDICE ANEXOS Anexo A - LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966, PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO........... 147 Anexo B - RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 – ATIVIDADES DOS PROFISSIONAIS DA ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA................................................................................................. 188 Anexo C - LEI Nº 6.496, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1977, INSTITUI A (ART) ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ....................................................................................................................... 200 Anexo D - LEI Nº 6.514 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977, RELATIVO A SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS .............................................................................................. 208 Anexo E - PORTARIA SIT Nº 3214 DE 8 DE JUNHO DE 1978, APROVA AS NORMAS REGULAMENTADORAS – NR ........................................................................................................................... 233 Anexo F - BRASIL TORNA-SE SIGNATÁRIO DA CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT - SOBRE PROTEÇÃO DE MÁQUINAS ......................................................................................................................................................... 237 Anexo G - RESOLUÇÃO Nº 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009, DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS................................................................................................................................................... 251 Anexo H - RESOLUÇÃO N° 1.048, DE 14 DE AGOSTO DE 2013 - CONSOLIDA AS ÁREAS DE ATUAÇÃO, AS ATRIBUIÇÕES E AS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DAS PROFISSÕES DE NÍVEL SUPERIOR ABRANGIDAS PELO SISTEMA CONFEA/CREA................................................................................................. 286 Anexo I - ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A PORTARIA INMETRO/MDIC 371 DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E SIMILARES................................................................................................................ 299 ÍNDICE Anexo J - LEI Nº 6.839, DE 30 OUT 1980, DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE EMPRESAS NAS ENTIDADES FISCALIZADORAS DO EXERCÍCIO DE PROFISSÕES................................................................ 315 Anexo K - RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA – DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA.................................................................................................................................................... 317 Anexo L - LEI Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 - DISPÕE SOBRE ALGUMAS EXCEÇÕES DA NR- 12, PARA AS MICRO-EMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE......................................................... 327 Anexo M - NOTA TÉCNICA DSST/SIT nº 48/2016, DE 3 DE MARÇO DE 2016 - ESCLARECIMENTOS QUANTO A EXCLUSÃO DO CONCEITO DE FALHA SEGURA DA NORMA REGULAMENTADORA N° 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS; QUANTO AO CONCEITO DE ESTADO DA TÉCNICA; E QUANTO A IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS, ESPECIALMENTE NO QUE TANGE A APLICAÇÃO DE NORMAS INTERNACIONAIS E HARMONIZADAS, ABORDANDO A CORRELAÇÃO ENTRE CATEGORIA DE SEGURANÇA E NÍVEIS DE PERFORMANCE............................................................ 466 Anexo N - NOTA TÉCNICA DSST/SIT nº 179/2016, DE 26 DE JULHO DE 2016 - ANÁLISE SOBRE A APLICABILIDADE DA NR-12 ÀS FERRAMENTAS ELÉTRICAS PORTÁTEIS E FERRAMENTAS ELÉTRICAS TRANSPORTÁVEIS; APLICAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS NACIONAIS (ABNT) E INTERNACIONAIS (ISO E IEC), BEM COMO DE NORMAS EUROPEIAS (EN) HARMONIZADAS COMO EVIDÊNCIA DO CUMPRIMENTO DO ESTADO DA TÉCNICA....................................................................................................... 485 ÍNDICE 13 LINHA DO TEMPO 1966 – LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 – Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. 1973 – RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 JUNHO 1973 - CONFEA/CREA – Atribuições das Atividades dos Profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. 1977 – LEI Nº 6.496, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1977, Institui a " Anotação de Responsabilidade Técnica " na prestação de serviços de engenharia, de arquitetura e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional; e dá outras providências. 1977 – LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977, Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. 1978 – PORTARIA SIT Nº 3.214, DE 8 DE JUNHO DE 1978, Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. 14 1978 - Primeira publicação da NR-12, aprovada pela Portaria GM nº 3214 de 8 de Junho de 1978. 1980 – LEI Nº 6.839, DE 30 OUTUBRO DE 1980 - Dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões. 1989 – RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. 1990 – LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 - Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. 1994 – O Brasil se tornou signatário da Convenção nº 119 da OIT - Sobre Proteção de Máquinas, por meio do Decreto nº 1.255 que adotou integralmente o conteúdo desta convenção. 1996 – Primeira reunião entre fabricantes e usuários de prensas. 1997 – Criada Comissão de Negociação Tripartite sobre prensas - Coordenação DRT/SP. 1998 – Assinatura do “Protocolo” de entendimento para proteção adequada de prensas mecânicas. LINHA DO TEMPO 15 1999 – Assinatura da convenção coletiva de prensas. 2002 – Assinatura da convenção coletiva de trabalho nas indústrias metalúrgicas no Estado de São Paulo. 2004 – Bancada Patronal do Estado de São Paulo é convidada a participar da discussão da nota técnica para complementar a NR-12. 2006 – Convenção incorporando Nota Técnica nº 37 e Nota Técnica nº 16/2005. 2006 – LEI Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 - Dispõe sobre algumas exceções da NR-12, para as micro empresas e empresas de pequeno porte. 2007 – Reuniões mensais para elaboração do texto com a participação da bancada do Governo, empregadores e trabalhadores. 2009 – RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – Dispõe sobre aAnotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras providências. 2010 – PORTARIA SIT Nº 197, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010 - Altera a Norma Regulamentadora nº 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. LINHA DO TEMPO 16 2013 – RESOLUÇÃO N° 1.048, DE 14 DE AGOSTO DE 2013 - Consolida as áreas de atuação, as atribuições e as atividades profissionais relacionadas nas leis, nos decretos-lei e nos decretos que regulamentam as profissões de nível superior abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. 2013 – PORTARIA N.º 1.893, DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013 - Altera a Norma Regulamentadora nº 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. (Alterou alguns capítulos do corpo da Norma e os Anexos III e XI). 2015 – PORTARIA N.º 596, DE 07 DE MAIO DE 2015 - Altera os integrantes do Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos – CI Máquinas, designadas por meio da Portaria n° 2026 de 23/12/2014. 2015 – PORTARIA N.º 857, DE 25 DE JUNHO DE 2015 - Altera a Norma Regulamentadora nº 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. (Alterou alguns capítulos do corpo da Norma). 2015 – PORTARIA N.º 211, DE 09 DE DEZEMBRO DE 2015 - Altera a Norma Regulamentadora nº 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. (Alterou alguns capítulos do corpo da Norma). LINHA DO TEMPO 17 2016 – NOTA TÉCNICA DSST/SIT nº 48/2016, DE 3 DE MARÇO DE 2016 - Esclarecimentos quanto a exclusão do conceito de falha segura da Norma Regulamentadora n° 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos; quanto ao conceito de estado da técnica; e quanto a importação de máquinas, especialmente no que tange a aplicação de normas internacionais e harmonizadas, abordando a correlação entre categoria de segurança e níveis de performance. 2016 – PORTARIA N.º 509, DE 29 DE ABRIL DE 2016 - Altera a Norma Regulamentadora nº 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. (Alterou alguns capítulos do corpo da Norma). 2016 – NOTA TÉCNICA DSST/SIT nº 179/2016, DE 26 DE JULHO DE 2016 - Análise sobre a aplicabilidade da NR-12 às ferramentas elétricas portáteis e ferramentas elétricas transportáveis; aplicação de normas técnicas nacionais (ABNT) e internacionais (ISO e IEC), bem como de normas Europeias (EN) harmonizadas como evidência do cumprimento do estado da técnica. LINHA DO TEMPO 18 HISTÓRICO NR-12 / ABIMAQ Desde 2007 a ABIMAQ vem atuando, a partir de sua Diretoria de Tecnologia, ativamente junto ao Grupo Técnico Tripartite do Ministério do Trabalho e Emprego – GTT-MTE, representando a bancada patronal, numa das cadeiras da CNI, na revisão da NR-12 (Norma Regulamentadora nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos). O MTE elaborou uma proposta de atualização da redação dessa Norma, que pretendia contemplar os requisitos das Notas Técnicas, das resoluções da OIT e das Normas Técnicas de Segurança Nacionais e Internacionais. A ABIMAQ, a partir de Julho de 2009, além de consultas às Câmaras Setoriais, abriu um canal específico para a manifestação dos fabricantes sobre o texto proposto. Este trabalho resultou em 179, sugestões de alterações no texto inicialmente apresentado, das quais 98 apresentaram fundamentos técnicos que a justificavam. A maioria dessas sugestões, tecnicamente embasadas, foi atendia pela Comissão Tripartite do MTE. 19 Apesar das iniciativas e tratativas acima, a Norma foi sancionada em dezembro de 2010, com alguns problemas na redação de itens importantes, e com prazo de implantação muito exíguo divergente daquele proposto pela Bancado Patronal. Atualmente a ABIMAQ está trabalhando junto com a Comissão Nacional Temática Tripartite - CNTT - da NR-12, na revisão técnica da Norma, para um melhor entendimento de seu conteúdo, assim como, em negociações para a possível dilação do prazo de implantação, dando melhores condições aos fabricantes para atender aos requisitos nela estabelecidos. A ABIMAQ entende que neste momento de transição os órgãos de fiscalização do Ministério do Trabalho deveriam adotar postura de orientação e não punitiva, e junto com a bancada patronal, levou esta mensagem ao Ministro Carlos Daudt Brizola, do Ministério do Trabalho e Emprego. A ABIMAQ incluiu na Agenda do Plano Brasil Maior a partir do Conselho de Competitividade Setorial de Bens de Capital a seguinte ação de Política Industrial para o governo “Exigir dos bens de capital importados o cumprimento dos regulamentos e normas a que estão sujeitos os bens de capital nacionais”. HISTÓRICO 20 A partir disso foi firmado convênio entre MTE e INMETRO para que esse faça um regulamento específico para colocar em anuência no Siscomex, de forma a que máquinas e equipamentos sujeitos à verificação entrem em Licença não Automática. A ABIMAQ também conseguiu que a Linha do BNDES Moderniza BK possa ser utilizada para adequação às Normas de Segurança. Detalhes dessa linha, e da linha Progeren (linha de capital de giro que também pode ser usada para essa finalidade) podem ser obtidos junto ao Departamento de Financiamento da ABIMAQ ou no sitio do BNDES www.bndes.gov.br. Estamos trabalhando para que as taxas dessa linha para adequação às Normas de Segurança sejam às do PSI. Em 6 de fevereiro de 2014 a Confederação Nacional da Indústria - CNI protocolou carta junto ao Ministério do Trabalho e Emprego – MTE propondo a adoção das seguintes premissas: Linha de corte temporal para as adequações de máquinas usadas. Obrigações distintas para fabricantes e usuários. Tratamento diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte. Interdição de máquinas e equipamentos, mediante grave e iminente risco devidamente comprovado, por laudo técnico circunstanciado e por ato a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego HISTÓRICO Durante a 22ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional Tripartite Temática da NR-12 - CNTT NR-12, ocorrida nos dias 4 e 5 de agosto de 2014, na sede do M.T.E. em Brasília, foi acordado que a bancada empresarial deveria se manifestar pontualmente sobre a proposta governamental de republicação do texto da referida Norma. De mesma forma foi acordado que a representação governamental deveria encaminhar a sua análise formal e pontual, da proposta protocolada pela CNI em fevereiro de 2014, à representação empresarial. Em audiência com o Ministro do M.T.E. Sr. Manoel Dias ocorrida em 14/08/2014, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo - SRTE/SP, a ABIMAQ reiterou o apoio e alinhamento com as premissas apresentadas pela CNI em mensagem encaminhada ao Ministro em carta protocolada em 06/02/2014, e enfatizou a importância de, como representante das empresas fabricantes de máquinas e equipamentos industriais, ter cadeira própria na CNTT NR- 12. HISTÓRICO 21 22 A ABIMAQ destacou ainda a necessidade da atuação do M.T.E em conjunto com o M.D.I.C. e Receita Federal em criar mecanismos para barrar a entrada de produtos importados em desacordo com os requisitos da NR-12 com grave impacto nos aspectos de segurança aos trabalhadores e aos fabricantes nacionais criando concorrência desleal e não isonômica. Na mesma linha, destacou a importância em rever o texto da NR-12 no que se refere à máquinas e equipamentos industriais que se destinam à exportação que devem ser fabricados, atendendo aos requisitos da NR-12 quando deveriam atender a legislação do pais a que se destinam. Em 25 de setembro de 2014 foi emitida a Portaria Interministerialnº 8 pela qual os Ministros de Estado do Trabalho e Emprego, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e da Fazenda resolvem instituir o Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos CI Máquinas. A Presidência da ABIMAQ/SINDIMAQ em carta PRE/138/14, datada em 27 de outubro de 2014 e dirigida ao ministro do M.T.E. Sr. Manoel Dias, pleiteia a oportunidade de a ABIMAQ/SINDIMAQ vir a ter assento no referido comitê. HISTÓRICO Na Portaria nº 2026 de 23 de dezembro de 2014, o M.T.E. designou os integrantes do Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos – CI Máquinas. O Comitê deverá convidar outras instituições públicas e privadas, representações de empregadores e trabalhadores, fabricantes e importadores de máquinas, e especialistas nos assuntos em discussão para apoiar a execução dos trabalhos e subsidiar as deliberações, conforme disposto no artigo 6º da Portaria nº 8. Em 7 de maio de 2015, foi editada pelo M.T.E. a Portaria n° 596 que altera os integrantes do Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos – CI Máquinas, designados por meio da Portaria nº 2026 de 23/12/2014. Em 25 de junho de 2015, foi emitida pelo M.T.E. a Portaria nº 857 que altera e incorpora novos itens na Norma Regulamentadora NR-12. Estas atualizações foram divulgadas pela Presidência Informa da ABIMAQ, e a principal conquista foi que Máquinas e Equipamentos comprovadamente destinados à Exportação estão isentos do atendimento dos requisitos técnicos de segurança previstos na NR-12. As modificações desta Norma assim como outras que ainda estão sendo discutidas foram levadas pela ABIMAQ e pela bancada patronal na Comissão Nacional Tripartite Temática – CNTT. HISTÓRICO 23 A Presidência da ABIMAQ informa que conforme relatado durante a última Plenária (03/09/15), o Senador Cássio Cunha Lima apresentou o DS 43/2015 (Projeto de Decreto Legislativo) que propõe a sustação da aplicabilidade da NR-12. O projeto é decorrente de proposta apresentada e defendida pela CNI - Confederação Nacional da Indústria, que, segundo a entidade, representaria os interesses da indústria. A ABIMAQ, imediatamente após tomar conhecimento do DS apresentado pelo Senador, apresentou uma emenda ao referido DS, com o seguinte pleito: • Que a sustação da NR-12 ocorra somente para as máquinas e equipamentos fabricados antes da Portaria nº 197 de 17 de dezembro de 2010 e seus respectivos prazos de extensões, ficando válida a legislação à época de sua fabricação. Nessa data a norma foi atualizada e passou a ser efetivamente implementada e fiscalizada, conforme dispositivos legais. • Que a interdição de máquinas e ou autuação de empresas ocorra somente após se comprovar o grave e iminente risco, após realização de laudo técnico pericial elaborado por profissional com especialização em engenharia de segurança do trabalho. HISTÓRICO 24 Às vésperas da plenária, havia sido votado e aprovado um requerimento no Senado para que o DS tramitasse em regime de urgência. Passados alguns dias, face às articulações da ABIMAQ, com o apoio da FPMAQ, conseguimos junto ao Senador Cássio Cunha Lima para que o regime de urgência fosse retirado. Agora o DS voltou para a comissão responsável no Senado e terá tramitação ordinária. Após consulta às associadas e profundo debate sobre o tema na Plenária, foi consenso de que a sustação irrestrita da NR-12 seria mais prejudicial do que benéfica, até porque na ausência da NR-12, a fiscalização se regeria pela CLT, NR-03 e outros dispositivos legais, cujos critérios de fiscalização são extremamente subjetivos, o que aumentaria o poder dos fiscais em decidir por interditar máquinas ou autuar ou não uma empresa. Assim, a proposta de emenda apresentada pela ABIMAQ visa sustar os efeitos da norma revisada para as máquinas que foram instaladas antes de 2010. Por outro lado, a nossa proposta tem por objetivo defender os fabricantes de máquinas novas que realizaram investimentos e adequaram os seus produtos à NR-12. É importante ressaltar que a aplicação da norma, nos equipamentos novos, além de garantir a segurança do trabalhador. HISTÓRICO 25 No decorrer desta semana, tomamos conhecimento de que para outro projeto, com o mesmo teor do DC que fora apresentado no Senado Federal, e que tramitava na Câmara, o PDC 1408 de autoria do Dep Silvio Costa, também fora apresentado requerimento de urgência na Câmara Federal pelo Deputado Alceu Moreira, que integra a FPMAQ - Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas. O Deputado tinha o entendimento de que a sustação irrestrita da NR-12 era de interesse de toda a indústria. Em 09 de Setembro de 2015 foi realizada reunião de alinhamento entre o Deputado, a CNI e ABIMAQ. Na referida reunião combinou-se que, no prazo estimado de 10 dias, a ABIMAQ, CNI e Ministério do Trabalho deverão buscar consenso acerca da proposta ideal para a indústria. Nos próximos dias teremos reunião conjunta com a CNI e Ministério do Trabalho para tentar obter o apoio para a proposta defendida pela ABIMAQ, ou seja, de sustação da NR-12 apenas para as máquinas fabricadas até 2010. Em 07 de Outubro de 2015 a Presidência da ABIMAQ através do ABIMAQ Comunica Especial informou que o BNDES renovou o Programa BNDES Moderniza BK, que tem como objetivo o financiamento da modernização de máquinas e equipamentos instalados no país. HISTÓRICO 26 Como modernização entende-se: • A reconstrução e/ou recuperação da máquina ou equipamento, mediante a incorporação de novas tecnologias e/ou peças e componentes que ampliem a vida útil e/ou otimizem sua performance original, gerando um aumento da capacidade de produção e da produtividade para a economia nacional; • A conversão da máquina ou equipamento sem dispositivo de segurança para adequação aos requisitos de segurança do trabalho estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, e pela Norma Regulamentadora n° 12 (NR-12) do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, e suas alterações. Em 10 de dezembro de 2015, foi emitida pelo M.T.P.S. a Portaria nº 211 que altera e incorpora novos itens na Norma Regulamentadora NR-12. Estas atualizações foram divulgadas pela Presidência Informa da ABIMAQ. As modificações desta Norma assim como outras que ainda estão sendo discutidas foram levadas pela ABIMAQ e pela bancada patronal na Comissão Nacional Tripartite Temática – CNTT. HISTÓRICO 27 Em 3 de março de 2016, foi emitida pelo M.T.P.S. a Nota Técnica nº 48 que Esclarece quanto a exclusão do conceito de falha segura da Norma Regulamentadora n° 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos; quanto ao conceito de estado da técnica; e quanto a importação de máquinas, especialmente no que tange a aplicação de normas internacionais e harmonizadas, abordando a correlação entre categoria de segurança e níveis de performance. Em 29 de abril de 2016, foi emitida pelo M.T.P.S. a Portaria nº 509 que altera e incorpora novos itens na Norma Regulamentadora NR-12. Estas atualizações foram divulgadas pela Presidência Informa da ABIMAQ. As modificações desta Norma assim como outras que ainda estão sendo discutidas foram levadas pela ABIMAQ e pela bancada patronal na Comissão Nacional Tripartite Temática – CNTT. HISTÓRICO 28 No dia 31 de maio de 2016 o Presidente Executivo da ABIMAQ, Sr. José Velloso Dias Cardoso, participou de uma Audiência Publica sobre a NR-12 com o Ministro do MTPS Ronaldo Nogueira, quando apresentou as reivindicações abaixo relatadas: • Problemas: A revisão da NR-12 é urgente,pois na sua vigência percebeu-se a dificuldade em atendê-la ou, por vezes, a sua inexequibilidade. A alteração ocorrida em dezembro de 2010 tornou a norma complexa, criou um ambiente de negócios desfavorável à competitividade das empresas e insegurança jurídica, além dos elevados custos para a adaptação das máquinas e equipamentos existentes, colocando na ilegalidade milhares de empresas brasileiras que antes estavam legais com seu maquinário. Muitas das interdições são efetuadas por Auditores do Trabalho, sem a competência técnica necessária, haja vista que para a entrada na carreira a exigência é de curso superior em qualquer área. Reconhecemos que em grande parte dos Auditores Fiscais do Trabalho têm merecida competência na área de segurança do trabalho, mas uma parcela significativa não dispõe da competência necessária para Auditar em Segurança do Trabalho pela falta de formação específica. Outro ponto, até mais importante que todos os demais já mencionados, é a falta de isonomia, por não haver verificação no despacho aduaneiro do cumprimento ao regulamento pelas máquinas e equipamentos importados, bem como a falta de um mecanismo de certificação como ocorre na Europa com a marcação CE. HISTÓRICO 29 • Efeitos: Elevação do custo de fabricação e perda de produtividade na adaptação de máquinas instaladas que atendiam ao regulamento anterior; Subjetividade na fiscalização pela falta de competência técnica por uma parcela dos Auditores Fiscais do Trabalho; Aumento de desemprego pela diminuição da competitividade entre fabricantes nacionais que cumprem com os requisitos da NR-12 e máquinas equivalentes importadas que não cumprem. • Solução: Verificar o cumprimento das regras de regulamentação da NR-12 na entrada do equipamento importado, por meio da aplicação de licenciamento não automático. Definir um mecanismo de Certificação da 1ª parte para marcação de conformidade com a NR-12. Este mecanismo pode ser conduzido pelo MTPS, pelo INMETRO e ABIMAQ. Registrar no SISCOMEX o MTPS como órgão anuente para máquinas e equipamentos, colocando a NR-12 em exigência. Indicar representante da indústria em geral e da ABIMAQ em particular para integrarem como representantes da sociedade no Comitê Internacional de Segurança em Máquinas e Equipamentos, conforme prevê o art. 6º da portaria interministerial nº 8 de 25 de setembro de 2014 (MTPS/MDIC e MF). Implementar linha de corte temporal para as adequações de máquinas instaladas anteriores à revisão da NR-12. A norma deve respeitar a legislação vigente à época da fabricação da máquina ou equipamento. A norma não pode retroagir tornando ilegal o que sempre foi legal e violando os princípios da irretroatividade da lei e da segurança jurídica. HISTÓRICO 30 Implementar linha de corte temporal para as adequações de máquinas instaladas anteriores à revisão da NR-12. A norma deve respeitar a legislação vigente à época da fabricação da máquina ou equipamento. A norma não pode retroagir tornando ilegal o que sempre foi legal e violando os princípios da irretroatividade da lei e da segurança jurídica. Separar a norma em duas obrigações distintas, uma para fabricantes e outra para usuários, da mesma forma como é feito na União Europeia, onde os fabricantes estão obrigados a respeitar as normas técnicas inerentes aos componentes de segurança, os quais devem constar no processo construtivo da máquina ou equipamento. A Interdição de máquinas e equipamentos, mediante grave e iminente risco devidamente comprovado, por laudo técnico circunstanciado e por ato Superintendência Regional do Trabalho. Em 26 de julho de 2016, foi emitida pelo M.T.P.S. a Nota Técnica nº 179 que Esclarece a análise sobre a aplicabilidade da NR-12 às ferramentas elétricas portáteis e ferramentas elétricas transportáveis; aplicação de normas técnicas nacionais (ABNT) e internacionais (ISO e IEC), bem como de normas Europeias (EN) harmonizadas como evidência do cumprimento do estado da técnica. HISTÓRICO 31 33 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS CF CLT NR LI CCT C OIT NT Legenda LI Leis Internacionais CF Constituição Federal C OIT Convenções da Organização Internacional do Trabalho CLT Consolidação das Leis do Trabalho CCT Convenções Coletivas do Trabalho NR Norma Regulamentadora NT Notas Técnicas do M.T.E. SST – Hierarquia Legislação 34 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS OBRIGAÇÕES LEGAIS CLT - Consolidação das Leis do Trabalho É de obrigação legal para os empregadores a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977 relativa a segurança e medicina do trabalho e outras providências, especificamente para os fabricantes de bens de capital a seção XI – Das Máquinas e Equipamentos, os Artigos 184, 185 e 186 da CLT. Lei atualmente em vigor. Veja a Lei nº 6.514/77 na íntegra no ANEXO D. 35 CLT - Seção XI - Das máquinas e equipamentos Art.184 As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental. Parágrafo único. É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo. Art.185 Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste. Art.186 O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e medidas de segurança na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à proteção das partes móveis, distância entre estas, vias de acesso às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua adequação e medidas de proteção exigidas quando motorizadas ou elétricas. ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS 36 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS Código de Defesa do Consumidor Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. TÍTULO I Direitos do Consumidor CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 1.° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5.°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. Art. 2.° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 37 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS Código de Defesa do Consumidor Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. CAPÍTULO V Das Práticas Comerciais SEÇÃO IV Das Práticas Abusivas VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); 38 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS OIT – Organização Internacional do Trabalho O Brasil em 1994 se tornou signatário da Convenção nº 119 da OIT- sobre Proteção de Máquinas, por meio do Decreto nº1.255 que adotou integralmente o conteúdo desta convenção. A redação da Convenção é de 1963, contendo os mesmos conceitos empregados na NR12. DECRETO nº 1255 : Promulga a Convenção nº 119, da Organização Internacional do Trabalho, sobre Proteção dasMáquinas, concluída em Genebra, em 25 de junho de 1963. Veja o conteúdo da Convenção n°119 da OIT no ANEXO F. 39 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS EMBARGO OU INTERDIÇÃO A Portaria SIT nº 199 de 17 de janeiro de 2011, estabelece a regulamentação da NR-3 EMBARGO OU INTERDIÇÃO, abaixo reproduzida: 3.1 Embargo e interdição são medidas de urgência, adotadas a partir da constatação de situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador. 3.1.1 Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade física do trabalhador. 3.2 A interdição implica a paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento. 3.3 O embargo implica a paralisação total ou parcial da obra. 40 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS 3.3.1 Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção ou reforma. 3.4 Durante a vigência da interdição ou do embargo, podem ser desenvolvidas atividades necessárias à correção da situação de grave e iminente risco, desde que adotadas medidas de proteção adequadas dos trabalhadores envolvidos. 3.5 Durante a paralisação decorrente da imposição de interdição ou embargo, os empregados devem receber os salários como se estivessem em efetivo exercício. 41 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES A Portaria MTE nº 11 de 09 de janeiro de 2015 aprova a redação da NR- 28 FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES, abaixo reproduzida: 28.1 FISCALIZAÇÃO 28.1.1 A fiscalização do cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador será efetuada obedecendo ao disposto nos Decretos n.º 55.841, de 15/03/65, e n.º 97.995, de 26/07/89, no Título VII da CLT e no § 3º do art. 6º da Lei n.º 7.855, de 24/10/89 e nesta Norma Regulamentadora. 28.1.2 Aos processos resultantes da ação fiscalizadora é facultado anexar quaisquer documentos, quer de pormenorização de fatos circunstanciais, quer comprobatórios, podendo, no exercício das funções de inspeção do trabalho, o agente de inspeção do trabalho usar de todos os meios, inclusive audiovisuais, necessários à comprovação da infração. 42 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS 28.1.3 O agente da inspeção do trabalho deverá lavrar o respectivo auto de infração à vista de descumprimento dos preceitos legais e/ou regulamentares contidos nas Normas Regulamentadoras urbanas e rurais, considerando o critério da dupla visita, elencados no Decreto n.º 55.841, de 15/03/65, no Título VII da CLT e no § 3º do art. 6º da Lei n.º 7.855, de 24/10/89. 28.1.4 O agente da inspeção do trabalho, com base em critérios técnicos, poderá notificar os empregadores concedendo prazos para a correção das irregularidades encontradas. 28.1.4.1 O prazo para cumprimento dos itens notificados deverá ser limitado a, no máximo, 60 (sessenta) dias. 28.1.4.2 A autoridade regional competente, diante de solicitação escrita do notificado, acompanhada de exposição de motivos relevantes, apresentada no prazo de 10 dias do recebimento da notificação, poderá prorrogar por 120 (cento e vinte) dias, contados da data do Termo de Notificação, o prazo para seu cumprimento. 43 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS 28.1.4.3 A concessão de prazos superiores a 120 (cento e vinte) dias fica condicionada à prévia negociação entre o notificado e o sindicato representante da categoria dos empregados, com a presença da autoridade regional competente. 28.1.4.4 A empresa poderá recorrer ou solicitar prorrogação de prazo de cada item notificado até no máximo 10 (dez) dias a contar da data de emissão da notificação. 28.1.5 Poderão ainda os agentes da inspeção do trabalho lavrar auto de infração pelo descumprimento dos preceitos legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, à vista de laudo técnico emitido por engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado. 44 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS 28.2 EMBARGO OU INTERDIÇÃO. 28.2.1 Quando o agente da inspeção do trabalho constatar situação de grave e iminente risco à saúde e/ou integridade física do trabalhador, com base em critérios técnicos, deverá propor de imediato à autoridade regional competente a interdição do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o embargo parcial ou total da obra, determinando as medidas que deverão ser adotadas para a correção das situações de risco. 28.2.2 A autoridade regional competente, à vista de novo laudo técnico do agente da inspeção do trabalho, procederá à suspensão ou não da interdição ou embargo. 28.2.3 A autoridade regional competente, à vista de relatório circunstanciado, elaborado por agente da inspeção do trabalho que comprove o descumprimento reiterado das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, poderá convocar representante legal da empresa para apurar o motivo da irregularidade e propor solução para corrigir as situações que estejam em desacordo com exigências legais. 45 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS 28.2.3.1 Entende-se por descumprimento reiterado a lavratura do auto de infração por 3 (três) vezes no tocante ao descumprimento do mesmo item de norma regulamentadora ou a negligência do empregador em cumprir as disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, violando-as reiteradamente, deixando de atender às advertências, intimações ou sanções e sob reiterada ação fiscal por parte dos agentes da inspeção do trabalho. 46 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS 28.3 PENALIDADES. 28.3.1 As infrações aos preceitos legais e/ou regulamentadores sobre segurança e saúde do trabalhador terão as penalidades aplicadas conforme o disposto no quadro de gradação de multas (Anexo I), obedecendo às infrações previstas no quadro de classificação das infrações (Anexo II) desta Norma. 28.3.1.1 Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada na forma do art. 201, parágrafo único, da CLT, conforme os valores estabelecidos no corpo da Norma referida. 47 RESPONSÁVEL TÉCNICO: • Toda indústria deve ter Responsável Técnico – Capitulo 12.39, alínea “b” da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 dez de 1966. – Lei nº 6.496, de 07 dez de 1977. PROFISSIONAL DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO • Quem deve ter: – Conforme a NR-4: É necessária a Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, com o correspondente Grau de Risco – GR, para fins de dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT. Para maiores informações consulte a NR-4. CNAE DA EMPRESA GRAU DE RISCO DIMENSIONAMENTO DOS SESMT ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS 48 ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS 50 NORMAS REGULAMENTADORAS Conceito das Normas Regulamentadoras - NR: As Normas Regulamentadoras (NR) são publicadas e editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e estão baseadas em leis relativas a segurança e medicina do trabalho, contendo regras de caráter obrigatório com a finalidade de estabelecer requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO), seja diretamente, seja pela referência a normas técnicas, oupela incorporação de todo ou apenas parte do conteúdo destas normas. Atualmente estão em vigor 36 Normas Regulamentadoras. A portaria MTB nº 3.214, de junho de 1978, Aprova as Normas Regulamentadoras NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. (Veja esta Portaria nº3.214/78 na íntegra no ANEXO E) 51 NORMAS REGULAMENTADORAS NR - NORMAS REGULAMENTADORAS VIGENTES NR-01 – Disposições Gerais NR-02 – Inspeção Prévia NR-03 – Embargo ou Interdição NR-04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho NR-05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes NR-06 – Equipamentos de Proteção Individual - EPI NR-07 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO NR-08 – Edificações NR-09 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos NR-13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações 52 NORMAS REGULAMENTADORAS NR - NORMAS REGULAMENTADORAS VIGENTES NR-14 – Fornos NR-15 – Atividades e Operações Insalubres NR-16 – Atividades e Operações Perigosas NR-17 – Ergonomia NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR-19 – Explosivos NR-20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis NR-21 – Trabalho a Céu Aberto NR-22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração NR-23 – Proteção Contra Incêndios NR-24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR-25 – Resíduos Industriais NR-26 – Sinalização de Segurança 53 NORMAS REGULAMENTADORAS NR - NORMAS REGULAMENTADORAS VIGENTES NR-27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB NR-28 – Fiscalização e Penalidades NR-29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR-30 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR-31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde NR-33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados NR-34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval NR-35 – Trabalho em Altura NR-36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados 54 ELABORAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA NR-12 GTT / CNTT ELABORAÇÃO DO TEXTO DA NORMA CNA CNT CNI CNC CNF ABIMAQ GOVERNO EMPREGADORES TRABALHADORES GT / GET TEXTO EM CONSULTA PÚBLICA GTT / CNTT CTPP APRECIA AS SUGESTÕES E A REDAÇÃO DO TEXTO FINAL APROVA O TEXTO FINAL E ENVIA PARA PUBLICAÇÃO GT- Grupo Temática GET- Grupo de Estudos Tripartite GTT- Grupo de Trabalho Tripartite CNTT- Comissão Nacional Tripartite Temática CTPP- Comissão Tripartite Paritária Permanente INICÍO CNS CTPP ANALISA O TEXTO E ENCAMINHA PARA O GT / GET CONSULTA PÚBLICA EXECUTA A ANÁLISE TÉCNICA E JURIDICA NO TEXTO E ENVIA PARA CONSULTA PÚBLICA 56 Norma Regulamentadora Está baseada em uma lei, ou seja, é a regulamentação de uma lei, é de caráter obrigatório, tem a finalidade de estabelecer requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de segurança e saúde do trabalho. O não cumprimento pode acarretar a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente. Para consultar as Normas Regulamentadoras acesse o site do Ministério do Trabalho e Emprego conforme o endereço abaixo. http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES 57 Norma Técnica É um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. É de caráter voluntário e torna-se obrigatória quando essa condição é estabelecida pelo poder público. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da Resolução do nº07 do CONMETRO, de 24/08/1992. DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES 58 A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Electrotechnical Commission), e das entidades de normalização regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação MERCOSUL de Normalização). É uma entidade privada, sem fins lucrativos, é membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização). As normas internacionais são reconhecidas pela Organização Mundial do Comércio - OMC como a base para o comércio internacional. As normas ISO são voluntárias, cabendo aos seus membros decidirem se as adotam como normas nacionais ou não. A adoção de uma norma ISO como Norma Brasileira recebe a designação NBR ISO. DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES 59 Significado das siglas das normas brasileiras: NR – Norma Regulamentadora (Regulamentação de uma lei). NBR – Norma Técnica Brasileira (Norma técnica aprovada pela ABNT). NBR NM – Norma Técnica MERCOSUL (Traduzida e adotada pelo Brasil). NBR ISO – Norma Técnica Internacional (Traduzida e adotada pelo Brasil). Significado das siglas das normas internacionais: ISO – International Organization for Standardization (Norma Internacional). EN – European Normalization (Normalização Européia). IEC – Iternational Electrotechnical Commission. DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES 60 Principais Normas Técnicas de Segurança no Brasil para Máquinas e Equipamentos Normas Tipo A – Normas fundamentais de segurança: definem os conceitos, princípios de projetos e aspectos gerais válidos para todas as máquinas. Normas Tipo B – Aspectos e componentes de segurança. Normas Tipo B1 – Aspectos gerais de segurança. Normas Tipo B2 – Componentes utilizados na segurança. Normas Tipo C – Normas de segurança por categoria de máquinas: fornecem prescrições detalhadas de segurança a um grupo particular de máquinas. DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES NBR 14009 – Segurança de máquinas – Princípios para apreciação de riscos. (Cancelada em 17/12/2013 e Substituída por: ABNT NBR ISO 12100:2013) ‘ NBR ISO 12100 – Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto – Apreciação e Redução de riscos. Normas tipo A Normas tipo B Normas tipo C NBR 13853 – Distâncias seguras para impedir acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores (prEN 811) NBR 14154 – Segurança em máquinas: Prevenção de partida inesperada (EN 1037) NBR 14153 – Segurança de máquinas: Parte de sistemas de comando relacionadas à segurança,princípios gerais de projeto. (EN 954-1) NBR 14152 – Segurança em máquinas Dispositivos de comando bi-manuais Aspectos funcionais e princípios para projeto. (EN 574) NBR NM 272 – Requisitos gerais para o projeto e construção de proteções (fixas e móveis) (prEN 953) v NBR 13930 - Prensas mecânicas - Requisitos de Segurança v NBR 13536 - Máquinas injetoras para plásticos e elastômeros. Requisitos técnicos de segurança para o projeto, construção e utilização NBR 13854 – Folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do corpo humano (EN 349) NBR 13852 – Distâncias seguras para impedir acesso a zonas de perigo pelos membros superiores (EN 294) Normas tipo B1 Aspectos gerais de segurança NBR NM 273 – Dispositivos de intertravamento associados a proteções – Princípios para projeto e seleção (EN 1088) NBR 13759 – Equipamentos de parada de emergência, aspectos funcionais, princípios para projetos (EN 418) Normas tipo B2 Componentes utilizados na segurança v NBR 13867 - Picadores de Carne - Requisitos de segurança v NBR 13865 - Cilindros de massas alimentícias - Requisitos de segurança NBR 13862 - Transportadores contínuos - Requisitos de segurança para o projeto PRINCIPAIS NORMAS DE SEGURANÇA NO BRASIL 61 EN 60204-1 – Segurança de máquinas – Equipamento elétrico de máquinas – Parte 1 Especificações para requisitos gerais. 62 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA – INMETRO INMETRO - O INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que atua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, que é o órgão normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). - O INMETRO é responsável pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, e Programas de Avaliação da Conformidade - Resolução Conmetro nº 04, de 02 de dezembro de 2002 Portaria nº 390, de 24 de julho de 2012. Certificação DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES 63 Certificação – Avaliação da Conformidade A Avaliação da Conformidade é um processo sistematizado, com regras pré- estabelecidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar adequado grau de confiança de que um produto, processo ou serviço, ou ainda um profissional atende a requisitos pré-estabelecidos em normas ou regulamentos, a um custo adequado. - De Primeira Parte: Declaração do fornecedor. - De Segunda Parte: Feita pelo comprador. - De terceira Parte: Feita por uma O.C.P - Organização Certificadora de Produto Acreditada pelo INMETRO. DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES 64 Programa de Avaliação da Conformidade RTQ – Regulamento Técnico da Qualidade IN – Instrução Normativa N – Norma RAC – Regulamento de Avaliação da Conformidade O que avaliar Como avaliar DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES 65 Certificação OCP - Organização Certificadora de Produto Número de Registro Selo INMETRO Avaliação da Conformidade - OCP Certificado Selo INMETRO DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES 66 OUTRAS CERTIFICAÇÕES - INMETRO De acordo com a Portaria INMETRO/MDIC nº 371 de 29/12/2009, se faz necessária a adequação de aparelhos eletrodomésticos e similares, importados ou fabricados no país, a requisitos mínimos de segurança. O que gera bastante confusão, pois alguns eletrodomésticos podem ser usados na indústria passando assim a ser considerado um equipamento industrial. Levando isso em consideração é de extrema importância verificar se o equipamento fabricado esta na lista desta portaria para que seja feita a certificação. Veja a portaria INMETRO/MDIC nº 371 de 29/12/2009 na íntegra no anexo J. DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E CERTIFICAÇÕES 68 NORMA REGULAMENTADORA NR-12 Conceito da NR-12 A NR-12 está regulamentada na Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, especificamente na seção XI – Das Máquinas e Equipamentos, os Art. 184, 185 e 186 da CLT. A primeira publicação da NR-12 ocorreu em 08 de junho de 1978, pela Portaria GM n.º 3.214. A atualização no contexto do corpo da NR-12, foi publicada em 17 de dezembro de 2010, pela Portaria SIT n.º 197. O último anexo (Anexo XII) foi inserido na norma e publicado em 08 de dezembro de 2011, pela Portaria SIT n.º 293. A última atualização da NR-12 foi publicada pela PORTARIA N.º 509 DE 29 DE ABRIL DE 2016. (Alterou alguns capítulos do corpo da Norma Regulamentadora NR-12). 69 Conceito da NR-12 12.1 Esta Norma Regulamentadora NR-12 e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis. 12.134 É proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação, cessão a qualquer título e exposição de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto nesta Norma. (Alterado pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015) NORMA REGULAMENTADORA NR-12 70 NORMA REGULAMENTADORA NR-12 Objetivos da NR-12: Segurança do trabalhador. Melhorias das condições de trabalho em prensas e similares, injetoras, máquinas e equipamentos de uso geral, e demais anexos. Máquinas e equipamentos intrinsecamente seguros. 71 NORMA REGULAMENTADORA NR-12 ESTRUTURA DA NR-12 Anexos V, VI,VII,VIII, IX, X , XI e XII são específicos para determinados tipos de máquinas Anexos I , II, III e IV com Informações complementares para atendimento do corpo e demais anexos Parte principal do corpo da Norma com 19 Títulos 72 TÓPICOS DA NR-12 CAPÍTULOS 1. Princípios Gerais 12.1 ao 12.5 2. Arranjos Físicos e Instalações 12.6 ao 12.13 3. Instalações e Dispositivos Elétricos 12.14 ao 12.23 4. Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada 12.24 ao 12.37.1 5. Sistemas de Segurança 12.38 ao 12.55.1 6. Dispositivos de Parada de Emergência 12.56 ao 12.63.1 7. Meios de Acesso Permanentes 12.64 ao 12.76.1 8. Componentes Pressurizados 12.77 ao 12.84.1 9. Transportadores de Materiais 12.85 ao 12.93.1 10. Aspectos Ergonômicos 12.94 ao 12.105 NORMA REGULAMENTADORA NR-12 73 TÓPICOS DA NR-12 CAPÍTULOS 11. Riscos Adicionais 12.106 ao 12.110 12. Manutenção, Inspeção, Preparação, Ajustes e Reparos 12.111 ao 12.115 13. Sinalização 12.116 ao 12.124.1 14. Manuais12.125 ao 12.129.1 15. Procedimentos de Trabalho e Segurança 12.130 ao 12.132.2 16. Projeto, Fabricação, Importação, Venda, Locação, Leilão, Cessão a qualquer Título e Exposição. 12.133 ao 12.134 17. Capacitação 12.135 ao 12.147.2 18. Outros Requisitos Específicos de Segurança 12.148 ao 12.152.1 19. Dispositivos Finais 12.153 ao 12.156 NORMA REGULAMENTADORA NR-12 74 ANEXOS Anexo I – Distâncias de Segurança e Requisitos para o Uso de Detectores de Presença Optoeletrônicos. (Quadros I, II, III e IV). Anexo II – Conteúdo Programático da Capacitação. Anexo III – Meios de Acesso Permanentes. Anexo IV – Glossário. Anexo V – Motosserras. Anexo VI – Máquinas para Panificação e Confeitaria. Anexo VII – Máquinas para Açougue e Mercearia. Anexo VIII – Prensas e Similares. Anexo IX – Injetora de Materiais Plásticos. Anexo X – Máquinas para Fabricação de Calçados e Afins. Anexo XI – Máquinas e Implementos para Uso Agrícola e Florestal. Anexo XII – Equipamentos de Guindar para Elevação de Pessoas e Realização de Trabalhos em Altura. NORMA REGULAMENTADORA NR-12 75 Normas que Sustentam a NR-12 Normas e Convenções de conteúdo Social Convenções Coletivas, NR-05, NR-07, NR-09 Normas de conteúdo Técnico NR-10, NR-11, NR-13, NR-17, NR-23, NR-33 Normas de conteúdo Temático NR-18, NR-22, NR-31, NR-32, NR-34 Normas ABNT (Referências) NBR ISO 12100, NBR 14009, NBR 13852, NBR 14153 NORMA REGULAMENTADORA NR-12 77 PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS Ações Prioritárias – Para todas as empresas: A empresa deve estar Regularizada com Registro no CREA – Capitulo 12.123, alínea “d” da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. – Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973 - CONFEA. – Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977. – Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980. – Resolução nº 336, de 27 de outubro de 1985 - CONFEA. – Resolução nº 1.048, de 14 de agosto de 2013 - CONFEA. A empresa deve ter Responsável Técnico – Capitulo 12.30, da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 dez de 1966. – Lei nº 6.496, de 07 dez de 1977. 78 PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS Ações Prioritárias – Para o parque de máquinas instaladas: Elabore o inventário das máquinas e equipamentos – Capitulo-12.153 da NR-12 - Manter o inventário atualizado com o seguinte conteúdo mínimo: Identificação da máquina e equipamento. Descrição geral. (tipo, fabricante, modelo, características). Capacidade, produtividade, tempo de operação por dia, operadores envolvidos. Diagnóstico com relação a NR-12 (sistema de segurança). Previsão da adequação. Recursos financeiros para a adequação. Localização em planta baixa (layout). Faça a Apreciação de Riscos – Capitulo 12.39, alínea “a” da NR-12. Emita ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – Capitulo 12.39, alínea “b” da NR-12. – Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977. 79 80 1º Passo Inventário das Máquinas e Equipamentos localizados em Planta Baixa De acordo com a NR-12 o empregador deve manter o inventário das máquinas e equipamentos atualizado com as devidas identificações e com a localização em planta baixa (layout), para que as mesmas sejam analisadas e adequadas conforme a NR-12. Veja abaixo os itens da NR-12 em questão. NR-12 12.153. O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente habilitado. 12.153.1. As informações do inventário devem subsidiar as ações de gestão para aplicação desta Norma. PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS 81 12.153.2 O item 12.153 não se aplica: (Item e alíneas inseridos pela Portaria MTE n.º 857, de 25/06/2015) a) ás microempresas e as empresas de pequeno porte, que ficam dispensadas da elaboração do inventário de máquinas e equipamentos; b) a máquinas autopropelidas, automotrizes e máquinas e equipamentos estacionários utilizados em frentes de trabalho. PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS INVENTÁRIO DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DA EMPRESA 82 • Exemplo de Inventário (Não esqueça de anexar a planta baixa com a localização das máquinas e equipamentos) Identificação* Tipo Fabricante Modelo Ano de Fabricação Capacidade Produtividade 5 Tempo de operação por dia 16 Operadores envolvidos 2 Está Adequada à NR-12? Sim? (concluído) Previsão de Adequação 24 Recursos Financeiros para Adequação 100.000,00 Assinatura do Responsável Data: 01/01/0001 yyyy pç/h Horas por dia Descrição Geral Inventário das Máquinas e Equipamentos 01 Torno xxxx Meses Reais 01/01/0001 Não? (vide slide 77) Características * Fica a critério da empresa a escolha da identificação, podendo ser usado o mesmo código que consta no imobilizado da contabilidade 83 84 2º Passo Apreciação de Riscos A apreciação de riscos deve ser elaborada, executada por um profissional legalmente habilitado o qual realizará a analise de riscos de todo o sistema de segurança das e máquinas e equipamentos, analisando todo o sistema elétrico, eletrônico, pneumático, hidráulico e mecânico. A análise de riscos é uma análise sistemática, e tem o objetivo de informar quais são os riscos que a máquina e equipamento oferecem, qual é a categoria do risco, quais as medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir para controlar os riscos, quais as possibilidades dos perigos serem eliminados, e quais são as partes da máquina e equipamento que estão sujeitos a causar lesões e danos. Veja a seguir os itens da NR-12 em questão. PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS 85 Normas para elaboração da Apreciação e Análise de Riscos A apreciação de riscos, de maneira geral, é um processo composto por uma série de etapas que permite, de forma sistemática, analisar e avaliar os riscos associados à máquina. As normas técnicas oficiais e vigentes para a apreciação de riscos são: NBR ISO 12100:2013, ISO 14121, e para a categorização do sistema de segurança a NBR 14153. NBR ISO 12100:2013 Segurança de máquinas — Princípios gerais de projeto — Apreciação e redução de riscos ISO/TR 14121-2:2012 - Safety of machinery - Risk assessment - Part 2: Practical guidance and examples of methods. NBR 14153:2013 - Segurança de Máquinas – Partes de sistemas de comando relacionados à segurança – Princípios gerais para o projeto. PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS 86 INÍCIO DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA MÁQUINA IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO ESTIMATIVA DOS RISCOS AVALIAÇÃO DOS RISCOS OS RISCOS FORAM REDUZIDOS ADEQUADAMENTE ? PROCESSO DE REDUÇÃO DE RISCOS NÃO APRECIAÇÃO DE RISCOS FIM OUTROS RISCOS GERADOS? ANÁLISE DE RISCO APRECIAÇÃO DE RISCO SIM NÃO SIM PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS 87 CATEGORIAS B 1 2 3 4 P1 P2 P1 S1 F1 Ponto de partida (ver 4.3.3) S2 F2 P2 ABNT NBR 14153:2013 – Anexo B Severidade do Ferimento Frequência e/ou tempo de exposição ao perigo Possibilidade de evitar o perigo P S1 – Ferimento leve (normalmentereversíveis) F1 – Raro a relativamente frequente e/ou baixo tempo de exposição P1 – Possível sob condições específicas S2 – Ferimento sério (normalmente irreversíveis, incluindo a morte) F2 – Frequente a contínuo e/ou tempo de exposição longo P2 – Quase nunca possível Categorias preferenciais para pontos de referência ( ver 4.2) Categorias possíveis que requerem medidas adicionais (ver B.1) Medidas que podem ser superdimensionadas para risco relevante 88 Categoria a Resumo de requisitos Comportamento do sistema b Princípios para atingir a segurança B (ver 6.2.1) Partes de sistemas de comando, relacionadas à segurança e/ou seus equipamentos de proteção, bem como seus componentes, devem ser projetados, construídos, selecionados, montados e combinados de acordo com as normas relevantes, de tal forma que resistam às influências esperadas. A ocorrência de um defeito pode levar à perda da função de segurança. Principalmente caracterizado pela seleção de componentes. 1 (ver 6.2.2) Os requisitos de B se aplicam. Princípios comprovados e componentes de segurança bem testados devem ser utilizados. A ocorrência de um defeito pode levar à perda da função de segurança, porém a probabilidade de ocorrência é menor que para a categoria B. a As categorias não objetivam sua aplicação em uma sequência ou hierarquia definidas, com relação aos requisitos de segurança. b A apreciação dos riscos indicará se a perda total ou parcial da(s) função(ões) de segurança, consequente de defeitos, é aceitável. ABNT NBR 14153:2013 - Tabela 2 89 Categoria a Resumo de requisitos Comportamento do sistema b Princípios para atingir a segurança 2 (ver 6.2.3) Os requisitos de B e a utilização de princípios de segurança comprovados se aplicam. A função de segurança deve ser verificada em intervalos adequados pelo sistema de comando da máquina. A ocorrência de um defeito pode levar à perda da função de segurança entre as verificações. A perda da função de segurança é detectada pela verificação. Principalmente caracterizado pela estrutura. 3 (ver 6.2.4) Os requisitos de B e a utilização de princípios de segurança comprovados se aplicam. As partes relacionadas à segurança devem ser projetadas de tal forma que: um defeito isolado em qualquer dessas partes não leve à perda da função de segurança; e -sempre que razoavelmente praticável, o defeito isolado seja detectado. Quando um defeito isolado ocorre, a função de segurança é sempre cumprida. Alguns defeitos, porém não todos, serão detectados. O acúmulo de defeitos não detectados pode levar à perda da função de segurança. Principalmente caracterizado pela estrutura. a As categorias não objetivam sua aplicação em uma sequência ou hierarquia definidas, com relação aos requisitos de segurança. b A apreciação dos riscos indicará se a perda total ou parcial da(s) função(ões) de segurança, consequente de defeitos, é aceitável. ABNT NBR 14153:2013 - Tabela 2 90 Categoria a Resumo de requisitos Comportamento do sistema b Princípios para atingir a segurança 4 (ver 6.2.5) Os requisitos de B e a utilização de princípios de segurança comprovados se aplicam. As partes relacionadas à segurança devem ser projetadas de tal forma que: — um defeito isolado em qualquer dessas partes não leve à perda da função de segurança; e — o defeito isolado seja detectado durante ou antes da próxima demanda da função de segurança. Se isso não for possível, o acúmulo de defeitos não pode levar à perda das funções de segurança. Quando os defeitos ocorrem, a função de segurança é sempre cumprida. Os defeitos serão detectados a tempo de impedir a perda das funções de segurança. Principalmente caracterizado pela estrutura. a As categorias não objetivam sua aplicação em uma sequência ou hierarquia definidas, com relação aos requisitos de segurança. b A apreciação dos riscos indicará se a perda total ou parcial da(s) função(ões) de segurança, consequente de defeitos, é aceitável. ABNT NBR 14153:2013 - Tabela 2 91 É comum uma mesma máquina ou equipamento ter mais de uma categoria de riscos, em diferentes partes, por isso deve ser feita análise de riscos em todo o perímetro da máquina ou equipamento, considerando os riscos durante a operação e manutenção. Feita a Análise de Riscos é fundamental que se crie um plano de ação, como por exemplo: Quais são as categorias de risco? Quais dispositivos serão incorporados? Refaça o projeto do equipamento acrescentando os dispositivos de segurança Quanto custará as modificações? Quanto tempo levará para a adequação? ANÁLISE DO PERIGO E APRECIAÇÃO DE RISCOS 93 ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – CREA 3º Passo ART O termo ART significa Anotação de Responsabilidade Técnica, é um instrumento indispensável para identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados por profissionais ou empresas. A Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, foi instituída pela Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977, a qual estabelece que todos os contratos referentes à execução de serviços ou obras de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia deverão ser objeto de anotação no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA. Veja a Lei nº 6.496/77 na íntegra no Anexo C PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS 94 Quem deve emitir a ART? Quando possuir vínculo contratual com pessoa jurídica, cabe ao profissional emitir a ART e à empresa/instituição o pagamento do valor correspondente a esse serviço. Devem emitir a ART todos os profissionais legalmente habilitados que exercem suas profissões em organizações que executam obras ou serviços de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia. - Função da ART Defesa da Sociedade A ART é um instrumento indispensável para identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados por profissionais ou empresas. A ART assegura à sociedade que essas atividades técnicas são realizadas por um profissional habilitado. Neste sentido, a ART tem uma nítida função de defesa da sociedade, proporcionando também segurança técnica e jurídica para quem contrata e para quem é contratado. PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS 95 Valorização do Profissional A ART valoriza o exercício das profissões, confere legitimidade ao profissional ou empresa contratado e assegura a autoria, a responsabilidade e a participação técnica em cada obra ou serviço a ser realizado. Ao registrar a ART os direitos de autoria de um plano ou projeto de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia, respeitadas as relações contratuais expressas entre o autor e outros interessados, são do profissional que os elaborar. O registro da ART possibilita ao profissional constituir acervo técnico, que tem grande valor no mercado de trabalho, bem como o resguarda em eventuais litígios judiciais. A partir do registro da ART é possível ao profissional obter a Certidão de Acervo Técnico-CAT, que certifica, para os efeitos legais, que consta dos assentamentos do CREA a anotação das atividades técnicas executadas ao longo de sua vida profissional. Comprovação da Capacidade Técnico-Profissional
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