Buscar

apostila de ambiental

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Exame de Ordem 
Apostila de Direito Ambiental
Profa. Simone Carneiro
I) CONCEITO: “O Direito Ambiental é a ciência jurídica que estuda, analisa e discute questões e os problemas ambientais e sua relação com o ser humano, tendo por finalidade a proteção do meio ambiente e a melhoria da vida no planeta”.(Luis Paulo Sirviskas)
O Direito ambiental vem adaptando-se a nova realidade sócio-político-econômica do século XXI, onde não é mais possível pensar num direito individual, mas coorporativo e coletivo.
Portanto este direito tutela valores coletivos como a água, ar atmosférico, controle de propaganda enganosa e saúde pública.
II) Princípios do Direito Ambiental: 
1o ) Princípio do Direito Humano:
Decorrente do 1o Princípio da Declaração de Estocolmo (1972):
“Os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável. Tem direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com o meio ambiente”.
Fundamento legal:
Art. 5o, 6o e 225 da CF/88 e art. 2o da Lei 6.938/81.
2o ) Princípio Democrático:
Assegura ao cidadão a possibilidade de participação nas políticas públicas ambientais em três esferas: Legislativa; Administrativa, Processual.
Fundamento Legal: 
Legislativa:
Art. 14, I da CF – Plebiscito;
Art. 14, II da CF – Referendo;
Art. 14, III da CF - Iniciativa Popular;
Administrativa:
Art. 5o, XXXIII da CF - Direito de Informação;
Art. 5o, XXXIV da CF – Direito de Petição;
Art. 225, IV da CF – EPIA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental);
Processual:
Art. 129, III da CF – Ação Civil Pública;
Art. 5o, LXXIII da CF – Ação Popular;
Art. 5o, LXX da CF – Mandado de Segurança Coletivo;
Art. 5o, LXXI da CF Mandado de Injunção;
Art. 37, §4o da CF - Ação Civil de Responsabilidade por improbidade administrativa;
Art. 103 da CF – Ação Direta de Inconstitucionalidade.
3o ) Princípio da Prevenção (Precaução ou Cautela) 
Decorre do Princípio 15 da Declaração da Rio-92
“De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos sérios e irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão pra postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental”.
Considerações pertinentes ao princípio da Cautela:
Este princípio preceitua aspectos fundamentais relativos ao Direto Ambiental e a Saúde Pública, no que tange à consciência ecológica e, portanto está intrinsecamente ligado à idéia da Educação Ambiental, que indica um mecanismo preventivo de futuras atividades que possam causar danos ao meio ambiente e diretamente ao homem.
A lei 6.938 coloca ainda medidas mitigadoras que são valiosos instrumentos da Política nacional de Meio Ambiente, como o Estudo de Impacto ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental e seus trâmites.
4o ) Princípio do Equilíbrio:
“Através deste princípio devem ser pesados todos os impactos que uma intervenção no meio ambiente pode causar, buscando-se adotar a melhor solução na relação custo benefício”.
5o ) Princípio do Limite:
“É o princípio pelo qual a Administração pública tem o dever de fixar parâmetros para as emissões de partículas, de ruídos e de presença de corpos estranhos no meio ambiente, levando em conta a proteção da vida e do próprio meio ambiente.”.
Fundamento legal:
Art. 225, §1o da CF.
6o ) Princípio da responsabilidade:
“É o princípio pelo qual o poluidor, da maneira mais ampla possível, responderá por suas ações ou omissões que prejudiquem o meio ambiente, de forma que se possa promover a recuperação da área degradada independente das sanções administrativas e criminais”.
Fundamento legal:
§3o do Artigo 225 CF/88
7o ) Princípio do Poluidor- Pagador:
Decorre do Princípio 16 da Declaração do Rio de Janeiro/ 1992.
“As autoridades nacionais devem assegurar as internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, levando em conta o critério de que quem contamina deve, em princípio, arcar com os custos da contaminação, levando-se em conta o interesse público e sem distorcer o comércio e os investimentos internacionais”.
Vê-se, pois que o poluidor deverá arcar com o prejuízo causado ao meio ambiente da forma mais ampla possível. Impera em nosso sistema, a responsabilidade objetiva, ou seja, basta a comprovação do dano ao meio ambiente, a autoria e o nexo causal, independentemente da existência da culpa.
Fundamento legal:
Arts. 225, §3o, da CF e 14 § 1o da lei 6.938/81.
Considerações pertinentes ao princípio da responsabilidade e do poluidor pagador:
A Constituição Federal tutela o meio ambiente administrativa, civil e penalmente (art. 225§3o CF), tanto pessoa física como jurídica, logo temos responsabilidade: administrativa, civil e penal. Essas as responsabilidades estão ligadas ao conceito da antijuridicidade, praticada, que seguem os critérios do reconhecimento do objeto tutelado, do órgão competente e a respectiva sanção.
Logo quando tratamos de sanção administrativa o objeto tutelado é de interesse da sociedade, diante de uma sanção civil o objeto é de interesse patrimonial e quando se trata de limitação de liberdade será penal.
III) Legislação Ambiental Atual 
Legislação Ambiental
Normas constitucionais Ambientais são Classificadas em:
A) Regras Constitucionais específicas: CF, art. 225 (norma matriz ou norma princípio) §1o inc. I, II, III, IV,V, VI e VII. (normas instrumentos, §§ 2o, 3o, 4o, 5o, 6o (conjunto de determinações particulares) – Capítulo VI – Do Meio Ambiente);
B) Regras Constitucionais gerais: CF, art., II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI; art26, art. 43, §§ 2o, IV, e 3o art. 49, XIV e XVI; art. 91, § 1o, III; arts.170, VI, 174, § 3o , 176, §§ 1o ao 4o ., e 177, § 3o ; art 182, §§ 1o ao 4o ; art. 186, II; art. 200 VII e VIII; art. 7o , XXII; arts. 215 e 216, V; art. 220, § 3o, II; art. 231, § 1o;
C) Lei da Política Nacional do meio Ambiente: 6938/1981
D) Outras Leis Ordinárias ou complementares.
IV) Evolução legislativa
A seguir analisaremos os principais marcos, que direcionaram a realidade atual do Direito Ambiental, dentro do que hoje chamamos de direito difuso.
1965- Lei 4.717: Lei da Ação Popular
1972 – Conferência de Estocolmo; Criação do programa das Nações Unidas para o meio ambiente (PNUMA/PNUD);
1977- Conferência das Nações Unidas sobre Água (Mar Del Plata);
1978- Conferência sobre cuidados primários de saúde OMS - UNICEF (Alma Alta);
1981- Lei 6.938: Lei da Política Nacional de Meio Ambiente
1981/90- Decênio Internacional do abastecimento de água potável e do saneamento;
1985- Lei 7.347: Lei da Ação Civil Pública;
Vai tutelar, pela primeira vez os direitos difusos e coletivos em seu art. 1o inciso IV, porém este inciso será vetado pelo presidente da República, alegando a inexistência de definição legal para direito coletivo.
1987- Protocolo de Montreal: Controle da emissão de substâncias que destroem a camada de ozônio;
1987- Comissão das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável (ONU/CMMD) – Nosso futuro comum, relatório da ONU/ CMMD;
1987- Iniciativa Cidade saudável (OMS);
1988- Constituição Federal brasileira admite uma terceira espécie de bem – O Bem Ambiental, art. 225 da CF;
1989- Convenção de Basel: Controle da movimentação de dejetos perigosos;
7.797/1989: Cria o fundo Nacional de Meio Ambiente
1990- Criação do Código de Defesa do Consumidor: Lei 8.078
Definiu o conceito de direitos metaindividuais (difusos, coletivos e individuais homogêneos) em seu art. 81 Parágrafo único inciso I. Acrescenta a legislação brasileira o inciso IV do artigo 1o da lei 7.347/85, a qual havia sido vetada, e defendia os direitos difusos.
1990- Criação da Comissão de saúde e meio ambiente da OMS;
1992- Conferência das Nações Unidas para o meio ambiente da e desenvolvimento. (RIO- 92) – Cúpula da Terra. Agenda 21. Criação da Comissão para o desenvolvimento sustentável (ONU);
1994- Convenção das Nações Unidas sobre Desertificação (UNCCD);
1994- Conferência
das Nações Unidas sobre População e Desenvolvimento (Cairo);
1994-Conferência Internacional sobre segurança Química (Estocolmo);
1995- Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Social – Cúpula Social (Copenhague);
1997- Protocolo de Kioto: controle da emissão de gases de efeito estufa;
1998- Lei 9.605 – Lei dos crimes ambientais;
1999- Lei 9.782: Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
2002- Reunião Conjunta dos Ministros da Saúde e do Meio Ambiente da Américas;
2002- Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 10), de Joesburgo. 
Relação com o Direito Constitucional: Art. 225 (caput).
V) Tutela Ambiental:
1 )Tutela Constitucional 
Art. 225 (caput) §§ 1o ao 6o e seus incisos.
Relação Desenvolvimento sustentado com o binômio: Desenvolvimento Econômico X Meio Ambiente.
Significa um planejamento ecológico, com uma gestão dos recursos naturais.
A Constituição Federal de 1988 abarcou os 23 princípios da Declaração de Estocolmo de 1972, todos acolhidos no art. 225 e seus incisos. Destacando, porém os principias objetivos desses princípios que seriam o meio ambiente ecologicamente equilibrado e a sadia qualidade de vida do homem.
A constituição Federal tutela o meio ambiente administrativa, civil e penalmente, ou seja, é a base da tutela ambiental, dando o alicerce a defesa do meio ambiente, de forma a prevenir ( normas taxativas), coibir ( normas perceptivas) e evitar (norma s proibitivas) a a ocorrência de danos para o meio ambiente.
2) Tutela Civil:
1) Responsabilidade por danos ao meio Ambiente:
Haverá responsabilização de pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, sempre que suas condutas ou atividades causarem qualquer lesão ao meio ambiente.
Em relação a tutela civil a responsabilidade civil impõe ao infrator a obrigação de indenizar ou reparar o prejuízo causado por sua conduta ou atividade.
Existem duas teorias no que se refere a responsabilidade civil, a subjetiva e a objetiva.
Na responsabilidade subjetiva a vítima tem de provar a existência do nexo entre o dano e a atividade danosa, e, especialmente, a culpa do agente.
Na responsabilidade objetiva basta a existência do dano, e o nexo com a fonte poluidora ou degradadora.
O Direito Ambiental adota plenamente a teoria objetiva, dada a grande dificuldade em se provar a culpa do causador do dano ambiental e tendo-se em vista a importância do bem tutelado. Por isso não se analisa mais à vontade do agente, mas somente a relação entre o dano e a causalidade, independente de culpa. Esta consideração está prevista no art. 14 da lei 6938/81 e recepcionada na CF no art. 225, §3o, que se baseou também nos princípios 13 e 16 da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente. Faz-se ainda menção a Teoria do Risco Integral, que coloca o agente de ação poluidora ou degradadora, na posição de assumir o risco em caso de qualquer incidente mesmo que este não advenha de culpa do poluidor.
2.1) Responsabilidade do Estado. Força maior Caso Fortuito e Fato de Terceiro:
A pessoa jurídica de direito público interno deve ser responsabilizada pelos danos causados ao ambiente por omissão na fiscalização ou pela concessão irregular do licenciamento ambiental. Tal fato, no entanto não exime de responsabilidade o verdadeiro causador dos danos ambientais. Aplica-se a teoria da responsabilidade objetiva pelo risco integral.
O mesmo ocorre nos casos de Força maior, caso fortuito e fato de terceiro.
2.2) Responsabilidade passiva na reparação do dano
Diante das dificuldades de identificar-se o causador do dano ambiental, adota-se, no direito ambiental, à semelhança do direito civil, o princípio da solidariedade passiva. Essa regra se aplica no direito ambiental com fundamento no art. 942 do CC de 2002, assim havendo mais de um causador do dano, todos responderão solidariamente. Em casos onde somente um dos autores responderá, este poderá acionar, regressivamente, os demais na proporção do prejuízo atribuído a cada um. Trata-se da responsabilidade solidária, ensejadora do litisconsórcio facultativo (CPC, art. 46, I) e não do litisconsórcio necessário (CPC, art. 47).
Esta modalidade de responsabilidade para dano ambiental acabou por criar uma alternativa para reparação dos danos ambientais que é denominado Seguro Ambiental. Trata-se de um contrato de seguro realizado por atividade empresarial causadora de potencial degradação ambiental com a finalidade de diluir o risco por dano ambiental.
3) Tutela Administrativa do meio Ambiente:
Segundo José Afonso da Silva, “a responsabilidade administrativa resulta da infração a normas administrativas, sujeitando-se o infrator a uma sanção de natureza também administrativa”. (Direito Ambiental Brasileiro, 2a ed. Revista, Malheiros Ed. 1995, p.209) As principais sanções são: multa, interdição de atividade, fechamento do estabelecimento, demolição, embargo de obra, destruição de objetos, inutilização de gêneros, proibição de fabricação ou comércio de produtos e vedação de localização de indústria ou comércio em determinadas áreas.
Dentre os poderes merece destaque o poder de polícia administrativa, que se define como sendo a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso gozo de bens, atividades e direitos, individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.
As infrações administrativas e respectivas sanções devem estar previstas em lei. Em alguns casos podem vir especificadas em regulamentos.
Verificar lei 6.938/1 e 9605/98 arts. 70 ao 76.
4) Tutela Penal
Mediante a possibilidade das medidas na esfera civil e administrativa não surtirem o efeito desejado, a tutela penal é indispensável na defesa do meio ambiente, uma vez que tem por objetivo prevenir e reprimir condutas praticadas contra o meio ambiente. Modernamente defende-se, na doutrina, a substituição de penas privativas de liberdade por penas alternativas (prestação de serviços à comunidade, desconsideração da personalidade jurídica, etc).
A tutela penal toma magnitude e importância a medida que um crime ambiental pode repercutir em diversos países do mundo, o ambiente não tem pátria, é de cada um, individualmente e, ao mesmo tempo, de todos, logo o bem jurídico protegido é mais amplo do que o bem protegido em outros delitos penais.
Assim, para o Direito Ambiental moderno, a tutela penal deve ser reservada à lei, que trata-se da lei 9.605/98, dentre outras do Código Penal , partindo-se do princípio da intervenção mínima no Estado Democrático de Direito. Sendo, no entanto uma tutela ultima ratio, ou seja, só depois que se esgotarem os mecanismos intimatórios (civil e administrativo).
VI) Competência em matéria ambiental:
Em relação as regras de competência em matéria ambiental podemos classificá-las em:
1) material exclusiva: CF, art. 21, IX, XIX, XX, XXIII, a,b, c e XXV;
C.2) legislativa exclusiva: CF, art. , IV, XII, XIV, XXVI e parágrafo único;
C.3) material comum: CF, art. 23, II, IV, VI, VII, IX e XI;
C.4) Legislativa concorrente: CF, art24, I, VI, VII e VIII; § 1o, 2o, 3o; CF, art. 30, I, II, VIII e IX;
D) Regras de garantia: CF, art. 5o, LXX; LXXI, LXXIII; art. 129, III; art. 37, § 4o; art. 103.
Para matéria ambiental a Competência é denominada concorrente, o que significa, que na relação União/ Estados, a União deverá se ater à edição de normas gerais. Vale ressaltar que sobre um mesmo assunto podem incidir três legislações diferentes: federal, estadual e municipal. A regra é da norma mais restritiva, ou seja, vale a mais rigorosa.
Ao poder público, então, incumbe, principalmente, tomar todas as providências e medidas indicadas nos incisos do parágrafo 1o do art. 225 da CF/88. Poder público é expressão genérica que se refere a todas as entidades territoriais públicas.
À União resta uma posição de supremacia no que tange à proteção ambiental. A ela incumbe a política geral do meio ambiente, o que já foi materializado pela lei 6938/81.
O artigo 23 da CF dispõe sobre a competência material comum da União, dos Estados, do Distrito federal
e dos municípios. Esta competência diz respeito à prestação dos serviços referentes àquelas materiais, e à tomada de providências para sua realização.
A competência legislativa concorrente está prevista no art. 24 da CF, onde se declara competir à União, aos Estados e ao DF legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais entre outras coisas. A competência da União está limitada ao estabelecimento de normas gerais.
Os Estados têm competência legislativa suplementar de normas gerais estabelecidas pelo governo Federal, nos termos do art. 24, VI, VII e VIII e seu parágrafo 2o da CF. E têm competência comum com a União e os Municípios, nos termos do art. 23, IV, VI e VII da CF.
A competência dos Municípios é reconhecida no art. 23, II, IV, VI e VII, em comum com a União e os Estados, porém, mais no âmbito da execução de leis protetivas do que de legislar. Mas é possível reconhecer que na norma do artigo 30, II, entra também a competência para suplementar a legislação federal e a estadual na proteção do meio ambiente, natural e cultural, e legislar sobre assuntos de interesse local. 
VII) Meios processuais para tutela Ambiental:
A proteção ambiental exige três tipos de tratamento: preventivo, reparatório e repressivo. Apesar de terem sido criados por lei, esses tratamentos, às vezes, torna-se ineficientes. Isto ocorre porque os mecanismos de implementação são inadequados.
Veremos a seguir quais são esses mecanismos:
Atuação do Ministério Público e da sociedade;
Inquérito civil;
Ação civil pública (lei 7.347/85)
- Legitimação ativa;
- Legitimação passiva;
- Foro competente
- Objeto;
- Ministério Público;
- Rito processual;
- Liminar;
- Sentença;
- Custas;
Ação Popular Ambiental (Lei 4.717/65 e art. 5o , LXXIII, da CF):
Legitimação passiva;
Legitimação ativa;
Foro competente;
Objeto;
Ministério Público;
Liminar;
Sentença;
Custas.
Mandado de Segurança Coletivo (art. 5o, LXX, da CF/88):
Legitimação passiva;
Legitimação ativa;
Foro competente;
Objeto;
Ministério Público;
Liminar;
Sentença;
Custas
Mandado de Injunção (art. 5o, LXXI, da CF/88).
VIII) Procedimentos na Tutela Processual do Meio Ambiente
A tutela processual está intimamente ligada ao acesso à justiça. Todos os conflitos devem ser dirimidos pelo poder judiciário, especialmente se não houver acordo, na fase de conciliação, na esfera administrativa. A lei não poderá excluir da apreciação do poder judiciário, lesão ou ameaça a direito (art. 5o, XXXV, da CF).
Dentro deste pensamento, encontramos vários instrumentos para a proteção do meio ambiente e o acesso ao Poder Judiciário, que poderá dar-se por várias vias: procedimento sumário, ordinário, processo cautelar, tutela antecipada, processo de execução.
Atuação do Ministério Público e da Sociedade
O papel do MP na proteção judiciária do meio ambiente é fundamental.
Como bem salienta Antônio Benjamin, “O MP atua em todas as formas de implementação: na preventiva e administrativa – ao fiscalizar estudos de impacto ambiental e ao instaurar inquérito civil preventivo; na judicial, reparatória ou repressiva – ao propor ação civil ou ação penal”.
Vale dizer que a maioria das ações civil pública ajuizada tem como autor o MP.
A participação da sociedade ainda é muito tímida. Essa atuação pode se dar através de provocação na área institucional (órgãos públicos), do direito/dever de informação, da participação em audiências públicas, ou mesmo através de ações judiciais.
Inquérito Civil
A Lei 7.347, de 24/07/85. Criou a figura do Inquérito Civil, que é peça de informação que visa colher elementos para dar suporte à propositura da ação civil pública. Pode iniciar-se por determinação de membro do MP ou, ainda a requerimento de pessoas físicas ou jurídicas. Em todas as hipóteses levantadas, é o Procurador ou Promotor de justiça quem preside o inquérito civil, podendo requisitar de qualquer organismo público ou particular: certidões, informações, exames ou perícias (art. 8o § 1o da Lei 7.347/85) – Teoria e Prática da Ação Civil Pública, Ed. Saraiva, (1987).
Ação Civil Pública (Lei 7.347/85)
Ação Civil Pública ou ação coletiva é aquela que tem por finalidade a tutela dos interesses transindividuais ou metaindividuais, que é aquele interesse entre o privado e o público. Art. 81, parágrafo único, I, (do CDC).
No interesse difuso as pessoas são indeterminadas, nos interesses coletivos as pessoas podem ser determinadas ou determináveis – interesses indivisíveis.
Legitimação ativa e passiva
São legitimados ativa e concorrentemente para promoção da ação civil pública:
MP (federal e estadual);
As entidades e órgãos da adm. Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinada à defesa dos interesses e direitos protegidos pelo CDC.
As associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por esse Código, dispensada a autorização da assembléia.
Legitimação passiva:
Qualquer pessoa física ou jurídica autora do dano, inclusive a administração Pública.
Foro competente:
A ações previstas na lei 7.347/85 serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano.
Objeto:
A ACP poderá ter por escopo o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer ou a condenação em dinheiro
Rito processual
Aplica-se o rito especial da lei 7.347/85 e subsidiariamente o CPC
Liminar
Poderá ser concedida suspensão liminar do ato lesivo com ou sem justificação prévia.
Quando o dano ambiental já foi causado, a tutela jurisdicional perde muito de sua relevância ou função.
Sentença:
A sentença que julgar procedente a ação condenará o Réu ao cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, ou imporá uma indenização em dinheiro. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um fundo gerido por um conselho do qual participam, necessariamente, OMP e representantes da comunidade, ficando afetados a uma finalidade social específica: permitir a reconstituição dos bens lesados.
Custas
Não haverá adiantamento de custas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má – fé, em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. 
Ação Popular Ambiental (Lei 4.717/65 e art. 5o, LXXIII, da CF):
A constituição vigente ampliou o objeto da ação popular, e aqui trataremos especificamente da Ação Popular Ambiental.
Legitimação Ativa:
Qualquer cidadão, mediante a apresentação do título eleitoral.
Legitimação Passiva:
A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas, inclusive entidades estatais e paraestatais, contra as autoridades, funcionários, avaliadores ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissão, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.
Foro Competente:
Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, aos Estados ou aos Municípios.
Objeto:
O ato ilegal e lesivo ao patrimônio público ambiental, compreendendo também os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico.
Ministério Público:
Acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil e criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.
Rito Processual:
Ordinário, com ampla a produção de provas, e alguns procedimentos especiais previstos na Lei 4.717/65.
Liminar:
Admite a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
Sentença:
A sentença que, julgando procedente a Ação Popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele,
ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores do dano, quando incorrerem em culpa.
Custas:
Fica o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas e ônus da sucumbência.
Mandado de Segurança Coletivo (art. 5o, LXX, da CF):
Conforme Calmon de Passos, “os direitos que podem ser objeto do mandado de segurança coletivo são os mesmos direitos que comportam defesa pelo mandado de segurança individual. Aqui, ao invés de se exigir que cada sujeito, sozinho ou litisconsorciado, atue em juízo na defesa de seu direito (individual), A Carta Magna proporcionou a inteligente e prática de permitir que a entidade que os aglutina, mediante um só writ, obtenha a tutela do direito de todos”.
Economia processual, celeridade, coerência de decisões, etc. inúmeras vantagens somadas, com poucos riscos de prejuízo individual, e assim mesmo remediáveis.”
Legitimação ativa:
Partido político com representação no Congresso Nacional, organização Sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
Legitimação Passiva:
A autoridade Pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Foro competente:
O foro será definido pela categoria da autoridade coatora e pela sua sede funcional, conforme prevêem as Leis de Organização Judiciárias, as constituições do Estado e a Constituição Federal.
Objeto:
Proteger direito líquido e certo não amparado por hábeas corpus ou hábeas data, relativo a interesse difuso ou coletivo.
Ministério Público
Atua como fiscal lei.
Rito processual:
Especial estabelecido pela lei 1.533/51
Liminar:
Sempre que demonstrados o periculum in mora e o fummus boni iuris , isto é, perigo na demora e fumaça do bom direito, poderá ser concedida liminar pela autoridade judiciária.
Sentença:
Sendo julgada procedente a ação, o juiz decretará a invalidade do ato impugnado e condenará ao pagamento dos conseqüentes reflexos, se houver perdas e danos.
Custas:
Serão arcadas pela parte sucumbente, sendo que no caso de improcedência da ação não haverá condenação em honorários advocatícios.
Mandado de Injunção:
Ensina o prof. Roque Carraza ser o Mandado de Injunção “procedimento, previsto na Carta Suprema, pelo qual se visa obter ordem judicial que assegure, no caso concreto, o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, quando inviável, por falta de norma regulamentadora. Ele permite o desfrute, em toda a latitude do termo, dos direitos e liberdades constitucionais, nesse sentido, a realização prática do disposto no artigo 5o parágrafo 1o, da SCF (“ As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata “).
É o caso de imediatamente afirmarmos que o mandado de injunção é apto à tutela dos direitos individuais, coletivos e eventualmente até os direitos difusos.
Na prática, o Poder Judiciário adota posicionamento rígido em relação ao cabimento do M|andado de Injunção, dificilmente conhecendo essas ações em defesa de direitos difusos.
Bibliografia:
FIORILLO, Celso Pacheco – Curso de Direito Ambiental brasileiro 4ed. Ampl. – São Paulo: Saraiva, 2003;
DIAS, GF – Educação Ambiental: Princípios e práticas, ed. Gaia Ltda, São Paulo, SP 400 p., 1993;
ALLEGRETTI, Alessandro – Explicando o Meio Ambiente, 1a ed. – Rio de Janeiro, RJ/ Edição Memory – Centro de Memória Jurídica;
ANTUNES, PB – Direito ambiental. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 1996;
___________________________
Jurisprudência Ambiental brasileira. Rio de Janeiro
Aspectos processuais do Direito Ambiental/organizadores, José Rubens Morato Leite, Marcelo Buzaglo Dantas – Rio de Janeiro: Forense
Periódicos: Revista Ciência & Ambiente / Universidade Federal de Santa Maria UFSM – Expediente C&A/ no. 25 e 17 – Saúde e meio ambiente / Direito Ambiental;
Constituição Federal de 1988;
Coletânea da legislação de Direito Ambiental – Editora Revista dos tribunais – Organizadora – Odete Medawar 3a ed. São Paulo – 2004;
ROZEFELD, Suely, Fundamentos da Vigilância Sanitária/ Organizada por Suely Rozefeld – Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2000.
Vocabulário Técnico (básico) Direito Ambiental
A
AGENDA 21 – Plano de metas voltado para desafios do se. XXI (Daí seu nome). Traçado pelos Governos mundiais, tem como base a definição de um programa que inclui a criação de mecanismos de financiamento para projetos de preservação ambiental e de transferência de tecnologias, e, ainda o estabelecimento de normas jurídicas.
AMBIENTE – “Aquilo que circunda um organismo ou um objeto”.
ÁREA CRÍTICA DE POLUIÇÃO (ACP) – O licenciamento para implantação, operação e ampliação de estabelecimento industriais nas áreas críticas de poluição, dependerá da observância do disposto na Lei 6.803, bem como do atendimento das normas e padrões ambientais definidos pela SEMA e pelos organismos estaduais e municipais competentes.
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL – APA- áreas a serem decretadas pelo Poder Público, para a proteção ambiental, a fim de assegurar o bem-estar das populações humanas e conservar ou melhorar as condições ecológicas locais. (art. 9o da Lei 6.902/81).
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES – APP- São aquelas em que as florestas e demais formas de vegetação natural existentes não podem sofrer qualquer tipo de degradação (ver art. 268 da CF do Estado do Rio de Janeiro. 1989).
ATERRO SANITÁRIO – Processo de dispor resíduos sólidos na terra, com a proteção sanitária, de forma a não resultar em nenhum dano ao meio ambiente.
ATIVIDADE POLUIDORA - Atividade humana, industrial ou agrícola, que real ou potencialmente causa danos, degrada e/ou ameaça o meio ambiente.
AUDIÊNCIA PÚBLICA – Procedimentos de consulta à sociedade, ou à grupos sociais interessados em determinado problema ambiental ou potencialmente afetados por um projeto, a respeito de seus interesses específicos e da qualidade ambiental por eles preconizada. A realização da Audiência Pública exige o cumprimento de requisitos, previamente fixados em regulamento, referentes a : forma de convocação; condições e prazos para informação prévia sobre o assunto a ser debatido; inscrições para participação;ordem dos debates; aproveitamento das opiniões expedidas pelos participantes (Resolução CONAMA009/87).
AUTO DE CONSTATAÇÃO – Documento, emitido por autoridade competente, que serve para atestar o descumprimento, por determinada pessoa, de lei, regulamento ou intimação, podendo dar origem ao auto de infração.
AUTO DE INFRAÇÃO – Documento pelo qual a autoridade competente certifica a existência de uma infração à legislação, caracterizada devidamente a mesma e impondo, de forma expressa, penalidade ao infrator.
AUTOGESTÃO - Em ecologia, modo de administrar recursos ambientais através de decisões conjuntas da comunidade, gestores públicos e organizações não-governamentais, contrário ao modelo de gestão centralizada.
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL- AIA – O mais novo instrumento da Política Ambiental Brasileira para assegurar que um projeto, programa ou plano venha a seguir diretrizes que projetam o Meio Ambiente ( art. 9o , III, da lei 6.938/81)
B
BENS PÚBLICOS – São bens de domínio do Estado, sujeitos a um regime administrativo especial que os torna, em princípio, inalienáveis, imprescindíveis e impenhoráveis. Classificam-se pela titularidade, quanto ao uso, quanto à destinação original, à disponibilidade e à natureza física.
BIODIVERSIDADE - A diversidade biológica de determinada região ou ecossistema. Segundo estimativas cautelosas, existem no Planeta entre 5 e 10 milhões de espécies de organismos, mas outras fontes indicam cerca de 30 milhões.
BIOSFERA - Conjunto das zonas do Planeta onde a vida é possível. È formada pela litosfera (camadas mais superficiais da crosta terrestre), pela hidrosfera (águas oceânicas) e pelas camadas mais baixas da atmosfera.
C
CAMADA DE OZÔNIO – Faixa de aproximadamente 20Km de espessura, localizada na estratosfera, a cerca,
a cerca de 25 quilômetros da Terra. Concentra perto de 90% do ozônio da atmosfera e protege nosso mundo dos efeitos nocivos de parte da radiação ultravioleta proveniente do sol. Valores medidos em 1195 por satélites mostraram uma redução de até 50% em alguns pontos da camada. Essa redução, também conhecida por BURACO, é provavelmente causada por compostos de cloro e bromo produzidos industrialmente.
CHUVA ÁCIDA – É a chuva contaminada pelas emissões de óxidos de enxofre na atmosfera, decorrentes da combustão em indústrias e, em menor grau, dos meios de transporte.
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO – RIO – 92 – A decisão pela realização da Conferência foi tomada em dezembro de 1989, seguida do convite ao Brasil para sediá-la. Em julho de 1990, o Governo Brasileiro definiu o Rio de Janeiro como sede oficial. O evento aconteceu de 3 a 14 de junho de 1992. Essa Conferência foi a segunda sobre o mesmo assunto: a primeira foi realizada na Suécia, em 1972.
CONFERÊNCIA DA ONU SOBRE O AMBIENTE HUMANO – Primeira Conferência reunida em Estocolmo (5 a 16 de junho) com o objetivo de servir como meio prático para encorajar e proporcionar linhas de orientação para a atuação dos Governos e OING’s (Organizações internacionais não –governamentais), destinadas a proteger e melhorar o ambiente humano e evitar a sua deterioração, por meio da cooperação internacional, tendo em vista a importância particular de permitir aos países em desenvolvimento que se antecipem ao surgimento desses problemas.
CONTABILIDADE AMBIENTAL - Cálculo em dinheiro dos valores dos recursos naturais (valor do solo, da vegetação e dos produtos extraídos, como madeira e fruto), como também o valor de mercado de recursos naturais e as multas que deveriam ser pagas por quem degrada o meio ambiente”.
CUSTO AMBIENTAL – Nova metodologia para traduzir em cifras o desgaste sofrido pelo Meio Ambiente e abater o resultado do cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). 
D
DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO - Segundo definição em 1987 da Comissão Brutland, da ONU, no relatório “NOSSO FUTURO COMUM”, é o desenvolvimento social, econômico e cultural que atende às exigências do presente sem comprometer as necessidades das futuras gerações. Para os países pobres, de acordo com o relatório “NOSSA PRÓPRIA AGENDA”, da Comissão de Desenvolvimento e Meio Ambiente da América Latina e do Caribe, o desenvolvimento sustentado é essencialmente a satisfação das necessidades básicas da população, sobretudo dos grupos de baixa renda, que chegam a mais de 75% do continente.
E
ECODESENVOLVIMENTO - Define-se como um processo criativo de transformação do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes, concebidas em função das potencialidades desse meio. Impedindo o desperdício inconsiderado dos recursos, e cuidando para que estes sejam empregados na satisfação das necessidades de todos os membros da sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e dos contextos culturais.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL - O processo de formação e informação social orientado para:
O desenvolvimento de consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução dos problemas ambientais, tanto em relação aos seus aspectos biofísicos, quando sociais, políticos, econômicos e culturais;
O desenvolvimento de habilidades e instrumentos tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais;
O desenvolvimento de atitudes que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA- Um dos elementos do processo de avaliação de Impacto (AIA). Trata-se da execução por equipe multidisciplinar das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar, sistematicamente, as conseqüências da implantação de um projeto no meio ambiente, por meios de métodos de AIA e técnicas de previsão dos impactos ambientais. O estudo realiza-se sob a orientação da autoridade ambiental responsável pelo licenciamento do projeto em questão, que, por meio de instruções técnicas específicas, ou termos de referência, indica a abrangência do estudo e os fatores ambientais a serem considerados detalhadamente. O EIA compreende, no mínimo: a descrição do projeto e suas alternativas; nas etapas de planejamento, construção, operação e, quando for o caso, desativação, a medição e valoração dos impactos; a comparação das alternativas e a previsão de situação ambiental futura, nos casos de adoção de cada uma das alternativas, inclusive no caso de não se executar o projeto; a identificação das medidas mitigadoras e do programa de monitoramento dos impactos; a preparação do relatório de impacto ambiental – RIMA.
F
FAIXA MARGINAL - É o terreno que ladeia um curso d’água ou que circunda um lago.
FUNÇÃO SOCIAL (TERRA) – Conservação e melhoria dos recursos naturais e o equilíbrio entre exploração do solo com o desenvolvimento auto-sustentado (CF, art. 186).
G
GERENCIAMENTO COSTEIRO – Gerenciamento administrativo como forma de serviço público, que tem como objetivo a defesa e proteção da flora e da fauna marítima no brasileiro (Lei 7.661/88 – Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras providências).
GESTÃO AMBIENTAL – A tarefa de administrar o uso produtivo de um recurso renovável sem reduzir a produtividade e a qualidade ambiental, normalmente em conjunto com o desenvolvimento de uma atividade.
H
HOLISMO - Teoria filosófica, aplicada às ciências ambientais para a compreensão das relações entre os componentes do meio ambiente, pela qual os seus elementos vivos (todos os organismos, inclusive o homem) e não-vivos interagem como um todo, de acordo com leis físicas e biológicas bem definidas.
I
IBAMA – INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – Criado pela lei 7.735/89, substituindo o antigo IBDF (Instituto brasileiro de desenvolvimento florestal, 1967), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, com o objetivo de formular e executar a Política Nacional do Meio Ambiente e o de preservar, conservar e fiscalizar o uso dos recursos renováveis do país.
ÍNDICES DE QUALIDADE AMBIENTAL – Níveis de aceitação de poluição do Meio Ambiente (ar, ruído, dejetos, etc.) destinados a assegurar que não se exceda ao estabelecimento por legislação federal, estadual ou municipal; padrão aceitável de qualidade de vida.
IMPACTO AMBIENTAL - Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do Meio Ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do Meio Ambiente e a qualidade dos recursos ambientais.(art. 1o da Resolução CONAMA/86).
INTERDIÇÃO DE ATIVIDADE - É o ato pelo qual a administração veda alguém a prática de atos sujeitos ao seu controle, ou que incidam sobre seus bens.
INTIMAÇÃO - Documento, emanado de autoridade competente, que tem por fim levar a conhecimento do interessado uma ocorrência, a fim de que os intimados possam determinar-se, segundo as regras prescritas na legislação, ou fique sujeito às sanções nela contidas.
L
LICENÇA - É o ato administrativo vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-se o desempenho de atividades.
M
MEDIDAS MITIGADORAS – São aquelas destinadas a prevenir impactos negativos ou a reduzir sua magnitude. É preferível usar a expressão mitigadora em vez de Medida Corretiva, também muito usada, uma vez que a maioria dos danos ao meio ambiente, quando não podem ser evitados podem apenas ser mitigados.
MONITORAMENTO – Processo de observação e medição sistemática a fim de testar e avaliar os impactos ambientais causados pela ação humana.
N
NOTIFICAÇÃO – Documento pelo qual se dá à terceiros ciência de alguma ocorrência, fato ou ato, que se praticou ou se deseja praticar.
O
ONGs
– ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS – Grupos de pressão social, de caráter diverso (ambientalistas, étnicos, profissionais, sexuais) que não tenham relação com o Estado. 
P
PLANEJAMENTO AMBIENTAL – A tarefa de identificar, conceber e influenciar decisões sobre a atividade econômica, de forma que esta não reduza a produtividade dos sistemas naturais nem a qualidade ambiental.
PODER DE POLÍCIA (AMBIENTAL) – É a atividade da administração pública que limita ou disciplina direito ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato em razão de interesse público concerne à saúde da população, à conservação dos ecossistemas, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas ou de outras atividades dependentes de concessão, autorização/permissão ou licença do Poder Público de cujas atividades possam decorrer poluição ou agressão à natureza.
PENALIDADE AMBIENTAL – Aplicação da lei às agressões ecológicas, sistematizando as penalidades e unificando valores de multa dos infratores da legislação ambiental, sendo que qualquer pessoa ou entidade ambientalista pode fazer representação junto ao governo.
PROTEÇÃO AMBIENTAL - Gestão ou manejo de recursos que se referem à descarga no meio Ambiente de desperdícios químicos ou biológicos e de efeitos físicos com objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida e proteção dos recursos naturais.
Q
QUALIDADE AMBIENTAL – É o estado do ar, da água, do solo e dos ecossistemas, em relação aos efeitos da ação humana.
R
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL- RIMA – O relatório de Impacto Ambiental é o documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental (Resolução CONAMA 001/86).
S
SISTEMA DE LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES POLUIDORAS – SLAP – Instrumento de execução de uma política ambiental governamental, cujas atividades possam causar poluição potencial ou efetiva. O processo de licenciamento realiza-se em três etapas correspondentes às fases de implantação da atividade, cabendo para cada uma delas um dos três tipos de licença: Licença Prévia – LP, Licença de Instalação – LI e Licença de Operação – LO (Lei 6.938).
T
TOMBAMENTO – Forma de intervenção do Estado na propriedade privada, limitativa de exercício de direito de utilização e de disposição, gratuita, permanente e indelegável, destinada à preservação, sob regime especial de cuidados, dos bens de valor histórico, arqueológico, artístico ou paisagístico. Os bens tombados, móveis ou imóveis, permanecem sob domínio e posse particulares, mas sua utilização passa a ser disciplinada. 
U
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – a Resolução da CONAMA 011/87, declara como unidades de conservação as seguintes categorias de sítios ecológicos de relevância cultural, criadas por atos do Poder Público: Estações Ecológicas; APA, Parques Nacionais, estaduais e municipais; Reservas biológicas; Florestas Nacionais, estaduais e municipais; Monumentos Naturais, Jardins Botânicos, Jardins Zoológicos e Hortos Florestais (art. 1o).
V
VAZADOURO: Lugar onde se depositam resíduos sólidos sem a adoção de medidas de proteção ao Meio Ambiente.
Z
ZONEAMENTO AMBIENTAL - Foi declarado como um dos instrumentos da PNMA (art. 9o, II da lei 6938/81). O zoneamento ambiental é definido como a integração sistemática e interdisciplinar da análise ambiental ao planejamento dos usos do solo, com o objetivo de definir a melhor gestão dos recursos ambientais identificados.
Resumo Direito Ambiental – Erika Bechara – 2007
1 – Ramo do Direito Autônomo e Multidisciplinar 2 – Legislação ambiental
C.F. Art. 225 – cláusula pétrea, pois é direito fundamental
CF – Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
C. Estaduais Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais) Resoluções CONAMA, CONSEMA, CONDEMA Declarações Internacionais: Estocolmo/72 e Rio/92 Agenda 21 Convenções Internacionais
3 – Direito Fundamental ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado
Art. 225/CF Objeto Imediato = componentes materiais e imateriais ao meio ambiente Objeto mediato = saúde, bem-estar físico e psíquico, qualidade de vida.
4 – Definição legal art, 3ºm I/ Lei 6.938/81
Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I – meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida e todas as suas formas; meio ambiente : natural, artificial, cultural e do trabalho 5 – Educação ambiental e conscientização
Art. 225 CF PNMA – Política Nacional do Meio Ambiente
1 – Educação Ambiental
Art. 225, § 1º, VI/CF §1º,VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
Educação ambiental: instrumento da política ambiental voltado à conscientização para a importância de se proteger o ambiente. Tão importante que a CF tratou dela.
2 – Princípios Ambientais Princípios – normas hierarquicamente são os alicerces de um sistema. Nenhuma regra pode confrontar estes princípios. Alguns princípios estão positivados, outros não estão.
Princípio de Desenvolvimento Sustentável: o desenvolvimento econômico é um direito de todos nós. A tecnologia permite desenvolvimento de todos nós. A tecnologia permite desenvolvimento econômico sem destruição do meio ambiente, sem agressão.
Princípio do Poluidor-Pagador: internalização dos custos para evitar a poluição. Aquele que desenvolve uma atividade potencialmente poluidora tem que investir para não poluir. Se há dano, tem que reparar. 1 – pagar para prevenir. 2 – pagar para reparar.
Princípio da Prevenção e Precaução (vai causar o dano e vai evitar o dano): leis, decisões judiciais e políticas públicas são feitas para evitar que o dano ocorra. Colocou em risco vai ser punido. Ex: balões em festa junina. Soltar balões é crime – crime de perigo PREVENÇÃO. PRECAUÇÃO: trabalho com a incerteza científica sobre um determinado dano. Se existe dúvida, fica a cautela para impedir a atividade ou controlar.
Princípio da Cooperação Internacional: poluição transfronteiriça. Política de controle da poluição.
Princípio da Transversalidade: tudo integrado. Princípio da Participação Popular
Responsabilidade Ambiental 1 – Art. 225 CF, § 3º §3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. 2 – responsabilidade civil ambiental objetiva independente de culpa art. 14 §1º Lei nº 6938/81 (teoria do risco)
Art.14 §1º- Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. 2.1 – elementos - atividade
- risco (aspectos patrimoniais e extrapatrimoniais)
- nexo de causalidade/condicionalidade 2.2. excludente de deve de indenizar 2.3 licitude de atividade 2.4 solidariedade art. 942/C
Art. 942 – Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.
- entre poluidores - entre poluidores e poder público licenciador
- entre poluidores e poder público fiscalizador Existe uma ordem aceita pela doutrina e pelos tribunais quanto à reparação dos danos ambientais: 1 – Recuperação (reparação in natura) 2 – Reparação por equivalente (compensação) 3 – Reparação pecuniária (indenização)
Licenciamento Ambiental
1 - Licenciamento ambiental: instrumento de prevenção de danos. É a fase de se conhecer o empreendimento
e de se conhecer seus possíveis impactos ambientais, além de impor as condicionantes. Art. 10/ Lei 6938/81 Res. CONAMA 237/97 Res. CONAMA 01/86 (coletânea página 573)
2 – Fases do Licenciamento Ambiental O licenciamento ambiental se dá em três etapas distintas e consecutivas. A entrada com o pedido de licença ambiental significa solicitar o pedido de licença prévia (LP)
Licença Prévia (LP): o pedido de licença analisa e verifica a vialibilidade do empreendimento e o local escolhido para recebê-lo. Por vezes, o empreendimento pode até ser viável, mas o local inadequado. Por outras, o local, ser viável, mas o empreendimento inadequado. A concessão da licença prévia não dá o direito de fazer absolutamente nada. NÃO DÁ O DIREITO DE INICIAR A CONSTRUÇÃO. Licença de Instalação (LI): Apenas a licença de instalação garante o direito à construção do empreendimento. Licença de Operação (LO): Depois de tudo pronto, o empreendimento não pode ainda entrar em operação. Ele precisa passar por fiscalização, uma inspeção geral. Somente após essa fase recebe a Licença de Operação e então pode entrar em funcionamento de fato.
3 – Prazo de Validade das Licenças:
Cancelamento e Cassação: Art. 19/ Res. 237/ 97
Há mecanismos para garantir que as exigências serão sempre cumpridas: são os controles. Por esse motivo as licenças de operação têm prazo de validade que conforme o caso, no Brasil, variam de 4 a 10 anos. Mas nada impede que os organismos fiscalizadores cassem essas mesmas licenças a qualquer tempo ou momento antes de findos os prazos ou simplesmente não as renovem.
4 – Ausência de licença: crime ambiental: art. 60/ Lei: 9605/98 Lei dos Crimes Ambientais/ Lei: 9605/98
Art. 60 - Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes: Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Estudos Ambientais 1 – Estudos Ambientais e Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA/RIMA, CF, art. 225,§ 1º, IV).
CF, Art. 225, § 1º, IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; 2 – Dispensa do EPIA/RIMA. 3 – Conteúdo do EPIA/RIMA: arts. 5º e 6 º/ Res. 01/86. 4 – Equipe multidisciplinar: art. 1/ Res: 237/97. Os técnicos das equipes multidisciplinares responsáveis pela elaboração do EPIA/RIMA respondem criminalmente pelo que dizem nos documentos. Cabe a eles pena de responsabilidade. 5 – Publicidade e Participação: audiência pública: art. 1, §2º, Res. 01/86.
Res. CONAMA 9/87 Princípio da Participação – a comunidade pode ser ouvida sobre o empreendimento. Para participar tem que conhecer o empreendimento pela publicidade dos estudos ambientais. A publicidade se dá pelo RIMA – Relatório de Impacto Ambiental, que nada mais é que o resumo dos estudos levantados pelo EPIA em uma linguagem mais acessível. Essas audiências públicas possuem caráter consultivo. O órgão responsável pela emissão da Licença de Operação não está vinculado à opinião emitida pela audiência pública.
A Proteção da Flora (Floretas) 1 – Código Florestal- Lei 4.771/65, alterada pela MP 2.166-67/01
2 – Classificação das Florestas e demais formas de vegetação: A – quanto à origem: 1 – nativa: naturalmente nasce naquele ecossistema, naquele local.. 2 – exótica: vem de um ecossistema diverso daquele. Não é originário daquele ecossistema. B – quanto ao florestamento: 1 – primitiva (primária): virgem. Cobertura primária vegetal. Cobertura original. Nunca houve intervenção humana naquela área. 2 – secundária (regeneradas e reflorestadas): já houve supressão da vegetação primária e a área já foi recoberta de fora natural ou com a intervenção do homem. A legislação prioriza o reflorestamento com vegetação nativa.
3- Áreas de Preservação Permanente art. 2º - Proteção do Solo e das Águas res. CONAMA 302/02 e 303/02
APP: ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. Áreas cuja vegetação não pode ser suprimida. Elas estão definidas no Código Florestal com acidentes geográficos. Havendo vegetação ou não é preciso que exista vegetação nestas áreas. Se não houver vegetação é obrigatório regenerar. Ex: ao redor de lagos, lagoas, rios, topos de morros, topos de colinas, topos de montes. Observação: rios para evitar erosão e assoreamento.
3.1 Reflorestamento: obrigação “propter rem” 3.2. APP em áreas urbanas art. 2º § único (Código Florestal – Lei 4.771/1965)
Art.2º, Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo. 3.3 Supressão art. 4º (Código Florestal) Autoriza-se a supressão da APP quando o empreendimento é uma obra de utilidade pública ou de interesse social ou de baixo impacto. Ex:abrir caminho para o gado beber água no rio.
3.4 Indenização: indevida APP é uma limitação administrativa, portanto não indenizável. Não adianta pedir indenização ao Estado.
4 – Reserva Legal: art. 16 e 4/ Código Florestal Área de todo imóvel rural que deve ser separada e submetida a um regime jurídico mais rigoroso. Não é permitido o corte raso. É obrigado a manter a vegetação original. Quanto muito é possível o manejo sustentável. No Estado de São Paulo a reserva legal equivale a 20% da extensão do imóvel.
5 – Exploração Econômica de Florestas (Código Florestal) manejo florestal: art. 19 matéria-prima: art. 20 e 21
Espaços Territoriais Especialmente Protegidos
CF, Art. 225, § 1º, I - definir, em todas as Unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
Sistema Nacional das Unidades de Conservação
O poder público cria áreas especialmente protegidas. Espaço é gênero do qual a unidade de conservação é espécie. São espécies também as reservas legais e as APPs (Áreas de Preservação Permanentes).
A – UC de Proteção Integral: proteção mais rigorosa ainda. São áreas mais vulneráveis, mais delicadas. Provavelmente não se poderá fazer nada nelas. No máximo pesquisa e visitação pública. É necessário manter o homem mais distante dela. Nessas áreas não pode haver moradores. São parques, estações ecológicas, reservas ecológicas. Ex: Juréia.
B – UC de Uso Sustentável: são mais flexíveis. Regime jurídico mais flexível. Ex: Flana – Floresta da Fazenda Ipanema. Permite exploração econômica. APA – Área de Proteção Ambiental – onde a restrição é muito pequena. RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural. Esta última é de iniciativa privada. Iniciativa do proprietário. Ele solicita que a área seja transformada em Unidade de Conservação. Exemplo: Sebastião Salgado em Minas Gerais. Há alguns que levam um proprietário a essa solicitação: 1 – porque dá status; 2 – porque teme que os herdeiros acabem com a área. A transformação em RPPN é perpétua. A área nunca mais será desafetada. Continua privada, ou seja, particular. Pode ser comercializada, mas sempre será uma Unidade de Conservação. Uma reserva legal pode ser transformada em Unidade de Conservação já que migra de uma situação menos restritiva para uma mais restritiva. O proprietário não precisa transformar toda a propriedade em UC. Pode transformar parte da propriedade.
Espaços Territoriais do Patrimônio Nacional
CF, Art. 225, § 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições
que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
Biomas protegidos. Não são unidades de conservação. Podem conter várias unidades de conservação. A expressão Patrimônio Nacional significa interesse de todos os brasileiros. Reafirmar a soberania sobre esses biomas. Impedir que o Brasil resolva ceder esse patrimônio para outros.
1.2 Criação, Alteração, Supressão:
Criação: Unidades de Conservação podem ser criadas por lei ou por decretos. O ato de criação vai delimitar a área e dar o local e identificar. Supressão: para deixar de ser unidade de conservação é necessária uma lei autorizando. Cabe ao legislativo.
Portanto uma UC pode ser criada por lei ou por decreto, mas só pode ser extinta por lei. A forma de revogação via desafetação está na CF. A CF facilita a criação e dificulta a supressão. Alteração: quando vai de uma menos restritiva para uma UC mais restritiva pode ser feita por decreto, mas há a possibilidade de se utilizar a lei. Porém quando a alteração é da mais restritiva para a menos restritiva só pode ser feita por lei. Exemplos: de APA para Estação Ecológica DECRETO. De Estação Ecológica para APA LEI.
Consulta Pública: Art. 2 § 2º, 3º e 4º.
É necessária a consulta pública antes da criação, à exceção da estação ecológica e da reserva biológica, além da RPPN que é de iniciativa privada. Tem que ouvir a população local para se orientar sobre os procedimentos. Aplica-se aqui o princípio da participação.
Art. 2º, XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade;
Art. 2º, XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz;
Assim como os municípios com mais de 20 mil habitantes são obrigados a ter o plano diretor e de zoneamento, as Unidades de Conservação são obrigadas a ter seus planos de manejo e de zoneamento. O plano de manejo equivale ao plano diretor. A UC é dividida em zonas, com áreas mais e menos restritivas, áreas mais e menos flexíveis.
Art. 2º, XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade; e
(Observação da Priscila – não falta nada no artigo acima. É assim mesmo. O artigo seguinte fala de corredores e não de entorno ou zona de amortecimento)
À exceção da APA e da RPPN, todas as UCs necessitam de uma zona de entorno também denominada de Zona Tampão.. É uma área submetida a um regime especial, pois nela não podem ser desenvolvidas atividades que acabam com a unidade de conservação. As atividades exercidas na zona de entorno precisam ser autorizadas pelo gestor da UC. O ato que cria a UC vai dizer qual a extensão da Zona de Tampão.
Art. 30 - As unidades de conservação podem ser geridas por organizações da sociedade civil de interesse público com objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o órgão responsável por sua gestão.
O poder público faz parceria com a iniciativa privada. Normalmente ONGs. Logicamente o poder público não abre mão de atividades exclusivas suas como as de fiscalização e as de poder de polícia.
1.7 – Populações Tradicionais em Unidades de Conservação (UC) (Lei 9985/0)
Art. 42 - As populações tradicionais residentes em unidades de conservação nas quais sua permanência não seja permitida serão indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo Poder Público, em local e condições acordados entre as partes.
O poder público terá que realocar essas pessoas, porém a lei não previu prazo para essa realocação.
Quando o poder público criar uma UC em propriedade privada ele tem que desapropriar. Porém não tem que indenizar área de floresta. E o que vale como pagamento de indenização é o valor máximo de mercado da propriedade atingida.
1 – Classificação quanto ao habitat: A – Silvestre: Lei: 5197/67 – conjunto de animais que vivem livres. Fora de cativeiro e totalmente independentes do homem. Ex: capivara, jacaré, onça pintada. A lei de proteção à fauna, também é chamada de código de caça. Importante lembrar que em algumas partes não foi recepcionada pela CF/8. Importante lembrar que essa lei só se aplica à fauna silvestre.
B – Aquática: Dec. Lei: 221/67 – animais cuja maior parte do ciclo da vida se dá na água. Obviamente não deixam de ser animais silvestres também. O decreto lei não é muito simpático aos animais. A bem da verdade regula como será regulada a pesca para manter o estoque. Por se tratar de uma norma de 1967, auge da ditadura, a visão era desenvolvimentista. Não existia o conceito protecionista da natureza.
C – Doméstico – relação de dependência muito grande com o homem. Ex: cachorro, gato, galinha. No âmbito federal não existe lei específica.
D – Sinatrópica: animais que vivem próximos ao homem, mas são indesejáveis e devem ter a população controlada. ATENÇÃO PARA O TERMO CONTROLADA. Exemplos:rato, barata, escorpião, pombo.
2 – Fauna na CF/8:
CF, Art. 225, § 1º, VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade. 2.1 – Função Ecológica da Fauna: a missão que as espécies cumprem no equilíbrio do ecossistema. 2.2. Extinção de Espécies: nenhuma espécie pode sofrer extinção. Garantir a manutenção de uma espécie. A extinção de uma espécie é um dano ambiental irreversível.
Principais causas: destruição dos habitats
Introdução de espécie exótica
Lei. 9.605/8, Art. 31 –Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. (Talvez o artigo acima embora se refira a País possa ser utilizado em processo por analogia para coibir a introdução de espécie exótica em outro ecossistema – avaliação minha após explicação da Érika. Na integração a seqüência é analogia, costume e princípios gerais de direito)
E caça profissional Lista de espécies ameaçadas de extinção (IN MMA S/2004)
2.3 Crueldade contra animais
Submissão a um mal/ dar além do estritamente necessário.
Crueldade:submissão dos animais aos maus tratos ou adores além do estritamente necessário. Nem sempre a finalidade é a crueldade em si, mas ela é ocasionada. No tráfico de animais, por exemplo, o fim é o ganho com a venda, mas durante o transporte os animais são submetidos à crueldade. sujeito passivo: coletividade. O sujeito passivo é a coletividade, pois o animal não é sujeito em uma relação jurídica. Ele não tem personalidade jurídica. Não tem possui direito e não contrai obrigações, segundo o Código Civil. Os valores protegidos também são os da coletividade, pois são os da compaixão e o da não banalização da agressividade.
Legislação:
Dec. 24.645/34 Lei de Contravenções Penais: Decreto Lei 3.688/41 Crueldade Contra Animais Lei dos Crimes Ambientais (9.605/8): Cód. Estadual de Proteção dos Animais (Lei11.977/05) (Suspenso parcialmente pelo TJSP)
2.4- Experimentos Científicos Lei 9.605/8
Art.32 - Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
2.5 – Abate para Consumo
Lei Estadual 7705/92 (Lei do Abate Humanitário)
É necessário
o consumo de carne, porém a própria criação gera impacto ambiental, pois são necessárias pastagens e a própria manutenção. Porém a carne é necessária para o consumo humano. Mesmo assim o abate precisa ser regulado para que se faça da forma menos cruel possível.
Há municípios em que há lei proibindo o rodeio. O MP ajuíza Ação Civil
Pública não para impedir o rodeio, mas para impedir o uso de equipamentos nos animais que são os estímulos que os fazem saltar. Não são em primeira instância, mas os Tribunais de Justiça têm várias decisões proibindo o rodeio. O argumento é CF/8 – art. 255 - §1º, VII.
CF – Art. 255 -§1º - VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.
2.7 Farra do Boi – desde 1998 o Supremo Tribunal Federal proibiu a prática. Julgou inconstitucional. Apesar da decisão há lei estadual em Santa Catarina regulamentando a prática. Ela já foi novamente julgada inconstitucional e eles continuam a prática.
2.8 Circos – prática cruel indiretamente. Finalidade é o entretenimento. Os animais são maltratados no treinamento. São mal alimentados. São obrigados a viajar. Sorocaba possui lei local que proibi a exibição de animais em circo.
2.9 Briga de Galo (canário, pit-bull) – contravenção penal – o fundamento é a crueldade.
1 – Recurso finito 93% da água existente no planeta é salgada, restando apenas 7% de água para uso real.
2 – Usos múltiplos e diferentes graus de pureza de acordo com o uso predominante A lei permite que cada corpo dágua tenha um grau de pureza determinado de acordo com a destinação que será dada a ela. classificação quanto ao grau de pureza:
Res. Conama 357/05 3 – Lei 9433/97 Política Nacional dos Recursos Hídricos (Lei Estadual 7663/91 – Política Estadual dos Recursos Hídricos) Lei 9433/97:
4 – Balneabilidade das águas – definição utilizada para avaliar principalmente as águas das praias para evitar que as pessoas tomem banho de mar em águas poluídas. Principalmente porque existem as doenças de veiculação hídrica. Res. Conama 274/0
5 – Poluição da Águas Poluição: alteração adversa das características do meio ambiente afetando suas características e sua qualidade. O que é poluição – definição na Lei 6.938/81 – art. 3 – I
I – poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
5.1 – Detergentes: Lei. 7.365/85 Destrói a tensão superficial da água, que é importante para o ecossistema. Desde 85 são biodegradáveis, portanto não causam mais essa destruição, à exceção desses produzidos em casa e vendidos em caminhões.
5.2 – Esgoto Domiciliar e Industrial: necessidade de tratamento prévio: art. 208/ CESP. A indústria não é licenciada se não trata o esgoto. O poder público é obrigado a tratar o esgoto. Baseado no Art. 208 CESP o Ministério Público vem ajuizando Ações Civis Públicas obrigando os municípios a realizar o tratamento de esgoto. ocupação irregular dos mananciais reuso da água
5.3 – Cemitérios Res. Conama 335/03
5.4 – Óleos, agrotóxicos, mineração, chuva ácida etc.
6 – Outorga de direitos de uso de recursos hídricos. 7 – Cobrança pelo uso da água art. 19 e s/ Lei 9433/97
Art. 19. A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva: I – reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor; I – incentivar a racionalização do uso da água; I – obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos.
Poluição por Resíduos Sólidos
1 – Lixo: agente poluidor e matéria-prima
Lixo passa a ser um bem em determinadas situações. Os restos não utilizados para gerar novos produtos. O lixo em algumas situações vira um bem. É importante que o lixo seja aproveitado.
2 – Destinação final do lixo
Desde matéria orgânica até tóxica e inofensiva. Lixo hospitalar equiparado ao lixo gerado em aeroporto, porto e rodoviária, por motivo de transmissão de doenças. Há diversas origem de lixo. Ele pode ser doméstico, hospitalar, tecnológico, espacial etc.
2.1 – Depósito a céu aberto art. 52/ Dec. Est. 8.468/76 PROIBIDO POR LEI.
2.2 Aterro sanitário e aterro energético Aterro sanitário: hipermeabilizado e com saída obrigatória para gases. Aterro energético: utilizado o aproveitamento da emissão dos gases gerados visando serem fontes de energia. Ambos exigem, como todos os outros, licenciamento de órgão ambiental.
2.3 Incineração art. 26 e 27 / Dec. Estadual 8.468/76 Res. Conama 316/02 (muito técnica – observação da Priscila)
Pelo processo de incineração, a quantidade de lixo é diminuída em 70%. O restante é jogado aterro sanitário.
2.4 – Compostagem
Processo de transformação do lixo orgânico em adubo natural. Gera alívio, pois é menos espaço ocupado pelo lixo. Se esta técnica fosse utilizada em larga escala, diminuiria também o uso de agrotóxicos.
2.5 Reciclagem ( a política dos 3 “R” s) Redução, Reutilização e Reciclagem: produzir menos lixo.
3 – Responsabilidade de Pós-Consumo Atribui ao fabricante do produto (pilhas, baterias e pneumáticos) a responsabilidade sobre o descarte posterior. Os produtores foram obrigados a criar nos pontos de venda pontos de coleta dos produtos. Foi concedido um prazo para que os elementos nocivos fossem reduzidos, assim, produtos como pilhas e baterias poderiam ser descartados normalmente no lixo doméstico. As empresas de pilhas e baterias, se anteciparam e já cumpriram o prazo. Elas já podem ser descartadas normalmente. Os pneus podem ser utilizados como material reciclado, por exemplo, na aplicação de asfalto e nos fornos de cimento. 3.1 – Pilhas e Baterias
Res. Conama 257/9 (era a que dava o prazo e a forma de descarte) 3.2 – Pneumáticos
Res. Conama 258/9 (idem) 3.3 – Embalagens A tendência é de que a responsabilidade de pós-consumo venha para a embalagem. 3.4 Entulhos da Construção Civil Res. Conama 307/02
Poluição Atmosférica
1 – Implicações de ar poluído: bronquite, enfisema, câncer pulmonar, aquecimento global, morte da flora e da fauna etc.
2 – Efeito estufa e aquecimento global.
Convenção sobre mudanças climáticas (Rio/92) Protocolo de Kyoto (1997)
Estabeleceu que países desenvolvidos têm prazo que varia de 2008 até 2012 para reduzir a emissão de gases de efeito estufa a níveis 5% menores do que os emitidos em 1990. Foi proposta brasileira aceita, a de que os países que reduzissem espontaneamente a emissão de gases tirassem proveito disso com a venda de Certificado de Emissão de Reduzida.
3 – Destruição da camada de ozônio A destruição se dá pela emissão de gases CFC contidos em geladeiras e desodorantes aerosol, por exemplo. Eles causam um buraco na camada de ozônio que permite a passagem dos raios solares de forma intensa, causando danos à saúde. Desde 1º de janeiro deste ano está proibida a importação do CFC 12 e a importação do CFC 1 está permitido apenas para as empresas cadastradas junto ao IBAMA que já tenham o projeto em andamento da substituição desta substância.
Dec. 9.280/90: Convenção de Viena para a Proteção da Camada de
Ozônio e Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a Camada de Ozônio . Achei como última modificação deste decreto o de número 2.699/98. Ele é praticamente a resolução do Conama que segue abaixo, portanto não me dei ao luxo de copiar e colar.
4- Poluição por veículos
C.O. : origina-se da queima incompleta de combustíveis fósseis (monóxido de carbono).
Proncove: Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Res. Conama 18/86 e alterações).
5 – Queimadas 1 – Florestas – causa incêndios incontroláveis 2 – Pequenas queimadas 3 – Palha da cana – se dá para matar os animais peçonhentos
antes do corte da cana-de-açúcar.
Dec. 2.661/98 5.1- Queima da Palha da cana-de-açúcar. Lei estadual 1.241/02. O Ministério Público ajuíza ações para abolir as queimadas da palha da canade-açúcar em tempo menor. É a forma mais eficiente.
Poluição Sonora
1 – Efeitos do ruído: perda de audição, problemas cardíacos, fadiga, úlcera, stress, ansiedade etc. O excesso de ruído faz com que o corpo libere adrenalina. Há pessoas que chegam a ficar viciadas em ruídos. O corpo se acostuma com o ruído e até o suporta, mas mesmo conseguindo adormecer, não é possível obter o descanso necessário.
2 – Poluição sonora. Deve ser reprimida. Deve ser afastada.
Lei de Contravenção Penal (Lei 3.688/41) Perturbação do trabalho ou do sossego
Art. 42: Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios: I – com gritaria ou algazarra; I – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; I – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem guarda. Pena – prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.
Artigo derrubado pela bancada evangélica. Ele versava sobre o ruído produzido em geral, mas o temor era que o artigo se aplica-se rapidamente às igrejas mais ruidosas. Os doutrinadores buscam respaldo no artigo 54. O Ministério Público já ajuizou diversas ações contra igrejas sob o argumento que elas desrespeitam as normas relativas à poluição sonora. O MP consegue obter o isolamento acústico do local.
Lei 9605/98 – art. 54: Crime de Poluição
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
3 – Res. Conama 01/90 4 – Fontes de ruído e vibração A poluição sonora como tende a ser local, tende a ser tratada como local. 4.1 – Igrejas e Templos art. 5º, VI/ CF: Liberdade de Consciência e de Crença 4.2 Bares e Casas Noturnas 4.3 Aeroportos 4.4 Indústrias 4.5 Veículos Automotivos Res. Conama 252/9
4.6 Eletrodomésticos Deve conter selo de ruído para informar o consumidor, para que ele possa escolher o eletrodoméstico menos ruidoso. selo ruído: Res. Conama 20/94
4.7 Festas Populares etc.
Poluição Visual
1. Estética Urbana
Poluição visual está atrelada ao comprometimento estético da cidade. Há uma relação direta com as condições de saúde mental, segundo detectaram os especialistas, que têm identificado uma serei de sintomas e doenças associadas à poluição visual, combinada com outros tipos de poluição, como o stress, a ansiedade, a angústia etc.
Traz também efeitos ligados à auto-estima, pois a repulsa gerada pelos estragos gerados na cidade, afeta a auto-estima do cidadão. É necessário manter a harmonia, evitar o caos.
2. Poluição visual
Referência. Não é definida diretamente em lei. Somente é prevista. art. 3º, I, “d”/ Lei 6.938/81
Art. 3º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I – poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
3. Fachadas
A maior polêmica de alteração de fachadas de prédios foi gerada no Rio de Janeiro, apontada como poluição visual. art. 1.336, I/ Código Civil
C - Art. 1.336. São deveres do condômino: I – não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas; art. 10/ Lei 4.591/64 4. Anúncios luminosos e não luminosos
A maior fonte de poluição visual é a publicidade externa. Motivo de risco, pois desvia a atenção dos motoristas no trânsito. Uma das preocupações é a de se evitar que a publicidade, luminosa ou não, ocupe toda a área existente. areas tombadas A maior preocupação é que a poluição visual atinja bens tombados, com out-doors encobrindo total ou parcialmente prédios ou monumentos históricos. Art. 18/ dec.lei 25/37 Art. 18. Sem prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção que lhe impeça ou reduza a visibilidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandada destruir a obra ou retirar o objeto, impondo-se neste caso a multa de cinqüenta por cento do valor do mesmo objeto. Art. 6º e 7º/ Lei Estadual 10.774/01 As regras existem no Código de Trânsito regulamentando a colocação de anúncios visam a impedir que os motoristas fiquem perdidos entre tantas informações dispersas pela cidade. Interferências no trânsito (art. 81 e s do CTB)
5 – Propaganda eleitoral A legislação eleitoral anterior permitia a colocação de propaganda eleitoral o que causava a deterioração do patrimônio público. Após a legislação em vigor a partir de 2006 todo tipo de propaganda de rua é proibida. Portanto se extinguiu a preocupação com a deterioração do patrimônio público, mas se mantém a preocupação com a poluição visual, pois é livre a propaganda eleitoral em bens particulares. Também a partir de 2006 foi vedada a propaganda eleitoral por meio de out-door. art. 243, VIII – Lei 4.737/65 (Cód.Eleitoral)
6 – Pichações e Grafitagem Embora o Código Penal tenha previsto o crime de Dano no artigo 163, e Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico, a Lei dos Crimes Ambientais ou Lei do Meio Ambiente também previu a Pichação como Crime em monumentos tombados. art. 65/ Lei 9.605/98
Art. 65 - Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção, e multa. art. 52/ Dec. 3179/9
Art. 52 - Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: Multa de R$ 1.0,0 (mil reais) a R$ 50.0,0 (cinqüenta mil reais). Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada, em virtude de seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a multa é aumentada em dobro.
1 – A importância da Biodiversidade Variabilidade de espécies existentes em um determinado ecossistema (bioma).
Convenção sobre Diversidade Biológica (1992) Recursos Genéticos e Soberania Acesso aos recursos genéticos e biopirataria – MP 2186/2001
Regulamenta o inciso I do § 1o e o § 4o do art. 225 da Constituição, os arts. 1o ,
8o , alínea "j", 10, alínea "c", 15 e 16, alíneas 3 e 4 da Convenção sobre
Diversidade Biológica, dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso à tecnologia e transferência de tecnologia para sua conservação e utilização, e dá outras providências (somente para referência)
2 – Engenharia Genética
Ramo da Biotecnologia
Lei 1.105/05 Regulamenta os incisos I, IV e V do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da Lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências. (Observação da Priscila – coloquei só a introdução somente para saber do que se trata)
Art. 1o Este Decreto regulamenta dispositivos da Lei no 1.105, de 24 de março de 2005, que estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos geneticamente modificados - OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais