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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA Começando do Início A melhor forma de aprender anatomia é iniciando o estudo dos seus princípios mais básicos. Nesta apostila você aprenderá como surgiu o estudo da anatomia, como o corpo humano é dividido para fins didáticos. Além de aprender como orientamos as estruturas anatômicas dentro e fora do corpo humano. Após a leitura da apostilas você terá todas as ferramentas para iniciar e aprofundar seus estudos da anatomia. História da Anatomia Planos Anatômicos Os Eixos Anatômicos Os Movimentos Divisão do Estudo da Anatomia ANATOMIA ONLINE Rua Maria Angélica 171 Lagoa, Rio de Janeiro www.anatomiaonline.com Agosto 2017 A História da Anatomia Humana conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da Itália com Alcméon de Crotona, que realizou dissecções em animais. Pouco tempo depois, um texto clínico da escola hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada com a dissecação. Aristóteles mencionou as ilustrações anatômicas quando se referiu aos paradigmata, que provavelmente eram figuras baseadas na dissecação animal. No século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que realizaram dissecações humanas de modo sistemático. A partir do ano 150 A.C. a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e religiosas. O conhecimento anatômico sobre o corpo humano continuou no mundo helenístico, porém só se conhecia através das dissecações em animais. No século II D.C., Galeno dissecou quase tudo, macacos e porcos, aplicando depois os resultados obtidos na anatomia humana, quase sempre corretamente; contudo, alguns erros foram inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os achados em cadáveres humanos. Galeno desenvolveu assim mesmo a doutrina da “causa final”, um sistema teológico que requeria que todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia. Porém não chegaram até nós as ilustrações anatômicas do período clássico, sendo as “séries de cinco figuras” medievais dos ossos, veias, artérias, órgãos internos e nervos são provavelmente cópias de desenhos anteriores. Invariavelmente, as figuras são representadas numa posição semelhante a de uma rã aberta, para demonstrar os diversos sistemas, às vezes, se agrega uma sexta figura que representa uma mulher O mais que representações esquemáticas posteriores dos árabes. Na Margarita philosophica de George Reisch (1467-1525), que é uma enciclopédia de todas as ciências, forma colocadas algumas inovações nas tradicionais gravuras em madeira e as vísceras abdominais são representadas de modo realista. Além desses textos anatômicos destinados especificamente aos estudantes de medicina e aos médicos, foram impressas muitas outras páginas com figuras anatômicas, intituladas não em latim (como todas as obras para médicos), mas sim em várias línguas vulgares. Houve um grande interesse, por exemplo, na concepção e na formação do feto humano. O uso freqüente da frase “conhece-te a ti mesmo” fala da orientação filosófica e essencialmente não médica. A “Dança da Morte” chegou a ser um tem muito popular, sobretudo nos países de língua germânica, após a Peste Negra e surpreendentemente, as representações dos esqueletos e da anatomia humana dos artistas que as desenharam são melhores que as dos anatomistas. Uma das primeiras e mais acertada solução para uma reprodução perfeita das representações gráficas foi encontrada nas ilustrações publicadas nos tratados anatômicos de Andrés Vesálio (1514-1564), que culminou com seu De humanis corpori fabrica em 1453, um dos livros mais importantes da história do homem. Vesálio nasceu em Bruxelas em 1514, no seio de uma família muito relacionada com a casa de Borgonha e a corte do Imperador da Alemanha. Sua primeira formação médica foi na Universidade de Paris (onde esteve com mestres como Jacques du Bois e Guinter de Andernach), e foi interrompida pela guerra entre França e o Sacro Império Romano. Vesálio completou seus estudos na renomada escola médica de Pádua, no norte da Itália. Após seu término começou a estudar cirurgia e anatomia. Após alguns trabalhos preliminares, em 1543, com a idade de 28 anos, publicou seu opus magnun, que Generalidades Anatomia é uma palavra grega que significa cortar em partes, cortar separado sem destruir os elementos componentes. O equivalente em português é dissecção. Anatomia é a parte da biologia que estuda a morfologia ou estrutura dos seres vivos. Nomenclatura Pode ser tradicional ou clássica, a qual diverge em cada país, e internacional onde o significado dos termos anatômicos são os mesmos, mas sua escrita e leitura são traduzidos para cada nação conforme a sua língua de origem. No final do último século, foi criado uma comissão de eminentes autoridades de vários países da Europa e Estados Unidos denominada BNA (Basle Nomina Anatomica) que foi substituída pela PNA (Paris Nomina Anatomica). Esta comissão é responsável pela nomenclatura anatômica que será utilizada em todo o mundo. Para obter mais informaçoes você pode acessar o site da Sociedade Brasileira de Anatomia. Posição Anatômica Deve-se considerar a posição anatômica como a de um atleta em posição ereta, em pé, com o olhar para o horizonte e a linha do queixo em paralelo à linha do solo. Os braços pendentes, mãos espalmadas, dedos unidos e palmas voltadas para frente. Os pés também unidos e pendentes. Como na figura acima. Desse modo podemos relacionar de forma precisa e padronizada todas as estruturas anatômicas. Planos Anatômicos Têm o objetivo de separar o corpo em partes para facilitar o estudo e nomear as estruturas anatômicas com relação espacial. Ou seja, através dos planos anatômicos podemos dividir o corpo humano em 3 dimensões e assim podemos localizar e posicionar todas estruturas. Plano Sagital: É o plano que corta o corpo no sentido antero-posterior, possui esse nome porque passa exatamente na sutura sagital do crânio; quando passa bem no meio do corpo, sobre a linha sagital mediana, é chamado de sagital mediano e quando o corte é feito lateralmente a essa linha, chamamos paramediano. Determina uma porção direita e outra esquerda. Também nos permite dizer se uma estrutura é lateral ou medial. Dizemos que é lateral quando a estrutura se afasta da linha mediana e dizemos que é medial quando ela se aproxima da linha mediana. Por exemplo: observe nas figuras abaixo, podemos dizer que o mamilo é medial e que o ombro é lateral. EMBRIOLOGIA A ORIGEM DA ANATOMIA O Desenvolvimento do Embrião Embriologia é a ciência que estuda a formação e o desenvolvimento dos órgãos e sistemas do ser humano. O desenvolvimento de cada ser humano começa com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Após a fecundação tem início uma série de eventos que caracterizam a formação do zigoto que dará origem ao futuro embrião. Nesta apostila você aprenderá todas fases do desenvolvimento do embrião, deste a fecundação até a última semana de gestação. INTRODUÇÃO 1º SEMANA 2º SEMANA 3º SEMANA 4º SEMANA D DESENVOLVIMENTO SEXUAL ANATOMIA ONLINE Rua Maria Angélica 171 Lagoa, Rio de Janeiro www.anatomiaonline.com Agosto 2017 Introdução mbriologia é a ciência que estuda a formaçãoe o desenvolvimento dos órgãos e sistemas do ser humano. Todo organismo sofre mudanças progressivas durante sua vida. Essas mudanças são muito mais pronunciadas e rápidas nas fases mais jovens do desenvolvimento, principalmente na fase embrionária. E embora o nascimento seja um momento que marca o término de uma fase e o início de outra, não representa o fim dos processos de desenvolvimento humano. A embriologia se ocupa das transformações sofridas pelo óvulo até o nascimento.Em termos didáticos, engloba o período de gametogênese, fertilização, clivagem, gastrulação e organogênese. O desenvolvimento de cada ser humano começa com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Após a fecundação tem início uma série de eventos que caracterizam a formação do zigoto que dará origem ao futuro embrião. O zigoto é uma célula única formada pela fusão do óvulo com o espermatozóide e na qual estão presentes os 46 cromossomos provenientes dos gametas dos pais, cada um contendo 23 cromossomos. A partir de 24 horas contadas após a fecundação, o zigoto começa a sofrer sucessivas divisões mitóticas, inicialmente originando inúmeras células até que por volta do 6º dia após a fecundação, já no útero, esse conjunto de células se implanta no endométrio. Damos a esse fenômeno o nome de nidação. No endométrio uterino o embrião irá crescer e se desenvolver, até que na 9ª semana de gestação passa a ser chamado de feto. Este com todos os órgãos e tecidos praticamente já formados, mas mede cerca de 3,7 cm. O período fetal é caracterizado por um crescimento rápido e pela continuação da diferenciação dos tecidos e dos órgãos. Entre a 10ª e a 20ª semana o feto cresce principalmente em comprimento. Entre a 21ª e a 40ª semana o feto cresce sobretudo em peso. Perto do final da gravidez o feto distingue perfeitamente a voz da mãe. Responde a estímulos musicais ou a barulhos e vê a luz através da parede abdominal. A data provável do parto coincide com as 38 semanas após a fecundação, ou seja, cerca de 40 semanas (ou 280 dias) após o início do último período menstrual. E Períodos: Período Embrionário (Organogênese) – 4ª à 8ª Semana. Período Fetal – 9ª à 38ª semana. Gestação pré-termo – Antes de 37 semanas completas (até 36 sem e 6 dias). Gestação a termo – Entre 37 semanas completas e 41 sem e 6 dias. Gestação pós-termo – Após 42 semanas completas. A Embriologia como Ciência primeiro método utilizado na investigação do desenvolvimento embrionário foi o da observação. Aristóteles, estudando embriões de aves, foi o primeiro a fornecer informações corretas sobre o desenvolvimento do embrião. Infelizmente só depois da Idades Média é que O OSTEOLOGIA O ESTUDO DOS OSSOS O Sistema Esquelético O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O esqueleto sustenta e dá forma ao corpo, além de proteger os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio. Nesta apostila você irá aprender os detalhes de cada osso, o nome de todos os acidentes e sua relação espacial. INTRODUÇÃO CRÂNIO OSSOS DA FACE COLUNA VERTEBRAL OSSOS DO TÓRAX D MEMEBRO SUPERIOR MEMBRO INFERIOR ANATOMIA ONLINE Rua Maria Angélica 171 Lagoa, Rio de Janeiro www.anatomiaonline.com Agosto 2017 Introdução Osteologia é a parte da anatomia que estuda os ossos. Os ossos constituem a parte passiva do sistema locomotor e o seu conjunto, representado por aproximadamente 208 ossos, forma o esqueleto. O número exato de ossos vai depender principalmente da idade do indivíduo, em maior numero nas crianças e em menor nos adultos. Fatores individuais e de critérios de contagem também podem influir. Alguns anatomistas desconsideram os ossos sesamóides e os ossículos do ouvido, outros os incluem na contagem. Os ossos além de constituírem a parte passiva do sistema locomotor têm outras finalidades, a saber: função hematopoiética (produzir células sanguíneas), sustentação e manutenção de posição das partes moles do corpo e proteção de outros sistemas como, por exemplo, o sistema nervoso central. Observa- se que o Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal) está, em toda sua extensão, envolto por estruturas ósseas, o encéfalo pelo crânio e a medula espinhal pela coluna vertebral. Por outro lado, com os ossos pode-se estudar o desenvolvimento físico do homem no tempo. É o único tecido que pode atravessar séculos e mais séculos com desgastes muitas vezes insignificantes. Embriologia Assim como todos os tecidos conjuntivos, os tecidos ósseos e cartilaginosos se originam do mesênquima. As células do mesênquima se multiplicam, diferenciam-se e migram para as regiões apropriadas para a formação do esqueleto. Nesse sitio a formação dos ossos se faz a partir da ossificação das cartilagens. Então para formar ossos é preciso que primeiro se formem as cartilagens. Condensação das células do mesênquima dá origem a um tecido pobre em matriz extracelular, conhecido como pré-cartilagem. Com o tempo ocorre um acumulo progressivo de substancias extracelulares que afasta as células, elas retraem seus prolongamentos, adquirem forma esferóide e transforma-se em condrócitos. Nesses tecidos cartilaginosos ocorre o processo de ossificação endocondral, responsável pela formação da maioria dos ossos do corpo humano. Existe também o processo de ossificação membranosa, que é a origem de osso a partir de um tecido membranoso ou fibroso, um exemplo é a ossificação das fontanelas na criança. A coluna vertebral tem origem do esclerótomo. As células mesenquimais dessa região do somito migram em direção ao notocórdio, envolvendo-o, formando a vértebra primitiva. Ossos da Face Mandíbula É um osso ímpar que forma a porção ventrocaudal da face e contém os alvéolos dentários inferiores. Posição anatômica: Anteriormente: eminência mentoniana ; Cranialmente: côndilos Mandíbula – vista anterior Mandíbula – vista lateral Mandíbula – vista medial Mandíbula – vista posterior Vômer Osso ímpar, plano, quadrilátero e alargado que forma as porções posteriores e inferiores do septo nasal. Posição anatômica: Inferiormente: borda palatina Dorsalmente: asas Vômer – vista lateral Vômer - vista posterior Sacro O sacro é constituído por cinco vértebras fundidas (podem ser seis). Porém, na juventude se encontram separadas. É um grande osso triangular situado na parte posterior da pelve. Sua face ventral é côncava e a face dorsal convexa caracterizando uma cifose. Posição anatômica: Superiormente a base e posteriormente a crista sacral média. Sacro – vista posterior Tálus – vista superior vista plantar Calcâneo – vista medial Calcâneo – vista lateral MIOLOGIA - 02 O ESTUDO DOS MÚSCULOS O Sistema Muscular – Volume II O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa. Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerandomovimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, rir, respirar e etc. Além da funcionalidade motora, os músculos também são responsáveis pela manutenção do metabolismo, proteção, geração de calor e armazenamento de energia na forma de glicogênio e proteínas. Neste volume vamos estudar a anatomia dos músculos do tórax, do abdome, do membro superior e do membro inferior.. TÓRAX ABDOME MEMBRO SUPERIOR MEMBRO INFERIOR ANATOMIA ONLINE Rua Maria Angélica 171 Lagoa, Rio de Janeiro www.anatomiaonline.com Agosto 2017 Músculos do Tórax O tórax é a porção mais superior do tronco. Possui um formato cônico com o vértice superior e base inferior. O limite superior do tórax se faz na abertura superior do tórax por onde da continuidade ao pescoço. Seu limite inferior é dado pelo diafragma, que o separa a cavidade torácica da abdominal e belo rebordo costal da caixa torácica. Seu arcabouço, que forma seu limite externo, pode ser dividido em caixa torácica e parede torácica. A caixa torácica é constituída pelas vértebras torácicas, costelas, cartilagens costais, esterno e músculos intercostais. A parede torácica é formada por todos os tecidos de revestimento e músculos dessa região. Músculo Peitoral Maior È um músculo espesso, triangular e plano que recobre a região ântero-superior do tórax. Possui origem ampla e inserção única no úmero, adotando assim uma forma de leque. Origem: Clavícula, manúbrio e corpo do externo; cartilagens costais da 2ª a 6ª e bainha do m. reto abdominal Inserção: Crista do tubérculo maior do úmero Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais Ação: Rotação medial, flexão e adução do braço Músculo Peitoral Menor É um músculo delgado, plano e triangular que está recoberto pelo m. peitoral maior. Origem: 2ª a 5ª costelas Inserção: Processo coracóide da escápula Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais Ação: Anteversão do membro superior e auxilia na inspiração forçada O m. peitoral maior, juntamente com a m. deltóide e a clavícula, forma o Trígono deltoclavipeitoral (fosseta de Morenhien) que é um espaço com forma de triangulo com a base na clavícula. Na camada mais superficial deste trígono encontramos a veia cefálica e mais profundamente o ramo acromial da artéria acrômico-torácica. Músculos do tórax e do abdome, camada superficial - vista anterior. Músculos do tórax após a remoção do M. peitoral maior e peitoral menor esquerdo - vista anterior. Músculo Subclávio È um músculo estreito e cilíndrico. Está situado entre a clavícula e a 1º costela. Origem: 1ªcostela. Inserção: Extremidade acromial da clavícula Inervação: Nervo subclávio Ação: Estabiliza e abaixa a clavícula. Músculos Intercostais Externos São músculos curtos, planos, delgados e bastante tendinosos. Origem: Borda inferior do lábio externo da 1ª a 12ª costela. Inserção: Borda superior da costela subjacente Inervação: Ramos intercostais anteriores de T1 a T11 Ação: Ajuda na inspiração elevando as costelas Caixa torácica, parte anterior - visão posterior Caixa torácica, parte posterior - visão anterior Músculos Intercostais Internos Também são curtos, planos e delgados. Suas fibras cruzam posteriormente e no sentindo contrário, de forma perpendicular ao músculo intercostal externo, formando um “X”. Origem: Borda inferior do lábio interno da 1ª até 11 ª costela. Inserção: Borda superior da costela subjacente Inervação: Ramos intercostais anteriores de T1 a T11 Ação: Ajuda na expiração abaixando as costelas Músculo Subcostal É um músculo muito variável, de difícil visualização. Tem formato triangular e é bastante delgado. Origem: Face interna da 4ª até 11ªcostelas Inserção: Face interna da costela subjacente Inervação: Nervos intercostais anteriores de T4 a T11 Ação: Revestem a parede torácica e auxiliam na expiração. Músculo Transverso do Tórax É plano, bastante fino e está situado na face posterior da parede torácica anterior. Origem: Face interna do externo Inserção: Face interna da 3ª até 6ª costelas (cartilagens costais). Inervação: Nervos intercostais anteriores de T3 a T5. Ação: Abaixa as cartilagens costais Oco Axilar Pode ser chamado também de fossa axilar. Mas deve ser considerada mais do que a fossa externamente visível e sim um compartimento com forma de pirâmide, preenchido com tecido adiposo, vasos, nervos e linfonodos, localizado entre o membro superior e o tórax. Está limitado anteriormente pelo m. peitoral maior, formando a parede anterior da pirâmide, posteriormente pelo m. grande dorsal, que forma a parede posterior da pirâmide. A parede medial ou torácica é formada pela parede do tórax e é revestida pelo m. serrátil anterior, a parede lateral é limitada pelo úmero e pelo m. coracobraquial. O ápice do oco axilar é formado pela clavícula, margem superior da escapula e pela margem externa da 1º costela. É por esse espaço delimitado por esses três ossos que os elementos do pescoço ganham o membro superior. Músculos do Abdome O abdome forma a porção média do tronco, situado entre o tórax e a pelve. Ao contrario das outras estruturas do tronco, o abdome não tem proteção óssea. Sendo seu esqueleto formado unicamente pela coluna vertebral e suas paredes laterais e anteriores constituídas eminentemente por músculos, isso confere a essa região a maior mobilidade encontrada no tronco. Os músculos do abdome podem ser divididos em músculos ântero-laterais e músculos posteriores. Os músculos posteriores, ilíaco e psoas, são comuns ao quadril e ao membro inferior e serão estudados juntamente com os músculos do membro inferior, com exceção do quadro lombar que será abordado adiante. Os músculos ântero-laterais são: reto do abdome ,obliquo externo e oblíquo interno, transverso e o piramidal. Músculo Reto do Abdome Este músculo esta recoberto por uma bainha, a bainha do reto do abdome. Esta bainha mantém o músculo em sua posição e é formada pelas aponeuroses do m. obliquo externo, m. obliquo interno e m. transverso do abdome. O músculo reto do abdome é longo e aplainado, recobre toda a face anterior do abdome. Ele é intercedido por faixas fibrotendinosas chamadas interseções tendíneas. O numero dessas interseções variam de pessoa para pessoa. Origem: Da 5ª a 7ª cartilagens costais, processos xifóide e ligamento costoxifoide Inserção: Púbis e sínfise púbica Inervação: Sete últimos nervos intercostais Ação: Flexão do tronco, comprime o abdome e auxilia a expiração forçada Músculos do abdome, camada superficial A Linha Alba É uma linha branca e bastante robusta localizada entre os dois retos abdominais, na linha mediana. É formada pela união das aponeuroses dos músculos obliquo interno, externo e transverso com as aponeuroses desses músculos do lado oposto. Estende-se desde o processo xifóide até a sínfise púbica. Na sua porção inferior se divide em uma porção anterior e outra posterior. A anterior se insere na borda superior da sínfise púbica e a porção posterior é mais profunda e se insere na crista do púbis. É na linha alba que encontramos o anel umbilical e cicatriz umbilical. O anel umbilical é o orifício que da passagem ao cordão umbilical na vida fetal. Depois de ligado após o parto o cordão umbilical oblitera-se e fibrosa formando a cicatriz umbilical. A Bainha do Reto do Abdome É uma bainha aponeurótica formada pelas aponeuroses dos músculos oblíquoexterno, interno e transverso, que ao passar pelo m. reto do abdome para alcançar a linha media o envolvem e formam essa bainha. Na borda lateral do m. reto do abdome essas aponeuroses se dividem formando a bainha posterior ao passar posteriormente pelo m. reto do abdome, e formando a bainha anterior ao passar anteriormente ao músculo. A disposição das aponeuroses é diferente quando se observam os dois terços superiores e o terço inferior da parede abdominal, os dois terços superiores estão acima do umbigo e o terço inferior está abaixo do umbigo. Nos dois terços superiores a aponeurose do m. oblíquo externo passa anteriormente à m. reto do abdome. A aponeurose do m. oblíquo interno desdobra-se em duas laminas, uma que passa anteriormente ao m. reto do abdome e outra que passa posteriormente. A aponeurose do m. transverso passa posteriormente ao m. reto do abdome. No terço inferior (Fig 4.26) todas as aponeurose passam anteriormente ao m. reto do abdome deixando sua face posterior apenas recoberta pela fáscia transversal. Neste ponto em que a aponeurose do m. transverso e a lâmina posterior da aponeurose do m. oblíquo interno deixam de revestir a face posterior do m. reto do abdome temos a formação da linha arqueada, também conhecida como Arcada de Douglas. SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA QUE OXIGENA O SANGUE Ele é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora dos alvéolos pulmonares. Esses órgãos são divididos em vias aéreas superiores (extratorácica) e inferiores (intratorácica). Todo esse sistema permite a aquisição e a eliminação dos gases do organismo. INTRODUÇÃO NARIZ SEIOS NASAIS LARINGE TRAQUÉIA D BRÔNQUIOS SDSDSDSDSDXSDS PLEURA SDSDSDSDSDXSDS PULMÕES ANATOMIA ONLINE Rio de Janeiro www.anatomiaonline.com Agosto 2017 1 Introdução O sistema respiratório é responsável pela aquisição e eliminação dos gases do organismo. Ou seja, é responsável pela obtenção e transferência de oxigênio do meio ambiente para as hemácias e de eliminação de gás carbônico das hemácias para o meio ambiente. Sendo essa vital função realizada em milhões de pequenas unidades funcionais, os alvéolos. Ele é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são divididos em vias aéreas superiores (extratorácica) e inferiores (intratorácica). As vias aéreas superiores são formadas pelas: fossas nasais, faringe e laringe. As vias aéreas inferiores são formadas pela: traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Os três últimos localizados nos pulmões. Alguns autores não consideram a faringe como constituinte do Sistema Respiratório, mas como ela está em íntimo contato com a boca e a língua, considerei melhor estuda-la melhor no Sistema Digestório. Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que fazem o ar a turbilhonar para facilitar a filtração de impurezas. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. 2 Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica- se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe. Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar. 3 Traqueia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. Vias aéreas – Corte Sagital Pulmões: Os pulmões são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos 4 Espaços da Laringe A cavidade laríngea é dividida em três espaços, andares ou regiões. – Glótico: constituído pelas cordas vocais, que limitam entre si o espaço denominado glote – Supraglótico: vai das cordas vocais até a abertura superior da laringe. Os limite do abertura superior da laringe é formada anteriormente pela borda livre da epiglote, aos lados, pelas pregas aríteno-epiglóticas; posteriormente pelos vértices das cartilagens aritenóides. A superfície interna do andar supraglótico (vestibulo larígeo) apresenta, nas paredes laterais, duas pregas mucosas denominadas falsas cordas vocais ouprega ventriculares, que não desempenham função, e delimitam com as cordas vocais verdadeiras um espaço, conhecido como ventrículo laríngeo ou ventrículo de Morgagni. – Infraglótico: estendes desde as cordas vocais até um plano imaginário que passa pela borda inferior da cartilagem cricóide. 5 Vascularização da Laringe 6 Inervação da Laringe
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