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RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Júlio César Gomes de Matos Marcos Vinícius Nogueira Castro Nicolle Silva Guedes Matheus Barros Santos Antônio Alves de Castro Responsabilidade Civil Objetiva Francisco Vitor Bezerra Leal Manuella Veloso Coutinho Bruna Sousa Carvalho Costa Pedro Lucas Santana Caio Silva Regadas Responsabilidade Civil do Estado Introdução Profº Dr. Leonardo Contingências desta demanda jurídica • Resumo: este trabalho versará sobre as bases conceituais da Responsabilidade Civil Objetiva, as regras expressas contidas no Código Civil. Regras gerais e específicas por atos específicos como danos causados por coisas (animais), prédio em ruínas, pelo defenestramento, bem como responsabilidade no contrato de transporte; e por fim a Responsabilidade Civil do Estado. Responsabilidade Civil Objetiva - Introito • Na questão da responsabilidade civil objetiva o ato que prejudicar algo ou alguém estará vinculado à norma proibitiva. • Como prelecionam Stolze e Pamplona: Segundo tal espécie de responsabilidade, o dolo ou a culpa na conduta do agente causador do dano é irrelevante juridicamente, haja vista que somente será necessária a existência do elo de causalidade entre o dano e a conduta do agente responsável, para que surja o dever de indenizar. • A sua natureza jurídica é sancionadora, de acordo com os autores supra citados • Algumas regras da responsabilidade civil objetiva, a saber: Danos causados por coisas (animais) Art. 936, CC Danos causados por coisas Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. Cuida-se de responsabilidade civil presumida, ou seja, o dono ou detentor do animal deverá provar que o fato ocorreu em virtude de culpa da vítima, ou de força maior. Pouco importa que o animal seja doméstico ou não. A obrigação de quem possui animal é guardá-lo de maneira que não possa ofender outrem. Se vier a causar prejuízo a outrem, presume-se que a vigilância foi descurada. A presunção subsiste, ainda quando o animal tenha fugido, pois, se o fez, foi porque houve negligência na sua guarda. A responsabilidade civil pelos danos causados pelos animais compreende qualquer espécie de prejuízo, sejam causados às plantações, aos outros animais, às pessoas, inclusive àquelas a quem o proprietário entregou-os para guardar. Pelo prédio em ruínas Pelo prédio em ruínas •O Art.937. “O dono do edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta” Pelo defenestramento Pelo defenestramento Defenestrar: lançar (algo ou alguém) pela janela: Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Art. 942. São solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as pessoas designadas no art. 932 Jurisprudência: No caso de prédio de escritórios ou apartamentos (condomínio edifício), não sendo possível identificar de onde a coisa foi lançada, haverá responsabilidade do condomínio, segundo a doutrina por último citada e a melhor jurisprudência (assim concluindo: STJ, REsp 64.682/RJ, 4.ª Turma, Rel. Min. Bueno de Souza, j. 10.11.1998, DJ 29.03.1999, p. 180 e TJMG, Apelação Cível 1.0024.08.1070302/0011, Belo Horizonte, 12.ª Câmara Cível, Rel. Des. Saldanha da Fonseca, j. 26.08.2009, DJEMG14.09.2009). Responsabilidade no Contrato de Transporte No contrato de transporte Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade. Art. 756. No caso de transporte cumulativo, todos os transportadores respondem solidariamente pelo dano causado perante o remetente, ressalvada a apuração final da responsabilidade entre eles, de modo que o ressarcimento recaia, por inteiro, ou proporcionalmente, naquele ou naqueles em cujo percurso houver ocorrido o dano. No contrato de transporte Transporte de pessoas ➢ Responsabilidade do transportador ➢ Responsabilidade da pessoa ➢ Responsabilidade em caso de transporte gratuito Transporte de coisas ➢ Responsabilidade do remetente ➢ Responsabilidade do transportador ➢ Responsabilidade destinatário RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Responsabilidade Civil do Estado - Atos 1 Atos de administração lícitos ou ilícitos geram a responsabilidade civil do estado: 1.2 Como diz Alexandre Cortez Fernandes “Impossível, dentro de uma concepção moderna de Estado, imaginá-lo afastado da obrigação de indenizar as pessoas pelos danos resultantes de sua atividade, mesmo que esses danos tenham sido cometidos em virtude de práticas de atos lícitos exercidos pela” 1.3 A responsabilidade do ESTADO é extracontratual Responsabilidade Civil do Estado - Teorias 1 Teorias explicativas da responsabilidade civil do estado 2 Várias teorias criadas ao longo do tempo 3 Culpa administrativa do preposto ou funcionário, ônus da prova para o prejudicado 4 Acidente administrativo, quando o agente não tem culpa Excludentes da Responsabilidade do Estado - Caso fortuito, Força maior ou Culpa exclusiva da vítima. - Teoria do Risco Integral: não admite causas excludentes de responsabilidade, logo o Estado deveria responder por qualquer dano, ainda que não tenha dado causa; - Teoria do Risco Administrativo: admite causas excludentes de responsabilidade como caso fortuito, força maior e culpa exclusiva da vítima. Trata-se da teoria adotada em nosso Direito, devendo o Estado responder pelos prejuízos causados aos administrados, salvo quando presente alguma das causas acima mencionadas. Caracteres da conduta da Responsabilidade do Estado • O art 37. paragrafo 6º da C.F.: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadora de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável no caso de dolo ou culpa. • O que é regresso? É o direito que a administração pública, tem de cobrar do servidor o que ela indenizou, a quem teve seu bem prejudicado se houver comprovação de dolo ou culpa do servidor . Responsabilidade Civil do Estado por Omissão • O “Art. 186 C.C Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. • O “Art. 927 C.C Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. • Alexandre Cortez Fernandes explica: “veja-se que, num fato danoso, a ação do Estado faria com que o dano não ocorresse; entretanto, essa omissão não causou o dano. Sob tal premissa, deve ser necessário comprovar se houve inércia estatal, morosidade, atuação ineficiente, desidiosa, ocasião em que o Estado deveria ser positivo, atuante, agindo com presteza”. Caiu no buraco e teve prejuízos. O que fazer? Motoristas que tiverem prejuízo, sejam danos morais ou materiais, ao cair em um buraco aberto em via pública podem reivindicar na justiça indenização. O que é preciso para ajuizar uma ação com pedido de indenização? Além dos documentos pessoais do motorista, é preciso também de um laudo médico para comprovar algum tipo de sequela em decorrência do acidente.Notas fiscais de compra de medicamento e de despesas com hospital. Notas fiscais de despesas com oficina mecânica. Fotos do buraco. Indicação de testemunhas que presenciaram o acidente. Dano por atos do Poder Judiciário Responsabilidade do Estado por atos do Poder Judiciário • O objeto desse estudo • Os atos jurisdicionais • A responsabilidade civil do Estado por atos decorrentes de atividades jurisdicionais. Gratos! Profº Dr. Leonardo
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